SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
Baixar para ler offline
IV Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e
Qualidade do Gasto



    Monitoramento e
Avaliação no mundo real:
     necessidades, dificuldades e
           potencialidades



         Porto Alegre, 05 dezembro de 2011
1   Vetores da modernização da gestão pública




2   Experiência Internacional e conceitos gerais de
    monitoramento e avaliação


3   Experiência do Governo Federal
1
    Vetores da modernização da
    gestão pública
Vetores da modernização da gestão pública



4 vetores de transformação

 Disciplina fiscal e estabilidade da moeda: um valor societário

 Democracia estável: demandas sociais crescentes, controle
  social, transparência, descentralização e governança

 Globalização e competitividade: convergência do padrão
  gerencial e de produtividade entre o setor público e o privado

 Sociedade da informação: governo-eletrônico, produtividade,
  controle e transparência
Vetores da modernização da gestão pública


Crise do Estado diante de um novo padrão de
produção e sociedade democrática


 Crise 1: fiscal ou déficit fiscal
       Crise fiscal X democracia = crise de legitimidade
 Crise 2: de legitimidade ou déficit de legitimidade
       Crise de legitimidade X Capacidade do Estado = crise do
       Estado burocrático - reconhecimento das demandas da
       sociedade pela administração pública
 Crise 3: do Estado burocrático ou déficit de eficiência
       Mudança na forma de criação do valor público comparado
       ao valor privado
2
    Experiência internacional e
    conceitos gerais de avaliação
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação

         Forte incremento nos últimos 20 anos, porque?


 Inerente à gestão por desempenho
 Inerente ao fortalecimento da democracia com participação
  social, transparência e controle social
 Preocupações crescentes com a qualidade do gasto e a
  produtividade do setor público
Experiência internacional e conceitos gerais
   de avaliação

Três modelos principais de estruturação da função avaliativa
                                            no setor público


   Constituição de sistemas de avaliação: Canadá é o exemplo mais
   antigo e bem sucedido, seguido da Austrália, Inglaterra, Chile,
   Espanha (casos menos freqüentes)
   Avaliações aleatórias, dependentes da orientação gerencial de cada
   organização, sem obrigações para com o órgão responsável pela
   administração do serviço público: EUA (caso mais freqüente)
   Prestação de contas anual: Holanda, Suécia, mais recentemente a
   França etc.
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação


 Sistemas públicos de avaliação: dois modelos principais



 Sistema descentralizado de avaliação – a avaliação é
 contratada e executada pelo Ministério; depende de rede de
 avaliadores externos credenciados e mercado de avaliação
 forte; há órgão central que lidera o sistema (mais freqüente)
 Sistema centralizado – a avaliação é contratada pelo
 cabeça de sistema - é o caso do Chile, cujo órgão
 responsável é a Secretaria de orçamento, do Ministério de
 Economia (pouco freqüente)
Sistemas de Monitoramento e Avaliação pelo lado
da demanda (incentivos vindo dos usuários)


                  Coordenação
                       de
                    Governo

                    Sumario



    Relacionado                 Beneficiários
        ao                      e Formadores
    orçamento                     de opinião
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação

                        Coordenação e Sistemas de M.A.

 Inerente ao bom desempenho da coordenação de governo
 O peso da personalidade do mandatário e sua assessoria
 dificultam a institucionalização de sistemas M.A. de suporte
 ao funcionamento do Alto Governo
 Inexistência de quadros permanentes e os aspectos
 cumulativos das especificidades de cada governo afetam o
 seguinte
Não é frequente o uso de mecanismos especializados para a
 tomada de decisão no Alto Governo:
       Prevalece o caráter discricionário e pautado pela
        emergência
      Os instrumentos de apoio tendem a limitar a
       intervenção direta e pessoal do Mandatário
Experiência internacional e conceitos gerais
   de avaliação

                           Coordenação e Sistemas de M.A.
 Governo FHC 1 e 2 (experiências)
     Brasil em Ação + Câmaras de Governo (sem vasos
    comunicantes)
     Avança Brasil + Câmaras de Governo (sem vasos comunicantes)
 Governo Lula 1 e 2 (experiências):
     Sistema de Metas Presidenciais + SIGOV/PNUD Gestão da
    Agenda presidencial (vasos comunicantes)

      Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)+ SIGOV/PNUD
    Gestão da Agenda presidencial (vasos comunicantes) + Salas de
    Situação responsáveis pela supervisão e resolução de gargalos
Governo Dilma (experiências):
    Ainda é cedo para saber como funciona, mas o esquema está
    mantido embora o PAC esteja no MPOG
Experiência internacional e conceitos gerais
  de avaliação


         Participação dos beneficiários e Sistemas de M.A.

 Cada vez mais frequente
 Faz parte da boas práticas de gestão de risco público
 É sequência natural de processos de planejamento com
 participação social
 Há risco do cidadão e mesmo gestores públicos compararem
 serviços públicos com serviços privados equivalentes
 Participação tem começado na fase inicial de formulação de
 políticas
Experiência internacional e conceitos gerais
de avaliação

     Participação dos beneficiários e Sistemas de M.A.
             BARCELONA - ESPANHA
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação

     Relação entre a avaliação e orçamento: combinação
                                      de difícil execução

 Do orçamento incremental para o orçamento por
  desempenho, de uma cultura orientada pelo gasto para
  outra orientada pelo resultado ( gastar com qualidade e
  eficiência)
 O problema central no orçamento não é o conflito
  distributivo e sim a forma de arbitragem (importância do
  planejamento e da avaliação)
 A responsabilização c/ maior autonomia administrativa,
  baseada na contratualização e avaliação, depende da
  estabilidade de recursos
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação

     Relação entre a avaliação e orçamento: combinação
                                      de difícil execução


 Os resultados da avaliação não substituem a negociação
  política que influencia o orçamento
 Rigidez orçamentária: fixação da despesa por lei específica
  e crescimento de contribuições no perfil tributário
 Assimetria temporal: defasagem entre o tempo da
  avaliação e a sua influencia possível no gasto
Experiência internacional e conceitos gerais
   de avaliação

      Relação entre a avaliação e orçamento: combinação
                                       de difícil execução
 Experiência chilena revela algumas disfunções quando o M.A.
  está no Tesouro ou no Orçamento
      Doença dos 100% de resultado
      Uso de indicadores de baixo risco, inócuos
      Organizações com 2 grupos de indicadores, os de baixo
       risco para o contrato de gestão e os desafiadores
      Efeito Túnel (OCDE) metas de produtos ou
       intermediárias, de curto prazo desvinculadas de outras
       organizações, porque não há indicadores de resultados
       na sociedade associados a desempenho de longo prazo
Sistemas de Monitoramento e Avaliação pelo lado
da oferta (incentivos aos produtores de informação)

                                        Independência e
                                          transparência
                          Órgãos de
                          estatística
  Auditoria de                           Pesquisa de opinião e
 terceira parte            Sumario       avaliação participativa




          Registros
                                        Sistemas de
        administrativos
                                            M.A.
          setoriais
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação

                                  4 procedimentos essenciais

 Definir o problema ou a oportunidade para a elaboração de
 política, programa, projeto de investimento – Marco Lógico
 Melhorar a capacidade de decisão sobre novas políticas,
 programas e projetos – Fase de apreciação, vai além do
 modelo lógico
    Existem maneiras melhores de atingir este objetivo?*
    Existem usos melhores para estes recursos?*
 Avaliar os riscos de implementação
 Criar ou fortalecer Sistemas de M.A.
* Livro Verde, Guia do Departamento do Tesouro do UK
Experiência internacional e conceitos gerais
de avaliação


                                           Porque avaliar

      Apreender com a ação (nem sempre é lembrado,
      além disso responsabilização e culpa dificultam)
       Melhorar a tomada de decisão (como mitigar a
      influência da intervenção direta, pessoal, política e
      do valor da intuição dos decisores)
      Melhorar a alocação de recursos (como conviver
      com a rigidez orçamentária)
       Prestar contas aos parlamentos e a sociedade
      (como evitar a inapetência desses segmentos)
Experiência internacional e conceitos gerais
de avaliação

                       O que avaliar

 Políticas e Programas – avaliação de políticas públicas
  (mede sobretudo efetividade)
 Projetos de Investimentos – avaliação ex-ante de custos,
  prazos, qualidade e impactos ambientais
 Servidores - avaliação de desempenho individual
  (problemático)
 Organizações – avaliação institucional, geralmente
  baseada na experiência ISO (mede frequentemente
  apenas a eficiência e a eficácia, raramente resultados)
Experiência internacional e conceitos gerais
   de avaliação


                                            Evolução
Menos frequentee,
no entanto a mais
importante das      Resultados
medições                         Efetividade
                                 (impactos na sociedade)
                     Outputs
    Valor da                     Eficácia
    Mudança                      (atendimento à demanda)
                     Processos
                                 Eficiência
                                 (custos e produtividades)
                      Inputs
Experiência internacional e conceitos gerais
   de avaliação


Diferença entre avaliação e pesquisa está na finalidade distinta


       O compromisso da avaliação de programas está
        em gerar informações relevantes sobre o
        desempenho com vistas a melhoria contínua do
        programa (incide sobre o programa ou projeto)

       O compromisso da pesquisa avaliativa é o de gerar
        conhecimento, teste de teorias, estabelecimento de
        “verdades” e/ou Melhorar a alocação de recursos
        (incide sobre as diretrizes das políticas públicas)
Experiência internacional e conceitos gerais
de avaliação


                                  Quanto ao promotor




 Auto-avaliação com meta-avaliação (se pratica no Brasil)

 Avaliação independente (se pratica no Chile e no Brasil)

 Pesquisa avaliativa (se pratica no EUA)
 Auto-avaliação, com participação social, combinada com
  pesquisa avaliativa(promissora)
Experiência internacional e conceitos gerais
de avaliação


                               Quanto a temporalidade


 Avaliação ex-ante
      Qualidade da intervenção e definição da linha de Base
 Avaliação durante a execução
      Monitoramento de desempenho - rotineiro
      Avaliação de impactos - tópico
 Avaliação ex-post (mais adequada a projetos)
      Avaliação de impactos
Experiência internacional e conceitos gerais
 de avaliação

 O paradoxo entre necessidade de recursos e qualidade e
                                     eficiência do gasto

 Dicotomia entre carências sociais e econômicas graves e
  dificuldade fiscal não se resolve apenas com mais recursos
 Desafio de ser mais eficiente no gasto mostra-se com
  maior intensidade nos períodos de crise, mas geralmente a
  urgência embaça a oportunidade para grandes mudanças
  de cultura gerencial
 Outro problema grave é administrar na prosperidade –
  gastar é tão complicado, no setor público, como gastar de
  forma eficiente e efetiva
3
    Experiência do Governo
    Federal
Experiência do Governo Federal


                       Vários sistemas estruturados de M.A.
                                 operando ao mesmo tempo

 Sistema de M.A. do PPA (Secretaria de Planejamento e
   Investimentos Estratégicos - MPOG)

 Sistema de Avaliação Externa de Programas de Governo
   (Tribunal de Contas da União)

 Sistema de Avaliação e Monitoramento das Políticas e
  Programas Sociais (Secretaria de Avaliação e Gestão da
   Informação – MDS)

 Sistema de Monitoramento do PAC (Presidência da República,
   governo Lula, MPOG no governo Dilma)
Experiência do Governo Federal
                               Sistema de M.A. do PPA
 Abrangente – toda a atuação de governo, escapa o que é
  realizado fora da função, no abrigo das ações orçamentárias
 Auto-avaliação com meta-avaliação por parte do MPOG
 Correlacionado ao orçamento
 Avaliação de projetos de grande impacto – funciona mal
 Avalia programas, política setorial do Ministério e estratégia
  do plano – o primeiro mais consistente e os dois últimos
  apresentam fraca consistência
 Combina SIGPLAN sistema centralizado de informática com
  InfraSigs, sistemas por Ministério
 Referência para o Balanço Geral da União e Mensagem
  Presidencial – Doc. com forte mediação política
Experiência do Governo Federal

                    Sistema de Avaliação Externa de
                             Programas de Governo
 Combina instrumentos de auditoria com pesquisa primária
  juntos aos órgãos implementadores e envolve o beneficiário
 Tenciona com a tradição da auditoria de contas de caráter
  punitivo no consumo interno (TCU) das informações
 Procura enfatizar o caráter de aprendizado, mas gera nos
  órgãos desconfiança com uso da informação pelo TCU
 Fortalece a cultura de resultados no Executivo, valoriza uso
  de indicadores, de bons indicadores nos programas do PPA
 Avaliações rápidas, profundas e focadas
 Informações checadas e confiáveis
Experiência do Governo Federal

        Sistema de Avaliação e monitoramento das
                     políticas e programas sociais


 Focado nos programas do MDS
 Promove o monitoramento físico financeiro dos programas
  (21 programas em 2007, correspondendo a 6 no PPA)
 Avalia os impactos na realidade social
 Avaliação de terceira parte, independente
 Uso de métodos sofisticados, quantitativos
 Realiza pesquisas de opinião
Experiência do Governo Federal

                 Sistema de Monitoramento do PAC



 Monitoramento físico-financeiro
 Apoio do Alto Governo na resolução de gargalos à execução
 Possui incentivos baseado no caráter privilegiado da
  alocação e execução financeira – os recursos pertencem ao
  Alto Governo e não aos Ministérios setoriais
 Mobiliza a agenda do Alto Governo e Presid. – SIGOV/PNUD
 Execução ancorado em salas de situação na Presidência
 Esteve no período Lula na Presidência, agora está no MPOG
Experiência do Governo Federal

                                 Lições da experiência

 São superpostos, embora complementares
 Aumenta a informação e melhora o M.A.
 Há canais de comunicação entre os Sistemas, com sinergias
 Pluralidade de Sistemas atende a diversidade e
  complexidade da Administração Pública e da demanda
 Os Sistemas informatizados tem baixa interoperabilidade
 Uma estimativa de custos dos 4 Sistemas, registrava em
  2007, valor de R$ 24,1 milhões/ano, 0,0058% do
  Orçamento da União, quando se aceita até 2%
  internacionalmente (Humberto Falcão Martins – CLAD)
 Estratégia de institucionalização e partir de uma oferta e
  criar a demanda
Alguns desafios dos Sistemas de M.A. que
  merecem destaque

 Sistemas de M.A seletivos, no Alto Governo, com sistemas
  abrangentes para o resto do governo (restrições do resto
  do governo afetam o desempenho das prioridades)
 Sistema de M.A. associado ao processo orçamentário
 Funcionamento descentralizado do sistema de M.A. com
   unidades nos setoriais
 Combinar auto-avaliação com meta-avaliação
 Avaliação com participação social, sobretudo quando
  envolve serviços públicos
 Avaliação de projetos ex-ante
Criar incentivos associados ao bom desempenho
 Enfrentar a polêmica dos indicadores: mais vale uma
  métrica do que um indicador preciso
Obrigado pela oportunidade

 Ariel.pares@mma.gov.br

     (61) 2028-1224

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Nativos e Inmigrantes Digitales
Nativos e Inmigrantes DigitalesNativos e Inmigrantes Digitales
Nativos e Inmigrantes Digitaleslauti93
 
Energia
EnergiaEnergia
EnergiaJNR
 
volkswagen-proveedoras (1)
volkswagen-proveedoras (1)volkswagen-proveedoras (1)
volkswagen-proveedoras (1)Alina Carrion
 
Cores
CoresCores
CoresJNR
 
Inteligência Ética - Apresentação
Inteligência Ética - ApresentaçãoInteligência Ética - Apresentação
Inteligência Ética - ApresentaçãoFlavia Virginia
 
Besaran dan-satuan
Besaran dan-satuanBesaran dan-satuan
Besaran dan-satuanzummbo
 
Upside Araguaia | Lancamento Imobiliário Patrimóvel
Upside Araguaia | Lancamento Imobiliário PatrimóvelUpside Araguaia | Lancamento Imobiliário Patrimóvel
Upside Araguaia | Lancamento Imobiliário PatrimóvelImóveis Lançamentos
 
Tudo muda
Tudo mudaTudo muda
Tudo mudaJNR
 
Aaa
AaaAaa
AaaLeo
 
Los Medios de Comunicación
Los Medios de ComunicaciónLos Medios de Comunicación
Los Medios de ComunicaciónAnabella Montoya
 
Vogue square apresentação leve
Vogue square   apresentação leveVogue square   apresentação leve
Vogue square apresentação leveAlexandre Quadros
 
[Video] como ganhar mais de 50 mil dólares
[Video] como ganhar mais de 50 mil dólares [Video] como ganhar mais de 50 mil dólares
[Video] como ganhar mais de 50 mil dólares RAM
 
Práticas de Programação em .NET
Práticas de Programação em .NETPráticas de Programação em .NET
Práticas de Programação em .NETComunidade NetPonto
 
O mundo em pequenino (interessante)
O mundo em pequenino (interessante)O mundo em pequenino (interessante)
O mundo em pequenino (interessante)Luis Francisco
 

Destaque (20)

Ferias 3ano desenho_texto
Ferias 3ano desenho_textoFerias 3ano desenho_texto
Ferias 3ano desenho_texto
 
Nativos e Inmigrantes Digitales
Nativos e Inmigrantes DigitalesNativos e Inmigrantes Digitales
Nativos e Inmigrantes Digitales
 
La licuadora
La licuadoraLa licuadora
La licuadora
 
Energia
EnergiaEnergia
Energia
 
volkswagen-proveedoras (1)
volkswagen-proveedoras (1)volkswagen-proveedoras (1)
volkswagen-proveedoras (1)
 
Cores
CoresCores
Cores
 
Inteligência Ética - Apresentação
Inteligência Ética - ApresentaçãoInteligência Ética - Apresentação
Inteligência Ética - Apresentação
 
Quimica orgânica
Quimica orgânicaQuimica orgânica
Quimica orgânica
 
Besaran dan-satuan
Besaran dan-satuanBesaran dan-satuan
Besaran dan-satuan
 
Upside Araguaia | Lancamento Imobiliário Patrimóvel
Upside Araguaia | Lancamento Imobiliário PatrimóvelUpside Araguaia | Lancamento Imobiliário Patrimóvel
Upside Araguaia | Lancamento Imobiliário Patrimóvel
 
Guzulochka
GuzulochkaGuzulochka
Guzulochka
 
Tudo muda
Tudo mudaTudo muda
Tudo muda
 
Aaa
AaaAaa
Aaa
 
Los Medios de Comunicación
Los Medios de ComunicaciónLos Medios de Comunicación
Los Medios de Comunicación
 
Vogue square apresentação leve
Vogue square   apresentação leveVogue square   apresentação leve
Vogue square apresentação leve
 
[Video] como ganhar mais de 50 mil dólares
[Video] como ganhar mais de 50 mil dólares [Video] como ganhar mais de 50 mil dólares
[Video] como ganhar mais de 50 mil dólares
 
Práticas de Programação em .NET
Práticas de Programação em .NETPráticas de Programação em .NET
Práticas de Programação em .NET
 
SSL Intro
SSL IntroSSL Intro
SSL Intro
 
O mundo em pequenino (interessante)
O mundo em pequenino (interessante)O mundo em pequenino (interessante)
O mundo em pequenino (interessante)
 
Projetos Digitais v.1.13 from 2013
Projetos Digitais v.1.13 from 2013Projetos Digitais v.1.13 from 2013
Projetos Digitais v.1.13 from 2013
 

Semelhante a Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto no Brasil

Boas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto Regulatório
Boas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto RegulatórioBoas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto Regulatório
Boas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto RegulatórioOxya Agro e Biociências
 
Resultado no setor publico
Resultado  no setor publicoResultado  no setor publico
Resultado no setor publicoMardem
 
Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...
Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...
Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...Fundação de Economia e Estatística
 
Apres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald Balbe
Apres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald BalbeApres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald Balbe
Apres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald BalbeRonald Balbe
 
Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...
Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...
Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...EloGroup
 
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiênciaAvaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiênciaGestão Pública: Pensando Diferente
 
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiênciaAvaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiênciaEloGroup
 
Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011
Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011
Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011Development Workshop Angola
 
Apresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptx
Apresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptxApresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptx
Apresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptxBelzemiroSantiabo
 
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...Bruno Martins Soares
 
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicasm
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_PublicasmOficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicasm
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_PublicasmMemoriarUnibra
 
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptx
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptxOficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptx
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptxJoaoSmeira
 
Festival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impacto
Festival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impactoFestival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impacto
Festival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impactoABCR
 

Semelhante a Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto no Brasil (20)

Auditoria de Desempenho: Por quê? Como? Para quê?
Auditoria de Desempenho:Por quê? Como? Para quê? Auditoria de Desempenho:Por quê? Como? Para quê?
Auditoria de Desempenho: Por quê? Como? Para quê?
 
Desburocratização
DesburocratizaçãoDesburocratização
Desburocratização
 
Boas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto Regulatório
Boas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto RegulatórioBoas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto Regulatório
Boas Práticas Regulatórias: Análise de Impacto Regulatório
 
Mini curso aula 01
Mini curso aula 01Mini curso aula 01
Mini curso aula 01
 
Resultado no setor publico
Resultado  no setor publicoResultado  no setor publico
Resultado no setor publico
 
Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...
Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...
Pesquisa sobre Oferta e Demanda por Serviços de Monitoramento e Avaliação e a...
 
Apres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald Balbe
Apres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald BalbeApres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald Balbe
Apres MD Indicadores de resultado para auditoria gov - Ronald Balbe
 
Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...
Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...
Tesouro Nacional - Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da ef...
 
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiênciaAvaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
 
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiênciaAvaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
Avaliação da qualidade do gasto público e mensuração da eficiência
 
Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011
Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011
Sylvia Croese - Como Influenciar Politicas Publicas, 21 Jan 2011
 
Apresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptx
Apresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptxApresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptx
Apresentacao Roteiro Avaliacao Maturidade.pptx
 
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
 
Mini curso aula 03
Mini curso aula 03Mini curso aula 03
Mini curso aula 03
 
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicasm
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_PublicasmOficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicasm
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicasm
 
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptx
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptxOficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptx
Oficina_Avaliacao_de_Politicas_Publicas_e_Impacto_Regulatorio_R02.pptx
 
Desenho e Marco Lógico para Avaliação de Programas
Desenho e Marco Lógico para Avaliação de ProgramasDesenho e Marco Lógico para Avaliação de Programas
Desenho e Marco Lógico para Avaliação de Programas
 
apresetacao01_oficina1.ppt
apresetacao01_oficina1.pptapresetacao01_oficina1.ppt
apresetacao01_oficina1.ppt
 
Gespublica 2
Gespublica 2Gespublica 2
Gespublica 2
 
Festival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impacto
Festival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impactoFestival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impacto
Festival 2019 - Monitorando projetos e avaliando impacto
 

Mais de Fundação de Economia e Estatística

Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15
Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15
Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15Fundação de Economia e Estatística
 
Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017
Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017
Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017Fundação de Economia e Estatística
 
Desempenho do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre e...
Desempenho do mercado de trabalho  da Região Metropolitana de  Porto Alegre e...Desempenho do mercado de trabalho  da Região Metropolitana de  Porto Alegre e...
Desempenho do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre e...Fundação de Economia e Estatística
 
A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...
A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...
A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...Fundação de Economia e Estatística
 
O Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília Hoff
O Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília HoffO Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília Hoff
O Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília HoffFundação de Economia e Estatística
 

Mais de Fundação de Economia e Estatística (20)

Idese 2015
Idese 2015Idese 2015
Idese 2015
 
O significado da retomada do crescimento em 2017
O significado da retomada do crescimento em 2017O significado da retomada do crescimento em 2017
O significado da retomada do crescimento em 2017
 
Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15
Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15
Evolução estrutural da indústria de transformação do RS — 2007-15
 
Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017
Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017
Condições do mercado de trabalho foram mais severas para as mulheres em 2017
 
Desempenho do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre e...
Desempenho do mercado de trabalho  da Região Metropolitana de  Porto Alegre e...Desempenho do mercado de trabalho  da Região Metropolitana de  Porto Alegre e...
Desempenho do mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre e...
 
Expectativas inflacionárias e política monetária
Expectativas inflacionárias e política monetáriaExpectativas inflacionárias e política monetária
Expectativas inflacionárias e política monetária
 
Taxa de desistência no ensino superior gaúcho atinge 64,1%
Taxa de desistência no ensino superior gaúcho atinge 64,1%Taxa de desistência no ensino superior gaúcho atinge 64,1%
Taxa de desistência no ensino superior gaúcho atinge 64,1%
 
Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS
Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RSEstimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS
Estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do RS
 
Desaceleração cíclica ou estrutural no comércio mundial?
Desaceleração cíclica ou estrutural no comércio mundial?Desaceleração cíclica ou estrutural no comércio mundial?
Desaceleração cíclica ou estrutural no comércio mundial?
 
PIB dos municípios do RS em 2015
PIB dos municípios do RS em 2015PIB dos municípios do RS em 2015
PIB dos municípios do RS em 2015
 
PIB TRIMESTRAL DO RS 3.° trim./2017
PIB TRIMESTRAL DO RS 3.° trim./2017PIB TRIMESTRAL DO RS 3.° trim./2017
PIB TRIMESTRAL DO RS 3.° trim./2017
 
Informe PED-RMPA (Novembro/2017)
Informe PED-RMPA (Novembro/2017)Informe PED-RMPA (Novembro/2017)
Informe PED-RMPA (Novembro/2017)
 
Mercado formal de trabalho do RS estagna após forte retração
Mercado formal de trabalho do RS estagna após forte retraçãoMercado formal de trabalho do RS estagna após forte retração
Mercado formal de trabalho do RS estagna após forte retração
 
PIB Trimestral do RS 2º trimestre 2017
PIB Trimestral do RS 2º trimestre 2017PIB Trimestral do RS 2º trimestre 2017
PIB Trimestral do RS 2º trimestre 2017
 
Elevação do nível ocupacional reduz a taxa de desemprego
Elevação do nível ocupacional reduz a taxa de desempregoElevação do nível ocupacional reduz a taxa de desemprego
Elevação do nível ocupacional reduz a taxa de desemprego
 
FEDERALISMO E A QUESTÃO REGIONAL DO RS - Tomás Fiori
FEDERALISMO E A QUESTÃO  REGIONAL DO RS - Tomás FioriFEDERALISMO E A QUESTÃO  REGIONAL DO RS - Tomás Fiori
FEDERALISMO E A QUESTÃO REGIONAL DO RS - Tomás Fiori
 
A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...
A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...
A economia do RS no atual ciclo recessivo: já chegamos ao fundo do poço? - Je...
 
O Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília Hoff
O Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília HoffO Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília Hoff
O Rio Grande do Sul no cenário nacional: há perda de dinamismo? - Cecília Hoff
 
Principais atividades no Valor Adicionado dos municípios do RS
Principais atividades no Valor Adicionado dos municípios do RSPrincipais atividades no Valor Adicionado dos municípios do RS
Principais atividades no Valor Adicionado dos municípios do RS
 
As barreiras e os novos desafios para inovar
As barreiras e os novos desafios para inovarAs barreiras e os novos desafios para inovar
As barreiras e os novos desafios para inovar
 

Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto no Brasil

  • 1. IV Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto Monitoramento e Avaliação no mundo real: necessidades, dificuldades e potencialidades Porto Alegre, 05 dezembro de 2011
  • 2. 1 Vetores da modernização da gestão pública 2 Experiência Internacional e conceitos gerais de monitoramento e avaliação 3 Experiência do Governo Federal
  • 3. 1 Vetores da modernização da gestão pública
  • 4. Vetores da modernização da gestão pública 4 vetores de transformação  Disciplina fiscal e estabilidade da moeda: um valor societário  Democracia estável: demandas sociais crescentes, controle social, transparência, descentralização e governança  Globalização e competitividade: convergência do padrão gerencial e de produtividade entre o setor público e o privado  Sociedade da informação: governo-eletrônico, produtividade, controle e transparência
  • 5. Vetores da modernização da gestão pública Crise do Estado diante de um novo padrão de produção e sociedade democrática  Crise 1: fiscal ou déficit fiscal Crise fiscal X democracia = crise de legitimidade  Crise 2: de legitimidade ou déficit de legitimidade Crise de legitimidade X Capacidade do Estado = crise do Estado burocrático - reconhecimento das demandas da sociedade pela administração pública  Crise 3: do Estado burocrático ou déficit de eficiência Mudança na forma de criação do valor público comparado ao valor privado
  • 6. 2 Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação
  • 7. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Forte incremento nos últimos 20 anos, porque?  Inerente à gestão por desempenho  Inerente ao fortalecimento da democracia com participação social, transparência e controle social  Preocupações crescentes com a qualidade do gasto e a produtividade do setor público
  • 8. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Três modelos principais de estruturação da função avaliativa no setor público  Constituição de sistemas de avaliação: Canadá é o exemplo mais antigo e bem sucedido, seguido da Austrália, Inglaterra, Chile, Espanha (casos menos freqüentes)  Avaliações aleatórias, dependentes da orientação gerencial de cada organização, sem obrigações para com o órgão responsável pela administração do serviço público: EUA (caso mais freqüente)  Prestação de contas anual: Holanda, Suécia, mais recentemente a França etc.
  • 9. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Sistemas públicos de avaliação: dois modelos principais  Sistema descentralizado de avaliação – a avaliação é contratada e executada pelo Ministério; depende de rede de avaliadores externos credenciados e mercado de avaliação forte; há órgão central que lidera o sistema (mais freqüente)  Sistema centralizado – a avaliação é contratada pelo cabeça de sistema - é o caso do Chile, cujo órgão responsável é a Secretaria de orçamento, do Ministério de Economia (pouco freqüente)
  • 10. Sistemas de Monitoramento e Avaliação pelo lado da demanda (incentivos vindo dos usuários) Coordenação de Governo Sumario Relacionado Beneficiários ao e Formadores orçamento de opinião
  • 11. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Coordenação e Sistemas de M.A.  Inerente ao bom desempenho da coordenação de governo  O peso da personalidade do mandatário e sua assessoria dificultam a institucionalização de sistemas M.A. de suporte ao funcionamento do Alto Governo  Inexistência de quadros permanentes e os aspectos cumulativos das especificidades de cada governo afetam o seguinte Não é frequente o uso de mecanismos especializados para a tomada de decisão no Alto Governo:  Prevalece o caráter discricionário e pautado pela emergência Os instrumentos de apoio tendem a limitar a intervenção direta e pessoal do Mandatário
  • 12. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Coordenação e Sistemas de M.A.  Governo FHC 1 e 2 (experiências)  Brasil em Ação + Câmaras de Governo (sem vasos comunicantes)  Avança Brasil + Câmaras de Governo (sem vasos comunicantes)  Governo Lula 1 e 2 (experiências):  Sistema de Metas Presidenciais + SIGOV/PNUD Gestão da Agenda presidencial (vasos comunicantes)  Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)+ SIGOV/PNUD Gestão da Agenda presidencial (vasos comunicantes) + Salas de Situação responsáveis pela supervisão e resolução de gargalos Governo Dilma (experiências): Ainda é cedo para saber como funciona, mas o esquema está mantido embora o PAC esteja no MPOG
  • 13. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Participação dos beneficiários e Sistemas de M.A.  Cada vez mais frequente  Faz parte da boas práticas de gestão de risco público  É sequência natural de processos de planejamento com participação social  Há risco do cidadão e mesmo gestores públicos compararem serviços públicos com serviços privados equivalentes  Participação tem começado na fase inicial de formulação de políticas
  • 14. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Participação dos beneficiários e Sistemas de M.A. BARCELONA - ESPANHA
  • 15. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Relação entre a avaliação e orçamento: combinação de difícil execução  Do orçamento incremental para o orçamento por desempenho, de uma cultura orientada pelo gasto para outra orientada pelo resultado ( gastar com qualidade e eficiência)  O problema central no orçamento não é o conflito distributivo e sim a forma de arbitragem (importância do planejamento e da avaliação)  A responsabilização c/ maior autonomia administrativa, baseada na contratualização e avaliação, depende da estabilidade de recursos
  • 16. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Relação entre a avaliação e orçamento: combinação de difícil execução  Os resultados da avaliação não substituem a negociação política que influencia o orçamento  Rigidez orçamentária: fixação da despesa por lei específica e crescimento de contribuições no perfil tributário  Assimetria temporal: defasagem entre o tempo da avaliação e a sua influencia possível no gasto
  • 17. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Relação entre a avaliação e orçamento: combinação de difícil execução  Experiência chilena revela algumas disfunções quando o M.A. está no Tesouro ou no Orçamento  Doença dos 100% de resultado  Uso de indicadores de baixo risco, inócuos  Organizações com 2 grupos de indicadores, os de baixo risco para o contrato de gestão e os desafiadores  Efeito Túnel (OCDE) metas de produtos ou intermediárias, de curto prazo desvinculadas de outras organizações, porque não há indicadores de resultados na sociedade associados a desempenho de longo prazo
  • 18. Sistemas de Monitoramento e Avaliação pelo lado da oferta (incentivos aos produtores de informação) Independência e transparência Órgãos de estatística Auditoria de Pesquisa de opinião e terceira parte Sumario avaliação participativa Registros Sistemas de administrativos M.A. setoriais
  • 19. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação 4 procedimentos essenciais  Definir o problema ou a oportunidade para a elaboração de política, programa, projeto de investimento – Marco Lógico  Melhorar a capacidade de decisão sobre novas políticas, programas e projetos – Fase de apreciação, vai além do modelo lógico  Existem maneiras melhores de atingir este objetivo?*  Existem usos melhores para estes recursos?*  Avaliar os riscos de implementação  Criar ou fortalecer Sistemas de M.A. * Livro Verde, Guia do Departamento do Tesouro do UK
  • 20. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Porque avaliar  Apreender com a ação (nem sempre é lembrado, além disso responsabilização e culpa dificultam)  Melhorar a tomada de decisão (como mitigar a influência da intervenção direta, pessoal, política e do valor da intuição dos decisores)  Melhorar a alocação de recursos (como conviver com a rigidez orçamentária)  Prestar contas aos parlamentos e a sociedade (como evitar a inapetência desses segmentos)
  • 21. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação O que avaliar  Políticas e Programas – avaliação de políticas públicas (mede sobretudo efetividade)  Projetos de Investimentos – avaliação ex-ante de custos, prazos, qualidade e impactos ambientais  Servidores - avaliação de desempenho individual (problemático)  Organizações – avaliação institucional, geralmente baseada na experiência ISO (mede frequentemente apenas a eficiência e a eficácia, raramente resultados)
  • 22. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Evolução Menos frequentee, no entanto a mais importante das Resultados medições Efetividade (impactos na sociedade) Outputs Valor da Eficácia Mudança (atendimento à demanda) Processos Eficiência (custos e produtividades) Inputs
  • 23. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Diferença entre avaliação e pesquisa está na finalidade distinta  O compromisso da avaliação de programas está em gerar informações relevantes sobre o desempenho com vistas a melhoria contínua do programa (incide sobre o programa ou projeto)  O compromisso da pesquisa avaliativa é o de gerar conhecimento, teste de teorias, estabelecimento de “verdades” e/ou Melhorar a alocação de recursos (incide sobre as diretrizes das políticas públicas)
  • 24. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Quanto ao promotor  Auto-avaliação com meta-avaliação (se pratica no Brasil)  Avaliação independente (se pratica no Chile e no Brasil)  Pesquisa avaliativa (se pratica no EUA)  Auto-avaliação, com participação social, combinada com pesquisa avaliativa(promissora)
  • 25. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação Quanto a temporalidade  Avaliação ex-ante  Qualidade da intervenção e definição da linha de Base  Avaliação durante a execução  Monitoramento de desempenho - rotineiro  Avaliação de impactos - tópico  Avaliação ex-post (mais adequada a projetos)  Avaliação de impactos
  • 26. Experiência internacional e conceitos gerais de avaliação O paradoxo entre necessidade de recursos e qualidade e eficiência do gasto  Dicotomia entre carências sociais e econômicas graves e dificuldade fiscal não se resolve apenas com mais recursos  Desafio de ser mais eficiente no gasto mostra-se com maior intensidade nos períodos de crise, mas geralmente a urgência embaça a oportunidade para grandes mudanças de cultura gerencial  Outro problema grave é administrar na prosperidade – gastar é tão complicado, no setor público, como gastar de forma eficiente e efetiva
  • 27. 3 Experiência do Governo Federal
  • 28. Experiência do Governo Federal Vários sistemas estruturados de M.A. operando ao mesmo tempo  Sistema de M.A. do PPA (Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos - MPOG)  Sistema de Avaliação Externa de Programas de Governo (Tribunal de Contas da União)  Sistema de Avaliação e Monitoramento das Políticas e Programas Sociais (Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – MDS)  Sistema de Monitoramento do PAC (Presidência da República, governo Lula, MPOG no governo Dilma)
  • 29. Experiência do Governo Federal Sistema de M.A. do PPA  Abrangente – toda a atuação de governo, escapa o que é realizado fora da função, no abrigo das ações orçamentárias  Auto-avaliação com meta-avaliação por parte do MPOG  Correlacionado ao orçamento  Avaliação de projetos de grande impacto – funciona mal  Avalia programas, política setorial do Ministério e estratégia do plano – o primeiro mais consistente e os dois últimos apresentam fraca consistência  Combina SIGPLAN sistema centralizado de informática com InfraSigs, sistemas por Ministério  Referência para o Balanço Geral da União e Mensagem Presidencial – Doc. com forte mediação política
  • 30. Experiência do Governo Federal Sistema de Avaliação Externa de Programas de Governo  Combina instrumentos de auditoria com pesquisa primária juntos aos órgãos implementadores e envolve o beneficiário  Tenciona com a tradição da auditoria de contas de caráter punitivo no consumo interno (TCU) das informações  Procura enfatizar o caráter de aprendizado, mas gera nos órgãos desconfiança com uso da informação pelo TCU  Fortalece a cultura de resultados no Executivo, valoriza uso de indicadores, de bons indicadores nos programas do PPA  Avaliações rápidas, profundas e focadas  Informações checadas e confiáveis
  • 31. Experiência do Governo Federal Sistema de Avaliação e monitoramento das políticas e programas sociais  Focado nos programas do MDS  Promove o monitoramento físico financeiro dos programas (21 programas em 2007, correspondendo a 6 no PPA)  Avalia os impactos na realidade social  Avaliação de terceira parte, independente  Uso de métodos sofisticados, quantitativos  Realiza pesquisas de opinião
  • 32. Experiência do Governo Federal Sistema de Monitoramento do PAC  Monitoramento físico-financeiro  Apoio do Alto Governo na resolução de gargalos à execução  Possui incentivos baseado no caráter privilegiado da alocação e execução financeira – os recursos pertencem ao Alto Governo e não aos Ministérios setoriais  Mobiliza a agenda do Alto Governo e Presid. – SIGOV/PNUD  Execução ancorado em salas de situação na Presidência  Esteve no período Lula na Presidência, agora está no MPOG
  • 33. Experiência do Governo Federal Lições da experiência  São superpostos, embora complementares  Aumenta a informação e melhora o M.A.  Há canais de comunicação entre os Sistemas, com sinergias  Pluralidade de Sistemas atende a diversidade e complexidade da Administração Pública e da demanda  Os Sistemas informatizados tem baixa interoperabilidade  Uma estimativa de custos dos 4 Sistemas, registrava em 2007, valor de R$ 24,1 milhões/ano, 0,0058% do Orçamento da União, quando se aceita até 2% internacionalmente (Humberto Falcão Martins – CLAD)  Estratégia de institucionalização e partir de uma oferta e criar a demanda
  • 34. Alguns desafios dos Sistemas de M.A. que merecem destaque  Sistemas de M.A seletivos, no Alto Governo, com sistemas abrangentes para o resto do governo (restrições do resto do governo afetam o desempenho das prioridades)  Sistema de M.A. associado ao processo orçamentário  Funcionamento descentralizado do sistema de M.A. com unidades nos setoriais  Combinar auto-avaliação com meta-avaliação  Avaliação com participação social, sobretudo quando envolve serviços públicos  Avaliação de projetos ex-ante Criar incentivos associados ao bom desempenho  Enfrentar a polêmica dos indicadores: mais vale uma métrica do que um indicador preciso
  • 35. Obrigado pela oportunidade Ariel.pares@mma.gov.br (61) 2028-1224