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Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013
Cruz das Almas/BA – UFRB
FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL
Plenária Nacional de Entidades de Base (PNEB) – Curitiba/PR
UFPR Campus Litoral – Matinhos/PR
“A ÚNICA LUTA QUE SE PERDE É AQUELA QUE SE ABANDONA:
AQUILOMBADA RESISTO!”
28 a 31 de Março de 2013
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Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
O ESCRAVIZADO E O SEM TERRA
Na escravidão a repressão era grosseira e sem estética. Os funileiros, naquela
época, criaram uma técnica, para os escravizados deixarem de beber e de furtar. Para
tanto, deram de inventar a máscara de lata para tapar a boca. Tinha ela três furos: dois
para olhar e um para respirar. Na nuca, um cadeado, mantinha o escravo amordaçado.
Diziam os senhores que se os escravos não bebessem, não furtavam e não falavam.
Assim as máscaras constavam (no campo e na cidade) dos artigos de primeira necessidade.
A invenção deste horrível artesanato, dava aos capitães do mato, o instrumento
para a repressão legal. A máscara então era normal: continha os vícios e a fala. Como quem
consente cala, por força, os escravizados, eram silenciados.
Reinou assim por muito tempo este atentado. Quem visse alguém na rua
amordaçado, sabia que se tratava de um escravizado. Teria ele cometido um atentado
exagerando em certas bebedeiras? A máscara era como, no animal a focinheira, para não
deixá-lo cair em tentação. A boca perdia sua função: deixava de sorrir e expressar as boas
maneiras.
Cada tempo tem as suas armadilhas, em outras épocas usaram-se gargantilhas,
correntes e coleiras no pescoço. Aquilo apenas era o esboço de um projeto mais violento.
Livres daqueles maus tormentos, os escravizados tornaram-se os sem-terra, penando
como muares nas guerras, levando, com fome, aos outros, o mantimento.
Enfim chegamos na atualidade, as mordaças perderam a funcionalidade e as leis
ganharam expressão. Não amordaçam mais quem tem razão, aplicam multa, a quem com a
fala cause algum prejuízo. Agora, como antes, é preciso, conter a voz da reação.
Hoje o ofício dos velhos funileiros, que faziam máscaras para os fazendeiros, foi
pela ordem superado. Agora os juizes, de outro modo, encarnam a vocação de amordaçar.
Declaram, que os “Sem Terra se abstenham de incitar e de promover atos violentos”, sob o
risco de pagar com seus proventos, multas diárias por realizarem cada ação.
É a mordaça de lata enferrujada, resgatada da escravidão. Temendo a luta pela
reestatização, a empresa da Vale do Rio Doce desnacionalizada, recorre à lei, como em
épocas passadas recorriam aos capitães do mato, que puniam como crime o desacato
amordaçando as bocas rebeladas.
A situação é um tanto delicada. Quem pensa que vão ficar caladas as bocas em
plena discordância? Se no passado agiam por ignorância, agora agem em qual sentido?
Como um animal enfurecido, o capital segue orientando os capitães e os magistrados.
Temem que se não mantiverem amordaçados, os rebelados podem ser facilmente ouvidos.
Mas os Sem Terra seguem sem receios. A política é sábia tem seus meios, de
enfrentar a ignorância e a opressão. Não pode ser a coação, mais forte que a reação das
lutas. As máscaras que oprimiam as condutas são hoje as leis que ganham expressão.
A boca falante era o defeito dos escravos, bebiam e conversavam, por isto eram
amordaçados. Hoje, os Sem Terra estão sendo chamados a se prostrarem diante de um
algoz. São impingidos de todos os defeitos, já lhes tiraram todos os direitos, querem por
último, tirar-lhes a própria voz.
(Cartas de Literatura Nº 13 - Ademar Bogo)
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
SUMÁRIO Página
Programação PNEB 2013............................................................................... - 04 -
Escolas Presentes.......................................................................................... - 06 -
Análise de Conjuntura................................................................................... - 07 -
Auto-organização das Mulheres / Formação e Debate................................... - 11 -
Formação: Diversidade Sexual....................................................................... - 14 -
Repasse das Escolas e das Campanhas........................................................... - 16 -
Regional I............................................................................................. - 16 -
Regional II............................................................................................ - 17 -
Regional III........................................................................................... - 18 -
Regional IV........................................................................................... - 20 -
Regional V............................................................................................ - 20 -
Regional VI........................................................................................... - 22 -
Regional VII.......................................................................................... - 23 -
Regional VIII......................................................................................... - 24 -
Coordenação Nacional.......................................................................... - 25 -
BANDEIRAS................................................................................................... - 27 -
Movimento Estudantil Geral................................................................. - 27 -
Movimento Estudantil das Agrárias...................................................... - 31 -
Movimentos Sociais Populares............................................................. - 32 -
Agroecologia........................................................................................ - 33 -
Ciência & Tecnologia............................................................................ - 36 -
Educação (Formação Profissional) ........................................................ - 39 -
Juventude, Valores, Cultura, Raça & Etnia.............................................
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
Gênero & Sexualidade.......................................................................... - 43 -
Finanças............................................................................................... - 46 -
Relações Internacionais ....................................................................... - 47 -
CONCLAEA............................................................................................ - 48 -
Seminário Nacional de Formação Profissional............................................... - 49 -
CONEA 2013.................................................................................................. - 50 -
AUTO-ORGANIZAÇÃO DIVERSIDADE SEXUAL................................................. - 52 -
PROGRAMAÇÃO PNEB 2013
28/03 29/03 30/03 31/03
Análise de
Conjuntura
Repasse das Escolas
e das Campanhas
Bandeiras: Educação
(Form. Profissional),
Gênero &
Sexualidade,
Juventude, Valores,
etc., Finanças.
Seminário de
Formação
Profissional
CONEA
Auto-organização das
Mulheres
Debate com Recorte
de Formação
Profissional
Bandeiras: ME Geral,
ME Agro e MSPs
Relações
Internacionais
CONCLAEA
Plenária Final
Formação:
Diversidade Sexual
Bandeiras:
Agroecologia e
Ciência & Tecnologia
Cultural Retorno das Escolas
Análise de Conjuntura - Painel que traga elementos sobre a conjuntura internacional e
brasileira de forma que possa subsidiar os debates em torno de nossas tarefas para o
período;
Auto-organização/debate de gênero - Espaço de auto-organização das mulheres,
seguido de debate sobre gênero.
Formação em Diversidade Sexual - O espaço de diversidade sexual se propõe a
debater introdutoriamente sobre a diversidade sexual, tendo um foco nas políticas
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
publicas que envolve a discussão de sexualidade (Homofobia, Lesbofobia,
Transfobismo, Machismo) e questionar a partir do debate a violência.
Repasse das instâncias & Campanhas - Momento em que as escolas que estão com
instâncias trazem um repasse de seus trabalhos realizados ao longo do semestre
anterior e planejamento para o próximo semestre. Momento de repasses da
construção das campanhas nacionais da FEAB, bem como discussão e
encaminhamentos das questões das mesmas.
CONCLAEA - Debate sobre a CONCLAEA (a definir), seguido de repasse das atividades
da Confederação e discussão dos encaminhamentos tirados para o Brasil no 22°
CLACEEA.
Bandeiras - Discussão deliberativa sobre as bandeiras da FEAB, questões que não
foram deliberadas no 55° CONEA, que preveem a atuação até o 56° CONEA ou que
necessitem de encaminhamentos antes do mesmo.
Contextualização Seminário de Formação Profissional - Socialização do atual
andamento desse espaço deliberado no último CONEA. (FEAB - Curitiba).
CONEA - Repasse do Seminário de Construção do CONEA, discussão e ajustes finais.
Cultural - Espaço de integração.
Plenária Final e Encaminhamentos - Encaminhamento das resoluções da PNEB, bem
como das tarefas pontuais a serem executadas até o CONEA.
ESCOLAS PRESENTES
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Regional I - Santa Maria/RS – CR1; Erechim/RS - CO-ERA/S; Pelotas/RS e Porto
Alegre/RS - Sem Instâncias.
Regional II - Florianópolis/SC – CR2; Curitiba/PR – CR2, PNEB e CO Sem. Form.
Profissional;
Regional III - Campos dos Goytacazes/RJ – CO-CONEA; Diamantina/MG – NTP de
Gênero e Sexualidade e CO-CFF; Lavras/MG, Itapina/ES e Alegre/ES – Sem Instâncias.
Regional IV – Nenhuma Escola Pôde Comparecer.
Regional V – Crato/CE – CO-ERA/NE; Fortaleza/CE – NTP Educação; Fortaleza/CE – Sem
Instância.
Regional VI – Chapadinha – Sem Instância.
Regional VII – Jaboticabal/SP – CR VII (Não compareceu, mas enviou nota explicativa
com repasse); Piracicaba/SP – NTP de RI.
Regional VIII – Cruz das Almas/BA – NTP Juventude, Valores, Cultura, Raça e Etnia &
Coordenação Nacional.
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ANÁLISE DE CONJUNTURA
Abertura de Ponto - Ualid Rabah (Federação Árabe Palestina do Brasil)
Teve a intenção de analisar serenamente acontecimentos internacionais e
nacionais dando a possibilidade de que a militância possa delinear caminhos para sua
atuação. Em seguida foram doados alguns livros para a FEAB, com os temas Palestinos,
Árabes, etc.
No período de 79 acontecia na Inglaterra Margaret H. Thatcher e a Revolução
Sandinista e o cenário no Vietnã. Enquanto isso nos EUA ocorria uma alternância dual
no poder que não alterava sua pauta conservadora, pois a agenda nessa potência
capitalista vai ter uma agenda consolidada de Estado e não de governos. Uma das
ações mais conservadoras da implantação dessa agenda ocorreu no Chile e na
Indonésia, a partir dos Golpes de estado, de onde resultou a morte de mais de um
milhão de pessoas. Já a guerra do Vietnã é um marco na instalação da ditadura
imposta pelos EUA. O golpe de estado no Brasil foi crucial para que se implantasse a
agenda imperialista na América do Sul (diferente do modelo de golpe instaurado nos
dias atuais em Honduras e no Paraguai, que contaram com a colaboração do
judiciário). Esses golpes, que visavam o desmonte desses estados foram casados com a
destruição do chamado bloco socialista, que acabou com o Pacto de Varsóvia,
restando somente a OTTAN.
Quanto aos acontecimentos na Argentina e no Brasil podemos destacar que a
Argentina foi a única que adotou integralmente o modelo econômico da escola de
Chicago. Hoje há uma supremacia científica, tecnologia, econômico e militar muito
forte nos EUA. Apesar dessa supremacia está abalada, isso não impede de os EUA
continuarem impondo sua agenda na Ásia, América Latina e África.
Dados do ano passado da Cia The World Factbook informam que o Irã tem um
de aproximadamente PIB de 1,1 Trilhão de Dólares, tendo um PIB maior que o de
Israel, Arábia Saudita, e qualquer um pais do Cone Sul da América Latina. Fazendo
frente aos EUA temos não só o Irã, como também a configuração dos blocos
Mercosul/Unasul, Pacto Andino, contrapondo assim também o avanço de ações como
a ALCA, que apesar de os EUA tentarem colocar na agenda não foi implementado.
O cenário que se apresenta na América do Sul em relação aos EUA ainda é uma
repressão a partir da ação militar e isso explica a expansão do nº de bases militares a
serviço dos EUA caso haja necessidade de intervenções militares, pois os estados
unidos tenta impor a legislação terrorista que poderia ser utilizada contra o MST, os
Quilombolas e demais Movimentos Sociais de Resistência e Luta. Nesse sentido apenas
o ano passado se retirou o nome de Mandela da lista de internacional de terroristas.
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
Também vem se produzindo diversas intervenções no oriente médio
demonizando os governos com vistas a atender os interesses das monarquias do Golfo
Persico, para manutenção, por exemplo, do petro-dólar. Na década de 70 essa política
começa a ser implantada na Arábia Saudita com pacto entre eles e os EUA.
O Brasil nesse cenário cumpre um papel importante, pois desde o governo lula
realizou a cúpula da América do Sul-Oriente Médio o país vem tendo sua política
externa demonizada. A dívida interna, que representa mais de 40% do PIB nacional,
cria um déficit no investimento em setores que necessitam ser melhorados tais como
saúde, educação, segurança e etc.
Debate em Plenária
Fábio (Florianópolis/SC) – A crise do capitalismo vem desde antes de 2008, e hoje no
cenário atual ainda há quem defenda o capitalismo humanitário. O período do governo
lula foi hegemonizado por setores conservadores e atualmente o programa que o
governo implanta não passa de uma pauta de conciliação de interesses, onde apesar
de serem medidas necessárias, acabam por não romper as estruturas.
Negão (Cruz/BA) – Pede a Ualid Rabah para apresentar o cenário agrário no contexto
Internacional.
Felipe (Santa Maria/RS) – Pede pra avaliar os impactos da morte de Chávez na
conjuntura da América Latina.
Rafa (Cruz/BA) – Há necessidade de se criar uma frente internacional com pauta anti-
imperialista, pois as razões de estado já estão dadas, mas o que vemos é o nosso país
se ausentando de uma postura mais firme por parte de nossa diplomacia.
Ualid Rabah - Apesar da conjuntura de governabilidade não da para abandonar as
utopias, é inadmissível que países como a Colômbia, Congo, dentre outros estejam tão
pobres enquanto países como a Suíça é bem menor territorialmente e ainda assim se
apresenta como uma potência. Isso só ocorre pela deflagração de uma mais valia
universal. Quanto ao Brasil não podemos dizer que o atual governo é hegemonizado
por uma burguesia. No que tange ao contexto agrário do Brasil temos que pensar a
segurança alimentar o país tem que avançar na quebra de patentes mundiais e no
papel da Embrapa no desenvolvimento de tecnologias que beneficiem a produção
agrícola do país, sem que fortaleça as transnacionais.
Cabelo (Curitiba/PR) – A FEAB apenas lê as relações internacionais a partir da América
Latina, sendo assim precisamos avançar em propostas de leituras mais amplas.
Bianca (Diamantina/MG) – Tece comentário sobre a importância de conhecermos os
Tratados de Livre Comércio (TLCs) e pede que Ualid Rabah aprofunde na análise.
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Santiago (Cruz/BA) – Hoje faz 40 anos foi assassinado Honestino Guimarães: “E para
cada companheiro tombado em luta nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira
de luta”. Na América Latina os processos revolucionários foram personificados em
grandes líderes, Cristina na Argentina, Fidel em Cuba, Chávez na Venezuela. A ALCA foi
combatida pelos MSPs. Aliado com o governo Lula com o afastamento dos EUA, e sua
política neoliberal. Na Venezuela O projeto contra a ALCA começa a ser contraposto a
partir do debate da ALBA, como vai se dá este processo agora com a morte de Chávez?
Quando João Paulo assume o papado a Polônia e grande parte da Europa passava por
um processo revolucionário e agora, por sua vez, O papado vindo pra América Latina
seria para inibir os processos revolucionários em curso neste continente?
Lívio (Crato/CE) – Nesse momento de crise da esquerda a Jornada Nacional de Lutas da
Juventude nos coloca a necessidade e a possibilidade de construção de luta real de
forma unitária.
Dani (Pelotas/RS) – O governo do PT vem implementando as políticas da agenda
neoliberal, as políticas de conciliação de classes fazendo assim uma cortina entre os
trabalhadores e a contradição real do capital. O Dieese trás dados sobre o aumento
das greves e a intensificação da luta pela terra.
Edarciano (Florianópolis/SC) – Faz um questionamento com relação às políticas de
redução do IPI.
Fábio (Florianópolis/SC) – Tem que fazer as críticas ao PT não para seus militantes o
abandonarem, mas para que avancem na luta por dentro da ordem, voltando a
defender a classe trabalhadora. É necessário criticar sim os equívocos dos movimentos
sociais, na perspectiva de inclusive colaborar na sua atuação.
Ualid Rabah – Há uma verdadeira maratona de eleições em breve na América Latina,
tem que não somente eleger os governos progressistas, mas também os seus
parlamentares. Também temos que enfrentar a mídia, que faz demonizações artificiais
da esquerda e santificações artificiais da direita. É fundamental entender que quem
não está no governo não tem razões de estado. O governo é amplo e o próprio PT,
assim como alguns partidos da base aliada, é também uma colcha de retalhos. Quanto
aos TLC’s o projeto hegemônico pretendia fazer uma pauta única para o mundo, sua
ideia é fragmentar os acordos em bilaterais. A ALBA se configura como uma iniciativa
de solidariedade internacional. Os processos revolucionários ligados a figuras pode ser
um potencial de atrair as massas, mas deve ser encarado levando em consideração
suas características históricas e territoriais, porém é importante saber conduzi-los sem
essas figuras emblemáticas. A organização do Foro de São Paulo foi fundamental para
a derrocada da ALCA. A redução do IPI foi para frear a desindustrialização que o país
sofria e manter os empregos, mantendo assim seu parque industrial e garantindo as
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infraestruturas, no entanto podemos identifica-la como uma medida pontual. Quanto
ao papa o importante é que a igreja possa ser mais progressista, quebrando com o
conservadorismo. Em relação à morte de Chávez é importante que se mantenham as
mudanças estruturais no país, mesmo após sua morte, pois é importante que o
processo em curso não termine com a morte dele, que por sua vez foi, e ainda é, muito
importante. Não haveriam as mudanças na Venezuela, se o Brasil fosse governado pela
direita.
Fábio (Florianópolis/SC) – O PT não está condizente com a sua essência. O MST não
consegue avançar à medida que o governo expande as políticas assistenciais.
Belau (Cruz/BA) – Acredito ser consenso que nosso inimigo central é o imperialismo
Estadunidense, ao qual temos que somar esforços para derrota-o. A burguesia
brasileira é débil, não tem um projeto de nação, ficando subordinada ao imperialismo.
O PT assume o governo federal em conciliação com a burguesia industrial subordinada,
porém não podemos negar as políticas, que mesmo sendo assistencialistas, tem
beneficiado a classe trabalhadora, permitindo-a ter condições mínimas de
sobrevivência, ao tempo que transpõe grande quantidade de dinheiro para o setor
privado. Um momento histórico caracterizado como neodesenvolvimentismo ou
desenvolvimentismo conservador.
Carlinhos (Cruz/BA) – Quais os reais impactos das legislações antiterroristas?
Ualid Rabah – Quanto às opiniões pessoais busca-se respeitá-las. E por isso não irei
discuti-las. Se não se consegue reformar a ONU busca-se então fortalecer outros
organismos multilaterais, sendo importante enxergarmos esses novos agrupamentos
globais.
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FORMAÇÃO EM GÊNERO
Abertura de Ponto - Tamara (CN-FEAB) e Bianca (NTP de Gênero e Sexualidade –
Diamantina/MG).
A formação foi dividida em dois momentos adotando a seguinte metodologia:
1º momento - Auto-organização das mulheres / GDs entre os homens para leitura e
discussão do texto “A Violência do Agronegócio conta as Camponesas”
2º momento - Plenária com formação sobre a Luta das Mulheres Camponesas:
O espaço iniciou-se com uma intervenção, na qual foi feita a leitura da “Carta
das mães sem terras”, trazendo uma reflexão da visão da camponesa às violências do
sistema capitalista e sua resistência. Logo após foi exibido um vídeo retratando a luta e
a organização das camponesas nos movimentos sociais, como MST, MAB e MMC, com
relatos da percepção das mulheres frente ao agronegócio, os desafios enfrentados, as
pautas e principais lutas.
Em seguida Tamara iniciou a explanação colocando que a proposta do espaço é
de discutir a violência do capitalismo e do agronegócio sob a vida das mulheres e
trazer o debate sobre a nossa visão enquanto agrônomas e enquanto agrônomos
frente a essas camponesas.
O vídeo exibido trouxe elementos para entendermos a conjuntura da luta das
camponesas, trazendo pautas como a questão da violência (em todos os âmbitos),
reforma agrária e acesso à terra pelas mulheres, autonomia econômica e sobre o
machismo no meio rural ser mais acentuado. A exploração das mulheres no campo é
ainda maior e elas exercem uma jornada tripla de trabalho, que se configura no
trabalho doméstico, na “ajuda” ao marido na roça e o trabalho nos quintais, que é
considerado uma extensão do trabalho doméstico, mas que na verdade faz parte da
produção.
Historicamente, pautas como reconhecimento do trabalho enquanto
camponesas, direito a aposentadoria e à titulação das terras, foram conquistas da luta
das mulheres organizadas do campo. Porém ainda são muitos os desafios para se
alcançar a autonomia econômica, política, social e pessoal, pois são muitas as
contradições encontradas, por exemplo, no acesso à terra e aos programas e políticas
públicas destinados às mulheres. O direito a terra foi uma conquista recente, vinda dos
anos 90, e por isso sua distribuição ainda se dá de forma bastante desigual e existem
dificuldades em acessar créditos se as terras estão apenas no nome do marido ou a
DAP está com pendências. Para acessar PAA, PNAE e PRONAF, por exemplo, existem
muitas burocracias, que se tornam ainda redobradas quando se trata das camponesas.
Outro aspecto bastante pautado pelas camponesas é o acesso à assistência técnica,
que quase nunca as atende e nem é voltada às questões que envolvam as mulheres.
Além da luta pelo fim da violência física, sexual, moral, psicológica, patrimonial
e econômica contra as camponesas, outros desafios estão na luta pelo acesso à saúde
no campo e por uma educação do campo, no campo e para o campo.
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Dentro deste contexto, precisamos avaliar qual papel tem cumprido os
extensionistas, o agrônomo e o técnico, em atender as demandas das camponesas.
Primeiro precisamos visualizar como é o quadro histórico dessa relação, começando
pela nossa formação acadêmica que sempre foi voltada hegemonicamente para
homens, que, no ambiente rural, atendem aos também homens. Quando surgiu o
curso de Agronomia, apenas para os homens, surgiu o de Economia Doméstica para as
mulheres, acentuado a divisão sexual do trabalho também entre os extensionistas,
onde havia o chamado “kit extensão”, onde o agrônomo além de ter os materiais
necessários para a assistência tinha para acompanha-lo a economista doméstica, que
era limitada a lhe prestar ajuda e conversar com as camponesas enquanto o marido
era atendido na sua propriedade.
É importante destacar que mesmo que as mulheres tenham avançado nos
espaços da esfera pública e hoje estarem inseridas também no curso de Agronomia, a
formação que lhes é ofertada é desigual a dos seus colegas homens. Ainda existe uma
divisão sexual do trabalho e ela se dá dentro do próprio curso no decorrer da
formação, delimitando o que é papel de homem e o que é papel de mulher, e também
durante a carreira profissional, onde as mulheres encontram muitas dificuldades em
serem aceitas para exercer os trabalhos como agrônomas.
Para a FEAB fica o desafio de estarmos levantando estas pautas dentro da
discussão da nossa formação profissional, que além de ser voltada para o povo precisa
ter um olhar às especificidades de gênero e na forma com que vamos lidar e atender
as demandas das camponesas. Ainda é preciso nos aprofundar no debate, em nenhum
outro momento na Federação havíamos nos voltado à discussão da mulher camponesa
com maior profundidade a fim de entender as dificuldades e nosso papel frente a isto.
Precisamos ter a compreensão que em nosso meio de atuação é ainda mais difícil lidar
com o patriarcado que é ainda mais acentuado no campo, precisamos entender aquela
realidade e formar profissionais críticos atentos a isso. Além disso, pautar a
instrumentalização das engenheiras agrônomas, que são as que terão o olhar ainda
mais voltado para as sujeitas do campo.
Debate
- A reforma agrária se apresenta muito mais difícil para as mulheres, além do mais as
políticas publicas atuais não tem dado conta de abarcar as reais necessidades e
especificidades das mulheres camponesas. Superar essas problemáticas é
indispensável para que as camponesas alcancem sua autonomia econômica.
- Crítica ao modelo do Kit extensão, que acabava por excluir a mulher da discussão
produtiva, pois enquanto o agrônomo falava sobre a unidade produtiva com o
“homem”, a economista doméstica estava na cozinha com a mulher camponesa,
ensinando receitas e etc.
- Há um grande desafio d@s profissionais de agronomia trabalharem com as mulheres
camponesas, pois, a extensão rural que temos atualmente não contempla essa
demanda.
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
- Há uma dificuldade das mulheres camponesas atuarem na militância das
organizações sociais, uma vez que as mesmas estão envolvidas numa tripla-jornada de
trabalho.
- É importante considerar a necessidade de trabalhar nos currículos da Agronomia os
conteúdos referentes aos desafios da inclusão da mulher camponesa como sujeito de
políticas púbicas e das ações de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural)
contemplando sua autonomia econômica.
- As jovens camponesas migram para a cidade e acabam trabalhando como empregada
doméstica, muitas vezes sem nenhum direito e ainda é considerado um favor, pois se
usa o argumento que a “menina” esta sendo tratada como se fosse da família. Essa
migração acaba por impactar no aumento da “masculinização” do campo. Por isso
mesmo e por outras questões é que se faz necessário debater as repressões sobre as
mulheres levando em consideração o recorte de classes.
- A FEAB deve internalizar o debate sobre “as mulheres camponesas” dentro dos seus
espaços, além de debater o tema também junto à pauta de formação profissional.
- Devemos debater a agroecologia como uma estratégia que contribua para autonomia
das mulheres camponesas.
- É importante ressaltar que as estudantes de agronomia, são privadas da
oportunidade de possuir a mesma formação que seus colegas.
- É necessário destacar as especificidades da repressão que as universitárias sofrem
durante o trote.
- OBS: A escolha do tema “as mulheres camponesas” foi elogiado por grande parte da
militância presente no espaço.
Considerações Finais
É importante resgatar que foi a mulher que descobriu e desenvolveu as
técnicas da agricultura, a partir do cuidado das sementes na pré-história. Para
combater o agronegócio no campo e desenvolver a agroecologia que pautamos como
alterativa é que precisamos colocar as mulheres em protagonismo nessa construção.
São as camponesas que estão diretamente ligadas com a terra e com a soberania e
segurança alimentar. Dentro da contradição que é a divisão sexual do trabalho no
campo, nos permitimos analisar que o papel que as mulheres desempenham na
produção dos quintais é de grande importância para a transição agroecológica, são
essas mulheres que estão se preocupando com a alimentação de sua família, a partir
desses cultivos, e que se despertam para a necessidade de produzir de forma saudável.
É importante que a FEAB compreenda o protagonismo das mulheres no
desenvolvimento da agroecologia e que estas sujeitas estejam em pauta quando
vamos debater tanto a formação profissional quanto o projeto que defendemos para o
campo brasileiro. Desta forma, é de grande importância estar nos aproximando das
mulheres da Via Campesina e acompanhando suas lutas. Este ano estamos colocando
em pauta dentro da Federação a Campanha da Via Campesina “Os camponeses e as
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“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
camponesas dizem: Basta de Violência contra as Mulheres!”, que além de ser uma
forma de nos aproximarmos dos debates dos movimentos serve de trabalho de base,
de estudo e de luta para somarmos em mobilizações.
FORMAÇÃO EM DIVERSIDADE SEXUAL
Abertura de Ponto - Isaque e Estevan (ENUDS)
Começaremos demarcando que falamos em Movimento de Diversidade Sexual
e não movimento LGBTs. Isso tem uma importância teórica razoável. O movimento de
diversidade sexual no Brasil se encerrava na legenda Gay onde se enquadravam as
lésbicas. Os polos de orientação desse campo eram Europa e EUA. O avanço para a
sigla LGBT é centrado na questão na demarcação de identidade que seria exigida,
principalmente pra que se pudessem enquadrar os/as sujeitos/as nas políticas
públicas. E no campo da sexualidade compreendemos como uma armadilha fixar essa
identidade porque não te permitiria experimentar outras relações após ser cravada
sua sigla. Por isso do ponto de vista político com a sexualidade temos a possibilidade
de promover as transformações. No ENUDS tem uma disputa política de como vamos
compreender essa divergência, contudo garantimos a legenda LGBT para fins
estratégicos com as políticas públicas. Somos violentados/as na universidade e
estamos superando a divergência independente da marca que temos em prol de
Unidade no movimento. O ENUDS tenta trabalhar de forma suprapartidária porque
entendemos que todo cenário hoje será plural e com varias forças disputando. Foi uma
lastima a nomeação de Marcos Feliciano na presidência da Comissão de Direitos
Humanos. Nesse cenário de ME o ENUDS se propõem a organizar a diversidade e quem
entender essa questão fica quem só quer aparelhar sai. Como podemos pegar essa
discussão e colocar na pauta do dia em vez de ficar só no papel. Que agente faz com
esse conhecimento adquirido? Devemos nos questionar a nível pessoal ao invés de
recorrer a teorias econômicas já estabelecidas. Então não participo de uma revolução
que é apenas econômica.
Debate
- Sabemos da importância das lideranças do Movimento Estudantil pautarem a
questão da diversidade para chamar as pessoas para discutir mecanismo para superar
essa homofobia que se encontra nas universidades.
- A esquerda trata o debate de opressões de forma secundária, isso é fato, sendo que
usam desse debate apenas pra agregar militantes, sem dar o devido valor ao debate.
Homofobia é um fenômeno estrutural que diminuem as pessoas que não tem a
orientação sexual, definida pelas regras patriarcais, machistas e heteronormativas.
Apontamos aqui 03 vias da homofobia: marginalização, imperialismo cultural,
violência. Há ausência de politicas de saúde para mulher lésbica.
- A FEAB se coloca como uma Entidade do Movimento Estudantil que acredita na
superação da sociedade com uma revolução socialista.
– Nem todos os partidos tem secundarizado a pauta das opressões. Essa é uma visão
dos Partidos Revolucionários de séculos atrás. Hoje temos partidos trabalhando de
forma muito forte a questão da desconstrução de velhos valores e reconstrução de
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novos, valores socialistas, o que o Che Guevara veio a chamar de Mulher Nova e
Homem Novo. Diversos partidos, e também a FEAB, se colocam como socialista porque
acredita que a estrutura familiar e demais relações (Produção Social da Vida) são
determinadas pelas Relações Sociais de Produção, e que o acirramento entre a forma
de produção e a forma de acumulação da riqueza produzida vai nos permitir alcançar a
libertação do Povo, não excluindo a necessidade de pautarmos as mudanças de valores
desde então. Desta forma visualiza-se que o Partido seja a única estrutura organizativa
capaz de aglutinar todos esses setores da luta (Trabalhadores/as, Negros/as, Div.
Sexual, Mulheres, etc.).
- Na FEAB avançamos muito em vários temas, principalmente gênero, mas na pauta de
diversidade ainda estamos muito aquém. As políticas públicas devem servir para dar as
condições mínimas para a sobrevivência do individuo e isso é uma questão tática para
trabalhar com pautas que são imediatas e podem acumular forças no movimento.
- A FEAB compreende que precisa avançar na pauta a partir de uma demanda que é
real. Para alcançar a sociedade que agente quer precisamos nos desafiar a discutir e
avançar na caminhada.
- A FEAB faz muitas analises de superação das opressões por entender que existe uma
elite estruturada que mantem-se pelas opressões. O Brasil não é racista porque
simplesmente odeia os negros, mas sim, porque lucra com isso. Tivemos o debate no
ultimo CONEA sobre questão racial porque entendemos que essa sociedade
escravocrata precisa ser superada. Só podemos superar os inimigos se conseguimos
avançar no debate juntos. Da mesma forma vemos a questão da diversidade sexual, no
qual o capital se utiliza da heteronormatividade e da discriminação sexual para criar
nichos de mercado.
Considerações Finais
- Para discutir homofobia é muito importante estudar e trazer a conceituação e
elaborar em cima da pauta. As relações humanas podem ser explicadas de diversas
formas e é um perigo a chamada “história única”. Pra mim é impossível superar as
relações do mundo sem superar a família. Se não superar a família não tem superação
nenhuma de classe.
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REPASSE DAS ESCOLAS E DAS CAMPANHAS
REGIONAL I (RS)
Pelotas (Sem Instância)
Está participando da construção do EIV-Pelotas;
Disputaram o Diretório Acadêmico, porém perderam pra direita;
O Grupo está tocando também o Grupo de Agroecologia;
Acompanham a construção do Encontro Nacional dos Grupos de Agroecologia (ENGA)
e do Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA);
O Grupo está passando por um processo de bom de renovação e crescimento do nº de
integrantes.
Santa Maria (CR I e CO I ENC. CONESUL)
O grupo está se renovando nesse momento Pós-CN;
Construíram o I Encontro do CONESUL da CONCLAEA, que contou com a participação
de 50 pessoas de 03 Países. Conseguiu trabalhar bem o debate das campanhas Contra
os Agrotóxicos e da Curricularização da Extensão Universitária;
Construíram um CFI com a ABEEF;
Construíram uma Chapa pro C.A;
Participaram da construção do EIV-SM, que foi em Tupanciretã/RS e contou com 04
estagiários da Agronomia;
Acompanharam os Seminários de Construção do ERA-S e do CONEA;
Foram para o CLACEEA no Uruguai, em cinco pessoas que se alternaram;
Fizeram uma passada em Cerro-Largo. Pretendem acompanhar Erechim mais de perto.
Estão participando da Gestão do DCE-UFSM.
Erechim (CO ERA/S)
Realizou Seminário Interno de Construção e Seminário Coletivo de Construção, este
último com a participação de 20 militantes do Sul e mais a CN;
Participaram do Seminário de Construção do CONEA;
Estão com dificuldade pra garantir os espaços físicos, pois a UFFS não tem boa
Estrutura. O ERA será no interior, numa comunidade rural. Há articulação com a
Prefeitura, MSPs, Via Campesina e Sindicatos. A data definida foi de 31 de Maio a 02 de
Junho;
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Está com o grupo pequeno, de apenas 06 pessoas na CO, o que gera também uma
dificuldade de fazer trabalho de base;
O pessoal da Biologia tem nos procurado pra contribuir com a construção do ERA/S.
Porto Alegre (Sem Instância)
São um grupo pequeno, apenas 03 mulheres;
Participaram da Construção do EIV-RS;
Estão acompanhando a construção do Congresso Brasileiro de Agroecologia;
Estão participando da construção do Grupo de Agroecologia;
Participaram do Encontro da Juventude do MST e do Encontro Nacional do MMC.
REGIONAL II (SC e PR)
Florianópolis (CR I)
O grupo vem se renovando e participando de espaços de formação;
Estão inseridos na construção do CA e do DCE;
Construíram e participaram do EIV-SC e serão CPP do próximo;
Conseguiram fechar o projeto do EIV pra mandar pro PROEXT-MEC e já foi aprovado no
edital interno da UFSC;
Construirão espaço de apresentação da FEAB na Calourada;
Deixaram pra fazer passadas nesse segundo semestre da gestão da CR e já iniciaram as
articulações com algumas escolas;
Pretendem dar foco à escola de Curitibanos, pois está fisicamente mais próxima;
Participaram da Plenária de Superintendências, do CONEB-UNE;
Estão articulando com Erechim pra fazer um Pré-ERA em Florianópolis.
Curitiba (CR I, CO-PNEB e SF Profissional)
A escola assumiu mais de uma tarefa no último CONEA e se planejou pra executar as
tarefas sem deixar nada a desejar;
Participaram da Construção do EIV-PR, em 04 pessoas na CO e CPP, num processo de
retomada da construção após um ano;
Estamos dando os corres pra garantir a PNEB que já esta acontecendo;
Conseguiram fazer um levantamento das escolas que precisam de passadas, com
dificuldade por causa dos calendários diferentes. Conversaram com o pessoal de
Londrina no EIV;
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Estão inseridos na gestão do DCE;
Estão participando da construção da Jornada de Lutas da Juventude e da construção
das Campanhas Contra os Agrotóxicos e Curricularização da Extensão;
Participaram do I ENC. CONESUL, SC-ERA e SC-CONEA.
REGIONAL III
Campos dos Goytacazes (CO-CONEA)
Estão acompanhando as atividades do NEABI, pra ajudar na formação pro CONEA;
Estão contando com o apoio da coordenação de curso. Estão com apoio da reitoria;
Participaram de todos os espaços propostos pela FEAB;
Fizeram algumas idas pra Brasília pra articular questões financeiras do CONEA;
Estão com problemas pra fazer um CFI;
Estão inseridos no CA e no DCE;
Estavam pensando a construção do EIV- Norte Fluminense, mas com os assassinatos
dos companheiros do MST e por questões de segurança o EIV foi cancelado;
Estão construindo a Calourada;
Participaram da Plenária Nacional da Jornada Nacional de Lutas da Juventude;
Estão se esforçando pra fazer passadas pra construir Pré-CONEA em outras escolas.
Diamantina (NTP de Gênero e Sexualidade & CO-CFF)
É um grupo novo, que constrói a FEAB desde 2010;
Estão centrando forças na construção do Curso de Formação Feminista;
Participaram do CONEAC, na Colômbia, conseguiram perceber as diferenças políticas e
organizativas entre a FEAC e FEAB. Ajudaram a FEAC a avançar para um processo de
auto-organização das mulheres;
Constroem o Coletivo Feminista Retalho de Fulô;
Estão mobilizadas para o EREA, com ônibus já garantido, mobilizando a Calourada;
Conseguiram ônibus pro CONEA, mas o CONEA cairá no período de provas finais;
Constroem o EIV-MG e estão no esforço de construir o EIV-Regional, no Vale do
Jequitinhonha. Estão realizando Pré-EIV’s, que aproximam mais estudantes pra FEAB;
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Não estão dando conta de tocar o C.A;
Já teve seminário de construção do CFF, a FEAB e a ABEEF estão construindo. A ENEBIO
preferiu não participar da Construção, e sim participar como cursistas;
Participaram da PS;
Estão tocando com muita força a Campana Contra a Violência Contra Mulheres e o
Comitê Regional da Campanha Contra os Agrotóxicos;
O grupo avalia negativamente pra FEAB a pequena participação das escolas no SC-CFF.
Lavras (Sem Instância)
A FEAB foi por muito tempo só a Alê. Agora estão num grupo de 10 militantes;
Estão fazendo o esforço de apresentar a FEAB dentro da UFLA, pois pouca gente a
conhece;
Participaram da construção e como estagiários (03) do EIV-MG;
Estão tocando a campanha contra os agrotóxicos;
Participaram do CLACEEA e do SC-CFF;
Estão se preparando pra participar das eleições do CA e DCE;
Construíram um Curso de Formação junto com a ABEEF e ENEBIO;
Trabalharão 08 eixos de formação, um em cada final de semana. Estão alterando as
estruturas de reunião;
Já estão organizando o ônibus pro EREA e pretendem fazer 03 Pré-EREAS.
Alegre (Sem Instância)
Participaram do SC-CONEA;
Santiago fez passada lá e junto com a Lorenza chamaram os/as calouros/as pra
participar da FEAB, essa passada rendeu um grupo que hoje tem 06 pessoas;
Conseguiram construir com o colegiado uma semana da Agronomia/FEAB em que o
grupo que vai tocar os trampos, pra fazer trabalho de base;
Estão tocando o C.A e participando das eleições do DCE;
Tocam as coisas em parceria com a ABEEF que já tem um grupo mais antigo;
Esse ano não teve perna pra tocar o EIV-ES, mas estão se articulando com MPA e MST;
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Ganharam agora o direito ao Passe Livre! Que já está acontecendo os
credenciamentos. Fruto de lutas com 03 mil pessoas na rua, com participação da FEAB.
Itapina (Sem Instância)
Estão vendo de trocar a data do ônibus pro EREA;
Estão correndo atrás de uma sala do DA;
Estão abrindo o edital de eleição pro DA;
Tem uma galera vinda de escola família agrícola se aproximando da FEAB;
Está fazendo contato com São Mathews (CA-AGRO), tem um grupo de agroecologia lá
e estão tentando estreitar os laços.
REGIONAL IV (MT, MS, GO, DF, AC)
Nenhuma escola conseguiu participar da PNEB 2013 em Curitiba/PR.
REGIONAL V
Crato (CO ERA/NE)
Grupo passa por um bom momento, está consolidado com 15-20 pessoas militando no
grupo;
Tiveram seminário interno e seminário coletivo de construção do ERA;
A data do XIII ERA NE que será de 1º a 05 de maio, com a Temática “A juventude do
campo e da cidade: semeando a transformação que sonhamos!”;
Tem dificuldade estrutural no campus da universidade, pois esperam 900 pessoas para
o ERA, porém articularam com o IFCE do Crato pra sediar o Encontro lá. As inscrições já
estão abertas, e já tem bastante gente inscrita;
Avançaram bastante, separando os espaços de vivência e oficinas. Tem espaço de
gênero e feminismo na grade;
Não terá aula pra Agronomia no período do ERA e nem no IFCE;
Participaram da PS, do SC-CRFA e do CRFA, participaram dos cursos do MAB Nacional
(Questão Energética) e Estadual;
Participaram como CPP e com estagiários do EIV-CE;
Mandaram representantes pro CONEB-UNE;
Construíram a 2ª Semana dos Movimentos Sociais;
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Estão acompanhando o fórum Araripense, que reúne os MSPs, umas das pautas
prioritárias tem sido a transposição do São Francisco;
Estão trabalhando a campanha contra os agrotóxicos dentro do fórum Araripense;
Participaram do encontro do MMC;
Estão dentro do CA, mas não são a maioria. Vão montar chapa só da FEAB, nas eleições
pós-ERA;
Tem participado de CRBs em Picos/PI e Petrolina/PE;
Estão articulando e fizeram apresentação da FEAB em Picos/PI. Estão articulando a ida
deles/as pro ERA;
Estão em contato com companheiro do MAB que está estudando em Limoeiro do
Norte, pra construir a FEAB por lá;
Estão avançando no processo de trazer os movimentos sociais pra participar do ERA
como Encontristas pra contribuir com todo Encontro. O MST tem se colocado como
construtor do ERA;
Estão buscando fortemente se preparar e se formar pra no próximo CONEA se propor
a Coordenação Nacional da FEAB.
Fortaleza (NTP de Educação)
Está na gestão C.A e Assumiram o NTP de Educação no último CONEA;
Construiu a Semana Acadêmica, debatendo formação profissional, contextualizada no
estado do CE. Contaram com a Presença da CN e CR V;
Participam do Colegiado, onde estão debatendo a reformulação do PPP;
Estão construindo uma oficina de educação com todo o CCA;
O NTP está participando de Pré-ERAs, e já tem ônibus garantido para o Encontro;
Estão reservando vaga no ônibus pros MSPs;
Indicamos 05 estudantes para participar do EIV-CE e já estão se colocando pra
construir a FEAB;
Estão se articulando com CREA, SENGE, AEACE;
Participaram do CONEB;
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Estão no Comitê da campanha contra os agrotóxicos;
Foram pros grito dos excluídos em fortaleza e no Crato;
Participaram do Caldeirão dos MSPS, no Crato;
Estamos construindo a Jornadas de Lutas da Juventude no Estado.
Fortaleza (Sem Instância)
Mandou representante pro CONEAC – Colombia;
Passaram por processo de renovação e aumento do nº de militantes no grupo;
Fizeram recepção de calouros;
Participaram do SC-ERA/NE, no Crato;
Participaram das Assembleias Regional e Nacional da ANEL;
Participam do Observatório que estuda o PPP do Curso;
Estão Construindo Comitê da Campanha Contra os Agrotóxicos;
Participaram do Ato no dia 08 de Março;
Fizeram Planejamento Interno;
Estão tocando formação interna.
REGIONAL VI
Chapadinha (Sem Instância)
Iniciaram o Grupo no 55º CONEA;
Voltaram com a tarefa de construir a Semana Acadêmica dos Estudantes de Agronomia
do Maranhão (SEMAGRO), pautando o uso das riquezas naturais;
Juntaram 150 estudantes de todas as escolas de agronomia do Maranhão;
Articularam a apresentação da FEAB para a escola de Codó que ainda n conhecia a
Federação;
Fizeram ato em novembro contra o genocídio Guarani-Kaiowa, contando com o CCA e
estudantes secundaristas;
O grupo fez proporcionando espaços de formação;
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A CR e a CN já fizeram passadas lá e agora estamos com um grupo de 10-14
estudantes;
O Povo da zootecnia tá se aproximando da FEAB;
Estão na parceria CA-FEAB. Vai fazer um ciclo de apresentação e debate do ME
Brasileiro;
Vai fazer a Calourada levando os calouros para o campo pra conhecer a realidade local
dos camponeses, e também os levarão numa fazendo do agronegócio;
Codó pegou a CO da próxima SEMAGRO;
Vão participar do ERA-Crato e vão para o CONUNE.
REGIONAL VII
Piracicaba (NTP – Relações Internacionais)
Fizeram formação na ESALQ com a ABEEF e ENEBIO;
Construíram uma semana da América Latina com participação do pessoal que foi pro
México e vários outros países da AL;
Foram pro CLACEEA em janeiro;
Tem dificuldade de renovar o grupo pelo elitismo e conservadorismo;
Nesse sentido estão atuando com outros cursos/executivas pra fortalecer o trabalho;
O Coletivo de mulheres esta se fortalecendo, contando com 10 mulheres, que
participaram das lutas do 08 de março em são Paulo;
Estão tentando participar do EME-UNE;
Estão fazendo lutas das Pelas Cotas e contra o Pimesp proposto pela Esalq;
Participaram da Jornada Nacional de Lutas da Juventude;
Participaram do Fórum Paulista de Agroecologia e do Fórum de Extensão Rural;
Estão construindo o Movimento Pula Catraca;
Estiveram na PS, SC-ERA e SC-CONEA.
Jaboticabal (CR VII) – Não esteve Presente, mas enviou nota explicando o acontecido
e relatando o repasse das atividades.
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REGIONAL VIII
Cruz das Almas (NTP de Juventude, Valores, Cultura, Raça e Etnia)
O Grupo tem pessoas formando, pessoas na CN e pessoas tocando a FEAB em Cruz;
Participaram da PS e do SC-CONEA;
Participaram do Fórum internacional 20 de Novembro (20 a 23), em Cruz;
Participaram da construção do I EIV-BA e participaram como CPP (2) e estagiários (2);
Participaram do I CRFA como CPP, Onde Conseguiram inserir os MSPs como
construtores, como CPP e como cursistas;
Participaram de ato na Advocacia Geral da União (AGU), com grande repercussão na
Bahia, em Defesa do Quilombo Rio dos Macacos, exigindo uma comissão popular pra
acompanhar os processos;
Estão acompanhando assentamentos do MST em parceria com o NEPPA-UFBA;
Estão buscando acumular também para o debate de Extensão Universitária;
Estão participando do Curso de Realidade Brasileira da Bahia;
Estão construindo da Jornada Nacional de Lutas da Juventude. Ato dia 11/04 em
Salvador e 10/04 em Cruz;
Estão participando do EME-UNE;
Participaram de seminário sobre quilombolas na UFRB;
Estão realizando os Pre-ERAs;
Vão mandar gente pra o Curso de Coordenadores do ERA/NE.
Estão se planejando pra fazer Pré-ERA em Feira de Santana e Guanambi, pra garantir a
presença deles/as no ERA;
Estão tocando o comitê da Campanha Contra os Agrotóxicos.
Fazendo debate de ME e o Papel da UNE;
Vão Participar do Seminário de ME Eudaldo Gomes na UFRB.
COORDENAÇÃO NACIONAL
Jefferson (Regionais I e II):
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Participou do III Seminário Permanente de Integração Regional – JUVENSUR; participou
da mesa Redonda “Campesinato: os excluídos da revolução verde”, em Santa
Maria/RS; Ajudou na construção dos Seminários Interno e Coletivo do ERA Sul;
Acompanhou o Planejamento da Regional I; Foi ao Encontro Estadual do MST-SC;
participou da Seleção de Estagiários do EIV/SC; Participou do CLACEEA; e realizou uma
passada no Paraguay (Universidad Nacional Del Este – Paraguay, Minga Guazú/PY).
Santiago (Regionais III, V e VII):
Iniciou as passadas após a PS e participou de todos os espaços nacionais da Federação,
do Encontro CONE-SUL em Santa Maria/RS, do CONEB em Refice/PE e do EIV BA.
Dentro das regionais está acompanhando a construção do EREA, que será realizado na
Rural do Rio, do CONEA em Campos e dos 5 NTP’s: Biomas – Registro/SP; Relações
Internacionais – Piracicaba/SP; História e Comunicação – Ilha Solteira/SP; Gênero e
Sexualidade – Diamantina/MG e Ciência e Tecnologia – Montes Claros/MG. Além disso,
tem acompanhado as reuniões e resoluções da Via Campesina e construção nacional
da Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida.
Rafael (Regional IV):
Participou de todos últimos espaços nacionais da FEAB e está acompanhando a
regional e centrando nas articulações em Brasília, aonde vem fazendo o esforço de
consolidar um grupo. Existem dificuldades organizativas para a FEAB no Centro-Oeste e
neste ano a região está sem escolas com instâncias. Está participando da construção do
EIV MT e tocou o EIV DF e GO, realizado junto com a ABEEF, que foi um processo difícil
porque nos últimos anos vinha acontecendo EIV no DF realizado pelo pessoal da
Antropologia e com um caráter muito afastado da formação política que construímos
historicamente com as executivas, mas que este ano conseguiu-se resgatar e consolidar
um EIV que gerou bom acúmulo para a militância. Em Brasília está focando também em
formas de limpar o nome da FEAB e cobrir a dívida através dos contatos de Ex-
Feabentos, além de articulação dos projetos da PROEXT para todos os EIV’s tocados
pela FEAB a nível nacional e projeto do próximo CONEA. Através de Brasília também
acompanha a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida no
Comitê DF que é referência de todo Brasil.
Belau (Regionais V e VIII):
Iniciou as passadas na OS, acompanhou os seminários Interno e o Coletivo de
Construção do XIII ERA/NE; Ajudou no Planejamento das Coordenações Regionais V e
VIII; Participou dos seminários Interno e Coletivo de Construção do I CRFA/NE; Esteve
presente na Semana Acadêmica de Agronomia do D.A. Dias da Rocha da UFC-
Fortaleza; participou em GO do Seminário Convocatório ao III ENA – ANA;
Acompanhou como CPP o EIV/BA; Acompanhou pela FEAB o 13º CONEB-UNE;
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Acompanhou a CPP do I CRFA/NE e do IV EIV/CE; Participou da Reunião das Categorias
da Agronomia do Estado do Ceará.
Negão (Regional VI):
Após a PS começou a acompanhar os processos da regional, que além da CO do ERA
Sul (Belém/PA) e da CR (Marabá/PA) tem 2 NTP’s, que são Biomas – São Luis/MA e
Movimentos Sociais – Altamira/PA. Acompanhou o planejamento da CR, que foi
realizado com uma formação e teve uma boa representatividade, e o Seminário de
Construção do ERA Norte, que também foi bastante representativo. Algumas escolas
mais velhas do Pará estão apresentando algumas dificuldades organizativas e de
renovação, mas o Maranhão vem crescendo com escolas novas e dispostas a construir
a FEAB, a exemplo de São Luís que está organizando um Curso de Formação Político
Regionalizado da FEAB em parceria com o MST. A CR veio realizado passadas nas
escolas mais novas. Participou da construção do IV EIV Pará, que por algumas
dificuldades de calendário foi mais reduzido neste ano, e do EIV DF/GO.
Tamara: A princípio acompanharia a regional VIII, mas no segundo período, após
reavaliações, ficou deslocada para acompanhar demandas nacionais e garantir o
debate de gênero na Federação através das escolas com instâncias. Participou de
todos os espaços nacionais da FEAB no último período, do EIV-BA, do CRFA em
Juazeiro, do Encontro Nacional do MMC e está acompanhando a construção do CFF,
CONEA e ERA/NE, além dos cursos e espaços de formação da Federação.
BANDEIRAS
MOVIMENTO ESTUDANTIL GERAL
Abertura de Ponto – Belau (CN-FEAB)
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Na atual conjuntura, vivemos um momento de dificuldades de organização das
lutas de massas, no cenário do ME não é diferente. Existe uma crise de identidade,
legitimidade e até mesmo de representatividade entre as organizações que compõem
este cenário. Neste sentido, se criam certas repulsas por parcelas significativas dos/as
estudantes quanto aos debates das entidades estudantis e no cenário da FEAB se cria
um dilema quanto à necessidade de organizarmos o conjunto amplo das/os estudantes
e não somente aqueles que se colocam enquanto esquerda. Precisamos desconstruir o
debate sectário em nossa Federação.
Outro fator que tem dificultado as ações do ME é que alguns espaços acabam
de certo modo exprimindo um caráter elitista, onde por muitas vezes os estudantes da
classe trabalhadora não tem como acompanhar esses espaços políticos, pois vivem
uma jornada dupla de estudo e trabalho, e os espaços do ME serem extensos. Existe
uma necessidade em se dialogar com essa categoria, voltando o olhar para sua
realidade e para as suas necessidades.
O academicismo também tem sido ponto emblemático no Movimento
Estudantil, onde muitas vezes fazemos grandes discursos fundamentados em teóricos
da esquerda mundial e esquecemo-nos de dialogar com os problemas cotidianos
dos/as estudantes e trabalhadores/as. Temos o dever de construir metodologias de
diálogo com o máximo de estudantes possível.
É nos apresentado também, no atual período, a necessidade de construção de
lutas conjuntas entre os diversos setores do movimento estudantil, nossa atuação
precisa ser revista, precisamos visualizar nossas posturas e como atuamos frente as
problemáticas que temos colocadas no nosso campo de atuação.
No que se refere à universidade de maneira geral, temos posto que são
instituições que servem hegemonicamente aos interesses do Capital. Nossa formação
como um todo está subordinada a estes interesses e no nosso caso das Ciências Rurais
está voltada a formar mão de obra qualificada para servir ao agronegócio. Além disso,
a educação serve para a manutenção das ideologias dominantes da sociedade,
mascarando e escondendo que vivemos numa sociedade regida pela luta de classes.
A produção de ciência e tecnologia está voltada cada vez mais para atender aos
interesses de grandes empresas que estão patenteando este conhecimento para
somente para a obtenção de lucro. A educação está sendo transformada em
mercadoria, não se visualiza um modelo de formação emancipador e transformador e
sim se investe numa educação que traga um retorno lucrativo às grandes corporações
econômicas.
Para disputarmos o modelo de universidade e de educação que queremos, uma
educação que atenda nossas pautas, estando a serviço da classe trabalhadora, é
preciso alterar a correlação de forças dentro dos espaços das universidades.
Apontamos a UNE como um espaço que ainda consegue aglutinar as/os estudantes
das mais diversas áreas do conhecimento e de maneira abrangente. Mesmo com a
conjuntura dificultada e retraída pela qual vem passando a entidade nos últimos anos
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ou décadas, este é o espaço por onde passam os debates centrais do movimento
estudantil brasileiro. Neste sentido, precisamos buscar a unificação dos/as estudantes
em torno de pautas gerais para mudar a correlação de força dentro das universidades.
É desta forma que o debate se encaminha para a importância da FEAB voltar se
organizar dentro do ME Geral acompanhando os espaços da UNE, para debater com a
base, já que numa condição de isolamento não conseguiremos aglutinar essas pautas
gerais dos estudantes que podem ter peso para disputar a universidade.
Leitura das deliberações do 55º CONEA.
Leitura do documento de das impressões gerais que os/as militantes da FEAB
tiveram do 14º CONEB.
Debate
Um fator importante de discussão é como trabalhar a base da FEAB, já que
temos a necessidade de qualificar nossa intervenção junto a este público. Existem
falhas no trabalho de base conduzido hoje na FEAB, encontramos na maioria das
escolas problemas de falta de militantes para conduzir as atividades da Federação.
Existem indivíduos que colocam o trabalho de suas organizações partidárias acima dos
interesses da Federação e ocorre uma disputa que coloca a base numa situação de
confusão e desorientação.
É preciso analisar nossos reais problemas, pois se vê o descenso da luta de
massas, o que gera consequências no movimento da juventude. O Capital e a ideologia
dominante expõem constantemente uma lógica de fortalecimento da individualidade e
enfraquecimento das experiências de organização coletiva.
Em relação à carta de avaliação do 14º CONEB da UNE, alguns pontos não
estavam representados nas suas opiniões e esta foi tendenciosa a mostrar apenas o
lado positivo de se inserir nos espaços da UNE.
Nossa participação no FENEX foi mais uma vez deliberada e novamente não
estamos construindo o espaço de maneira qualificada, devemos dar importância para
todas essas ferramentas de discussão se quisermos aprofundar no debate de
movimento estudantil.
Dentro da FEAB se visualiza uma concepção de que a Federação precisa
repensar sua forma de organização no movimento estudantil, o esvaziamento dos
grupos são nítidos e é preciso perceber que existem problemas que precisam ser
trabalhados. Precisamos repensar as ferramentas para solucionar estes problemas
constantes, neste sentido, precisamos nos aproximar da base, inserindo nossos
debates.
É necessário ponderar que a UNE talvez tenha potencial em aglomerar os/as
estudantes, mas não necessariamente de organizá-los. Seus espaços não são
pedagógicos para a militância do ME, ocorrem episódios de falta de respeito entre as
falas que são colocadas nos espaços e não há o incentivo para a pluralidade de
opiniões. Não teremos assim, oportunidades de disputar os rumos da UNE e sim o
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contrario, corremos o risco de que da FEAB comece a se configurar com o mesmo
perfil despolitizado. Precisamos avançar no debate do ME geral, continuar discutindo e
aprofundando estas questões, porém não teremos este canal a partir da UNE.
A UNE a 20 anos não pauta lutas para classe trabalhadora e não acumula para
organização do movimento estudantil e seus espaços são burocratizados. Antes de se
decidir se vai ou não entrar na UNE é necessário reformular sobre a reorganização de
organização estudantil. Estar nos espaços da UNE é diferente de construí-la, o que é
um retrocesso para a esquerda que não reivindica luta dentro da UNE.
É importante destacar que para nos aproximarmos da base as vezes é
necessário se desconectar um pouco do contexto nacional e se voltar mais para as
pautas internas das universidade, onde as pessoas irão se identificar dentro das suas
realidades. Muitas vezes a gente parte para um enfrentamento e esquece de auto
avaliar-se .
O Programa Democrático Popular colocado hoje pelo governo é imaterial. Foi
criado pela classe trabalhadora, mas seu desenvolvimento hoje possui outra
configuração.
Nada muda pro ME agro estar na UNE, porque acabaremos nos privando de
discutir as nossas pautas.
As analises que um dos grupos de fortaleza faz leva a percepções de que estar
na UNE hoje não acumula para a luta estudantil, neste sentido apontamos a ANEL
como a melhor forma de se organizar para construir a luta.
Para se construir uma análise acerca da volta da FEAB aos espaços da UNE se
faz necessário nos remeter à alguns anos atrás quando houve a ruptura com esta
entidade. Naquele momento se avaliava que sair da UNE nos permitiria construir com
mais intensidade as pautas de questão agrária, porém isso não se mostrou verdadeiro
e acabamos por afastar a FEAB dos espaços da universidade e do ME Geral e
desqualificar nosso debate de educação. O processo de greve da educação que
vivemos ano passado deixa evidente esses pontos, a FEAB estava praticamente fora
deste debate em função de não termos mais o acesso a estes canais. É papel de uma
executiva de curso discutir ME Geral e educação. Embora a direção majoritária da UNE
não paute como deveria as questões políticas, isso não deslegitima a entidade. No que
se refere aos outros canais do ME Geral, a ANEL não nos representa pois é uma
entidade que já nasce com crises de legitimidade e representatividade. Por outro lado,
o FENEX, embora tenha potencial de cumprir importante papel de articulação, a alguns
anos já não consegue acumular, principalmente em função de problemas de
organicidade.
É concordância que a UNE é burocratizada e da maneira que está colocada não
nos representa, mas que o FENEX também não conseguiu cumprir com este papel. A
disputa é polarizada e ambos os lados despolitizados, para modificar a UNE cabe-nos
mudar as práticas lá dentro.
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Muitas vezes não colocamos nossa auto crítica, muitos coletivos que defendem
não construir a UNE a disputam para desconstrui-la. Precisamos enxergar quem é
nosso inimigo real, com certeza ele não é a UNE e nem a força política que está na
direção da entidade, que não pode ser colocado como direita, mas sim como esquerda
cooptada. Quanto a reorganização do movimento estudantil é uma falácia dizer que
ela vai ser dar pela FENEX ou pela ANEL, pois a UNE ainda tem os maiores fóruns
representativos dos estudantes e consegue ser referencia para este público.
O rompimento da UNE em 2007 partiu de uma forjada a analise de
reorganização do movimento estudantil. Necessitamos desmistificar a UNE e UJS como
se fossem a mesma coisa, é preciso deixar claro a diferença entre a organização e o
partido politico. Precisamos olhar pro histórico da entidade, que constituiu lutas
amplas e importantes pro Brasil. Não necessitamos disputar eleitoralmente a UNE,
mas sim estar lá dentro levantando também as nossas pautas das agrárias e conseguir
aglomerar nos espaços que não temos inserção.
É um equivoco dizer que não temos acumulo sobre a UNE, pois este é um dos
debates mais efervescentes nos espaços nacionais onde em diversos momentos este é
o principal debate da Federação.
É possível fazer um movimento estudantil por fora da UNE, como o processo de
greve ano passado em diversos lugares ocorreram sem a inserção a UNE. As executivas
podem fazer trabalho de base e organizar os estudantes, existem varias entidades que
podem estar pautando isso e discutindo dentro do FENEX.
Para discordar do que está colocado pela UNE, não podemos meramente exigir
que ela mude e cumpra com outro papel se não estamos lá dentro para mostra a nossa
postura de mudança. É importante a FEAB estar dentro da UNE, pois é uma forma de
estarmos em contato com os estudantes que não atingimos em nossos espaços.
O FENEX não avança pelo descaso das coordenações nacionais, que boicotam
este espaço. Este ano ela foi secundarizada e ano passado não conseguiu-se sair
campanhas porque a FEAB entrou em discordâncias e não permitiu isto.
Este é um dos primeiros espaços que conseguimos discutir a UNE mais a fundo
e com clareza. Precisamos consolidar nossas ferramentas de discussão, promover
ferramentas independente da organização politica que nos baseamos e fazer formação
em todas as linhas para que as pessoas tenham clareza do que vão reproduzir e seguir
na militância.
Encaminhamentos
1. A FEAB deve aprofundar sobre qual o projeto de educação queremos e avançar
na formulação de táticas de como colocar para a base nossas proposições.
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2. Precisamos pensar sobre os currículos de nossos cursos, para construirmos
uma proposta de mudança que sirva para dialogar com todos/as estudantes e
que sirva também como ferramenta de trabalho de base.
MOVIMENTO ESTUDANTIL DAS AGRÁRIAS
Abertura De Ponto – Belau (CN-FEAB)
Nos últimos períodos a FEAB teve uma aproximação com os movimentos da Via
Campesina, o que reafirmou nossa formação profissional ligada com o campo, para
atender as necessidades do Povo. No entanto percebemos a necessidade de nos
aproximarmos de outros Movimentos como as Entidades da Categoria que estão na
luta cotidiana em nosso campo de atuação profissional, como os sindicatos e
associações e CREA.
Nós, estudantes, estamos presos à esfera acadêmica e precisamos nos
aproximar da prática cotidiana de nossa profissão, o que afirma a necessidade da
reformulação dos nossos currículos, vendo o quanto isso pode enriquecer nossa
formação e aproximação da realidade.
Ressaltando a importância do debate em torno de nossa formação profissional,
é importante aprimorarmos a campanha pela Curricularização da Extensão.
Leitura das Deliberações do 55º CONEA
Debate
A FEAB vem priorizando campanhas nacionais defendidas pela Via Campesina,
que são importantes, no entanto, revelam a necessidade de formularmos Campanhas
próprias que dialoguem mais e aglutinem a base dos estudantes. Como exemplo,
citamos o debate realizado no curso de Educação Física sobre a divisão do curso em
bacharelado e licenciatura. Não devemos ficar só no teor ideológico e pautar também
propostas mais concretas para os estudantes;
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida é uma ferramenta
que aglutina muitas pessoas, não apenas da FEAB, mas de outros Movimentos Sociais
Populares do Campo, e também a área de saúde, mostrando que devemos nos
apropriar mais dela, mesmo não sendo criada apenas pela FEAB;
O debate sobre a reformulação dos currículos, independentemente da postura
dos estudantes frente à agroecologia ou ao agronegócio, é uma potencial ferramenta
para aproximar todos os estudantes dos debates travados na FEAB;
Encaminhamentos
3. O CREA vem fazendo o debate sobre os PPPs dos cursos de Agronomia e por
isso enxergamos a importância de nos aproximarmos dessa entidade,
inserindo-nos no CREA-Jr, com o objetivo de conhecermos desde cedo como se
dá politicamente esses debates;
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4. Precisamos pautar nas lutas pelo currículo que queremos a necessidade de
trazer a disciplina de Agroecologia para o início do curso, rompendo barreiras
que normalmente são criadas pelo tradicional ensino voltado a atender o
modelo do agronegócio;
5. A classe trabalhadora está mais presente na universidade, tendo que conciliar o
estudo e o trabalho. Temos que nos atentar e discutir sobre a elaboração das
grades e metodologia dos eventos da FEAB, muitas vezes extensas, dificultando
a participação da classe trabalhadora nestes espaços.
MOVIMENTOS SOCIAIS POPULARES
Abertura De Ponto – Negão (CN-FEAB)
Os Movimentos Sociais Populares (MSPs) se encontram em dificuldades de
articulação, não conseguindo colocar de forma incisiva suas pautas, a exemplo do MST
que não tem conseguido avançar na Reforma Agrária, e com isso tem priorizado a
estruturação dos assentamentos conquistados com luta, entendendo que a reforma
agrária perpassa a divisão de terras.
Esse momento é reflexo da confiança de que a Reforma Agrária se realizaria
com a entrada de um Governo do Partido dos Trabalhadores (PT). Porém o aparato
burocrático estatal impediu o avanço da Reforma Agrária mesmo com setores
progressistas inseridos nos órgãos Estatais. Os MSPs veem a necessidade de se
unificarem pautando lutas unitárias para fortalecer a luta pela Reforma Agrária, visto
sua importância para sociedade como o todo. Nesse sentido os Movimentos da Via
Campesina, Movimentos Sindicais e outros Movimentos se unificam na tentativa de
pautar suas demandas reais. Como resultado avançou na construção da Campanha
Contra os Agrotóxicos atraindo diversos setores da sociedade.
A Via Campesina vem contribuindo ampla articulação dos MSPs em nível
internacional, entendendo que precisamos avançar na luta anti-imperialista. Estes
movimentos tem se articulado em defesa das comunidades tradicionais, devido ao
avanço do capital nesses territórios. No caso dessas comunidades a luta vai para além
do direito de acesso a terra, pois não reproduzem a lógica das relações capitalistas em
seu território, se apresentando como foco de luta ideológica.
Estamos pautando na FEAB a importância de nos articularmos em defesa dos
Territórios das Comunidades Tradicionais, se articulando através da Via Campesina,
com o propósito de impedir o avanço das transnacionais no campo.
Leitura das Deliberações do 55º CONEA
Encaminhamentos
6. A Federação precisa acompanhar as discussões dos encontros unitários nos
estados.
7. Orientamos nossa militância a abrir um canal diálogo entre os estudantes
fomentando a relevância dos empreendimentos de economia solidária
(associações e cooperativas), entendendo a importância desta na organização
dos setores produtivos agropecuários no acesso a políticas públicas, além de
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ser uma ferramenta que potencializa a Campanha da Curricularização da
Extensão.
8. Precisamos nos aproximar dos Movimentos como o ANDES-SN, FASUBRA, o
SINASEFE e outros sindicatos do serviço público federal, pois estes têm
formulações importantes que contribuem com a pauta da educação. Neste
sentido, a FEAB orienta a militância a participar da Marcha do Serviço Público
Federal a Brasília no dia 24 de Abril.
9. É importante debater a concepção de território, entendendo que pautamos
lutas em defesa dos territórios das comunidades tradicionais, para isto o NTP
de juventude, Cultura, Valores, Raça e Etnia deve acumular nesse tema,
construindo um documento de acúmulo.
10. É de fundamental importância construirmos o Seminário Nacional dos Estágios
Interdisciplinares de Vivência – EIVs, entendendo que precisamos avançar no
método do Instituto de Educação Josué de Castro e nas demais questões que
envolvem atualidade da construção dos EIVs, como por exemplo, as políticas
de financiamento via PROEXT, a fim de construir sistematizações que nos
auxiliem nos desafios atuais desta temática. Para isto devemos construir uma
ferramenta de comunicação entre as diversas entidades do ME e demais
movimentos sociais que estão envolvidos na construção do EIV, a fim de
acumular para a possível realização desse espaço avaliativo.
11. Os NTPs de Juventude, Valores, Raça e Etnia e o de Genero e Sexualidade
elaborarão uma nota da FEAB em repúdio a Marco Feliciano, compreendendo a
relevância da Comissão de direitos Humanos, que está sendo representada por
um dogma.
12. Orientamos nossa militância a acompanhar as turmas de PRONERA e fomentar
a disputa do PRONACAMPO, a fim de disputar os recursos deste, além de
pautar o debate de descriminalização das turmas do PRONERA, formulando um
material da federação que subsidie o debate e o trabalho de base nas
universidades (NTP Educação e Pelotas).
13. A FEAB (Itapina) deve escrever uma nota de Repúdio a Renan Calheiros, pelo
fato do mesmo estar envolvido em diversos casos de corrupção e assim estar
atacando os direitos da população.
AGROECOLOGIA
Abertura De Ponto – Tamara (CN-FEAB)
A criação dos cursos da área de agrárias como a Agronomia, no Brasil, se deu a
partir da demanda do Capital de desenvolver e aplicar técnicas para intensificar sua
exploração agrícola no país. Dentro deste contexto, a forma capitalista de exploração
veio se desenvolvendo e estabelecendo o modelo de produção do Agronegócio, onde
foram inseridos os Pacotes Tecnológicos vindos da Revolução Verde junto à aliança dos
grandes latifundiários com as transnacionais. O curso de Agronomia hoje está inserido
dentro desta lógica, estando a serviço do Agronegócio. Dentro da FEAB historicamente
os estudantes vêm travando lutas contra este modelo de exploração e opressão da
classe trabalhadora, pautando um modelo de agricultura que se contraponha a este
devastador. Hoje é o que compreendemos como Agroecologia, que além de estar
pautando outro modelo de produção se coloca como uma ferramenta política que
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pauta uma transformação social no campo brasileiro, se relacionando com os debates
de gênero, raça, geração e classe.
Uma das conquistas que conseguimos travando luta dentro de muitas
Universidades foi a disciplina de Agroecologia, mas que não consegue mudar a lógica
da formação que está posta, pois os cursos continuam a serviço do Agronegócio e a
disciplina é lecionada nos últimos semestres do curso não dando real possibilidade de
disputar o modelo de formação que queremos desde início do curso. Conseguir
avançar nos debates de Agroecologia dentro das Universidades tem sido um desafio
constante para a FEAB e se relaciona diretamente com a questão da formação
profissional. Hoje conseguimos avançar em algumas ferramentas que possuem
potencial para a Federação acumular na pauta. As formas que temos para canalizar a
luta da Agroecologia se encontram na organização dos Cursos Regionalizados de
Formação em Agroecologia, os Encontros Regionais, a Campanha Permanente Contra o
Uso de Agrotóxicos e Pela Vida, os espaços nacionais de outras organizações que
trazem a pauta, as jornadas de Agroecologia, etc. Além disso, precisamos ainda
concentrar esforços na construção e inserção de Grupos de Agroecologia, que podem
contribuir para nossa militância e na apropriação das técnicas agroecológicas que não
são supridas pela universidade.
Viemos acumulando bastante nas construções dos ERAs, que tem conseguido
cumprir com o papel de trabalho de base, e os cursos de formação regionalizados, que
têm sido importantes para nos instrumentalizar tecnicamente e politicamente. A
Campanha Contra os Agrotóxicos se coloca como uma forma de potencializar a luta
pela construção da Agroecologia num diálogo direto com a sociedade, onde diversos
setores têm se sensibilizado e se preocupado com as questões de saúde e meio
ambiente. Mesmo que a gente comece a verificar que o capitalismo vem se
apropriando do termo da agroecologia e distorcendo nossas lutas, como é o caso da
questão da sustentabilidade e dos próprios alimentos orgânicos, é preciso aproveitar
as ferramentas e ocupar os espaços onde possibilite o diálogo direto com o povo e
denuncie o agronegócio também.
Nesses próximos períodos teremos alguns espaços importantes para a
potencialização de nossos acúmulos, trocas e contribuições da bandeira da
Agroecologia como:
 12ª Jornada de Agroecologia que acontecerá na escola Milton Santos na cidade
de Maringá, a data ainda esta em discussão. Esse espaço é um espaço
importante para FEAB obter trocas de experiências e acúmulos práticos tendo,
onde este ano a Federação terá uma tarefa maior em estar contribuindo com
as oficinas;
 4º Congresso Latino Americano de Agroecologia que acontecerá de 10 a 12 de
setembro de 2013 em Lamolina, Peru;
 3º Encontro Nacional de Agroecologia realizado pela ANA será em 2014;
 ERAs Norte, Nordeste e Sul, que se configuram num espaço de aproximação
dos novos estudantes e onde devemos estar utilizando a ferramenta dos Pré-
ERAs para realizar a formação na pauta;
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 Cursos Regionalizados de Formação em Agroecologia, que vem se mostrando
espaços importantes, pois conseguimos efetivar a aproximação dos MSPs,
inserindo camponeses e camponesas nos espaços como CO, CPPs, cursistas e
facilitadores, além de proporcionar acúmulo prático para a militância;
 Os ENGAs também são espaços de trocas de experiências práticas e políticas
importantes para acompanhar as percepções de agroecologia.
Leitura das Deliberações do 55º CONEA
Debate
A militância da FEAB possui ainda uma necessidade em acumular nas técnicas
da Agroecologia, não deixando restringir-se apenas aos debates políticos e
entendendo a importância de construí-los para acumularmos tecnicamente, podendo
assim contribuir para o movimento da agroecologia e para o enfrentamento ideológico
também dentro das universidades;
É preciso acumular em termos de conteúdo e formulação de materiais sobre a
concepção de Agroecologia, diferenciando de agricultura ecológica e agricultura
orgânica;
É importante que nos encontros regionais existam espaços sobre ME, além dos
espaços de apresentação e reunião das organizações, de forma a avançar no acumulo
da executiva e na nossa aproximação com os G.As.
O GT PNEB do CONEA conseguiu aprofundar no debate da agroecologia pela
pluralidade de ideias. No entanto ainda falta que consigamos avançar no debate do
que é a agroecologia, para além de apenas usá-la para contrapor o agronegócio, e
acumular nas técnicas agroecológicas no sentido de desmistificá-las quanto
ultrapassadas;
Está claro para a Federação que temos deficiência nas técnicas agroecológicas,
mas para além de avançar nelas precisamos cada vez mais nos aproximar dos
camponeses e das camponesas a fim de adquirir as experiências dos conhecimentos
populares que são historicamente as práticas de agricultura que hoje conhecemos
como agroecologia;
Encaminhamentos
14. A FEAB orienta as escolas a participarem do Seminário Nacional de Educação
em Agroecologia, que será sediado na UFRPE de 3 a 5 de julho deste ano;
15. A FEAB orienta que as escolas estejam compartilhando, através do blog
nacional e de outros meios, as experiências de técnicas agroecológicas a fim de
construirmos referências para a Federação;
16. Avaliando que temos problemas de inserção nos G.A´s devido as diferentes
concepções do papel que deve cumprir estes espaços, orientamos a militância
da FEAB a participar e construir estes espaços buscando uma maior
aproximação com os mesmos;
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17. Entendemos que existem bastantes espaços para nossa intervenção na pauta
de agroecologia, como Jornadas, ENAs, ENGAs e CBAs, mas não temos
conseguido avançar nestas inserções. Dessa forma, precisamos acumular no
sentido de pensar novas formas de intervenções para estes espaços;
18. A FEAB entende que ela por si só não irá suprir todas as demandas de formação
profissional nem das técnicas da agroecologia, por isto é importante que nossa
militância se insira nos espaços de debate e construção dos PPPs para disputar
como será disponibilizada nossa formação pela universidade, colocando o
modelo que demandamos;
19. É importante que nossa militância conheça as políticas públicas voltadas para o
campo no sentido de usá-las como ferramenta de disputa ideológica nas
universidades, ficando a cargo do NTP de Agroecologia e Encontros Regionais o
acúmulo deste debate.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Abertura De Ponto – Jefferson (CN-FEAB)
Leitura do documento escrito pela escola de Cruz das Almas em 2010
repudiando a Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação
Brasileira de Ciência (ABC) pela crítica feita à campanha contra os transgênicos:
As Perguntas Que Não Querem Calar: Ciência Para Quê? E Para Quem?
Desde os tempos mais primórdios, a humanidade buscou respostas para tudo,
ou seja, o homem desafiou a si mesmo em uma busca incessante por conhecimento. Ao
longo das diversas gerações a humanidade vem acumulando uma série de
conhecimentos e interpretações sobre o universo e a sociedade, durante essas
experiências é que estamos formando o saber cientifico.
Porém o que estamos assistindo há muito tempo é uma produção intensa de
trabalhos científicos e pesquisas destinadas exclusivamente para interesses de
determinados grupos hegemônicos, causando assim uma apropriação da ciência
manipulando-a afim de um único objetivo: a “dominação”. Em outras palavras, as
práticas cotidianas de usurpação do conhecimento científico estão mais acesas do que
nunca. Veja o caso das patentes, por exemplo, que desencadeiam as práticas de
biopirataria, principalmente nos países subdesenvolvidos. Através da apropriação
intelectual, chamada por dois dos historiadores mais conceituados da
contemporaneidade, Robert Darnton (Universidade Harvard) e Peter Burke
(Cambridge) de “Privatização do Conhecimento”, é que ocorrem situações como aquela
vista na Índia, onde uma empresa estadunidense tentou patentear a obtenção da
substância extraída de uma árvore, já que culturalmente muitos indianos utilizam o
extrato dessa árvore para escovar os dentes fazendo com que essa empresa tenha
baixa nas vendas de creme dental na determinada região. Casos como este se repete
aqui no Brasil como a tentativa de patentear o (cupulate) chocolate adquirido do
cupuaçu Theobroma grandiflorum.
No Brasil o órgão responsável pelo patenteamento é o INPI (Instituto Nacional
da Propriedade Industrial), desde que esta instituição foi criada em 1983 já foram
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requisitadas patentes de plantas ornamentais, de cultivos alimentares, microrganismos
(animais e plantas) e nos últimos tempos o material genético humano. O pior é que
aqui no Brasil em torno de 70% das patentes registradas são solicitadas por
estrangeiros, o que significa dizer que o país precisa pagar royalties por 20 anos em
média, por produtos obtidos aqui em nosso próprio território.
Diante de tudo aqui exposto podemos observar que o conhecimento científico
esta sendo drasticamente direcionado para os grandes donos de capital que são as
corporações multinacionais, fazendo com que diversas nações tenham acesso negado a
cultivos alimentares e medicamentos historicamente usados por seus povos. É
importante salientarmos também os impactos causados por práticas de Privatização
do Conhecimento, que fazem com que 85% do alimento consumido no planeta
provenham diretamente ou indiretamente, de apenas 20 tipos de plantas e dois terços
de apenas quatro fontes de carboidratos: milho, trigo, arroz e batata. Os impactos
também ocorrem na medicina onde se usa 119 substâncias químicas, extraídas de
menos de 90 plantas para fabricar medicamentos - imaginem quantas substâncias
poderiam ser encontradas nas mais de 250 mil plantas ainda não estudadas. Um fato
importante a ser observado também são as diversas práticas biotecnológicas que vem
sendo aplicadas a exemplo dos transgênicos, que em maior parte são desenvolvidos
por multinacionais que definitivamente carregam extremos interesses pelo lucro dos
seus investidores, sem o menor comprometimento com o bem estar da humanidade e
das outras formas de vida.
Práticas como essas também são vistas nas parcerias público-privadas, onde
tanto universidades, quanto demais instituições de pesquisa do setor público, acabam
por atenderem pesquisas fomentadas pelas transnacionais que por sua vez ofertam
bolsas de iniciação cientifica e estágios para os estudantes e em alguns casos estas
empresas até subsidiam ganhos financeiros extras para os professores, quebrando
assim com a isonomia salarial, fazendo com que as universidades públicas sejam
subordinadas ao capital, desviando-se assim do seu papel original de instituição séria e
comprometida com o povo. Tendo em vista que estas instituições são fundamentais na
formação crítica dos cidadãos de nosso país, é dela que esperamos geração de
conhecimentos que venham beneficiar a sociedade como um todo e atender suas
necessidades. No entanto, o que presenciamos em diversas universidades é um
direcionamento para o atendimento das demandas do setor privado que por sua vez
interfere diretamente nos cursos de graduação e programas de pós-graduação
públicos, sejam nos componentes curriculares, ou até mesmo na escolha dos cursos que
irão ser ofertados por estas instituições.
Assim, repudiamos a posição tomada pela SBPC e ABC (Associação Brasileira de
Ciência) quando defenderam a CTNBio e criticaram a campanha feita contra os
transgênicos no Brasil, pois é de enorme importância tomarmos cuidado com qualquer
concessão que possa beneficiar as multinacionais, para que não ocorra aqui o que
vimos na Costa Rica onde o INBio (Instituto Nacional de Biodiversidade) celebrou
acordo de bioprospecção com a multinacional Merck fornecendo para esta 10 mil
amostras de solos, plantas e animais costa-riquenhos em troca de um valor equivalente
a 1 milhão de dólares, sendo que deste valor 10% foi repassado para o Ministério do
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Meio Ambiente da Costa Rica e o restante foi aplicado em laboratórios e transferência
de tecnologia para as universidades do país e treinamento de pesquisadores nos EUA.
Então o que esperamos da SBPC, apenas, é que cumpra com seus objetivos; “pela
manutenção de elevado padrão de ética entre os cientistas e em suas relações com a
sociedade e lutar pela efetiva participação da SBPC tomando posição em questões de
política científica, educacional e cultural e programas de desenvolvimento científico e
tecnológico que atendam aos reais interesses do país”, conforme estabelecido em seu
estatuto. Assinaram essa carta: ECOCENTRO, AGROVIDA, GEHARA, FEAB, DAEF, DALA...
Leitura Das Deliberações Do 55º CONEA
Debate
A realidade das universidades reflete o despreparo de professores em trabalhar
pesquisas aplicáveis ao campo e que estão focadas somente na técnica, sendo
produzidos trabalhos que acabam sendo engavetados por falta de utilidade. Nesse
sentido, deve se fortalecer o debate do desenvolvimento de ciência e tecnologias
voltadas para o campo.
É necessário quebrar o paradigma de que o professor é o senhor do
conhecimento e ter a convicção de que temos a contribuir, entender essa relação
como uma troca mútua.
Os recursos naturais tem representado um papel importante dentro das
pesquisas nacionais, ocorrendo uma expropriação destes para outros países. É
importante fazermos o debate sobre a importância desses recursos na contribuição
para o desenvolvimento interno do país.
Encaminhamentos
20. A militância da FEAB precisa acumular mais e formular sobre a temática dos
transgênicos, ressaltando que essa não é a tecnologia ideal para substituir o
uso dos agrotóxicos e fazer um contraponto aos alimentos transgênicos que
vem sendo liberados no Brasil, como o feijão transgênico, aprovado
recentemente.
21. E necessário retomarmos a discussão sobre o Hidronegócio e a Mineração nos
espaços da Federação.
22. A FEAB Florianópolis fará uma nota de repúdio Projeto de Lei 2.177: Código
Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, que tem como interesse privatizar o
conhecimento.
23. A FEAB orienta que as escolas pautem no movimento estudantil o
acompanhamento e análise crítica as ações dos Núcleos de Inovação
Tecnológicas (NIT) nas suas Universidades, tendo em vista que o NIT pode ser
utilizado para implementar o Projeto de Lei 2177, inclusive se apropriando das
empresas juniores e as incubadoras tecnológicas.
EDUCAÇÃO (FORMAÇÃO PROFISSIONAL)
Abertura De Ponto – Belau (CN-FEAB)
P á g i n a | 39
Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013
Cruz das Almas/BA – UFRB
“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
Quando falamos da nossa educação, nos espaços da FEAB estamos fazendo um
link muito estreito com o debate da Formação Profissional que temos na academia, e
nossa tática é lutar para mudar esse cenário, nos aliando com outras organizações do
Movimento Estudantil, MSPs e Sindicatos. Nosso modelo de educação reproduz um
processo de formação nada participativo, onde não há construção do conhecimento, e
sim repasse de informações, o que reflete num profissional que não é formado dentro
do contexto histórico, social, econômico e político que vivemos o que acaba por
formar um profissional que não contribui com a transformação da realidade concreta,
em que está inserido. Esta forma de ensino-aprendizagem, baseada majoritariamente
na pesquisa mercadológica, não dialoga com os problemas que afligem a classe
trabalhadora no seu dia-a-dia, em particular, no caso da Agronomia, a Questão
Agrária.
A última cartilha da FEAB, sobre formação profissional, fazemos um resgate
histórico da formação do (a) Profissional da Agronomia, onde temos claro que toda
formação colocada/pensada, é para atender as demandas do Capital no Campo,
visando atender o mercado de exportação. Durante todas as etapas do processo de
construção do Ensino Superior Agrícola no Brasil, o currículo sempre foi para atender a
demanda dos exploradores, desde o Brasil escravocrata até o da Engenharia Genética.
Já sabemos que os/as profissionais foram, e continuam sendo, formados para
atender a demanda do mercado de trabalho, e é nesse sentido que precisamos exigir
que o suposto tripé da Universidade (Ensino-Pesquisa-Extensão) funcione. E para tal,
precisamos pautar uma Extensão Universitária que dialogue pra além dos muros da
universidade, para compreendermos a realidade contraditória em que estamos
inseridos. Para balizarmos nossa atuação, estamos encampando a campanha “Sem
prática não dá: Extensão nos currículos já! Por um (a) agrônomo (a) com consciência
social e ecológica.”, sendo esta o inicio de um dialogo, no qual precisamos pensar e
aprofundar numa melhor forma de incidir, assim como o método que vamos utilizar,
para conseguir vitórias reais e concretas. Nesse sentido acredito que o Seminário
Nacional de Formação Profissional poderá contribuir para que possamos avançar nessa
luta.
Contribuição do NTP de Educação – Fortaleza/CE
O NTP de Educação está na gestão do C.A. e tem representante no Colegiado
do Curso. Com isso temos buscado nos inserir nos espaços da Universidade,
acompanhando as discussões acerca do Projeto Político Pedagógico (PPP). Os
estudantes da UFC, que eram os maiores prejudicados nesta questão, não estavam
fazendo o devido enfrentamento necessário para reverter essa problemática situação,
nesse sentido foi construída uma Semana Acadêmica de Agronomia, que iniciou o
debate acerca da Formação Profissional, com presença da CR5 e CN, possibilitando
reverter este quadro. Hoje a estudantada já criou um Observatório para estudar de
forma mais profunda o PPP do curso. A Semana Acadêmica também permitiu uma
articulação com a categoria (CREA, AEACE e SENGE), refletindo hoje num Fórum
Estadual que vem discutindo a Agronomia no estado do Ceará. Com todo o acúmulo
P á g i n a | 40
Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013
Cruz das Almas/BA – UFRB
“A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”
que a escola vem tendo, pretende-se elaborar um documento de contribuição para o
Seminário Nacional de Formação Profissional.
Leitura das Deliberações do 55º CONEA
Debate
Em virtude das dificuldades de discutir formação profissional no ultimo CONEA,
ressaltamos que precisamos acumular nesta bandeira;
Precisamos analisar quem são os sujeitos da Agronomia que temos na Universidade
(cotista, bolsista do Pró-Uni, REUNI), para podermos balizar nossa atuação a partir daí.
Encaminhamento
24. Precisamos analisar detalhadamente como estão os Projetos Políticos
Pedagógicos nas Universidades, de modo a subsidiarmo-nos na construção do
nosso próprio Projeto baseando-se nas particularidades de cada região, não
sendo um Projeto padrão. O NTP de Educação deve aprofundar junto com o
NTP de História & Comunicação, sobre as diversas experiências;
25. A partir da discussão de Formação Profissional, precisamos disputar a
transformação deste modelo e fazer trabalho de base. Realizar debates mais
amplos de educação sobre as universidades, a exemplo da Jornada de Lutas;
26. O NTP de Educação se propõe a acumular sobre o PROUNI, visando analisar a
mercantilização da educação através do Programa;
27. A FEAB indica a militância a acumular na PL que coloca a Assistência Técnica e
Extensão Rural para ser cotizada pelo Fundo de Assistência Social;
28. A FEAB Pelotas irá aprofundar no debate de sequenciamento do Programa de
Reforma Universitária e trará uma contribuição para o próximo CONEA;
29. As escolas da FEAB devem estimular o debate acerca da Formação Profissional
do/da Agrônomo/a dentro de suas universidades, a fim de mobilizar os
estudantes da nossa base sobre o assunto e também com o intuito de
contribuir com o Seminário de Formação Profissional.
JUVENTUDE, VALORES, CULTURA, RAÇA & ETNIA.
Abertura de Ponto – Santiago (CN-FEAB)
Nosso Movimento Social, o Movimento Estudantil, é majoritariamente formado
pela Juventude, como deliberado no último CONEA, Juventude essa que sofre com
esse sistema que transforma nossa humanidade em mercadoria, nos atacando com a
indústria da beleza e o padrão consumista.
Apenas 15% da juventude tem acesso à universidade, sendo que somente 3%
deste total estão na universidade pública. Os outros 85% da Juventude estão nas
periferias, ou vítimas do sistema penal/carcerário, que vai identificar como sujeito
marginal e que deve ser visto como criminoso o Jovem Negro da Periferia.
A Juventude tem grandes desafios na luta de classes. Estamos passando por um
processo de refluxo das lutas dos diversos MSPs, o que não é diferente nos
Gestão e lutas da FEAB 2012-2013
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Gestão e lutas da FEAB 2012-2013

  • 1. Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL Plenária Nacional de Entidades de Base (PNEB) – Curitiba/PR UFPR Campus Litoral – Matinhos/PR “A ÚNICA LUTA QUE SE PERDE É AQUELA QUE SE ABANDONA: AQUILOMBADA RESISTO!” 28 a 31 de Março de 2013
  • 2. P á g i n a | 2 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” O ESCRAVIZADO E O SEM TERRA Na escravidão a repressão era grosseira e sem estética. Os funileiros, naquela época, criaram uma técnica, para os escravizados deixarem de beber e de furtar. Para tanto, deram de inventar a máscara de lata para tapar a boca. Tinha ela três furos: dois para olhar e um para respirar. Na nuca, um cadeado, mantinha o escravo amordaçado. Diziam os senhores que se os escravos não bebessem, não furtavam e não falavam. Assim as máscaras constavam (no campo e na cidade) dos artigos de primeira necessidade. A invenção deste horrível artesanato, dava aos capitães do mato, o instrumento para a repressão legal. A máscara então era normal: continha os vícios e a fala. Como quem consente cala, por força, os escravizados, eram silenciados. Reinou assim por muito tempo este atentado. Quem visse alguém na rua amordaçado, sabia que se tratava de um escravizado. Teria ele cometido um atentado exagerando em certas bebedeiras? A máscara era como, no animal a focinheira, para não deixá-lo cair em tentação. A boca perdia sua função: deixava de sorrir e expressar as boas maneiras. Cada tempo tem as suas armadilhas, em outras épocas usaram-se gargantilhas, correntes e coleiras no pescoço. Aquilo apenas era o esboço de um projeto mais violento. Livres daqueles maus tormentos, os escravizados tornaram-se os sem-terra, penando como muares nas guerras, levando, com fome, aos outros, o mantimento. Enfim chegamos na atualidade, as mordaças perderam a funcionalidade e as leis ganharam expressão. Não amordaçam mais quem tem razão, aplicam multa, a quem com a fala cause algum prejuízo. Agora, como antes, é preciso, conter a voz da reação. Hoje o ofício dos velhos funileiros, que faziam máscaras para os fazendeiros, foi pela ordem superado. Agora os juizes, de outro modo, encarnam a vocação de amordaçar. Declaram, que os “Sem Terra se abstenham de incitar e de promover atos violentos”, sob o risco de pagar com seus proventos, multas diárias por realizarem cada ação. É a mordaça de lata enferrujada, resgatada da escravidão. Temendo a luta pela reestatização, a empresa da Vale do Rio Doce desnacionalizada, recorre à lei, como em épocas passadas recorriam aos capitães do mato, que puniam como crime o desacato amordaçando as bocas rebeladas. A situação é um tanto delicada. Quem pensa que vão ficar caladas as bocas em plena discordância? Se no passado agiam por ignorância, agora agem em qual sentido? Como um animal enfurecido, o capital segue orientando os capitães e os magistrados. Temem que se não mantiverem amordaçados, os rebelados podem ser facilmente ouvidos. Mas os Sem Terra seguem sem receios. A política é sábia tem seus meios, de enfrentar a ignorância e a opressão. Não pode ser a coação, mais forte que a reação das lutas. As máscaras que oprimiam as condutas são hoje as leis que ganham expressão. A boca falante era o defeito dos escravos, bebiam e conversavam, por isto eram amordaçados. Hoje, os Sem Terra estão sendo chamados a se prostrarem diante de um algoz. São impingidos de todos os defeitos, já lhes tiraram todos os direitos, querem por último, tirar-lhes a própria voz. (Cartas de Literatura Nº 13 - Ademar Bogo)
  • 3. P á g i n a | 3 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” SUMÁRIO Página Programação PNEB 2013............................................................................... - 04 - Escolas Presentes.......................................................................................... - 06 - Análise de Conjuntura................................................................................... - 07 - Auto-organização das Mulheres / Formação e Debate................................... - 11 - Formação: Diversidade Sexual....................................................................... - 14 - Repasse das Escolas e das Campanhas........................................................... - 16 - Regional I............................................................................................. - 16 - Regional II............................................................................................ - 17 - Regional III........................................................................................... - 18 - Regional IV........................................................................................... - 20 - Regional V............................................................................................ - 20 - Regional VI........................................................................................... - 22 - Regional VII.......................................................................................... - 23 - Regional VIII......................................................................................... - 24 - Coordenação Nacional.......................................................................... - 25 - BANDEIRAS................................................................................................... - 27 - Movimento Estudantil Geral................................................................. - 27 - Movimento Estudantil das Agrárias...................................................... - 31 - Movimentos Sociais Populares............................................................. - 32 - Agroecologia........................................................................................ - 33 - Ciência & Tecnologia............................................................................ - 36 - Educação (Formação Profissional) ........................................................ - 39 - Juventude, Valores, Cultura, Raça & Etnia.............................................
  • 4. P á g i n a | 4 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Gênero & Sexualidade.......................................................................... - 43 - Finanças............................................................................................... - 46 - Relações Internacionais ....................................................................... - 47 - CONCLAEA............................................................................................ - 48 - Seminário Nacional de Formação Profissional............................................... - 49 - CONEA 2013.................................................................................................. - 50 - AUTO-ORGANIZAÇÃO DIVERSIDADE SEXUAL................................................. - 52 - PROGRAMAÇÃO PNEB 2013 28/03 29/03 30/03 31/03 Análise de Conjuntura Repasse das Escolas e das Campanhas Bandeiras: Educação (Form. Profissional), Gênero & Sexualidade, Juventude, Valores, etc., Finanças. Seminário de Formação Profissional CONEA Auto-organização das Mulheres Debate com Recorte de Formação Profissional Bandeiras: ME Geral, ME Agro e MSPs Relações Internacionais CONCLAEA Plenária Final Formação: Diversidade Sexual Bandeiras: Agroecologia e Ciência & Tecnologia Cultural Retorno das Escolas Análise de Conjuntura - Painel que traga elementos sobre a conjuntura internacional e brasileira de forma que possa subsidiar os debates em torno de nossas tarefas para o período; Auto-organização/debate de gênero - Espaço de auto-organização das mulheres, seguido de debate sobre gênero. Formação em Diversidade Sexual - O espaço de diversidade sexual se propõe a debater introdutoriamente sobre a diversidade sexual, tendo um foco nas políticas
  • 5. P á g i n a | 5 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” publicas que envolve a discussão de sexualidade (Homofobia, Lesbofobia, Transfobismo, Machismo) e questionar a partir do debate a violência. Repasse das instâncias & Campanhas - Momento em que as escolas que estão com instâncias trazem um repasse de seus trabalhos realizados ao longo do semestre anterior e planejamento para o próximo semestre. Momento de repasses da construção das campanhas nacionais da FEAB, bem como discussão e encaminhamentos das questões das mesmas. CONCLAEA - Debate sobre a CONCLAEA (a definir), seguido de repasse das atividades da Confederação e discussão dos encaminhamentos tirados para o Brasil no 22° CLACEEA. Bandeiras - Discussão deliberativa sobre as bandeiras da FEAB, questões que não foram deliberadas no 55° CONEA, que preveem a atuação até o 56° CONEA ou que necessitem de encaminhamentos antes do mesmo. Contextualização Seminário de Formação Profissional - Socialização do atual andamento desse espaço deliberado no último CONEA. (FEAB - Curitiba). CONEA - Repasse do Seminário de Construção do CONEA, discussão e ajustes finais. Cultural - Espaço de integração. Plenária Final e Encaminhamentos - Encaminhamento das resoluções da PNEB, bem como das tarefas pontuais a serem executadas até o CONEA. ESCOLAS PRESENTES
  • 6. P á g i n a | 6 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Regional I - Santa Maria/RS – CR1; Erechim/RS - CO-ERA/S; Pelotas/RS e Porto Alegre/RS - Sem Instâncias. Regional II - Florianópolis/SC – CR2; Curitiba/PR – CR2, PNEB e CO Sem. Form. Profissional; Regional III - Campos dos Goytacazes/RJ – CO-CONEA; Diamantina/MG – NTP de Gênero e Sexualidade e CO-CFF; Lavras/MG, Itapina/ES e Alegre/ES – Sem Instâncias. Regional IV – Nenhuma Escola Pôde Comparecer. Regional V – Crato/CE – CO-ERA/NE; Fortaleza/CE – NTP Educação; Fortaleza/CE – Sem Instância. Regional VI – Chapadinha – Sem Instância. Regional VII – Jaboticabal/SP – CR VII (Não compareceu, mas enviou nota explicativa com repasse); Piracicaba/SP – NTP de RI. Regional VIII – Cruz das Almas/BA – NTP Juventude, Valores, Cultura, Raça e Etnia & Coordenação Nacional.
  • 7. P á g i n a | 7 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” ANÁLISE DE CONJUNTURA Abertura de Ponto - Ualid Rabah (Federação Árabe Palestina do Brasil) Teve a intenção de analisar serenamente acontecimentos internacionais e nacionais dando a possibilidade de que a militância possa delinear caminhos para sua atuação. Em seguida foram doados alguns livros para a FEAB, com os temas Palestinos, Árabes, etc. No período de 79 acontecia na Inglaterra Margaret H. Thatcher e a Revolução Sandinista e o cenário no Vietnã. Enquanto isso nos EUA ocorria uma alternância dual no poder que não alterava sua pauta conservadora, pois a agenda nessa potência capitalista vai ter uma agenda consolidada de Estado e não de governos. Uma das ações mais conservadoras da implantação dessa agenda ocorreu no Chile e na Indonésia, a partir dos Golpes de estado, de onde resultou a morte de mais de um milhão de pessoas. Já a guerra do Vietnã é um marco na instalação da ditadura imposta pelos EUA. O golpe de estado no Brasil foi crucial para que se implantasse a agenda imperialista na América do Sul (diferente do modelo de golpe instaurado nos dias atuais em Honduras e no Paraguai, que contaram com a colaboração do judiciário). Esses golpes, que visavam o desmonte desses estados foram casados com a destruição do chamado bloco socialista, que acabou com o Pacto de Varsóvia, restando somente a OTTAN. Quanto aos acontecimentos na Argentina e no Brasil podemos destacar que a Argentina foi a única que adotou integralmente o modelo econômico da escola de Chicago. Hoje há uma supremacia científica, tecnologia, econômico e militar muito forte nos EUA. Apesar dessa supremacia está abalada, isso não impede de os EUA continuarem impondo sua agenda na Ásia, América Latina e África. Dados do ano passado da Cia The World Factbook informam que o Irã tem um de aproximadamente PIB de 1,1 Trilhão de Dólares, tendo um PIB maior que o de Israel, Arábia Saudita, e qualquer um pais do Cone Sul da América Latina. Fazendo frente aos EUA temos não só o Irã, como também a configuração dos blocos Mercosul/Unasul, Pacto Andino, contrapondo assim também o avanço de ações como a ALCA, que apesar de os EUA tentarem colocar na agenda não foi implementado. O cenário que se apresenta na América do Sul em relação aos EUA ainda é uma repressão a partir da ação militar e isso explica a expansão do nº de bases militares a serviço dos EUA caso haja necessidade de intervenções militares, pois os estados unidos tenta impor a legislação terrorista que poderia ser utilizada contra o MST, os Quilombolas e demais Movimentos Sociais de Resistência e Luta. Nesse sentido apenas o ano passado se retirou o nome de Mandela da lista de internacional de terroristas.
  • 8. P á g i n a | 8 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Também vem se produzindo diversas intervenções no oriente médio demonizando os governos com vistas a atender os interesses das monarquias do Golfo Persico, para manutenção, por exemplo, do petro-dólar. Na década de 70 essa política começa a ser implantada na Arábia Saudita com pacto entre eles e os EUA. O Brasil nesse cenário cumpre um papel importante, pois desde o governo lula realizou a cúpula da América do Sul-Oriente Médio o país vem tendo sua política externa demonizada. A dívida interna, que representa mais de 40% do PIB nacional, cria um déficit no investimento em setores que necessitam ser melhorados tais como saúde, educação, segurança e etc. Debate em Plenária Fábio (Florianópolis/SC) – A crise do capitalismo vem desde antes de 2008, e hoje no cenário atual ainda há quem defenda o capitalismo humanitário. O período do governo lula foi hegemonizado por setores conservadores e atualmente o programa que o governo implanta não passa de uma pauta de conciliação de interesses, onde apesar de serem medidas necessárias, acabam por não romper as estruturas. Negão (Cruz/BA) – Pede a Ualid Rabah para apresentar o cenário agrário no contexto Internacional. Felipe (Santa Maria/RS) – Pede pra avaliar os impactos da morte de Chávez na conjuntura da América Latina. Rafa (Cruz/BA) – Há necessidade de se criar uma frente internacional com pauta anti- imperialista, pois as razões de estado já estão dadas, mas o que vemos é o nosso país se ausentando de uma postura mais firme por parte de nossa diplomacia. Ualid Rabah - Apesar da conjuntura de governabilidade não da para abandonar as utopias, é inadmissível que países como a Colômbia, Congo, dentre outros estejam tão pobres enquanto países como a Suíça é bem menor territorialmente e ainda assim se apresenta como uma potência. Isso só ocorre pela deflagração de uma mais valia universal. Quanto ao Brasil não podemos dizer que o atual governo é hegemonizado por uma burguesia. No que tange ao contexto agrário do Brasil temos que pensar a segurança alimentar o país tem que avançar na quebra de patentes mundiais e no papel da Embrapa no desenvolvimento de tecnologias que beneficiem a produção agrícola do país, sem que fortaleça as transnacionais. Cabelo (Curitiba/PR) – A FEAB apenas lê as relações internacionais a partir da América Latina, sendo assim precisamos avançar em propostas de leituras mais amplas. Bianca (Diamantina/MG) – Tece comentário sobre a importância de conhecermos os Tratados de Livre Comércio (TLCs) e pede que Ualid Rabah aprofunde na análise.
  • 9. P á g i n a | 9 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Santiago (Cruz/BA) – Hoje faz 40 anos foi assassinado Honestino Guimarães: “E para cada companheiro tombado em luta nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de luta”. Na América Latina os processos revolucionários foram personificados em grandes líderes, Cristina na Argentina, Fidel em Cuba, Chávez na Venezuela. A ALCA foi combatida pelos MSPs. Aliado com o governo Lula com o afastamento dos EUA, e sua política neoliberal. Na Venezuela O projeto contra a ALCA começa a ser contraposto a partir do debate da ALBA, como vai se dá este processo agora com a morte de Chávez? Quando João Paulo assume o papado a Polônia e grande parte da Europa passava por um processo revolucionário e agora, por sua vez, O papado vindo pra América Latina seria para inibir os processos revolucionários em curso neste continente? Lívio (Crato/CE) – Nesse momento de crise da esquerda a Jornada Nacional de Lutas da Juventude nos coloca a necessidade e a possibilidade de construção de luta real de forma unitária. Dani (Pelotas/RS) – O governo do PT vem implementando as políticas da agenda neoliberal, as políticas de conciliação de classes fazendo assim uma cortina entre os trabalhadores e a contradição real do capital. O Dieese trás dados sobre o aumento das greves e a intensificação da luta pela terra. Edarciano (Florianópolis/SC) – Faz um questionamento com relação às políticas de redução do IPI. Fábio (Florianópolis/SC) – Tem que fazer as críticas ao PT não para seus militantes o abandonarem, mas para que avancem na luta por dentro da ordem, voltando a defender a classe trabalhadora. É necessário criticar sim os equívocos dos movimentos sociais, na perspectiva de inclusive colaborar na sua atuação. Ualid Rabah – Há uma verdadeira maratona de eleições em breve na América Latina, tem que não somente eleger os governos progressistas, mas também os seus parlamentares. Também temos que enfrentar a mídia, que faz demonizações artificiais da esquerda e santificações artificiais da direita. É fundamental entender que quem não está no governo não tem razões de estado. O governo é amplo e o próprio PT, assim como alguns partidos da base aliada, é também uma colcha de retalhos. Quanto aos TLC’s o projeto hegemônico pretendia fazer uma pauta única para o mundo, sua ideia é fragmentar os acordos em bilaterais. A ALBA se configura como uma iniciativa de solidariedade internacional. Os processos revolucionários ligados a figuras pode ser um potencial de atrair as massas, mas deve ser encarado levando em consideração suas características históricas e territoriais, porém é importante saber conduzi-los sem essas figuras emblemáticas. A organização do Foro de São Paulo foi fundamental para a derrocada da ALCA. A redução do IPI foi para frear a desindustrialização que o país sofria e manter os empregos, mantendo assim seu parque industrial e garantindo as
  • 10. P á g i n a | 10 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” infraestruturas, no entanto podemos identifica-la como uma medida pontual. Quanto ao papa o importante é que a igreja possa ser mais progressista, quebrando com o conservadorismo. Em relação à morte de Chávez é importante que se mantenham as mudanças estruturais no país, mesmo após sua morte, pois é importante que o processo em curso não termine com a morte dele, que por sua vez foi, e ainda é, muito importante. Não haveriam as mudanças na Venezuela, se o Brasil fosse governado pela direita. Fábio (Florianópolis/SC) – O PT não está condizente com a sua essência. O MST não consegue avançar à medida que o governo expande as políticas assistenciais. Belau (Cruz/BA) – Acredito ser consenso que nosso inimigo central é o imperialismo Estadunidense, ao qual temos que somar esforços para derrota-o. A burguesia brasileira é débil, não tem um projeto de nação, ficando subordinada ao imperialismo. O PT assume o governo federal em conciliação com a burguesia industrial subordinada, porém não podemos negar as políticas, que mesmo sendo assistencialistas, tem beneficiado a classe trabalhadora, permitindo-a ter condições mínimas de sobrevivência, ao tempo que transpõe grande quantidade de dinheiro para o setor privado. Um momento histórico caracterizado como neodesenvolvimentismo ou desenvolvimentismo conservador. Carlinhos (Cruz/BA) – Quais os reais impactos das legislações antiterroristas? Ualid Rabah – Quanto às opiniões pessoais busca-se respeitá-las. E por isso não irei discuti-las. Se não se consegue reformar a ONU busca-se então fortalecer outros organismos multilaterais, sendo importante enxergarmos esses novos agrupamentos globais.
  • 11. P á g i n a | 11 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” FORMAÇÃO EM GÊNERO Abertura de Ponto - Tamara (CN-FEAB) e Bianca (NTP de Gênero e Sexualidade – Diamantina/MG). A formação foi dividida em dois momentos adotando a seguinte metodologia: 1º momento - Auto-organização das mulheres / GDs entre os homens para leitura e discussão do texto “A Violência do Agronegócio conta as Camponesas” 2º momento - Plenária com formação sobre a Luta das Mulheres Camponesas: O espaço iniciou-se com uma intervenção, na qual foi feita a leitura da “Carta das mães sem terras”, trazendo uma reflexão da visão da camponesa às violências do sistema capitalista e sua resistência. Logo após foi exibido um vídeo retratando a luta e a organização das camponesas nos movimentos sociais, como MST, MAB e MMC, com relatos da percepção das mulheres frente ao agronegócio, os desafios enfrentados, as pautas e principais lutas. Em seguida Tamara iniciou a explanação colocando que a proposta do espaço é de discutir a violência do capitalismo e do agronegócio sob a vida das mulheres e trazer o debate sobre a nossa visão enquanto agrônomas e enquanto agrônomos frente a essas camponesas. O vídeo exibido trouxe elementos para entendermos a conjuntura da luta das camponesas, trazendo pautas como a questão da violência (em todos os âmbitos), reforma agrária e acesso à terra pelas mulheres, autonomia econômica e sobre o machismo no meio rural ser mais acentuado. A exploração das mulheres no campo é ainda maior e elas exercem uma jornada tripla de trabalho, que se configura no trabalho doméstico, na “ajuda” ao marido na roça e o trabalho nos quintais, que é considerado uma extensão do trabalho doméstico, mas que na verdade faz parte da produção. Historicamente, pautas como reconhecimento do trabalho enquanto camponesas, direito a aposentadoria e à titulação das terras, foram conquistas da luta das mulheres organizadas do campo. Porém ainda são muitos os desafios para se alcançar a autonomia econômica, política, social e pessoal, pois são muitas as contradições encontradas, por exemplo, no acesso à terra e aos programas e políticas públicas destinados às mulheres. O direito a terra foi uma conquista recente, vinda dos anos 90, e por isso sua distribuição ainda se dá de forma bastante desigual e existem dificuldades em acessar créditos se as terras estão apenas no nome do marido ou a DAP está com pendências. Para acessar PAA, PNAE e PRONAF, por exemplo, existem muitas burocracias, que se tornam ainda redobradas quando se trata das camponesas. Outro aspecto bastante pautado pelas camponesas é o acesso à assistência técnica, que quase nunca as atende e nem é voltada às questões que envolvam as mulheres. Além da luta pelo fim da violência física, sexual, moral, psicológica, patrimonial e econômica contra as camponesas, outros desafios estão na luta pelo acesso à saúde no campo e por uma educação do campo, no campo e para o campo.
  • 12. P á g i n a | 12 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Dentro deste contexto, precisamos avaliar qual papel tem cumprido os extensionistas, o agrônomo e o técnico, em atender as demandas das camponesas. Primeiro precisamos visualizar como é o quadro histórico dessa relação, começando pela nossa formação acadêmica que sempre foi voltada hegemonicamente para homens, que, no ambiente rural, atendem aos também homens. Quando surgiu o curso de Agronomia, apenas para os homens, surgiu o de Economia Doméstica para as mulheres, acentuado a divisão sexual do trabalho também entre os extensionistas, onde havia o chamado “kit extensão”, onde o agrônomo além de ter os materiais necessários para a assistência tinha para acompanha-lo a economista doméstica, que era limitada a lhe prestar ajuda e conversar com as camponesas enquanto o marido era atendido na sua propriedade. É importante destacar que mesmo que as mulheres tenham avançado nos espaços da esfera pública e hoje estarem inseridas também no curso de Agronomia, a formação que lhes é ofertada é desigual a dos seus colegas homens. Ainda existe uma divisão sexual do trabalho e ela se dá dentro do próprio curso no decorrer da formação, delimitando o que é papel de homem e o que é papel de mulher, e também durante a carreira profissional, onde as mulheres encontram muitas dificuldades em serem aceitas para exercer os trabalhos como agrônomas. Para a FEAB fica o desafio de estarmos levantando estas pautas dentro da discussão da nossa formação profissional, que além de ser voltada para o povo precisa ter um olhar às especificidades de gênero e na forma com que vamos lidar e atender as demandas das camponesas. Ainda é preciso nos aprofundar no debate, em nenhum outro momento na Federação havíamos nos voltado à discussão da mulher camponesa com maior profundidade a fim de entender as dificuldades e nosso papel frente a isto. Precisamos ter a compreensão que em nosso meio de atuação é ainda mais difícil lidar com o patriarcado que é ainda mais acentuado no campo, precisamos entender aquela realidade e formar profissionais críticos atentos a isso. Além disso, pautar a instrumentalização das engenheiras agrônomas, que são as que terão o olhar ainda mais voltado para as sujeitas do campo. Debate - A reforma agrária se apresenta muito mais difícil para as mulheres, além do mais as políticas publicas atuais não tem dado conta de abarcar as reais necessidades e especificidades das mulheres camponesas. Superar essas problemáticas é indispensável para que as camponesas alcancem sua autonomia econômica. - Crítica ao modelo do Kit extensão, que acabava por excluir a mulher da discussão produtiva, pois enquanto o agrônomo falava sobre a unidade produtiva com o “homem”, a economista doméstica estava na cozinha com a mulher camponesa, ensinando receitas e etc. - Há um grande desafio d@s profissionais de agronomia trabalharem com as mulheres camponesas, pois, a extensão rural que temos atualmente não contempla essa demanda.
  • 13. P á g i n a | 13 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” - Há uma dificuldade das mulheres camponesas atuarem na militância das organizações sociais, uma vez que as mesmas estão envolvidas numa tripla-jornada de trabalho. - É importante considerar a necessidade de trabalhar nos currículos da Agronomia os conteúdos referentes aos desafios da inclusão da mulher camponesa como sujeito de políticas púbicas e das ações de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) contemplando sua autonomia econômica. - As jovens camponesas migram para a cidade e acabam trabalhando como empregada doméstica, muitas vezes sem nenhum direito e ainda é considerado um favor, pois se usa o argumento que a “menina” esta sendo tratada como se fosse da família. Essa migração acaba por impactar no aumento da “masculinização” do campo. Por isso mesmo e por outras questões é que se faz necessário debater as repressões sobre as mulheres levando em consideração o recorte de classes. - A FEAB deve internalizar o debate sobre “as mulheres camponesas” dentro dos seus espaços, além de debater o tema também junto à pauta de formação profissional. - Devemos debater a agroecologia como uma estratégia que contribua para autonomia das mulheres camponesas. - É importante ressaltar que as estudantes de agronomia, são privadas da oportunidade de possuir a mesma formação que seus colegas. - É necessário destacar as especificidades da repressão que as universitárias sofrem durante o trote. - OBS: A escolha do tema “as mulheres camponesas” foi elogiado por grande parte da militância presente no espaço. Considerações Finais É importante resgatar que foi a mulher que descobriu e desenvolveu as técnicas da agricultura, a partir do cuidado das sementes na pré-história. Para combater o agronegócio no campo e desenvolver a agroecologia que pautamos como alterativa é que precisamos colocar as mulheres em protagonismo nessa construção. São as camponesas que estão diretamente ligadas com a terra e com a soberania e segurança alimentar. Dentro da contradição que é a divisão sexual do trabalho no campo, nos permitimos analisar que o papel que as mulheres desempenham na produção dos quintais é de grande importância para a transição agroecológica, são essas mulheres que estão se preocupando com a alimentação de sua família, a partir desses cultivos, e que se despertam para a necessidade de produzir de forma saudável. É importante que a FEAB compreenda o protagonismo das mulheres no desenvolvimento da agroecologia e que estas sujeitas estejam em pauta quando vamos debater tanto a formação profissional quanto o projeto que defendemos para o campo brasileiro. Desta forma, é de grande importância estar nos aproximando das mulheres da Via Campesina e acompanhando suas lutas. Este ano estamos colocando em pauta dentro da Federação a Campanha da Via Campesina “Os camponeses e as
  • 14. P á g i n a | 14 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” camponesas dizem: Basta de Violência contra as Mulheres!”, que além de ser uma forma de nos aproximarmos dos debates dos movimentos serve de trabalho de base, de estudo e de luta para somarmos em mobilizações. FORMAÇÃO EM DIVERSIDADE SEXUAL Abertura de Ponto - Isaque e Estevan (ENUDS) Começaremos demarcando que falamos em Movimento de Diversidade Sexual e não movimento LGBTs. Isso tem uma importância teórica razoável. O movimento de diversidade sexual no Brasil se encerrava na legenda Gay onde se enquadravam as lésbicas. Os polos de orientação desse campo eram Europa e EUA. O avanço para a sigla LGBT é centrado na questão na demarcação de identidade que seria exigida, principalmente pra que se pudessem enquadrar os/as sujeitos/as nas políticas públicas. E no campo da sexualidade compreendemos como uma armadilha fixar essa identidade porque não te permitiria experimentar outras relações após ser cravada sua sigla. Por isso do ponto de vista político com a sexualidade temos a possibilidade de promover as transformações. No ENUDS tem uma disputa política de como vamos compreender essa divergência, contudo garantimos a legenda LGBT para fins estratégicos com as políticas públicas. Somos violentados/as na universidade e estamos superando a divergência independente da marca que temos em prol de Unidade no movimento. O ENUDS tenta trabalhar de forma suprapartidária porque entendemos que todo cenário hoje será plural e com varias forças disputando. Foi uma lastima a nomeação de Marcos Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos. Nesse cenário de ME o ENUDS se propõem a organizar a diversidade e quem entender essa questão fica quem só quer aparelhar sai. Como podemos pegar essa discussão e colocar na pauta do dia em vez de ficar só no papel. Que agente faz com esse conhecimento adquirido? Devemos nos questionar a nível pessoal ao invés de recorrer a teorias econômicas já estabelecidas. Então não participo de uma revolução que é apenas econômica. Debate - Sabemos da importância das lideranças do Movimento Estudantil pautarem a questão da diversidade para chamar as pessoas para discutir mecanismo para superar essa homofobia que se encontra nas universidades. - A esquerda trata o debate de opressões de forma secundária, isso é fato, sendo que usam desse debate apenas pra agregar militantes, sem dar o devido valor ao debate. Homofobia é um fenômeno estrutural que diminuem as pessoas que não tem a orientação sexual, definida pelas regras patriarcais, machistas e heteronormativas. Apontamos aqui 03 vias da homofobia: marginalização, imperialismo cultural, violência. Há ausência de politicas de saúde para mulher lésbica. - A FEAB se coloca como uma Entidade do Movimento Estudantil que acredita na superação da sociedade com uma revolução socialista. – Nem todos os partidos tem secundarizado a pauta das opressões. Essa é uma visão dos Partidos Revolucionários de séculos atrás. Hoje temos partidos trabalhando de forma muito forte a questão da desconstrução de velhos valores e reconstrução de
  • 15. P á g i n a | 15 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” novos, valores socialistas, o que o Che Guevara veio a chamar de Mulher Nova e Homem Novo. Diversos partidos, e também a FEAB, se colocam como socialista porque acredita que a estrutura familiar e demais relações (Produção Social da Vida) são determinadas pelas Relações Sociais de Produção, e que o acirramento entre a forma de produção e a forma de acumulação da riqueza produzida vai nos permitir alcançar a libertação do Povo, não excluindo a necessidade de pautarmos as mudanças de valores desde então. Desta forma visualiza-se que o Partido seja a única estrutura organizativa capaz de aglutinar todos esses setores da luta (Trabalhadores/as, Negros/as, Div. Sexual, Mulheres, etc.). - Na FEAB avançamos muito em vários temas, principalmente gênero, mas na pauta de diversidade ainda estamos muito aquém. As políticas públicas devem servir para dar as condições mínimas para a sobrevivência do individuo e isso é uma questão tática para trabalhar com pautas que são imediatas e podem acumular forças no movimento. - A FEAB compreende que precisa avançar na pauta a partir de uma demanda que é real. Para alcançar a sociedade que agente quer precisamos nos desafiar a discutir e avançar na caminhada. - A FEAB faz muitas analises de superação das opressões por entender que existe uma elite estruturada que mantem-se pelas opressões. O Brasil não é racista porque simplesmente odeia os negros, mas sim, porque lucra com isso. Tivemos o debate no ultimo CONEA sobre questão racial porque entendemos que essa sociedade escravocrata precisa ser superada. Só podemos superar os inimigos se conseguimos avançar no debate juntos. Da mesma forma vemos a questão da diversidade sexual, no qual o capital se utiliza da heteronormatividade e da discriminação sexual para criar nichos de mercado. Considerações Finais - Para discutir homofobia é muito importante estudar e trazer a conceituação e elaborar em cima da pauta. As relações humanas podem ser explicadas de diversas formas e é um perigo a chamada “história única”. Pra mim é impossível superar as relações do mundo sem superar a família. Se não superar a família não tem superação nenhuma de classe.
  • 16. P á g i n a | 16 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” REPASSE DAS ESCOLAS E DAS CAMPANHAS REGIONAL I (RS) Pelotas (Sem Instância) Está participando da construção do EIV-Pelotas; Disputaram o Diretório Acadêmico, porém perderam pra direita; O Grupo está tocando também o Grupo de Agroecologia; Acompanham a construção do Encontro Nacional dos Grupos de Agroecologia (ENGA) e do Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA); O Grupo está passando por um processo de bom de renovação e crescimento do nº de integrantes. Santa Maria (CR I e CO I ENC. CONESUL) O grupo está se renovando nesse momento Pós-CN; Construíram o I Encontro do CONESUL da CONCLAEA, que contou com a participação de 50 pessoas de 03 Países. Conseguiu trabalhar bem o debate das campanhas Contra os Agrotóxicos e da Curricularização da Extensão Universitária; Construíram um CFI com a ABEEF; Construíram uma Chapa pro C.A; Participaram da construção do EIV-SM, que foi em Tupanciretã/RS e contou com 04 estagiários da Agronomia; Acompanharam os Seminários de Construção do ERA-S e do CONEA; Foram para o CLACEEA no Uruguai, em cinco pessoas que se alternaram; Fizeram uma passada em Cerro-Largo. Pretendem acompanhar Erechim mais de perto. Estão participando da Gestão do DCE-UFSM. Erechim (CO ERA/S) Realizou Seminário Interno de Construção e Seminário Coletivo de Construção, este último com a participação de 20 militantes do Sul e mais a CN; Participaram do Seminário de Construção do CONEA; Estão com dificuldade pra garantir os espaços físicos, pois a UFFS não tem boa Estrutura. O ERA será no interior, numa comunidade rural. Há articulação com a Prefeitura, MSPs, Via Campesina e Sindicatos. A data definida foi de 31 de Maio a 02 de Junho;
  • 17. P á g i n a | 17 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Está com o grupo pequeno, de apenas 06 pessoas na CO, o que gera também uma dificuldade de fazer trabalho de base; O pessoal da Biologia tem nos procurado pra contribuir com a construção do ERA/S. Porto Alegre (Sem Instância) São um grupo pequeno, apenas 03 mulheres; Participaram da Construção do EIV-RS; Estão acompanhando a construção do Congresso Brasileiro de Agroecologia; Estão participando da construção do Grupo de Agroecologia; Participaram do Encontro da Juventude do MST e do Encontro Nacional do MMC. REGIONAL II (SC e PR) Florianópolis (CR I) O grupo vem se renovando e participando de espaços de formação; Estão inseridos na construção do CA e do DCE; Construíram e participaram do EIV-SC e serão CPP do próximo; Conseguiram fechar o projeto do EIV pra mandar pro PROEXT-MEC e já foi aprovado no edital interno da UFSC; Construirão espaço de apresentação da FEAB na Calourada; Deixaram pra fazer passadas nesse segundo semestre da gestão da CR e já iniciaram as articulações com algumas escolas; Pretendem dar foco à escola de Curitibanos, pois está fisicamente mais próxima; Participaram da Plenária de Superintendências, do CONEB-UNE; Estão articulando com Erechim pra fazer um Pré-ERA em Florianópolis. Curitiba (CR I, CO-PNEB e SF Profissional) A escola assumiu mais de uma tarefa no último CONEA e se planejou pra executar as tarefas sem deixar nada a desejar; Participaram da Construção do EIV-PR, em 04 pessoas na CO e CPP, num processo de retomada da construção após um ano; Estamos dando os corres pra garantir a PNEB que já esta acontecendo; Conseguiram fazer um levantamento das escolas que precisam de passadas, com dificuldade por causa dos calendários diferentes. Conversaram com o pessoal de Londrina no EIV;
  • 18. P á g i n a | 18 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Estão inseridos na gestão do DCE; Estão participando da construção da Jornada de Lutas da Juventude e da construção das Campanhas Contra os Agrotóxicos e Curricularização da Extensão; Participaram do I ENC. CONESUL, SC-ERA e SC-CONEA. REGIONAL III Campos dos Goytacazes (CO-CONEA) Estão acompanhando as atividades do NEABI, pra ajudar na formação pro CONEA; Estão contando com o apoio da coordenação de curso. Estão com apoio da reitoria; Participaram de todos os espaços propostos pela FEAB; Fizeram algumas idas pra Brasília pra articular questões financeiras do CONEA; Estão com problemas pra fazer um CFI; Estão inseridos no CA e no DCE; Estavam pensando a construção do EIV- Norte Fluminense, mas com os assassinatos dos companheiros do MST e por questões de segurança o EIV foi cancelado; Estão construindo a Calourada; Participaram da Plenária Nacional da Jornada Nacional de Lutas da Juventude; Estão se esforçando pra fazer passadas pra construir Pré-CONEA em outras escolas. Diamantina (NTP de Gênero e Sexualidade & CO-CFF) É um grupo novo, que constrói a FEAB desde 2010; Estão centrando forças na construção do Curso de Formação Feminista; Participaram do CONEAC, na Colômbia, conseguiram perceber as diferenças políticas e organizativas entre a FEAC e FEAB. Ajudaram a FEAC a avançar para um processo de auto-organização das mulheres; Constroem o Coletivo Feminista Retalho de Fulô; Estão mobilizadas para o EREA, com ônibus já garantido, mobilizando a Calourada; Conseguiram ônibus pro CONEA, mas o CONEA cairá no período de provas finais; Constroem o EIV-MG e estão no esforço de construir o EIV-Regional, no Vale do Jequitinhonha. Estão realizando Pré-EIV’s, que aproximam mais estudantes pra FEAB;
  • 19. P á g i n a | 19 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Não estão dando conta de tocar o C.A; Já teve seminário de construção do CFF, a FEAB e a ABEEF estão construindo. A ENEBIO preferiu não participar da Construção, e sim participar como cursistas; Participaram da PS; Estão tocando com muita força a Campana Contra a Violência Contra Mulheres e o Comitê Regional da Campanha Contra os Agrotóxicos; O grupo avalia negativamente pra FEAB a pequena participação das escolas no SC-CFF. Lavras (Sem Instância) A FEAB foi por muito tempo só a Alê. Agora estão num grupo de 10 militantes; Estão fazendo o esforço de apresentar a FEAB dentro da UFLA, pois pouca gente a conhece; Participaram da construção e como estagiários (03) do EIV-MG; Estão tocando a campanha contra os agrotóxicos; Participaram do CLACEEA e do SC-CFF; Estão se preparando pra participar das eleições do CA e DCE; Construíram um Curso de Formação junto com a ABEEF e ENEBIO; Trabalharão 08 eixos de formação, um em cada final de semana. Estão alterando as estruturas de reunião; Já estão organizando o ônibus pro EREA e pretendem fazer 03 Pré-EREAS. Alegre (Sem Instância) Participaram do SC-CONEA; Santiago fez passada lá e junto com a Lorenza chamaram os/as calouros/as pra participar da FEAB, essa passada rendeu um grupo que hoje tem 06 pessoas; Conseguiram construir com o colegiado uma semana da Agronomia/FEAB em que o grupo que vai tocar os trampos, pra fazer trabalho de base; Estão tocando o C.A e participando das eleições do DCE; Tocam as coisas em parceria com a ABEEF que já tem um grupo mais antigo; Esse ano não teve perna pra tocar o EIV-ES, mas estão se articulando com MPA e MST;
  • 20. P á g i n a | 20 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Ganharam agora o direito ao Passe Livre! Que já está acontecendo os credenciamentos. Fruto de lutas com 03 mil pessoas na rua, com participação da FEAB. Itapina (Sem Instância) Estão vendo de trocar a data do ônibus pro EREA; Estão correndo atrás de uma sala do DA; Estão abrindo o edital de eleição pro DA; Tem uma galera vinda de escola família agrícola se aproximando da FEAB; Está fazendo contato com São Mathews (CA-AGRO), tem um grupo de agroecologia lá e estão tentando estreitar os laços. REGIONAL IV (MT, MS, GO, DF, AC) Nenhuma escola conseguiu participar da PNEB 2013 em Curitiba/PR. REGIONAL V Crato (CO ERA/NE) Grupo passa por um bom momento, está consolidado com 15-20 pessoas militando no grupo; Tiveram seminário interno e seminário coletivo de construção do ERA; A data do XIII ERA NE que será de 1º a 05 de maio, com a Temática “A juventude do campo e da cidade: semeando a transformação que sonhamos!”; Tem dificuldade estrutural no campus da universidade, pois esperam 900 pessoas para o ERA, porém articularam com o IFCE do Crato pra sediar o Encontro lá. As inscrições já estão abertas, e já tem bastante gente inscrita; Avançaram bastante, separando os espaços de vivência e oficinas. Tem espaço de gênero e feminismo na grade; Não terá aula pra Agronomia no período do ERA e nem no IFCE; Participaram da PS, do SC-CRFA e do CRFA, participaram dos cursos do MAB Nacional (Questão Energética) e Estadual; Participaram como CPP e com estagiários do EIV-CE; Mandaram representantes pro CONEB-UNE; Construíram a 2ª Semana dos Movimentos Sociais;
  • 21. P á g i n a | 21 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Estão acompanhando o fórum Araripense, que reúne os MSPs, umas das pautas prioritárias tem sido a transposição do São Francisco; Estão trabalhando a campanha contra os agrotóxicos dentro do fórum Araripense; Participaram do encontro do MMC; Estão dentro do CA, mas não são a maioria. Vão montar chapa só da FEAB, nas eleições pós-ERA; Tem participado de CRBs em Picos/PI e Petrolina/PE; Estão articulando e fizeram apresentação da FEAB em Picos/PI. Estão articulando a ida deles/as pro ERA; Estão em contato com companheiro do MAB que está estudando em Limoeiro do Norte, pra construir a FEAB por lá; Estão avançando no processo de trazer os movimentos sociais pra participar do ERA como Encontristas pra contribuir com todo Encontro. O MST tem se colocado como construtor do ERA; Estão buscando fortemente se preparar e se formar pra no próximo CONEA se propor a Coordenação Nacional da FEAB. Fortaleza (NTP de Educação) Está na gestão C.A e Assumiram o NTP de Educação no último CONEA; Construiu a Semana Acadêmica, debatendo formação profissional, contextualizada no estado do CE. Contaram com a Presença da CN e CR V; Participam do Colegiado, onde estão debatendo a reformulação do PPP; Estão construindo uma oficina de educação com todo o CCA; O NTP está participando de Pré-ERAs, e já tem ônibus garantido para o Encontro; Estão reservando vaga no ônibus pros MSPs; Indicamos 05 estudantes para participar do EIV-CE e já estão se colocando pra construir a FEAB; Estão se articulando com CREA, SENGE, AEACE; Participaram do CONEB;
  • 22. P á g i n a | 22 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Estão no Comitê da campanha contra os agrotóxicos; Foram pros grito dos excluídos em fortaleza e no Crato; Participaram do Caldeirão dos MSPS, no Crato; Estamos construindo a Jornadas de Lutas da Juventude no Estado. Fortaleza (Sem Instância) Mandou representante pro CONEAC – Colombia; Passaram por processo de renovação e aumento do nº de militantes no grupo; Fizeram recepção de calouros; Participaram do SC-ERA/NE, no Crato; Participaram das Assembleias Regional e Nacional da ANEL; Participam do Observatório que estuda o PPP do Curso; Estão Construindo Comitê da Campanha Contra os Agrotóxicos; Participaram do Ato no dia 08 de Março; Fizeram Planejamento Interno; Estão tocando formação interna. REGIONAL VI Chapadinha (Sem Instância) Iniciaram o Grupo no 55º CONEA; Voltaram com a tarefa de construir a Semana Acadêmica dos Estudantes de Agronomia do Maranhão (SEMAGRO), pautando o uso das riquezas naturais; Juntaram 150 estudantes de todas as escolas de agronomia do Maranhão; Articularam a apresentação da FEAB para a escola de Codó que ainda n conhecia a Federação; Fizeram ato em novembro contra o genocídio Guarani-Kaiowa, contando com o CCA e estudantes secundaristas; O grupo fez proporcionando espaços de formação;
  • 23. P á g i n a | 23 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” A CR e a CN já fizeram passadas lá e agora estamos com um grupo de 10-14 estudantes; O Povo da zootecnia tá se aproximando da FEAB; Estão na parceria CA-FEAB. Vai fazer um ciclo de apresentação e debate do ME Brasileiro; Vai fazer a Calourada levando os calouros para o campo pra conhecer a realidade local dos camponeses, e também os levarão numa fazendo do agronegócio; Codó pegou a CO da próxima SEMAGRO; Vão participar do ERA-Crato e vão para o CONUNE. REGIONAL VII Piracicaba (NTP – Relações Internacionais) Fizeram formação na ESALQ com a ABEEF e ENEBIO; Construíram uma semana da América Latina com participação do pessoal que foi pro México e vários outros países da AL; Foram pro CLACEEA em janeiro; Tem dificuldade de renovar o grupo pelo elitismo e conservadorismo; Nesse sentido estão atuando com outros cursos/executivas pra fortalecer o trabalho; O Coletivo de mulheres esta se fortalecendo, contando com 10 mulheres, que participaram das lutas do 08 de março em são Paulo; Estão tentando participar do EME-UNE; Estão fazendo lutas das Pelas Cotas e contra o Pimesp proposto pela Esalq; Participaram da Jornada Nacional de Lutas da Juventude; Participaram do Fórum Paulista de Agroecologia e do Fórum de Extensão Rural; Estão construindo o Movimento Pula Catraca; Estiveram na PS, SC-ERA e SC-CONEA. Jaboticabal (CR VII) – Não esteve Presente, mas enviou nota explicando o acontecido e relatando o repasse das atividades.
  • 24. P á g i n a | 24 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” REGIONAL VIII Cruz das Almas (NTP de Juventude, Valores, Cultura, Raça e Etnia) O Grupo tem pessoas formando, pessoas na CN e pessoas tocando a FEAB em Cruz; Participaram da PS e do SC-CONEA; Participaram do Fórum internacional 20 de Novembro (20 a 23), em Cruz; Participaram da construção do I EIV-BA e participaram como CPP (2) e estagiários (2); Participaram do I CRFA como CPP, Onde Conseguiram inserir os MSPs como construtores, como CPP e como cursistas; Participaram de ato na Advocacia Geral da União (AGU), com grande repercussão na Bahia, em Defesa do Quilombo Rio dos Macacos, exigindo uma comissão popular pra acompanhar os processos; Estão acompanhando assentamentos do MST em parceria com o NEPPA-UFBA; Estão buscando acumular também para o debate de Extensão Universitária; Estão participando do Curso de Realidade Brasileira da Bahia; Estão construindo da Jornada Nacional de Lutas da Juventude. Ato dia 11/04 em Salvador e 10/04 em Cruz; Estão participando do EME-UNE; Participaram de seminário sobre quilombolas na UFRB; Estão realizando os Pre-ERAs; Vão mandar gente pra o Curso de Coordenadores do ERA/NE. Estão se planejando pra fazer Pré-ERA em Feira de Santana e Guanambi, pra garantir a presença deles/as no ERA; Estão tocando o comitê da Campanha Contra os Agrotóxicos. Fazendo debate de ME e o Papel da UNE; Vão Participar do Seminário de ME Eudaldo Gomes na UFRB. COORDENAÇÃO NACIONAL Jefferson (Regionais I e II):
  • 25. P á g i n a | 25 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Participou do III Seminário Permanente de Integração Regional – JUVENSUR; participou da mesa Redonda “Campesinato: os excluídos da revolução verde”, em Santa Maria/RS; Ajudou na construção dos Seminários Interno e Coletivo do ERA Sul; Acompanhou o Planejamento da Regional I; Foi ao Encontro Estadual do MST-SC; participou da Seleção de Estagiários do EIV/SC; Participou do CLACEEA; e realizou uma passada no Paraguay (Universidad Nacional Del Este – Paraguay, Minga Guazú/PY). Santiago (Regionais III, V e VII): Iniciou as passadas após a PS e participou de todos os espaços nacionais da Federação, do Encontro CONE-SUL em Santa Maria/RS, do CONEB em Refice/PE e do EIV BA. Dentro das regionais está acompanhando a construção do EREA, que será realizado na Rural do Rio, do CONEA em Campos e dos 5 NTP’s: Biomas – Registro/SP; Relações Internacionais – Piracicaba/SP; História e Comunicação – Ilha Solteira/SP; Gênero e Sexualidade – Diamantina/MG e Ciência e Tecnologia – Montes Claros/MG. Além disso, tem acompanhado as reuniões e resoluções da Via Campesina e construção nacional da Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida. Rafael (Regional IV): Participou de todos últimos espaços nacionais da FEAB e está acompanhando a regional e centrando nas articulações em Brasília, aonde vem fazendo o esforço de consolidar um grupo. Existem dificuldades organizativas para a FEAB no Centro-Oeste e neste ano a região está sem escolas com instâncias. Está participando da construção do EIV MT e tocou o EIV DF e GO, realizado junto com a ABEEF, que foi um processo difícil porque nos últimos anos vinha acontecendo EIV no DF realizado pelo pessoal da Antropologia e com um caráter muito afastado da formação política que construímos historicamente com as executivas, mas que este ano conseguiu-se resgatar e consolidar um EIV que gerou bom acúmulo para a militância. Em Brasília está focando também em formas de limpar o nome da FEAB e cobrir a dívida através dos contatos de Ex- Feabentos, além de articulação dos projetos da PROEXT para todos os EIV’s tocados pela FEAB a nível nacional e projeto do próximo CONEA. Através de Brasília também acompanha a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida no Comitê DF que é referência de todo Brasil. Belau (Regionais V e VIII): Iniciou as passadas na OS, acompanhou os seminários Interno e o Coletivo de Construção do XIII ERA/NE; Ajudou no Planejamento das Coordenações Regionais V e VIII; Participou dos seminários Interno e Coletivo de Construção do I CRFA/NE; Esteve presente na Semana Acadêmica de Agronomia do D.A. Dias da Rocha da UFC- Fortaleza; participou em GO do Seminário Convocatório ao III ENA – ANA; Acompanhou como CPP o EIV/BA; Acompanhou pela FEAB o 13º CONEB-UNE;
  • 26. P á g i n a | 26 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Acompanhou a CPP do I CRFA/NE e do IV EIV/CE; Participou da Reunião das Categorias da Agronomia do Estado do Ceará. Negão (Regional VI): Após a PS começou a acompanhar os processos da regional, que além da CO do ERA Sul (Belém/PA) e da CR (Marabá/PA) tem 2 NTP’s, que são Biomas – São Luis/MA e Movimentos Sociais – Altamira/PA. Acompanhou o planejamento da CR, que foi realizado com uma formação e teve uma boa representatividade, e o Seminário de Construção do ERA Norte, que também foi bastante representativo. Algumas escolas mais velhas do Pará estão apresentando algumas dificuldades organizativas e de renovação, mas o Maranhão vem crescendo com escolas novas e dispostas a construir a FEAB, a exemplo de São Luís que está organizando um Curso de Formação Político Regionalizado da FEAB em parceria com o MST. A CR veio realizado passadas nas escolas mais novas. Participou da construção do IV EIV Pará, que por algumas dificuldades de calendário foi mais reduzido neste ano, e do EIV DF/GO. Tamara: A princípio acompanharia a regional VIII, mas no segundo período, após reavaliações, ficou deslocada para acompanhar demandas nacionais e garantir o debate de gênero na Federação através das escolas com instâncias. Participou de todos os espaços nacionais da FEAB no último período, do EIV-BA, do CRFA em Juazeiro, do Encontro Nacional do MMC e está acompanhando a construção do CFF, CONEA e ERA/NE, além dos cursos e espaços de formação da Federação. BANDEIRAS MOVIMENTO ESTUDANTIL GERAL Abertura de Ponto – Belau (CN-FEAB)
  • 27. P á g i n a | 27 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Na atual conjuntura, vivemos um momento de dificuldades de organização das lutas de massas, no cenário do ME não é diferente. Existe uma crise de identidade, legitimidade e até mesmo de representatividade entre as organizações que compõem este cenário. Neste sentido, se criam certas repulsas por parcelas significativas dos/as estudantes quanto aos debates das entidades estudantis e no cenário da FEAB se cria um dilema quanto à necessidade de organizarmos o conjunto amplo das/os estudantes e não somente aqueles que se colocam enquanto esquerda. Precisamos desconstruir o debate sectário em nossa Federação. Outro fator que tem dificultado as ações do ME é que alguns espaços acabam de certo modo exprimindo um caráter elitista, onde por muitas vezes os estudantes da classe trabalhadora não tem como acompanhar esses espaços políticos, pois vivem uma jornada dupla de estudo e trabalho, e os espaços do ME serem extensos. Existe uma necessidade em se dialogar com essa categoria, voltando o olhar para sua realidade e para as suas necessidades. O academicismo também tem sido ponto emblemático no Movimento Estudantil, onde muitas vezes fazemos grandes discursos fundamentados em teóricos da esquerda mundial e esquecemo-nos de dialogar com os problemas cotidianos dos/as estudantes e trabalhadores/as. Temos o dever de construir metodologias de diálogo com o máximo de estudantes possível. É nos apresentado também, no atual período, a necessidade de construção de lutas conjuntas entre os diversos setores do movimento estudantil, nossa atuação precisa ser revista, precisamos visualizar nossas posturas e como atuamos frente as problemáticas que temos colocadas no nosso campo de atuação. No que se refere à universidade de maneira geral, temos posto que são instituições que servem hegemonicamente aos interesses do Capital. Nossa formação como um todo está subordinada a estes interesses e no nosso caso das Ciências Rurais está voltada a formar mão de obra qualificada para servir ao agronegócio. Além disso, a educação serve para a manutenção das ideologias dominantes da sociedade, mascarando e escondendo que vivemos numa sociedade regida pela luta de classes. A produção de ciência e tecnologia está voltada cada vez mais para atender aos interesses de grandes empresas que estão patenteando este conhecimento para somente para a obtenção de lucro. A educação está sendo transformada em mercadoria, não se visualiza um modelo de formação emancipador e transformador e sim se investe numa educação que traga um retorno lucrativo às grandes corporações econômicas. Para disputarmos o modelo de universidade e de educação que queremos, uma educação que atenda nossas pautas, estando a serviço da classe trabalhadora, é preciso alterar a correlação de forças dentro dos espaços das universidades. Apontamos a UNE como um espaço que ainda consegue aglutinar as/os estudantes das mais diversas áreas do conhecimento e de maneira abrangente. Mesmo com a conjuntura dificultada e retraída pela qual vem passando a entidade nos últimos anos
  • 28. P á g i n a | 28 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” ou décadas, este é o espaço por onde passam os debates centrais do movimento estudantil brasileiro. Neste sentido, precisamos buscar a unificação dos/as estudantes em torno de pautas gerais para mudar a correlação de força dentro das universidades. É desta forma que o debate se encaminha para a importância da FEAB voltar se organizar dentro do ME Geral acompanhando os espaços da UNE, para debater com a base, já que numa condição de isolamento não conseguiremos aglutinar essas pautas gerais dos estudantes que podem ter peso para disputar a universidade. Leitura das deliberações do 55º CONEA. Leitura do documento de das impressões gerais que os/as militantes da FEAB tiveram do 14º CONEB. Debate Um fator importante de discussão é como trabalhar a base da FEAB, já que temos a necessidade de qualificar nossa intervenção junto a este público. Existem falhas no trabalho de base conduzido hoje na FEAB, encontramos na maioria das escolas problemas de falta de militantes para conduzir as atividades da Federação. Existem indivíduos que colocam o trabalho de suas organizações partidárias acima dos interesses da Federação e ocorre uma disputa que coloca a base numa situação de confusão e desorientação. É preciso analisar nossos reais problemas, pois se vê o descenso da luta de massas, o que gera consequências no movimento da juventude. O Capital e a ideologia dominante expõem constantemente uma lógica de fortalecimento da individualidade e enfraquecimento das experiências de organização coletiva. Em relação à carta de avaliação do 14º CONEB da UNE, alguns pontos não estavam representados nas suas opiniões e esta foi tendenciosa a mostrar apenas o lado positivo de se inserir nos espaços da UNE. Nossa participação no FENEX foi mais uma vez deliberada e novamente não estamos construindo o espaço de maneira qualificada, devemos dar importância para todas essas ferramentas de discussão se quisermos aprofundar no debate de movimento estudantil. Dentro da FEAB se visualiza uma concepção de que a Federação precisa repensar sua forma de organização no movimento estudantil, o esvaziamento dos grupos são nítidos e é preciso perceber que existem problemas que precisam ser trabalhados. Precisamos repensar as ferramentas para solucionar estes problemas constantes, neste sentido, precisamos nos aproximar da base, inserindo nossos debates. É necessário ponderar que a UNE talvez tenha potencial em aglomerar os/as estudantes, mas não necessariamente de organizá-los. Seus espaços não são pedagógicos para a militância do ME, ocorrem episódios de falta de respeito entre as falas que são colocadas nos espaços e não há o incentivo para a pluralidade de opiniões. Não teremos assim, oportunidades de disputar os rumos da UNE e sim o
  • 29. P á g i n a | 29 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” contrario, corremos o risco de que da FEAB comece a se configurar com o mesmo perfil despolitizado. Precisamos avançar no debate do ME geral, continuar discutindo e aprofundando estas questões, porém não teremos este canal a partir da UNE. A UNE a 20 anos não pauta lutas para classe trabalhadora e não acumula para organização do movimento estudantil e seus espaços são burocratizados. Antes de se decidir se vai ou não entrar na UNE é necessário reformular sobre a reorganização de organização estudantil. Estar nos espaços da UNE é diferente de construí-la, o que é um retrocesso para a esquerda que não reivindica luta dentro da UNE. É importante destacar que para nos aproximarmos da base as vezes é necessário se desconectar um pouco do contexto nacional e se voltar mais para as pautas internas das universidade, onde as pessoas irão se identificar dentro das suas realidades. Muitas vezes a gente parte para um enfrentamento e esquece de auto avaliar-se . O Programa Democrático Popular colocado hoje pelo governo é imaterial. Foi criado pela classe trabalhadora, mas seu desenvolvimento hoje possui outra configuração. Nada muda pro ME agro estar na UNE, porque acabaremos nos privando de discutir as nossas pautas. As analises que um dos grupos de fortaleza faz leva a percepções de que estar na UNE hoje não acumula para a luta estudantil, neste sentido apontamos a ANEL como a melhor forma de se organizar para construir a luta. Para se construir uma análise acerca da volta da FEAB aos espaços da UNE se faz necessário nos remeter à alguns anos atrás quando houve a ruptura com esta entidade. Naquele momento se avaliava que sair da UNE nos permitiria construir com mais intensidade as pautas de questão agrária, porém isso não se mostrou verdadeiro e acabamos por afastar a FEAB dos espaços da universidade e do ME Geral e desqualificar nosso debate de educação. O processo de greve da educação que vivemos ano passado deixa evidente esses pontos, a FEAB estava praticamente fora deste debate em função de não termos mais o acesso a estes canais. É papel de uma executiva de curso discutir ME Geral e educação. Embora a direção majoritária da UNE não paute como deveria as questões políticas, isso não deslegitima a entidade. No que se refere aos outros canais do ME Geral, a ANEL não nos representa pois é uma entidade que já nasce com crises de legitimidade e representatividade. Por outro lado, o FENEX, embora tenha potencial de cumprir importante papel de articulação, a alguns anos já não consegue acumular, principalmente em função de problemas de organicidade. É concordância que a UNE é burocratizada e da maneira que está colocada não nos representa, mas que o FENEX também não conseguiu cumprir com este papel. A disputa é polarizada e ambos os lados despolitizados, para modificar a UNE cabe-nos mudar as práticas lá dentro.
  • 30. P á g i n a | 30 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Muitas vezes não colocamos nossa auto crítica, muitos coletivos que defendem não construir a UNE a disputam para desconstrui-la. Precisamos enxergar quem é nosso inimigo real, com certeza ele não é a UNE e nem a força política que está na direção da entidade, que não pode ser colocado como direita, mas sim como esquerda cooptada. Quanto a reorganização do movimento estudantil é uma falácia dizer que ela vai ser dar pela FENEX ou pela ANEL, pois a UNE ainda tem os maiores fóruns representativos dos estudantes e consegue ser referencia para este público. O rompimento da UNE em 2007 partiu de uma forjada a analise de reorganização do movimento estudantil. Necessitamos desmistificar a UNE e UJS como se fossem a mesma coisa, é preciso deixar claro a diferença entre a organização e o partido politico. Precisamos olhar pro histórico da entidade, que constituiu lutas amplas e importantes pro Brasil. Não necessitamos disputar eleitoralmente a UNE, mas sim estar lá dentro levantando também as nossas pautas das agrárias e conseguir aglomerar nos espaços que não temos inserção. É um equivoco dizer que não temos acumulo sobre a UNE, pois este é um dos debates mais efervescentes nos espaços nacionais onde em diversos momentos este é o principal debate da Federação. É possível fazer um movimento estudantil por fora da UNE, como o processo de greve ano passado em diversos lugares ocorreram sem a inserção a UNE. As executivas podem fazer trabalho de base e organizar os estudantes, existem varias entidades que podem estar pautando isso e discutindo dentro do FENEX. Para discordar do que está colocado pela UNE, não podemos meramente exigir que ela mude e cumpra com outro papel se não estamos lá dentro para mostra a nossa postura de mudança. É importante a FEAB estar dentro da UNE, pois é uma forma de estarmos em contato com os estudantes que não atingimos em nossos espaços. O FENEX não avança pelo descaso das coordenações nacionais, que boicotam este espaço. Este ano ela foi secundarizada e ano passado não conseguiu-se sair campanhas porque a FEAB entrou em discordâncias e não permitiu isto. Este é um dos primeiros espaços que conseguimos discutir a UNE mais a fundo e com clareza. Precisamos consolidar nossas ferramentas de discussão, promover ferramentas independente da organização politica que nos baseamos e fazer formação em todas as linhas para que as pessoas tenham clareza do que vão reproduzir e seguir na militância. Encaminhamentos 1. A FEAB deve aprofundar sobre qual o projeto de educação queremos e avançar na formulação de táticas de como colocar para a base nossas proposições.
  • 31. P á g i n a | 31 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” 2. Precisamos pensar sobre os currículos de nossos cursos, para construirmos uma proposta de mudança que sirva para dialogar com todos/as estudantes e que sirva também como ferramenta de trabalho de base. MOVIMENTO ESTUDANTIL DAS AGRÁRIAS Abertura De Ponto – Belau (CN-FEAB) Nos últimos períodos a FEAB teve uma aproximação com os movimentos da Via Campesina, o que reafirmou nossa formação profissional ligada com o campo, para atender as necessidades do Povo. No entanto percebemos a necessidade de nos aproximarmos de outros Movimentos como as Entidades da Categoria que estão na luta cotidiana em nosso campo de atuação profissional, como os sindicatos e associações e CREA. Nós, estudantes, estamos presos à esfera acadêmica e precisamos nos aproximar da prática cotidiana de nossa profissão, o que afirma a necessidade da reformulação dos nossos currículos, vendo o quanto isso pode enriquecer nossa formação e aproximação da realidade. Ressaltando a importância do debate em torno de nossa formação profissional, é importante aprimorarmos a campanha pela Curricularização da Extensão. Leitura das Deliberações do 55º CONEA Debate A FEAB vem priorizando campanhas nacionais defendidas pela Via Campesina, que são importantes, no entanto, revelam a necessidade de formularmos Campanhas próprias que dialoguem mais e aglutinem a base dos estudantes. Como exemplo, citamos o debate realizado no curso de Educação Física sobre a divisão do curso em bacharelado e licenciatura. Não devemos ficar só no teor ideológico e pautar também propostas mais concretas para os estudantes; A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida é uma ferramenta que aglutina muitas pessoas, não apenas da FEAB, mas de outros Movimentos Sociais Populares do Campo, e também a área de saúde, mostrando que devemos nos apropriar mais dela, mesmo não sendo criada apenas pela FEAB; O debate sobre a reformulação dos currículos, independentemente da postura dos estudantes frente à agroecologia ou ao agronegócio, é uma potencial ferramenta para aproximar todos os estudantes dos debates travados na FEAB; Encaminhamentos 3. O CREA vem fazendo o debate sobre os PPPs dos cursos de Agronomia e por isso enxergamos a importância de nos aproximarmos dessa entidade, inserindo-nos no CREA-Jr, com o objetivo de conhecermos desde cedo como se dá politicamente esses debates;
  • 32. P á g i n a | 32 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” 4. Precisamos pautar nas lutas pelo currículo que queremos a necessidade de trazer a disciplina de Agroecologia para o início do curso, rompendo barreiras que normalmente são criadas pelo tradicional ensino voltado a atender o modelo do agronegócio; 5. A classe trabalhadora está mais presente na universidade, tendo que conciliar o estudo e o trabalho. Temos que nos atentar e discutir sobre a elaboração das grades e metodologia dos eventos da FEAB, muitas vezes extensas, dificultando a participação da classe trabalhadora nestes espaços. MOVIMENTOS SOCIAIS POPULARES Abertura De Ponto – Negão (CN-FEAB) Os Movimentos Sociais Populares (MSPs) se encontram em dificuldades de articulação, não conseguindo colocar de forma incisiva suas pautas, a exemplo do MST que não tem conseguido avançar na Reforma Agrária, e com isso tem priorizado a estruturação dos assentamentos conquistados com luta, entendendo que a reforma agrária perpassa a divisão de terras. Esse momento é reflexo da confiança de que a Reforma Agrária se realizaria com a entrada de um Governo do Partido dos Trabalhadores (PT). Porém o aparato burocrático estatal impediu o avanço da Reforma Agrária mesmo com setores progressistas inseridos nos órgãos Estatais. Os MSPs veem a necessidade de se unificarem pautando lutas unitárias para fortalecer a luta pela Reforma Agrária, visto sua importância para sociedade como o todo. Nesse sentido os Movimentos da Via Campesina, Movimentos Sindicais e outros Movimentos se unificam na tentativa de pautar suas demandas reais. Como resultado avançou na construção da Campanha Contra os Agrotóxicos atraindo diversos setores da sociedade. A Via Campesina vem contribuindo ampla articulação dos MSPs em nível internacional, entendendo que precisamos avançar na luta anti-imperialista. Estes movimentos tem se articulado em defesa das comunidades tradicionais, devido ao avanço do capital nesses territórios. No caso dessas comunidades a luta vai para além do direito de acesso a terra, pois não reproduzem a lógica das relações capitalistas em seu território, se apresentando como foco de luta ideológica. Estamos pautando na FEAB a importância de nos articularmos em defesa dos Territórios das Comunidades Tradicionais, se articulando através da Via Campesina, com o propósito de impedir o avanço das transnacionais no campo. Leitura das Deliberações do 55º CONEA Encaminhamentos 6. A Federação precisa acompanhar as discussões dos encontros unitários nos estados. 7. Orientamos nossa militância a abrir um canal diálogo entre os estudantes fomentando a relevância dos empreendimentos de economia solidária (associações e cooperativas), entendendo a importância desta na organização dos setores produtivos agropecuários no acesso a políticas públicas, além de
  • 33. P á g i n a | 33 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” ser uma ferramenta que potencializa a Campanha da Curricularização da Extensão. 8. Precisamos nos aproximar dos Movimentos como o ANDES-SN, FASUBRA, o SINASEFE e outros sindicatos do serviço público federal, pois estes têm formulações importantes que contribuem com a pauta da educação. Neste sentido, a FEAB orienta a militância a participar da Marcha do Serviço Público Federal a Brasília no dia 24 de Abril. 9. É importante debater a concepção de território, entendendo que pautamos lutas em defesa dos territórios das comunidades tradicionais, para isto o NTP de juventude, Cultura, Valores, Raça e Etnia deve acumular nesse tema, construindo um documento de acúmulo. 10. É de fundamental importância construirmos o Seminário Nacional dos Estágios Interdisciplinares de Vivência – EIVs, entendendo que precisamos avançar no método do Instituto de Educação Josué de Castro e nas demais questões que envolvem atualidade da construção dos EIVs, como por exemplo, as políticas de financiamento via PROEXT, a fim de construir sistematizações que nos auxiliem nos desafios atuais desta temática. Para isto devemos construir uma ferramenta de comunicação entre as diversas entidades do ME e demais movimentos sociais que estão envolvidos na construção do EIV, a fim de acumular para a possível realização desse espaço avaliativo. 11. Os NTPs de Juventude, Valores, Raça e Etnia e o de Genero e Sexualidade elaborarão uma nota da FEAB em repúdio a Marco Feliciano, compreendendo a relevância da Comissão de direitos Humanos, que está sendo representada por um dogma. 12. Orientamos nossa militância a acompanhar as turmas de PRONERA e fomentar a disputa do PRONACAMPO, a fim de disputar os recursos deste, além de pautar o debate de descriminalização das turmas do PRONERA, formulando um material da federação que subsidie o debate e o trabalho de base nas universidades (NTP Educação e Pelotas). 13. A FEAB (Itapina) deve escrever uma nota de Repúdio a Renan Calheiros, pelo fato do mesmo estar envolvido em diversos casos de corrupção e assim estar atacando os direitos da população. AGROECOLOGIA Abertura De Ponto – Tamara (CN-FEAB) A criação dos cursos da área de agrárias como a Agronomia, no Brasil, se deu a partir da demanda do Capital de desenvolver e aplicar técnicas para intensificar sua exploração agrícola no país. Dentro deste contexto, a forma capitalista de exploração veio se desenvolvendo e estabelecendo o modelo de produção do Agronegócio, onde foram inseridos os Pacotes Tecnológicos vindos da Revolução Verde junto à aliança dos grandes latifundiários com as transnacionais. O curso de Agronomia hoje está inserido dentro desta lógica, estando a serviço do Agronegócio. Dentro da FEAB historicamente os estudantes vêm travando lutas contra este modelo de exploração e opressão da classe trabalhadora, pautando um modelo de agricultura que se contraponha a este devastador. Hoje é o que compreendemos como Agroecologia, que além de estar pautando outro modelo de produção se coloca como uma ferramenta política que
  • 34. P á g i n a | 34 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” pauta uma transformação social no campo brasileiro, se relacionando com os debates de gênero, raça, geração e classe. Uma das conquistas que conseguimos travando luta dentro de muitas Universidades foi a disciplina de Agroecologia, mas que não consegue mudar a lógica da formação que está posta, pois os cursos continuam a serviço do Agronegócio e a disciplina é lecionada nos últimos semestres do curso não dando real possibilidade de disputar o modelo de formação que queremos desde início do curso. Conseguir avançar nos debates de Agroecologia dentro das Universidades tem sido um desafio constante para a FEAB e se relaciona diretamente com a questão da formação profissional. Hoje conseguimos avançar em algumas ferramentas que possuem potencial para a Federação acumular na pauta. As formas que temos para canalizar a luta da Agroecologia se encontram na organização dos Cursos Regionalizados de Formação em Agroecologia, os Encontros Regionais, a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida, os espaços nacionais de outras organizações que trazem a pauta, as jornadas de Agroecologia, etc. Além disso, precisamos ainda concentrar esforços na construção e inserção de Grupos de Agroecologia, que podem contribuir para nossa militância e na apropriação das técnicas agroecológicas que não são supridas pela universidade. Viemos acumulando bastante nas construções dos ERAs, que tem conseguido cumprir com o papel de trabalho de base, e os cursos de formação regionalizados, que têm sido importantes para nos instrumentalizar tecnicamente e politicamente. A Campanha Contra os Agrotóxicos se coloca como uma forma de potencializar a luta pela construção da Agroecologia num diálogo direto com a sociedade, onde diversos setores têm se sensibilizado e se preocupado com as questões de saúde e meio ambiente. Mesmo que a gente comece a verificar que o capitalismo vem se apropriando do termo da agroecologia e distorcendo nossas lutas, como é o caso da questão da sustentabilidade e dos próprios alimentos orgânicos, é preciso aproveitar as ferramentas e ocupar os espaços onde possibilite o diálogo direto com o povo e denuncie o agronegócio também. Nesses próximos períodos teremos alguns espaços importantes para a potencialização de nossos acúmulos, trocas e contribuições da bandeira da Agroecologia como:  12ª Jornada de Agroecologia que acontecerá na escola Milton Santos na cidade de Maringá, a data ainda esta em discussão. Esse espaço é um espaço importante para FEAB obter trocas de experiências e acúmulos práticos tendo, onde este ano a Federação terá uma tarefa maior em estar contribuindo com as oficinas;  4º Congresso Latino Americano de Agroecologia que acontecerá de 10 a 12 de setembro de 2013 em Lamolina, Peru;  3º Encontro Nacional de Agroecologia realizado pela ANA será em 2014;  ERAs Norte, Nordeste e Sul, que se configuram num espaço de aproximação dos novos estudantes e onde devemos estar utilizando a ferramenta dos Pré- ERAs para realizar a formação na pauta;
  • 35. P á g i n a | 35 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!”  Cursos Regionalizados de Formação em Agroecologia, que vem se mostrando espaços importantes, pois conseguimos efetivar a aproximação dos MSPs, inserindo camponeses e camponesas nos espaços como CO, CPPs, cursistas e facilitadores, além de proporcionar acúmulo prático para a militância;  Os ENGAs também são espaços de trocas de experiências práticas e políticas importantes para acompanhar as percepções de agroecologia. Leitura das Deliberações do 55º CONEA Debate A militância da FEAB possui ainda uma necessidade em acumular nas técnicas da Agroecologia, não deixando restringir-se apenas aos debates políticos e entendendo a importância de construí-los para acumularmos tecnicamente, podendo assim contribuir para o movimento da agroecologia e para o enfrentamento ideológico também dentro das universidades; É preciso acumular em termos de conteúdo e formulação de materiais sobre a concepção de Agroecologia, diferenciando de agricultura ecológica e agricultura orgânica; É importante que nos encontros regionais existam espaços sobre ME, além dos espaços de apresentação e reunião das organizações, de forma a avançar no acumulo da executiva e na nossa aproximação com os G.As. O GT PNEB do CONEA conseguiu aprofundar no debate da agroecologia pela pluralidade de ideias. No entanto ainda falta que consigamos avançar no debate do que é a agroecologia, para além de apenas usá-la para contrapor o agronegócio, e acumular nas técnicas agroecológicas no sentido de desmistificá-las quanto ultrapassadas; Está claro para a Federação que temos deficiência nas técnicas agroecológicas, mas para além de avançar nelas precisamos cada vez mais nos aproximar dos camponeses e das camponesas a fim de adquirir as experiências dos conhecimentos populares que são historicamente as práticas de agricultura que hoje conhecemos como agroecologia; Encaminhamentos 14. A FEAB orienta as escolas a participarem do Seminário Nacional de Educação em Agroecologia, que será sediado na UFRPE de 3 a 5 de julho deste ano; 15. A FEAB orienta que as escolas estejam compartilhando, através do blog nacional e de outros meios, as experiências de técnicas agroecológicas a fim de construirmos referências para a Federação; 16. Avaliando que temos problemas de inserção nos G.A´s devido as diferentes concepções do papel que deve cumprir estes espaços, orientamos a militância da FEAB a participar e construir estes espaços buscando uma maior aproximação com os mesmos;
  • 36. P á g i n a | 36 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” 17. Entendemos que existem bastantes espaços para nossa intervenção na pauta de agroecologia, como Jornadas, ENAs, ENGAs e CBAs, mas não temos conseguido avançar nestas inserções. Dessa forma, precisamos acumular no sentido de pensar novas formas de intervenções para estes espaços; 18. A FEAB entende que ela por si só não irá suprir todas as demandas de formação profissional nem das técnicas da agroecologia, por isto é importante que nossa militância se insira nos espaços de debate e construção dos PPPs para disputar como será disponibilizada nossa formação pela universidade, colocando o modelo que demandamos; 19. É importante que nossa militância conheça as políticas públicas voltadas para o campo no sentido de usá-las como ferramenta de disputa ideológica nas universidades, ficando a cargo do NTP de Agroecologia e Encontros Regionais o acúmulo deste debate. CIÊNCIA E TECNOLOGIA Abertura De Ponto – Jefferson (CN-FEAB) Leitura do documento escrito pela escola de Cruz das Almas em 2010 repudiando a Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Ciência (ABC) pela crítica feita à campanha contra os transgênicos: As Perguntas Que Não Querem Calar: Ciência Para Quê? E Para Quem? Desde os tempos mais primórdios, a humanidade buscou respostas para tudo, ou seja, o homem desafiou a si mesmo em uma busca incessante por conhecimento. Ao longo das diversas gerações a humanidade vem acumulando uma série de conhecimentos e interpretações sobre o universo e a sociedade, durante essas experiências é que estamos formando o saber cientifico. Porém o que estamos assistindo há muito tempo é uma produção intensa de trabalhos científicos e pesquisas destinadas exclusivamente para interesses de determinados grupos hegemônicos, causando assim uma apropriação da ciência manipulando-a afim de um único objetivo: a “dominação”. Em outras palavras, as práticas cotidianas de usurpação do conhecimento científico estão mais acesas do que nunca. Veja o caso das patentes, por exemplo, que desencadeiam as práticas de biopirataria, principalmente nos países subdesenvolvidos. Através da apropriação intelectual, chamada por dois dos historiadores mais conceituados da contemporaneidade, Robert Darnton (Universidade Harvard) e Peter Burke (Cambridge) de “Privatização do Conhecimento”, é que ocorrem situações como aquela vista na Índia, onde uma empresa estadunidense tentou patentear a obtenção da substância extraída de uma árvore, já que culturalmente muitos indianos utilizam o extrato dessa árvore para escovar os dentes fazendo com que essa empresa tenha baixa nas vendas de creme dental na determinada região. Casos como este se repete aqui no Brasil como a tentativa de patentear o (cupulate) chocolate adquirido do cupuaçu Theobroma grandiflorum. No Brasil o órgão responsável pelo patenteamento é o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), desde que esta instituição foi criada em 1983 já foram
  • 37. P á g i n a | 37 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” requisitadas patentes de plantas ornamentais, de cultivos alimentares, microrganismos (animais e plantas) e nos últimos tempos o material genético humano. O pior é que aqui no Brasil em torno de 70% das patentes registradas são solicitadas por estrangeiros, o que significa dizer que o país precisa pagar royalties por 20 anos em média, por produtos obtidos aqui em nosso próprio território. Diante de tudo aqui exposto podemos observar que o conhecimento científico esta sendo drasticamente direcionado para os grandes donos de capital que são as corporações multinacionais, fazendo com que diversas nações tenham acesso negado a cultivos alimentares e medicamentos historicamente usados por seus povos. É importante salientarmos também os impactos causados por práticas de Privatização do Conhecimento, que fazem com que 85% do alimento consumido no planeta provenham diretamente ou indiretamente, de apenas 20 tipos de plantas e dois terços de apenas quatro fontes de carboidratos: milho, trigo, arroz e batata. Os impactos também ocorrem na medicina onde se usa 119 substâncias químicas, extraídas de menos de 90 plantas para fabricar medicamentos - imaginem quantas substâncias poderiam ser encontradas nas mais de 250 mil plantas ainda não estudadas. Um fato importante a ser observado também são as diversas práticas biotecnológicas que vem sendo aplicadas a exemplo dos transgênicos, que em maior parte são desenvolvidos por multinacionais que definitivamente carregam extremos interesses pelo lucro dos seus investidores, sem o menor comprometimento com o bem estar da humanidade e das outras formas de vida. Práticas como essas também são vistas nas parcerias público-privadas, onde tanto universidades, quanto demais instituições de pesquisa do setor público, acabam por atenderem pesquisas fomentadas pelas transnacionais que por sua vez ofertam bolsas de iniciação cientifica e estágios para os estudantes e em alguns casos estas empresas até subsidiam ganhos financeiros extras para os professores, quebrando assim com a isonomia salarial, fazendo com que as universidades públicas sejam subordinadas ao capital, desviando-se assim do seu papel original de instituição séria e comprometida com o povo. Tendo em vista que estas instituições são fundamentais na formação crítica dos cidadãos de nosso país, é dela que esperamos geração de conhecimentos que venham beneficiar a sociedade como um todo e atender suas necessidades. No entanto, o que presenciamos em diversas universidades é um direcionamento para o atendimento das demandas do setor privado que por sua vez interfere diretamente nos cursos de graduação e programas de pós-graduação públicos, sejam nos componentes curriculares, ou até mesmo na escolha dos cursos que irão ser ofertados por estas instituições. Assim, repudiamos a posição tomada pela SBPC e ABC (Associação Brasileira de Ciência) quando defenderam a CTNBio e criticaram a campanha feita contra os transgênicos no Brasil, pois é de enorme importância tomarmos cuidado com qualquer concessão que possa beneficiar as multinacionais, para que não ocorra aqui o que vimos na Costa Rica onde o INBio (Instituto Nacional de Biodiversidade) celebrou acordo de bioprospecção com a multinacional Merck fornecendo para esta 10 mil amostras de solos, plantas e animais costa-riquenhos em troca de um valor equivalente a 1 milhão de dólares, sendo que deste valor 10% foi repassado para o Ministério do
  • 38. P á g i n a | 38 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Meio Ambiente da Costa Rica e o restante foi aplicado em laboratórios e transferência de tecnologia para as universidades do país e treinamento de pesquisadores nos EUA. Então o que esperamos da SBPC, apenas, é que cumpra com seus objetivos; “pela manutenção de elevado padrão de ética entre os cientistas e em suas relações com a sociedade e lutar pela efetiva participação da SBPC tomando posição em questões de política científica, educacional e cultural e programas de desenvolvimento científico e tecnológico que atendam aos reais interesses do país”, conforme estabelecido em seu estatuto. Assinaram essa carta: ECOCENTRO, AGROVIDA, GEHARA, FEAB, DAEF, DALA... Leitura Das Deliberações Do 55º CONEA Debate A realidade das universidades reflete o despreparo de professores em trabalhar pesquisas aplicáveis ao campo e que estão focadas somente na técnica, sendo produzidos trabalhos que acabam sendo engavetados por falta de utilidade. Nesse sentido, deve se fortalecer o debate do desenvolvimento de ciência e tecnologias voltadas para o campo. É necessário quebrar o paradigma de que o professor é o senhor do conhecimento e ter a convicção de que temos a contribuir, entender essa relação como uma troca mútua. Os recursos naturais tem representado um papel importante dentro das pesquisas nacionais, ocorrendo uma expropriação destes para outros países. É importante fazermos o debate sobre a importância desses recursos na contribuição para o desenvolvimento interno do país. Encaminhamentos 20. A militância da FEAB precisa acumular mais e formular sobre a temática dos transgênicos, ressaltando que essa não é a tecnologia ideal para substituir o uso dos agrotóxicos e fazer um contraponto aos alimentos transgênicos que vem sendo liberados no Brasil, como o feijão transgênico, aprovado recentemente. 21. E necessário retomarmos a discussão sobre o Hidronegócio e a Mineração nos espaços da Federação. 22. A FEAB Florianópolis fará uma nota de repúdio Projeto de Lei 2.177: Código Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, que tem como interesse privatizar o conhecimento. 23. A FEAB orienta que as escolas pautem no movimento estudantil o acompanhamento e análise crítica as ações dos Núcleos de Inovação Tecnológicas (NIT) nas suas Universidades, tendo em vista que o NIT pode ser utilizado para implementar o Projeto de Lei 2177, inclusive se apropriando das empresas juniores e as incubadoras tecnológicas. EDUCAÇÃO (FORMAÇÃO PROFISSIONAL) Abertura De Ponto – Belau (CN-FEAB)
  • 39. P á g i n a | 39 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” Quando falamos da nossa educação, nos espaços da FEAB estamos fazendo um link muito estreito com o debate da Formação Profissional que temos na academia, e nossa tática é lutar para mudar esse cenário, nos aliando com outras organizações do Movimento Estudantil, MSPs e Sindicatos. Nosso modelo de educação reproduz um processo de formação nada participativo, onde não há construção do conhecimento, e sim repasse de informações, o que reflete num profissional que não é formado dentro do contexto histórico, social, econômico e político que vivemos o que acaba por formar um profissional que não contribui com a transformação da realidade concreta, em que está inserido. Esta forma de ensino-aprendizagem, baseada majoritariamente na pesquisa mercadológica, não dialoga com os problemas que afligem a classe trabalhadora no seu dia-a-dia, em particular, no caso da Agronomia, a Questão Agrária. A última cartilha da FEAB, sobre formação profissional, fazemos um resgate histórico da formação do (a) Profissional da Agronomia, onde temos claro que toda formação colocada/pensada, é para atender as demandas do Capital no Campo, visando atender o mercado de exportação. Durante todas as etapas do processo de construção do Ensino Superior Agrícola no Brasil, o currículo sempre foi para atender a demanda dos exploradores, desde o Brasil escravocrata até o da Engenharia Genética. Já sabemos que os/as profissionais foram, e continuam sendo, formados para atender a demanda do mercado de trabalho, e é nesse sentido que precisamos exigir que o suposto tripé da Universidade (Ensino-Pesquisa-Extensão) funcione. E para tal, precisamos pautar uma Extensão Universitária que dialogue pra além dos muros da universidade, para compreendermos a realidade contraditória em que estamos inseridos. Para balizarmos nossa atuação, estamos encampando a campanha “Sem prática não dá: Extensão nos currículos já! Por um (a) agrônomo (a) com consciência social e ecológica.”, sendo esta o inicio de um dialogo, no qual precisamos pensar e aprofundar numa melhor forma de incidir, assim como o método que vamos utilizar, para conseguir vitórias reais e concretas. Nesse sentido acredito que o Seminário Nacional de Formação Profissional poderá contribuir para que possamos avançar nessa luta. Contribuição do NTP de Educação – Fortaleza/CE O NTP de Educação está na gestão do C.A. e tem representante no Colegiado do Curso. Com isso temos buscado nos inserir nos espaços da Universidade, acompanhando as discussões acerca do Projeto Político Pedagógico (PPP). Os estudantes da UFC, que eram os maiores prejudicados nesta questão, não estavam fazendo o devido enfrentamento necessário para reverter essa problemática situação, nesse sentido foi construída uma Semana Acadêmica de Agronomia, que iniciou o debate acerca da Formação Profissional, com presença da CR5 e CN, possibilitando reverter este quadro. Hoje a estudantada já criou um Observatório para estudar de forma mais profunda o PPP do curso. A Semana Acadêmica também permitiu uma articulação com a categoria (CREA, AEACE e SENGE), refletindo hoje num Fórum Estadual que vem discutindo a Agronomia no estado do Ceará. Com todo o acúmulo
  • 40. P á g i n a | 40 Coordenação Nacional - Gestão 2012/2013 Cruz das Almas/BA – UFRB “A única luta que se perde é aquela que se abandona: Aquilombada Resisto!” que a escola vem tendo, pretende-se elaborar um documento de contribuição para o Seminário Nacional de Formação Profissional. Leitura das Deliberações do 55º CONEA Debate Em virtude das dificuldades de discutir formação profissional no ultimo CONEA, ressaltamos que precisamos acumular nesta bandeira; Precisamos analisar quem são os sujeitos da Agronomia que temos na Universidade (cotista, bolsista do Pró-Uni, REUNI), para podermos balizar nossa atuação a partir daí. Encaminhamento 24. Precisamos analisar detalhadamente como estão os Projetos Políticos Pedagógicos nas Universidades, de modo a subsidiarmo-nos na construção do nosso próprio Projeto baseando-se nas particularidades de cada região, não sendo um Projeto padrão. O NTP de Educação deve aprofundar junto com o NTP de História & Comunicação, sobre as diversas experiências; 25. A partir da discussão de Formação Profissional, precisamos disputar a transformação deste modelo e fazer trabalho de base. Realizar debates mais amplos de educação sobre as universidades, a exemplo da Jornada de Lutas; 26. O NTP de Educação se propõe a acumular sobre o PROUNI, visando analisar a mercantilização da educação através do Programa; 27. A FEAB indica a militância a acumular na PL que coloca a Assistência Técnica e Extensão Rural para ser cotizada pelo Fundo de Assistência Social; 28. A FEAB Pelotas irá aprofundar no debate de sequenciamento do Programa de Reforma Universitária e trará uma contribuição para o próximo CONEA; 29. As escolas da FEAB devem estimular o debate acerca da Formação Profissional do/da Agrônomo/a dentro de suas universidades, a fim de mobilizar os estudantes da nossa base sobre o assunto e também com o intuito de contribuir com o Seminário de Formação Profissional. JUVENTUDE, VALORES, CULTURA, RAÇA & ETNIA. Abertura de Ponto – Santiago (CN-FEAB) Nosso Movimento Social, o Movimento Estudantil, é majoritariamente formado pela Juventude, como deliberado no último CONEA, Juventude essa que sofre com esse sistema que transforma nossa humanidade em mercadoria, nos atacando com a indústria da beleza e o padrão consumista. Apenas 15% da juventude tem acesso à universidade, sendo que somente 3% deste total estão na universidade pública. Os outros 85% da Juventude estão nas periferias, ou vítimas do sistema penal/carcerário, que vai identificar como sujeito marginal e que deve ser visto como criminoso o Jovem Negro da Periferia. A Juventude tem grandes desafios na luta de classes. Estamos passando por um processo de refluxo das lutas dos diversos MSPs, o que não é diferente nos