1. TUBOS DE EXTENSÃO
Os tubos de extensão são tubos montados entre o corpo da câmera e a lente
de forma que aumente a distância mínima de foco da lente fazendo que a lente
focalize objetos bem perto da objetiva. Como eles não têm elementos óticos
em sua construção não há grandes perdas na qualidade de imagem, mas
provocam alteração na exposição. Nas câmeras reflex com fotômetro embutido
não há problema no ajuste na exposição. Nas outras câmeras devemos
calcular a diferença por meio de teste.
Existem tubos de vários tamanhos. A aproximação que se pode ter depende
de seu comprimento. Com uma câmera de 35 mm um tubo de 10 mm focaliza
com uma objetiva de 50 mm até uma distância de 25 cm do objeto. Podem-se
usar vários tubos ao mesmo tempo para aumentar a aproximação. Um tubo de
50 mm com uma lente de 50 mm produzem uma imagem de tamanho natural
sobre o filme.
Tubos manuais: são tubos que não possuem conexão entre o mecanismo da
máquina e da lente sendo que devemos ajustar a abertura da câmera
manualmente. O inconveniente é que o visor fica escuro para ajustar o foco.
Tubos automáticos: são tubos que possuem conexão interna entre o corpo da
câmera e a lente. A câmera continua funcionando a função de velocidade
automática. Tubos helicoidais: Substitui o jogo de vários tubos por um com
comprimento ajustável. Aqui no Brasil somente é encontrado à venda o tubo
automático.
Pelo motivo de que os tubos de extensão aumentam a distância entre a
objetiva e a câmera, exige que se aumente o tempo de exposição. Uma
objetiva de 50 mm, montada com um tubo de extensão de 50 mm exige que
aumente a exposição em quatro vezes. (2 pontos de abertura ou 2 pontos de
2. velocidade a menos. Uma objetiva de 50 mm com um tubo de 50 mm dá uma
escala de reprodução de 1:1. Uma objetiva de 200 mm com um tubo de 50 mm
equivale a um tubo de 12,5mm numa lente de 50 mm.
FOLES
Os foles funcionam como tubos de extensão, só que podem aumentar uma
imagem muito mais por seres mais longos. Alguns tubos possuem a parte
frontal móvel podendo assim ajustar também a perspectiva. Um fole custa por
volta de US$200,00 dólares, mas é muito difícil encontrar foles à venda no
Brasil. O fole funciona com uma parte frontal onde é colocada a lente e uma
parte traseira que é encaixada no corpo da câmera. As duas peças correm por
um trilho e para vedar contra a entrada de luz as duas peças são emendadas
por uma sanfona de cor preta. O afastamento entre a objetiva e o corpo da
câmera usando tubos de extensão tem um limite, caso a distância entre o
corpo da câmera e o filme for maior que 10 cm. Seriam necessários muitos
tubos que ainda seriam insuficientes para fotografar objetos muitos pequenos.
Além disso, o ajuste do fole é continuo.
É possível utilizar várias opções de lentes:
Grandes angulares - lentes de 28 ou 35 mm com abertura f.2.8 são boas
quando é necessário aumentar muito a imagem devido à grande profundidade
de campo. Convém usar anéis de reversão.
Normais de 50 mm- caso sejam mais luminosas que f2, provavelmente não
dão bons resultados, em qualquer abertura. Objetivas com abertura máxima f2
não servem para aumentos maiores que 1:1. O ideal são objetivas de f2.8.
Objetivas macro de 50-55 mm. - são muito boas, pois foram projetadas
especialmente para focalizar objetos próximos.
Teles de 85-135 mm - as melhores são as de 85 mm f2. 8 pois a construção é
parecida com a lente normal, a vantagem é a maior distância do motivo.
Macro de 100 mm - funcionam muito bem e mantém uma distância adequada.
3. Teles acima de 200 mm - não servem devido ao pequeno aumento e a
pequena profundidade de campo.
Objetivas zoom com macro - a imagem nas bordas não é tão boa como nas
lentes fixas.
Com um fole a abertura efetiva da objetiva se altera. Caso o aumento seja 2:1
(a imagem do negativo tem o dobro do tamanho do objeto uma abertura f16
representa efetivamente f64 devido a grande distancia entre a objetiva e o
filme. Se o filme usado for de 64 ASA, a exposição correta, com sol brilhante é
de ? ou ? segundo. Com objetiva macro, a melhor nesse gênero de trabalho o
melhor é trabalhar com diafragma f32 o que dá f128 num aumento de 2:1. É
necessário usar um tripé pesado e bom pois a menor vibração com tamanha
ampliação faz com que a fotografia saia tremida. Também devido aos altos
tempos de exposição necessário. Para acertar a exposição é aconselhável um
bom fotômetro de mão e vários testes para achar a exposição correta. Sempre
use cabo disparador. Quanto maior o aumento menor a profundidade de
campo. Esta deve ser verificada antes de bater a foto apertando o botão de
fechamento de diafragma. Muitos foles não permitem o funcionamento do
mecanismo de fechamento automático do diafragma no momento da
exposição. Em alguns pode-se adaptar um cabo de disparo duplo, um ligado ao
diafragma e outro ao disparador da câmera. Quando o botão é operado, o
primeiro cabo fecha o diafragma e imediatamente depois o obturador é
acionado. Se não puder contar com esses dispositivos, a focalização deve ser
feita na abertura que será usada na foto. Use a menor abertura possível. Com
certas objetivas de 50mm as bordas da imagem aparecerão poucos nítidas,
não adianta fechar o diafragma. O ideal é usar anel de reversão. Os foles não
são construídos para operar manualmente, pois são frágeis e com vários
ajustes. Use-o sempre montado em um bom tripé.
ANÉIS DE REVERSÃO
Servem para inverter a posição da objetiva em relação a câmera. O elemento
traseiro fica voltado para o objeto e o frontal para o corpo da câmera . Nessa
posição, as objetivas ficam mais distantes do filme, funcionando como um
4. dispositivo de aumento. Em geral a imagem tem melhor qualidade quando o
objeto está perto. As lentes entre 25 e 50 mm e as macro tem um bom
desempenho usando anel de reversão, mesmo no fole. Isso porque elas são
projetadas para ter desempenhos melhores quando é pequena a distância
entre a objetiva e o filme. Com o uso de fole essas distâncias se invertem ao
uso de um anel de reversão recoloca a objetiva em sua posição opticamente
melhor. Câmera Yashica Dental Eye III É uma câmera destinada
exclusivamente ao médico e ao dentista que necessita de uma câmera simples
de usar e fabricada especialmente para este uso. É um conjunto composto de
uma câmera Dental Eye que possui uma lente macro 100 mm com iluminação
interna (US$1500,00), um conversor para usar na rede elétrica, uma objetiva
2X para ajudar a focalização (US$90,00), um conjunto de espelhos para ajudar
a fotografar locais de difícil acesso (US$145,00) e um adaptador de tripé. Seu
foco, avanço e rebobinamento de filme são totalmente automáticos. Possui
Databack para registrar os dados de identificação na foto. Como o flash é
montado dentro da lente não é necessário preocupar com problemas de
iluminação.
Renato Ortiz é fotógrafo e professor do Foto Cine Clube Bandeirante -
www.fotoclub.art.br