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A AMEAÇA DE RACIONAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA É MAIS UM
CASO DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL

Fernando Alcoforado*

A ameaça de racionamento de energia elétrica resulta não apenas da falta de chuvas,
mas, sobretudo, da má gestão do setor energético nacional que fizeram o Brasil chegar a
uma situação crítica no setor elétrico. O desabastecimento de energia elétrica se soma ao
provável desabastecimento de combustíveis (gasolina, álcool e gás natural) que foi
abordado em nosso artigo neste blog sob o título Desabastecimento de combustíveis -
sinal de incompetência gerencial e falta de planejamento eficaz do governo federal no
setor petrolífero (Ver o site <http://fernando.alcoforado.zip.net>). O racionamento de
energia elétrica pode resultar, de um lado, da elevação da demanda de eletricidade e, de
outro, da insuficiência da produção pelas hidrelétricas que estão gerando menos energia
do que são capazes, porque há pouca água disponível em seus reservatórios, e as
termelétricas estarem operando à plena capacidade.

O racionamento de energia elétrica tende a ser inevitável porque os reservatórios das
usinas hidrelétricas do Brasil estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas
29,8% do total. A previsão do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os
próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores. Para
evitar o racionamento, todas as termelétricas do País foram ligadas e estão operando a
plena capacidade a um custo bastante elevado. Atualmente, 20% da energia gerada no
Brasil são oriundos das usinas térmicas. Essas usinas são movidas a gás, carvão ou óleo
diesel ou combustível, sendo o gás o insumo mais barato e mais limpo. O Brasil importa
gás natural da Bolívia, além de gás liquefeito de outros países, que suprem a demanda
industrial, comercial, residencial e a produção de energia termelétrica. Qualquer
aumento de demanda de gás natural pelas usinas térmicas pode levar ao
desabastecimento dos setores industrial, comercial e residencial afetando, em
consequência, a economia nacional.

A questão do racionamento de energia elétrica é apenas um entre inúmeros casos de
incompetência gerencial e falta de planejamento eficaz do governo federal que se
caracteriza há anos pela improvisação. O planejamento eficaz é aquele que é
desenvolvido com vários anos de antecedência e baseado em estudos técnicos e
econômicos. A gestão competente tem que ser baseada no planejamento de longo prazo
e com visão sistêmica. O planejamento energético de longo prazo no Brasil, por
exemplo, ainda não considera os potenciais impactos das mudanças climáticas no
sistema energético brasileiro. Portanto, sem a cultura do planejamento e a não utilização
de profissionais competentes nas ações do governo federal, o resultado só poderia ser o
que vem se registrando no setor elétrico sujeito a “apagões” que se multiplicam e à
ameaça de racionamento de eletricidade. Não se poderia esperar outro resultado para a
infraestrutura de energia do Brasil porque este setor é comandado por um liderado do
senador José Sarney, o ministro Edson Lobão, que é leigo no assunto.

O setor de energia no Brasil é largamente baseado no uso de fontes renováveis. Em
2007, as usinas hidrelétricas respondiam por 85,6% da geração de energia elétrica no
País. Além disso, a bioenergia está se tornando cada vez mais importante, tanto para a
geração de eletricidade como para a produção de biocombustíveis líquidos. A
disponibilidade e a confiabilidade de tais fontes renováveis, porém, dependem de

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condições climáticas. O sistema brasileiro de energia é, portanto, altamente vulnerável
às mudanças climáticas. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa
de Engenharia (Coppe) acaba de finalizar o estudo “Mudanças climáticas e segurança
energética no Brasil”, desenvolvido com o apoio da Embaixada do Reino Unido. Coube
a professores e pesquisadores do Programa de Planejamento Energético da Coppe
iniciar a investigação das possíveis vulnerabilidades do setor brasileiro de energia aos
efeitos         da         mudança          climática        (Ver          o         site
http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/~rmclima/pdfs/destaques/CLIMA_E_SEGURA
NCA-EnERGETICA_FINAL.pdf).

Neste estudo da Coppe, ficou evidenciado que é preciso projetar no Brasil o impacto
sobre as vazões de cada usina do sistema interligado do regime de chuvas na geração de
energia hidrelétrica. O ciclo hidrológico de um rio é um fenômeno global de circulação
fechada da água entre a superfície do planeta e a atmosfera. A água proveniente da
precipitação que atinge o solo está sujeita a infiltração, percolação e evaporação. A
porção que não se infiltra, não evapora e nem é capturada pela vegetação é drenada para
os cursos d’água, resultando na vazão usada para a geração de eletricidade. O estudo da
relação entre a precipitação pluviométrica e as vazões é probabilístico sendo bastante
complexo porque requer grande quantidade de dados e amplo levantamento das
características individuais de cada bacia fluvial. Um levantamento tão detalhado levaria
tempo excessivamente longo, pois somente o Sistema Interligado Nacional (SIN) tem
nada menos que 148 hidrelétricas. A dificuldade consiste em examinar a relação entre
precipitação pluviométrica e vazão fluvial para calcular com precisão quanto a chuva
contribui para a vazão em cada reservatório. No Brasil, o estudo desta relação se limita
às bacias dos rios Paraná, Paranaíba e Iguaçu.

O estudo da Coppe propõe medidas para aumentar o uso racional e a eficiência
energética, expandir a oferta de eletricidade por meio do uso de combustíveis
alternativos como resíduos sólidos urbanos e bagaço de cana; e para a gestão da
demanda e o aumento da oferta de biocombustíveis, sobretudo do biodiesel. São
também apontadas as lacunas no conhecimento dos formuladores do planejamento
energético do Brasil, que aumentam a vulnerabilidade do setor energético diante das
mudanças climáticas e que precisam ser preenchidas por novos estudos e pesquisas,
para garantir a segurança energética do país. Este estudo identificou limitações na
disponibilidade de dados sobre clima e nas ferramentas de modelagem utilizadas no
setor elétrico para a realização de simulações e projeções. Essas limitações e as
incertezas inerentes às mudanças climáticas recomendam a formulação de estratégias de
pesquisa específicas para o setor, tais como, o aperfeiçoamento e aumento da
disponibilidade das bases de dados históricos de chuvas, o desenvolvimento de modelos
para o setor de energia capazes de levar em conta os cenários de mudança climática, de
modo a aumentar a confiabilidade dos resultados das simulações realizadas.

Além das lacunas de conhecimento técnico, conforme aponta o estudo da Coppe, que
impedem os formuladores do planejamento energético do Brasil de fazerem frente às
incertezas associadas ao clima e evitar o esvaziamento dos reservatórios das
hidrelétricas, constata-se também a incompetência na gestão do sistema elétrico em seu
planejamento e na sua operação como principais causas da ameaça de racionamento de
energia elétrica. O governo federal não traçou um plano alternativo para a hipótese de
queda na produção hidrelétrica. Este plano alternativo deveria considerar o uso da
energia eólica que dispõe de um potencial de 143,5 GW, equivalente à potência

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hidrelétrica instalada no País, a utilização do grande potencial de energia solar existente
no Brasil através de painéis fotovoltaicos, que deveriam ser amplamente disseminados
em comunidades isoladas na zona rural onde o custo do suprimento de eletricidade em
rede é mais elevado e, também, de painéis termossolares que deveriam ser utilizados no
aquecimento de água em domicílios, hospitais, hotéis, etc. nas cidades, o uso de
resíduos urbanos que poderiam abastecer 30% da demanda de eletricidade do Brasil e
da biomassa estimada em 10 TWh/ano (10 mil GWh/ano), bem como a adoção de
políticas de economia de energia que poderia alcançar 413 TWh/ano (413 mil GWh).

*Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional
pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico,
planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000),
Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento
(Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos
Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the
Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe
Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e
combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e
Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre
outros.




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Ameaça de racionamento e incompetência do governo

  • 1. A AMEAÇA DE RACIONAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA É MAIS UM CASO DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL Fernando Alcoforado* A ameaça de racionamento de energia elétrica resulta não apenas da falta de chuvas, mas, sobretudo, da má gestão do setor energético nacional que fizeram o Brasil chegar a uma situação crítica no setor elétrico. O desabastecimento de energia elétrica se soma ao provável desabastecimento de combustíveis (gasolina, álcool e gás natural) que foi abordado em nosso artigo neste blog sob o título Desabastecimento de combustíveis - sinal de incompetência gerencial e falta de planejamento eficaz do governo federal no setor petrolífero (Ver o site <http://fernando.alcoforado.zip.net>). O racionamento de energia elétrica pode resultar, de um lado, da elevação da demanda de eletricidade e, de outro, da insuficiência da produção pelas hidrelétricas que estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível em seus reservatórios, e as termelétricas estarem operando à plena capacidade. O racionamento de energia elétrica tende a ser inevitável porque os reservatórios das usinas hidrelétricas do Brasil estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas 29,8% do total. A previsão do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores. Para evitar o racionamento, todas as termelétricas do País foram ligadas e estão operando a plena capacidade a um custo bastante elevado. Atualmente, 20% da energia gerada no Brasil são oriundos das usinas térmicas. Essas usinas são movidas a gás, carvão ou óleo diesel ou combustível, sendo o gás o insumo mais barato e mais limpo. O Brasil importa gás natural da Bolívia, além de gás liquefeito de outros países, que suprem a demanda industrial, comercial, residencial e a produção de energia termelétrica. Qualquer aumento de demanda de gás natural pelas usinas térmicas pode levar ao desabastecimento dos setores industrial, comercial e residencial afetando, em consequência, a economia nacional. A questão do racionamento de energia elétrica é apenas um entre inúmeros casos de incompetência gerencial e falta de planejamento eficaz do governo federal que se caracteriza há anos pela improvisação. O planejamento eficaz é aquele que é desenvolvido com vários anos de antecedência e baseado em estudos técnicos e econômicos. A gestão competente tem que ser baseada no planejamento de longo prazo e com visão sistêmica. O planejamento energético de longo prazo no Brasil, por exemplo, ainda não considera os potenciais impactos das mudanças climáticas no sistema energético brasileiro. Portanto, sem a cultura do planejamento e a não utilização de profissionais competentes nas ações do governo federal, o resultado só poderia ser o que vem se registrando no setor elétrico sujeito a “apagões” que se multiplicam e à ameaça de racionamento de eletricidade. Não se poderia esperar outro resultado para a infraestrutura de energia do Brasil porque este setor é comandado por um liderado do senador José Sarney, o ministro Edson Lobão, que é leigo no assunto. O setor de energia no Brasil é largamente baseado no uso de fontes renováveis. Em 2007, as usinas hidrelétricas respondiam por 85,6% da geração de energia elétrica no País. Além disso, a bioenergia está se tornando cada vez mais importante, tanto para a geração de eletricidade como para a produção de biocombustíveis líquidos. A disponibilidade e a confiabilidade de tais fontes renováveis, porém, dependem de 1
  • 2. condições climáticas. O sistema brasileiro de energia é, portanto, altamente vulnerável às mudanças climáticas. O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) acaba de finalizar o estudo “Mudanças climáticas e segurança energética no Brasil”, desenvolvido com o apoio da Embaixada do Reino Unido. Coube a professores e pesquisadores do Programa de Planejamento Energético da Coppe iniciar a investigação das possíveis vulnerabilidades do setor brasileiro de energia aos efeitos da mudança climática (Ver o site http://mudancasclimaticas.cptec.inpe.br/~rmclima/pdfs/destaques/CLIMA_E_SEGURA NCA-EnERGETICA_FINAL.pdf). Neste estudo da Coppe, ficou evidenciado que é preciso projetar no Brasil o impacto sobre as vazões de cada usina do sistema interligado do regime de chuvas na geração de energia hidrelétrica. O ciclo hidrológico de um rio é um fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície do planeta e a atmosfera. A água proveniente da precipitação que atinge o solo está sujeita a infiltração, percolação e evaporação. A porção que não se infiltra, não evapora e nem é capturada pela vegetação é drenada para os cursos d’água, resultando na vazão usada para a geração de eletricidade. O estudo da relação entre a precipitação pluviométrica e as vazões é probabilístico sendo bastante complexo porque requer grande quantidade de dados e amplo levantamento das características individuais de cada bacia fluvial. Um levantamento tão detalhado levaria tempo excessivamente longo, pois somente o Sistema Interligado Nacional (SIN) tem nada menos que 148 hidrelétricas. A dificuldade consiste em examinar a relação entre precipitação pluviométrica e vazão fluvial para calcular com precisão quanto a chuva contribui para a vazão em cada reservatório. No Brasil, o estudo desta relação se limita às bacias dos rios Paraná, Paranaíba e Iguaçu. O estudo da Coppe propõe medidas para aumentar o uso racional e a eficiência energética, expandir a oferta de eletricidade por meio do uso de combustíveis alternativos como resíduos sólidos urbanos e bagaço de cana; e para a gestão da demanda e o aumento da oferta de biocombustíveis, sobretudo do biodiesel. São também apontadas as lacunas no conhecimento dos formuladores do planejamento energético do Brasil, que aumentam a vulnerabilidade do setor energético diante das mudanças climáticas e que precisam ser preenchidas por novos estudos e pesquisas, para garantir a segurança energética do país. Este estudo identificou limitações na disponibilidade de dados sobre clima e nas ferramentas de modelagem utilizadas no setor elétrico para a realização de simulações e projeções. Essas limitações e as incertezas inerentes às mudanças climáticas recomendam a formulação de estratégias de pesquisa específicas para o setor, tais como, o aperfeiçoamento e aumento da disponibilidade das bases de dados históricos de chuvas, o desenvolvimento de modelos para o setor de energia capazes de levar em conta os cenários de mudança climática, de modo a aumentar a confiabilidade dos resultados das simulações realizadas. Além das lacunas de conhecimento técnico, conforme aponta o estudo da Coppe, que impedem os formuladores do planejamento energético do Brasil de fazerem frente às incertezas associadas ao clima e evitar o esvaziamento dos reservatórios das hidrelétricas, constata-se também a incompetência na gestão do sistema elétrico em seu planejamento e na sua operação como principais causas da ameaça de racionamento de energia elétrica. O governo federal não traçou um plano alternativo para a hipótese de queda na produção hidrelétrica. Este plano alternativo deveria considerar o uso da energia eólica que dispõe de um potencial de 143,5 GW, equivalente à potência 2
  • 3. hidrelétrica instalada no País, a utilização do grande potencial de energia solar existente no Brasil através de painéis fotovoltaicos, que deveriam ser amplamente disseminados em comunidades isoladas na zona rural onde o custo do suprimento de eletricidade em rede é mais elevado e, também, de painéis termossolares que deveriam ser utilizados no aquecimento de água em domicílios, hospitais, hotéis, etc. nas cidades, o uso de resíduos urbanos que poderiam abastecer 30% da demanda de eletricidade do Brasil e da biomassa estimada em 10 TWh/ano (10 mil GWh/ano), bem como a adoção de políticas de economia de energia que poderia alcançar 413 TWh/ano (413 mil GWh). *Fernando Alcoforado, 73, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros. 3