3. Enviado em cumprimento à promessa divina
Após a queda do homem Deus toma a iniciativa de ajudar o
homem. Tendo infringido a ordem divina que proibia o homem
de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Apesar da gravidade desse ato de desobediência, Deus se
inclinou por ajudá-lo, prometendo um Redentor vindouro (Gn
3.15).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
4. A humanização de Jesus se constitui num grande milagre na
Bíblia, Jesus, o verdadeiro e eterno Deus (1Jo 5.20). “Aniquilou-
se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens” (Fp 2.7). Era o verbo eterno assumindo
carne humana (Jo 1.14; 1Tm 3.16). Este milagre foi possível
devido à ação soberana do Espírito Santo no ventre de Maria (Lc
3.15).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
6. A ordem missionária de Jesus
A quem foi dada a ordem missionária?
A Grande Comissão de Jesus não foi dada aos líderes religiosos
de Israel, tampouco aos membros do Sinédrio de Jerusalém, etc.
A ordem missionária foi dada aos discípulos. No momento da
ascensão de Jesus, os discípulos com Ele reunidos,
representavam a Igreja na sua vocação e missão no mundo.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
7. A ordem missionária foi dada a Igreja hodierna. A Igreja de hoje
está ligada à Igreja primitiva, não apenas por suas raízes
históricas. Esta se identifica com aquela na responsabilidade de
evangelizar os povos em todas as nações. Por isto, os seus
membros devem ser treinados para serem testemunhas de Jesus
até aos confins da terra (At 1.8).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
8. O conteúdo da ordem missionária
Obediência Inquestionável A primeira palavra da ordem
missionária de Jesus é “ide”. Esta palavra é um verbo no modo
imperativo, exigindo uma ação decisiva. Apesar disto, muitas
vezes o trabalho de evangelização não vai além de projetos e de
planejamento. Ainda se repete em nossos dias aquilo que
Débora, no seu cântico sobre os reis de Canaã, falou sobre a
tribo de Rubem.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
9. Ela disse: “Nas correntes de Rubem foram grandes as resoluções
do coração ... Porque ficaste tu entre os currais? ... Nas divisões
de Rubem tiveram grandes esquadrinhações do coração” (Jz
5.15,16). Rubem não fez como a tribo de Zebulom, que “expôs a
sua vida à morte” (Jz 5.18). Ela ficou no meio dos currais com
grandes planos e projetos. Jesus não convidou os discípulos para
somente fazerem planos e projetos. Ele os mandou ir ao campo,
que é o mundo.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
10. “Ensinando as nações”
A palavra “ensinando” vem da palavra grega “matheteuo” o que
significa “fazer discípulos”. Neste sentido ele só aparece, aqui e
em Atos 14.21. Jesus disse, conforme Marcos 16.15 – “Ide por
todo o mundo e pregai o evangelho”.
É pelo poder do evangelho que os homens são transformados
em discípulos de Jesus (Rm 1.16). A Palavra da cruz tem poder
(1Co 1.23,24; 2.1-4).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
11. Até aos Confins da Terra
Jesus disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a
criatura” (Mc 16.15). Conforme Lucas, Ele também disse que eles
pregassem a todas as nações, começando por Jerusalém (Lc
24.47; At 1.8). Para Deus o mais importante é que todos os
homens venham ao conhecimento da verdade (1Tm 2.4),
estejam eles perto ou longe.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
12. Se cada crente hoje obedecesse à ordem missionária de Jesus, e
se cada Igreja estivesse disposta a ouvir Deus falar e a obedecer-
lhe (Mt 13.1-4), enviando aqueles que Deus chamou para
anunciar a sua Palavra, então o mundo inteiro receberia a
Palavra salvadora.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
13. “Batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”
Como se vê, o batismo em água fazia parte da ordem missionária
de Jesus. Os salvos devem, pelo batismo, unir-se à Igreja. Os
apóstolos praticavam esta ordem. Deste modo “foram batizados
os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia
agregaram-se quase três mil almas” (At 2.41-47).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
14. “Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado”
A palavra “ensinando” aqui usada vem da palavra grega
“didasko” e significa dar instrução. Ensinar aos crentes é uma
ordem de Jesus. Isto nos mostra a grande importância do ensino
(Ef 4.11), mas todos os que evangelizam devem dar também a
sua cooperação neste sentido, como o fez o casal Áquila e
Priscila (At 18.26).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
15. Estes Sinais Seguirão aos que Crerem
O evangelista Marcos na Ordem Missionária, (Mc 16.15-18), se
refere aos maravilhosos sinais que acompanhariam o batismo
com o Espírito Santo, e acerca do qual Jesus havia orientado os
seus discípulos a buscarem (Lc 24:49; At 1.4,5,6). Podemos
então, observar que estes sinais realmente acompanharam a
evangelização levada a efeito pelos apóstolos. Vede At 3.7- 16;
5.12-16; 9.32-35,37-42 etc.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
16. Motivos da obra missionária
A obra missionária significa o privilégio de levar, da parte de
Cristo, a mensagem de reconciliação com Deus aos povos que
vivem além das nossas fronteiras. Jesus entregou esta
incumbência à sua Igreja confiando que ela prontamente
atenderia a sua orientação.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
17. Deus nos considera como seus despenseiros
A Bíblia diz que somos “despenseiros da multiforme graça de
Deus” (1Pe 4.10), e “despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co
4.1). Ele deu à sua Igreja a incumbência de ministrar aquilo que
Deus, pelo evangelho, oferece aos Povos.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
18. Se alguém é nomeado tutor de bens de outro, não pode
beneficiar-se a si mesmo, mas tem obrigação moral de cuidar
que os tutelados venham a receber a sua parte integral. Deus
espera que os seus despenseiros sejam fiéis (1Co 4.2),
irrepreensíveis (Tt 1.7), e bons (1Pe 4.10).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
19. A grande responsabilidade dada aos crentes
A grande responsabilidade que pesa sobre os crentes
conscientes da situação dos perdidos é deveras real. O fato que
está registrado em At 16.6 ocorreu por ocasião da segunda
viagem missionária de Paulo.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
20. Depois de ter fundado várias Igrejas e visitado outras, Paulo
regressou à Jerusalém onde foi tratar de assuntos referentes à
obra do Senhor. Pretendendo partir para uma segunda viagem
missionária, era seu propósito visitar as Igrejas já fundadas e
levar palavras de estímulo e confiança aos crentes.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
21. Mas o plano de Deus era bem outro, e por essa razão os planos
de Paulo foram modificados. Paulo, nessa viagem, foi despertado
por uma visão na qual ele viu um homem da Macedônia
clamando: “Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9).
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
22. Este homem representava as multidões que viviam na Europa,
inteiramente dominadas pelo mais cruel paganismo. Quando
Paulo o viu, concluiu que Deus o havia chamado para anunciar
àqueles povos a palavra (At 16.10). Por isto ele logo providenciou
transporte para lá. A atitude de Paulo é mais um belo exemplo
para todos nós. Ele viu o resultado da obediência ao plano
divino.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
23. O maravilhoso resultado do trabalho missionário
Nos Atos lemos como nos rastros da Igreja missionária
levantaram-se muitas Igrejas. Na Ásia Menor lemos a respeito
das Igrejas em Éfeso, Colossos, Filadélfia, Esmirna, Sardes, etc.
Na Europa lemos sobre Tessalônica, Filipos, Corinto etc. Mas
temos exemplos muito mais próximos de nós. No Brasil o
trabalho foi iniciado pela obra missionária. E o trabalho
missionário, realizado pelas Igrejas brasileiras, tem o prazer de
ver como várias Igrejas poderosas foram levantadas.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
24. Métodos do trabalho missionário à luz do Novo Testamento
Os motivos da obra missionária apresentados, devem
impulsionar-nos à ação missionária e não somente fazer-nos
parar em palavras e reuniões. Porque uma ação missionária
somente se torna vitoriosa se for feita na trilha dos métodos
apontados nas Escrituras.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
25. Meditemos sobre os três “canais principais” da ação missionária:
a) O envio de missionários ao campo;
b) a intercessão com cooperação eficiente; e
c) A contribuição para o suporte material da obra.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
26. Qualificações do missionário
A Evangelização de todos os seres humanos é a grande
prioridade, finalidade e a mais sublime tarefa confiada pelo
Senhor à sua Igreja. A ordem imperativa de Jesus.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
27. “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc
16.15), deve ser obedecida na íntegra, pois o desafio atual das
almas ainda não alcançadas pelo Evangelho de Jesus é muito
grande, ou seja, cerca de 46% da população mundial, 2,6 bilhões
de habitantes, ainda não ouviram a palavra de Deus uma única
vez na vida, conforme demonstram as estatísticas atuais.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
28. O Que é transculturação
Vamos nos valer outra vez de Aurélio. Eis o que ele diz:
Transculturação é o “processo de transformação cultural
caracterizado pela influência de elementos de outra cultura, com
a perda ou alteração dos já existentes”.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
29. Aqui fica bem claro, de início, que evangelização transcultural
não é substituir valores de uma cultura por outros de cultura
diferente. O que importa, na evangelização, são os princípios
bíblicos. Estes, sim, podem exercer influência a alterar situações
contrárias à fé cristã.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
30. O que é missão transcultural
O prefixo trans deriva-se do latim e significa “movimento para
além de”, “através de”. Portanto, em linhas gerais, missão
transcultural é um movimento que, pelo caráter universal de sua
mensagem, não se restringe a uma só cultura, mas tem alcance
abrangente, em todos os quadrantes da terra, onde quer que
haja uma etnia que ainda não tenha ouvido o evangelho.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
32. Esta é a visão panorâmica de um mundo que vive sem Deus, sem
paz e sem salvação, a espera da esperança libertadora e
salvadora do Evangelho de Cristo Jesus.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I
33. Não podemos nos conformar, nem encarar tal fato de maneira
natural, este fato é inquietante, para os que amam a Cristo Jesus
e querem ver cumprido o escrito em Ap 7.9 “Depois destas
coisas olhei, e eis aqui uma multidão a qual ninguém podia
contar, de todas as nações e tribos, e povos, e línguas que
estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos
brancos e com palmas nas suas mãos”.
INTRODUÇÃO À MISSIOLOGIA I