2. Exames do terreno
a) Visitar o local da obra, detectando a eventual
existencia de alagados, afloramento de rochas etc.;̂
b) Visitar obras em andamento nas proximidades,
verificando as solucoes adotadas;̧ ̃
c) Fazer sondagem a trado (broca) com diametro de 2”̂
ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até
atingir a camada resistente;
d) Mandar fazer sondagem geotecnica.́
4. Sondagem SPT
A so n d a g e m m a is e x e c u t a d a e m s o lo s p e n e t r á v e is é a so n d a g e m g e o t é c n ic a a
p e r c u ss ã o , d e s i m p l e s r e c o n h e c im e n t o , e x e c u t a d a c o m a c r a v a ç ã o d e u m b a r r il e t e
a m o s t r a d o r , p e ç a t u b u l a r m e t á l i c a r o b u s t a , o c a , d e p o n t a b i z e l a d a , q u e
p e n e t r a n d o n o s o l o , r e t ir a a m o s t r a s s e q ü e n t e s , q u e s ã o a n a l is a d a s v is u a l m e n t e e
e m l a b o r a t ó r io p a r a a c la s s if i c a ç ã o d o s o l o e d e t e r m in a o S P T ( S t a n d a r d
P e n e t r a t i o n T e s t ) , q u e é o r e g is t r o d a s o m a t ó r ia d o n ú m e r o d e g o l p e s p a r a v e n c e r
o s d o i s ú l t i m o s t e r ç o s d e c a d a m e t r o , p a r a a p e n e t r a ç ã o d e 1 5 c m . N a s p r ó x im a s
f ig u r a s s ã o m o s t r a d o s u m e s q u e m a d o e q u i p a m e n t o d e s o n d a g e m g e o t é c n ic a d e
p e r c u s s ã o , a p l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s e u m l a u d o d e s o n d a g e m .
1 - c o n ju n to m o t o r- b o m b a
2 - re s e rv a tó rio d e á g u a
3 - t rip é tu b o s m e tá lic o s
4 - ro ld a n a
5 - t u b o - g u ia 5 0 m m
6 - e n g a te
7 - g u in c h o
8 - p e s o p a d rã o 6 0 k g
9 - c a b e ç a d e c ra v a ç ã o
1 2
3
4
5
6
9
8
7
E q u i p a m e n t o d e s o n d a g e m a p e r c u s s ã o
8. Finalidades do ensaio SPT
• a determinacao dos tipos de solo em suas respectivaş ̃
profundidades de ocorrencia;̂
• a posicao do nivel-d’agua;̧ ̃ ́ ́
• os indices de resistencia a penetracao (N) a cadá ̂ ̧ ̃
metro.
9. Definições
• SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do
ensaio pelo qual se determina o indice de resistência á ̀
penetracao (N) com amostragem de solo;̧ ̃
• CPT (cone penetration test): indica a resistência e a
compressibilidade do solo, mas não é possível retirar
amostras;
• N: Abreviatura do índice de resistencia a penetracao dô ̀ ̧ ̃
SPT, cuja determinacao se da pelo numero de golpeş ̃ ́ ́
correspondente a cravacao de 30 cm do amostrador-̀ ̧ ̃
padrao, apos a cravacao inicial de 15 cm, utilizando-sẽ ́ ̧ ̃
corda de sisal para levantamento do martelo
padronizado.
10. Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Locacao do furo e quantidades;̧ ̃
• Processos de perfuracão;
• Amostragem e SPT;
• Criterios de paralisacao;́ ̧ ̃
11. Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Observação do nível de lençol freático;
• Identificação das amostras e elaboração do
perfil geológico-geotécnico;
• Apresentação do relatório de sondagem.
12. Amostragem
• Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhido
pelo trado-concha durante a perfuracao, ate 1 m de profundidade.̧ ̃ ́
• A cada metro de perfuracao, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidaş ̃
amostras dos solos por meio do amostrador-padrao, com execucao de SPT.̃ ̧ ̃
• O amostrador-padrao, conectado a composicao de cravacao, deve descer livrementẽ ̀ ̧ ̃ ̧ ̃
no furo de sondagem ate ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar á
profundidade correspondente com a que foi medida na operacao anterior.̧ ̃
• Caso haja discrepancia entre as duas medidas supra-referidas (ficando o amostrador̂
mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estagio precedente), a composicaó ̧ ̃
deve ser retirada, repetindo-se a operacao de limpeza do furo.̧ ̃
• Apos o posicionamento do amostrador-padrao conectado a composicao de cravacao,́ ̃ ̀ ̧ ̃ ̧ ̃
coloca-se a cabeca de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento como referencia,̧ ̂
marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em tres trechos iguaiŝ
de 15 cm.
13. Número mínimo de
sondagens
• Nº mínimo = 2 furos
• 1 furo para cada 200 m2
de edificação em planta, até
1200 m2
• 1 furo para cada 400 m2
de edificação em planta,
para áreas entre 1200 m2
e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2
, deve ser realizado
plano específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
14. Número mínimo de
sondagens
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
• 1 furo para cada 200 m2
de edificação em planta, até 1200
m2
• 1 furo para cada 400 m2
de edificação em planta, para
áreas entre 1200 m2
e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2
, deve ser realizado plano
específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
15. Localização dos furos
• Distância máxima de 100 m;
• Normalmente entre 15 a 20 m;
• Priorizar posições relevantes na obra : pontos de
maior carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc.
16. Localização dos furos
• Sondagens não devem estar alinhadas;
• Realizar furos próximos aos extremos da área;
• Distância máxima de 100 m.
17. Profundidade
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir de
ensaios de campo mais usuais;
ou
• Consultar o projetista de fundações para definir a
profundidade de interrupção, utilizando-se nestes
casos de sondagens do tipo rotativa
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir de
ensaios de campo mais usuais.
18. Planta de locação dos furos
de sondagem
R u a X
8 0 0
1 0 0 0
1480
1950
1 2 0 0
770
4500
2 6 0 0
S P 0 1
S P 0 2
S P 0 3
3 5 0 0
RuaY
C e n t ra l
t e le f ô n ic a
C a s a
d e
f o r ç a
N
P l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s d e s o n d a g e m
P E R F IL D E S O N D A G E M G E O L Ó G IC A - E n s a io d e p e n e t ra ç ã o p a d rã o S P T
19. Critérios para encerrar a
sondagem
O processo de perfuracao por circulacao de agua, associado aos ensaios penetrometricos,̧ ̃ ̧ ̃ ́ ́
deve ser utilizado ate onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condicoes:́ ̧ ̃
a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetracao dos 15 cm iniciais do̧ ̃
amostrador-padrao;̃
b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetracao dos 30 cm iniciais do̧ ̃
amostrador-padrao;̃
c)quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetracao dos 45cm do̧ ̃
amostrador-padraõ
Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas as fundacoes e da naturezà ̧ ̃
do subsolo, admite-se a paralisacao da sondagem em solos de menor resistencia a̧ ̃ ̂ ̀
penetracao do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja uma justificativa̧ ̃
geotecnica ou solicitacao do cliente.́ ̧ ̃
22. Exemplo de laudo de
sondagem
6
R u a X
8 0 0
1 0 0 0
1480
1950
1 2 0 0
4500
2 6 0 0
S P 0 1
S P 0 2
S P 0 3
3 5 0 0
RuaY
C e n t r a l
t e le f ô n ic a
C a s a
d e
f o r ç a
N
P l a n t a d e l o c a ç ã o d o s f u r o s d e s o n d a g e m
P e n e t r a ç ã o
G o lp e s / 3 0 c m
C o t a
( R N )
N ív e l
d a
á g u a
Amostra
D ia g r a m a
d a s
p e n e t r a ç õ e s
1 0 2 0 3 0 4 0
Profundidade
emmetros
C la s s if ic a ç ã o d o m a t e r ia l
0 , 1 0
1 , 0 0
1 , 8 0
3 , 0 0
5 , 0 0
1 8 ,0 0
2 0 ,4 5
S o lo s u p e rfic ia l
A r g ila s ilt o s a , v a rie g a d a
id e m , m o le
A r g ila s ilt o s a p o u c o
a r e n o s a , m a rr o n , d u r a
id e m , r ija
id e m , d u ra
A r g ila s ilt o s a , d u ra
lim it e d e s o n d a g e m
4
1 4
9
1 1
2 2
2 7
2 8
2 9
3 0
3 1
5
2 0
1 3
1 5
3 5
3 7
3 8
3 9
4 3
4 7
P E R F IL D E S O N D A G E M G E O L Ó G IC A - E n s a io d e p e n e t ra ç ã o p a d rã o S P T
C L IE N T E :
L o c a l: R u a X
2 , 3
R e s p o n s á v e l T é c n ic o : S P 0 1
LO G O0 7 / 0 4 / 9 9
1 : 1 0 0 0
O b s : n ã o s e v e rif ic o u
p r e s s ã o d ’ á g u a
P e r f i l d e s o n d a g e m g e o ló g ic a ( p a r t e d o l a u d o t é c n i c o )
23. PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDAO DÉ ̃
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
m p l o m o s t r a d o n o e s q u e m a n a p r ó x i m a f i g u r a .
s e g u in t e é m o s t r a d o o d e t a l h e d e u m e n s a io p r á t ic o d e c a
ã o d a t e n s ã o a d m is s í v e l d o s o l o .
N . A .A
B
C
C a m a d a s r e s i s t e n t e s e t ip o s d e f u n d a ç ã o i n d ic a d a s
24. PRINCIPIOS GERAIS DA APTIDAO DÉ ̃
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
• Se os solos A=B=C tem caracteristicas iguais dê ́
resistencia, e possivel implantar a fundacao em̂ ́ ́ ̧ ̃ A;
• Se só A e resistente, devem-se apoiar fundacoes dé ̧ ̃
estruturas leves, cuja carga limite deve ser determinada
por analise de recalque;́
• Se A e solo fraco é B e resistente, a fundacao e do tipó ̧ ̃ ́
profunda, atendendo-se para a carga limite em funcao da̧ ̃
resistencia dê C;
• Se A=B sao solos fracos ẽ C e resistente, o apoio dá
fundacao deverá ser em̧ ̃ C.
26. Perfil estratigráfico
4.5.1 Perfil estimado do terreno
Com base na investigação geotécnica realizada no terreno, representada na Figura
19, e nos perfis individuais, Anexo D, pode-se elaborar o perfil estratigráfico estimado do
subsolo, identificando as camadas que o compõem e também o nível do lençol freático.
Como foi visto no item 4.5, para montagem do perfil estratigráfico foram
considerados apenas os furos que pertencentes ao perímetro edificado.
Figura 19 – Perfil estratigráfico estimado da área em estudo
Analisando o perfil estratigráfico pode-se observar que o solo que constitui as
camadas do terreno apresenta-se de forma bem definido dividido em duas camadas, argila
arenosa e área média argilosa, a sondagem foi paralisada logo após a camada de área média
27. Exercício de fixação
• Elabore um roteiro de atividades de como o estudo de
sondagem deverá ser realizado para o empreendimento
(em anexo). A partir, do roteiro identifique:
a) Número de furos para definição do perfil do terreno,
segundo a norma.
b) Qual método poderia ser utilizado na avaliação
geotécnica?
c) Quais os indicativos que o ensaio SPT chegou ao final?
d) Em quais situações seria indicada outro método diferente
do SPT?