4. No livro Viagem ao Céu, de Monteiro Lobato, Pedrinho, Narizinho e a boneca
de pano Emília fazem uma viagem ao planeta Marte. Quando os viajantes chegam
ao seu destino se lembram da explicação de sua avó, Dona Benta, sobre esse
planeta.
- Os astrônomos distinguem em Marte uma verdadeira rede de canais, em
linhas retas e curvas, ligando mares; mas não são coisas naturais - parecem
artificiais, ou feitas pelos homens de lá.
- Como sabem? duvidou Pedrinho.
- Porque parecem traçados a compasso e régua, que são invenções dos
homens. A natureza tem o bom gosto de não usar esses instrumentos. Já reparou
que ela nada faz perfeitamente reto ou perfeitamente curvo, como as linhas e círcu-los
traçados pela régua e o compasso?
- Isso não, vovó! contestou o menino. Certas palmeiras têm o tronco em linha
reta, e o maracujá e outras frutas são bem redondinhas.
- Se com a régua e o compasso você conferir a linha reta de uma palmeira ou
o redondo de qualquer fruta, verificará que são mais ou menos, nunca exatamente.
A natureza tem horror da precisão da régua e do compasso.
- Eu sei, disse Pedrinho pensativo. O instrumento que a natureza usa é o
mesmo daquele Zé Caolho que esteve consertando a casa do Elias Turco: o
olhômetro! O Zé Caolho mede tudo com aquele olho torto, a que a Emília deu o
nome de "olhômetro". Ele não usa régua, nem compasso, nem trena, nem nível, nem
prumo. É tudo ali na "batata do olhômetro", como diz a Emília.
7. RETOMADA DO TRABALHO PESSOAL
Escolha uma operação (adição, subtração,
multiplicação, divisão) e uma das ideias, elabore e
proponha um problema significativo com o seu grupo
de alunos e traga os registros deles e um relato da
atividade para o próximo encontro. Ou escolha um livro
de Literatura para desenvolver com seus colegas uma
sequência didática, por ano de escolaridade, e aplicar
em sua turma.
8. OBJETIVOS DO CADERNO 5
Conhecimentos geométricos
- Propriedades de figuras planas e não planas.
- Semelhanças e diferenças entre as faces, a quantidade de vértices,
diagonais e lados.
- Propriedades de quadrados e retângulos, cubos e paralelepípedos,
círculos e esferas.
- Planificação e construção de sólidos geométricos.
- Informações para descrever uma forma ou interpretar uma descrição
para representá-la.
- Identificação de uma figura entre várias outras.
Conhecimentos espaciais
- Localização no espaço.
- Coordenação de diferentes pontos de vista.
- Representação gráfica de um espaço determinado.
- Seleção de referências para localizar ou para indicar uma trajetória.
- Interpretação de indicações.
- Vocabulário específico.
10. Segundo os PCNs
O aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que
lhe permite compreender, descrever e representar, de
forma organizada, o mundo em que vive.
É um campo fértil para trabalhar com situações-problema
e é um tema propício para o desenvolvimento
do raciocínio.
Contribui para a aprendizagem de números e medidas,
pois estimula o aluno a observar, perceber semelhanças
e diferenças, identificar regularidades etc.
11. DIFICULDADES...
De alunos
Confusões usuais dos alunos entre figuras planas e não-planas: cubo -
quadrado, paralelepípedo - retângulo, pirâmide - triângulo,...
O não reconhecimento das mesmas figuras em diferentes posições, como
no caso do quadrado.
De professores
Consideram sua própria formação em relação a esse conteúdo bastante
precária.
Consideram importante um trabalho com geometria, mas sentem-se
inseguros para realizá-lo por terem aprendido muito pouco desse assunto.
De livros didáticos
Conteúdo reduzido ao reconhecimento, à nomenclatura de figuras e ao
cálculo de áreas e perímetros .
12. VAMOS COLOCAR AO LADO DE CADA OBJETIVO
AS SIGLAS
I DE INICIAR, A DE APROFUNDAR E C DE CONSOLIDAR.
21. A lenda do Tangram
Um imperador chinês chamou um de seus melhores artistas e
ordenou que saísse pelos seus domínios e retratasse as coisas mais
belas que pudesse encontrar, levando apenas uma prancha quadrada.
Apesar da dificuldade proposta, lá foi o artista, China afora,
para tentar cumpri-la. No caminho, ao atravessar um riacho, caiu, e a
prancha quebrou em sete pedaços. Precisava reuni-las, e após muitas
tentativas percebeu que, a cada uma delas, ao arrumar as peças,
conseguia formar uma figura diferente.
Voltou rapidamente para mostrar aquela maravilha ao
imperador, que ficou muito satisfeito com a possibilidade de retratar
todas as coisas, usando apenas aquelas sete peças...
Assim é o Tangram, um quebra-cabeças formado por sete
peças com formas geométricas bem conhecidas. Sua idade e inventor
são desconhecidos.
Os chineses o conhecem por "Tch'i Tch'iao Pan", ou sete
tábuas da habilidade. Enquanto a maioria dos quebra-cabeças são
compostos por um grande número de peças, com formas complicadas
e arrumadas em um único caminho, o Tangram, com apenas sete
peças, permite uma extraordinária variedade de caminhos para compor
as figuras.
23. 3ª dobra
Triângulo
Grande
Triângulo
Grande
Triângulo
Pequeno
Quadrado
Triângulo
Médio
Paralelogramo
2ª dobra
4ª dobra
5ª dobra
1ª dobra
FAZENDO TANGRAN
Triângulo
Pequeno
31. VÍDEOS
https://www.youtube.com/watch?v=grgdY3Inkl8 - Natureza Geométrica 2’30
https://www.youtube.com/watch?v=6aRFy73cZxY – O mundo mágico de Escher
8’24
https://www.youtube.com/watch?v=HtBwtR8UDsQ&list=UUxljPOm_cpojwny5H
8EGEtQ- Cópia de figuras 3’24
https://www.youtube.com/watch?v=fHPY1OGwdF4- Detetive de figuras 5’42
https://www.youtube.com/watch?v=_vCgeNO3TPw- Sólidos Geométricos 5’23
http://www.netpostagens.com.br/videos_cela.asp?p=1582138&cv=423852&ci=891
319120144672122214946PM32297025http://www.netpostagens.com.br/videos_cel
a.asp?p=1582138&cv=423852&ci=891319120144672122214946PM32297025 TV
Escola - Matemática Nas malhas da geometria. (Mão na forma) 10’41
36. VAMOS CANTAR...
E as paralelas dos pneus
Na água das ruas
São duas
Estradas nuas
Em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça
E grito enquanto o carro passa
- Meu infinito sou eu...
Paralelas - Belchior
37. VAMOS COSTRUIR UMA HISTÓRIA
USANDO AS FIGURAS DE LINGUAGEM
AS FIGURAS DE LINGUAGEM E A GEOMETRIA
Círculo vicioso
Triângulo amoroso
Pessoa quadrada
Sociedade Piramidal
Ver sob outro prisma
Aparar as arestas
Personagem plano
Sair pela tangente
39. ERA UMA VEZ UM LOBO MAU
VAMOS ILUSTRAR A HISTÓRIA COM
ELEMENTOS DA GEOMETRIA....
CADA GRUPO FICA COM UMA PARTE DA
HISTÓRIA E CRIA O CENÁRIO,
DEPOIS JUNTAMOS TODAS AS PARTES
E MONTAMOS O LIVRO
48. Apresentação de exemplos e contraexemplos na sala de aula:
A ausência de um conjunto adequado de exemplos e
contraexemplos nas situações de ensino pode levar os alunos
a processos equivocados de generalização. Quando somente
um exemplo é dado (ou poucos exemplos, ou exemplos muito
parecidos), os alunos, por meio de um processo de
generalização, irão considerá-lo como sendo o conceito geral.
(Lilian Nasser)
Exemplo. Objetos que se “parecem” com sólidos conhecidos.
49. Apresentação das figuras geométricas em diferentes posições,
cores e tamanhos:
O uso de figuras recortadas é um recurso interessante já que a
criança poderá girá-la, não estabelecendo uma relação entre
cores, tamanhos ou posições com o nome das figuras.
Exemplo 1. Observe as figuras abaixo e identifique
as três figuras congruentes.
Reflexão Rotação Translação
50. SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Construção de polígonos e sólidos com canudos e linha.
Identificação de triângulos, quadrados e retângulos entre
diversas figuras.
Relacionamento de objetos do cotidiano com os sólidos
geométricos, reconhecendo corpos redondos e não redondos
(poliédricos).
Conexões de Geometria com a arte.
Bonequinhos de mãos dadas e bordado da vovó.
Construções com dobraduras e Origami.
Construção de maquetes.
52. LOCALIZAÇÃO ESPACIAL
Noções relativas à lateralidade são, ao mesmo tempo,
fundamentais para a construção e leitura de mapas e
itinerários.
Deve-se explorar a lateralidade: direita/esquerda
Com referencial no próprio aluno;
Com referencial em frente ao aluno (inversão da
lateralidade).
60. ESCRITA DOCENTE
1ª O QUE VOCÊ TEM TRABALHADO EM GEOMETRIA
COM SUA TURMA?
2º É IMPORTANTE QUE A PROFESSORA UTILIZE
VOCABULÁRIO ESPECÍFICO DE GEOMETRIA NO
CICLO DE ALFABETIZAÇÃO? POR QUÊ?
3ª LOCALIZAÇÃO ESPACIAL, FORMA E SÓLIDOS
GEOMÉTRICOS DEVEM SER TRABALHADOS AO
MESMO TEMPO OU EM MOMENTOS DISTINTOS?
JUSTIFIQUE.
61. AVALIAÇÃO
Não saia pela tangente....
Vamos avaliar nosso encontro
emtodos os ângulos...
A partir deste
encontro...
O que você conseguiu ver por outro
prisma?
Que arestas você acha que ainda podem
ser aparadas?
O que ficou muito plano, neste encontro,
que você ainda sente necessidade de
aprofundar?
62. TRABALHO PESSOAL
Escolha uma das atividades da aula de hoje, trazendo
planejamento/roteiro, fotos, registro .
63. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOPES, Maria Laura M.L. e NASSER, Lilian: Geometria na Era
da Imagem e do Movimento. Projeto Fundão, UFRJ, 1996.
• MIORIM, Maria Ângela, MIGUEL, Antonio: Geometria. Em:
Ensino de Matemática, São Paulo: Atual, 1986. p. 65-128.
• NASSER, Lilian e SANT’ANNA, Neide F. P. : Geometria segundo
a Teoria de Van Hiele, Ed. IM/UFRJ, 1997.
• NASSER, Lilian e TINOCO, Lucia A. de A.: Curso Básico de
Geometria, Enfoque Didático, Módulos I, II e III, Projeto
Fundão, IM/UFRJ, Rio de Janeiro, 2004.
• NEVES, Aniceh Farah: Em busca de uma vivência geométrica
mais significativa, 225p. Tese (Doutorado em Educação)
Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Marília, 1998.
• PAVANELLO, Regina Maria: Geometria: Atuação de professores
e aprendizagem nas séries iniciais. Em: Anais do I Simpósio
Brasileiro de Psicologia da Educação Matemática, Curitiba:
2001, p. 172-183.
64. PONTE, João Pedro et al: Investigações geométricas. Em: Investigações
matemáticas na sala de aula, Belo Horizonte, Autêntica, 2003, p. 71-89.
(Tendências em Educação Matemática)
SERRAZINA, Maria de Lurdes, PONTE, João Pedro da, OLIVEIRA, Isolina:
Grandes temas matemáticos. Em: A Matemática na Educação Básica,
Lisboa: Ministério da Educação Básica, 1999, p. 41- 91. (Reflexão participada
sobre os currículos do ensino básico).
SMOLE, Kátia Stocco, DINIZ, Maria Ignez, CÂNDIDO, Patrícia (Orgs.):
Figuras e Formas, 200p., 2003, Porto Alegre, Artmed. (Matemática de 0 a 6
anos).
VASCONCELLOS, Mônica: O ensino da geometria nas séries iniciais: a
aprendizagem dos alunos da 4ª série e o ponto de vista dos professores.
Un Católica Dom Bosco – Campo Grande, MS, 2005.