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ELETRODINÂMICA
Módulos 4, 5 e 6
   www.fisicarildo.blogspot.com


http://www.concursoefisioterapia.com/2009
/04/estimulacao-eletrica-
neuromuscular-e.html
Associação de Resistores
1)Série:
-Mesma corrente.
-A Tensão Total(U) é
                       U = U1 + U 2 + U 3
a soma das parciais.
                       RS .i = R1.i + R2 .i + R3 .i
                       RS = R1 + R2 + R3 (c.q.d .)
2)Paralelo:
-Mesma Tensão.           i = i1 + i2 + i3
-A Corrente Total(I) é
a soma das parciais.     U U U U
                          = +   +
                         R R1 R2 R3
                          1 1  1   1
                           = +   +
                          R R1 R2 R3
                         (c.q.d .)
A)Dois Resistores em Paralelo.
                1  1  1
                  = +
                RP R1 R2
                1    R2 + R1
                   =
                RP    R1.R2
                      R1.R2
                RP =
                     R2 + R1
                     Produto
                RP =
                      Soma
B)Vários Resistores em Paralelo

                      R
                REq =
                      n
3)Fusíveis
-Elemento de proteção.
-Ligados em série.
-Fundem-se(queimam) ou
desarmam-se(Disjuntores).
A)Reostatos.
-Resistência Variável.
-Ligados em série ou
 em paralelo.
-Potenciômetros
(deslizantes)
Leitura:Aula de Medicina Legal
Energias Físicas


2 – Elétrica; a) cósmica (queraurano gráfica;
  raio,
                 centelha).
              b) artificial (eletricidade industrial).

3 – Luminosa; solar e artificial.
Energia elétrica
   Uma lesão provocada pela corrente elétrica é o dano
    que se verifica quando uma corrente elétrica atravessa o
    corpo e queima o tecido ou interfere com o
    funcionamento de um órgão interno.

   A corrente elétrica que atravessa o corpo gera calor,
    podendo queimar gravemente os tecidos e destruí-los.

   Uma descarga elétrica pode provocar um curto-circuito
    nos sistemas elétricos do organismo, causando uma
    interrupção no funcionamento do coração (paragem
    cardíaca).
Energia elétrica
   As lesões elétricas podem ser provocadas:

-   Pela queda de um raio sobre uma pessoa ou,

-   Por contacto com cabos elétricos;

-   Linhas elétricas caídas ou,

-   Algum elemento que conduza a eletricidade a partir de
    um cabo elétrico ativo, como um tanque de água.
Energia elétrica

   A gravidade da lesão, que pode variar entre uma
    queimadura ligeira e a morte, é determinada:

-   Pelo tipo e pela intensidade da corrente,

-   Pela resistência do corpo à referida corrente no ponto de
    entrada,

-   Pelo percurso da mesma dentro do organismo e,

-   Pela duração da exposição.
Energia elétrica


   Em geral, a corrente contínua é menos perigosa do que
    a corrente alterna.


   Os efeitos da corrente alterna sobre o corpo dependem,
    em grande parte, da velocidade com que esta varia (ou
    seja, a sua freqüência), um fator que se mede em ciclos
    por segundo (hertzs, Hz).
Energia elétrica

   As correntes de baixa freqüência, de 50 e 60 Hz, são
    mais perigosas do que as correntes de alta freqüência e
    entre 3 e 5 vezes mais perigosas do que a corrente
    contínua da mesma voltagem e intensidade
    (amperagem).


   A corrente contínua tem tendência para provocar fortes
    contrações musculares que, com freqüência, afastam a
    vítima da fonte de energia.
Energia elétrica

   A corrente alterna de 60 Hz faz com que os músculos
    fiquem congelados (contraídos) na sua posição, o que
    impede que as vítimas possam interromper a fonte da
    corrente. Como resultado, a exposição pode ser
    prolongada e provocar graves queimaduras.


   Geralmente, quanto mais altas forem a voltagem e a
    amperagem, maior será o dano que a corrente
    produzirá, independentemente do seu tipo.
Energia elétrica


   A potência da corrente elétrica mede-se em amperes
    (A). Um miliampere (mA) é de 1 A.


   O corpo pode aperceber-se do contacto com a corrente
    contínua que entra pela mão a cerca de 5 a 10 A; pode
    sentir a corrente doméstica comum, que é uma corrente
    alterna de 60 Hz, com 1 a 10 mA.
Energia elétrica

   A corrente máxima que faz com que os músculos do
    braço se contraiam, mas que ainda permite que a mão
    solte a fonte da corrente, recebe o apropriado nome de
    corrente de libertação.


   Este valor é de, aproximadamente, 75 mA para a
    corrente contínua e, no caso da corrente alterna, de 2 a
    5 mA nas crianças, de 5 a 7 mA nas mulheres e de 7 a 9
    mA nos homens, dependendo da massa muscular do
    braço.
Energia elétrica
   Nas correntes de baixa potência, entre 60 e 100 mA, a
    corrente alterna de 60 Hz de baixa voltagem (de 110 a
    220 V) que atravesse o tórax durante 1 segundo pode
    provocar ritmos cardíacos irregulares que põem a vida
    em perigo. Para produzir o mesmo efeito são
    necessários entre 300 e 500 mA de corrente contínua.

   Se a eletricidade for diretamente ao coração, por
    exemplo através de um pacemaker, uma corrente muito
    mais baixa (de menos de 1 mA) pode provocar arritmias
    graves.
Energia elétrica


   A resistência é a capacidade de deter ou
    desacelerar a passagem da corrente elétrica.
    A resistência máxima do corpo concentra-se
    na pele e depende diretamente do seu
    estado.

   A resistência média da pele seca e sã é 40
    vezes maior do que a da pele fina e húmida.
Energia elétrica

   Quando a pele está arranhada ou tem feridas, ou
    quando se aplica a corrente sobre membranas mucosas
    húmidas como a boca, o reto ou a vagina, esta
    resistência é apenas metade da pele húmida e intacta.


   A resistência da pele grossa e calosa da palma da mão
    ou da planta do pé é 100 vezes maior que a das zonas
    da pele mais fina.
Energia elétrica

   Enquanto a corrente elétrica atravessa a pele, pode
    libertar grande parte da sua energia na superfície
    porque ali encontra resistência.

   Se a resistência da pele for alta, podem ser provocadas
    grandes queimaduras superficiais nos pontos de entrada
    e de saída, com carbonização dos tecidos intermédios.

   Os tecidos internos também se queimam, dependendo
    da sua resistência.
Energia elétrica

   O percurso que a corrente faz dentro do corpo pode ser
    crucial no momento de se determinar o grau de lesão.

   O ponto de entrada da eletricidade mais freqüente é a
    mão. O segundo é a cabeça.

   O ponto de saída mais freqüente é o pé.

   Devido ao fato de a corrente que vai de braço a braço
    ou de um braço a uma perna poder atravessar o
    coração, ela é muito mais perigosa do que a corrente
    que vai de uma perna ao solo.
Energia elétrica

   A corrente que atravessa a cabeça pode provocar
    hemorragias cerebrais, paralisias respiratórias,
    alterações psicológicas (como problemas de memória a
    curto prazo, alterações da personalidade, irritabilidade e
    alterações no sono) e irregularidade no ritmo cardíaco.


   As lesões nos olhos podem provocar cataratas.
Energia elétrica

   A duração da exposição é importante.

   Quanto maior for o período de exposição, maior será a
    quantidade de tecido danificado.

   Uma pessoa que fique agarrada a uma fonte de corrente
    elétrica pode sofrer queimaduras graves.
Energia elétrica

   Por outro lado, quem tenha sido atingido por um raio
    raramente sofre queimaduras externas ou internas
    graves, porque tudo acontece de forma tão rápida que a
    corrente tende a passar por fora do corpo sem provocar
    danos importantes nos tecidos internos.

   No entanto, o raio pode provocar um curto-circuito no
    coração e nos pulmões, chegando a paralisá-los, bem
    como a danificar os nervos e o encéfalo.
Energia elétrica

   Os sintomas dependem das complexas interações de
    todas as características da corrente elétrica.

   Um choque de corrente elétrica pode assustar uma
    pessoa, derrubá-la ou provocar-lhe fortes contrações
    musculares. Qualquer destes efeitos poderão provocar
    deslocações, fraturas e contusões. A vítima pode ficar
    inconsciente. A respiração e o coração podem paralisar.
    O trajeto das queimaduras elétricas pode ser visto como
    uma linha claramente traçada sobre a pele e até nos
    tecidos internos.
Energia elétrica

   Uma corrente de alta voltagem por vezes mata os
    tecidos localizados entre os pontos de entrada e de
    saída, provocando extensas superfícies de músculo
    queimado. Como resultado, perdem-se grandes
    quantidades de líquido e de sais (eletrólitos) e, em
    certos casos, a tensão arterial baixa perigosamente,
    como nas queimaduras graves.

   As fibras musculares danificadas libertam mioglobina,
    que pode lesar os rins e provocar insuficiência renal.
Energia elétrica

   Uma pessoa molhada pode entrar em contacto com
    uma corrente elétrica (por exemplo, quando um secador
    cai dentro da banheira ou se pisa um charco que está
    em contacto com uma linha elétrica subterrânea).

   Nestas situações, a resistência da pele reduz-se a tal
    ponto que a vítima não se queima, mas pode sofrer uma
    paragem cardíaca e morrer se não lhe forem feitas
    manobras de reanimação rapidamente.
Energia elétrica

   Os raios raramente provocam queimaduras de entrada e
    de saída e em poucos casos originam dano muscular ou
    mioglobina na urina.

   Num primeiro momento pode-se perder a consciência e
    até, por vezes, entrar em estado de coma ou então
    sofrer confusão temporária, mas estes estados
    costumam desaparecer numa questão de horas ou de
    dias.

   A causa mais freqüente de morte, quando um raio atinge
    uma pessoa, é a paralisia do coração e dos pulmões
    (paragem cardiorrespiratória).
Energia elétrica

   As crianças que, acidentalmente, metem na boca
    extremidades de cabos podem sofrer queimaduras na
    boca e nos lábios.



   Estas queimaduras não só provocam deformações na
    cara, como também problemas de crescimento dos
    dentes, do maxilar e da cara.
Energia elétrica

   A criança deverá ser examinada por um especialista em
    ortodontia ou por um estomatologista, bem como por um
    cirurgião especialista em queimaduras.



   Um perigo adicional é que, quando a crosta se soltar,
    ocorra uma grave hemorragia de uma artéria do lábio,
    geralmente 7 a 10 dias depois da lesão.
Energias Físicas

Energias Físicas:

1 – Radioativa ou Actínica; raio x, radium,
    cobalto, urânio enriquecido, outras formas.

2 – Sonora; a) instantânea (explosão, som de
               impacto).
            b) contínua (ruído laboral, música
               com volumes altos).
Energia física radioativa ou actínica

   As lesões causadas pela radiação são o dano
    provocado nos tecidos em virtude de uma exposição às
    radiações.


   Geralmente, a radiação refere-se a ondas ou partículas
    de alta energia emitidas por fontes naturais ou artificiais
    (geradas pelo homem).
Energia física radioativa ou actínica


   As lesões dos tecidos podem ser provocadas
    por uma breve exposição a altos valores de
    radiação ou então por uma exposição
    prolongada a baixos níveis.

   Alguns efeitos adversos da radiação duram
    pouco tempo. Outros provocam doenças
    crônicas.
Energia física radioativa ou actínica
   Os primeiros efeitos de doses elevadas tornam-se
    óbvios em questão de minutos ou nos dias
    posteriores à exposição.

   Outros efeitos só são evidentes semanas, meses e
    até anos depois.

   As mutações do material genético celular dos
    órgãos sexuais só se podem tornar evidentes se a
    pessoa exposta à radiação tiver filhos. Essas
    crianças podem nascer com defeitos genéticos.
Energia física radioativa ou actínica
   Escaparam, acidentalmente, grandes quantidades
    de radiação das centrais de energia nuclear, como a
    de:

-   Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA), em 1979,
    e

-   A de Chernobyl (Ucrânia), em 1986.

-   O acidente de Three Mile Island não provocou uma
    grande exposição radioativa.
Energia física radioativa ou actínica
-   De fato, as pessoas que viviam a uma distância
    aproximadamente de 1,5 km da central receberam
    menos radiação do que a quantidade de raios X que
    qualquer pessoa, em média, recebe num ano.

-   No entanto, as pessoas que viviam perto da central de
    Chernobyl foram expostas a muito mais radioatividade.

-   Mais de 30 afetados morreram e muitos outros sofreram
    ferimentos.

-   A radiação desse acidente chegou à Europa, à Ásia e
    aos Estados Unidos.
Energia física radioativa ou actínica

   No total, a exposição à radiação gerada por reatores nos
    primeiros 40 anos de uso de energia nuclear, excluindo
    Chernobyl, provocou 35 exposições graves com 10
    mortos, embora nenhum caso tenha sido associado às
    centrais nucleares.

   Nos países industrializados, os reatores de energia
    nuclear devem cumprir estritas medidas governamentais
    que limitam a quantidade de material radioativo libertado
    a valores extremamente baixos.
Energia física radioativa ou actínica

   A radiação mede-se em unidades diferentes.


   O roentgen (R) mede a quantidade desta no ar.


   O gray (Gy) é a quantidade de energia realmente
    absorvida por qualquer tecido ou substância após uma
    exposição à radiação.
Energia física radioativa ou actínica
   Como alguns tipos de radiação podem afetar
    uns organismos biológicos mais do que
    outros, para descrever a intensidade dos
    efeitos que a radiação produz sobre o corpo,
    em quantidades equivalentes de energia
    absorvida, utiliza-se o sievert (SV).

   Os efeitos prejudiciais da radiação
    dependem da quantidade (dose), da duração
    e do grau de exposição.
Energia física radioativa ou actínica

   Uma única dose rápida de radiação pode ser
    mortal, mas a mesma dose total aplicada
    num lapso de semanas ou meses pode
    provocar efeitos mínimos.


   A dose total e o grau de exposição
    determinam os efeitos imediatos sobre o
    material genético das células.
Energia física radioativa ou actínica

   Chama-se dose à quantidade de radiação a que uma
    pessoa está exposta durante um determinado período
    de tempo.


   A dose de radiação ambiental que se torna inevitável é
    baixa, cerca de 1 a 2 miligrays (1 miligray equivale a
    gray) por ano, e não provoca efeitos detectáveis sobre o
    organismo.
Energia física radioativa ou actínica

   Por outro lado, os efeitos da radiação são cumulativos,
    ou seja, cada exposição é somada às anteriores até
    determinar a dose total e o seu provável efeito sobre o
    organismo.


   Da mesma forma, à medida que aumenta a proporção
    da dose ou a dose total, aumenta também a
    probabilidade de se produzirem efeitos detectáveis.
Energia física radioativa ou actínica

   Os efeitos da radiação também dependem da
    percentagem do organismo que é exposto.

   Por exemplo, mais de 6 grays costumam provocar a
    morte quando a radiação se distribui sobre toda a
    superfície corporal.

   No entanto, quando se limita a uma área pequena, como
    acontece na terapia contra o cancro, é possível aplicar 3
    ou 4 vezes esta quantidade sem que se produzam
    danos graves no organismo.
Energia física radioativa ou actínica

   A distribuição da radiação no corpo também é
    importante.

   As partes do mesmo em que as células se multiplicam
    rapidamente, como o intestino e a medula óssea, são
    mais danificadas pela radiação do que os tecidos cujas
    células se multiplicam mais lentamente, como os
    músculos e os tendões.

   Durante a radioterapia contra o cancro, faz-se todo o
    possível para proteger as partes mais vulneráveis do
    organismo, com o fim de poder utilizar doses mais
    elevadas.
Energia física radioativa ou actínica

   A exposição à radiação provoca dois tipos de
    lesões: agudas (imediatas) e crônicas
    (retardadas ou tardias).


   A síndrome cerebral é provocada quando a
    dose total de radiação é extremamente alta
    (mais de 30 grays).
Energia física radioativa ou actínica

   Revela-se sempre mortal. Os primeiros
    sintomas, náuseas e vômitos, são seguidos
    de apatia, sonolência e, em alguns casos,
    coma.

   Estes sintomas são provocados, muito
    provavelmente, pela inflamação do tecido
    cerebral. Em poucas horas dão-se
    estremecimentos (tremores), convulsões,
    incapacidade para andar e, finalmente, a
    morte.
Energia física radioativa ou actínica

   A síndrome gastrointestinal produz-se a partir de
    doses menores de radiação, mas também igualmente
    altas (4 grays ou mais).

   Os sintomas consistem em náuseas, vômitos e diarreias
    graves, que provocam grande desidratação.

   Inicialmente, a síndrome é provocada pela morte das
    células que revestem o trato gastrointestinal (mucosa).
Energia física radioativa ou actínica

   Os sintomas persistem devido ao desprendimento
    progressivo do revestimento mucoso e ao
    desenvolvimento de infecções bacterianas. Finalmente,
    as células que absorvem nutrientes ficam
    completamente destruídas e produz-se perda de sangue
    na zona lesionada, para o interior do intestino,
    normalmente em grandes quantidades.

   Entre 4 e 6 dias depois da exposição à radiação podem
    crescer novas células. Mas, mesmo que assim seja, as
    vítimas que sofrem desta síndrome provavelmente
    morrerão em virtude de uma insuficiência da medula
    óssea, entre 2 e 3 semanas mais tarde.
Energia física radioativa ou actínica

   A síndrome hematopoiética afeta a medula óssea, o
    baço e os gânglios linfáticos, que são os principais
    centros de produção de células sanguíneas
    (hematopoiese).

   Manifesta-se depois de uma exposição de 2 a 10 grays
    de radiação e começa com perda de apetite (anorexia),
    apatia, náuseas e vômitos.

   Estes sintomas são mais graves ao fim de 6 a 12 horas
    depois da exposição e podem regredir completamente
    entre 24 e 36 horas mais tarde.
Energia física radioativa ou actínica
   Durante este período em que não há sintomas, as
    células produtoras de sangue localizadas nos gânglios
    linfáticos, no baço e na medula óssea começam a
    desgastar-se, a diminuir e não se formam de novo, o
    que implica uma grave carência de glóbulos brancos e
    vermelhos.

   A falta de glóbulos brancos (que combatem as
    infecções) costuma provocar infecções graves.

   Se a dose total de radiação for de mais de 6 grays, as
    insuficiências hematopoiéticas e gastrointestinais
    costumam ser mortais.
Energia física radioativa ou actínica
   A síndrome radioativa de tipo agudo verifica-se numa
    pequena proporção de doentes depois de um tratamento
    com radiação (radioterapia), especialmente se tiver sido
    aplicada sobre o abdômen.

   Os sintomas compreendem náuseas, vômitos, diarreia,
    perda de apetite, dor de cabeça, sensação de mal-estar
    geral e um ritmo cardíaco acelerado (taquicardia).

   Costumam regredir num lapso de horas ou de poucos
    dias. Não se conhece com rigor a causa desta
    síndrome.
Energia física radioativa ou actínica

   Uma exposição prolongada ou repetida a baixas doses
    de radiação proveniente de implantes radioativos ou de
    fontes externas pode provocar a interrupção dos
    períodos menstruais (amenorreia), bem como uma
    menor fertilidade tanto nos homens como nas mulheres.


   Também pode aparecer um menor impulso sexual
    (líbido), cataratas e uma diminuição na quantidade de
    glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos
    (leucopenia) e plaquetas (trombocitopenia).
Energia física radioativa ou actínica
   As doses muito elevadas aplicadas sobre zonas
    limitadas do corpo provocam a queda do cabelo,
    enfraquecimento da pele e formação de feridas abertas
    (úlceras), calos e veias aracniformes (pequenas áreas
    avermelhadas que contêm vasos sanguíneos dilatados
    que se encontram sob a pele, ou aranhas vasculares).

   Com o tempo, este tipo de exposições pode provocar
    cancro de células escamosas (uma variedade de
    cancro).

   Anos depois da ingestão de certos compostos
    radioativos, como os sais de rádio, podem formar-se
    tumores ósseos.
Energia física radioativa ou actínica

   Em alguns casos, certo tempo depois de concluída a
    radioterapia contra o cancro, produzem-se graves
    lesões nos órgãos que estiveram expostos à mesma.

   A função renal pode ser alterada após um período
    (período latente) de 6 meses a 1 ano depois de uma
    exposição a doses de radiação extremamente altas.
    Também pode surgir anemia e um aumento da
    (pressão) tensão arterial.
Energia física radioativa ou actínica

   Nos músculos, a acumulação de grandes doses pode
    provocar uma doença dolorosa que inclui debilitamento
    muscular (atrofia) e a formação de depósitos de cálcio.

   Poucas vezes estas alterações provocam tumores
    musculares malignos.

   A radiação aplicada sobre os tumores pulmonares pode
    provocar inflamação dos mesmos (pneumonite
    radioactiva) e uma grande dose provocará graves
    cicatrizações (fibrose) no tecido pulmonar, o que pode
    ser mortal.
Energia física radioativa ou actínica

   O coração e o seu revestimento (pericárdio) podem
    inflamar-se depois de uma radiação extensa sobre o
    esterno e o tórax.

   Grandes doses acumuladas sobre a coluna dorsal
    podem provocar uma lesão gravíssima, que pode
    acabar em paralisia.

   A radiação sobre o abdômen (contra o cancro dos
    gânglios linfáticos, dos testículos ou dos ovários) pode
    provocar úlceras crônicas, cicatrização e perfuração
    intestinal.
Energia física radioativa ou actínica

   A radiação altera o material genético das células que se
    multiplicam.


   Nas células que não pertencem ao sistema reprodutor,
    estas alterações podem provocar anomalias no
    crescimento celular, como cancro ou cataratas.
Energia física radioativa ou actínica

   Quando os ovários e os testículos são expostos à
    radiação, a possibilidade de a descendência ter
    anomalias genéticas (mutações) aumenta nos animais
    de laboratório, mas este efeito ainda não foi
    devidamente comprovado nos seres humanos.

   Alguns investigadores afirmam que a radiação é
    inofensiva abaixo de determinada dose (limiar),
    enquanto outros opinam o contrário e pensam que
    qualquer índice de radiação sobre os ovários ou os
    testículos pode ser prejudicial.
Energia física radioativa ou actínica

   Como todavia não há dados definitivos a este respeito, a
    maioria das autoridades sanitárias recomendam que a
    exposição à radiação médica e laboral não ultrapasse
    um determinado nível.

   Em qualquer caso, a possibilidade de contrair doenças
    ou mutações genéticas relacionadas com a radiação é
    estimada em 1 entre 100 por cada gray de exposição e
    cada pessoa recebe só uma média de 0,001 grays de
    radiação por ano.
Energia física radioativa ou actínica

   Quando se manifesta a síndrome (encefálica) cerebral
    ou gastrointestinal, o diagnóstico é claro e o prognóstico
    pouco animador. A síndrome cerebral é mortal num
    período de tempo que varia entre horas e poucos dias.


   A síndrome gastrointestinal, geralmente, é mortal num
    lapso de 3 a 10 dias, apesar de algumas pessoas
    sobreviverem algumas semanas.
Energia física radioativa ou actínica


   A síndrome hematopoiética costuma causar
    a morte em períodos de 8 a 50 dias. A morte
    pode ser provocada por uma infecção grave
    num lapso de 2 a 4 semanas ou por uma
    abundante perda de sangue (hemorragia) de
    3 a 6 semanas após a exposição.
Energia física radioativa ou actínica
   O diagnóstico de lesões crônicas por
    radiação é difícil ou impossível se se
    desconhecer ou se passar por alto a origem
    da exposição.


   Se se suspeitar que existe uma lesão por
    radiação, investiga-se possíveis exposições
    laborais, consultando porventura os arquivos
    das instituições estatais ou governamentais
    que mantenham registros das exposições
    radioativas.
Energia física radioativa ou actínica
   Podemos examinar periodicamente os
    cromossomas, que contêm o material
    genético celular, em busca de determinadas
    anomalias que costumam ocorrer depois de
    uma significativa exposição radioactiva.

   No entanto, os resultados destes exames
    não costumam ser concludentes.

   Se os olhos tiverem estado expostos à
    radiação, devem ser examinados
    periodicamente em busca de cataratas.
Energias Físicas


1 – Térmica:

a) frio (geladura).

b) calor (queimadura, intermação,
               insolação).
Lesões produzidas pelo frio

   A temperatura corporal baixa quando a pele é exposta a
    um ambiente mais frio;

   Quando aumenta a perda de calor;

   Quando o sangue não pode fluir com normalidade ou,

   Quando diminui o fornecimento de alimentos e de
    oxigênio.
Lesões produzidas pelo frio
   O risco de sofrer lesões pelo frio aumenta
    quando a nutrição é inadequada ou a
    quantidade de oxigênio é insuficiente, como
    ocorre nas grandes altitudes.

   As lesões que o frio provoca, normalmente,
    não se manifestam, nem sequer em climas
    extremamente frios, se a pele, os dedos das
    mãos e dos pés, as orelhas e o nariz
    estiverem bem protegidos e não ficarem
    expostos ao ar durante muito tempo.
Lesões produzidas pelo frio

   Quando a exposição é mais prolongada, o organismo
    estreita automaticamente os pequenos vasos
    sanguíneos da pele e dos dedos das mãos e dos pés,
    das orelhas e do nariz para canalizar mais sangue para
    os órgãos vitais como o coração e o encéfalo.

   No entanto, esta medida de autoproteção tem um preço:
    como estas partes do corpo recebem menos sangue
    quente, arrefecem com maior rapidez.
Lesões produzidas pelo frio
   As lesões provocadas pelo frio compreendem:

-   A hipotermia, situação em que todo o corpo arrefece,
    atingindo temperaturas potencialmente perigosas;

-   O congelamento parcial, ou seja, quando partes do
    corpo ficam superficialmente danificadas;

-   O congelamento, em que alguns tecidos corporais
    ficam completamente destruídos.
Lesões produzidas pelo frio

-   A excessiva exposição ao frio também
    provoca frieiras e pé-de-imersão.



   A Hipotermia costuma ser tão gradual e
    subtil que tanto a vítima como os outros não
    se apercebem do que está a suceder.
Lesões produzidas pelo frio

   Os movimentos tornam-se lentos e entorpecidos, o
    tempo de reação é mais lento, a mente turva-se, a
    pessoa não pensa com clareza e tem alucinações.

   Quem sofre hipotermia pode cair, andar sem destino fixo
    ou, simplesmente, deitar-se para descansar e até
    morrer.

   Se a pessoa se encontrar na água, move-se com
    dificuldade, pouco depois desiste e, finalmente, afoga-
    se.
Lesões produzidas pelo frio
   O congelamento parcial é uma lesão provocada pelo
    frio em que algumas partes da pele congelam, mas não
    ficam danificadas de forma irreversível.

   Neste caso, as zonas da pele congeladas tornam-se
    brancas e duras, posteriormente incham e provocam
    dor.

   Depois, a pele pode cair, como acontece depois de uma
    queimadura do sol, e tanto as orelhas como as
    bochechas podem ficar sensíveis ao frio durante meses
    ou anos, mesmo que não apresentem lesões evidentes.
Lesões produzidas pelo frio


   O único tratamento que pode ser aplicado neste tipo de
    situação consiste em aquecer a zona durante alguns
    minutos, a menos que ela esteja gravemente congelada.


   Nestes casos, o tratamento é o mesmo que para o
    congelamento.
Lesões produzidas pelo frio
   O Congelamento é uma lesão provocada pelo frio em
    que uma ou mais partes do corpo ficam
    permanentemente danificadas.

   É mais provável que o congelamento afete quem tem
    circulação deficiente devido à arteriosclerose
    (espessamento e endurecimento das paredes arteriais),
    a espasmo (que pode ser provocado pelo tabagismo,
    por alguns problemas neurológicos e por determinados
    medicamentos) ou à dificuldade do fluxo sanguíneo por
    compressão provocada por botas ou luvas demasiado
    apertadas.

   As mãos e os pés expostos ao frio são mais vulneráveis.
Lesões produzidas pelo frio

   O dano que o congelamento provoca deve-se a uma
    combinação de fluxo sanguíneo reduzido com a
    formação de cristais de gelo nos tecidos.

   Quando a pele congela, adquire uma cor avermelhada,
    incha e provoca dor, até que finalmente se torna negra.

   As células das zonas congeladas morrem. Dependendo
    da intensidade do congelamento, o tecido afetado pode
    chegar a recuperar ou gangrenar.
Lesões produzidas pelo frio
   As frieiras (também por vezes chamadas pérnios),
    são sensações dolorosas de frio ou de queimadura
    em partes do corpo que tenham estado congeladas.

   Aparecem depois de uma exposição ao frio, mesmo
    que não tenha sido muito intensa.

   As frieiras são difíceis de tratar e persistem durante
    anos.
Lesões produzidas pelo frio

   O pé-de-imersão (ou pé-de-trincheira) é uma lesão
    provocada pelo frio que acontece quando um pé
    permanece húmido, envolto em meias ou botas e frio
    durante vários dias.


   O pé torna-se pálido, húmido e frio, e a circulação
    diminui.
Lesões produzidas pelo frio

   Se o pé-de-imersão não for tratado, pode produzir-se
    uma infecção.

   O tratamento consiste em aquecer, secar e limpar
    suavemente o pé. É aconselhável mantê-lo elevado.
    Deverão ser administrados antibióticos e,
    eventualmente, uma dose de reforço da vacina
    antitetânica. Por vezes, embora raramente, este tipo de
    lesões ocorre nas mãos.
Energias físicas térmicas - calor


   O corpo costuma ser capaz de manter a sua
    temperatura dentro de uma margem estreita, quer seja
    num clima temperado, quer num clima frio, mediante a
    sudação, com alterações na respiração, variando o fluxo
    sanguíneo que chega à pele e aos órgãos internos.

   No entanto, uma exposição excessiva a altas
    temperaturas pode provocar alterações, como
    esgotamento por calor, golpe de calor (insolação) e
    cãibras, intermação e queimadura.
Energias físicas térmicas - calor


   O risco de sofrer de uma destas alterações provocadas
    pelo calor aumenta com a humidade elevada, que
    diminui o efeito refrescante da sudação, e com o
    exercício físico prolongado e esgotante, que aumenta a
    quantidade de calor que os músculos produzem.

   Os idosos, as pessoas muito obesas e os alcoólicos
    crônicos são especialmente vulneráveis às alterações do
    calor, tal como os que ingerem determinados
    medicamentos, como anti-histamínicos, fármacos
    antipsicóticos, álcool e cocaína.
Energias físicas térmicas – calor - prostração



   A prostração provocada pelo calor é um processo
    devido a uma exposição ao calor durante várias horas,
    na qual a perda excessiva de líquidos provocada pela
    sudação causa fadiga, queda da pressão (tensão)
    arterial e, por vezes, um colapso.

   A exposição a altas temperaturas pode provocar perda
    de líquidos através da sudação, sobretudo durante a
    atividade física ou o exercício.
Energias físicas térmicas – calor - prostração



   Juntamente com os líquidos, perdem-se sais
    (eletrólitos), o que altera a circulação e o funcionamento
    do encéfalo.



   Como resultado, pode verificar-se prostração. A
    prostração causada pelo calor parece uma situação
    grave, mas, na realidade, raramente o é.
Energias físicas térmicas – calor - prostração



   Os principais sintomas são o aumento da fadiga,
    debilidade, ansiedade e sudação excessiva.

   A pessoa pode sentir que desmaia estando em pé
    porque o sangue se acumula (armazena-se) nos vasos
    sanguíneos das pernas, que se dilatam com o calor.

   O batimento cardíaco (ritmo) torna-se mais lento e fraco,
    a pele arrefece, empalidece e toma um aspecto húmido
    e viscoso e o indivíduo afetado fica confuso.
Energias físicas térmicas – calor - prostração



   A perda de líquidos reduz o volume de sangue, faz
    descer a tensão arterial e pode provocar um colapso ou
    desmaio.


   Geralmente, a prostração provocada pelo calor é
    diagnosticada com base nos sintomas.
Energias físicas térmicas – calor - insolação


   O golpe de calor- insolação é uma doença que pode
    pôr a vida em perigo, que deriva de uma prolongada
    exposição ao calor e na qual uma pessoa não pode suar
    o suficiente para fazer descer a sua temperatura
    corporal.


   Esta doença costuma desenvolver-se rapidamente e
    requer um tratamento intensivo e imediato.
Energias físicas térmicas – calor - insolação



   Se uma pessoa estiver desidratada e não puder suar o
    suficiente para arrefecer o seu corpo, a temperatura
    corporal pode atingir níveis perigosamente elevados e
    provocar um golpe de calor.

   Certas doenças, como a esclerodermia e a fibrose
    quística, diminuem a capacidade de sudação e,
    consequentemente, aumentam o risco de ocorrer um
    golpe de calor.
Energias físicas térmicas – calor - insolação


   A pele fica quente, avermelhada e geralmente seca.

   O ritmo cardíaco acelera-se e depressa pode atingir as
    160 ou 180 pulsações por minuto, em vez do índice
    normal de 60 a 100 pulsações por minuto.

   O ritmo respiratório aumenta, mas a tensão arterial
    raramente varia.

   A temperatura corporal, que deverá ser medida no reto,
    rapidamente ascende a 40º ou 41ºC, provocando uma
    sensação de fogo interior.

   A pessoa pode sentir-se desorientada e confusa, perder
    rapidamente a consciência ou ter convulsões.
Energias físicas térmicas – calor - insolação


   O golpe de calor - insolação pode provocar alterações
    permanentes ou a morte se não for tratado de imediato.

   Uma temperatura de 41ºC é muito grave e uma
    temperatura de apenas 1º mais costuma ser mortal.

   Rapidamente poderá verificar-se uma lesão permanente
    nos órgãos internos, como o encéfalo, chegando muitas
    vezes a ser fatal.

   Os idosos e quem sofre de uma doença debilitante,
    incluindo os alcoólicos, tendem a ser os mais
    prejudicados. Geralmente, o diagnóstico de golpe de
    calor baseia-se nos sintomas.
Energias físicas térmicas – calor - cãibras



   Estas cãibras são espasmos musculares graves que
    ocorrem depois de se suar excessivamente ao
    desenvolver uma atividade física intensa em condições
    de calor extremo.

   Estas cãibras são provocadas por uma perda excessiva
    de líquidos e de sais (eletrólitos) como o sódio, o
    potássio e o magnésio, devida a uma sudação intensa,
    tal como acontece durante a prática de uma atividade
    física extenuante.
Energias físicas térmicas – calor - cãibras



   As cãibras provocadas pelo calor são muito comuns
    entre os trabalhadores manuais, como o pessoal das
    casas das máquinas, os ferreiros e os mineiros.

   O excesso de proteção, como o vestuário que os
    alpinistas ou os esquiadores usam, pode ocultar uma
    grande sudação.
Energias físicas térmicas – calor - cãibras


   Este tipo de cãibras costuma começar inesperadamente
    nas mãos, nas barrigas das pernas ou nos pés.

   Costumam ser dolorosas e impedem os movimentos. Os
    músculos endurecem, ficam tensos e torna-se difícil
    descontraí-los.

   As cãibras provocadas pelo calor podem ser evitadas ou
    tratadas consumindo bebidas ou alimentos que
    contenham sal.
Energias físicas térmicas – calor - cãibras


   Em casos excepcionais a pessoa afetada deve receber
    líquidos e sais por via endovenosa.

   Os comprimidos de sal podem ajudar a evitá-las, mas,
    normalmente, provocam queixas no estômago.

   Há que ter em conta que, se se consumir sal em
    excesso, pode provocar-se uma retenção de líquidos
    (edema).
Energias físicas térmicas – calor



A antiga classificação das queimaduras

1º grau (eritema, rubor).

2 – 2º grau (flictema - bolha – líquido seroso
  com proteína e cloretos – sinal de Chambert
    positivo).
Energias físicas térmicas – calor



3º grau (escarificação – necrose – cicatrizes
  que podem produzir danos deformantes e/ou
  perturbações funcionais).

4º grau (Carbonização):

a) superficial – e assim um isolante tanto
  térmico quanto elétrico.

b) profunda.
Energias físicas térmicas – calor



Modernamente as queimaduras são classificadas em:

1 – Superficiais: hiperemia, na área atingida pelo agente
   térmico que traz pouca energia ou estabelece contato
   fugaz. Destrói somente as células mais superficiais da
   epiderme.

(a hiperemia some à compressão e retorna quando se
  desfaz a pressão).
Energias físicas térmicas – calor

2 – Parciais: comprometem toda a epiderme e a superfície
   da derme, mas poupam os anexos cutâneos – matriz
   dos pêlos e os ácinos das glândulas sebáceas e
   sudoríparas.
Dividem-se em:

a) superficiais – destroem a epiderme até a camada basal,
   formando bolhas. A seqüela é o distúrbio da
   pigmentação do local.

b) profundas – destroem a epiderme e suas terminações
   nervosas, a derme superficial e parte da derme
   profunda. Não atingem os anexos e a hipoderme. A
   seqüela é o quelóide.
Energias físicas térmicas – calor

3 – Totais: destroem todos os planos da pele, os
  anexos cutâneos e a vascularização.
    - As lesões são pálidas, com aspecto e
  consistência semelhante a couro e não exsudam
  pelo fechamento da rede vascular profunda.
   - Atingem, além da gordura, a musculatura. São
  insensíveis.
   - A seqüela são escaras com tecido necrótico,
  cicatrizes deformantes.
   - Quase sempre necessitam de reabilitação.
Energias físicas térmicas – calor


- A gravidade das queimaduras depende de vários
   fatores: extensão, profundidade, localização, idade
   da vítima e agente causal.

- Para a Associação Americana de Queimaduras:
   discreta, moderada e grave.

- A área de uma das mãos estendidas corresponde a
   0,8% da superfície corporal (Perry et al. 1996),
   acabando com a controvérsia entre autores de 1 a
   2,5%.
Energias físicas térmicas – calor

-   A morte das células libera substâncias que
    fazem desencadear a resposta inflamatória:
    endotelina, histamina, bradicinina,
    serotonina, prostaglandinas, catecolaminas,
    vasopressina, monóxido de nitrogênio e
    citocinas.

- A reação local às queimaduras tem uma
   vertente vascular e outra celular
   dependentes dos mediadores químicos.
Energias físicas térmicas – calor


O estado físico do agente:
A forma e a distribuição das lesões pode até identificar
   o agente.
Fogo:
       1- Pêlos - extremidade distal retorcida e friável,
   aspecto e cheiro característico – encrespados ou
   crestados.
       2- Roupas – a propagação da carbonização,
   faz-se de baixo para cima. Conforme o tecido pode
   agravar as lesões da chama inicial (combustível
   rápido).
Energias físicas térmicas – calor


FOGO: é a causa mais freqüente de queimaduras
  graves em mulheres idosas e adultos.

GASES OU VAPORES: muito aquecidos, mas não
  inflamados.
 As lesões (queimaduras) podem ser parciais e
  profundas
 As lesões (queimaduras) ocorrem nas partes
  desnudas do corpo.
 Acidentes com panelas de pressão, autoclaves,
  saunas como exemplos.
Energias físicas térmicas – calor

- A morte depende do agente térmico e dos fatores
   pessoais.
- A causa mais precoce de morte é a intoxicação por
   monóxido de carbono (a concentração chega a
   517.400 ppm nos locais fechados e em locais
   abertos a 35.700 ppm – partes por milhão),
   cianetos, etc. fruto da combustão dos materiais
   presentes no ambiente.
- Baixa concentração de O2 pela combustão de
   materiais. Alta concentração de carboxiemoglobina
   acima de 50%.
- Espasmo dos bronquíolos em decorrência da ação
   irritante das substâncias inaladas.
Energias físicas térmicas – calor


- Juntamente com os gases tóxicos são aspirados
   partículas de carvão, fuligem, cinza que podem ser
   vistas na necropsia com a abertura da árvore
   respiratória e no conteúdo gástrico.

- Apesar do grau avançado de destruição superficial,
   na maioria das vezes, as vísceras mostram-se bem
   preservadas e passíveis de serem examinadas sem
   dificuldade.
Energias físicas térmicas – calor


- As fraturas ósseas por ação do calor não podem ser
   vistas como produzidas por ação contundente.

- As fraturas do crânio pela ação do fogo, pela ruptura
   de veias da dura-máter costumam produzir
   hematoma intracraniano, no setor epidural após a
   morte.

- O encéfalo ferve. O sangue vai para as meninges.
   Pela retração da dura-máter os vasos de drenagem
   rompem-se, podendo colecionar inclusive no
   espaço subdural.
Energias físicas térmicas – calor


- Nas primeiras 24 horas – desidratação > alterações
   hemodinâmicas (choque) >insuficiência renal
   (necrose tubular aguda) > pulmão de choque.
- À necropsia é comum o grande aumento de peso
   dos pulmões. De cor vermelho-vinhosa e sem
   crepitação à palpação.
- Exame microscópico após as 48 horas:
       a) depósito de membranas hialinas sobre as
   paredes septais.
       b) obliteração de pequenos vasos por trombos
   de fibrina.
Energias físicas térmicas – calor


- Cerca de 75% dos grandes queimados morre de
   infecção generalizada (sepse).

- Ainda hoje considerada por muitos (inclusive KriseK)
   como inevitável a ocorrência de infecções (bons
   resultados pela intervenção cirúrgica precoce e
   mais agressiva).
- A eliminação nos mecanismos de defesa –
   queratinização e descamação das células
   superficiais, produção de substâncias lipídicas
   antibacterianas e concorrência da flora normal –
   favorecem as infecções.
Energias físicas térmicas – calor


Líquidos Escaldantes:
1 – costumam produzir queimaduras descendentes
  (gravidade).
2 – lesão de maior intensidade em plano superior com
  relação ao solo.
3 – lesões características de vítimas dormindo.
4 – crianças em acidentes domésticos e no banho
  (nádegas, genitália e pés). (negligência, pelo
  E.C.A.).
Energias físicas térmicas – calor


  Da Perícia:
- A perícia em queimadura pode ser feita em pessoas
   vivas e em cadáveres.
- O diagnóstico da reação vital diz respeito apenas à
   necropsia forense.
- Lesão dolosa tem importância na caracterização de
   certos itens dos parágrafos primeiro e segundo do
   artigo 129 do Código Penal (lesões corporais) e, na
   aplicação da pena.
Energias físicas térmicas – calor


Da Perícia:
- Como possibilidades, temos a caracterização do
   perigo de vida, a redução da capacidade funcional
   de um membro, a incapacidade por mais de 30 dias
   para as ocupações habituais ou a deformidade
   permanente.

- Para fins civis, a quantificação de dano para efeito
   de indenização, seja o crime doloso ou culposo.
Energias físicas térmicas – calor


- Queimaduras de face > dano estético de
  vulto.
- Queimaduras das mãos e dos pés >
  comprometer tendões formando aderências
  > redução da função.
- Queimaduras na genitália > impotência
  instrumental no homem. Assim mesmo
  podemos determinar o sexo do cadáver pelo
  achado do útero ou da próstata.
Energias físicas térmicas – calor


- Pielonefrite aguda pela infecção ascendente
  das vias urinárias.

- Queimaduras profundas que interessam toda
  a circunferência de um segmento -
  queimaduras circunferências – (ex. tórax e
  pescoço). > síndrome compartimental >
  cirurgia (escarotomia).
Energias físicas térmicas – calor


- Contudo o exame dos dentes pelo
  odontolegista é o melhor processo de
  identificação.

- Nas carbonizações podemos recorrer ao
  exame radiológico do esqueleto (calos
  ósseos de fraturas antigas, a forma dos seios
  paranasais, principalmente os frontais).
Energias físicas térmicas – calor


Causa jurídica das queimaduras:
- A maior causa (1ª) os acidentes (no lar com crianças
   e idosos).

- Hábito de fumar com o dispositivo para acendê-lo
   (idosos) – exame de nicotina na urina. (30% das
   mortes nos EUA)

- Pessoas embriagadas e drogadas aumentam o risco
   de acidentes pelo fogo. (coordenação muito
   diminuída).
- Auto lesões pelos agentes térmicos não é comum.
Energias físicas térmicas – calor


Causa jurídica das queimaduras:
- As lesões criminosas como a tortura, o castigo
   corporal (mulheres e crianças) são comuns.
- A 2ª maior causa de morte pela ação térmica direta é
   o suicídio.
- O homicídio por ação térmica já foi mais raro
   (excluindo, quando as pessoas são mortas
   inicialmente por outros meios).
- Incêndios criminosos: para fraudar seguros; por
   vingança; por irresponsabilidade de piromaníacos;
   para ocultar crime.
Energias físicas térmicas – calor


Diagnóstico da reação vital:
- Reação inflamatória;
- As bolhas das queimaduras parciais
   aparecem em menos de uma (1) hora;
- Dosagem de monóxido de carbono no sangue
   (teores de carboxiemoglobina acima de
   50%).
- Produção de outros produtos tóxicos (ex. os
   cianetos.
Energias físicas térmicas – calor


- Aspiração de gases tóxicos (partículas de carvão,
   fuligem, cinza – vistas pela abertura das vias
   respiratórias).
- A quantidade de calor e o tempo exigido para a
   cremação de um corpo, nunca são conseguidos em
   incêndios, agressões e nas dissimulações de
   homicídios.
- A face do corpo voltada para baixo fica bem
   preservada.
- A queimadura com microondas que esquenta os
   tecidos que contem mais água. (mais pele e
   músculo e menos gordura).
Energias físicas térmicas – frio


- Diz-se que há hipotermia quando a Tc (temperatura
   central –medida preferencialmente no esôfago e se
   não no reto) cai abaixo dos 35ºC.
- A hipotermia costuma dividir-se em:
       1- leve (35 a 32ºC);
       2- moderada (32 a 28ºC);
       3- grave (< 28ºC).
- Para alguns autores;
      4- profunda (20 a10ºC);
      5- muito profunda (10 a 5ºC);
      6- ultraprofunda (< 5ºC).
Energias físicas térmicas – frio

- Não há lesões patognomônicas da
   hipotermia.
- A causa jurídica mais comum é o acidente.
- Podem ocorrer crimes dolosos como:
   abandono de incapaz ao relento, no frio.
- Crimes culposos relacionados com atividade
   terapêutica clínica ou cirúrgica.
- Raramente o suicídio por expor-se
   deliberadamente ao frio ambiental.
Energias físicas térmicas – frio

-    Na água a temperatura de 2,5 a 12ºC, após 2
     horas de contato em média a morte ocorre.
-    A hipotermia é produzida de forma muito
     mais rápida em contato com a água gelada.

-    Os segmentos mais atingidos pela lesão são
     as mãos e os pés – 90% dos casos. Se bem
     protegidos a maior incidência migra para as
     orelhas, o nariz e as regiões malares.
Energias físicas térmicas – frio

- As geladuras devem ser avaliadas somente
   após o descongelamento.
- As geladuras podem ser classificadas em
   superficiais e profundas ou em quatro graus:

     1º grau – pele de consistência aumentada
        e com área pálida.
     2º grau – edema e bolhas com conteúdo
        límpido e cristalino.
Energias físicas térmicas – frio

-    As geladuras podem ser classificadas em
     quatro graus:

        3º grau – pele de consistência de uma
          placa endurecida e bolha com conteúdo
          hemorrágico.
        4º grau – necrose do segmento afetado e
          trombose arterial.
Energias físicas térmicas – frio

-    Provenientes de acidentes, a maioria das
     lesões está mais ligada às ações de
     ressarcimento de dano, indenizações por
     acidentes de trabalho.

- O diagnóstico da gravidade depende da
  evolução.
Energias físicas térmicas – frio

-    Faz-se necessário pesquisar a existência de
     incapacidade por amputação de segmentos,
     ou deficiências residuais motoras, sensitivas
     ou psíquicas.

-    Tem sido referidas alterações de
     enrijecimento articular e áreas de
     desmineralização e destruição óssea nos
     segmentos comprometidos.
Energia Física Elétrica Industrial




- As lesões causadas pela eletricidade industrial
   chamamos de eletroplessão.

- Nos acidentes de alta tensão: parada
  respiratória central; parada cardíaca em
  assistolia; hemorragia tardia.

- Nos acidentes de baixa tensão: fibrilação
  ventricular; parada respiratória periférica.
Energia Física Elétrica Industrial - Eletroplessão




   Síndrome desencadeada pela eletricidade artificial.
    As lesões localizadas mais simples são:

   Marca elétrica de Jellinek: lesão esbranquiçada e
    dura, mumificada, com a forma do eletroduto (fio,
    plug), com centro encovado e bordas elevadas.

   Metalização ou Salpicos metálicos: marcas com
    destaque da pele e metal do eletroduto fundido no
    fundo das mesmas.
Energia Física Elétrica Industrial - Eletroplessão



   Efeito Joule: transformação da energia elétrica em
    térmica, podendo dar queimaduras de 1º, 2º e 3º graus.

   Oftalmia elétrica: com formação de cataratas.

   Lesões nervosas: neurites, parestesias, atrofias
    musculares, paralisias.

   Lesões vasculares: fragilidade vascular.

   Lesões ósseas: formação de pérolas de fosfato de
    cálcio.
Energia Física Elétrica


ELETROCUSSÃO
 Ação sistêmica ou letal da energia elétrica artificial.




FULGURAÇÃO
 Lesões localizadas, não letais, produzidas pela
  eletricidade cósmica ou queraurano gráfica, sendo a
  mais característica o: Sinal de Lichtenberg de aspecto
  arboriforme (em "folha de samambaia"), resultante da
  paralisia vascular ou da difusão elétrica pela pele.

FULMINAÇÃO
 Lesões sistêmicas ou letais produzidas pela eletricidade
  cósmica ou queraurano gráfica
Energia Física Elétrica Industrial



Causa Jurídica da morte:

-   Acidentes > infortúnios no trabalho.

-   Acidentes > que se confundem com suicídios > práticas
    eróticas.

-   Cadeira elétrica > modo de execução da pena capital.

-   Prática da tortura (crime hediondo) > regiões sensíveis
    do organismo (úmidas = baixa resistência, corrente mais
    intensa).
Energia Física Elétrica Industrial


Perícia:

- Constatar incapacidades e estabelecer o nexo causal
   com o acidente.

- Nos acidentes de alta tensão, as lesões são extensas e
   inconfundíveis.

- Nos acidentes de baixa voltagem pode haver dificuldades
   diagnósticas nas necropsias.

- Fragmentos de epiderme colados ao condutor que
   eletrocutou a vítima.
Energia Física Elétrica Natural



- A ação não letal da eletricidade natural sobre o organismo
   é chamada de fulguração.

- Alguns autores chamam de fulminação, ação letal da
   eletricidade natural – fulminar é lançar raios, coriscos.

Perícia:

- Mau estado das vestes e lesões por ação contundente
   podem trazer suspeitas.

- Sinais gerais de asfixia.
Energia Física Elétrica




  Lesões produzidas pelo efeito joule da corrente e pela
  ação luminosa dos arcos voltaicos, que podem persistir:

- Surdez

- Catarata tardia (redução progressiva da transparência do
   cristalino).

- Lesões do epitélio da córnea - ceratite (conseqüência dos
   raios UV).

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  • 2. Módulos 4, 5 e 6 www.fisicarildo.blogspot.com http://www.concursoefisioterapia.com/2009 /04/estimulacao-eletrica- neuromuscular-e.html
  • 3. Associação de Resistores 1)Série: -Mesma corrente. -A Tensão Total(U) é U = U1 + U 2 + U 3 a soma das parciais. RS .i = R1.i + R2 .i + R3 .i RS = R1 + R2 + R3 (c.q.d .)
  • 4. 2)Paralelo: -Mesma Tensão. i = i1 + i2 + i3 -A Corrente Total(I) é a soma das parciais. U U U U = + + R R1 R2 R3 1 1 1 1 = + + R R1 R2 R3 (c.q.d .)
  • 5. A)Dois Resistores em Paralelo. 1 1 1 = + RP R1 R2 1 R2 + R1 = RP R1.R2 R1.R2 RP = R2 + R1 Produto RP = Soma
  • 6. B)Vários Resistores em Paralelo R REq = n
  • 7. 3)Fusíveis -Elemento de proteção. -Ligados em série. -Fundem-se(queimam) ou desarmam-se(Disjuntores).
  • 8. A)Reostatos. -Resistência Variável. -Ligados em série ou em paralelo. -Potenciômetros (deslizantes)
  • 10. Energias Físicas 2 – Elétrica; a) cósmica (queraurano gráfica; raio, centelha). b) artificial (eletricidade industrial). 3 – Luminosa; solar e artificial.
  • 11. Energia elétrica  Uma lesão provocada pela corrente elétrica é o dano que se verifica quando uma corrente elétrica atravessa o corpo e queima o tecido ou interfere com o funcionamento de um órgão interno.  A corrente elétrica que atravessa o corpo gera calor, podendo queimar gravemente os tecidos e destruí-los.  Uma descarga elétrica pode provocar um curto-circuito nos sistemas elétricos do organismo, causando uma interrupção no funcionamento do coração (paragem cardíaca).
  • 12. Energia elétrica  As lesões elétricas podem ser provocadas: - Pela queda de um raio sobre uma pessoa ou, - Por contacto com cabos elétricos; - Linhas elétricas caídas ou, - Algum elemento que conduza a eletricidade a partir de um cabo elétrico ativo, como um tanque de água.
  • 13. Energia elétrica  A gravidade da lesão, que pode variar entre uma queimadura ligeira e a morte, é determinada: - Pelo tipo e pela intensidade da corrente, - Pela resistência do corpo à referida corrente no ponto de entrada, - Pelo percurso da mesma dentro do organismo e, - Pela duração da exposição.
  • 14. Energia elétrica  Em geral, a corrente contínua é menos perigosa do que a corrente alterna.  Os efeitos da corrente alterna sobre o corpo dependem, em grande parte, da velocidade com que esta varia (ou seja, a sua freqüência), um fator que se mede em ciclos por segundo (hertzs, Hz).
  • 15. Energia elétrica  As correntes de baixa freqüência, de 50 e 60 Hz, são mais perigosas do que as correntes de alta freqüência e entre 3 e 5 vezes mais perigosas do que a corrente contínua da mesma voltagem e intensidade (amperagem).  A corrente contínua tem tendência para provocar fortes contrações musculares que, com freqüência, afastam a vítima da fonte de energia.
  • 16. Energia elétrica  A corrente alterna de 60 Hz faz com que os músculos fiquem congelados (contraídos) na sua posição, o que impede que as vítimas possam interromper a fonte da corrente. Como resultado, a exposição pode ser prolongada e provocar graves queimaduras.  Geralmente, quanto mais altas forem a voltagem e a amperagem, maior será o dano que a corrente produzirá, independentemente do seu tipo.
  • 17. Energia elétrica  A potência da corrente elétrica mede-se em amperes (A). Um miliampere (mA) é de 1 A.  O corpo pode aperceber-se do contacto com a corrente contínua que entra pela mão a cerca de 5 a 10 A; pode sentir a corrente doméstica comum, que é uma corrente alterna de 60 Hz, com 1 a 10 mA.
  • 18. Energia elétrica  A corrente máxima que faz com que os músculos do braço se contraiam, mas que ainda permite que a mão solte a fonte da corrente, recebe o apropriado nome de corrente de libertação.  Este valor é de, aproximadamente, 75 mA para a corrente contínua e, no caso da corrente alterna, de 2 a 5 mA nas crianças, de 5 a 7 mA nas mulheres e de 7 a 9 mA nos homens, dependendo da massa muscular do braço.
  • 19. Energia elétrica  Nas correntes de baixa potência, entre 60 e 100 mA, a corrente alterna de 60 Hz de baixa voltagem (de 110 a 220 V) que atravesse o tórax durante 1 segundo pode provocar ritmos cardíacos irregulares que põem a vida em perigo. Para produzir o mesmo efeito são necessários entre 300 e 500 mA de corrente contínua.  Se a eletricidade for diretamente ao coração, por exemplo através de um pacemaker, uma corrente muito mais baixa (de menos de 1 mA) pode provocar arritmias graves.
  • 20. Energia elétrica  A resistência é a capacidade de deter ou desacelerar a passagem da corrente elétrica. A resistência máxima do corpo concentra-se na pele e depende diretamente do seu estado.  A resistência média da pele seca e sã é 40 vezes maior do que a da pele fina e húmida.
  • 21. Energia elétrica  Quando a pele está arranhada ou tem feridas, ou quando se aplica a corrente sobre membranas mucosas húmidas como a boca, o reto ou a vagina, esta resistência é apenas metade da pele húmida e intacta.  A resistência da pele grossa e calosa da palma da mão ou da planta do pé é 100 vezes maior que a das zonas da pele mais fina.
  • 22. Energia elétrica  Enquanto a corrente elétrica atravessa a pele, pode libertar grande parte da sua energia na superfície porque ali encontra resistência.  Se a resistência da pele for alta, podem ser provocadas grandes queimaduras superficiais nos pontos de entrada e de saída, com carbonização dos tecidos intermédios.  Os tecidos internos também se queimam, dependendo da sua resistência.
  • 23. Energia elétrica  O percurso que a corrente faz dentro do corpo pode ser crucial no momento de se determinar o grau de lesão.  O ponto de entrada da eletricidade mais freqüente é a mão. O segundo é a cabeça.  O ponto de saída mais freqüente é o pé.  Devido ao fato de a corrente que vai de braço a braço ou de um braço a uma perna poder atravessar o coração, ela é muito mais perigosa do que a corrente que vai de uma perna ao solo.
  • 24. Energia elétrica  A corrente que atravessa a cabeça pode provocar hemorragias cerebrais, paralisias respiratórias, alterações psicológicas (como problemas de memória a curto prazo, alterações da personalidade, irritabilidade e alterações no sono) e irregularidade no ritmo cardíaco.  As lesões nos olhos podem provocar cataratas.
  • 25. Energia elétrica  A duração da exposição é importante.  Quanto maior for o período de exposição, maior será a quantidade de tecido danificado.  Uma pessoa que fique agarrada a uma fonte de corrente elétrica pode sofrer queimaduras graves.
  • 26. Energia elétrica  Por outro lado, quem tenha sido atingido por um raio raramente sofre queimaduras externas ou internas graves, porque tudo acontece de forma tão rápida que a corrente tende a passar por fora do corpo sem provocar danos importantes nos tecidos internos.  No entanto, o raio pode provocar um curto-circuito no coração e nos pulmões, chegando a paralisá-los, bem como a danificar os nervos e o encéfalo.
  • 27. Energia elétrica  Os sintomas dependem das complexas interações de todas as características da corrente elétrica.  Um choque de corrente elétrica pode assustar uma pessoa, derrubá-la ou provocar-lhe fortes contrações musculares. Qualquer destes efeitos poderão provocar deslocações, fraturas e contusões. A vítima pode ficar inconsciente. A respiração e o coração podem paralisar. O trajeto das queimaduras elétricas pode ser visto como uma linha claramente traçada sobre a pele e até nos tecidos internos.
  • 28. Energia elétrica  Uma corrente de alta voltagem por vezes mata os tecidos localizados entre os pontos de entrada e de saída, provocando extensas superfícies de músculo queimado. Como resultado, perdem-se grandes quantidades de líquido e de sais (eletrólitos) e, em certos casos, a tensão arterial baixa perigosamente, como nas queimaduras graves.  As fibras musculares danificadas libertam mioglobina, que pode lesar os rins e provocar insuficiência renal.
  • 29. Energia elétrica  Uma pessoa molhada pode entrar em contacto com uma corrente elétrica (por exemplo, quando um secador cai dentro da banheira ou se pisa um charco que está em contacto com uma linha elétrica subterrânea).  Nestas situações, a resistência da pele reduz-se a tal ponto que a vítima não se queima, mas pode sofrer uma paragem cardíaca e morrer se não lhe forem feitas manobras de reanimação rapidamente.
  • 30. Energia elétrica  Os raios raramente provocam queimaduras de entrada e de saída e em poucos casos originam dano muscular ou mioglobina na urina.  Num primeiro momento pode-se perder a consciência e até, por vezes, entrar em estado de coma ou então sofrer confusão temporária, mas estes estados costumam desaparecer numa questão de horas ou de dias.  A causa mais freqüente de morte, quando um raio atinge uma pessoa, é a paralisia do coração e dos pulmões (paragem cardiorrespiratória).
  • 31. Energia elétrica  As crianças que, acidentalmente, metem na boca extremidades de cabos podem sofrer queimaduras na boca e nos lábios.  Estas queimaduras não só provocam deformações na cara, como também problemas de crescimento dos dentes, do maxilar e da cara.
  • 32. Energia elétrica  A criança deverá ser examinada por um especialista em ortodontia ou por um estomatologista, bem como por um cirurgião especialista em queimaduras.  Um perigo adicional é que, quando a crosta se soltar, ocorra uma grave hemorragia de uma artéria do lábio, geralmente 7 a 10 dias depois da lesão.
  • 33. Energias Físicas Energias Físicas: 1 – Radioativa ou Actínica; raio x, radium, cobalto, urânio enriquecido, outras formas. 2 – Sonora; a) instantânea (explosão, som de impacto). b) contínua (ruído laboral, música com volumes altos).
  • 34. Energia física radioativa ou actínica  As lesões causadas pela radiação são o dano provocado nos tecidos em virtude de uma exposição às radiações.  Geralmente, a radiação refere-se a ondas ou partículas de alta energia emitidas por fontes naturais ou artificiais (geradas pelo homem).
  • 35. Energia física radioativa ou actínica  As lesões dos tecidos podem ser provocadas por uma breve exposição a altos valores de radiação ou então por uma exposição prolongada a baixos níveis.  Alguns efeitos adversos da radiação duram pouco tempo. Outros provocam doenças crônicas.
  • 36. Energia física radioativa ou actínica  Os primeiros efeitos de doses elevadas tornam-se óbvios em questão de minutos ou nos dias posteriores à exposição.  Outros efeitos só são evidentes semanas, meses e até anos depois.  As mutações do material genético celular dos órgãos sexuais só se podem tornar evidentes se a pessoa exposta à radiação tiver filhos. Essas crianças podem nascer com defeitos genéticos.
  • 37. Energia física radioativa ou actínica  Escaparam, acidentalmente, grandes quantidades de radiação das centrais de energia nuclear, como a de: - Three Mile Island, na Pensilvânia (EUA), em 1979, e - A de Chernobyl (Ucrânia), em 1986. - O acidente de Three Mile Island não provocou uma grande exposição radioativa.
  • 38. Energia física radioativa ou actínica - De fato, as pessoas que viviam a uma distância aproximadamente de 1,5 km da central receberam menos radiação do que a quantidade de raios X que qualquer pessoa, em média, recebe num ano. - No entanto, as pessoas que viviam perto da central de Chernobyl foram expostas a muito mais radioatividade. - Mais de 30 afetados morreram e muitos outros sofreram ferimentos. - A radiação desse acidente chegou à Europa, à Ásia e aos Estados Unidos.
  • 39. Energia física radioativa ou actínica  No total, a exposição à radiação gerada por reatores nos primeiros 40 anos de uso de energia nuclear, excluindo Chernobyl, provocou 35 exposições graves com 10 mortos, embora nenhum caso tenha sido associado às centrais nucleares.  Nos países industrializados, os reatores de energia nuclear devem cumprir estritas medidas governamentais que limitam a quantidade de material radioativo libertado a valores extremamente baixos.
  • 40. Energia física radioativa ou actínica  A radiação mede-se em unidades diferentes.  O roentgen (R) mede a quantidade desta no ar.  O gray (Gy) é a quantidade de energia realmente absorvida por qualquer tecido ou substância após uma exposição à radiação.
  • 41. Energia física radioativa ou actínica  Como alguns tipos de radiação podem afetar uns organismos biológicos mais do que outros, para descrever a intensidade dos efeitos que a radiação produz sobre o corpo, em quantidades equivalentes de energia absorvida, utiliza-se o sievert (SV).  Os efeitos prejudiciais da radiação dependem da quantidade (dose), da duração e do grau de exposição.
  • 42. Energia física radioativa ou actínica  Uma única dose rápida de radiação pode ser mortal, mas a mesma dose total aplicada num lapso de semanas ou meses pode provocar efeitos mínimos.  A dose total e o grau de exposição determinam os efeitos imediatos sobre o material genético das células.
  • 43. Energia física radioativa ou actínica  Chama-se dose à quantidade de radiação a que uma pessoa está exposta durante um determinado período de tempo.  A dose de radiação ambiental que se torna inevitável é baixa, cerca de 1 a 2 miligrays (1 miligray equivale a gray) por ano, e não provoca efeitos detectáveis sobre o organismo.
  • 44. Energia física radioativa ou actínica  Por outro lado, os efeitos da radiação são cumulativos, ou seja, cada exposição é somada às anteriores até determinar a dose total e o seu provável efeito sobre o organismo.  Da mesma forma, à medida que aumenta a proporção da dose ou a dose total, aumenta também a probabilidade de se produzirem efeitos detectáveis.
  • 45. Energia física radioativa ou actínica  Os efeitos da radiação também dependem da percentagem do organismo que é exposto.  Por exemplo, mais de 6 grays costumam provocar a morte quando a radiação se distribui sobre toda a superfície corporal.  No entanto, quando se limita a uma área pequena, como acontece na terapia contra o cancro, é possível aplicar 3 ou 4 vezes esta quantidade sem que se produzam danos graves no organismo.
  • 46. Energia física radioativa ou actínica  A distribuição da radiação no corpo também é importante.  As partes do mesmo em que as células se multiplicam rapidamente, como o intestino e a medula óssea, são mais danificadas pela radiação do que os tecidos cujas células se multiplicam mais lentamente, como os músculos e os tendões.  Durante a radioterapia contra o cancro, faz-se todo o possível para proteger as partes mais vulneráveis do organismo, com o fim de poder utilizar doses mais elevadas.
  • 47. Energia física radioativa ou actínica  A exposição à radiação provoca dois tipos de lesões: agudas (imediatas) e crônicas (retardadas ou tardias).  A síndrome cerebral é provocada quando a dose total de radiação é extremamente alta (mais de 30 grays).
  • 48. Energia física radioativa ou actínica  Revela-se sempre mortal. Os primeiros sintomas, náuseas e vômitos, são seguidos de apatia, sonolência e, em alguns casos, coma.  Estes sintomas são provocados, muito provavelmente, pela inflamação do tecido cerebral. Em poucas horas dão-se estremecimentos (tremores), convulsões, incapacidade para andar e, finalmente, a morte.
  • 49. Energia física radioativa ou actínica  A síndrome gastrointestinal produz-se a partir de doses menores de radiação, mas também igualmente altas (4 grays ou mais).  Os sintomas consistem em náuseas, vômitos e diarreias graves, que provocam grande desidratação.  Inicialmente, a síndrome é provocada pela morte das células que revestem o trato gastrointestinal (mucosa).
  • 50. Energia física radioativa ou actínica  Os sintomas persistem devido ao desprendimento progressivo do revestimento mucoso e ao desenvolvimento de infecções bacterianas. Finalmente, as células que absorvem nutrientes ficam completamente destruídas e produz-se perda de sangue na zona lesionada, para o interior do intestino, normalmente em grandes quantidades.  Entre 4 e 6 dias depois da exposição à radiação podem crescer novas células. Mas, mesmo que assim seja, as vítimas que sofrem desta síndrome provavelmente morrerão em virtude de uma insuficiência da medula óssea, entre 2 e 3 semanas mais tarde.
  • 51. Energia física radioativa ou actínica  A síndrome hematopoiética afeta a medula óssea, o baço e os gânglios linfáticos, que são os principais centros de produção de células sanguíneas (hematopoiese).  Manifesta-se depois de uma exposição de 2 a 10 grays de radiação e começa com perda de apetite (anorexia), apatia, náuseas e vômitos.  Estes sintomas são mais graves ao fim de 6 a 12 horas depois da exposição e podem regredir completamente entre 24 e 36 horas mais tarde.
  • 52. Energia física radioativa ou actínica  Durante este período em que não há sintomas, as células produtoras de sangue localizadas nos gânglios linfáticos, no baço e na medula óssea começam a desgastar-se, a diminuir e não se formam de novo, o que implica uma grave carência de glóbulos brancos e vermelhos.  A falta de glóbulos brancos (que combatem as infecções) costuma provocar infecções graves.  Se a dose total de radiação for de mais de 6 grays, as insuficiências hematopoiéticas e gastrointestinais costumam ser mortais.
  • 53. Energia física radioativa ou actínica  A síndrome radioativa de tipo agudo verifica-se numa pequena proporção de doentes depois de um tratamento com radiação (radioterapia), especialmente se tiver sido aplicada sobre o abdômen.  Os sintomas compreendem náuseas, vômitos, diarreia, perda de apetite, dor de cabeça, sensação de mal-estar geral e um ritmo cardíaco acelerado (taquicardia).  Costumam regredir num lapso de horas ou de poucos dias. Não se conhece com rigor a causa desta síndrome.
  • 54. Energia física radioativa ou actínica  Uma exposição prolongada ou repetida a baixas doses de radiação proveniente de implantes radioativos ou de fontes externas pode provocar a interrupção dos períodos menstruais (amenorreia), bem como uma menor fertilidade tanto nos homens como nas mulheres.  Também pode aparecer um menor impulso sexual (líbido), cataratas e uma diminuição na quantidade de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos (leucopenia) e plaquetas (trombocitopenia).
  • 55. Energia física radioativa ou actínica  As doses muito elevadas aplicadas sobre zonas limitadas do corpo provocam a queda do cabelo, enfraquecimento da pele e formação de feridas abertas (úlceras), calos e veias aracniformes (pequenas áreas avermelhadas que contêm vasos sanguíneos dilatados que se encontram sob a pele, ou aranhas vasculares).  Com o tempo, este tipo de exposições pode provocar cancro de células escamosas (uma variedade de cancro).  Anos depois da ingestão de certos compostos radioativos, como os sais de rádio, podem formar-se tumores ósseos.
  • 56. Energia física radioativa ou actínica  Em alguns casos, certo tempo depois de concluída a radioterapia contra o cancro, produzem-se graves lesões nos órgãos que estiveram expostos à mesma.  A função renal pode ser alterada após um período (período latente) de 6 meses a 1 ano depois de uma exposição a doses de radiação extremamente altas. Também pode surgir anemia e um aumento da (pressão) tensão arterial.
  • 57. Energia física radioativa ou actínica  Nos músculos, a acumulação de grandes doses pode provocar uma doença dolorosa que inclui debilitamento muscular (atrofia) e a formação de depósitos de cálcio.  Poucas vezes estas alterações provocam tumores musculares malignos.  A radiação aplicada sobre os tumores pulmonares pode provocar inflamação dos mesmos (pneumonite radioactiva) e uma grande dose provocará graves cicatrizações (fibrose) no tecido pulmonar, o que pode ser mortal.
  • 58. Energia física radioativa ou actínica  O coração e o seu revestimento (pericárdio) podem inflamar-se depois de uma radiação extensa sobre o esterno e o tórax.  Grandes doses acumuladas sobre a coluna dorsal podem provocar uma lesão gravíssima, que pode acabar em paralisia.  A radiação sobre o abdômen (contra o cancro dos gânglios linfáticos, dos testículos ou dos ovários) pode provocar úlceras crônicas, cicatrização e perfuração intestinal.
  • 59. Energia física radioativa ou actínica  A radiação altera o material genético das células que se multiplicam.  Nas células que não pertencem ao sistema reprodutor, estas alterações podem provocar anomalias no crescimento celular, como cancro ou cataratas.
  • 60. Energia física radioativa ou actínica  Quando os ovários e os testículos são expostos à radiação, a possibilidade de a descendência ter anomalias genéticas (mutações) aumenta nos animais de laboratório, mas este efeito ainda não foi devidamente comprovado nos seres humanos.  Alguns investigadores afirmam que a radiação é inofensiva abaixo de determinada dose (limiar), enquanto outros opinam o contrário e pensam que qualquer índice de radiação sobre os ovários ou os testículos pode ser prejudicial.
  • 61. Energia física radioativa ou actínica  Como todavia não há dados definitivos a este respeito, a maioria das autoridades sanitárias recomendam que a exposição à radiação médica e laboral não ultrapasse um determinado nível.  Em qualquer caso, a possibilidade de contrair doenças ou mutações genéticas relacionadas com a radiação é estimada em 1 entre 100 por cada gray de exposição e cada pessoa recebe só uma média de 0,001 grays de radiação por ano.
  • 62. Energia física radioativa ou actínica  Quando se manifesta a síndrome (encefálica) cerebral ou gastrointestinal, o diagnóstico é claro e o prognóstico pouco animador. A síndrome cerebral é mortal num período de tempo que varia entre horas e poucos dias.  A síndrome gastrointestinal, geralmente, é mortal num lapso de 3 a 10 dias, apesar de algumas pessoas sobreviverem algumas semanas.
  • 63. Energia física radioativa ou actínica  A síndrome hematopoiética costuma causar a morte em períodos de 8 a 50 dias. A morte pode ser provocada por uma infecção grave num lapso de 2 a 4 semanas ou por uma abundante perda de sangue (hemorragia) de 3 a 6 semanas após a exposição.
  • 64. Energia física radioativa ou actínica  O diagnóstico de lesões crônicas por radiação é difícil ou impossível se se desconhecer ou se passar por alto a origem da exposição.  Se se suspeitar que existe uma lesão por radiação, investiga-se possíveis exposições laborais, consultando porventura os arquivos das instituições estatais ou governamentais que mantenham registros das exposições radioativas.
  • 65. Energia física radioativa ou actínica  Podemos examinar periodicamente os cromossomas, que contêm o material genético celular, em busca de determinadas anomalias que costumam ocorrer depois de uma significativa exposição radioactiva.  No entanto, os resultados destes exames não costumam ser concludentes.  Se os olhos tiverem estado expostos à radiação, devem ser examinados periodicamente em busca de cataratas.
  • 66. Energias Físicas 1 – Térmica: a) frio (geladura). b) calor (queimadura, intermação, insolação).
  • 67. Lesões produzidas pelo frio  A temperatura corporal baixa quando a pele é exposta a um ambiente mais frio;  Quando aumenta a perda de calor;  Quando o sangue não pode fluir com normalidade ou,  Quando diminui o fornecimento de alimentos e de oxigênio.
  • 68. Lesões produzidas pelo frio  O risco de sofrer lesões pelo frio aumenta quando a nutrição é inadequada ou a quantidade de oxigênio é insuficiente, como ocorre nas grandes altitudes.  As lesões que o frio provoca, normalmente, não se manifestam, nem sequer em climas extremamente frios, se a pele, os dedos das mãos e dos pés, as orelhas e o nariz estiverem bem protegidos e não ficarem expostos ao ar durante muito tempo.
  • 69. Lesões produzidas pelo frio  Quando a exposição é mais prolongada, o organismo estreita automaticamente os pequenos vasos sanguíneos da pele e dos dedos das mãos e dos pés, das orelhas e do nariz para canalizar mais sangue para os órgãos vitais como o coração e o encéfalo.  No entanto, esta medida de autoproteção tem um preço: como estas partes do corpo recebem menos sangue quente, arrefecem com maior rapidez.
  • 70. Lesões produzidas pelo frio  As lesões provocadas pelo frio compreendem: - A hipotermia, situação em que todo o corpo arrefece, atingindo temperaturas potencialmente perigosas; - O congelamento parcial, ou seja, quando partes do corpo ficam superficialmente danificadas; - O congelamento, em que alguns tecidos corporais ficam completamente destruídos.
  • 71. Lesões produzidas pelo frio - A excessiva exposição ao frio também provoca frieiras e pé-de-imersão.  A Hipotermia costuma ser tão gradual e subtil que tanto a vítima como os outros não se apercebem do que está a suceder.
  • 72. Lesões produzidas pelo frio  Os movimentos tornam-se lentos e entorpecidos, o tempo de reação é mais lento, a mente turva-se, a pessoa não pensa com clareza e tem alucinações.  Quem sofre hipotermia pode cair, andar sem destino fixo ou, simplesmente, deitar-se para descansar e até morrer.  Se a pessoa se encontrar na água, move-se com dificuldade, pouco depois desiste e, finalmente, afoga- se.
  • 73. Lesões produzidas pelo frio  O congelamento parcial é uma lesão provocada pelo frio em que algumas partes da pele congelam, mas não ficam danificadas de forma irreversível.  Neste caso, as zonas da pele congeladas tornam-se brancas e duras, posteriormente incham e provocam dor.  Depois, a pele pode cair, como acontece depois de uma queimadura do sol, e tanto as orelhas como as bochechas podem ficar sensíveis ao frio durante meses ou anos, mesmo que não apresentem lesões evidentes.
  • 74. Lesões produzidas pelo frio  O único tratamento que pode ser aplicado neste tipo de situação consiste em aquecer a zona durante alguns minutos, a menos que ela esteja gravemente congelada.  Nestes casos, o tratamento é o mesmo que para o congelamento.
  • 75. Lesões produzidas pelo frio  O Congelamento é uma lesão provocada pelo frio em que uma ou mais partes do corpo ficam permanentemente danificadas.  É mais provável que o congelamento afete quem tem circulação deficiente devido à arteriosclerose (espessamento e endurecimento das paredes arteriais), a espasmo (que pode ser provocado pelo tabagismo, por alguns problemas neurológicos e por determinados medicamentos) ou à dificuldade do fluxo sanguíneo por compressão provocada por botas ou luvas demasiado apertadas.  As mãos e os pés expostos ao frio são mais vulneráveis.
  • 76. Lesões produzidas pelo frio  O dano que o congelamento provoca deve-se a uma combinação de fluxo sanguíneo reduzido com a formação de cristais de gelo nos tecidos.  Quando a pele congela, adquire uma cor avermelhada, incha e provoca dor, até que finalmente se torna negra.  As células das zonas congeladas morrem. Dependendo da intensidade do congelamento, o tecido afetado pode chegar a recuperar ou gangrenar.
  • 77. Lesões produzidas pelo frio  As frieiras (também por vezes chamadas pérnios), são sensações dolorosas de frio ou de queimadura em partes do corpo que tenham estado congeladas.  Aparecem depois de uma exposição ao frio, mesmo que não tenha sido muito intensa.  As frieiras são difíceis de tratar e persistem durante anos.
  • 78. Lesões produzidas pelo frio  O pé-de-imersão (ou pé-de-trincheira) é uma lesão provocada pelo frio que acontece quando um pé permanece húmido, envolto em meias ou botas e frio durante vários dias.  O pé torna-se pálido, húmido e frio, e a circulação diminui.
  • 79. Lesões produzidas pelo frio  Se o pé-de-imersão não for tratado, pode produzir-se uma infecção.  O tratamento consiste em aquecer, secar e limpar suavemente o pé. É aconselhável mantê-lo elevado. Deverão ser administrados antibióticos e, eventualmente, uma dose de reforço da vacina antitetânica. Por vezes, embora raramente, este tipo de lesões ocorre nas mãos.
  • 80. Energias físicas térmicas - calor  O corpo costuma ser capaz de manter a sua temperatura dentro de uma margem estreita, quer seja num clima temperado, quer num clima frio, mediante a sudação, com alterações na respiração, variando o fluxo sanguíneo que chega à pele e aos órgãos internos.  No entanto, uma exposição excessiva a altas temperaturas pode provocar alterações, como esgotamento por calor, golpe de calor (insolação) e cãibras, intermação e queimadura.
  • 81. Energias físicas térmicas - calor  O risco de sofrer de uma destas alterações provocadas pelo calor aumenta com a humidade elevada, que diminui o efeito refrescante da sudação, e com o exercício físico prolongado e esgotante, que aumenta a quantidade de calor que os músculos produzem.  Os idosos, as pessoas muito obesas e os alcoólicos crônicos são especialmente vulneráveis às alterações do calor, tal como os que ingerem determinados medicamentos, como anti-histamínicos, fármacos antipsicóticos, álcool e cocaína.
  • 82. Energias físicas térmicas – calor - prostração  A prostração provocada pelo calor é um processo devido a uma exposição ao calor durante várias horas, na qual a perda excessiva de líquidos provocada pela sudação causa fadiga, queda da pressão (tensão) arterial e, por vezes, um colapso.  A exposição a altas temperaturas pode provocar perda de líquidos através da sudação, sobretudo durante a atividade física ou o exercício.
  • 83. Energias físicas térmicas – calor - prostração  Juntamente com os líquidos, perdem-se sais (eletrólitos), o que altera a circulação e o funcionamento do encéfalo.  Como resultado, pode verificar-se prostração. A prostração causada pelo calor parece uma situação grave, mas, na realidade, raramente o é.
  • 84. Energias físicas térmicas – calor - prostração  Os principais sintomas são o aumento da fadiga, debilidade, ansiedade e sudação excessiva.  A pessoa pode sentir que desmaia estando em pé porque o sangue se acumula (armazena-se) nos vasos sanguíneos das pernas, que se dilatam com o calor.  O batimento cardíaco (ritmo) torna-se mais lento e fraco, a pele arrefece, empalidece e toma um aspecto húmido e viscoso e o indivíduo afetado fica confuso.
  • 85. Energias físicas térmicas – calor - prostração  A perda de líquidos reduz o volume de sangue, faz descer a tensão arterial e pode provocar um colapso ou desmaio.  Geralmente, a prostração provocada pelo calor é diagnosticada com base nos sintomas.
  • 86. Energias físicas térmicas – calor - insolação  O golpe de calor- insolação é uma doença que pode pôr a vida em perigo, que deriva de uma prolongada exposição ao calor e na qual uma pessoa não pode suar o suficiente para fazer descer a sua temperatura corporal.  Esta doença costuma desenvolver-se rapidamente e requer um tratamento intensivo e imediato.
  • 87. Energias físicas térmicas – calor - insolação  Se uma pessoa estiver desidratada e não puder suar o suficiente para arrefecer o seu corpo, a temperatura corporal pode atingir níveis perigosamente elevados e provocar um golpe de calor.  Certas doenças, como a esclerodermia e a fibrose quística, diminuem a capacidade de sudação e, consequentemente, aumentam o risco de ocorrer um golpe de calor.
  • 88. Energias físicas térmicas – calor - insolação  A pele fica quente, avermelhada e geralmente seca.  O ritmo cardíaco acelera-se e depressa pode atingir as 160 ou 180 pulsações por minuto, em vez do índice normal de 60 a 100 pulsações por minuto.  O ritmo respiratório aumenta, mas a tensão arterial raramente varia.  A temperatura corporal, que deverá ser medida no reto, rapidamente ascende a 40º ou 41ºC, provocando uma sensação de fogo interior.  A pessoa pode sentir-se desorientada e confusa, perder rapidamente a consciência ou ter convulsões.
  • 89. Energias físicas térmicas – calor - insolação  O golpe de calor - insolação pode provocar alterações permanentes ou a morte se não for tratado de imediato.  Uma temperatura de 41ºC é muito grave e uma temperatura de apenas 1º mais costuma ser mortal.  Rapidamente poderá verificar-se uma lesão permanente nos órgãos internos, como o encéfalo, chegando muitas vezes a ser fatal.  Os idosos e quem sofre de uma doença debilitante, incluindo os alcoólicos, tendem a ser os mais prejudicados. Geralmente, o diagnóstico de golpe de calor baseia-se nos sintomas.
  • 90. Energias físicas térmicas – calor - cãibras  Estas cãibras são espasmos musculares graves que ocorrem depois de se suar excessivamente ao desenvolver uma atividade física intensa em condições de calor extremo.  Estas cãibras são provocadas por uma perda excessiva de líquidos e de sais (eletrólitos) como o sódio, o potássio e o magnésio, devida a uma sudação intensa, tal como acontece durante a prática de uma atividade física extenuante.
  • 91. Energias físicas térmicas – calor - cãibras  As cãibras provocadas pelo calor são muito comuns entre os trabalhadores manuais, como o pessoal das casas das máquinas, os ferreiros e os mineiros.  O excesso de proteção, como o vestuário que os alpinistas ou os esquiadores usam, pode ocultar uma grande sudação.
  • 92. Energias físicas térmicas – calor - cãibras  Este tipo de cãibras costuma começar inesperadamente nas mãos, nas barrigas das pernas ou nos pés.  Costumam ser dolorosas e impedem os movimentos. Os músculos endurecem, ficam tensos e torna-se difícil descontraí-los.  As cãibras provocadas pelo calor podem ser evitadas ou tratadas consumindo bebidas ou alimentos que contenham sal.
  • 93. Energias físicas térmicas – calor - cãibras  Em casos excepcionais a pessoa afetada deve receber líquidos e sais por via endovenosa.  Os comprimidos de sal podem ajudar a evitá-las, mas, normalmente, provocam queixas no estômago.  Há que ter em conta que, se se consumir sal em excesso, pode provocar-se uma retenção de líquidos (edema).
  • 94. Energias físicas térmicas – calor A antiga classificação das queimaduras 1º grau (eritema, rubor). 2 – 2º grau (flictema - bolha – líquido seroso com proteína e cloretos – sinal de Chambert positivo).
  • 95. Energias físicas térmicas – calor 3º grau (escarificação – necrose – cicatrizes que podem produzir danos deformantes e/ou perturbações funcionais). 4º grau (Carbonização): a) superficial – e assim um isolante tanto térmico quanto elétrico. b) profunda.
  • 96. Energias físicas térmicas – calor Modernamente as queimaduras são classificadas em: 1 – Superficiais: hiperemia, na área atingida pelo agente térmico que traz pouca energia ou estabelece contato fugaz. Destrói somente as células mais superficiais da epiderme. (a hiperemia some à compressão e retorna quando se desfaz a pressão).
  • 97. Energias físicas térmicas – calor 2 – Parciais: comprometem toda a epiderme e a superfície da derme, mas poupam os anexos cutâneos – matriz dos pêlos e os ácinos das glândulas sebáceas e sudoríparas. Dividem-se em: a) superficiais – destroem a epiderme até a camada basal, formando bolhas. A seqüela é o distúrbio da pigmentação do local. b) profundas – destroem a epiderme e suas terminações nervosas, a derme superficial e parte da derme profunda. Não atingem os anexos e a hipoderme. A seqüela é o quelóide.
  • 98. Energias físicas térmicas – calor 3 – Totais: destroem todos os planos da pele, os anexos cutâneos e a vascularização. - As lesões são pálidas, com aspecto e consistência semelhante a couro e não exsudam pelo fechamento da rede vascular profunda. - Atingem, além da gordura, a musculatura. São insensíveis. - A seqüela são escaras com tecido necrótico, cicatrizes deformantes. - Quase sempre necessitam de reabilitação.
  • 99. Energias físicas térmicas – calor - A gravidade das queimaduras depende de vários fatores: extensão, profundidade, localização, idade da vítima e agente causal. - Para a Associação Americana de Queimaduras: discreta, moderada e grave. - A área de uma das mãos estendidas corresponde a 0,8% da superfície corporal (Perry et al. 1996), acabando com a controvérsia entre autores de 1 a 2,5%.
  • 100. Energias físicas térmicas – calor - A morte das células libera substâncias que fazem desencadear a resposta inflamatória: endotelina, histamina, bradicinina, serotonina, prostaglandinas, catecolaminas, vasopressina, monóxido de nitrogênio e citocinas. - A reação local às queimaduras tem uma vertente vascular e outra celular dependentes dos mediadores químicos.
  • 101. Energias físicas térmicas – calor O estado físico do agente: A forma e a distribuição das lesões pode até identificar o agente. Fogo: 1- Pêlos - extremidade distal retorcida e friável, aspecto e cheiro característico – encrespados ou crestados. 2- Roupas – a propagação da carbonização, faz-se de baixo para cima. Conforme o tecido pode agravar as lesões da chama inicial (combustível rápido).
  • 102. Energias físicas térmicas – calor FOGO: é a causa mais freqüente de queimaduras graves em mulheres idosas e adultos. GASES OU VAPORES: muito aquecidos, mas não inflamados.  As lesões (queimaduras) podem ser parciais e profundas  As lesões (queimaduras) ocorrem nas partes desnudas do corpo.  Acidentes com panelas de pressão, autoclaves, saunas como exemplos.
  • 103. Energias físicas térmicas – calor - A morte depende do agente térmico e dos fatores pessoais. - A causa mais precoce de morte é a intoxicação por monóxido de carbono (a concentração chega a 517.400 ppm nos locais fechados e em locais abertos a 35.700 ppm – partes por milhão), cianetos, etc. fruto da combustão dos materiais presentes no ambiente. - Baixa concentração de O2 pela combustão de materiais. Alta concentração de carboxiemoglobina acima de 50%. - Espasmo dos bronquíolos em decorrência da ação irritante das substâncias inaladas.
  • 104. Energias físicas térmicas – calor - Juntamente com os gases tóxicos são aspirados partículas de carvão, fuligem, cinza que podem ser vistas na necropsia com a abertura da árvore respiratória e no conteúdo gástrico. - Apesar do grau avançado de destruição superficial, na maioria das vezes, as vísceras mostram-se bem preservadas e passíveis de serem examinadas sem dificuldade.
  • 105. Energias físicas térmicas – calor - As fraturas ósseas por ação do calor não podem ser vistas como produzidas por ação contundente. - As fraturas do crânio pela ação do fogo, pela ruptura de veias da dura-máter costumam produzir hematoma intracraniano, no setor epidural após a morte. - O encéfalo ferve. O sangue vai para as meninges. Pela retração da dura-máter os vasos de drenagem rompem-se, podendo colecionar inclusive no espaço subdural.
  • 106. Energias físicas térmicas – calor - Nas primeiras 24 horas – desidratação > alterações hemodinâmicas (choque) >insuficiência renal (necrose tubular aguda) > pulmão de choque. - À necropsia é comum o grande aumento de peso dos pulmões. De cor vermelho-vinhosa e sem crepitação à palpação. - Exame microscópico após as 48 horas: a) depósito de membranas hialinas sobre as paredes septais. b) obliteração de pequenos vasos por trombos de fibrina.
  • 107. Energias físicas térmicas – calor - Cerca de 75% dos grandes queimados morre de infecção generalizada (sepse). - Ainda hoje considerada por muitos (inclusive KriseK) como inevitável a ocorrência de infecções (bons resultados pela intervenção cirúrgica precoce e mais agressiva). - A eliminação nos mecanismos de defesa – queratinização e descamação das células superficiais, produção de substâncias lipídicas antibacterianas e concorrência da flora normal – favorecem as infecções.
  • 108. Energias físicas térmicas – calor Líquidos Escaldantes: 1 – costumam produzir queimaduras descendentes (gravidade). 2 – lesão de maior intensidade em plano superior com relação ao solo. 3 – lesões características de vítimas dormindo. 4 – crianças em acidentes domésticos e no banho (nádegas, genitália e pés). (negligência, pelo E.C.A.).
  • 109. Energias físicas térmicas – calor Da Perícia: - A perícia em queimadura pode ser feita em pessoas vivas e em cadáveres. - O diagnóstico da reação vital diz respeito apenas à necropsia forense. - Lesão dolosa tem importância na caracterização de certos itens dos parágrafos primeiro e segundo do artigo 129 do Código Penal (lesões corporais) e, na aplicação da pena.
  • 110. Energias físicas térmicas – calor Da Perícia: - Como possibilidades, temos a caracterização do perigo de vida, a redução da capacidade funcional de um membro, a incapacidade por mais de 30 dias para as ocupações habituais ou a deformidade permanente. - Para fins civis, a quantificação de dano para efeito de indenização, seja o crime doloso ou culposo.
  • 111. Energias físicas térmicas – calor - Queimaduras de face > dano estético de vulto. - Queimaduras das mãos e dos pés > comprometer tendões formando aderências > redução da função. - Queimaduras na genitália > impotência instrumental no homem. Assim mesmo podemos determinar o sexo do cadáver pelo achado do útero ou da próstata.
  • 112. Energias físicas térmicas – calor - Pielonefrite aguda pela infecção ascendente das vias urinárias. - Queimaduras profundas que interessam toda a circunferência de um segmento - queimaduras circunferências – (ex. tórax e pescoço). > síndrome compartimental > cirurgia (escarotomia).
  • 113. Energias físicas térmicas – calor - Contudo o exame dos dentes pelo odontolegista é o melhor processo de identificação. - Nas carbonizações podemos recorrer ao exame radiológico do esqueleto (calos ósseos de fraturas antigas, a forma dos seios paranasais, principalmente os frontais).
  • 114. Energias físicas térmicas – calor Causa jurídica das queimaduras: - A maior causa (1ª) os acidentes (no lar com crianças e idosos). - Hábito de fumar com o dispositivo para acendê-lo (idosos) – exame de nicotina na urina. (30% das mortes nos EUA) - Pessoas embriagadas e drogadas aumentam o risco de acidentes pelo fogo. (coordenação muito diminuída). - Auto lesões pelos agentes térmicos não é comum.
  • 115. Energias físicas térmicas – calor Causa jurídica das queimaduras: - As lesões criminosas como a tortura, o castigo corporal (mulheres e crianças) são comuns. - A 2ª maior causa de morte pela ação térmica direta é o suicídio. - O homicídio por ação térmica já foi mais raro (excluindo, quando as pessoas são mortas inicialmente por outros meios). - Incêndios criminosos: para fraudar seguros; por vingança; por irresponsabilidade de piromaníacos; para ocultar crime.
  • 116. Energias físicas térmicas – calor Diagnóstico da reação vital: - Reação inflamatória; - As bolhas das queimaduras parciais aparecem em menos de uma (1) hora; - Dosagem de monóxido de carbono no sangue (teores de carboxiemoglobina acima de 50%). - Produção de outros produtos tóxicos (ex. os cianetos.
  • 117. Energias físicas térmicas – calor - Aspiração de gases tóxicos (partículas de carvão, fuligem, cinza – vistas pela abertura das vias respiratórias). - A quantidade de calor e o tempo exigido para a cremação de um corpo, nunca são conseguidos em incêndios, agressões e nas dissimulações de homicídios. - A face do corpo voltada para baixo fica bem preservada. - A queimadura com microondas que esquenta os tecidos que contem mais água. (mais pele e músculo e menos gordura).
  • 118. Energias físicas térmicas – frio - Diz-se que há hipotermia quando a Tc (temperatura central –medida preferencialmente no esôfago e se não no reto) cai abaixo dos 35ºC. - A hipotermia costuma dividir-se em: 1- leve (35 a 32ºC); 2- moderada (32 a 28ºC); 3- grave (< 28ºC). - Para alguns autores; 4- profunda (20 a10ºC); 5- muito profunda (10 a 5ºC); 6- ultraprofunda (< 5ºC).
  • 119. Energias físicas térmicas – frio - Não há lesões patognomônicas da hipotermia. - A causa jurídica mais comum é o acidente. - Podem ocorrer crimes dolosos como: abandono de incapaz ao relento, no frio. - Crimes culposos relacionados com atividade terapêutica clínica ou cirúrgica. - Raramente o suicídio por expor-se deliberadamente ao frio ambiental.
  • 120. Energias físicas térmicas – frio - Na água a temperatura de 2,5 a 12ºC, após 2 horas de contato em média a morte ocorre. - A hipotermia é produzida de forma muito mais rápida em contato com a água gelada. - Os segmentos mais atingidos pela lesão são as mãos e os pés – 90% dos casos. Se bem protegidos a maior incidência migra para as orelhas, o nariz e as regiões malares.
  • 121. Energias físicas térmicas – frio - As geladuras devem ser avaliadas somente após o descongelamento. - As geladuras podem ser classificadas em superficiais e profundas ou em quatro graus: 1º grau – pele de consistência aumentada e com área pálida. 2º grau – edema e bolhas com conteúdo límpido e cristalino.
  • 122. Energias físicas térmicas – frio - As geladuras podem ser classificadas em quatro graus: 3º grau – pele de consistência de uma placa endurecida e bolha com conteúdo hemorrágico. 4º grau – necrose do segmento afetado e trombose arterial.
  • 123. Energias físicas térmicas – frio - Provenientes de acidentes, a maioria das lesões está mais ligada às ações de ressarcimento de dano, indenizações por acidentes de trabalho. - O diagnóstico da gravidade depende da evolução.
  • 124. Energias físicas térmicas – frio - Faz-se necessário pesquisar a existência de incapacidade por amputação de segmentos, ou deficiências residuais motoras, sensitivas ou psíquicas. - Tem sido referidas alterações de enrijecimento articular e áreas de desmineralização e destruição óssea nos segmentos comprometidos.
  • 125. Energia Física Elétrica Industrial - As lesões causadas pela eletricidade industrial chamamos de eletroplessão. - Nos acidentes de alta tensão: parada respiratória central; parada cardíaca em assistolia; hemorragia tardia. - Nos acidentes de baixa tensão: fibrilação ventricular; parada respiratória periférica.
  • 126. Energia Física Elétrica Industrial - Eletroplessão  Síndrome desencadeada pela eletricidade artificial. As lesões localizadas mais simples são:  Marca elétrica de Jellinek: lesão esbranquiçada e dura, mumificada, com a forma do eletroduto (fio, plug), com centro encovado e bordas elevadas.  Metalização ou Salpicos metálicos: marcas com destaque da pele e metal do eletroduto fundido no fundo das mesmas.
  • 127. Energia Física Elétrica Industrial - Eletroplessão  Efeito Joule: transformação da energia elétrica em térmica, podendo dar queimaduras de 1º, 2º e 3º graus.  Oftalmia elétrica: com formação de cataratas.  Lesões nervosas: neurites, parestesias, atrofias musculares, paralisias.  Lesões vasculares: fragilidade vascular.  Lesões ósseas: formação de pérolas de fosfato de cálcio.
  • 128. Energia Física Elétrica ELETROCUSSÃO  Ação sistêmica ou letal da energia elétrica artificial. FULGURAÇÃO  Lesões localizadas, não letais, produzidas pela eletricidade cósmica ou queraurano gráfica, sendo a mais característica o: Sinal de Lichtenberg de aspecto arboriforme (em "folha de samambaia"), resultante da paralisia vascular ou da difusão elétrica pela pele. FULMINAÇÃO  Lesões sistêmicas ou letais produzidas pela eletricidade cósmica ou queraurano gráfica
  • 129. Energia Física Elétrica Industrial Causa Jurídica da morte: - Acidentes > infortúnios no trabalho. - Acidentes > que se confundem com suicídios > práticas eróticas. - Cadeira elétrica > modo de execução da pena capital. - Prática da tortura (crime hediondo) > regiões sensíveis do organismo (úmidas = baixa resistência, corrente mais intensa).
  • 130. Energia Física Elétrica Industrial Perícia: - Constatar incapacidades e estabelecer o nexo causal com o acidente. - Nos acidentes de alta tensão, as lesões são extensas e inconfundíveis. - Nos acidentes de baixa voltagem pode haver dificuldades diagnósticas nas necropsias. - Fragmentos de epiderme colados ao condutor que eletrocutou a vítima.
  • 131. Energia Física Elétrica Natural - A ação não letal da eletricidade natural sobre o organismo é chamada de fulguração. - Alguns autores chamam de fulminação, ação letal da eletricidade natural – fulminar é lançar raios, coriscos. Perícia: - Mau estado das vestes e lesões por ação contundente podem trazer suspeitas. - Sinais gerais de asfixia.
  • 132. Energia Física Elétrica Lesões produzidas pelo efeito joule da corrente e pela ação luminosa dos arcos voltaicos, que podem persistir: - Surdez - Catarata tardia (redução progressiva da transparência do cristalino). - Lesões do epitélio da córnea - ceratite (conseqüência dos raios UV).