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Prof. Ewerton Rezer Gindri
Apresentação baseada na obra “Outras mesmas palavras:
         paráfrase discursiva em redações de concurso”
Esse estudo toma por base epistemológica a Análise de
  Discurso Francesa, especialmente a obra de Michel
 Pêcheux, bem como as reflexões desenvolvidas sobre o
             assunto por Catherine Fuchs.
Segundo C. Fuchs, há três fontes para as
reflexões linguísticas sobre paráfrase:

1. Lógica (equivalência formal)
2. Gramatical (sinonímia)
3. Retórica (reformulação)
“A própria escolha feita pelo enunciador dentre
diferentes paráfrases possíveis – que seriam
equivalentes do ponto de vista da referência e da
significação denotativa – é por si só, pertinente:
manifesta o domínio que o sujeito tem das sutilezas da
língua, ao utilizar uma formulação ou outra, conforme
a situação. E, neste sentido, cada enunciado de uma
família parafrástica é sempre um entre outros, e único.”
(Athayde Junior, 2001, p. 39)
“O principal problema levantado por Fuchs tanto na
 abordagem em termos de equivalência formal quanto
 de sinonímia semântica está no fato de tratarem a
 paráfrase como uma propriedade intrínseca de grupos
 de enunciados, relação virtual na língua e não como
 uma relação atualizada no discurso...” (Athayde Junior,
 2001, p.40)
As perspectivas enunciativas, discursivas e
pragmáticas consideram explicitamente os
parâmetros ligados:

 Ao locutor;


 À situação particular do discurso.
Nas perspectivas enunciativa, discursiva e
pragmática, Fuchs identifica três tipos de
questões:
I.   A reformulação parafrástica repousa sobre uma
     interpretação prévia do texto-fonte;
II. A reformulação parafrástica consiste em identificar a
     significação do texto-fonte àquela do novo texto;
III. A reformulação parafrástica se traduz por formas
     características de emprego metalinguístico de
     linguagem.
Na AAD 69 a paráfrase passa a ter seu funcionamento
explicado a partir das relações de sentido que se dão no
    interior de determinada Formação Discursiva.
“Assim, ao mesmo tempo em que as mesmas palavras,
expressões e proposições mudam de sentido ao passar
de uma formação discursiva a uma outra, palavras,
expressões e proposições literalmente diferentes
podem, no interior de uma formação discursiva dada
“ter o mesmo sentido””. (Athayde Junior, 2001, p. 42)
A possibilidade de substituição entre elementos
de uma Formação Discursiva dada pode tomar
duas formas fundamentais:

 A da equivalência
    Em que A e B possuem o mesmo sentido na FD.


 A da implicação
    A substituição A a B não possui a mesma relação da
     substituição B a A.
Pêcheux & Fuchs distinguem três tipos de
transformação/relação entre   pares   de
sequências:
1.       As transformações de unidades lexicais constantes;
          Trata-se do que se poderia chamar transformações
           sintáticas puras.
2.       As transformações-substituições que “mudam o sentido”,
         na medida em que é impossível considerar como
         equivalentes os substituíveis;
          Substituição orientada, isto é, com mudança lexical, e
           utilizando uma relação de sintagmatização entre os
           comutáveis.
3.       As substituições não-orientadas, com mudanças lexicais.
          Oriundas da Formação Discursiva e não marcada no léxico
           ou na sintaxe.
“Para a AD, a parafrasagem está ligada às coerções de
 uma formação discursiva e ao confronto que esta
 estabelece com as demais formações discursivas de seu
 campo discursivo (o interdiscurso)” (Athayde Junior,
 2001, p. 44)
Referências Bibliográficas
 ATHAYDE JÚNIOR, Mário Cândido de. Outras mesmas palavras:
 paráfrase discursiva em redações de concurso. Cascavel:
 EDUNIOESTE, 2001.

 FUCHS, Catherine. Paraphrase et Énonciation. Paris: OPHRYS,
 1994.

 PÊCHEUX, M. (1969) “Análise automática do discurso (AAD-
 69)” In: GADET, F & HAK, T. (orgs) Por uma análise automática
 do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux.
 Campinas, Pontes/Editora da UNICAMP, pp. 61-161.

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Breve estudo sobre paráfrase e discurso

  • 1. Prof. Ewerton Rezer Gindri Apresentação baseada na obra “Outras mesmas palavras: paráfrase discursiva em redações de concurso”
  • 2. Esse estudo toma por base epistemológica a Análise de Discurso Francesa, especialmente a obra de Michel Pêcheux, bem como as reflexões desenvolvidas sobre o assunto por Catherine Fuchs.
  • 3. Segundo C. Fuchs, há três fontes para as reflexões linguísticas sobre paráfrase: 1. Lógica (equivalência formal) 2. Gramatical (sinonímia) 3. Retórica (reformulação)
  • 4. “A própria escolha feita pelo enunciador dentre diferentes paráfrases possíveis – que seriam equivalentes do ponto de vista da referência e da significação denotativa – é por si só, pertinente: manifesta o domínio que o sujeito tem das sutilezas da língua, ao utilizar uma formulação ou outra, conforme a situação. E, neste sentido, cada enunciado de uma família parafrástica é sempre um entre outros, e único.” (Athayde Junior, 2001, p. 39)
  • 5. “O principal problema levantado por Fuchs tanto na abordagem em termos de equivalência formal quanto de sinonímia semântica está no fato de tratarem a paráfrase como uma propriedade intrínseca de grupos de enunciados, relação virtual na língua e não como uma relação atualizada no discurso...” (Athayde Junior, 2001, p.40)
  • 6. As perspectivas enunciativas, discursivas e pragmáticas consideram explicitamente os parâmetros ligados:  Ao locutor;  À situação particular do discurso.
  • 7. Nas perspectivas enunciativa, discursiva e pragmática, Fuchs identifica três tipos de questões: I. A reformulação parafrástica repousa sobre uma interpretação prévia do texto-fonte; II. A reformulação parafrástica consiste em identificar a significação do texto-fonte àquela do novo texto; III. A reformulação parafrástica se traduz por formas características de emprego metalinguístico de linguagem.
  • 8. Na AAD 69 a paráfrase passa a ter seu funcionamento explicado a partir das relações de sentido que se dão no interior de determinada Formação Discursiva.
  • 9. “Assim, ao mesmo tempo em que as mesmas palavras, expressões e proposições mudam de sentido ao passar de uma formação discursiva a uma outra, palavras, expressões e proposições literalmente diferentes podem, no interior de uma formação discursiva dada “ter o mesmo sentido””. (Athayde Junior, 2001, p. 42)
  • 10. A possibilidade de substituição entre elementos de uma Formação Discursiva dada pode tomar duas formas fundamentais:  A da equivalência  Em que A e B possuem o mesmo sentido na FD.  A da implicação  A substituição A a B não possui a mesma relação da substituição B a A.
  • 11. Pêcheux & Fuchs distinguem três tipos de transformação/relação entre pares de sequências: 1. As transformações de unidades lexicais constantes;  Trata-se do que se poderia chamar transformações sintáticas puras. 2. As transformações-substituições que “mudam o sentido”, na medida em que é impossível considerar como equivalentes os substituíveis;  Substituição orientada, isto é, com mudança lexical, e utilizando uma relação de sintagmatização entre os comutáveis. 3. As substituições não-orientadas, com mudanças lexicais.  Oriundas da Formação Discursiva e não marcada no léxico ou na sintaxe.
  • 12. “Para a AD, a parafrasagem está ligada às coerções de uma formação discursiva e ao confronto que esta estabelece com as demais formações discursivas de seu campo discursivo (o interdiscurso)” (Athayde Junior, 2001, p. 44)
  • 13. Referências Bibliográficas ATHAYDE JÚNIOR, Mário Cândido de. Outras mesmas palavras: paráfrase discursiva em redações de concurso. Cascavel: EDUNIOESTE, 2001. FUCHS, Catherine. Paraphrase et Énonciation. Paris: OPHRYS, 1994. PÊCHEUX, M. (1969) “Análise automática do discurso (AAD- 69)” In: GADET, F & HAK, T. (orgs) Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas, Pontes/Editora da UNICAMP, pp. 61-161.