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Prof. Me. Ewerton Rezer Gindri
Devemos lembrar que a interação verbal é
o que nos diferencia das demais espécies e que
provavelmente foi ela a grande propulsora do
domínio humano sobre o planeta.
Espécie Datas
aproximadas
Características
linguísticas
Australopithecus 4,1 milhões de
anos
Gestos e
vocalizações
Homo habilis 2,4 milhões de
anos
Gestos e
vocalizações
Homo erectus 2 a 1 milhão de
anos
Expressões
vocais curtas
Home
neanderthalensis
300.000 a
30.000 anos
atrás
Sentenças
complexas, mas
não pronunciam
o [i], [a] e [u].
Homo sapiens 300.000 anos
atrás
Sentenças
complexas
A comunicação verbal possibilitou,
portanto, que as grandes migrações se
acentuassem, bem como construiu as bases
para as ocupações permanentes.
Depois da linguagem articulada o próximo
grande passo da humanidade foi a invenção da
escrita e, mais uma vez, isso é socialmente
determinante.
“A história da humanidade se divide em
duas imensas eras: antes e a partir da escrita.
Talvez venha o dia de uma terceira era que
será: depois da escrita.” (Charles Higounet)
“Houve uma época, vários séculos atrás,
em que escrever e ler eram atividades
profissionais e aqueles a elas destinados
aprendiam-nas como um ofício.”
(E. FERREIRO)
 Nem sempre que escrevia era o mesmo que
lia;
 Geralmente os que escreviam e liam não eram
os donos do discurso;
 Os que escolhiam o ofício passavam por um
rigoroso treinamento e embora alguns
fracassassem não havia o conceito de
fracasso escolar.
 Muitas vezes escrever significava ter o
domínio do suporte;
 “Ler e escrever são construções sociais. Cada
época e cada circunstância histórica dão
novos sentidos a esses verbos.” (E. Ferreiro)
 Alguns estudiosos sugerem que na
antiguidade a leitura era de domínio público,
mas a escrita restrita.
 Hoje escrever não é mais uma profissão, mas
uma obrigação, e ler não é mais uma marca
de sabedoria, mas de cidadania.
Pinturas Rupestres
 “Tomada em seu todo, a linguagem é
multiforme e heteróclita; o cavaleiro de
diferentes domínios, ao mesmo tempo física,
fisiológica e psíquica, ela pertence além disso
ao domínio individual e ao domínio social;
não se deixa classificar em nenhuma
categoria de fatos humanos, pois não se sabe
como inferir sua unidade. “ (Saussure, p.17)
 “A faculdade – natural ou não – de
articular palavras não se exerce senão com
ajuda de instrumento criado e fornecido pela
coletividade; não é, então, ilusório dizer que
é a língua que faz a unidade da linguagem.”
(Saussure, p. 18)
 Percebemos que Saussure salienta a origem
social da língua, colocando-a como centro da
linguagem humana. Partindo dessa
concepção, Evanildo Bechara diz que:
“A linguagem, entendida como
atividade humana de falar, apresenta cinco
dimensões universais: criatividade,
materialidade, semanticidade, alteridade e
historicidade.” (Bechara, 2001, p. 29)
 “A linguagem, forma de cultura que é,
se manifesta como atividade livre e criadora,
ou „do espírito‟, isto é, como algo que vai
mais além do aprendido, que não
simplesmente repete o que já foi produzido.”
(p.29)
 “É o nível biológico da linguagem.” (p.29)
 Cada forma linguística produz efeitos
de sentidos. Na linguagem tudo significa,
tudo é semântico.
Lembre-se: os sentidos
são construções
socioideológicas.
 “Porque o significar é originalmente e
sempre um „ser com outros‟, próprio da
natureza político-social do homem, de
indivíduos que são homens juntos a outros e,
por exemplo, como falantes e ouvintes, são
sempre co-falantes e co-ouvintes.” (Bechara,
2001, p.29)
 “A linguagem se apresenta sempre sob
a forma de língua” (Bechara, p. 29). Sendo
assim, não há a-historicidade, pois a língua é
sempre formada na/pela história.
“Em outras palavras, ao represente o
mundo pela linguagem não estamos apenas
espelhando a realidade social, mas também
contribuindo para a formação dessa realidade,
dando sentido e existência a ela.” (Iran F. de
Melo)
 Podemos depreender no mínimo duas
acepções a partir da expressão, quais sejam:
◦ Que a comunicação tem sua origem na vida em
sociedade e
◦ Que a comunicação desempenha um papel
modificador na/da sociedade.
Ambas estão corretas e se complementam.
“O que funciona nos processos discursivos
é uma série de formações imaginárias que
designam o lugar que A e B se atribuem cada
um a si e ao outro, a imagem que eles se
fazem de seu próprio lugar e do lugar do
outro.” (M. Pêcheux)
“Supomos que a percepção é sempre
atravessada pelo “já ouvido” e o “já dito”,
através dos quais se constitui a substância das
formações imaginárias.” (M. Pêcheux)

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Aspecto social da comunicação

  • 1. Prof. Me. Ewerton Rezer Gindri
  • 2. Devemos lembrar que a interação verbal é o que nos diferencia das demais espécies e que provavelmente foi ela a grande propulsora do domínio humano sobre o planeta.
  • 3. Espécie Datas aproximadas Características linguísticas Australopithecus 4,1 milhões de anos Gestos e vocalizações Homo habilis 2,4 milhões de anos Gestos e vocalizações Homo erectus 2 a 1 milhão de anos Expressões vocais curtas Home neanderthalensis 300.000 a 30.000 anos atrás Sentenças complexas, mas não pronunciam o [i], [a] e [u]. Homo sapiens 300.000 anos atrás Sentenças complexas
  • 4. A comunicação verbal possibilitou, portanto, que as grandes migrações se acentuassem, bem como construiu as bases para as ocupações permanentes.
  • 5. Depois da linguagem articulada o próximo grande passo da humanidade foi a invenção da escrita e, mais uma vez, isso é socialmente determinante.
  • 6. “A história da humanidade se divide em duas imensas eras: antes e a partir da escrita. Talvez venha o dia de uma terceira era que será: depois da escrita.” (Charles Higounet)
  • 7. “Houve uma época, vários séculos atrás, em que escrever e ler eram atividades profissionais e aqueles a elas destinados aprendiam-nas como um ofício.” (E. FERREIRO)
  • 8.  Nem sempre que escrevia era o mesmo que lia;  Geralmente os que escreviam e liam não eram os donos do discurso;  Os que escolhiam o ofício passavam por um rigoroso treinamento e embora alguns fracassassem não havia o conceito de fracasso escolar.  Muitas vezes escrever significava ter o domínio do suporte;
  • 9.  “Ler e escrever são construções sociais. Cada época e cada circunstância histórica dão novos sentidos a esses verbos.” (E. Ferreiro)  Alguns estudiosos sugerem que na antiguidade a leitura era de domínio público, mas a escrita restrita.  Hoje escrever não é mais uma profissão, mas uma obrigação, e ler não é mais uma marca de sabedoria, mas de cidadania.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.  “Tomada em seu todo, a linguagem é multiforme e heteróclita; o cavaleiro de diferentes domínios, ao mesmo tempo física, fisiológica e psíquica, ela pertence além disso ao domínio individual e ao domínio social; não se deixa classificar em nenhuma categoria de fatos humanos, pois não se sabe como inferir sua unidade. “ (Saussure, p.17)
  • 18.  “A faculdade – natural ou não – de articular palavras não se exerce senão com ajuda de instrumento criado e fornecido pela coletividade; não é, então, ilusório dizer que é a língua que faz a unidade da linguagem.” (Saussure, p. 18)
  • 19.
  • 20.  Percebemos que Saussure salienta a origem social da língua, colocando-a como centro da linguagem humana. Partindo dessa concepção, Evanildo Bechara diz que: “A linguagem, entendida como atividade humana de falar, apresenta cinco dimensões universais: criatividade, materialidade, semanticidade, alteridade e historicidade.” (Bechara, 2001, p. 29)
  • 21.  “A linguagem, forma de cultura que é, se manifesta como atividade livre e criadora, ou „do espírito‟, isto é, como algo que vai mais além do aprendido, que não simplesmente repete o que já foi produzido.” (p.29)
  • 22.  “É o nível biológico da linguagem.” (p.29)
  • 23.  Cada forma linguística produz efeitos de sentidos. Na linguagem tudo significa, tudo é semântico. Lembre-se: os sentidos são construções socioideológicas.
  • 24.  “Porque o significar é originalmente e sempre um „ser com outros‟, próprio da natureza político-social do homem, de indivíduos que são homens juntos a outros e, por exemplo, como falantes e ouvintes, são sempre co-falantes e co-ouvintes.” (Bechara, 2001, p.29)
  • 25.  “A linguagem se apresenta sempre sob a forma de língua” (Bechara, p. 29). Sendo assim, não há a-historicidade, pois a língua é sempre formada na/pela história.
  • 26. “Em outras palavras, ao represente o mundo pela linguagem não estamos apenas espelhando a realidade social, mas também contribuindo para a formação dessa realidade, dando sentido e existência a ela.” (Iran F. de Melo)
  • 27.  Podemos depreender no mínimo duas acepções a partir da expressão, quais sejam: ◦ Que a comunicação tem sua origem na vida em sociedade e ◦ Que a comunicação desempenha um papel modificador na/da sociedade. Ambas estão corretas e se complementam.
  • 28. “O que funciona nos processos discursivos é uma série de formações imaginárias que designam o lugar que A e B se atribuem cada um a si e ao outro, a imagem que eles se fazem de seu próprio lugar e do lugar do outro.” (M. Pêcheux)
  • 29. “Supomos que a percepção é sempre atravessada pelo “já ouvido” e o “já dito”, através dos quais se constitui a substância das formações imaginárias.” (M. Pêcheux)