Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Cultura negra brasileira
1. Universidade de São Paulo - USP
Escola de Comunicações e Artes
Departamento de Comunicações e Artes
Realidade Sócio Econômica e Política Brasileira
Prof. Waldenyr Caldas
Cultura Africana e Afro-Brasileira
Prof. Ricardo Alexino Ferreira
Aluno
Juvenal Pereira
São Paulo, outubro de 2011
5. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no
andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera da vida, trazemos quase todos
a marca da influência negra. Gilberto Freyre
Pouso do Chico Rei, Ouro Preto - MG
6. Dos Congos, Cabindas e Angolas na costa ocidental da África, dos Macuas e Angicos, na oriental,
provieram todos os africanos brasileiros. Spix e Martius
Rua do Samba - São Paulo
8. “A verdade é que importaram-se para o Brasil, da área mais penetrada pelo islamismo,
negros maometanos de cultura superior não só a dos indígenas com à da grande maioria dos colonos
brancos - portugueses e filhos de portugueses quase sem instrução nenhuma, analfabetos uns, semi-
analfabetos na maior parte.
100 quilates de diamante. Diamantina - MG
9. Infelizmente as pesquisas em torno da imigração de escravos negros para o Brasil tornaram-se extremamente
difíceis, em torno de certos pontos de interesse histórico e antropológico.
10. Depois que o Conselheiro Rui Barbosa por motivos ostensivamente de ordem econômica em
13 de maio de 1891 mandou queimar os arquivos da escravidão. Talvez esclarecimentos genealógicos
preciosos se tenham perdido nesses autos-de-fé republicanos. “ Gilberto Freyre
Justinópolis – MG
11. O filho perguntou pro pai
Onde é que está o meu avô
O meu avô onde é que está?
O pai perguntou pro avô
Onde é que está meu bisavô
Meu bisavô onde é que está?
Avô perguntou pro bisavô
Onde é que está tataravô
Tataravô onde é que está?
Tataravô
Bisavô
Avô
Pai Xangô, aganjú
Viva
Egum
Babá
Alapalá (...)
Gilberto Gil
Brasília – DF
28. A Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário de Justinópolis, reúne
há mais de cem anos as tradições do
Candombe, Congo, Moçambique e Folia
de Reis.
O ajuntamento começou com o Candombe
em 1916, quando ao ver os congadeiros na
rua, um proprietário de terras, encantado
com a beleza dos cantos, batuques e
danças, decidiu doar o terreno onde se
encontra atualmente a igreja e a sede da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário
de Justinópolis
47. Tambor de Crioula, Cururupu - MA
Tambor de crioula ou punga é uma
dança do Maranhão homenageando São Benedito
(um dos santos mais populares da diáspora). Os
grupos tocam os tambores agradecendo uma graça
alançada, ou a chegada de uma pessoa querida. É
uma dança alegre, energizada e erótica, marcada
por um envolvimento sonoro visceral, canto e
batuque.
60. A animação dos tambor de crioula tá nas
mulhé, na rodada da saia delas. Por que mulhé é bicho
danado pra dançar bonito. Elas dá muita inspiração
pra cantadô tirá toada e pros tocadô esmurrá
tambô a noite inteira, até de manhã. (Anônimo)
Cururupu - MA
64. As Caixeiras do Divino de Alcântara
cantam, tocam caixas, num batuque lento e
introspectivo, contando pequenas histórias em louvor
ao Divino Espírito Santo. A tradição familiar começou
com suas bisavós, avós, passou de mãe para filha. E
assim continua. Elas seguem com o Divino, “andando
de pés”, por caminhos sem fins.
71. “A catequese era a primeira
fervura que sofria a massa de negros, antes de
integrar-se na civilização oficialmente cristã
aqui formada com elementos tão diversos.
Esses elementos, a Igreja quebrou-lhes a força
ou a dureza, sem destruir-lhes toda a
potencialidade“ Gilberto Freyre
Caixeira do Divino - São Paulo
72. Ao lado da língua banto, da quimbunda ou congoense falaram-se entre os nossos negros outras
linguas-gerais: a Gege, a Haúça, a Nagô ou Iorubá – que Vernhagen dá como a mais falada do que o
português entre os antigos negros da Bahia.
73. A formação brasileira foi beneficiada pelo melhor da cultura negra da África, absorvendo
elementos por assim dizer de elite. (Gilberto Freyre)
89. Pandeiro de Costa de Mão, Cururupu - MA
O sotaque de Cururupu (costa de mão) tem uma história interessante. A origem deste sotaque está
ligada à vida dos negros. Eles levavam porradas com palmatória na palma das mãos.
Mesmo com as mãos feridas os negros festejavam São João e para não perderem a festa tocavam os pandeiros com
as costas das mãos. Acompanham o “costa de mão” maracás de metal e tambor onça.
102. No Maranhão tem dois tipos: Mina
Gêje e Mina Nagô.
Tambor de Mina Gêje, Cururupu - MA
103. Tambor de Mina é a mais difundida das
religiões Afro - brasileiras no Maranhão e na Amazônia.
A palavra tambor deriva da importância do instrumento
nos rituais de culto. Mina deriva de negro da Costa da
Mina, denominação dada aos escravos procedentes da
costa situada a leste do Castelo de São Jorge de Mina.
Pierre Verger
Casa Mina Gege, São Luis - MA
124. Na Bahia, um preto diz com um certo
orgulho: “Eu sou descendente de africano”. Esse
orgulho vem do prestígio que tem o candomblé. É
isso que me interessou no candomblé. Ele dava
aos descendentes de africanos um certo
sentimento de orgulho. Pierre Verger
125. O negro nos aparece no Brasil,
através de toda nossa vida colonial e da nossa
primeira fase de vida independente, deformado
pela escravidão. Gilberto Freyre
São Luis - MA
136. Mas não se pode acusar de rígido, nem de falta de mobilidade vertical o regime brasileiro,
em vários sentidos sociais um dos mais democráticos, flexíveis e plásticos. Gilberto Freyre
Marinheiro, Rio Amazonas - AM
186. Caixeira do Divino - São Paulo
Meu trabalho é uma singela
declaração de respeito aos milhares de negros
(as) que, escravizados, ajudaram a construir o
alicerce econômico, étnico, multi cultural e
afetivo do Brasil enquanto os senhores
fornicavam nas redes.
Juvenal Pereira
187. Fotos realizadas entre 1969 e 2011 nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás,
Amazonas, Pará, Maranhão, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia, Rio de Janeiro e
Brasília - DF