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CURSO DE TURISMO
      TRABALHO INTERDISCIPLINAR




Roteiro turístico no município de Bragança - PA



                     Equipe:
                Edemir dos Santos
                Edmilson C. Braga
                   Lúcia Lima
                 Maria Benedita
                Martha Rodrigues
                 Patrícia Ventura
                  Raquel Sousa




                   Belém-PA
                     2009
Roteiro turístico no município de Bragança - PA




                       Trabalho interdisciplinar da turma
                       4TUN1, apresentado para obtenção de
                       nota para o 2º NPC, sob orientação
                       dos professores do 4º Semestre do
                       Curso de Bacharelado em Turismo




                   Belém-PA
                     2009
AGRADECIMENTOS

       Primeiramente à Deus que está conosco em todos os momentos da
jornada a impulsionar e a acalentar...


      À Faculdade de Belém, pela oportunidade do aprendizado acadêmico
através do Curso de Turismo,


      Aos professores da FABEL pelos conhecimentos proporcionados,


      Aos colegas do Curso pela troca de experiências da pesquisa de campo,


      A todos que de alguma forma contribuíram para tornar possível este
trabalho
Lista de Figuras


Figs: 1 e 2 – Orla da cidade Pérola do Caeté.
Fig: 3 – Descascando a mandioca.
Fig. 4 - Mandioca.
Fig: 5 – Forno de fazer farinha.
Figs: 6 e 7 – Homem retirando caranguejo do Manguezal.
Figs: 8 e 9 - Igreja de São Benedito e Casa da Família Medeiros.
Fig: 10 – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
Figs: 11 e 12 – Áreas ambientais Patrimoniais dentro da RESEX.
Figs: 13 e 14 – Artesanato local fabricado em olarias dentro da RESEX.
Figs: 15 e 16 – Olarias da região.
Figs: 17 e 18 – Representando a Marujada de São Benedito.
Fig: 19 – Praça das Bandeiras.
Figs: 20 e 21 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont (Boa pavimentação
asfáltica).
Fig: 22 – Rua Nazeazeno Ferreira (Conduz até Ajuruteua).
Figs: 23 e 24 – Rua Treze de Maio (Vai da Igreja Matriz até a Casa das Treze
Janelas).
Figs: 24 e 25 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont.
Figs: 26 e 27 – BR – 308 (Ponte Sapucaia) e Estrada de Camutá.
Figs: 28 e 29 – Estrada de Camutá (acesso à Vila – que – era) e Ramal do Sítio
da D. Lucimar.
Figs: 30 e 31 – Estrada de Camutá com acesso ao ramal que leva ao Mirante e
Ramal do Mirante.
Figs. 32 e 33 – Mirante de São Benedito.
Figs: 34 e 35 Praia de Ajuruteua e PA - 458.
Fig. 36 - Praça das Bandeiras.
Figs: 37 e 38 - Museu de Arte Sacra (Parte interna e externa).
Fig: 39 - Rádio Educadora.
Fig: 40 - Palácio Episcopal.
Fig: 41 - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
Fig: 42 - Instituto Santa Terezinha
Fig: 43 - Casa da Família Medeiros
Fig: 44 - Casa das Treze Janelas
Fig: 45 - Praça Antônio Pereira
Fig: 46 - Palacete Augusto Correia
Fig. 47 – Museu Teatro da Marujada
Fig. 48 – Igreja de São Benedito.
Fig. 49 – Orla Bragantina
Fig. 50 – Marco de fundação de Vila – que – era.
Fig. 51 – Sítio de D. Lucimar
Fig. 52 – Balneário do Santino
Fig. 53 – Mirante de São Benedito
Figs. 54 e 55 – Dois aspectos da Praia de Ajuruteua
Figs. 56 e 57 – Forno de fazer carvão e Forno de fazer farinha

Fig. 58 – Casa da Farinha Sítio da Lucimar

Figs. 59 e 60 – Vegetação característica da Trilha da Farinha
Figs. 61 e 62 – Parte da trilha e acadêmicos da FABEL no decorrer da trilha.
Figs.63 e 64 – Outro forno de fazer carvão e acadêmicos medindo a trilha.
Figs. 65 e 66 - Flora vegetal e parte da interseção da trilha.
Figs. 67 e 68 – Queimadas e plantação de Mandioca.
Figs. 69 e 70 – Final da trilha com vegetação característica da beira do rio Caeté
e queimadas.
Figs. 71 e 72 – Beira do rio Caeté e acadêmicos na trilha.
Figs. De 73 a 84 - Objetos produzidos com material reciclado
Figs.85 e 86 - Mirante de São Benedit
SUMÁRIO




Capítulo I - História da Amazônia aplicada ao Turismo...................................


Aspectos socioeconômicos e culturais:
Reconhecer no contexto histórico, aspectos socioeconômicos e culturais do
município em questão.

Valorização de atrativos turísticos históricos:
Reconhecer e contextualizar os atrativos turísticos históricos do município em
questão.

Capítulo II - Transporte Turístico.........................................................................


Com base no trabalho interdisciplinar elaborado para o 1º NPC, formule uma
proposta de ação ao município estudado pelo grupo, considerando e explicitando
os seguintes itens:
1) Apresentar referências teóricas de autores da área de Transportes Turísticos,
no intuito de subsidiar a proposta de ação do grupo;

2) Criar um ou mais de um roteiro turístico à localidade estudada, com possíveis
rotas de ligação, para ser(em) implantado(s) e/ou implementado(s) turisticamente;

3) Desenhar um esboço da infra-estrutura atual da região pesquisada, de modo
que a equipe possa elencar tendências e perspectivas que demonstrem a
viabilidade de aplicação de modalidades de transporte turísticos, indispensáveis
para a implantação e/ou implementação do(s) referido(s) roteiro(s);

4) Sob o olhar do planejamento turístico, sugerir ações consideradas necessárias
para a criação, manutenção e comercialização de tal(is) roteiro(s) turístico(s).


Capítulo III - Segmentação Turística......................................................................


1) Baseado nos preceitos de Roteirização Turística do Ministério do Turismo, cujo
conteúdo foi explorado na disciplina de Planejamento Turístico (1º semestre/2009
– Professora Socorro Almeida), elaborar um roteiro turístico, utilizando como
conteúdo para o roteiro, os segmentos identificados pela equipe, bem como o
planejamento da Secretaria ou Departamento de Turismo do município. Utilizar
também o levantamento de demanda realizado no trabalho do 1º NPC
interdisciplinar.

2) Elaborar um “pacote turístico” de três dias, contendo os atrativos identificados
pela equipe. Para isso, contar também com o auxílio da Secretaria ou
Departamento de Turismo do município.


Capítulo IV – Ecoturismo.........................................................................................


1) Fazer o trabalho de manejo de uma trilha ecológica, seguindo o conteúdo
completo de manejo.

2) Elaborar um folder da trilha.


Capítulo V – Gestão Ambiental.............................................................................

Baseados nas cinco dimensões do trabalho anterior, escolher no mínimo três
dimensões e, para cada dimensão, elaborar uma ação em prol da sustentabilidade
do projeto desenvolvido por eles.
Roteiro turístico no município de Bragança - PA


Resumo: Este estudo visa à possibilidade de criação de Roteiros Turísticos no
município de Bragança, cidade a Nordeste do Estado Pará, que conta com uma
gama de atrativos e potencialidades turísticas de caráter Patrimonial histórico –
cultural. O levantamento de dados se deu de forma empírica, com visita in loco
afim de que dados a respeito de atrativos, potencialidades, infraestrutura, fossem
detectados, diagnosticados, para que as várias possibilidades de roteiros no
município fossem observadas. O trabalho reflete experiências obtidas no decorrer
da visita técnica, bem como as pesquisas decorrentes do processo investigativo.
A idéia de roteiro se dá mediante a proposta da inserção de um city tour pela
cidade explorando prédios históricos, igrejas e monumentos, comunidades
tradicionais locais que trabalham com artesanatos, sítio responsável pelo benefício
da mandioca para a fabricação de farinha, sendo esta a de melhor qualidade do
Estado, com a devida explanação.


Palavras – chave: Roteiro Turístico; Patrimônio; Histórico – Cultural; Trilhas
Interpretativas.


Abstract: This study is the possibility of creating Itineraries in Bragança, a town
northeast of Pará State, which has a range of attractions and tourism potential of
historic character Sheet - cultural. The survey data was empirically, with on-site
visit in order that information about attractions, capabilities, infrastructure, were
detected, diagnosed, so that the various possibilities for routes in the city were
observed. The work reflects experience gained during the technical visit, as well as
research under the investigative process.The idea of the script is given by
proposing the insertion of a city tour exploring historical builings, churches and
monuments, traditional local communities working with crafts, the site responsible
for the benefit of cassava for the production of flour, which is the best quality of the
state, with explanation.
Keywords - Keywords: Tourist Route, Heritage, Historic – Cultural; Interpretative
trails.
CAPÍTULO I
              HISTÓRIA DA AMAZÔNIA APLICADA AO TURISMO
                       PROFESSORA: ROSICLÉIA MENDES



      A histórica cidade de Bragança-PA, que honra este título desde 1854, por
intermédio de um decreto do presidente da Província, na época, Sebastião do
Rego Barros, rica por seus patrimônios histórico-culturais materiais e imateriais,
evidencia fortes atrativos que geram potencialidades em diversificados segmentos
do turismo. Para elencar o patrimônio de cunho histórico-cultural relatam-se
alguns exemplos, cuja, finalidade é evidenciar tais atrativos, e possíveis
potencialidades da destinação, culminando com a criação de um roteiro turístico
para a localidade.




      Figs. 1 e 2 – Orla da cidade Pérola do Caeté


      Bragança é uma cidade localizada ao Nordeste do Pará, a 210 quilômetros
de Belém, capital do Estado, possui quase 400 anos de história, com localização
privilegiada, a margem esquerda do rio Caeté, a cidade foi palco de umas das
primeiras ocupações européias, também chamada, carinhosamente, de “Pérola do
Caeté”, a segunda cidade mais antiga do Estado do Pará. Entretanto, por causa
das dificuldades de comunicação com a capital do Estado, Belém, houve a
necessidade de mudança do núcleo habitacional, para a margem esquerda do rio
Caeté, onde se localiza a sede municipal.
      Bragança é uma cidade que, economicamente, sobrevive não somente do
turismo, mas, do comércio local, do benefício da mandioca e posterior fabricação
de farinha d’ água, da pesca comercial e artesanal, quanto a pesca o governo
local mantém ações no sentido de estimular a produção e comercialização do
pescado, objetivando a rentabilidade da atividade para todos os que dela
sobrevivem, este incentivo é promovido através da SEMEP (Secretaria Municipal
de Economia e Pesca de Bragança).




          Fig. 3 – Descascando a mandioca




      Fig. 4 - Mandioca                 Fig. 5 – Forno de fazer farinha
      O Nordeste do Pará é muito conhecido por seus manguezais, vegetação
berço de caranguejos (Ucides cordatus) responsável por grande parte da
economia da região bragantina, das famílias bragantinas rurais que moram no
entorno do manguezal 83% dessas famílias retiram seu sustento desse
ecossistema. A coleta do caranguejo In natura e também beneficiado é
amplamente comercializada.
Figs. 6 e 7 – Homem retirando caranguejo do Manguezal.
      No mais a economia da cidade marca sua expressividade dentro do setor
primário com a agricultura, extrativismo e pecuária, e ainda como atividade
econômica observou-se a fabricação de telhas e tijolos, bem como, a fabricação
do artesanato local.


      As casas das famílias tradicionais ainda revestidas com azulejos
portugueses em suas fachadas e com assoalho de acapu e pau amarelo (Casa da
Família Medeiros) revelam o conteúdo de cunho histórico seguindo modelos de
obras erguidas no século XVIII, a exemplo a Igreja de São Benedito, que possui o
piso da época Barroca e tombado pelo Patrimônio Histórico, a Igreja Matriz de
Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da cidade, onde está enterrado o Padre
Dom Eliseu Maria Coroli, fundador da Congregação de Santa Terezinha, e o
Instituto Santa Terezinha, tradicional Educandário da cidade que se revela
também como um prédio de caráter histórico e cultural.




      Figs. 8 e 9 - Igreja de São Benedito e Casa da Família Medeiros.
Fig. 10 – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.


      A cidade, sem dúvida, prima por seus atrativos culturais imateriais,
caracterizando-se numa das culturas religiosas mais ricas do Estado com relação
às festas religiosas e profanas, um grandioso exemplo é a festa, bicentenária de
são Benedito, que ocorre entre os dias 18 e 26 de dezembro, movimentando o
turismo religioso na cidade, pois é considerada a maior manifestação religiosa
bragantina. Outra manifestação cultural que a cidade de Bragança oferece, é a
Marujada, que é um ritual exuberante, que ocorre simultaneamente, à Festa de
São Benedito. Marujos e Marujas vestindo trajes característicos fazem
apresentações diárias entre os dias 18 e 26 de dezembro.
      Bragança é uma cidade que guarda suas histórias, principalmente, as de
cunho histórico-culturais e religiosos, haja vista, que o povo da cidade de
Bragança é consciente a respeito de seus Patrimônios Históricos Culturais
Materiais e Imateriais. Grande exemplo são as famílias extrativistas, que vivem na
Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, Município de Bragança, no Estado
do Pará, sendo esta de grande relevância patrimonial ambiental da cidade, fato
que se explica mediante:
                     [...] ao falarmos “patrimônio”, em geral, nos referimos a uma parte apenas
                     dos bens culturais, o patrimônio histórico – arquitetônico. Essa noção foi
                     abarcada por outra, mais ampla, a de patrimônio cultural, que envolve
                     ainda a de patrimônio ambiental, uma vez que hoje concebemos o
                     ambiente como um produto da ação dos homens, portanto, da cultura.
                     (RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p.16)
Figs. 11 e 12 – Áreas ambientais Patrimoniais dentro da RESEX


       Local onde se encontra vegetações de várzea, campos, restingas e
bosques de terra firme, que abrigam a maior biodiversidade de espécies vegetais
e animais e também se encontram populações tradicionais que sobrevivem de
atividades ligadas ao modo de vida característico da região, como a questão dos
oleiros que desenvolvem um trabalho com cerâmicas, artesanatos e outros,
culminando para a riqueza do patrimônio cultural imaterial da região.




      Figs. 13 e 14 – Artesanato local fabricado em olarias dentro da RESEX.


      Com intuito de explicitar a relevância da preservação do Patrimônio Cultural
de uma sociedade e assegurar a importância do mesmo para a cidade de
Bragança dentro da atividade turística, cita-se:
A partir do final da década de 1970, verificou-se a valorização do
                       patrimônio cultural como um fator de memória das sociedades. Hoje
                       entendemos que, além de servir ao conhecimento do passado,
                       remanescentes materiais de cultura são testemunhos de experiências
                       vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos homens lembrar e
                       ampliar o sentimento de pertencer a um mesmo espaço, de partilhar uma
                       mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos
                       comuns, que fornecem o sentido de grupo e compõem a identidade
                       coletiva. (RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p. 17)



      No passado a cidade de Bragança carecia de telhas e tijolo, um português
chamado José Maria Pereira de Macedo veio para a cidade por intermédio do
intendente na época, que convenceu o referido senhor a ficar na região, este
possuía uma larga e ampla experiência nas atividades de olarias, trouxe então,
para a região a arte de vasos e potes de artesanato, que atualmente é
comercializado através das várias comunidades situadas na cidade de Bragança.




      Figs. 15 e 16 – Olarias da região.



      O objetivo geral          deste trabalho é proporcionar aos interessados
conhecimentos históricos culturais da cidade de Bragança, bem como induzir o
incentivo do turismo na região, sensibilizando os governantes, para que haja
ações integradas do poder público com o poder privado estimulando a valorização
e preservação do potencial histórico cultural da cidade, mostrando um turismo sob
outro olhar, que não sol e praia no Nordeste do Pará.
Ao mostrar os atrativos potenciais da cidade de Bragança na atualidade,
bem como, seus patrimônios históricos culturais materiais e imateriais, seu povo,
saberes e fazeres observa-se um pouco da História Patrimonial do Brasil que
outrora fora castigada e esquecida, nos meados do século XIX, onde exclusão e
diferenças sociais exultavam, numa sociedade em que negros e brancos pobres
eram tidos fora do contexto cultural, pois escolas não eram para esse tipo de
pessoas, cada um tinha o seu lugar na sociedade. Para ilustrar cita-se:


                     Negros e brancos pobres eram vistos nos livros escolares como
                     trabalhadores, mas não construtores de cultura, distinção que cabia a
                     poucos, brancos e proprietários, com acesso aos bancos das faculdades
                     e à cultura européia, tida como modelo. (RODRIGUES, apud, FUNARI &
                     PINSKY, 2003 p.17)


      Ainda observam-se entraves culturais dificultando o turismo no Brasil,
 acredita-se que os valores estão em constante mutação e na atualidade
 acontecem mudanças em várias áreas favorecendo de tal modo a valorização e
 conservação do patrimônio, este não deve ser preservado somente para que o
 turismo aconteça, entretanto, este recurso se torna um grande potencial para o
 desenvolvimento turístico.
      Para se evidenciar a riqueza potencial do Brasil, assegurando que o mesmo
 poderá ser inserido como um dos destinos turísticos de grande relevância, com
 seus recursos patrimoniais culturais de rara beleza cita-se:


                     Reconhecidamente o Brasil é um país de grande potencialidade turística,
                     rico em belezas naturais e aspectos culturais que podem atuar como
                     elementos de atratividade. Neste contexto, o folclore, os sons e ritmos de
                     diversas regiões brasileiras podem ser destacados, além da existência de
                     um artesanato variado e diversificado e um patrimônio histórico
                     arquitetônico dos mais expressivos. (BAHL, 2004 p. 51).
Deste modo este trabalho objetiva reunir num Roteiro Turístico, alguns
atrativos da cidade de Bragança, com a finalidade de fomentar o turismo na região
Norte do Brasil, evidenciando atrativos de caráter histórico e cultural, apontando
os possíveis potenciais visitantes da referida cidade, bem como a segmentação
turística de maior destaque na região. Assim, para Miguel Bahl (2004, p.74) “o
roteiro possibilita uma exposição temática ampla que desperta o interesse das
pessoas e preenche as suas necessidades de evasão e deslocamento,
motivando-as a participar”.
      Deste modo ao elencar neste trabalho principais requisitos atrativos da
cidade de Bragança, apontando aspectos socioeconômicos e culturais do
município e explorando de forma clara e objetiva a relevância dos fatores
patrimoniais históricos e culturais da região parte-se para elaboração de um
produto turístico que será apresentado nos capítulos subseqüentes onde a ênfase
será dentro da abordagem de Turismo Cultural, e assim para fundamentar este
segmento do turismo conclui-se que:


                     O MTur (2008) define Turismo Cultural como as atividades
                     turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos
                     significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos
                     culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais
                     da cultura.( Mtur, 2008 p.16).




      Ao dar ênfase ao Turismo Cultural com Roteiro Turístico na cidade de
Bragança apresentar-se-á a possibilidade de conhecimento das especificidades
atrativas da localidade sob outra visão e não, somente, o turismo de sol e praia
que é comumente conhecido no Estado do Pará nesta região, este conhecimento
sem dúvida irá muito além dos limites do Estado, podendo, vir a ser divulgado e
conhecido em todo o Brasil. Deste modo este trabalho procura de certa forma
divulgar os elementos culturais que foram analisados in loco afim de que:
Grupos folclóricos de dança, corais, bandas, artistas plásticos, poetas,
                      atores, bonequeiros, produções amadorísticas de vídeo, artesanato em
                      suas múltiplas tipologias e gastronomia, entre outros, que representem o
                      modo de vida, hábitos e costumes da população do destino. (Mtur, 2008
                      p. 47).




  Figs. 17 e 18 – Representando a Marujada de São Benedito.


      ”Afinal, o Brasil é um país que apresenta grande riqueza cultural, como
também, um conjunto de crenças, tradições e um legado que uma determinada
sociedade deixará às futuras gerações” (Projeto Educação Cultural,)
CAPÍTULO II
                          TRANSPORTES TURÍSTICOS


PROFESSOR: CLEBER SOARES




      O crescimento e o desenvolvimento se dão quando há troca de informações
e produtos entre localidades, essa interação só poderá ser realizada com o auxílio
dos transportes, haja vista, que em tempos passados as cidades que mais se
desenvolveram foram àquelas localizadas a margem de rios e lagos onde
predominavam os transportes marítimos, as embarcações, assim para (Ferraz e
Torres, 2001 p.21) “o desenvolvimento de outros meios de transporte (ferroviário,
inicialmente, e depois rodoviário e aéreo) é que levou ao aparecimento de cidades
distantes das rotas de navegação”.


      Não se pode dissociar a atividade turística dos serviços de transportes, na
realidade o turismo ficaria inviável se não fosse os transportes em todas as suas
categorias, sabe-se que o desenvolvimento mundial alavancou com o progresso
dos meios de transportes, o que se constata através da história da humanidade,
desde a invenção da roda, passando pelo transporte ferroviário do século XIX, dos
antigos modelos de transporte aéreo, até os atuais, bem como os moderníssimos
TAVs que circulam na Europa, Japão e China.


                     No mundo em que vivemos em toda a sua longa História, sempre houve
                     e haverá um lugar de destaque reservado para o Transporte, atividade
                     que, acertadamente, podemos colocar entre as que mais decisivamente
                     contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de nossa civilização e
                     progresso de todos os povos, além do incremento do turismo interno e
                     externo. (PELLIZER, 1978).




      Notadamente o turismo alavancou com o progresso dos meios de
transporte, assim a história e a evolução do globo estão diretamente vinculadas ao
aperfeiçoamento dessa atividade. A humanidade procurou desde os primórdios
aprimorarem o modo de conduzir bens, objetos e pessoas, desde o trenó atrelado
a animais, passando pela invenção da roda pelos Assírios até chegar à conquista
do ar, com o transporte aéreo que contribui em grande escala para a diminuição
de tempo e espaço no planeta, acelerando para a prática da atividade turística.
      Deste modo os transportes são a base para o crescimento econômico de
uma região ou país, está presente em todos os setores, assim “as nações em
desenvolvimento terão que determinar quanto dos seus recursos devem ser
dedicados ao transporte” (Wilfred Owen, 1975 p. 35).
      As atuais atividades turísticas seriam impossíveis se não fosse às
modernas tecnologias existentes na área de transporte, atravessar oceanos rumo
a Europa no passado, por exemplo, representava viajar durante semanas, até
mesmo os modernos navios fazem o trajeto mais rápido do que as antigas
embarcações, desse modo, para Palhares (2002, p.38) “as embarcações de 1800
e sua tecnologia seriam um empecilho para o fenômeno social que é o turismo,
atualmente”.
      Observa-se que para atender a demanda turística da atualidade o sistema
de transportes passou por processos tecnológicos ao longo do tempo, a este
sistema foram incorporados vias, veículos, forças motrizes e terminais, tudo para
viabilizar a atividade turística de uma forma prática e prazerosa para o turista,
objetivando a satisfação deste, visto que, o homem busca caminhos desde os
primórdios da humanidade, quando a força motriz usada era a tração animal.
       Para assegurar esta informação Ferraz e Torres (2001, p. 9) dizem que o
primeiro transporte público regular em Paris foi “linhas com itinerários fixos e
horários predeterminados. O serviço era realizado por carruagens com oito
lugares, puxadas por cavalos e distribuídas em cinco linhas.”
      Ao retratar neste trabalho a relevância dos meios de transporte para a
atividade turística observa-se a necessidade de apresentar um roteiro turístico
programado para acontecer na cidade de Bragança – PA, este foi devidamente
testado e estudado, pelo grupo de acadêmicos da FABEL- Faculdade de Belém, o
qual se encontra no capítulo IV deste trabalho, na disciplina Segmentação
Turística, (vide folha 46, começo do roteiro). Este roteiro vem engrandecer o
município em questão e também mostrar questões ligadas aos transportes e a
importância dos mesmos dentro da atividade turística. O roteiro acima de tudo faz
com pessoas se interessem em participar, cada roteiro apresenta uma amplitude
de temática estimulando a participação das pessoas, motivando-as. Como explica
Miguel Bahl (2004, p. 74) “Independente do lucro, o roteiro possibilita uma
exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as
suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”.
      Deste modo cita-se a seguir o itinerário do roteiro com sua devida rota,
fazendo análise das ruas e avenidas, mostrando perspectivas e tendências no
âmbito da disciplina transportes turísticas; o roteiro tem seu início no centro
histórico bragantino e terá duração de três dias.
      NO PRIMEIRO DIA:


      1) PRAÇA DAS BANDEIRAS


      Museu de Arte Sacra
      Rádio Educadora
      Palácio Episcopal
      Catedral Nossa Senhora do Rosário
      Instituto Santa Terezinha
      Casa da Família Medeiros
      Restaurante Trópicos
      Casa das Treze Janelas
      Praça Antonio Pereira
      Palacete Augusto Correia
      Museu da Marujada
      Igreja de São Benedito
      Orla


      NO SEGUNDO DIA:
Vila que Era (fica localizada a 8 km na estrada de Camutá)
     Sítio da Senhora Lucimar (está localizado dentro da Resex entra no ramal
     do Sítio)
     Na entrada do ramal para o Sítio da Lucimar Trilha Ecológica: Trilha da
     Farinha.
     Balneário do Senhor Santino
     Mirante de São Benedito.


     NO TERCEIRO DIA:


     Praia de Ajuruteua




     No decorrer do primeiro dia o grupo de turistas se encontra na Praça das
Bandeiras e dão inicio o itinerário do roteiro, percorrendo as devidas rotas à pé,
em vista dos atrativos serem próximos uns dos outros, observamos que os
transportes utilizados em roteiros é de acordo com a distancia a ser percorrida
assim para Miguel Balh,(2004, p. 76) “Quanto a escolha do meio de transporte,
obviamente que o mais adequado para a oferta da programação turística vai
estar relacionado diretamente á distância e aos tempos para percorrê-las”.




                 Fig. 19 – Praça das Bandeiras.
Ao testar o roteiro a equipe observou in loco as condições de pavimentação
 asfalticas das vias que ligam as rotas, e concluiu que as vias utilizadas no
 primeiro dia do roteiro na área urbana da cidade estão em excelentes condições
 e bastantes sinalizadas com faixas para pedestres, sinais luminosos e
 sinalização de parada obrigatória.




Figs. 20 e 21 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont (Boa pavimentação asfáltica).


       Alguns atrativos do roteiro, como o Museu de Arte Sacra e a Praça das
 Bandeiras se encontram na Avenida Nazeazeno Ferreira, uma das principais da
 cidade, que também dá acesso á praia de Ajuruteua.




                      Fig. 22 – Rua Nazeazeno Ferreira (Conduz até Ajuruteua).


       A rota prossegue, e ao sair do centro histórico segue pela Rua Treze de
 maio, a rua está em perfeitas condições, bem sinalizada e ao percorre pela via
passa-se pela antiga Casa da Cultura que está sendo revitalizada, passa-se
 também pela Sociedade Beneficente Artística Bragantina, até chegar à Casa da
 Família Medeiros, localizada na esquina da Travessa Cônego Miguel com a Rua
 Treze de Maio. Ao sair da Casa da Família Medeiros o grupo de turistas se dirige
 ao Restaurante Trópicos, localizado à Travessa João XXIII nº 374 – Centro para
 almoçar.




Figs. 23 e 24 – Rua Treze de Maio (Vai da Igreja Matriz até a Casa das Treze Janelas).
       Na Rua Treze de Maio, esquina com a Rua Sete de Setembro, na Praça
 Edvaldo de Souza Martins encontra-se a Casa das Treze Janelas, antiga
 Residências dos Prefeitos.
       Descendo a Rua Sete de Setembro até chegar à Rua Floriano Peixoto,
 toma-se esta via para dobrar na Rua Vigário Mota, ao passar nesta encontra-se
 o Bar Adega do Rei e a Caixa Econômica Federal, deste modo chega-se a Praça
 Antônio Pereira, onde se encontra o Palacete Augusto Correia, localizado na Rua
 Justo Chermont esquina com a Rua Cônego Miguel: Na Rua Justo Chermont
 pode-se encontrar o Hospital das Clinicas e uma farmácia de aspecto antigo bem
 na esquina e ainda naquelas proximidades o Museu da Marujada.
       Ao passar pelo Museu da Marujada, seguindo pela Rua Cônego Miguel,
encontra-se o antigo Barracão da Marujada que atualmente funciona como um
restaurante, daí, prosseguindo chega-se a Praça Primeiro de Outubro (Largo de
São Benedito), onde está situada a Igreja do referido Santo, fundada em
18/12/1798, por iniciativa dos primitivos escravos da antiga Vila de Bragança.
Dando continuidade, após a Praça encontra-se a Orla da cidade e a maravilhosa
paisagem do Rio Caeté, como parte desse roteiro.




Figs. 24 e 25 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont.


       No decorrer do segundo dia o grupo de turistas seguirá o roteiro numa van
em vista dos atrativos serem distantes um dos outros e estarem localizados nas
comunidades vizinhas da cidade, com distância de aproximadamente 8 km do
centro urbano.
       Então, o grupo de turistas seguirá para o primeiro local á ser visitado:
Comunidade Vila-Que-Era, com intuito de conhecer a antiga Vila de Bragança e
também o artesanato do local, para se chegar a esse atrativo os turistas utilizarão
a rodovia que interliga Bragança a Viseu, BR-308 até chegar à Estrada de
Camutá.




Figs. 26 e 27 – BR – 308 (Ponte Sapucaia) e Estrada de Camutá.


        A BR-308, no início do trajeto, se encontra com enormes crateras, já quase
não há asfalto, os veículos trafegam de forma lenta, impossível colocar marcha
alta no veiculo, devido ao caos instalado na referida via, pode-se afirmar que com
tão grande e bela obra inaugurada naqueles arredores (o Mirante de São
Benedito), recentemente, era para as autoridades se voltarem para a recuperação
de pavimentação asfáltica da referida BR, visto que é uma via federal, de
relevância para o desenvolvimento turístico na região. Já a Estrada de Camutá,
mesmo não possuindo asfalto (de terra batida) está em ótimo estado de
conservação, logo no início encontra-se sinalização turística implantadas pela
Paratur, indicando Vila - Que - Era e o Mirante de São Benedito.
       Seguindo o roteiro na volta da Comunidade Vila – Que - Era, o grupo de
turistas visitará o Sítio de Dona Lucimar, onde apreciará em mínimos detalhes a
fabricação da farinha de mandioca bragantina, uma das mais deliciosas da região
e também observarão a Trilha da Farinha. Para se chegar a esse atrativo, os
turistas utilizarão o Ramal do Sítio que se encontra em bom estado de
conservação, estando localizado ao lado esquerdo da Estrada de Camutá,




Figs. 28 e 29 – Estrada de Camutá (acesso à Vila – que – era) e Ramal do Sítio da D. Lucimar.


       Dando continuidade, após a visita ao sítio, o grupo de turistas seguirá até o
balneário do Senhor Santino, onde apreciará o artesanato, a criação de galinhas
caipiras e desfrutarão de um belíssimo banho, bem como, degustarão a
gastronomia do local onde servem um maravilhoso prato constituído à base de
galinha caipira. Para se chegar a esse local os turistas percorrerão a Estrada de
Camutá até chegar ao Ramal do Mirante de São Benedito, localizado ao lado
esquerdo da referida Estrada, o mesmo se encontra em perfeito estado de
conservação, mais não possui nenhuma sinalização turística que facilite a
localização dos atrativos pelos visitantes.
Figs. 30 e 31 – Estrada de Camutá com acesso ao ramal que leva ao Mirante e Ramal do
Mirante.

           Ao saírem do balneário, seguindo o roteiro, pelo mesmo Ramal utilizado
para se chegar ao local, os turistas seguirão até o Mirante de São Benedito, um
dos atrativos turísticos mais belos e visitados da região, segundo a Turismóloga
Keise Viana, onde os mesmos apreciarão a beleza cênica do local, desfrutando as
comidinhas típicas como: a tapioquinha, o vatapá e o tacacá vendidos no local.




Figs. 32 e 33 – Mirante de São Benedito.


       No decorrer do terceiro dia, o grupo de turistas se encontrará na Praça das
Bandeiras, de onde, seguirão de van, para Praia de Ajuruteua, pela PA – 458
estrada asfaltada e sinalizada possui várias pontes de madeira e uma ponte sobre
o rio Furo Grande que tem duas pistas de concreto, esta estrada atravessa o
manguezal, onde é possível se observar caranguejos atravessando a pista no
período do Suatá, por ocasião do acasalamento, nas luas cheia e nova.
Figs: 34 e 35 Praia de Ajuruteua e PA - 458


        O grupo de acadêmicos da FABEL - Faculdade de Belém ao elaborar o
Roteiro Turístico na cidade de Bragança, percebeu a tendência de cunho histórico-
cultural do local, ao observar os prédios históricos, o artesanato local, o benefício
da mandioca, a riqueza de detalhes da cultura européia oriunda dos portugueses
que fundaram a cidade e exploraram o local, enfim, os fazeres e saberes do povo
tradicional da Região.
       A cidade procura guardar preceitos antigos, um fato de grande relevância
nesse sentido é a construção do Museu de Arte Sacra que é uma obra,
relativamente nova, inaugurada em 2005 e que reúne obras de artes doadas
oriundas de outros municípios, bem como, obras do século XIX e do ano de 1872.
       Com relação às perspectivas de viabilização de transportes turísticos dentro
da cidade de Bragança, a equipe (FABEL) detectou na Secretaria de Turismo o
projeto táxi tour que é um trabalho de parcerias que capacita os motoristas de táxi
ao atendimento aos turistas.
       Ainda no âmbito das perspectivas de projetos em andamento no município
disponibilizado pela prefeitura e secretaria de turismo, observaram-se os “Anjos do
Turismo”, que consiste em capacitar crianças de classes baixas, que vivem no
subúrbio, para servirem de guia de turismo no centro histórico da cidade, isto
ocorre somente, no período de alta estação, durante a festa de São Benedito, em
Dezembro e pelo Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Novembro, bem como,
no período das férias de Julho.
Ao elaborar o roteiro turístico no segundo dia para fora da área urbana,
procurou-se observar as perspectivas nesta área, onde se comprovou a falta de
reparos na pavimentação asfáltica da BR 308 e a falta de sinalização turística
dentro dos ramais que levam os turistas aos atrativos, como por exemplo, ao Sítio
de Dona Lucimar, ao Mirante de São Benedito e ao Balneário do Sr. Santino.
      Na tentativa de fomentar o turismo na região e divulgar o roteiro proposto
pelo grupo de acadêmicos da FABEL- Faculdade de Belém observou-se a
necessidade da criação de um seminário, que seria um trabalho de parcerias entre
os acadêmicos, o governo do município, (Prefeitura) e a Secretaria de Turismo,
onde deveria ser explicada passo a passo a relevância dos atrativos turísticos
apresentados no roteiro, bem como, inserir no povo bragantino a idéia de
valorização dos seus patrimônios materiais e imateriais. Neste seminário haveria
somente a participação de público adulto, o trabalho com crianças, seria feito nas
escolas com a divulgação de folders, panfletos e palestras explicativas com ênfase
em apresentações teatrais a nível infantil, em linguagem adequada para as
crianças.
CAPÍTULO III
                             SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA


PROFESSORA: LUCIANA MENDES


         Baseado em pesquisa de mercado realizada na cidade em foco, criou-se
um roteiro turístico de dois dias para a mesma a partir de levantamentos de dados
sobre;
- As políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo no local;
- Os atrativos culturais e naturais existentes;
- A infraestrutura de hospedagem, transporte, alimentação, tecnologias e
qualificação humana disponíveis para os turistas;
- Os possíveis públicos consumidores, conhecidos através de pesquisa realizada
para identificar o perfil do visitante do local;
- O relacionamento do trade turístico e os concorrentes existentes;
- O tipo de seguimento á que a cidade tem vocação.
         Pois, de acordo com Rose (2002) antes de lança qualquer produto no
mercado é essencial conhecer o ambiente que o cerca, ou seja, o produto, o
turista, os concorrentes, os fornecedores, os intermediários e as forças que atuam
no mercado, as quais, segundo o autor “a organização turística não tem condições
de alterar ou agir sobre elas”, que são as forças políticas, naturais, tecnológicas,
demográficas, culturais e econômicas, que em outras palavras significa fazer uma
análise de mercado, sendo necessário entender primeiro o que é mercado.
         Segundo o MTur (2007, p. 9 apud KOTLER; KELLER, 2003) “mercado é o
lugar onde pessoas trocam produtos e serviços com outros, considerando sempre
a disponibilidade da oferta existente e a procura pelo bem ou serviço oferecido.Já
Rose (2002, p.21) diz que:


                       Assim como os demais, o mercado turístico opera em um contexto amplo.
                       Esse ecossistema, dentro de uma visão sistêmica, determina que
                       qualquer agente, para sobreviver e permanecer no mercado deve
                       enfrentar os riscos do ambiente que o cerca.
Então fazer a análise de mercado nada mais é do que observar todos os
requisitos básicos para se colocar no mercado um produto turístico de qualidade,
que satisfaça todos os desejos e necessidades dos turistas, o que é
imprescindível para que essa atividade se desenvolva com sucesso.
Análise do Mercado Turístico

       Produto:     é      a   peça   de   fundamental   importância   na   conjuntura
mercadológica do turismo, por isso, é necessário se conhecer o ambiente que o
cerca, pois, de nada adianta lançar no mercado um produto turístico que não
ofereça infraestrutura básica para a segurança, o bem-estar e o entretenimento
dos turistas, sendo essencial um bom planejamento para que esse produto não se
desgaste e torne-se desinteressante para o visitante, pois, o mercado turístico
tornou-se muito concorrido e diversificado.

       Sabe-se que o clima, as paisagens, fauna e flora, que fazem parte dos
recursos naturais, bem como os aspectos de ordem cultural, a exemplo, cultura
local, patrimônio arquitetônico e outros, e ainda bens e serviços na área de
alimentação, saúde, estrada hotéis, restaurantes, gestão e imagem da marca
formam o produto, pois a atratividade por si só não constitui produto turístico, haja
vista, o exemplo citado pelo Mtur, (2009 p.56) “a Floresta Amazônica por si só não
é produto turístico [...] mas para se tornar um produto deve combinar os diversos
fatores que tornam possível sua visitação.

       O produto comercializado faz parte da oferta turística e esta se constitui não
somente de atrativos, mas também de um conjunto de bens e serviços
relacionados à hospedagem, alimentação, recreação, lazer e outros, atraindo e
mantendo por um período de tempo o turista ou visitante. Deste modo, para Mário
Beni (2003, p.159) “a oferta em turismo pode ser concebida como o conjunto dos
recursos naturais e culturais que, em sua essência, constituem a matéria – prima
da atividade turística”.
O produto turístico, especificamente, é um produto composto, formado
                       por   componentes    de    transporte,   alimentação,   acomodação    e
                       entretenimento. Como qualquer outro bem e serviço, encontra-se à
                       disposição na natureza de forma limitada, necessita ser produzido e pode
                       ser considerado uma . riqueza. (LAGE, 2004 p.32).




       Operadoras de mercado: engloba o conhecimento de todos os setores
que de forma direta ou indiretamente fazem parte da composição do produto
turístico, o que compreende os fornecedores, as empresas que atuam no
mercado, os intermediários que fazem a venda do produto para o cliente, enfim,
todos os que compõem o trade turístico do local e investem no mercado turístico.

       Compreende- se operadoras de mercado os agentes de turismo, as
empresas turísticas, o governo, a comunidade ou população local, sendo que
estes agentes devem possuir objetivos integrados, compatibilizar ideais, numa
cadeia de combinação de esforços, a fim de que haja o desenvolvimento do
turismo na região. Assim pode-se afirmar que, embasado na ação de cada agente
surge o produto turístico que é um conjunto de bens e serviços voltados para a
atividade turística.

       Neste contexto de acordo com o MTur (2007, p. 11 apud POTER, 1986)
para entender-se melhor o mercado é necessário conhecer todos os atores ou
forças que influenciam       no desempenho da atividade turística , que são: a
rivalidade existente no setor; ameaças de novos concorrentes; ameaças dos
produtos substitutos; aumento do poder de barganha dos compradores; aumento
do poder de barganha dos fornecedores.

       1 ) Rivalidade existente: Verificou-se que Bragança, possui uma das
praias de oceano mais procuradas da região, a praia de Ajuruteua, que é o
principal destino secundário da cidade, tendo como principais concorrentes as
praias de Salinas que é um pólo turístico bem mais estruturado e divulgado pela
mídia, freqüentadas pela elite belenense. No entanto, Bragança se diferencia por
oferecer equipamentos de alimentação, hospedagem e transportes bem mais
acessíveis do que a sua principal concorrente, englobando dessa forma um
parcela grande do mercado (classes sociais menos favorecidas) que precisa ser
cada vez mais introduzida na atividade turística devida a grande concorrência do
setor turístico.

       2 ) Ameaças de novos concorrentes: é a verificação se existe novos
destinos sendo estruturados para atuarem no mercado, o que não foi identificado,
ao contrário Bragança é que esta despontando como pólo turístico.

       3 ) Ameaça dos produtos substitutos: de acordo com o MTur (2007, p.
12) “deve-se entender como os produtos diferentes dos oferecidos por uma
empresa A, por exemplo, podem conquista os clientes e reduzir a venda dos
produtos turísticos de uma empresa B”.

       4 ) Aumento do poder de barganha dos compradores: deve-se esta
atento ao poder de compra dos turistas, para que se possa fazer uma analise da
quantidade de renda que esta sendo injetada na economia local, e em Bragança,
identificou- se que o turismo é uma das principais atividades econômicas da
cidade.

       5 ) Aumento do poder de barganha dos fornecedores: é preciso
conhecer se existem alternativas de equipamentos de infraestrutura (hotéis,
restaurantes, transportes, entre outros) suficientes para atender a demanda, para
que não haja o monopólio do mercado por falta de concorrência, o que geralmente
causa inflação nos preços e torna-se pouco atrativo para os turistas que procuram
alternativas mais baratas. Segundo pesquisa realizada em Bragança, os preços
cobrados aos turistas ou visitantes são equivalentes aos serviços prestados,
sendo avaliados como baratos e de boa qualidade.

       Forças naturais: o ambiente natural representa uma das matérias-primas
do turismo, por isso, deve ser feito um minucioso estudo para se conhecer o
potencial de carga dos recursos naturais existentes e os possíveis impactos que a
atividade turística pode causar nesses ambientes, que geralmente são
irreversíveis, gerando o desgaste do produto e o desinteresse do turista, que está
cada vez mais preocupado com os problemas ambientais. Em Bragança detectou-
se, que não existe nenhum preocupação nem estudo científico para medir o
potencial de carga de seus recursos naturais (infelizmente) que são belíssimos,
onde, já se observam alguns impactos. Observando também o clima, o relevo, a
posição geográfica, etc.

      Forças políticas: deve- se conhecer todas as políticas públicas existentes
voltadas para o desenvolvimento da atividade turística de um país, estado e
municípios, verificando se elas são favoráveis ou não ao turismo. Neste caso em
relação ao município aqui proposto podem-se observar algumas ações para dar
incentivo e fomento ao turismo na região:

      Taxitour: um projeto que visa capacitar os motoristas de taxi, para atender
o turista de forma adequada, tem o apoio da Paratur e da Prefeitura local.

      Anjos do Turísta: é um trabalho da Secretaria de Turismo desenvolvido
com jovens de classe social menos prevalecida, com o objetivo de capacitar e
formar guias mirins para atuar nas épocas demanda de visitante na cidade, isto
ocorre por ocasião das Festividades de São Benedito e pelo Círio de Nossa
Senhora de Nazaré.

      Pit: Posto de Informação turística é um projeto que está no papel, seria a
colocação de um Pit na Praça da Bandeira e outro na Praça de Eventos, na
realidade, a informação obtida foi que para tal realização falta a verba. Também a
Secretaria de Turismo local mencionou a construção de quiosques, em 2010,
objetivando a comercialização de artesanatos.




      Forças econômicas: Segundo Rose (2002, p.22), deve-se conhecer
“dados como receita individual e familiar, renda discricionária, que permitem
gastos com o lazer; fatores abrangentes como: inflação, nível de emprego e
crescimento econômico, influencia sobremaneira a locação de investimentos no
setor turístico”, ou seja, conhecer o ambiente econômico em que se encontra o
país, verificando taxa de inflação e desemprego, se existe recursos sendo
injetados na economia local e o perfil econômico do turista para obter informações
de quanto as pessoas estão disponibilizando para o laser, pois, em época de crise
os bens de consumo geralmente ficam em segundo plano.

      Forças culturais: é um conjugado de todas as atividades culturais,
costumes e modo de vida da população local, sendo importante saber se essas
raízes estão sendo mantidas ou preservadas e de que forma esta se dando este
processo, pois, os fatores culturais influenciam as motivações de viagem. Em
Bragança essas raízes ainda são muito presentes nos seus habitantes e possui
um museu que promovem eventos para divulgar e preservar esses patrimônios
(Museu da Marujada), o que torna a cidade mais atrativa e com um número maior
de opções de entretenimento para o visitante (dependendo da época).

      Portanto, a oferta ou produto turístico se constitui num conjunto de
 elementos necessários para satisfazer o turista, entretanto, de maneira isolada
 estes elementos não fazem parte das atividades turísticas, haja vista, o que
 Ignarra (2002, p.47) relata que “um turista no seu ato de consumo turístico
 necessita de um conjunto de elementos para satisfazer às suas necessidades”.
 Conhecidos todos esses elementos faz- se necessário um minucioso estudo da
 possível demanda para o produto.
      Demanda: é o conjunto de consumidores reais, ou possíveis consumidores
de um serviço ou produto turístico, sendo necessário o monitoramento constante
das mudanças que ocorrem neste conjunto, pois, novas tendências e
necessidades surgem a todo o momento, e o mercado turístico precisa conhecer e
adaptar rapidamente as mudanças comportamentais que ocorrem com esses
grupos. Sendo então necessário antes de lançar um produto, fazer um
levantamento do perfil do turista em seus aspectos econômicos, culturais, sociais
e de suas necessidades.
Para entender a cadeia de variáveis que se necessita para a
comercialização de um produto turístico e acima de tudo para que o cliente
possa ficar satisfeito, inteiramente satisfeito é imprescindível observar e entender
o consumo turístico, ou seja, tudo aquilo que o turista precisa gastar antes,
durante e depois da viagem com a finalidade de satisfazer os anseios de
motivação para àquela viagem. Desta forma para o Mtur (2009, p. 60), “O
consumo dos visitantes não se restringe apenas às atividades ligadas
diretamente à viagem, mas também a toda atividade de suporte para fazer da
viagem uma experiência agradável.”
      Dentro de um produto turístico o que vai demandar a procura são os
atrativos oferecidos por este, por serem fatores determinantes para que turistas
optem por determinados locais e suas especificidades, por conseguinte, a
demanda sugere diversidades de segmentos no âmbito do setor turístico. E
assim como os atrativos influenciam na demanda pelo produto, as facilidades e
acessibilidades também contribuem para a aquisição ou não do produto turístico,
haja vista, que para Beatriz Lage, (2004 p. 33) “as facilidades são os elementos
do produto turístico que não geram normalmente os fluxos do turismo, mas a sua
ausência pode impedir os turistas de procurarem as atrações.” Estas facilidades
e acessibilidades dizem respeito à hospedagem, às vias de acesso, saneamento
básico, farmácias, bancos, lojas de souvenirs e outras ligadas ou não à cadeia
do turismo.

     A heterogeneidade da demanda turística é embasada na percepção de
fatores de origem socioeconômico, geográfico, comportamental e outros, além de
integrar as motivações de viagens de cada indivíduo que variam de pessoas para
pessoa, estas variáveis servem para segmentar o mercado turístico.

     O mundo passa por uma imensa transição o que atualmente satisfaz a
necessidade humana, posteriormente, poderá não mais satisfazer, este fato se
aplica também na atividade turística e para ressaltar a relevância da demanda
turística no mundo globalizado cita-se:
Vivemos em tempos de extrema e profunda transição; o que hoje é válido
                     e consumido, amanhã se torna obsoleto e não responde mais às
                     necessidades que parecia satisfazer. Os mercados buscam reagir rápido
                     a esta situação, porque mudam, também, os produtos e serviços, os
                     desejos e motivação dos consumidores e suas decisões de compra, os
                     canais de distribuição, a publicidade e o marketing competitivo. (BENI,
                     2003 p. 214).


      Assim sendo, com as pesquisas de demanda é possível conhecer as
 motivações do visitante, somente, assim, conhecendo o perfil do publico alvo
 pode-se segmentar a atividade, visto que, os objetivos e anseios de uns podem
 ser totalmente diferente de outros. Baseado em tais percepções, aplicou-se em
 Bragança um questionário sócio-econômico para 30 pessoas, com o intuito de
 identificar o perfil e a demanda dos possíveis consumidores do roteiro sugerido
 para a cidade, resultado pode ser verificado nos gráficos abaixo.
      Quando perguntados sobre o local de origem, as estatísticas obtidas
mostraram que o principal ponto de origem das pessoas para o destino Bragança
é Belém, com 44% dos entrevistados originários desta cidade, seguido de 23% de
visitantes de outros estados do país como, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do
Norte, 17% vindos da cidade de Castanhal, 7% do município de Barcarena, 3% do
município de Viseu, 3% do município de Santa Izabel e 3% de regiões próximas á
Bragança. Concluindo que 77% dos visitantes da localidade são de paraenses,
sendo necessária uma divulgação interestadual maior.
       Origem
Belém         Castanhal   Barcarena     Viseu    Sta. Isabel   A. Correa   Outros

         44



                        23
          17

              7
                  333


              Origem

      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
      Em relação ao sexo, as estatísticas mostram que 60% dos visitantes são do
sexo feminino, um indicativo da emancipação econômica feminina que nos últimos
anos vem crescendo aceleradamente, tornando-se uma importante parcela do
                   aceleradamen             se
mercado consumidor e que deve cada vez mais ser englobada pelo mercado
turístico, principalmente porque, geralmente a mulher gasta mais do que o homem
e dessa forma injeta mais dinheiro na economia, no entanto, é m
                                                              mais exigente em
relação aos serviços prestados. Os homens representaram 40% dos visitantes
entrevistados.


      Sexo



                                            60%F


                             40%M




                                                     Colunas1

      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
Na questão profissional observou - se um empate entre profissionais
liberais e funcionários públicos, onde cada profissão obteve um índice de 33%,
sendo, que dos 33% de profissionais liberais, 18% são mulheres e 15% homens,
encanto, que os 33% dos funcionários públicos, 24% são mulheres e 9% homens.
Tais estatísticas, só mostram ainda mais a forçar feminino no mercado e a grande
parcela da população que ela representa, pois, a mulher encontra-se mais
estabilizada e independente. Os profissionais autônomos corresponderam á 27%
e os estudantes 7% dos entrevistados.




      Profissão



                       P. Liberal   F. Público   Autonômo   Estudante
          33 33
                  27




                       7




      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.


      A renda dos entrevistados que ganham até um salário mínimo
corresponderam a 17% das estatísticas; até 2 salários 40%, onde 32,5% são de
homens e 7,5% mulheres; até 3 salários 30%, onde 3% são homens e 27%
mulheres; de 4 a 5 salários 10%, onde 7% de mulheres e 3% de homens e os que
tem rendimentos acima de 6 salários mínimos corresponderam a 3%. Neste
contexto verifica-se, a grande parcela do mercado que as classes menos
favorecidas representam, e que disponibilizam uma parte de seus recursos para o
lazer e      novamente a mulher aparece como força de mercado, com renda
superior a do homem.
Renda

              até 1 salário   até 2 salários        até 3 salários   de 4 á 5 salários   mais de 6 salários

                                      40
                                               30

                                                     10 3




                               17%




       FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
       A idade dos entrevistados ficou classificada da seguinte forma: 33% tinham
de 20 á 30 anos, 44% de 31 á 40 anos, 10% de 41 á 50 e 13% mais de 50.
Concluindo-se que a faixa etária das pessoas que mais freqüentam o local é
           se
mediana, ou seja, nem jovem nem velha, pois, somando os resultados das idades
                                             somando
de 20 á 40 anos, observaremos que este número corresponderá a 77% dos
visitantes.
Idade



                                20 á 30    31 á 40       41 á 50     mais de 50




                     33                            44                  10        13


      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
      A maioria dos entrevistados eram casados o que correspondeu a 50% da
pesquisa, 30% são solteiros, 17% outros (amigados, juntos, enrolados, casais
modernos) e 3% divorciados, o que a leva a concluir que a maioria das pessoas
viajam em família, o que irá ser observado mais adiante.
      Estado Civil



                              Solteiro    Casado        Outros     Divorciados

               50


          30

                    17

                          3




      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009.
      Em se tratando de nível de escolaridade os dados apresentaram-se bem
                                                       apresentaram
diversificados, em que, 27% possuíam nível médio completo, 23% nível superior,
20% fundamental completo, 10% médio incompleto, 10% superior incompleto, 7%
fundamental incompleto e 3% possuíam Pós - graduação. Identificando dessa
forma, que o nível de formação dos visitantes é alto.


      Escolaridade

                               F. Incompleto       F. Completo        Md. Incompleto
                               Md. Completo        Superior           Superior Incompleto
                               Pós Grad
                         27
                              23
               20


                    10             10
           7
                                        3




      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
      No requisito motivação 30% dos entrevistados viajaram a laser, 27% a
trabalho ou para eventos, 20% visita estava visitando parentes e amigos, 13%
atrativos naturais, 10% atrativos culturais. Verifica-se que somados as motivações
                                             Verifica se
de lazer, atrativos culturais e naturais 53% das pessoas viajam até o local pelas
                                                 pessoas
inúmeras alternativas de entretenimento e atrativos que a localidade disponibiliza
aos visitantes.
      Motivação

                     Visita /parente/amigos    trabalho/eventos      atrativos naturais
                     laser                     atrativos culturais

                              30
                27
           20
                     13
                                   10




      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
O número de pessoas que viajavam com os entrevistados no momento da
pesquisa, ficou dividido da seguinte forma, 33% viajavam em grupo de 2 pessoas,
30% em número de 3 pessoas, 27% sozinho, 10% em grupos de 4 ou mais
pessoas.
      Número de Viajantes

                          1 pessoa   2 pessoas   3 pessoas   4 pessoas ou mais
                33
                          30
           27




                     10




      FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009


      Perguntado como costumam viajar, 47% dos entrevistados responderam
em família, 33% com amigos e 20% sozinhos. Comparando com o gráfico acima
observa - se que, 80% das pessoas costumam viajar acompanhado, o que resulta
em um gasto maior na localidade, no entanto, uma quantia significativa de
pessoas viajam sozinhos, por não terem família constituída, o que lhes possibilita
disponibilizar uma quantia maior de recursos para viajar, ao contrário dos que
possuem família, que tem outros gastos e por isso viajam menos.
Como Viajam

                                 Sozinho   Em família     Com amigos
                  47

                       33

             20




        FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
       Sobre a forma em que a viagem foi organizada, 77% das pessoas
planejaram e organizaram pessoalmente a viagem sem intermediários, 10%
tiveram a viagem planejada por entidades associativas, 10% por conhecidos, 10%
por agência de viagem, 3% por conhecidos, observando-se, a carência de
                                          observando se,
produtos turísticos vendidos por agências de turismo e de viagem destinados a
Bragança.
       Excursão                                                                 Organizada

                  Agência de Viagem   Ent. Associativas   Conhecido    Outros




                  77


                  3
                  10
                  10




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
            isa
       O tempo de permanência dos visitantes no local distribuiu-se da seguinte
                                                      distribuiu
forma 50% das pessoas passariam de 3 á 5 dias na cidade, 33% até 2 dias, 7% de
6 á 10 dias, 7% um dia, 3% mais de 10 dias. Concluindo-se, que a maioria das
                                            Concluindo se,
pessoas disponibiliza os fins de semana para viajarem.
Tempo de Permanência

                     1 dias       até 2 dias    de 3 á 5 dias      de 6 á 10 dias     mais de 10


                50


           33




     7                   7
                     3




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.



          O meio de transporte mais utilizados pelos turistas para chegarem à cidade,
foi de carro particular com 50% dos visitantes tendo se utilizado deste recurso,
                ticular
27% utilizaram-se de ônibus de linha, 10% de vans, 7% de barco, 3% de taxi, 3%
               se
de ônibus fretado. Nesse requisito verifica se, que existem varias alternativas de
                                   verifica-se,
transportes, tendo assim o visitante a oportunidade de escolher a que melhor lhe
                           visitante
convir.
          Transporte

         Carro Particular     Ônibus Fretado     Ônibus de linha      Barco    Táxi    Vans
                             50



                                           27


                                    3             7                10
                                                          3




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Perguntou-se aos visitantes se tiveram alguma dificuldade de orientação e
                 se
informação dentro da cidade e 83% consideram satisfatórias as placas de
sinalização existentes no local, não tendo maiores problemas e apenas 17%
relataram que tiveram que pedir informação para se locomoverem na cidade.
       Informações e Orientações na cidade
                                              Sim   Não




                                        83


                                        17




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
       Para fazerem suas refeições 47% dos entrevistados preferiram os
restaurantes, 40% os locais de hospedagens, que em sua maioria oferece
algumas refeições e 13% escolheram outras alternativas como, casa de amigos,
parentes e pequenos loc
                    locais que oferecem comidas rápidas.
       Onde fez as refeições

                       Restaurantes   Local de Hospedagem     Outros
      47
           40




                13




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Os preços são fatores determinantes na hora da aquisição de um produto
ou serviço e 87% dos entrevistados acharam os preços de alimentação e
hospedagem adequados, 13% consideraram os preços de hospedagem muito
altos e 10% o preço os alimentos, 3% acharam os preços da alimentação baixos
demais.
       Preços                                                         Acessíveis

                          Adequados        Muito baixo   Muito Alto


      87                  87




                                      13
                  10
              3


       Alimentação         Hospedagem


FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009


       Os recursos naturais constituíram- se nós principais atrativos para os
visitantes, representando 60% das motivações que os levaram ao local, seguidos
de 23% motivados por amigos e parentes, acompanhados por 17% que tiveram
outros motivos para viajarem. Sendo necessário um monitoramento maior desses
recursos, para que os mesmos não sejam impactados pelo uso desordenado e
irracional.
Atrativo que o trouxe á cidade

                        Parentes e Amigos    Natureza        Outros



                17

                60

                23




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
       Apesar de ressaltarem á necessidade de algumas melhorias como,
segurança, qualificação de atendimento, limpeza, entre outros, 100% dos
pesquisados indicariam á cidade a amigos e pretendem voltar em outras
oportunidades, o leva a supor uma certa fidelidade ao local, algo que se tornou
cada vez mais raro devido a grande concorrência no setor turístico, que
disponibiliza ao consumidos um leque de alternativas.
       Pretende Voltar e Indicar a Cidade

                                                 Sim   Não


       100                       100




      Pretende Voltar           Indicar Amigos

FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
       Fazendo uma análise dos requisitos básicos de infraestrutura como, praias,
                           dos
prédios históricos, gastronomia, atendimento, limpeza, segurança e transportes, a
avaliação dos visitantes foi positiva, com a maiorias dos itens tendo recebido
conceito Bom, por mais de 50% dos entrevistados, com exceção do requisito
segurança, que na avaliação teve 41% de conceito Bom. O que possibilita a
propaganda boca a boca, que é a melhor forma de divulgar uma localidade.
        Caracterize a Oferta Turística

          Ruim    Bom        Regular   Excelente
   77     77
                        66     60           64
                 57
                             41
                27          33
      17                 23    23 23
                   16
   3 3 3 713 6 10 5 13 10 7      3
                                     13




FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
        Então conhecido o produto Bragança, onde observol-se que o lugar tem
um grande potencial turístico, possuindo um patrimônio histórico belíssimo e bem
conservado; exuberantes recursos naturais com vastas áreas de mangues e
praias; tradições culturais bastante vivas nos moradores locais; infraestrutura de
hospedagem, transporte e alimentação avaliadas como Bom, comunidades que
produzem cerâmicas de forma bem rústica, formando assim um conjunto de
ofertas de atrativos e entretenimento bem diversificados para os turistas e a
demanda para o local obtida através de pesquisa de demanda, organiza-se o
mercado em seguimentos, ou seja, distribui os turistas de acordo com seus
desejos e necessidades.


Segmentação Turística
        Segmentar segundo o MTur ( 2007, p. 26 apud LOVELOCK; WRIGHT,
2001) “é dividir a demanda em grupos diferentes nos quais todos os clientes
compartilham características relevantes que os distinguem de clientes de outros
seguimentos”. Através da segmentação do mercado é possível aumentar a
demanda de uma região, pois, identificadas as alternativas de produtos de um
lugar, pode-se, destina-los para um grupo específico, para segmentar um produto
é preciso tem conhecimento da vocação do lugar, da imagem que ele possui, o
perfil do turista que pretende atrair e os desejos e necessidades que a demanda
pretende suprir com a aquisição de um produto.
      Pois, dentro de um produto existem as variáveis de nivelamento do mesmo,
onde se observa o benefício central, produto básico, produto esperado, produto
ampliado, produto potencial, sendo as características de cada um numa ordem
continua percebe-se a busca fundamental do cliente, a necessidade do cliente
transformada em produto, tudo aquilo que o turista já espera naquele produto, um
valor adicional do produto algo que supera a expectativa do cliente e finalmente o
produto potencial é a superação do produto no futuro e não só para atender a
demanda naquele momento, como também adicionar valores a este para que
possa a atender demandas futuras.


      Assim para fundamentar estas variáveis do produto cita-se:




                     Percebe-se que o produto se distancia da oferta física e se aproxima,
                     cada vez mais, da percepção de valor pelo cliente, por meio do benefício
                     ou solução obtida com a compra realizada. Já que os produtos estão
                     relacionados com a percepção dos clientes, e cada cliente tem uma
                     percepção diferente do outro, nem todos os produtos ou serviços terão o
                     mesmo valor percebido por todos os clientes. Essa é a importância que a
                     segmentação tem para a elaboração de uma estratégia eficaz. (Mtur,
                     2009).



      Um produto trabalhado dentro de um segmento turístico, não quer dizer que
o mesmo não possa ser visto em outros segmentos dentro de outros roteiros, o
que vai demandar esta situação é a potencialidades de atrativos da região, e dos
diversos nichos em várias espécies de motivações que vão sendo identificadas:

                     Dessa forma, a promoção de um produto, roteirizado ou não, com base
                     em um segmento principal, não inviabiliza que vários outros segmentos
                     possam ser trabalhados em outros tantos roteiros, a depender dos
                     potenciais atrativos e do público que se queira buscar. (Mtur, 2008, p.).
Segmentar ajuda no processo de criação e formulação de roteiros, que
serão criados de acordo com as necessidades do público alvo. Segundo o MTur
(2007, p. 26) roteiro “é um itinerário caracterizado por um ou mais elementos que
lhe confere identidade, definido e estruturado para fins de planejamento, gestão,
promoção e comercialização turística”, podendo ser considerado como um método
de organizar e ordenar os atrativos turísticos de uma região.

      Para entendimento fica claro que a segmentação do turismo se faz presente
e necessária para viabilizar a atividade de forma planejada a gestão de mercados,
vale mencionar que os segmentos não são criados, todavia, identificados para a
composição da oferta turistica de forma a atender os diversificados nichos de
mercado, com a finalidade de fidelizar clientes, o que pode ser compreendido
mediante o fato de os clientes de um modo geral, possuem desejos, anseios e
preferências diferenciadas e com a segmentação é possivel enquadrar diversos
nichos nas várias motivações de viagem que vão surgindo, portanto para o Mtur,
(2009, p.67) “nesse sentido, será necessário desenvolver uma oferta segmentada,
definindo tipos de turismo específicos”.

      Conhecendo-se o perfil da demanda turística pode-se estruturar e criar
roteiros, pois a criação destes se dá de acordo com o tipo de público alvo que tem
motivação para àquele tipo de turismo ou segmento. Portanto, mais uma vez para
o Mtur, (2009, p.70) “a escolha do segmento vai ajudar na estruturação de
produtos e elaboração de roteiros, pois a identidade dada a cada roteiro será
criada, levando em consideração ao público que o público ao qual se destina.”
      Ao relacionar turismo com fatores culturais surge um segmento denominado
Turismo Cultural que se baseia na satisfação do turista em apreciar saberes e
fazeres de um povo, experimentar aspectos do modo de vida deste, fatores
relevantes de sua cultura, desta feita a orientação a trilhar para que se
apresentem bons produtos turísticos para o mercado é a roteirização e a
segmentação, assim para o Mtur (2008, p.13) estas metodologias funcionam
“como estratégias, por entender serem imprescindíveis ações que permitem o
fortalecimento do capital social e a conseqüente e concomitante promoção e
preservação da cultura brasileira, como atrativo turístico e como patrimônio.”
      Baseado em pesquisa de mercado e análise de material bibliográfico criou-
se um roteiro turístico de Bragança PA, dando ênfase ao aspecto histórico cultural,
pois é um segmento bastante cultuado pelo povo da região e por outros
municípios localizados nos arredores, visto que, Bragança é uma cidade histórica
explorada e fundada por europeus portugueses que estiveram no local em
meados de 1634, por ocasião da fundação da cidade, a mesma exala seu
contexto histórico europeu, propiciando, inúmeros atrativos de rara beleza
patrimonial e cultural, além de belezas patrimoniais ambientais, com objetivo de
motivar pessoas à visitarem e valorizarem o local, assim, nesse contexto, para
Miguel Bahl (2004, p. 74)” independente do lucro, o roteiro possibilita uma
exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as
suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”.
      O Roteiro Turístico elaborado para o município de Bragança inicia-se na
Praça das Bandeiras, localizada na Avenida Nazareno Ferreira, terá a duração de
dois dias, no primeiro dia a rota será trabalhada a pé, em vista da pequena
distância, entre os atrativos, no segundo dia a equipe colocará um transporte a
disposição dos turistas para percorrer o devido itinerário de maneira a fazer uma
rota obedecendo à seqüência dos destinos em questão.
                                   PRIMEIRO DIA
       O primeiro dia do roteiro será na área urbana da cidade, precisamente, no
Centro Histórico Bragantino:
PRAÇA DAS BANDEIRAS




                          Fig. 36 - Praça das Bandeiras.
A praça foi construída em 1966, é um espaço que serve para feiras e
manifestações cívicas, nela há um monumento que é dedicado à Bandeira
Nacional, ao seu entorno existe uma gama de atrativos que compõe o Centro
Histórico Bragantino, pontos que serão explorados neste roteiro, a saber:


1 – MUSEU DE ARTE SACRA




Figs: 37 e 38 - Museu de Arte Sacra (Parte interna e externa)


       O referido museu localiza-se à Travessa Marcelino Castanho, s/n (esquina
com a Avenida Nazareno Ferreira, s/n), foi inaugurado em 2005, pela Diocese de
Bragança e é mantido com o incentivo de parceria com a prefeitura de Bragança,
seu objetivo é reunir um grande acervo de obras sacras, as obras que estão no
museu são doações de pessoas de vários municípios e também doações das 23
paróquias que integram a diocese de Bragança, várias imagens foram doadas por
pessoas que não deram definição das origens das mesmas, pode-se observar
mantos de Nossa Senhora de Nazaré doados por famílias bragantinas que
residem em Belém.
       O acervo do Museu de Arte Sacra de Bragança é constituído de muitas
peças, todavia, muitas ainda se encontram guardadas, pelo fato do local ainda não
está totalmente concluído, as peças estão guardadas sob o poder da Diocese na
Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
       Podem-se exaltar as seguintes peças de obras sacras no museu:
A Cátedra de Dom Elizeu Maria Coroli, uma espécie de cadeira de madeira
lei antiga, uma imagem de São Sebastião do Século XIX, uma imagem de Nossa
Senhora das Dores de 1872 do acervo da Igreja Matriz, por ocasião da permuta,
da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e a Irmandade de São Benedito.


2 – RÁDIO EDUCADORA




                             Fig: 39 - Rádio Educadora


      A Rádio Educadora foi fundada em 1960, precisamente, em novembro,
pertence à Diocese de Bragança, é escutada em quase todos os Estados do Norte
e Nordeste do Brasil, nasceu de um projeto ousado de desenvolver atividades
educacionais à distância e minimizar desigualdades sociais, esta rádio tem servido
de apoio social para a formação da população bragantina, permitindo que a
mesma reflita sobre questões polêmicas e atuais. A programação FM está
disponível na internet.


3 – PALÁCIO EPISCOPAL




                                             Fig: 40 - Palácio Episcopal.
Foram os padres italianos Barnabitas que construíram este prédio, os
primeiros moradores foram os europeus. A cidade, na época funcionava como a
prelazia do Guamá, na altura da ordenação do Monsenhor Elizeu Maria Corolli, que
trouxe os padres Paulo Beloles e seu irmão Paulo Corolli, vieram em sua
companhia as irmãs do “Preciosíssimo Sangue”.


4 – CATEDRAL NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO




                  Fig: 41 - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.


      A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da
cidade,construída por escravos, onde está enterrado o Padre Dom Eliseu Maria
Corolli, fundador da Congregação de Santa Terezinha, e o Instituto Santa
Terezinha, tradicional Educandário da cidade, esta fora construída para São
Benedito, contudo, em 1872 houve a permuta das igrejas ficando São Benedito
com a igreja localizada na Praça 01 de Outubro.Foi construída em 1854,
inaugurada em 1876, a permuta aconteceu por causa do local ser pequeno para
os festejos que cresciam a cada ano, então as irmandades entraram em
negociação devido a nova igreja ser maior tanto por dentro como nos arredores.
5 – INSTITUTO SANTA TERESINHA




                       Fig: 42 - Instituto Santa Terezinha


      O Instituto foi um projeto do Padre italiano Dom Elizeu Maria Coroli, de
estilo neoclássico, fundado em 1938, atualmente possui setenta anos, funciona
como uma das mais tradicionais escolas de Ensino Fundamental, Médio e Infantil
da cidade de Bragança, também servindo de residência das Irmãs Missionárias de
Santa Teresinha que mantém o prédio e são responsáveis pelo seu
funcionamento, o lema da escola é “Educar para a vida”, ainda numa concepção
de Dom Elizeu, seu fundador.
6 – CASA DA FAMÍLIA MEDEIROS




                    Fig: 43 - Casa da Família Medeiros


      Casa de família portuguesa, com assoalho de acapu e pau-amarelo. As
paredes do lado de fora da casa revestida com azulejos portugueses e, no alto,
estão blocos de cimento com as iniciais do primeiro dono. A casa comporta móveis
antigos em madeira escura com tampos de mármore, cristais, cofre, caixa-forte,
cadeira e espada, bem ao estilo português, pertencentes ao pai do primeiro
proprietário que foi comandante da Guarda Nacional, Sr. Antônio Fernandes de
Medeiros.


7 – RESTAURANTE TRÓPICOS


      Ao sair da Casa da Família Medeiros o grupo de turistas se dirige ao
Restaurante Trópicos, localizado à Travessa João XXIII nº 374 – Centro para
almoçar e degustar o prato carro chefe do restaurante Steak House, que se
constitui de uma chapa mista, elaborada com carnes e mariscos variados e que
segundo a Sra. Tásmia é o prato mais comercializado no restaurante, que
funciona de terça – feira a domingo, entretanto, só serve pratos comerciais até
sexta – feira, ocorrendo no final de semana, somente, Service à la carte, o Steak
house é servido com Yakimash,(espécie de arroz)
8 – CASA DAS TREZE JANELAS




                          Fig: 44 - Casa das Treze Janelas


      Esta casa construida por Simpliciano Fernandes de Medeiros, em 1908, foi
sua residência por algum tempo, outra personalidade que nasceu na casa foi Stelio
Maroja, figura que foi prefeito de Belém, muito tempo depois a prefeitura adquiriu o
prédio sendo restaurada em 1968 na gestão administrativa de Euclides Dias
Ramos, passou a ser a Casa dos Prefeitos. Atualmente o prédio abriga a
Secretária Municipal de Saúde.


9 – PRAÇA ANTÔNIO PEREIRA




                            Fig: 45 - Praça Antônio Pereira


   A praça está localizada entre as ruas Doutor Justo Chermont e General Gurjão
e as travessas Vigário Mota e Cônego Miguel, Bairro – Centro, em frente ao
prédio-sede da Prefeitura Municipal de Bragança, é uma praça centenária. Seu
nome é em virtude da intendência Antônio Pedro da Silva Pereira (nome atual da
praça), no período de 1889/1890. Era conhecida popularmente como “Praça do
Jardim”.
10 – PALACETE AUGUSTO CORRÊIA




                            Fig: 46 - Palacete Augusto Correia


      Local onde funcionou a Prefeitura de Bragança é um prédio em alvenaria
coberto com de telha de barro. Piso em ladrilhos e a escadaria; os alicerces, em
pedra, foram feitos pelos portugueses. Cópia fiel do palácio de Bragança, em
Portugal. Inaugurado, possivelmente, em 1902 e/ou 1903. Passando a ser
chamada de prefeitura a partir de 1930. Em 09 de Dezembro de 1922, estiveram,
neste prédio, os aviadores Euclides Pinto Martins, brasileiro, e Walter Hilton, norte
americano que empreenderam o RAID NEW YORK- Rio de Janeiro. Para
relembrar este grandioso fato colocaram uma placa na gestão administrativa do
Cel. Childerico Fernandes
11 – MUSEU DA MARUJADA




                          Fig. 47 – Museu Teatro da Marujada


      É um espaço novo destinado a fomentar a marujada, divulgando e
mostrando aos visitantes, a importância da mesma nos aspectos culturais e
artísticos, expõe material de artistas bragantinos, artesanatos e registros
históricos. Localiza-se na Praça Antônio Pereira s/n – Centro.


12 – IGREJA DE SÃO BENEDITO




                           Fig. 48 – Igreja de São Benedito.



      Edificação construída no século XVIII, pelos índios e negros com auxílio,
dos jesuítas, entre os anos 1750/1760, é pintada de branco e possui altos relevos
em seu exterior, o interior é marcado por peças barrocas, apresenta apenas uma
torre, foi no passado negociado uma troca entre as irmandades de Nossa Senhora
do Rosário e a Irmandade de São Benedito, ficando esta última com a sua gestão
administrativa desde 1872, depois de haver sido aprovada pelas autoridades
eclesiásticas do Estado do Pará. A igreja situa-se às margens do rio Caeté, local
palco de uma das maiores festas religiosas do município de Bragança: a
Festividade de São Benedito, que acontece no período de 18 a 26 de dezembro.
Em 20 de Dezembro de 1990, tornou-se Patrimônio Histórico do interior do Pará,
devido à grandiosidade da festa do Santo em relação ao fator cultural.


13 – ORLA




                              Fig. 49 – Orla Bragantina



      Bragança é privilegiada pela sua localização, a margem esquerda do Rio
Caeté, outrora fundada à margem direita do mesmo rio, todavia, para facilitar a
comunicação com Belém, a capital do Estado, mudou-se para o lado esquerdo, o
que confere a cidade rara beleza cênica da paisagem, onde palmeiras bailam ao
vento, conferindo um toque especial à paisagem. No calçadão, à noite, pode-se
percorrer a feirinha de artesanatos bragantinos e usufruir dos bares e restaurantes
no entorno da orla. Localizada às proximidades da Igreja de São Benedito, a orla é
palco da festa de São Benedito, que ocorre de 18 a 26 de dezembro, quando a
cidade reúne festa, devoção e cores e a cidade recebe mais de 100 mil visitantes.


                                 SEGUNDO DIA


      No segundo dia do roteiro, haverá a necessidade de transporte, em virtude
 de distâncias mais longas e assim pode-se comprovar com Miguel Balh,(2004,
 p.) “Quanto a escolha do meio de transporte, obviamente que o mais adequado
 para a oferta da programação turística vai estar relacionado diretamente à
distância e aos tempos para percorrê-las”. Deste modo, o grupo de turistas
 utilizará uma van como meio de transporte no segundo dia do roteiro visto que
 percorrerão distâncias entre 10 a 15 Km, aproximadamente.


1 - VILA QUE ERA (FICA LOCALIZADA A 8 km NA ESTRADA DE CAMUTÁ)




                           Fig. 50 – Marco de fundação de Vila – que – era.


      A história conta que neste local, foi que Álvaro de Souza, filho de Gaspar de
Souza, fundou a margem direita do rio Caeté o que seria a cidade de Bragança.
”O surgimento do povoado Souza do Caeté aconteceu em 1634, após Álvaro de
Souza haver retomado a posse de suas terras, junto à corte da Espanha, à qual
Portugal estava sob o domínio” (SIQUEIRA, 2008 p. 36). Entretanto, por causa
das dificuldades de comunicação com a capital do Estado, Belém, houve a
necessidade de mudança do núcleo habitacional, para a margem esquerda do rio
Caeté, onde se localiza a sede municipal nos dias atuais.
      Vila – Que – Era é conhecida por suas panelas de barro feita a mão e pelo
processo de manuseio da argila para a confecção do artesanato (com as cinzas
feitas da casca do caripé (Hirtella excelsa Standl. ex Prance), e com chamote),
atualmente, utilizam os dois processos, um a mão e o outro com uso de fôrmas de
gesso para a confecção das peças, o fato causa polêmica, pois, para algumas
pessoas as peças feitas à mão são mais valiosas, enquanto que as outras podem
sofrer descaracterização. A utilização de formas para a fabricação das famosas
panelas deu-se devido à capacitação ministrada pelo SEBRAE para a
comunidade.
      A visita de turistas no local será de grande valia e troca de experiências,
visto que poderão adquirir e fotografar as panelas, conversar com populações
locais, conhecer o modo de vida característico destes, conhecer o manuseio da
argila para a fabricação das peças e ver o monumento da Cruz de Malta, marco
dos portugueses no local, quando de sua fundação, sem contar com a magnífica
paisagem de beleza cênica do rio Caéte, que deste lado configura uma paisagem
com terrenos de altitudes, relembrando, por sua semelhança as regiões européias.


2 - SÍTIO DA SENHORA LUCIMAR (ESTÁ LOCALIZADO DENTRO DA RESEX)




               Fig. 51 – Sítio de D. Lucimar



      O acesso para o Sítio da D. Lucimar é o mesmo que leva ao Mirante de São
Benedito, toma-se a Rodovia Bragança – Viseu, a BR 308, entra-se no ramal que
leva a Vila – que – era para depois entrar num sub ramal para o lado esquerdo
que liga o ramal principal ao sítio. A estrada de terra batida e vegetação
característica da RESEX estão presentes ao longo do percurso que de veículo
motorizado não se torna distante o trajeto, todavia, ao utilizar, o sub ramal a pé,
em caráter de aventura, a caminhada até o sitio é de aproximadamente, uma hora
ou um pouco mais.
      Chegando ao sítio, o turista poderá entrar em contato com o processo de
fabricação da farinha de mandioca (Manihot esculenta Crantz), largamente
consumida em todo o Estado e parte do Brasil, onde apreciará o beneficio desta.
      Os subprodutos da mandioca (Manihot esculenta Crantz) têm grande
relevância para a economia bragantina e assim sendo a farinha produzida na terra
repercuti em todo o Brasil como a melhor de todo o Estado do Pará, a farinha d’
água é um alimento típico indígena, possui grande valor energético, visto que é
carboidrato, é largamente consumida pelo povo amazônico.
      O turista irá observar o beneficio da mandioca desde o cortar da maniva,
para retirar as raízes da terra, colocá-las na água, com casca ou sem casca, se
optar por usá-las com casca, o processo demora mais, ficando na água por três a
quatro dias. Descascar e lavar muito bem, moer em uma máquina apropriada.
Depois desse processo a massa obtida é colocada no tipiti até secar em questão
de horas. Após é só passar por uma peneira e logo depois vai ao forno (este forno,
totalmente artesanal, possui uma espécie de bacia feita de cobre, todos os
equipamentos necessários para a fabricação da farinha d’ água estão in loco para
apreciação) para cozinhar, o período de cozimento é aproximadamente uma hora.
      Alimentos oriundos da mandioca para alimentação humana, além da
farinha, exaltam-se também o carimã, o beiju, a fécula, o tucupi, todos originários
desta raiz e que compõem pratos amazônicos desde os primórdios da época
indígena.


3 - BALNEÁRIO DO SENHOR SANTINO




                Fig. 52 – Balneário do Santino



      Balneário do Sr. Santino está localizado na Vila do Camutá, estrada que vai
para o Mirante de São Benedito. Então, do mesmo modo, o acesso é pela Rodovia
Bragança – Viseu, na Vila de Camutá, o balneário funciona de segunda a
domingo, no horário das 08h00min às 23h00min é está sob responsabilidade do
Sr. José Augusto (Zeca). Neste balneário, os turistas poderão apreciar o
artesanato, assim como, a criação de galinhas caipiras e ainda, depois de um
longo trajeto, desfrutar de um fresquíssimo banho, bem como, degustar a
gastronomia local onde servem um saboroso prato de galinha caipira à moda da
casa. Os turistas almoçarão no balneário, tomarão banho e estenderão em
práticas diversificadas de lazer até o cair da tarde, quando visitarão o Mirante de
São Benedito.


4 - MIRANTE DE SÃO BENEDITO.




                            Fig. 53 – Mirante de São Benedito


      O Mirante é uma obra recentemente inaugurada, precisamente no dia 01 de
Agosto de 2009, construída na gestão do prefeito Edson de Oliveira, localiza-se na
Vila de Camutá, local que recebeu os primeiros europeus Franceses, comandados
por Daniel de La Touche e posteriormente os portugueses, esta obra representa a
valorização do turismo e da cultura na região e enaltece a fé inabalável no popular
São Benedito.
      O Mirante uma área de 2.500 m², está à margem direita do rio Caeté,
distante a 6 km do centro urbano da cidade, a estátua do santo possui 16,50 m,
elaborada pelo escultor Jorge Trindade, está localizada a 8m do terreno plano, o
que se consegue subir até o local fazendo uso de uma escadaria de 131 degraus,
além da escada, possui uma rampa com corrimão para uso de cadeirantes ou
pessoas que não desejem subir pelos degraus. Totalmente iluminada com
iluminação ornamental e sinalizada com placas informativas em português e
inglês.
          Dentro do Mirante é possível o turista apreciar a paisagem da Pérola do
Caeté em visão panorâmica, degustar a famosa gastronomia local, sentir na pele o
vento bragantino, fazer maravilhosas fotos que servirão para recordação de tão
belo local.


                                         TERCEIRO DIA


PRAIA DE AJURUTEUA




          Figs. 54 e 55 – Dois aspectos da Praia de Ajuruteua


          O grupo de turistas se reúne na Praça das Bandeiras para tomarem a van,
onde seguirão para a Praia de Ajuruteua, praia oceânica a 36 km da cidade de
Bragança, percurso realizado em quarenta minutos, onde o turista apreciará em
ambos os lados da rodovia potentes mananciais de manguesais onde é retirado o
caranguejo uçá, grande fonte de renda da economia bragantina. O espetáculo da
viagem é vivenciado pela observação da vegetação acrescida do fenômeno do
suatá que é quando os caranguejos saem e atravessam a rua para o
acasalamento, o ritual ocorre duas vezes ao ano, provavelmente, de dezembro a
maio, período de grandes chuvas em todo o Estado. Nessa época é comum
placas de sinalização indicando cuidados por causa de caranguejo na pista
       No decorrer da viagem dependendo do horário é possível visualizar garças
e guarás a uma razoável distância da pista, oriundas da Ilha do Canela, APA
localizada nesta região, que abriga grande biodiversidade da fauna e flora
ecológica desse ecossistema.
       A praia de Ajuruteua é uma grande extensão de praias de areias brancas,
aonde as ondas chegam a três metros nos períodos de marés altas, havendo
opção para todos os gostos, podendo ser encontrados locais com bastante
movimentação e também locais bem tranqüilos. Na praia há uma gama de
restaurantes dos mais populares aos mais caros para todo tipo de público.
       Os turistas ficarão na Praia de Ajuruteua o dia todo até as 17h00,
almoçarão as 12h50min no Restaurante da Pousada Sabor de Beijo, depois do
almoço aproveitarão um pouco mais a praia, para depois retornar a Bragança.


PACOTE TURÍSTICO
Para ser viabilizado em três dias.


Primeiro dia:
08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras.
09h00min: Saída a pé pelo Centro Histórico da cidade percorrendo seis atrativos,
até a Casa da Família Medeiros.
12h30min: Saída da Casa da Família Medeiros para o almoço no Restaurante
Trópicos, localizado no Centro Bragantino, o que poderá durar 01h30min.
14h00min: Saída do restaurante Trópicos para percurso a pé a mais cinco
atrativos, a começar pela Casa das Treze Janelas.
18h00min: Chegada, após seção de fotos por todos os atrativos visitados, à Orla
Bragantina.
Noite Livre.
Segundo dia:


08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras.
09h00min: Saída de Van para Vila – que – era para apreciação do artesanato local
e observação do marco de fundação da cidade.
11h00: Saída da Vila – que – era.
11h20min: Chegada ao Sítio de D. Lucimar, onde farão a observação da Trilha da
Farinha e apreciação o processo do benefício da Mandioca e seus derivados.
12h45min: Saída do Sítio da D. Lucimar.
13h00min: Chegada ao Balneário do Santino.
13h20min: Almoço no balneário, para a degustação da tradicional galinha caipira.
14h20min: Término do almoço e posterior exploração do local para conhecimento.
15h00min: Refrescante e tradicional banho de igarapé até as 16h40min.
17h00min: Saída do Balneário do Santino.
17h15min: Chegada ao Mirante de São Benedito, para apreciação do pôr do sol,
vista panorâmica da cidade e do rio Caeté e degustação de comidas típicas da
região, a exemplo as tapioquinhas, o vatapá e o tacacá vendidos no local.
18h30min: Saída do Mirante São Benedito, após seção de fotos.
19h00: Chegada a Praça das Bandeiras.
Noite livre.
Terceiro dia:


08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras.
09h00min: Saída de Van para Praia de Ajuruteua.
09h40min: Chegada à Praia de Ajuruteua banho em praia oceânica até as
12h30min.
12h50min: Almoço no Restaurante da Pousada Sabor de Beijo.
13h15min: Término do almoço, apreciação das ondas do mar até as 14h40min e
posterior banho de sol e mar até as 16h50min.
17h00: Retorno à Bragança.
17h40: Chegada a Bragança, na Praça das Bandeiras. Noite livre.
MARKETING TURÍSTICO


       Conhecido o produto em todos os aspectos, o perfil do turista e suas
necessidades e criado um produto turístico, é hora de leva- lo ao conhecimento do
consumidor, observando que a atividade turística atua em um ambiente amplo,
requerendo o trabalho de várias áreas de conhecimento técnico e científico, e uma
dessas áreas de conhecimento é o Marketing, que se tornou uma ferramenta
indispensável para a promoção de um produto ou serviço, pois, o mundo
globalizado, onde as mudanças de comportamento e tendências ocorrem a todo o
momento, obrigam as atividades de mercado a se adaptarem rapidamente a essas
mudanças, para que possam sobreviver nesse ambiente, sendo o Marketing o elo
entre as duas partes integrantes do mercado, o produto e o consumidor.
        Casteli (1984, p 54), um dos pioneiros do estudo do Marketing turístico, o
define como sendo um “conjunto de atividades que engloba a criação, o
aprimoramento, a distribuição de bens, produtos e serviços turísticos à disposição
do consumidor (turista) na hora em que ele demandar”, ou seja, a prestação de
serviços (o produto turístico se caracteriza por ser um bem de serviço) que
atendam todas as necessidades e expectativas dos turistas no momento em que
ele viajar.
       O Marketing deve começar dentro do ambiente das empresas, a começar
dos cargos mais baixo até a gerência, ou seja, deve começar dentro da própria
organização turística que gera o produto, passando pelas empresas e
organizações que formam o trade turístico, até alcançar os consumidores finais.
Sendo que o Marketing, em todos os setores que atuar deve ser resumido em
respeito ao consumidor, pois, é ele que vai medir o sucesso ou não de um produto
ou serviço, observando que uma campanha de Marketing mal planejada pode
causar sérios prejuízos às organizações turísticas.
FERRAMENTAS DO MARKETING TURÍSTICO



      Rose (2002, p. 23 apud McCarty, 1976), basea- se na teoría dos quarto Ps,
que define como ferramentas de Marketing Turístico:

      O produto: que é a matéria - prima do turismo, pois, seu planejamento
correto contribuirá para o desenvolvimento do turismo sustentável e a
permanência do mesmo no mercado.

      O preço: fator decisório na hora de se adquirir um produto turístico, deve
ser estabelecido de modo que possam reparar possíveis danos causados ao
produto, possibilitar salários dignos aos empregados e gerar lucro para as
empresas. Sendo indispensável no mercado competitivo atual que, promoções
beneficiem cada vez mais o consumidor.




      Praça: é a escolha de métodos e canais de distribuição que viabilizará a
comercialização do produto, ou seja, como vai ser vendido, se de forma direta da
empresa para o consumidor ou através de intermediários (agências de viagem,
operadoras turísticas, entre outras).
      Promoção: é o ato de como se comunicar com o público consumidor, que
segundo Talarico (1996) é qualquer mecanismo que passe de alguma forma uma
mensagem direta ou indiretamente do produto ao consumidor. Existem vários
mecanismos de se comunicar como, através de: Publicidade, Publicações,
Relações Públicas, Feiras Turísticas, Workshops, Fam- tours, Internet, entre
outros.


CONCLUSÃO
      Pesquisas comprovam que o mercado turístico é o que mais cresce no
mundo, principalmente pelo aumento de pessoas preocupadas, com a questão da
sustentabilidade econômica e o uso racional dos recursos materiais e naturais,
que virou uma epidemia mundial e que se mostra como um modismo por tempo
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  • 2. Roteiro turístico no município de Bragança - PA Trabalho interdisciplinar da turma 4TUN1, apresentado para obtenção de nota para o 2º NPC, sob orientação dos professores do 4º Semestre do Curso de Bacharelado em Turismo Belém-PA 2009
  • 3. AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus que está conosco em todos os momentos da jornada a impulsionar e a acalentar... À Faculdade de Belém, pela oportunidade do aprendizado acadêmico através do Curso de Turismo, Aos professores da FABEL pelos conhecimentos proporcionados, Aos colegas do Curso pela troca de experiências da pesquisa de campo, A todos que de alguma forma contribuíram para tornar possível este trabalho
  • 4. Lista de Figuras Figs: 1 e 2 – Orla da cidade Pérola do Caeté. Fig: 3 – Descascando a mandioca. Fig. 4 - Mandioca. Fig: 5 – Forno de fazer farinha. Figs: 6 e 7 – Homem retirando caranguejo do Manguezal. Figs: 8 e 9 - Igreja de São Benedito e Casa da Família Medeiros. Fig: 10 – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Figs: 11 e 12 – Áreas ambientais Patrimoniais dentro da RESEX. Figs: 13 e 14 – Artesanato local fabricado em olarias dentro da RESEX. Figs: 15 e 16 – Olarias da região. Figs: 17 e 18 – Representando a Marujada de São Benedito. Fig: 19 – Praça das Bandeiras. Figs: 20 e 21 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont (Boa pavimentação asfáltica). Fig: 22 – Rua Nazeazeno Ferreira (Conduz até Ajuruteua). Figs: 23 e 24 – Rua Treze de Maio (Vai da Igreja Matriz até a Casa das Treze Janelas). Figs: 24 e 25 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont. Figs: 26 e 27 – BR – 308 (Ponte Sapucaia) e Estrada de Camutá. Figs: 28 e 29 – Estrada de Camutá (acesso à Vila – que – era) e Ramal do Sítio da D. Lucimar. Figs: 30 e 31 – Estrada de Camutá com acesso ao ramal que leva ao Mirante e Ramal do Mirante. Figs. 32 e 33 – Mirante de São Benedito. Figs: 34 e 35 Praia de Ajuruteua e PA - 458. Fig. 36 - Praça das Bandeiras. Figs: 37 e 38 - Museu de Arte Sacra (Parte interna e externa). Fig: 39 - Rádio Educadora.
  • 5. Fig: 40 - Palácio Episcopal. Fig: 41 - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Fig: 42 - Instituto Santa Terezinha Fig: 43 - Casa da Família Medeiros Fig: 44 - Casa das Treze Janelas Fig: 45 - Praça Antônio Pereira Fig: 46 - Palacete Augusto Correia Fig. 47 – Museu Teatro da Marujada Fig. 48 – Igreja de São Benedito. Fig. 49 – Orla Bragantina Fig. 50 – Marco de fundação de Vila – que – era. Fig. 51 – Sítio de D. Lucimar Fig. 52 – Balneário do Santino Fig. 53 – Mirante de São Benedito Figs. 54 e 55 – Dois aspectos da Praia de Ajuruteua Figs. 56 e 57 – Forno de fazer carvão e Forno de fazer farinha Fig. 58 – Casa da Farinha Sítio da Lucimar Figs. 59 e 60 – Vegetação característica da Trilha da Farinha Figs. 61 e 62 – Parte da trilha e acadêmicos da FABEL no decorrer da trilha. Figs.63 e 64 – Outro forno de fazer carvão e acadêmicos medindo a trilha. Figs. 65 e 66 - Flora vegetal e parte da interseção da trilha. Figs. 67 e 68 – Queimadas e plantação de Mandioca. Figs. 69 e 70 – Final da trilha com vegetação característica da beira do rio Caeté e queimadas. Figs. 71 e 72 – Beira do rio Caeté e acadêmicos na trilha. Figs. De 73 a 84 - Objetos produzidos com material reciclado Figs.85 e 86 - Mirante de São Benedit
  • 6. SUMÁRIO Capítulo I - História da Amazônia aplicada ao Turismo................................... Aspectos socioeconômicos e culturais: Reconhecer no contexto histórico, aspectos socioeconômicos e culturais do município em questão. Valorização de atrativos turísticos históricos: Reconhecer e contextualizar os atrativos turísticos históricos do município em questão. Capítulo II - Transporte Turístico......................................................................... Com base no trabalho interdisciplinar elaborado para o 1º NPC, formule uma proposta de ação ao município estudado pelo grupo, considerando e explicitando os seguintes itens: 1) Apresentar referências teóricas de autores da área de Transportes Turísticos, no intuito de subsidiar a proposta de ação do grupo; 2) Criar um ou mais de um roteiro turístico à localidade estudada, com possíveis rotas de ligação, para ser(em) implantado(s) e/ou implementado(s) turisticamente; 3) Desenhar um esboço da infra-estrutura atual da região pesquisada, de modo que a equipe possa elencar tendências e perspectivas que demonstrem a viabilidade de aplicação de modalidades de transporte turísticos, indispensáveis para a implantação e/ou implementação do(s) referido(s) roteiro(s); 4) Sob o olhar do planejamento turístico, sugerir ações consideradas necessárias para a criação, manutenção e comercialização de tal(is) roteiro(s) turístico(s). Capítulo III - Segmentação Turística...................................................................... 1) Baseado nos preceitos de Roteirização Turística do Ministério do Turismo, cujo conteúdo foi explorado na disciplina de Planejamento Turístico (1º semestre/2009 – Professora Socorro Almeida), elaborar um roteiro turístico, utilizando como conteúdo para o roteiro, os segmentos identificados pela equipe, bem como o
  • 7. planejamento da Secretaria ou Departamento de Turismo do município. Utilizar também o levantamento de demanda realizado no trabalho do 1º NPC interdisciplinar. 2) Elaborar um “pacote turístico” de três dias, contendo os atrativos identificados pela equipe. Para isso, contar também com o auxílio da Secretaria ou Departamento de Turismo do município. Capítulo IV – Ecoturismo......................................................................................... 1) Fazer o trabalho de manejo de uma trilha ecológica, seguindo o conteúdo completo de manejo. 2) Elaborar um folder da trilha. Capítulo V – Gestão Ambiental............................................................................. Baseados nas cinco dimensões do trabalho anterior, escolher no mínimo três dimensões e, para cada dimensão, elaborar uma ação em prol da sustentabilidade do projeto desenvolvido por eles.
  • 8. Roteiro turístico no município de Bragança - PA Resumo: Este estudo visa à possibilidade de criação de Roteiros Turísticos no município de Bragança, cidade a Nordeste do Estado Pará, que conta com uma gama de atrativos e potencialidades turísticas de caráter Patrimonial histórico – cultural. O levantamento de dados se deu de forma empírica, com visita in loco afim de que dados a respeito de atrativos, potencialidades, infraestrutura, fossem detectados, diagnosticados, para que as várias possibilidades de roteiros no município fossem observadas. O trabalho reflete experiências obtidas no decorrer da visita técnica, bem como as pesquisas decorrentes do processo investigativo. A idéia de roteiro se dá mediante a proposta da inserção de um city tour pela cidade explorando prédios históricos, igrejas e monumentos, comunidades tradicionais locais que trabalham com artesanatos, sítio responsável pelo benefício da mandioca para a fabricação de farinha, sendo esta a de melhor qualidade do Estado, com a devida explanação. Palavras – chave: Roteiro Turístico; Patrimônio; Histórico – Cultural; Trilhas Interpretativas. Abstract: This study is the possibility of creating Itineraries in Bragança, a town northeast of Pará State, which has a range of attractions and tourism potential of historic character Sheet - cultural. The survey data was empirically, with on-site visit in order that information about attractions, capabilities, infrastructure, were detected, diagnosed, so that the various possibilities for routes in the city were observed. The work reflects experience gained during the technical visit, as well as research under the investigative process.The idea of the script is given by proposing the insertion of a city tour exploring historical builings, churches and monuments, traditional local communities working with crafts, the site responsible for the benefit of cassava for the production of flour, which is the best quality of the state, with explanation.
  • 9. Keywords - Keywords: Tourist Route, Heritage, Historic – Cultural; Interpretative trails.
  • 10. CAPÍTULO I HISTÓRIA DA AMAZÔNIA APLICADA AO TURISMO PROFESSORA: ROSICLÉIA MENDES A histórica cidade de Bragança-PA, que honra este título desde 1854, por intermédio de um decreto do presidente da Província, na época, Sebastião do Rego Barros, rica por seus patrimônios histórico-culturais materiais e imateriais, evidencia fortes atrativos que geram potencialidades em diversificados segmentos do turismo. Para elencar o patrimônio de cunho histórico-cultural relatam-se alguns exemplos, cuja, finalidade é evidenciar tais atrativos, e possíveis potencialidades da destinação, culminando com a criação de um roteiro turístico para a localidade. Figs. 1 e 2 – Orla da cidade Pérola do Caeté Bragança é uma cidade localizada ao Nordeste do Pará, a 210 quilômetros de Belém, capital do Estado, possui quase 400 anos de história, com localização privilegiada, a margem esquerda do rio Caeté, a cidade foi palco de umas das primeiras ocupações européias, também chamada, carinhosamente, de “Pérola do Caeté”, a segunda cidade mais antiga do Estado do Pará. Entretanto, por causa das dificuldades de comunicação com a capital do Estado, Belém, houve a necessidade de mudança do núcleo habitacional, para a margem esquerda do rio Caeté, onde se localiza a sede municipal. Bragança é uma cidade que, economicamente, sobrevive não somente do turismo, mas, do comércio local, do benefício da mandioca e posterior fabricação de farinha d’ água, da pesca comercial e artesanal, quanto a pesca o governo
  • 11. local mantém ações no sentido de estimular a produção e comercialização do pescado, objetivando a rentabilidade da atividade para todos os que dela sobrevivem, este incentivo é promovido através da SEMEP (Secretaria Municipal de Economia e Pesca de Bragança). Fig. 3 – Descascando a mandioca Fig. 4 - Mandioca Fig. 5 – Forno de fazer farinha O Nordeste do Pará é muito conhecido por seus manguezais, vegetação berço de caranguejos (Ucides cordatus) responsável por grande parte da economia da região bragantina, das famílias bragantinas rurais que moram no entorno do manguezal 83% dessas famílias retiram seu sustento desse ecossistema. A coleta do caranguejo In natura e também beneficiado é amplamente comercializada.
  • 12. Figs. 6 e 7 – Homem retirando caranguejo do Manguezal. No mais a economia da cidade marca sua expressividade dentro do setor primário com a agricultura, extrativismo e pecuária, e ainda como atividade econômica observou-se a fabricação de telhas e tijolos, bem como, a fabricação do artesanato local. As casas das famílias tradicionais ainda revestidas com azulejos portugueses em suas fachadas e com assoalho de acapu e pau amarelo (Casa da Família Medeiros) revelam o conteúdo de cunho histórico seguindo modelos de obras erguidas no século XVIII, a exemplo a Igreja de São Benedito, que possui o piso da época Barroca e tombado pelo Patrimônio Histórico, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da cidade, onde está enterrado o Padre Dom Eliseu Maria Coroli, fundador da Congregação de Santa Terezinha, e o Instituto Santa Terezinha, tradicional Educandário da cidade que se revela também como um prédio de caráter histórico e cultural. Figs. 8 e 9 - Igreja de São Benedito e Casa da Família Medeiros.
  • 13. Fig. 10 – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. A cidade, sem dúvida, prima por seus atrativos culturais imateriais, caracterizando-se numa das culturas religiosas mais ricas do Estado com relação às festas religiosas e profanas, um grandioso exemplo é a festa, bicentenária de são Benedito, que ocorre entre os dias 18 e 26 de dezembro, movimentando o turismo religioso na cidade, pois é considerada a maior manifestação religiosa bragantina. Outra manifestação cultural que a cidade de Bragança oferece, é a Marujada, que é um ritual exuberante, que ocorre simultaneamente, à Festa de São Benedito. Marujos e Marujas vestindo trajes característicos fazem apresentações diárias entre os dias 18 e 26 de dezembro. Bragança é uma cidade que guarda suas histórias, principalmente, as de cunho histórico-culturais e religiosos, haja vista, que o povo da cidade de Bragança é consciente a respeito de seus Patrimônios Históricos Culturais Materiais e Imateriais. Grande exemplo são as famílias extrativistas, que vivem na Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, Município de Bragança, no Estado do Pará, sendo esta de grande relevância patrimonial ambiental da cidade, fato que se explica mediante: [...] ao falarmos “patrimônio”, em geral, nos referimos a uma parte apenas dos bens culturais, o patrimônio histórico – arquitetônico. Essa noção foi abarcada por outra, mais ampla, a de patrimônio cultural, que envolve ainda a de patrimônio ambiental, uma vez que hoje concebemos o ambiente como um produto da ação dos homens, portanto, da cultura. (RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p.16)
  • 14. Figs. 11 e 12 – Áreas ambientais Patrimoniais dentro da RESEX Local onde se encontra vegetações de várzea, campos, restingas e bosques de terra firme, que abrigam a maior biodiversidade de espécies vegetais e animais e também se encontram populações tradicionais que sobrevivem de atividades ligadas ao modo de vida característico da região, como a questão dos oleiros que desenvolvem um trabalho com cerâmicas, artesanatos e outros, culminando para a riqueza do patrimônio cultural imaterial da região. Figs. 13 e 14 – Artesanato local fabricado em olarias dentro da RESEX. Com intuito de explicitar a relevância da preservação do Patrimônio Cultural de uma sociedade e assegurar a importância do mesmo para a cidade de Bragança dentro da atividade turística, cita-se:
  • 15. A partir do final da década de 1970, verificou-se a valorização do patrimônio cultural como um fator de memória das sociedades. Hoje entendemos que, além de servir ao conhecimento do passado, remanescentes materiais de cultura são testemunhos de experiências vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos homens lembrar e ampliar o sentimento de pertencer a um mesmo espaço, de partilhar uma mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos comuns, que fornecem o sentido de grupo e compõem a identidade coletiva. (RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p. 17) No passado a cidade de Bragança carecia de telhas e tijolo, um português chamado José Maria Pereira de Macedo veio para a cidade por intermédio do intendente na época, que convenceu o referido senhor a ficar na região, este possuía uma larga e ampla experiência nas atividades de olarias, trouxe então, para a região a arte de vasos e potes de artesanato, que atualmente é comercializado através das várias comunidades situadas na cidade de Bragança. Figs. 15 e 16 – Olarias da região. O objetivo geral deste trabalho é proporcionar aos interessados conhecimentos históricos culturais da cidade de Bragança, bem como induzir o incentivo do turismo na região, sensibilizando os governantes, para que haja ações integradas do poder público com o poder privado estimulando a valorização e preservação do potencial histórico cultural da cidade, mostrando um turismo sob outro olhar, que não sol e praia no Nordeste do Pará.
  • 16. Ao mostrar os atrativos potenciais da cidade de Bragança na atualidade, bem como, seus patrimônios históricos culturais materiais e imateriais, seu povo, saberes e fazeres observa-se um pouco da História Patrimonial do Brasil que outrora fora castigada e esquecida, nos meados do século XIX, onde exclusão e diferenças sociais exultavam, numa sociedade em que negros e brancos pobres eram tidos fora do contexto cultural, pois escolas não eram para esse tipo de pessoas, cada um tinha o seu lugar na sociedade. Para ilustrar cita-se: Negros e brancos pobres eram vistos nos livros escolares como trabalhadores, mas não construtores de cultura, distinção que cabia a poucos, brancos e proprietários, com acesso aos bancos das faculdades e à cultura européia, tida como modelo. (RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p.17) Ainda observam-se entraves culturais dificultando o turismo no Brasil, acredita-se que os valores estão em constante mutação e na atualidade acontecem mudanças em várias áreas favorecendo de tal modo a valorização e conservação do patrimônio, este não deve ser preservado somente para que o turismo aconteça, entretanto, este recurso se torna um grande potencial para o desenvolvimento turístico. Para se evidenciar a riqueza potencial do Brasil, assegurando que o mesmo poderá ser inserido como um dos destinos turísticos de grande relevância, com seus recursos patrimoniais culturais de rara beleza cita-se: Reconhecidamente o Brasil é um país de grande potencialidade turística, rico em belezas naturais e aspectos culturais que podem atuar como elementos de atratividade. Neste contexto, o folclore, os sons e ritmos de diversas regiões brasileiras podem ser destacados, além da existência de um artesanato variado e diversificado e um patrimônio histórico arquitetônico dos mais expressivos. (BAHL, 2004 p. 51).
  • 17. Deste modo este trabalho objetiva reunir num Roteiro Turístico, alguns atrativos da cidade de Bragança, com a finalidade de fomentar o turismo na região Norte do Brasil, evidenciando atrativos de caráter histórico e cultural, apontando os possíveis potenciais visitantes da referida cidade, bem como a segmentação turística de maior destaque na região. Assim, para Miguel Bahl (2004, p.74) “o roteiro possibilita uma exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”. Deste modo ao elencar neste trabalho principais requisitos atrativos da cidade de Bragança, apontando aspectos socioeconômicos e culturais do município e explorando de forma clara e objetiva a relevância dos fatores patrimoniais históricos e culturais da região parte-se para elaboração de um produto turístico que será apresentado nos capítulos subseqüentes onde a ênfase será dentro da abordagem de Turismo Cultural, e assim para fundamentar este segmento do turismo conclui-se que: O MTur (2008) define Turismo Cultural como as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.( Mtur, 2008 p.16). Ao dar ênfase ao Turismo Cultural com Roteiro Turístico na cidade de Bragança apresentar-se-á a possibilidade de conhecimento das especificidades atrativas da localidade sob outra visão e não, somente, o turismo de sol e praia que é comumente conhecido no Estado do Pará nesta região, este conhecimento sem dúvida irá muito além dos limites do Estado, podendo, vir a ser divulgado e conhecido em todo o Brasil. Deste modo este trabalho procura de certa forma divulgar os elementos culturais que foram analisados in loco afim de que:
  • 18. Grupos folclóricos de dança, corais, bandas, artistas plásticos, poetas, atores, bonequeiros, produções amadorísticas de vídeo, artesanato em suas múltiplas tipologias e gastronomia, entre outros, que representem o modo de vida, hábitos e costumes da população do destino. (Mtur, 2008 p. 47). Figs. 17 e 18 – Representando a Marujada de São Benedito. ”Afinal, o Brasil é um país que apresenta grande riqueza cultural, como também, um conjunto de crenças, tradições e um legado que uma determinada sociedade deixará às futuras gerações” (Projeto Educação Cultural,)
  • 19.
  • 20. CAPÍTULO II TRANSPORTES TURÍSTICOS PROFESSOR: CLEBER SOARES O crescimento e o desenvolvimento se dão quando há troca de informações e produtos entre localidades, essa interação só poderá ser realizada com o auxílio dos transportes, haja vista, que em tempos passados as cidades que mais se desenvolveram foram àquelas localizadas a margem de rios e lagos onde predominavam os transportes marítimos, as embarcações, assim para (Ferraz e Torres, 2001 p.21) “o desenvolvimento de outros meios de transporte (ferroviário, inicialmente, e depois rodoviário e aéreo) é que levou ao aparecimento de cidades distantes das rotas de navegação”. Não se pode dissociar a atividade turística dos serviços de transportes, na realidade o turismo ficaria inviável se não fosse os transportes em todas as suas categorias, sabe-se que o desenvolvimento mundial alavancou com o progresso dos meios de transportes, o que se constata através da história da humanidade, desde a invenção da roda, passando pelo transporte ferroviário do século XIX, dos antigos modelos de transporte aéreo, até os atuais, bem como os moderníssimos TAVs que circulam na Europa, Japão e China. No mundo em que vivemos em toda a sua longa História, sempre houve e haverá um lugar de destaque reservado para o Transporte, atividade que, acertadamente, podemos colocar entre as que mais decisivamente contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de nossa civilização e progresso de todos os povos, além do incremento do turismo interno e externo. (PELLIZER, 1978). Notadamente o turismo alavancou com o progresso dos meios de transporte, assim a história e a evolução do globo estão diretamente vinculadas ao
  • 21. aperfeiçoamento dessa atividade. A humanidade procurou desde os primórdios aprimorarem o modo de conduzir bens, objetos e pessoas, desde o trenó atrelado a animais, passando pela invenção da roda pelos Assírios até chegar à conquista do ar, com o transporte aéreo que contribui em grande escala para a diminuição de tempo e espaço no planeta, acelerando para a prática da atividade turística. Deste modo os transportes são a base para o crescimento econômico de uma região ou país, está presente em todos os setores, assim “as nações em desenvolvimento terão que determinar quanto dos seus recursos devem ser dedicados ao transporte” (Wilfred Owen, 1975 p. 35). As atuais atividades turísticas seriam impossíveis se não fosse às modernas tecnologias existentes na área de transporte, atravessar oceanos rumo a Europa no passado, por exemplo, representava viajar durante semanas, até mesmo os modernos navios fazem o trajeto mais rápido do que as antigas embarcações, desse modo, para Palhares (2002, p.38) “as embarcações de 1800 e sua tecnologia seriam um empecilho para o fenômeno social que é o turismo, atualmente”. Observa-se que para atender a demanda turística da atualidade o sistema de transportes passou por processos tecnológicos ao longo do tempo, a este sistema foram incorporados vias, veículos, forças motrizes e terminais, tudo para viabilizar a atividade turística de uma forma prática e prazerosa para o turista, objetivando a satisfação deste, visto que, o homem busca caminhos desde os primórdios da humanidade, quando a força motriz usada era a tração animal. Para assegurar esta informação Ferraz e Torres (2001, p. 9) dizem que o primeiro transporte público regular em Paris foi “linhas com itinerários fixos e horários predeterminados. O serviço era realizado por carruagens com oito lugares, puxadas por cavalos e distribuídas em cinco linhas.” Ao retratar neste trabalho a relevância dos meios de transporte para a atividade turística observa-se a necessidade de apresentar um roteiro turístico programado para acontecer na cidade de Bragança – PA, este foi devidamente testado e estudado, pelo grupo de acadêmicos da FABEL- Faculdade de Belém, o qual se encontra no capítulo IV deste trabalho, na disciplina Segmentação
  • 22. Turística, (vide folha 46, começo do roteiro). Este roteiro vem engrandecer o município em questão e também mostrar questões ligadas aos transportes e a importância dos mesmos dentro da atividade turística. O roteiro acima de tudo faz com pessoas se interessem em participar, cada roteiro apresenta uma amplitude de temática estimulando a participação das pessoas, motivando-as. Como explica Miguel Bahl (2004, p. 74) “Independente do lucro, o roteiro possibilita uma exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”. Deste modo cita-se a seguir o itinerário do roteiro com sua devida rota, fazendo análise das ruas e avenidas, mostrando perspectivas e tendências no âmbito da disciplina transportes turísticas; o roteiro tem seu início no centro histórico bragantino e terá duração de três dias. NO PRIMEIRO DIA: 1) PRAÇA DAS BANDEIRAS Museu de Arte Sacra Rádio Educadora Palácio Episcopal Catedral Nossa Senhora do Rosário Instituto Santa Terezinha Casa da Família Medeiros Restaurante Trópicos Casa das Treze Janelas Praça Antonio Pereira Palacete Augusto Correia Museu da Marujada Igreja de São Benedito Orla NO SEGUNDO DIA:
  • 23. Vila que Era (fica localizada a 8 km na estrada de Camutá) Sítio da Senhora Lucimar (está localizado dentro da Resex entra no ramal do Sítio) Na entrada do ramal para o Sítio da Lucimar Trilha Ecológica: Trilha da Farinha. Balneário do Senhor Santino Mirante de São Benedito. NO TERCEIRO DIA: Praia de Ajuruteua No decorrer do primeiro dia o grupo de turistas se encontra na Praça das Bandeiras e dão inicio o itinerário do roteiro, percorrendo as devidas rotas à pé, em vista dos atrativos serem próximos uns dos outros, observamos que os transportes utilizados em roteiros é de acordo com a distancia a ser percorrida assim para Miguel Balh,(2004, p. 76) “Quanto a escolha do meio de transporte, obviamente que o mais adequado para a oferta da programação turística vai estar relacionado diretamente á distância e aos tempos para percorrê-las”. Fig. 19 – Praça das Bandeiras.
  • 24. Ao testar o roteiro a equipe observou in loco as condições de pavimentação asfalticas das vias que ligam as rotas, e concluiu que as vias utilizadas no primeiro dia do roteiro na área urbana da cidade estão em excelentes condições e bastantes sinalizadas com faixas para pedestres, sinais luminosos e sinalização de parada obrigatória. Figs. 20 e 21 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont (Boa pavimentação asfáltica). Alguns atrativos do roteiro, como o Museu de Arte Sacra e a Praça das Bandeiras se encontram na Avenida Nazeazeno Ferreira, uma das principais da cidade, que também dá acesso á praia de Ajuruteua. Fig. 22 – Rua Nazeazeno Ferreira (Conduz até Ajuruteua). A rota prossegue, e ao sair do centro histórico segue pela Rua Treze de maio, a rua está em perfeitas condições, bem sinalizada e ao percorre pela via
  • 25. passa-se pela antiga Casa da Cultura que está sendo revitalizada, passa-se também pela Sociedade Beneficente Artística Bragantina, até chegar à Casa da Família Medeiros, localizada na esquina da Travessa Cônego Miguel com a Rua Treze de Maio. Ao sair da Casa da Família Medeiros o grupo de turistas se dirige ao Restaurante Trópicos, localizado à Travessa João XXIII nº 374 – Centro para almoçar. Figs. 23 e 24 – Rua Treze de Maio (Vai da Igreja Matriz até a Casa das Treze Janelas). Na Rua Treze de Maio, esquina com a Rua Sete de Setembro, na Praça Edvaldo de Souza Martins encontra-se a Casa das Treze Janelas, antiga Residências dos Prefeitos. Descendo a Rua Sete de Setembro até chegar à Rua Floriano Peixoto, toma-se esta via para dobrar na Rua Vigário Mota, ao passar nesta encontra-se o Bar Adega do Rei e a Caixa Econômica Federal, deste modo chega-se a Praça Antônio Pereira, onde se encontra o Palacete Augusto Correia, localizado na Rua Justo Chermont esquina com a Rua Cônego Miguel: Na Rua Justo Chermont pode-se encontrar o Hospital das Clinicas e uma farmácia de aspecto antigo bem na esquina e ainda naquelas proximidades o Museu da Marujada. Ao passar pelo Museu da Marujada, seguindo pela Rua Cônego Miguel, encontra-se o antigo Barracão da Marujada que atualmente funciona como um restaurante, daí, prosseguindo chega-se a Praça Primeiro de Outubro (Largo de São Benedito), onde está situada a Igreja do referido Santo, fundada em 18/12/1798, por iniciativa dos primitivos escravos da antiga Vila de Bragança.
  • 26. Dando continuidade, após a Praça encontra-se a Orla da cidade e a maravilhosa paisagem do Rio Caeté, como parte desse roteiro. Figs. 24 e 25 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont. No decorrer do segundo dia o grupo de turistas seguirá o roteiro numa van em vista dos atrativos serem distantes um dos outros e estarem localizados nas comunidades vizinhas da cidade, com distância de aproximadamente 8 km do centro urbano. Então, o grupo de turistas seguirá para o primeiro local á ser visitado: Comunidade Vila-Que-Era, com intuito de conhecer a antiga Vila de Bragança e também o artesanato do local, para se chegar a esse atrativo os turistas utilizarão a rodovia que interliga Bragança a Viseu, BR-308 até chegar à Estrada de Camutá. Figs. 26 e 27 – BR – 308 (Ponte Sapucaia) e Estrada de Camutá. A BR-308, no início do trajeto, se encontra com enormes crateras, já quase não há asfalto, os veículos trafegam de forma lenta, impossível colocar marcha
  • 27. alta no veiculo, devido ao caos instalado na referida via, pode-se afirmar que com tão grande e bela obra inaugurada naqueles arredores (o Mirante de São Benedito), recentemente, era para as autoridades se voltarem para a recuperação de pavimentação asfáltica da referida BR, visto que é uma via federal, de relevância para o desenvolvimento turístico na região. Já a Estrada de Camutá, mesmo não possuindo asfalto (de terra batida) está em ótimo estado de conservação, logo no início encontra-se sinalização turística implantadas pela Paratur, indicando Vila - Que - Era e o Mirante de São Benedito. Seguindo o roteiro na volta da Comunidade Vila – Que - Era, o grupo de turistas visitará o Sítio de Dona Lucimar, onde apreciará em mínimos detalhes a fabricação da farinha de mandioca bragantina, uma das mais deliciosas da região e também observarão a Trilha da Farinha. Para se chegar a esse atrativo, os turistas utilizarão o Ramal do Sítio que se encontra em bom estado de conservação, estando localizado ao lado esquerdo da Estrada de Camutá, Figs. 28 e 29 – Estrada de Camutá (acesso à Vila – que – era) e Ramal do Sítio da D. Lucimar. Dando continuidade, após a visita ao sítio, o grupo de turistas seguirá até o balneário do Senhor Santino, onde apreciará o artesanato, a criação de galinhas caipiras e desfrutarão de um belíssimo banho, bem como, degustarão a gastronomia do local onde servem um maravilhoso prato constituído à base de galinha caipira. Para se chegar a esse local os turistas percorrerão a Estrada de Camutá até chegar ao Ramal do Mirante de São Benedito, localizado ao lado esquerdo da referida Estrada, o mesmo se encontra em perfeito estado de conservação, mais não possui nenhuma sinalização turística que facilite a localização dos atrativos pelos visitantes.
  • 28. Figs. 30 e 31 – Estrada de Camutá com acesso ao ramal que leva ao Mirante e Ramal do Mirante. Ao saírem do balneário, seguindo o roteiro, pelo mesmo Ramal utilizado para se chegar ao local, os turistas seguirão até o Mirante de São Benedito, um dos atrativos turísticos mais belos e visitados da região, segundo a Turismóloga Keise Viana, onde os mesmos apreciarão a beleza cênica do local, desfrutando as comidinhas típicas como: a tapioquinha, o vatapá e o tacacá vendidos no local. Figs. 32 e 33 – Mirante de São Benedito. No decorrer do terceiro dia, o grupo de turistas se encontrará na Praça das Bandeiras, de onde, seguirão de van, para Praia de Ajuruteua, pela PA – 458 estrada asfaltada e sinalizada possui várias pontes de madeira e uma ponte sobre o rio Furo Grande que tem duas pistas de concreto, esta estrada atravessa o manguezal, onde é possível se observar caranguejos atravessando a pista no período do Suatá, por ocasião do acasalamento, nas luas cheia e nova.
  • 29. Figs: 34 e 35 Praia de Ajuruteua e PA - 458 O grupo de acadêmicos da FABEL - Faculdade de Belém ao elaborar o Roteiro Turístico na cidade de Bragança, percebeu a tendência de cunho histórico- cultural do local, ao observar os prédios históricos, o artesanato local, o benefício da mandioca, a riqueza de detalhes da cultura européia oriunda dos portugueses que fundaram a cidade e exploraram o local, enfim, os fazeres e saberes do povo tradicional da Região. A cidade procura guardar preceitos antigos, um fato de grande relevância nesse sentido é a construção do Museu de Arte Sacra que é uma obra, relativamente nova, inaugurada em 2005 e que reúne obras de artes doadas oriundas de outros municípios, bem como, obras do século XIX e do ano de 1872. Com relação às perspectivas de viabilização de transportes turísticos dentro da cidade de Bragança, a equipe (FABEL) detectou na Secretaria de Turismo o projeto táxi tour que é um trabalho de parcerias que capacita os motoristas de táxi ao atendimento aos turistas. Ainda no âmbito das perspectivas de projetos em andamento no município disponibilizado pela prefeitura e secretaria de turismo, observaram-se os “Anjos do Turismo”, que consiste em capacitar crianças de classes baixas, que vivem no subúrbio, para servirem de guia de turismo no centro histórico da cidade, isto ocorre somente, no período de alta estação, durante a festa de São Benedito, em Dezembro e pelo Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Novembro, bem como, no período das férias de Julho.
  • 30. Ao elaborar o roteiro turístico no segundo dia para fora da área urbana, procurou-se observar as perspectivas nesta área, onde se comprovou a falta de reparos na pavimentação asfáltica da BR 308 e a falta de sinalização turística dentro dos ramais que levam os turistas aos atrativos, como por exemplo, ao Sítio de Dona Lucimar, ao Mirante de São Benedito e ao Balneário do Sr. Santino. Na tentativa de fomentar o turismo na região e divulgar o roteiro proposto pelo grupo de acadêmicos da FABEL- Faculdade de Belém observou-se a necessidade da criação de um seminário, que seria um trabalho de parcerias entre os acadêmicos, o governo do município, (Prefeitura) e a Secretaria de Turismo, onde deveria ser explicada passo a passo a relevância dos atrativos turísticos apresentados no roteiro, bem como, inserir no povo bragantino a idéia de valorização dos seus patrimônios materiais e imateriais. Neste seminário haveria somente a participação de público adulto, o trabalho com crianças, seria feito nas escolas com a divulgação de folders, panfletos e palestras explicativas com ênfase em apresentações teatrais a nível infantil, em linguagem adequada para as crianças.
  • 31. CAPÍTULO III SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA PROFESSORA: LUCIANA MENDES Baseado em pesquisa de mercado realizada na cidade em foco, criou-se um roteiro turístico de dois dias para a mesma a partir de levantamentos de dados sobre; - As políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo no local; - Os atrativos culturais e naturais existentes; - A infraestrutura de hospedagem, transporte, alimentação, tecnologias e qualificação humana disponíveis para os turistas; - Os possíveis públicos consumidores, conhecidos através de pesquisa realizada para identificar o perfil do visitante do local; - O relacionamento do trade turístico e os concorrentes existentes; - O tipo de seguimento á que a cidade tem vocação. Pois, de acordo com Rose (2002) antes de lança qualquer produto no mercado é essencial conhecer o ambiente que o cerca, ou seja, o produto, o turista, os concorrentes, os fornecedores, os intermediários e as forças que atuam no mercado, as quais, segundo o autor “a organização turística não tem condições de alterar ou agir sobre elas”, que são as forças políticas, naturais, tecnológicas, demográficas, culturais e econômicas, que em outras palavras significa fazer uma análise de mercado, sendo necessário entender primeiro o que é mercado. Segundo o MTur (2007, p. 9 apud KOTLER; KELLER, 2003) “mercado é o lugar onde pessoas trocam produtos e serviços com outros, considerando sempre a disponibilidade da oferta existente e a procura pelo bem ou serviço oferecido.Já Rose (2002, p.21) diz que: Assim como os demais, o mercado turístico opera em um contexto amplo. Esse ecossistema, dentro de uma visão sistêmica, determina que qualquer agente, para sobreviver e permanecer no mercado deve enfrentar os riscos do ambiente que o cerca.
  • 32. Então fazer a análise de mercado nada mais é do que observar todos os requisitos básicos para se colocar no mercado um produto turístico de qualidade, que satisfaça todos os desejos e necessidades dos turistas, o que é imprescindível para que essa atividade se desenvolva com sucesso. Análise do Mercado Turístico Produto: é a peça de fundamental importância na conjuntura mercadológica do turismo, por isso, é necessário se conhecer o ambiente que o cerca, pois, de nada adianta lançar no mercado um produto turístico que não ofereça infraestrutura básica para a segurança, o bem-estar e o entretenimento dos turistas, sendo essencial um bom planejamento para que esse produto não se desgaste e torne-se desinteressante para o visitante, pois, o mercado turístico tornou-se muito concorrido e diversificado. Sabe-se que o clima, as paisagens, fauna e flora, que fazem parte dos recursos naturais, bem como os aspectos de ordem cultural, a exemplo, cultura local, patrimônio arquitetônico e outros, e ainda bens e serviços na área de alimentação, saúde, estrada hotéis, restaurantes, gestão e imagem da marca formam o produto, pois a atratividade por si só não constitui produto turístico, haja vista, o exemplo citado pelo Mtur, (2009 p.56) “a Floresta Amazônica por si só não é produto turístico [...] mas para se tornar um produto deve combinar os diversos fatores que tornam possível sua visitação. O produto comercializado faz parte da oferta turística e esta se constitui não somente de atrativos, mas também de um conjunto de bens e serviços relacionados à hospedagem, alimentação, recreação, lazer e outros, atraindo e mantendo por um período de tempo o turista ou visitante. Deste modo, para Mário Beni (2003, p.159) “a oferta em turismo pode ser concebida como o conjunto dos recursos naturais e culturais que, em sua essência, constituem a matéria – prima da atividade turística”.
  • 33. O produto turístico, especificamente, é um produto composto, formado por componentes de transporte, alimentação, acomodação e entretenimento. Como qualquer outro bem e serviço, encontra-se à disposição na natureza de forma limitada, necessita ser produzido e pode ser considerado uma . riqueza. (LAGE, 2004 p.32). Operadoras de mercado: engloba o conhecimento de todos os setores que de forma direta ou indiretamente fazem parte da composição do produto turístico, o que compreende os fornecedores, as empresas que atuam no mercado, os intermediários que fazem a venda do produto para o cliente, enfim, todos os que compõem o trade turístico do local e investem no mercado turístico. Compreende- se operadoras de mercado os agentes de turismo, as empresas turísticas, o governo, a comunidade ou população local, sendo que estes agentes devem possuir objetivos integrados, compatibilizar ideais, numa cadeia de combinação de esforços, a fim de que haja o desenvolvimento do turismo na região. Assim pode-se afirmar que, embasado na ação de cada agente surge o produto turístico que é um conjunto de bens e serviços voltados para a atividade turística. Neste contexto de acordo com o MTur (2007, p. 11 apud POTER, 1986) para entender-se melhor o mercado é necessário conhecer todos os atores ou forças que influenciam no desempenho da atividade turística , que são: a rivalidade existente no setor; ameaças de novos concorrentes; ameaças dos produtos substitutos; aumento do poder de barganha dos compradores; aumento do poder de barganha dos fornecedores. 1 ) Rivalidade existente: Verificou-se que Bragança, possui uma das praias de oceano mais procuradas da região, a praia de Ajuruteua, que é o principal destino secundário da cidade, tendo como principais concorrentes as praias de Salinas que é um pólo turístico bem mais estruturado e divulgado pela
  • 34. mídia, freqüentadas pela elite belenense. No entanto, Bragança se diferencia por oferecer equipamentos de alimentação, hospedagem e transportes bem mais acessíveis do que a sua principal concorrente, englobando dessa forma um parcela grande do mercado (classes sociais menos favorecidas) que precisa ser cada vez mais introduzida na atividade turística devida a grande concorrência do setor turístico. 2 ) Ameaças de novos concorrentes: é a verificação se existe novos destinos sendo estruturados para atuarem no mercado, o que não foi identificado, ao contrário Bragança é que esta despontando como pólo turístico. 3 ) Ameaça dos produtos substitutos: de acordo com o MTur (2007, p. 12) “deve-se entender como os produtos diferentes dos oferecidos por uma empresa A, por exemplo, podem conquista os clientes e reduzir a venda dos produtos turísticos de uma empresa B”. 4 ) Aumento do poder de barganha dos compradores: deve-se esta atento ao poder de compra dos turistas, para que se possa fazer uma analise da quantidade de renda que esta sendo injetada na economia local, e em Bragança, identificou- se que o turismo é uma das principais atividades econômicas da cidade. 5 ) Aumento do poder de barganha dos fornecedores: é preciso conhecer se existem alternativas de equipamentos de infraestrutura (hotéis, restaurantes, transportes, entre outros) suficientes para atender a demanda, para que não haja o monopólio do mercado por falta de concorrência, o que geralmente causa inflação nos preços e torna-se pouco atrativo para os turistas que procuram alternativas mais baratas. Segundo pesquisa realizada em Bragança, os preços cobrados aos turistas ou visitantes são equivalentes aos serviços prestados, sendo avaliados como baratos e de boa qualidade. Forças naturais: o ambiente natural representa uma das matérias-primas do turismo, por isso, deve ser feito um minucioso estudo para se conhecer o
  • 35. potencial de carga dos recursos naturais existentes e os possíveis impactos que a atividade turística pode causar nesses ambientes, que geralmente são irreversíveis, gerando o desgaste do produto e o desinteresse do turista, que está cada vez mais preocupado com os problemas ambientais. Em Bragança detectou- se, que não existe nenhum preocupação nem estudo científico para medir o potencial de carga de seus recursos naturais (infelizmente) que são belíssimos, onde, já se observam alguns impactos. Observando também o clima, o relevo, a posição geográfica, etc. Forças políticas: deve- se conhecer todas as políticas públicas existentes voltadas para o desenvolvimento da atividade turística de um país, estado e municípios, verificando se elas são favoráveis ou não ao turismo. Neste caso em relação ao município aqui proposto podem-se observar algumas ações para dar incentivo e fomento ao turismo na região: Taxitour: um projeto que visa capacitar os motoristas de taxi, para atender o turista de forma adequada, tem o apoio da Paratur e da Prefeitura local. Anjos do Turísta: é um trabalho da Secretaria de Turismo desenvolvido com jovens de classe social menos prevalecida, com o objetivo de capacitar e formar guias mirins para atuar nas épocas demanda de visitante na cidade, isto ocorre por ocasião das Festividades de São Benedito e pelo Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Pit: Posto de Informação turística é um projeto que está no papel, seria a colocação de um Pit na Praça da Bandeira e outro na Praça de Eventos, na realidade, a informação obtida foi que para tal realização falta a verba. Também a Secretaria de Turismo local mencionou a construção de quiosques, em 2010, objetivando a comercialização de artesanatos. Forças econômicas: Segundo Rose (2002, p.22), deve-se conhecer “dados como receita individual e familiar, renda discricionária, que permitem
  • 36. gastos com o lazer; fatores abrangentes como: inflação, nível de emprego e crescimento econômico, influencia sobremaneira a locação de investimentos no setor turístico”, ou seja, conhecer o ambiente econômico em que se encontra o país, verificando taxa de inflação e desemprego, se existe recursos sendo injetados na economia local e o perfil econômico do turista para obter informações de quanto as pessoas estão disponibilizando para o laser, pois, em época de crise os bens de consumo geralmente ficam em segundo plano. Forças culturais: é um conjugado de todas as atividades culturais, costumes e modo de vida da população local, sendo importante saber se essas raízes estão sendo mantidas ou preservadas e de que forma esta se dando este processo, pois, os fatores culturais influenciam as motivações de viagem. Em Bragança essas raízes ainda são muito presentes nos seus habitantes e possui um museu que promovem eventos para divulgar e preservar esses patrimônios (Museu da Marujada), o que torna a cidade mais atrativa e com um número maior de opções de entretenimento para o visitante (dependendo da época). Portanto, a oferta ou produto turístico se constitui num conjunto de elementos necessários para satisfazer o turista, entretanto, de maneira isolada estes elementos não fazem parte das atividades turísticas, haja vista, o que Ignarra (2002, p.47) relata que “um turista no seu ato de consumo turístico necessita de um conjunto de elementos para satisfazer às suas necessidades”. Conhecidos todos esses elementos faz- se necessário um minucioso estudo da possível demanda para o produto. Demanda: é o conjunto de consumidores reais, ou possíveis consumidores de um serviço ou produto turístico, sendo necessário o monitoramento constante das mudanças que ocorrem neste conjunto, pois, novas tendências e necessidades surgem a todo o momento, e o mercado turístico precisa conhecer e adaptar rapidamente as mudanças comportamentais que ocorrem com esses grupos. Sendo então necessário antes de lançar um produto, fazer um levantamento do perfil do turista em seus aspectos econômicos, culturais, sociais e de suas necessidades.
  • 37. Para entender a cadeia de variáveis que se necessita para a comercialização de um produto turístico e acima de tudo para que o cliente possa ficar satisfeito, inteiramente satisfeito é imprescindível observar e entender o consumo turístico, ou seja, tudo aquilo que o turista precisa gastar antes, durante e depois da viagem com a finalidade de satisfazer os anseios de motivação para àquela viagem. Desta forma para o Mtur (2009, p. 60), “O consumo dos visitantes não se restringe apenas às atividades ligadas diretamente à viagem, mas também a toda atividade de suporte para fazer da viagem uma experiência agradável.” Dentro de um produto turístico o que vai demandar a procura são os atrativos oferecidos por este, por serem fatores determinantes para que turistas optem por determinados locais e suas especificidades, por conseguinte, a demanda sugere diversidades de segmentos no âmbito do setor turístico. E assim como os atrativos influenciam na demanda pelo produto, as facilidades e acessibilidades também contribuem para a aquisição ou não do produto turístico, haja vista, que para Beatriz Lage, (2004 p. 33) “as facilidades são os elementos do produto turístico que não geram normalmente os fluxos do turismo, mas a sua ausência pode impedir os turistas de procurarem as atrações.” Estas facilidades e acessibilidades dizem respeito à hospedagem, às vias de acesso, saneamento básico, farmácias, bancos, lojas de souvenirs e outras ligadas ou não à cadeia do turismo. A heterogeneidade da demanda turística é embasada na percepção de fatores de origem socioeconômico, geográfico, comportamental e outros, além de integrar as motivações de viagens de cada indivíduo que variam de pessoas para pessoa, estas variáveis servem para segmentar o mercado turístico. O mundo passa por uma imensa transição o que atualmente satisfaz a necessidade humana, posteriormente, poderá não mais satisfazer, este fato se aplica também na atividade turística e para ressaltar a relevância da demanda turística no mundo globalizado cita-se:
  • 38. Vivemos em tempos de extrema e profunda transição; o que hoje é válido e consumido, amanhã se torna obsoleto e não responde mais às necessidades que parecia satisfazer. Os mercados buscam reagir rápido a esta situação, porque mudam, também, os produtos e serviços, os desejos e motivação dos consumidores e suas decisões de compra, os canais de distribuição, a publicidade e o marketing competitivo. (BENI, 2003 p. 214). Assim sendo, com as pesquisas de demanda é possível conhecer as motivações do visitante, somente, assim, conhecendo o perfil do publico alvo pode-se segmentar a atividade, visto que, os objetivos e anseios de uns podem ser totalmente diferente de outros. Baseado em tais percepções, aplicou-se em Bragança um questionário sócio-econômico para 30 pessoas, com o intuito de identificar o perfil e a demanda dos possíveis consumidores do roteiro sugerido para a cidade, resultado pode ser verificado nos gráficos abaixo. Quando perguntados sobre o local de origem, as estatísticas obtidas mostraram que o principal ponto de origem das pessoas para o destino Bragança é Belém, com 44% dos entrevistados originários desta cidade, seguido de 23% de visitantes de outros estados do país como, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Norte, 17% vindos da cidade de Castanhal, 7% do município de Barcarena, 3% do município de Viseu, 3% do município de Santa Izabel e 3% de regiões próximas á Bragança. Concluindo que 77% dos visitantes da localidade são de paraenses, sendo necessária uma divulgação interestadual maior. Origem
  • 39. Belém Castanhal Barcarena Viseu Sta. Isabel A. Correa Outros 44 23 17 7 333 Origem FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009 Em relação ao sexo, as estatísticas mostram que 60% dos visitantes são do sexo feminino, um indicativo da emancipação econômica feminina que nos últimos anos vem crescendo aceleradamente, tornando-se uma importante parcela do aceleradamen se mercado consumidor e que deve cada vez mais ser englobada pelo mercado turístico, principalmente porque, geralmente a mulher gasta mais do que o homem e dessa forma injeta mais dinheiro na economia, no entanto, é m mais exigente em relação aos serviços prestados. Os homens representaram 40% dos visitantes entrevistados. Sexo 60%F 40%M Colunas1 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
  • 40. Na questão profissional observou - se um empate entre profissionais liberais e funcionários públicos, onde cada profissão obteve um índice de 33%, sendo, que dos 33% de profissionais liberais, 18% são mulheres e 15% homens, encanto, que os 33% dos funcionários públicos, 24% são mulheres e 9% homens. Tais estatísticas, só mostram ainda mais a forçar feminino no mercado e a grande parcela da população que ela representa, pois, a mulher encontra-se mais estabilizada e independente. Os profissionais autônomos corresponderam á 27% e os estudantes 7% dos entrevistados. Profissão P. Liberal F. Público Autonômo Estudante 33 33 27 7 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009. A renda dos entrevistados que ganham até um salário mínimo corresponderam a 17% das estatísticas; até 2 salários 40%, onde 32,5% são de homens e 7,5% mulheres; até 3 salários 30%, onde 3% são homens e 27% mulheres; de 4 a 5 salários 10%, onde 7% de mulheres e 3% de homens e os que tem rendimentos acima de 6 salários mínimos corresponderam a 3%. Neste contexto verifica-se, a grande parcela do mercado que as classes menos favorecidas representam, e que disponibilizam uma parte de seus recursos para o lazer e novamente a mulher aparece como força de mercado, com renda superior a do homem.
  • 41. Renda até 1 salário até 2 salários até 3 salários de 4 á 5 salários mais de 6 salários 40 30 10 3 17% FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança A idade dos entrevistados ficou classificada da seguinte forma: 33% tinham de 20 á 30 anos, 44% de 31 á 40 anos, 10% de 41 á 50 e 13% mais de 50. Concluindo-se que a faixa etária das pessoas que mais freqüentam o local é se mediana, ou seja, nem jovem nem velha, pois, somando os resultados das idades somando de 20 á 40 anos, observaremos que este número corresponderá a 77% dos visitantes.
  • 42. Idade 20 á 30 31 á 40 41 á 50 mais de 50 33 44 10 13 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009 A maioria dos entrevistados eram casados o que correspondeu a 50% da pesquisa, 30% são solteiros, 17% outros (amigados, juntos, enrolados, casais modernos) e 3% divorciados, o que a leva a concluir que a maioria das pessoas viajam em família, o que irá ser observado mais adiante. Estado Civil Solteiro Casado Outros Divorciados 50 30 17 3 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009. Em se tratando de nível de escolaridade os dados apresentaram-se bem apresentaram diversificados, em que, 27% possuíam nível médio completo, 23% nível superior, 20% fundamental completo, 10% médio incompleto, 10% superior incompleto, 7%
  • 43. fundamental incompleto e 3% possuíam Pós - graduação. Identificando dessa forma, que o nível de formação dos visitantes é alto. Escolaridade F. Incompleto F. Completo Md. Incompleto Md. Completo Superior Superior Incompleto Pós Grad 27 23 20 10 10 7 3 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 No requisito motivação 30% dos entrevistados viajaram a laser, 27% a trabalho ou para eventos, 20% visita estava visitando parentes e amigos, 13% atrativos naturais, 10% atrativos culturais. Verifica-se que somados as motivações Verifica se de lazer, atrativos culturais e naturais 53% das pessoas viajam até o local pelas pessoas inúmeras alternativas de entretenimento e atrativos que a localidade disponibiliza aos visitantes. Motivação Visita /parente/amigos trabalho/eventos atrativos naturais laser atrativos culturais 30 27 20 13 10 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
  • 44. O número de pessoas que viajavam com os entrevistados no momento da pesquisa, ficou dividido da seguinte forma, 33% viajavam em grupo de 2 pessoas, 30% em número de 3 pessoas, 27% sozinho, 10% em grupos de 4 ou mais pessoas. Número de Viajantes 1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas ou mais 33 30 27 10 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 Perguntado como costumam viajar, 47% dos entrevistados responderam em família, 33% com amigos e 20% sozinhos. Comparando com o gráfico acima observa - se que, 80% das pessoas costumam viajar acompanhado, o que resulta em um gasto maior na localidade, no entanto, uma quantia significativa de pessoas viajam sozinhos, por não terem família constituída, o que lhes possibilita disponibilizar uma quantia maior de recursos para viajar, ao contrário dos que possuem família, que tem outros gastos e por isso viajam menos.
  • 45. Como Viajam Sozinho Em família Com amigos 47 33 20 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009. Sobre a forma em que a viagem foi organizada, 77% das pessoas planejaram e organizaram pessoalmente a viagem sem intermediários, 10% tiveram a viagem planejada por entidades associativas, 10% por conhecidos, 10% por agência de viagem, 3% por conhecidos, observando-se, a carência de observando se, produtos turísticos vendidos por agências de turismo e de viagem destinados a Bragança. Excursão Organizada Agência de Viagem Ent. Associativas Conhecido Outros 77 3 10 10 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 isa O tempo de permanência dos visitantes no local distribuiu-se da seguinte distribuiu forma 50% das pessoas passariam de 3 á 5 dias na cidade, 33% até 2 dias, 7% de 6 á 10 dias, 7% um dia, 3% mais de 10 dias. Concluindo-se, que a maioria das Concluindo se, pessoas disponibiliza os fins de semana para viajarem.
  • 46. Tempo de Permanência 1 dias até 2 dias de 3 á 5 dias de 6 á 10 dias mais de 10 50 33 7 7 3 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009. O meio de transporte mais utilizados pelos turistas para chegarem à cidade, foi de carro particular com 50% dos visitantes tendo se utilizado deste recurso, ticular 27% utilizaram-se de ônibus de linha, 10% de vans, 7% de barco, 3% de taxi, 3% se de ônibus fretado. Nesse requisito verifica se, que existem varias alternativas de verifica-se, transportes, tendo assim o visitante a oportunidade de escolher a que melhor lhe visitante convir. Transporte Carro Particular Ônibus Fretado Ônibus de linha Barco Táxi Vans 50 27 3 7 10 3 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
  • 47. Perguntou-se aos visitantes se tiveram alguma dificuldade de orientação e se informação dentro da cidade e 83% consideram satisfatórias as placas de sinalização existentes no local, não tendo maiores problemas e apenas 17% relataram que tiveram que pedir informação para se locomoverem na cidade. Informações e Orientações na cidade Sim Não 83 17 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 Para fazerem suas refeições 47% dos entrevistados preferiram os restaurantes, 40% os locais de hospedagens, que em sua maioria oferece algumas refeições e 13% escolheram outras alternativas como, casa de amigos, parentes e pequenos loc locais que oferecem comidas rápidas. Onde fez as refeições Restaurantes Local de Hospedagem Outros 47 40 13 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
  • 48. Os preços são fatores determinantes na hora da aquisição de um produto ou serviço e 87% dos entrevistados acharam os preços de alimentação e hospedagem adequados, 13% consideraram os preços de hospedagem muito altos e 10% o preço os alimentos, 3% acharam os preços da alimentação baixos demais. Preços Acessíveis Adequados Muito baixo Muito Alto 87 87 13 10 3 Alimentação Hospedagem FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 Os recursos naturais constituíram- se nós principais atrativos para os visitantes, representando 60% das motivações que os levaram ao local, seguidos de 23% motivados por amigos e parentes, acompanhados por 17% que tiveram outros motivos para viajarem. Sendo necessário um monitoramento maior desses recursos, para que os mesmos não sejam impactados pelo uso desordenado e irracional.
  • 49. Atrativo que o trouxe á cidade Parentes e Amigos Natureza Outros 17 60 23 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009. Apesar de ressaltarem á necessidade de algumas melhorias como, segurança, qualificação de atendimento, limpeza, entre outros, 100% dos pesquisados indicariam á cidade a amigos e pretendem voltar em outras oportunidades, o leva a supor uma certa fidelidade ao local, algo que se tornou cada vez mais raro devido a grande concorrência no setor turístico, que disponibiliza ao consumidos um leque de alternativas. Pretende Voltar e Indicar a Cidade Sim Não 100 100 Pretende Voltar Indicar Amigos FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 Fazendo uma análise dos requisitos básicos de infraestrutura como, praias, dos prédios históricos, gastronomia, atendimento, limpeza, segurança e transportes, a avaliação dos visitantes foi positiva, com a maiorias dos itens tendo recebido
  • 50. conceito Bom, por mais de 50% dos entrevistados, com exceção do requisito segurança, que na avaliação teve 41% de conceito Bom. O que possibilita a propaganda boca a boca, que é a melhor forma de divulgar uma localidade. Caracterize a Oferta Turística Ruim Bom Regular Excelente 77 77 66 60 64 57 41 27 33 17 23 23 23 16 3 3 3 713 6 10 5 13 10 7 3 13 FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009 Então conhecido o produto Bragança, onde observol-se que o lugar tem um grande potencial turístico, possuindo um patrimônio histórico belíssimo e bem conservado; exuberantes recursos naturais com vastas áreas de mangues e praias; tradições culturais bastante vivas nos moradores locais; infraestrutura de hospedagem, transporte e alimentação avaliadas como Bom, comunidades que produzem cerâmicas de forma bem rústica, formando assim um conjunto de ofertas de atrativos e entretenimento bem diversificados para os turistas e a demanda para o local obtida através de pesquisa de demanda, organiza-se o mercado em seguimentos, ou seja, distribui os turistas de acordo com seus desejos e necessidades. Segmentação Turística Segmentar segundo o MTur ( 2007, p. 26 apud LOVELOCK; WRIGHT, 2001) “é dividir a demanda em grupos diferentes nos quais todos os clientes compartilham características relevantes que os distinguem de clientes de outros seguimentos”. Através da segmentação do mercado é possível aumentar a demanda de uma região, pois, identificadas as alternativas de produtos de um
  • 51. lugar, pode-se, destina-los para um grupo específico, para segmentar um produto é preciso tem conhecimento da vocação do lugar, da imagem que ele possui, o perfil do turista que pretende atrair e os desejos e necessidades que a demanda pretende suprir com a aquisição de um produto. Pois, dentro de um produto existem as variáveis de nivelamento do mesmo, onde se observa o benefício central, produto básico, produto esperado, produto ampliado, produto potencial, sendo as características de cada um numa ordem continua percebe-se a busca fundamental do cliente, a necessidade do cliente transformada em produto, tudo aquilo que o turista já espera naquele produto, um valor adicional do produto algo que supera a expectativa do cliente e finalmente o produto potencial é a superação do produto no futuro e não só para atender a demanda naquele momento, como também adicionar valores a este para que possa a atender demandas futuras. Assim para fundamentar estas variáveis do produto cita-se: Percebe-se que o produto se distancia da oferta física e se aproxima, cada vez mais, da percepção de valor pelo cliente, por meio do benefício ou solução obtida com a compra realizada. Já que os produtos estão relacionados com a percepção dos clientes, e cada cliente tem uma percepção diferente do outro, nem todos os produtos ou serviços terão o mesmo valor percebido por todos os clientes. Essa é a importância que a segmentação tem para a elaboração de uma estratégia eficaz. (Mtur, 2009). Um produto trabalhado dentro de um segmento turístico, não quer dizer que o mesmo não possa ser visto em outros segmentos dentro de outros roteiros, o que vai demandar esta situação é a potencialidades de atrativos da região, e dos diversos nichos em várias espécies de motivações que vão sendo identificadas: Dessa forma, a promoção de um produto, roteirizado ou não, com base em um segmento principal, não inviabiliza que vários outros segmentos possam ser trabalhados em outros tantos roteiros, a depender dos potenciais atrativos e do público que se queira buscar. (Mtur, 2008, p.).
  • 52. Segmentar ajuda no processo de criação e formulação de roteiros, que serão criados de acordo com as necessidades do público alvo. Segundo o MTur (2007, p. 26) roteiro “é um itinerário caracterizado por um ou mais elementos que lhe confere identidade, definido e estruturado para fins de planejamento, gestão, promoção e comercialização turística”, podendo ser considerado como um método de organizar e ordenar os atrativos turísticos de uma região. Para entendimento fica claro que a segmentação do turismo se faz presente e necessária para viabilizar a atividade de forma planejada a gestão de mercados, vale mencionar que os segmentos não são criados, todavia, identificados para a composição da oferta turistica de forma a atender os diversificados nichos de mercado, com a finalidade de fidelizar clientes, o que pode ser compreendido mediante o fato de os clientes de um modo geral, possuem desejos, anseios e preferências diferenciadas e com a segmentação é possivel enquadrar diversos nichos nas várias motivações de viagem que vão surgindo, portanto para o Mtur, (2009, p.67) “nesse sentido, será necessário desenvolver uma oferta segmentada, definindo tipos de turismo específicos”. Conhecendo-se o perfil da demanda turística pode-se estruturar e criar roteiros, pois a criação destes se dá de acordo com o tipo de público alvo que tem motivação para àquele tipo de turismo ou segmento. Portanto, mais uma vez para o Mtur, (2009, p.70) “a escolha do segmento vai ajudar na estruturação de produtos e elaboração de roteiros, pois a identidade dada a cada roteiro será criada, levando em consideração ao público que o público ao qual se destina.” Ao relacionar turismo com fatores culturais surge um segmento denominado Turismo Cultural que se baseia na satisfação do turista em apreciar saberes e fazeres de um povo, experimentar aspectos do modo de vida deste, fatores relevantes de sua cultura, desta feita a orientação a trilhar para que se apresentem bons produtos turísticos para o mercado é a roteirização e a segmentação, assim para o Mtur (2008, p.13) estas metodologias funcionam “como estratégias, por entender serem imprescindíveis ações que permitem o
  • 53. fortalecimento do capital social e a conseqüente e concomitante promoção e preservação da cultura brasileira, como atrativo turístico e como patrimônio.” Baseado em pesquisa de mercado e análise de material bibliográfico criou- se um roteiro turístico de Bragança PA, dando ênfase ao aspecto histórico cultural, pois é um segmento bastante cultuado pelo povo da região e por outros municípios localizados nos arredores, visto que, Bragança é uma cidade histórica explorada e fundada por europeus portugueses que estiveram no local em meados de 1634, por ocasião da fundação da cidade, a mesma exala seu contexto histórico europeu, propiciando, inúmeros atrativos de rara beleza patrimonial e cultural, além de belezas patrimoniais ambientais, com objetivo de motivar pessoas à visitarem e valorizarem o local, assim, nesse contexto, para Miguel Bahl (2004, p. 74)” independente do lucro, o roteiro possibilita uma exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”. O Roteiro Turístico elaborado para o município de Bragança inicia-se na Praça das Bandeiras, localizada na Avenida Nazareno Ferreira, terá a duração de dois dias, no primeiro dia a rota será trabalhada a pé, em vista da pequena distância, entre os atrativos, no segundo dia a equipe colocará um transporte a disposição dos turistas para percorrer o devido itinerário de maneira a fazer uma rota obedecendo à seqüência dos destinos em questão. PRIMEIRO DIA O primeiro dia do roteiro será na área urbana da cidade, precisamente, no Centro Histórico Bragantino: PRAÇA DAS BANDEIRAS Fig. 36 - Praça das Bandeiras.
  • 54. A praça foi construída em 1966, é um espaço que serve para feiras e manifestações cívicas, nela há um monumento que é dedicado à Bandeira Nacional, ao seu entorno existe uma gama de atrativos que compõe o Centro Histórico Bragantino, pontos que serão explorados neste roteiro, a saber: 1 – MUSEU DE ARTE SACRA Figs: 37 e 38 - Museu de Arte Sacra (Parte interna e externa) O referido museu localiza-se à Travessa Marcelino Castanho, s/n (esquina com a Avenida Nazareno Ferreira, s/n), foi inaugurado em 2005, pela Diocese de Bragança e é mantido com o incentivo de parceria com a prefeitura de Bragança, seu objetivo é reunir um grande acervo de obras sacras, as obras que estão no museu são doações de pessoas de vários municípios e também doações das 23 paróquias que integram a diocese de Bragança, várias imagens foram doadas por pessoas que não deram definição das origens das mesmas, pode-se observar mantos de Nossa Senhora de Nazaré doados por famílias bragantinas que residem em Belém. O acervo do Museu de Arte Sacra de Bragança é constituído de muitas peças, todavia, muitas ainda se encontram guardadas, pelo fato do local ainda não está totalmente concluído, as peças estão guardadas sob o poder da Diocese na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Podem-se exaltar as seguintes peças de obras sacras no museu:
  • 55. A Cátedra de Dom Elizeu Maria Coroli, uma espécie de cadeira de madeira lei antiga, uma imagem de São Sebastião do Século XIX, uma imagem de Nossa Senhora das Dores de 1872 do acervo da Igreja Matriz, por ocasião da permuta, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e a Irmandade de São Benedito. 2 – RÁDIO EDUCADORA Fig: 39 - Rádio Educadora A Rádio Educadora foi fundada em 1960, precisamente, em novembro, pertence à Diocese de Bragança, é escutada em quase todos os Estados do Norte e Nordeste do Brasil, nasceu de um projeto ousado de desenvolver atividades educacionais à distância e minimizar desigualdades sociais, esta rádio tem servido de apoio social para a formação da população bragantina, permitindo que a mesma reflita sobre questões polêmicas e atuais. A programação FM está disponível na internet. 3 – PALÁCIO EPISCOPAL Fig: 40 - Palácio Episcopal.
  • 56. Foram os padres italianos Barnabitas que construíram este prédio, os primeiros moradores foram os europeus. A cidade, na época funcionava como a prelazia do Guamá, na altura da ordenação do Monsenhor Elizeu Maria Corolli, que trouxe os padres Paulo Beloles e seu irmão Paulo Corolli, vieram em sua companhia as irmãs do “Preciosíssimo Sangue”. 4 – CATEDRAL NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Fig: 41 - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da cidade,construída por escravos, onde está enterrado o Padre Dom Eliseu Maria Corolli, fundador da Congregação de Santa Terezinha, e o Instituto Santa Terezinha, tradicional Educandário da cidade, esta fora construída para São Benedito, contudo, em 1872 houve a permuta das igrejas ficando São Benedito com a igreja localizada na Praça 01 de Outubro.Foi construída em 1854, inaugurada em 1876, a permuta aconteceu por causa do local ser pequeno para os festejos que cresciam a cada ano, então as irmandades entraram em negociação devido a nova igreja ser maior tanto por dentro como nos arredores.
  • 57. 5 – INSTITUTO SANTA TERESINHA Fig: 42 - Instituto Santa Terezinha O Instituto foi um projeto do Padre italiano Dom Elizeu Maria Coroli, de estilo neoclássico, fundado em 1938, atualmente possui setenta anos, funciona como uma das mais tradicionais escolas de Ensino Fundamental, Médio e Infantil da cidade de Bragança, também servindo de residência das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha que mantém o prédio e são responsáveis pelo seu funcionamento, o lema da escola é “Educar para a vida”, ainda numa concepção de Dom Elizeu, seu fundador.
  • 58. 6 – CASA DA FAMÍLIA MEDEIROS Fig: 43 - Casa da Família Medeiros Casa de família portuguesa, com assoalho de acapu e pau-amarelo. As paredes do lado de fora da casa revestida com azulejos portugueses e, no alto, estão blocos de cimento com as iniciais do primeiro dono. A casa comporta móveis antigos em madeira escura com tampos de mármore, cristais, cofre, caixa-forte, cadeira e espada, bem ao estilo português, pertencentes ao pai do primeiro proprietário que foi comandante da Guarda Nacional, Sr. Antônio Fernandes de Medeiros. 7 – RESTAURANTE TRÓPICOS Ao sair da Casa da Família Medeiros o grupo de turistas se dirige ao Restaurante Trópicos, localizado à Travessa João XXIII nº 374 – Centro para almoçar e degustar o prato carro chefe do restaurante Steak House, que se constitui de uma chapa mista, elaborada com carnes e mariscos variados e que segundo a Sra. Tásmia é o prato mais comercializado no restaurante, que funciona de terça – feira a domingo, entretanto, só serve pratos comerciais até sexta – feira, ocorrendo no final de semana, somente, Service à la carte, o Steak house é servido com Yakimash,(espécie de arroz)
  • 59. 8 – CASA DAS TREZE JANELAS Fig: 44 - Casa das Treze Janelas Esta casa construida por Simpliciano Fernandes de Medeiros, em 1908, foi sua residência por algum tempo, outra personalidade que nasceu na casa foi Stelio Maroja, figura que foi prefeito de Belém, muito tempo depois a prefeitura adquiriu o prédio sendo restaurada em 1968 na gestão administrativa de Euclides Dias Ramos, passou a ser a Casa dos Prefeitos. Atualmente o prédio abriga a Secretária Municipal de Saúde. 9 – PRAÇA ANTÔNIO PEREIRA Fig: 45 - Praça Antônio Pereira A praça está localizada entre as ruas Doutor Justo Chermont e General Gurjão e as travessas Vigário Mota e Cônego Miguel, Bairro – Centro, em frente ao
  • 60. prédio-sede da Prefeitura Municipal de Bragança, é uma praça centenária. Seu nome é em virtude da intendência Antônio Pedro da Silva Pereira (nome atual da praça), no período de 1889/1890. Era conhecida popularmente como “Praça do Jardim”. 10 – PALACETE AUGUSTO CORRÊIA Fig: 46 - Palacete Augusto Correia Local onde funcionou a Prefeitura de Bragança é um prédio em alvenaria coberto com de telha de barro. Piso em ladrilhos e a escadaria; os alicerces, em pedra, foram feitos pelos portugueses. Cópia fiel do palácio de Bragança, em Portugal. Inaugurado, possivelmente, em 1902 e/ou 1903. Passando a ser chamada de prefeitura a partir de 1930. Em 09 de Dezembro de 1922, estiveram, neste prédio, os aviadores Euclides Pinto Martins, brasileiro, e Walter Hilton, norte americano que empreenderam o RAID NEW YORK- Rio de Janeiro. Para relembrar este grandioso fato colocaram uma placa na gestão administrativa do Cel. Childerico Fernandes
  • 61. 11 – MUSEU DA MARUJADA Fig. 47 – Museu Teatro da Marujada É um espaço novo destinado a fomentar a marujada, divulgando e mostrando aos visitantes, a importância da mesma nos aspectos culturais e artísticos, expõe material de artistas bragantinos, artesanatos e registros históricos. Localiza-se na Praça Antônio Pereira s/n – Centro. 12 – IGREJA DE SÃO BENEDITO Fig. 48 – Igreja de São Benedito. Edificação construída no século XVIII, pelos índios e negros com auxílio, dos jesuítas, entre os anos 1750/1760, é pintada de branco e possui altos relevos em seu exterior, o interior é marcado por peças barrocas, apresenta apenas uma torre, foi no passado negociado uma troca entre as irmandades de Nossa Senhora do Rosário e a Irmandade de São Benedito, ficando esta última com a sua gestão
  • 62. administrativa desde 1872, depois de haver sido aprovada pelas autoridades eclesiásticas do Estado do Pará. A igreja situa-se às margens do rio Caeté, local palco de uma das maiores festas religiosas do município de Bragança: a Festividade de São Benedito, que acontece no período de 18 a 26 de dezembro. Em 20 de Dezembro de 1990, tornou-se Patrimônio Histórico do interior do Pará, devido à grandiosidade da festa do Santo em relação ao fator cultural. 13 – ORLA Fig. 49 – Orla Bragantina Bragança é privilegiada pela sua localização, a margem esquerda do Rio Caeté, outrora fundada à margem direita do mesmo rio, todavia, para facilitar a comunicação com Belém, a capital do Estado, mudou-se para o lado esquerdo, o que confere a cidade rara beleza cênica da paisagem, onde palmeiras bailam ao vento, conferindo um toque especial à paisagem. No calçadão, à noite, pode-se percorrer a feirinha de artesanatos bragantinos e usufruir dos bares e restaurantes no entorno da orla. Localizada às proximidades da Igreja de São Benedito, a orla é palco da festa de São Benedito, que ocorre de 18 a 26 de dezembro, quando a cidade reúne festa, devoção e cores e a cidade recebe mais de 100 mil visitantes. SEGUNDO DIA No segundo dia do roteiro, haverá a necessidade de transporte, em virtude de distâncias mais longas e assim pode-se comprovar com Miguel Balh,(2004, p.) “Quanto a escolha do meio de transporte, obviamente que o mais adequado para a oferta da programação turística vai estar relacionado diretamente à
  • 63. distância e aos tempos para percorrê-las”. Deste modo, o grupo de turistas utilizará uma van como meio de transporte no segundo dia do roteiro visto que percorrerão distâncias entre 10 a 15 Km, aproximadamente. 1 - VILA QUE ERA (FICA LOCALIZADA A 8 km NA ESTRADA DE CAMUTÁ) Fig. 50 – Marco de fundação de Vila – que – era. A história conta que neste local, foi que Álvaro de Souza, filho de Gaspar de Souza, fundou a margem direita do rio Caeté o que seria a cidade de Bragança. ”O surgimento do povoado Souza do Caeté aconteceu em 1634, após Álvaro de Souza haver retomado a posse de suas terras, junto à corte da Espanha, à qual Portugal estava sob o domínio” (SIQUEIRA, 2008 p. 36). Entretanto, por causa das dificuldades de comunicação com a capital do Estado, Belém, houve a necessidade de mudança do núcleo habitacional, para a margem esquerda do rio Caeté, onde se localiza a sede municipal nos dias atuais. Vila – Que – Era é conhecida por suas panelas de barro feita a mão e pelo processo de manuseio da argila para a confecção do artesanato (com as cinzas feitas da casca do caripé (Hirtella excelsa Standl. ex Prance), e com chamote), atualmente, utilizam os dois processos, um a mão e o outro com uso de fôrmas de gesso para a confecção das peças, o fato causa polêmica, pois, para algumas pessoas as peças feitas à mão são mais valiosas, enquanto que as outras podem sofrer descaracterização. A utilização de formas para a fabricação das famosas
  • 64. panelas deu-se devido à capacitação ministrada pelo SEBRAE para a comunidade. A visita de turistas no local será de grande valia e troca de experiências, visto que poderão adquirir e fotografar as panelas, conversar com populações locais, conhecer o modo de vida característico destes, conhecer o manuseio da argila para a fabricação das peças e ver o monumento da Cruz de Malta, marco dos portugueses no local, quando de sua fundação, sem contar com a magnífica paisagem de beleza cênica do rio Caéte, que deste lado configura uma paisagem com terrenos de altitudes, relembrando, por sua semelhança as regiões européias. 2 - SÍTIO DA SENHORA LUCIMAR (ESTÁ LOCALIZADO DENTRO DA RESEX) Fig. 51 – Sítio de D. Lucimar O acesso para o Sítio da D. Lucimar é o mesmo que leva ao Mirante de São Benedito, toma-se a Rodovia Bragança – Viseu, a BR 308, entra-se no ramal que leva a Vila – que – era para depois entrar num sub ramal para o lado esquerdo que liga o ramal principal ao sítio. A estrada de terra batida e vegetação característica da RESEX estão presentes ao longo do percurso que de veículo motorizado não se torna distante o trajeto, todavia, ao utilizar, o sub ramal a pé, em caráter de aventura, a caminhada até o sitio é de aproximadamente, uma hora ou um pouco mais. Chegando ao sítio, o turista poderá entrar em contato com o processo de fabricação da farinha de mandioca (Manihot esculenta Crantz), largamente consumida em todo o Estado e parte do Brasil, onde apreciará o beneficio desta. Os subprodutos da mandioca (Manihot esculenta Crantz) têm grande
  • 65. relevância para a economia bragantina e assim sendo a farinha produzida na terra repercuti em todo o Brasil como a melhor de todo o Estado do Pará, a farinha d’ água é um alimento típico indígena, possui grande valor energético, visto que é carboidrato, é largamente consumida pelo povo amazônico. O turista irá observar o beneficio da mandioca desde o cortar da maniva, para retirar as raízes da terra, colocá-las na água, com casca ou sem casca, se optar por usá-las com casca, o processo demora mais, ficando na água por três a quatro dias. Descascar e lavar muito bem, moer em uma máquina apropriada. Depois desse processo a massa obtida é colocada no tipiti até secar em questão de horas. Após é só passar por uma peneira e logo depois vai ao forno (este forno, totalmente artesanal, possui uma espécie de bacia feita de cobre, todos os equipamentos necessários para a fabricação da farinha d’ água estão in loco para apreciação) para cozinhar, o período de cozimento é aproximadamente uma hora. Alimentos oriundos da mandioca para alimentação humana, além da farinha, exaltam-se também o carimã, o beiju, a fécula, o tucupi, todos originários desta raiz e que compõem pratos amazônicos desde os primórdios da época indígena. 3 - BALNEÁRIO DO SENHOR SANTINO Fig. 52 – Balneário do Santino Balneário do Sr. Santino está localizado na Vila do Camutá, estrada que vai para o Mirante de São Benedito. Então, do mesmo modo, o acesso é pela Rodovia
  • 66. Bragança – Viseu, na Vila de Camutá, o balneário funciona de segunda a domingo, no horário das 08h00min às 23h00min é está sob responsabilidade do Sr. José Augusto (Zeca). Neste balneário, os turistas poderão apreciar o artesanato, assim como, a criação de galinhas caipiras e ainda, depois de um longo trajeto, desfrutar de um fresquíssimo banho, bem como, degustar a gastronomia local onde servem um saboroso prato de galinha caipira à moda da casa. Os turistas almoçarão no balneário, tomarão banho e estenderão em práticas diversificadas de lazer até o cair da tarde, quando visitarão o Mirante de São Benedito. 4 - MIRANTE DE SÃO BENEDITO. Fig. 53 – Mirante de São Benedito O Mirante é uma obra recentemente inaugurada, precisamente no dia 01 de Agosto de 2009, construída na gestão do prefeito Edson de Oliveira, localiza-se na Vila de Camutá, local que recebeu os primeiros europeus Franceses, comandados por Daniel de La Touche e posteriormente os portugueses, esta obra representa a valorização do turismo e da cultura na região e enaltece a fé inabalável no popular São Benedito. O Mirante uma área de 2.500 m², está à margem direita do rio Caeté, distante a 6 km do centro urbano da cidade, a estátua do santo possui 16,50 m, elaborada pelo escultor Jorge Trindade, está localizada a 8m do terreno plano, o que se consegue subir até o local fazendo uso de uma escadaria de 131 degraus,
  • 67. além da escada, possui uma rampa com corrimão para uso de cadeirantes ou pessoas que não desejem subir pelos degraus. Totalmente iluminada com iluminação ornamental e sinalizada com placas informativas em português e inglês. Dentro do Mirante é possível o turista apreciar a paisagem da Pérola do Caeté em visão panorâmica, degustar a famosa gastronomia local, sentir na pele o vento bragantino, fazer maravilhosas fotos que servirão para recordação de tão belo local. TERCEIRO DIA PRAIA DE AJURUTEUA Figs. 54 e 55 – Dois aspectos da Praia de Ajuruteua O grupo de turistas se reúne na Praça das Bandeiras para tomarem a van, onde seguirão para a Praia de Ajuruteua, praia oceânica a 36 km da cidade de Bragança, percurso realizado em quarenta minutos, onde o turista apreciará em ambos os lados da rodovia potentes mananciais de manguesais onde é retirado o caranguejo uçá, grande fonte de renda da economia bragantina. O espetáculo da viagem é vivenciado pela observação da vegetação acrescida do fenômeno do suatá que é quando os caranguejos saem e atravessam a rua para o acasalamento, o ritual ocorre duas vezes ao ano, provavelmente, de dezembro a
  • 68. maio, período de grandes chuvas em todo o Estado. Nessa época é comum placas de sinalização indicando cuidados por causa de caranguejo na pista No decorrer da viagem dependendo do horário é possível visualizar garças e guarás a uma razoável distância da pista, oriundas da Ilha do Canela, APA localizada nesta região, que abriga grande biodiversidade da fauna e flora ecológica desse ecossistema. A praia de Ajuruteua é uma grande extensão de praias de areias brancas, aonde as ondas chegam a três metros nos períodos de marés altas, havendo opção para todos os gostos, podendo ser encontrados locais com bastante movimentação e também locais bem tranqüilos. Na praia há uma gama de restaurantes dos mais populares aos mais caros para todo tipo de público. Os turistas ficarão na Praia de Ajuruteua o dia todo até as 17h00, almoçarão as 12h50min no Restaurante da Pousada Sabor de Beijo, depois do almoço aproveitarão um pouco mais a praia, para depois retornar a Bragança. PACOTE TURÍSTICO Para ser viabilizado em três dias. Primeiro dia: 08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras. 09h00min: Saída a pé pelo Centro Histórico da cidade percorrendo seis atrativos, até a Casa da Família Medeiros. 12h30min: Saída da Casa da Família Medeiros para o almoço no Restaurante Trópicos, localizado no Centro Bragantino, o que poderá durar 01h30min. 14h00min: Saída do restaurante Trópicos para percurso a pé a mais cinco atrativos, a começar pela Casa das Treze Janelas. 18h00min: Chegada, após seção de fotos por todos os atrativos visitados, à Orla Bragantina. Noite Livre.
  • 69. Segundo dia: 08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras. 09h00min: Saída de Van para Vila – que – era para apreciação do artesanato local e observação do marco de fundação da cidade. 11h00: Saída da Vila – que – era. 11h20min: Chegada ao Sítio de D. Lucimar, onde farão a observação da Trilha da Farinha e apreciação o processo do benefício da Mandioca e seus derivados. 12h45min: Saída do Sítio da D. Lucimar. 13h00min: Chegada ao Balneário do Santino. 13h20min: Almoço no balneário, para a degustação da tradicional galinha caipira. 14h20min: Término do almoço e posterior exploração do local para conhecimento. 15h00min: Refrescante e tradicional banho de igarapé até as 16h40min. 17h00min: Saída do Balneário do Santino. 17h15min: Chegada ao Mirante de São Benedito, para apreciação do pôr do sol, vista panorâmica da cidade e do rio Caeté e degustação de comidas típicas da região, a exemplo as tapioquinhas, o vatapá e o tacacá vendidos no local. 18h30min: Saída do Mirante São Benedito, após seção de fotos. 19h00: Chegada a Praça das Bandeiras. Noite livre. Terceiro dia: 08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras. 09h00min: Saída de Van para Praia de Ajuruteua. 09h40min: Chegada à Praia de Ajuruteua banho em praia oceânica até as 12h30min. 12h50min: Almoço no Restaurante da Pousada Sabor de Beijo. 13h15min: Término do almoço, apreciação das ondas do mar até as 14h40min e posterior banho de sol e mar até as 16h50min. 17h00: Retorno à Bragança. 17h40: Chegada a Bragança, na Praça das Bandeiras. Noite livre.
  • 70. MARKETING TURÍSTICO Conhecido o produto em todos os aspectos, o perfil do turista e suas necessidades e criado um produto turístico, é hora de leva- lo ao conhecimento do consumidor, observando que a atividade turística atua em um ambiente amplo, requerendo o trabalho de várias áreas de conhecimento técnico e científico, e uma dessas áreas de conhecimento é o Marketing, que se tornou uma ferramenta indispensável para a promoção de um produto ou serviço, pois, o mundo globalizado, onde as mudanças de comportamento e tendências ocorrem a todo o momento, obrigam as atividades de mercado a se adaptarem rapidamente a essas mudanças, para que possam sobreviver nesse ambiente, sendo o Marketing o elo entre as duas partes integrantes do mercado, o produto e o consumidor. Casteli (1984, p 54), um dos pioneiros do estudo do Marketing turístico, o define como sendo um “conjunto de atividades que engloba a criação, o aprimoramento, a distribuição de bens, produtos e serviços turísticos à disposição do consumidor (turista) na hora em que ele demandar”, ou seja, a prestação de serviços (o produto turístico se caracteriza por ser um bem de serviço) que atendam todas as necessidades e expectativas dos turistas no momento em que ele viajar. O Marketing deve começar dentro do ambiente das empresas, a começar dos cargos mais baixo até a gerência, ou seja, deve começar dentro da própria organização turística que gera o produto, passando pelas empresas e organizações que formam o trade turístico, até alcançar os consumidores finais. Sendo que o Marketing, em todos os setores que atuar deve ser resumido em respeito ao consumidor, pois, é ele que vai medir o sucesso ou não de um produto ou serviço, observando que uma campanha de Marketing mal planejada pode causar sérios prejuízos às organizações turísticas.
  • 71. FERRAMENTAS DO MARKETING TURÍSTICO Rose (2002, p. 23 apud McCarty, 1976), basea- se na teoría dos quarto Ps, que define como ferramentas de Marketing Turístico: O produto: que é a matéria - prima do turismo, pois, seu planejamento correto contribuirá para o desenvolvimento do turismo sustentável e a permanência do mesmo no mercado. O preço: fator decisório na hora de se adquirir um produto turístico, deve ser estabelecido de modo que possam reparar possíveis danos causados ao produto, possibilitar salários dignos aos empregados e gerar lucro para as empresas. Sendo indispensável no mercado competitivo atual que, promoções beneficiem cada vez mais o consumidor. Praça: é a escolha de métodos e canais de distribuição que viabilizará a comercialização do produto, ou seja, como vai ser vendido, se de forma direta da empresa para o consumidor ou através de intermediários (agências de viagem, operadoras turísticas, entre outras). Promoção: é o ato de como se comunicar com o público consumidor, que segundo Talarico (1996) é qualquer mecanismo que passe de alguma forma uma mensagem direta ou indiretamente do produto ao consumidor. Existem vários mecanismos de se comunicar como, através de: Publicidade, Publicações, Relações Públicas, Feiras Turísticas, Workshops, Fam- tours, Internet, entre outros. CONCLUSÃO Pesquisas comprovam que o mercado turístico é o que mais cresce no mundo, principalmente pelo aumento de pessoas preocupadas, com a questão da sustentabilidade econômica e o uso racional dos recursos materiais e naturais, que virou uma epidemia mundial e que se mostra como um modismo por tempo