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CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras
Colegiado do Curso de Português/Alemão/Espanhol/Inglês/
LITERATURA BRASILEIRA
PROFESSOR PAULO KONZEN
ACADÊMICOS: CARINE KAISER
LIZANDRA VORPAGEL
ERICK GEHLEN
MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PARANÁ
2015
A Cartomante
Publicado originalmente na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro em 1884, e
posteriormente nos livros “Várias Histórias” e “Contos – Uma Antologia”, “A
Cartomante” foi uma criação do expoente e precursor do período literário
Realista no Brasil, Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como
Machado de Assis.
O enredo é o clássico triângulo amoroso, personificado por Rita e Vilela, e o
amante – e amigo de infância de Vilela – Camilo. Após Vilela reencontrar o
amigo Camilo e apresentar-lhe a esposa, este passa a ter encontros
românticos com Rita. No desenrolar da trama, Camilo passa a receber bilhetes
anônimos que o acusam de adúltero. Rita por sua vez, não segura dos
sentimentos que Camilo tem por si, passa a visitar uma cartomante. Próximo
ao final, Camilo recebe uma carta de Vilela que o pede para ir até a sua casa
com urgência, de motivo não explicitado. Muito apreensivo por não ter certeza,
mas desconfiado da razão do bilhete Camilo se dirige a casa do amigo, porém
no caminho para na mesma cartomante que Rita visitava e após a mesma ler
as cartas segue com sua fé restaurada. No entanto, apesar de tanto o
personagem quanto o leitor terem suas esperanças renovadas, nos deparamos
com um fim trágico: ao chegar à casa do amigo de infância, Camilo encontra
sua amante morta e tem o mesmo destino, sendo baleado e morto por Vilela.
Para Vaz (2008), “A Cartomante” é baseado totalmente na trama. Viver é ler o
mundo existindo, e a ficção, parece nos segredar este pequeno conto, entra
nesse existir na medida em que é capaz de revelar, demonstrar coisas que
parecem óbvias depois de reveladas. “Esse é o jogo – o conto.”
Machado de Assis, vale-se da ironia logo nas suas primeiras palavras, “Hamlet
observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa
filosofia”, ao intertextualizar com a famosa tragédia Hamlet, o Príncipe da
Dinamarca de Willian Shakespeare., espera o leitor a anunciação de uma
tragédia mas, o decorrer da fala passa a ser prosaica. Rita conta ao amante
que foi a uma cartomante buscando esclarecer se este o amava.
Segundo Vaz (2008), a cena “aponta para a gravidade, para o mistério, para o
destino trágico, e, em seguida, deságua no prosaico.” Ainda, o riso de Camilo
ao receber a informação nos revela a sua negação a fé.
Com base em outra análise, Weiss (2014, p.2), evidencia que o texto nos
mostra a fragilidade de Camilo pela falta de fé adotando uma postura incrédula
diante do destino, já Rita, em contraponto, tem a satisfação emocional
proporcionada pela fé. Ainda, Camilo é visto como um homem fraco, que não
tem as rédeas da sua própria vida, “Camilo entrou no funcionalismo, contra a
vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu
não ser nada, até que a mãe arranjou um emprego público” (ASSIS, 1994).
Ainda, para Weiss (2014, p.1) o narrador nos mostra Rita com uma visão
negativa “dama formosa e tonta”, assim como, a compara com uma serpente. A
imagem de ambos os personagens é de baixa consistência moral e mesmo
intelectual existencial dos dois. Vaz, em sua análise, enfatiza o fato do narrador
machadiano ser reservado em afirmações categóricas utilizando-se de
ambiguidade, o que de fato, ao explicitar Rita não ocorreu.
Segundo Marques (2010, p. 9) “Machado de Assis, nesse sentido, é um escritor
que traz em sua escrita, temas que são universais e inerentes à natureza
humana”
REFERÊNCIAS
http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=2551
https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2193
ASSIS,Machado de.ObraCompleta.Riode Janeiro:NovaAguilar1994. v. II.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/
2010_unicentro_port_artigo_liliane_cordeiro_marques.pdf
IMAGENS
https://www.youtube.com/watch?v=BlAI4siTims
http://pt.slideshare.net/JosAlexandreDosSantos/machado-de-assis-anlise-da-
obra
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/05/13-de-maio-uma-data-para-
nao-comemorar.html
http://biancadenepote.blogspot.com.br/2013/05/resumo-de-cartomante.html
http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2013/01/a-cartomante.html

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  • 1. CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras Colegiado do Curso de Português/Alemão/Espanhol/Inglês/ LITERATURA BRASILEIRA PROFESSOR PAULO KONZEN ACADÊMICOS: CARINE KAISER LIZANDRA VORPAGEL ERICK GEHLEN MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PARANÁ 2015
  • 2. A Cartomante Publicado originalmente na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro em 1884, e posteriormente nos livros “Várias Histórias” e “Contos – Uma Antologia”, “A Cartomante” foi uma criação do expoente e precursor do período literário Realista no Brasil, Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de Assis. O enredo é o clássico triângulo amoroso, personificado por Rita e Vilela, e o amante – e amigo de infância de Vilela – Camilo. Após Vilela reencontrar o amigo Camilo e apresentar-lhe a esposa, este passa a ter encontros românticos com Rita. No desenrolar da trama, Camilo passa a receber bilhetes anônimos que o acusam de adúltero. Rita por sua vez, não segura dos sentimentos que Camilo tem por si, passa a visitar uma cartomante. Próximo ao final, Camilo recebe uma carta de Vilela que o pede para ir até a sua casa
  • 3. com urgência, de motivo não explicitado. Muito apreensivo por não ter certeza, mas desconfiado da razão do bilhete Camilo se dirige a casa do amigo, porém no caminho para na mesma cartomante que Rita visitava e após a mesma ler as cartas segue com sua fé restaurada. No entanto, apesar de tanto o personagem quanto o leitor terem suas esperanças renovadas, nos deparamos com um fim trágico: ao chegar à casa do amigo de infância, Camilo encontra sua amante morta e tem o mesmo destino, sendo baleado e morto por Vilela. Para Vaz (2008), “A Cartomante” é baseado totalmente na trama. Viver é ler o mundo existindo, e a ficção, parece nos segredar este pequeno conto, entra nesse existir na medida em que é capaz de revelar, demonstrar coisas que parecem óbvias depois de reveladas. “Esse é o jogo – o conto.” Machado de Assis, vale-se da ironia logo nas suas primeiras palavras, “Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”, ao intertextualizar com a famosa tragédia Hamlet, o Príncipe da Dinamarca de Willian Shakespeare., espera o leitor a anunciação de uma tragédia mas, o decorrer da fala passa a ser prosaica. Rita conta ao amante que foi a uma cartomante buscando esclarecer se este o amava. Segundo Vaz (2008), a cena “aponta para a gravidade, para o mistério, para o destino trágico, e, em seguida, deságua no prosaico.” Ainda, o riso de Camilo ao receber a informação nos revela a sua negação a fé. Com base em outra análise, Weiss (2014, p.2), evidencia que o texto nos mostra a fragilidade de Camilo pela falta de fé adotando uma postura incrédula diante do destino, já Rita, em contraponto, tem a satisfação emocional proporcionada pela fé. Ainda, Camilo é visto como um homem fraco, que não tem as rédeas da sua própria vida, “Camilo entrou no funcionalismo, contra a vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo preferiu não ser nada, até que a mãe arranjou um emprego público” (ASSIS, 1994).
  • 4. Ainda, para Weiss (2014, p.1) o narrador nos mostra Rita com uma visão negativa “dama formosa e tonta”, assim como, a compara com uma serpente. A imagem de ambos os personagens é de baixa consistência moral e mesmo intelectual existencial dos dois. Vaz, em sua análise, enfatiza o fato do narrador machadiano ser reservado em afirmações categóricas utilizando-se de ambiguidade, o que de fato, ao explicitar Rita não ocorreu. Segundo Marques (2010, p. 9) “Machado de Assis, nesse sentido, é um escritor que traz em sua escrita, temas que são universais e inerentes à natureza humana” REFERÊNCIAS http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=2551 https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2193 ASSIS,Machado de.ObraCompleta.Riode Janeiro:NovaAguilar1994. v. II. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/ 2010_unicentro_port_artigo_liliane_cordeiro_marques.pdf IMAGENS https://www.youtube.com/watch?v=BlAI4siTims http://pt.slideshare.net/JosAlexandreDosSantos/machado-de-assis-anlise-da- obra http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/05/13-de-maio-uma-data-para- nao-comemorar.html http://biancadenepote.blogspot.com.br/2013/05/resumo-de-cartomante.html http://eduardoschloesser.blogspot.com.br/2013/01/a-cartomante.html