2. A EXPANSÃO DO TERRITÓRIO E AS MIGRAÇÕES
• A descoberta do outro e o desenvolvimento da mineração nas regiões
de Minas, Goiás e Mato Grosso foi responsável por novos fluxos
migratórios durante o século XVIII. Em meados do século XIX e início
do século XX, o fluxo de migrantes se voltou para o trabalho agrícola,
sobretudo na cultura do café.
• Situações degradantes impelem pessoas a buscar melhores
condições de vida. Ao longo da história, os interesses da produção
incentivaram o fenômeno das migrações, que se tornaram fluxos de
mão de obra para atender ás exigências do mercado.
• Esse intenso deslocamento populacional, por sua vez, resultou na
apropriação do território brasileiro.
3. PRIMEIRAS MIGRAÇÕES PARA O INTERIOR
• As atividades econômicas desenvolvidas na América
portuguesa provocaram o deslocamento de milhares de
pessoas para os principais centros produtores. Entre essas
atividades, sem dúvida, a mineração foi a que atraiu o maior
número de pessoas para o interior da colônia.
• Essa atividade também absorveu milhares de escravizados
assim como inúmeros comerciantes, padres, artesãos e outros
trabalhadores livres. Esses fluxos migratórios eram, de certa
forma, controlados pela Coroa portuguesa, que detinha,
inclusive, a propriedade das estradas que permitiam o acesso
ás regiões produtoras.
4. OS IMIGRANTES E A OCUPAÇÃO DO BRASIL
MERIDIONAL
• O sul continuava sendo uma região vulnerável, alvo da cobiça
dos vizinhos platinos, para atrair imigrantes e garantir a posse
daquela região, o governo imperial passou a incentivar a
implantação de núcleos de colonos imigrantes nas províncias
do Rio Grande do sul e de Santa Catarina. A partir disso,
imigrantes alemães, italianos e eslavos vieram para o Brasil e
fundaram dezenas de núcleos urbanos, circundados por
pequenas propriedades policulturas.
• As terras devolutas situadas nos planaltos do Rio Grande do
Sul foram destinadas aos imigrantes italianos.
5. OS IMIGRANTES E A SUBSTITUIÇÃO DA MÃO DE
OBRA ESCRAVA
• Na segunda metade do século XIX, a imigração para o Brasil
viveu uma nova fase, incentivado pelo governo e patrocinado
pelos senhores do café, esse fluxo migratório teve a finalidade
de substituir o braço escravo nas lavouras cafeeiras,
principalmente as do próspero oeste paulista.
• Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós decretou o fim do tráfico
negreiro, sinalizando a proximidade do fim da escravidão no
país. A promulgação dessa lei animou os projetos e as
iniciativas imigracionistas.
• Com o imigrantes vieram o sotaque, a culinária e outros
elementos e outros elementos da cultura ítalo-paulistana
6. A IMIGRAÇÃO NO SÉCULO XX
• A situação dos imigrantes no Brasil foi amplamente divulgada na
imprensa internacional, o que resultou na dificuldade de atração de
mão de obra para o país.
• Os japoneses formaram o último grande contingente de imigrantes
para o Brasil. Em 1934, entrou em vigor no país a Lei de Cotas de
imigração, estabelecendo, para cada nacionalidade, uma cota anual
para imigração da até 2% do total que houvesse entrado no país nos
últimos 50 anos. Completamente em 1938, essa nova legislação
estabelecia que 80% dos imigrantes deveriam ser agricultores
• Essa lei foi decretada durante o governo de Getúlio Vargas, em um
período de acelerado crescimento industrial do Brasil, revelando uma
estratégia de nacionalização da mão de obra fabril.
7. DENSIDADE ECONÔMICAS E DESLOCAMENTO
NO SÉCULO XX
• No final do século XIX, a borracha passou a ser usada em larga
escala. Desde 1839, o americano Charles Goodyear, deixando o
produto final mais resistente ás mudanças de temperatura, Com o
impulso dessa produção, a migração se orientou do Nordeste para
áreas pouco povoadas da Amazonas.
• Nas primeiras décadas do século XX, porém, a economia regional
amazônica entrou em crise. Abertura de ferrovias, principalmente no
estado de São Paulo, facilitou o povoamento do interior.
• As migrações internas seguiram basicamente duas vertentes: para as
fronteiras agrícolas e para o Sudeste. As migrações inter -regionais
(entre regiões) predominavam nesse período
8. A INTERIORIZAÇÃO DE CRESCIMENTO
• Diversas políticas de interiorização do crescimento desde a década de 1940,
atraíram populações para a região central do país, num movimento
conhecido como marcha para o oeste.
• Tal processo de colonização teve o incentivo governamental e de empresas
interessada em atrair contingentes populacionais para seus
empreendimentos, formando as frentes pioneiras, caracterizadas pela
presença de capital na produção.
• A implementação do Plano de integração Nacional e a consequente
construção de diversas rodovias abriram as portas para os deslocamentos
de nordestinos e sulistas para a Região Norte.
• A violência na região também é um problema. Muitos migrantes instalaram-se
como posseiros, causando diversos conflitos com a populações nativas e
indígenas e, ainda, com os defensores desses povos, como padres e
missionários.
9. MIGRAÇÕES INTRARREGIONAIS
• Tendências mais recentes da mobilidade da população no Brasil
apontam para o crescimento das migrações intrarregionais (de
curta distância), dos fluxos urbano-urbano e
intrametropolitanos. Ou seja, muitas pessoas têm migrado de
uma cidade para outra ou de um município para outro, em
busca de trabalho.
10. MIGRAÇÕES TEMPORÁRIAS
• Além das migrações interestaduais e intrarregionais, outros
deslocamentos da população se destacam, entre eles as
migrações sazonais, ou seja, aquelas realizadas
temporariamente em uma determinada época do ano. É o caso
de trabalhadores rurais que se deslocam para trabalhar na
colheita de um produto e retornam após alguns meses, com o
término do trabalho.
• Nas metrópoles brasileiras é muito comum um outro tipo de
migração temporária: as migrações pendulares. Milhões de
trabalhadores se movimentam diariamente entre os municípios
da metrópole, retornando aos seus lares após a jornada de
trabalho
11. VIDA DE IMIGRANTE
• Muitos imigrantes realizaram o sonho de ter uma vida melhor.
Entretanto, não é raro vê-los desempenhando trabalho baçal, não
qualificado, em setores de economia que oferecem as piores
remunerações. Boa parte dessa população se ocupa de trabalhos
domésticos ou vive do comércio informal, com oferta irregular de
serviço e sem respeito aos direitos trabalhistas. O desemprego e o
subemprego são comuns entre os migrantes, que, mesmo fugindo da
miséria de sua terra natal, continuam vivendo em situação de pobreza
e de exclusão social. Apesar das contribuições dos migrantes á
economia, muitas vezes eles são discriminados.
• A migração teve seus pontos positivos e também seus pontos
negativos.
12. PONTOS POSITIVOS DA MIGRAÇÃO PONTOS NEGATIVOS DA MIGRAÇÃO
Possibilitar a melhoria das condições de vida ou a
fuga de situações de opressão
Criaram condições para o enriquecimento cultural
Costumes
Sotaques
Comidas
A distância do lugar de origem
O desenraizamento cultural
Exclusão social
A rejeição e a dificuldade de inserção no lugar de
chegada
• Apesar das contribuições dos migrantes á economia,
muitas vezes eles são descriminados