Apresentação realizada no "Seminário Acidentes de Trânsito no Município do Rio de Janeiro", promovido pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SMSDC-RJ), em setembro de 2012
4 dossiê trânsito 2012 - cálculo do índice de severidade dos acidentes de t...
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da CET-Rio
1. O que faz as cidades seguras
para pedestres e ciclistas?
Alguns conceitos
Erros
e
Boas práticas
Henrique M. Torres – CET-Rio, setembro / 2012
2.
3. Os 3 + ... ‘Es’ da segurança do trânsito
• Educação
• Engenharia
E+E : educação dos engenheiros
• Esforço legal
• Encorajamento
• Exposição ao risco
• Evaluation (avaliação)
• Environment (ambiente urbano)
• Economia
• Equidade social
• Emergência
4. As cidades das pessoas
• No princípio (durante uns 7000 anos), as
cidades pertenciam às pessoas, mas então...
• ... surgiu o automóvel, e as pessoas foram
reduzidas a “pedestres” e confinadas às
calçadas para dar espaço aos carros
11. Risco
R=P.M
• R = Risco
• P = probabilidade do evento
• M = magnitude do evento
12. Economia
• Influência sobre o comportamento
• Cada deslocamento tem um fator de risco em
função do motivo, do horário, do custo do
tempo
13. Equidade
• Pedestres e ciclistas são os mais vulneráveis,
portanto seus riscos não são comparáveis com os
que estão mais protegidos
• Responsabilidades têm de ser ponderadas conforme
o risco que cada um representa para os outros
• O erro do motorista é pago com uma multa, o do
pedestre ou ciclista com a própria vida
15. O termostato de risco
Poe so
r pnã a
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16. A “responsabilidade estrita”
Strict liability
“In the present state of motor traffic, I am persuaded that
any civilized system of law should require, as a matter of
principle, that the person who uses this dangerous
instrument on the roads – dealing death and destruction all
round – should be liable to make compensation to anyone
who is killed or injured in consequence of the use of it. There
should be liability without proof of fault. To require an injured
person to prove fault results in the gravest injustice to many
innocent persons who have not the wherewithal to prove it.”
Lord Denning (1982)
18. A velocidade é o maior fator de risco
para os pedestres
Percentual
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20. A visão zero
• Não é ético considerar a vida e a saúde humana
negociáveis
• Os erros acontecem; o essencial é evitar que eles tenham
conseqüências fatais
• Culpa versus Responsabilidade
• No tráfego em que diferentes tipos de usuários, como
pedestres e carros, estão misturados, e onde as colisões
são possíveis, as velocidades não devem exceder 30 km/h.
Em áreas onde os veículos cruzam em interseções e as
colisões são possíveis, a velocidade não deve exceder 50
km/h. Em rodovias com duas faixas onde os movimentos
em direções opostas não são separados, o limite seria de
70 km/h
21. Os erros de engenharia
“Perigoso pelo projeto”
47. Concluindo
• “Você pode fazer uma cidade que seja boa para as
pessoas OU para os automóveis”. (E. Peñalosa)
Uma cidade boa para os ciclistas tem de ser boa para
os pedestres.
• Todos os fatores (‘Es’) devem apontar para garantir a
segurança e a qualidade de vida no trânsito
48. Os automóveis costumam ser convenientemente rotulados de
vilões e responsabilizados pelos males das cidades e pelos
insucessos e pela inutilidade do planejamento urbano. Mas os
efeitos nocivos dos automóveis são menos a causa do que um
sintoma da nossa incompetência no desenvolvimento urbano.
Claro que os planejadores, inclusive os engenheiros de tráfego,
que dispõem de fabulosas somas em dinheiro e poderes
ilimitados, não conseguem compatibilizar automóveis e cidades.
Eles não sabem o que fazer com os automóveis nas cidades
porque não têm a mínima idéia de como projetar cidades
funcionais e saudáveis - com ou sem automóveis.
49. As necessidades dos automóveis são mais facilmente
compreendidas e satisfeitas do que as complexas
necessidades das cidades, e um número crescente de
urbanistas e projetistas acabou acreditando que, se
conseguirem solucionar os problemas de trânsito, terão
solucionado o maior problema das cidades. As cidades
apresentam preocupações econômicas e sociais muito mais
complicadas do que o trânsito de automóveis. Como saber
que solução dar ao trânsito antes de saber como funciona a
própria cidade e de que ela mais necessita nas ruas? È
impossível.
Jane Jacobs, 1960