SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 87
AIDSAIDS
“Epidemia de uma retrovirose
caracterizada por imunossupressão
intensa associada a infecções
oportunistas, neoplasias
secundárias e manifestações
neurológicas, que se tornou
conhecida como AIDS” (Robbins, S.L.)
EPIDEMIOLOGIA
Epidemiologia
• 1981 (Los Angeles / Nova York – EUA) = detecção
 Pneumonia por Pneumocystis carinii e sarcoma
de Kaposi em homens jovens previamente
sadios, com práticas que permitiam contato
com sangue ou sêmen
 Pneumonia por Pneumocystis carinii = se
restringiam a atingir pessoas
imunocomprometidas pela idade avançada,
com doenças malignas ou em terapia
imunossupressora
 Sarcoma de Kaposi = indivíduos idosos, de
origem judaica ou mediterrâneas, endêmico em
certas regiões da áfrica
Epidemiologia
http://www.unaids.org/wad2004/epi_graphics.html Em 05/06/2005
Global summary of the HIV and AIDS epidemic,
December 2004
Number of people living with HIV in 2004 Total 39.4 million
Adults 37.2 million
Women 17.6 million
Children under 15 years 2.2 million
People newly infected with HIV in 2004 Total 4.9 million
AIDS deaths in 2004 Total 3.1 million
Epidemiologia
•363.364 mil casos de aids (1980 – 2004).
Brasil:
• ≅ 7.227 (1980 a 2004)
Goiás:
http://www.aids.gov.br/tabnet_aids.htm Em 05/06/2005
 Desde 1996, a epidemia vem crescendo em média
20 mil novos casos por ano. O que revela uma
estabilização no número de novos casos.
 A tendência de aumento em todas as regiões
geográficas.
 Em 2003 um total de 32.247 casos novos com uma
taxa de 18,2 casos por 100 mil habitantes.
 A tendência à estabilização da incidência da
doença é observada apenas entre os homens (2003:
22,6/100 mil; 1998: 26,3/100 mil).
Epidemiologia - Brasil
http://www.aids.gov.br
 Crescimento da incidência em mulheres (2003: 14,0
casos por 100 mil mulheres)
 Principal via transmissão nos homens é a sexual =
58%
 Principal via transmissão nas mulheres é a sexual =
86,2%
 Outras vias de transmissão : transfusão de sangue,
materno-infantil ou ignoradas pelos pacientes
 Crescente incidência na faixa etária de 13 a 19 anos,
sexo feminino = atividade sexual precoce
Epidemiologia - Brasil
http://www.aids.gov.br
 Os casos masculinos devido à transmissão pelo uso
de drogas injetáveis continuam a decrescer, os casos
devido a transmissão homo/bissexual mantiveram-se
estabilizados em cerca de 26%, e aqueles casos
devido a transmissão heterossexual continuam com
tendência crescente.
http://www.aids.gov.br/tabnet_aids.htm Em 05/06/2005
Epidemiologia - Brasil
 Interiorização;
 Heterossexuais, com expressiva
participação de mulheres
 Pauperização;
 Aumento do tempo de sobrevida.
Epidemiologia – Brasil
Tendências
QUEM NÃO SABE O QUE
PROCURA, NÃO INTERPRETA
O QUE ACHA
 Necessidade de atualização constante dos
profissionais de saúde, CD e sua equipe na
prevenção e tratamento de doenças, bem como na
promoção e manutenção da saúde bucal dos
indivíduos portadores HIV/AIDS.
 Entender, interpretar e incorporar a questão dentro
de um plano de tratamento odontológico de rotina.
 Tratamento odontológico não é mais complexo que
o de qualquer outro paciente portador de
comprometimento clínico.
Competências do CD e equipe
• Garantir o atendimento dentro das normas de biossegurança
preconizadas;
• Estar atento às possíveis manifestações bucais relacionadas à
infecção pelo HIV/aids;
• Orientar e encaminhar o paciente ao serviço de saúde, em caso de
suspeita diagnóstica de infecção pelo HIV/aids;
• Garantir a continuidade dos procedimentos de rotina odontológica;
• Interagir com a equipe multiprofissional;
• Garantir um tratamento digno e humano, mantendo sigilo e
respeitando diferenças comportamentais;
• Manter-se atualizado sobre a epidemia no que diz respeito aos seus
aspectos técnicos, clínicos, éticos e pscicossociais;
• Identificar as suas próprias limitações e trabalhá-las de maneira a
não prejudicar a relação profissional/paciente;
• Incorporar ao seu cotidiano as ações de prevenção e solidariedade
entre os seus principais procedimentos terapêuticos.
ETIOPATOGENIA
Etiologia
 Vírus causadores de
imunodeficiência
 Família: Retroviridae
 Sub-Família: Lentivirinae
 Tipos: HIV-1 e HIV-2 (2 menos
patogênico ?)
http://www.aids.gov.br/assistencia
Robbins
Etiologia
 HIV
 Vírus RNA
 Envelope
glicoprotéico
Etiologia / Fisiopatologia
Retrovírus humano
• Transcrição do RNA feita em sentido contrário
(RNA para DNA) antes que o genoma viral
seja incorporado ao genoma do hospedeiro
e se inicie a replicação viral
• Transcrição dependente da transcriptase reversa
que pode ser inibida pelo AZT (Zidovudine)
Etiologia / Fisiopatologia
Retrovírus humano
• Período de incubação longo, seguido por
doença lenta, progressiva e fatal.
• Tropismo pelo sistema hematopoético e
nervoso (linfócitos T4, macrófagos, micróglia
do SNC e Céls. de Langerhans das mucosas).
• Capacidade de causar imunossupressão.
• Envelope glicoprotéico
(gp 120, gp 41, p 24, p 21)
Etiologia / Fisiopatologia
• Infecta toda célula que
contenha receptor CD4
• Linfócitos T
Etiologia / Fisiopatologia
1. GP 120 + CD4 (reconhecimento) / GP 41
(entrada) = coalescência do envelope viral com receptores
2. Conversão do RNA em DNA antes de entrar no
núcleo da célula humana
3. Transcriptase reversa ( RNAviral DNA)4. Integrase (Genoma hospedeiro)5. Genoma Viral subunidades de HIV
protease
6. Lise celular
TRANSMISSÃO
Principais vias de transmissão
 Contato sexual
 Inoculação parenteral
 Passagem da mãe para o feto:
• In utero: disseminação transplacentária
• durante o parto: canal infectado
• pós parto: leite materno
Principais vias de transmissão
 A infecção pelo HIV não pode ser transmitida
por contatos pessoais casuais em casa, no
local de trabalho ou na escola.
 Profissional de saúde – risco pequeno – 0,3%.
Vulnerabilidade e risco de
infecção
Todos nós somos vulneráveis a
infecção pelo HIV
DIAGNÓSTICO
 testes de detecção de anticorpos;
 testes de detecção de proteínas
virais (antígenos);
 testes de amplificação do genoma
do vírus;
 técnicas de cultura viral.
Diagnóstico laboratorial
 Detectar indiretamente uma infecção por
HIV, através da investigação da presença
de anticorpos anti-HIV;
Testes Sorológicos para HIV
 Anticorpos anti-HIV não podem ser
detectados antes de 4 a 12 semanas
após a infecção inicial;
 Infecções HIV com mais de 6 meses da
contaminação sem detecção de anticorpos
é incomum ;
 Indivíduos contaminados recentemente =
refazer teste dentro de 3 a 6 meses.
Testes Sorológicos para HIV
ELISA (Enzyme Linked Immunosorobent assay)
EIA - ensaio imuno-enzimático (Enzyme Immuno
Assay)
MEIA - ensaio imunoenzimático com
micropartículas (Microparticle Enzyme Immuno
Assay)
Ensaio imunoenzimático com
quimioluminescência.
Triagem :
(para indivíduos assintomáticos, de alto risco)
Testes Sorológicos para HIV
Específicos / De Diagnóstico :
Imunofluorescência indireta
Imunoblot
WESTERN BLOT
Testes de amplificação de ácidos nucléicos
como, (reação em cadeia da polimerase –
PCR)
Amplificação seqüencial de ácidos nucléicos
(Nucleic Acid Sequence Based Amplification,
NASBA)
Doenças indicativas de Aids
Doenças indicativas de Aids
Testes Sorológicos para HIV
• ELISA não-Reagente = teste negativo
• ELISA reagente = teste positivo (deve ser
repetido c/ a mesma amostra)
WESTERN BLOT
IMUNOFLORESCÊNCIA
• ELISA e WB
reagentes
• Repetição ELISA
reagente =
= teste positivo
• ELISA reagente
WB não-reagente
= não infectado
soro conversão
(anamnese / repetição
em 6 meses )
• WB indeterminado
= teste negativo
Principais alterações na função
imunológica
 Linfopenia (perda de células T CD4+)
 Diminuição da função das células T
 Ativação policlonal das células B
(Hipergamaglobulinemia e
imunocomplexos circulantes; incapacidade
de montar uma resposta de anticorpo nova
contra antígeno novo)
 Alteração das funções do monócito e do
macrófago (menor quimitaxia e fagocitose).
Curso natural da infecção
pelo HIV
 Fase aguda inicial
 Fase intermediária crônica
 Fase final ou de crise
Fase aguda inicial
 Resposta de um adulto imunocompetente à
infecção pelo HIV.
 Alto grau de produção do vírus, viremia e
implante generalizado nos tecidos linfóides.
 Infecção inicial prontamente controlada
por resposta imunológica antiviral.
 Sintomas inespecíficos: febre, faringite,
mialgias, erupções cutâneas.
Fase intermediária crônica
 Pode durar vários anos.
 Estágio de relativa contenção do vírus
associado a um período de latência
clínica.
 Paciente assintomático ou apresenta
linfadenopatia generalizada persistente.
 Febre, fadiga refletem início da
descompensação imunológica.
Fase final ou de crise
 Deterioração das defesas do hospedeiro
e doença clínica.
 Febre prolongada (mais de um mês),
fadiga, perda de peso, diarréia.
 Redução do número de céls T.
 Infecções oportunistas graves, neoplasias,
doença neurológica.
ASPECTOS CLÍNICOS
Correlação de complicações com a
contagem de células CD4
< 500/mm3
Síndrome retroviral aguda
200 – 500/mm3
Pneumonias bacterianas
Tuberculose
Herpes zoster
Candidose
Leucoplasia pilosa
Sarcoma de Kaposi
Linfoma
Trombocitopenia
<200/mm3
Pneumonia por P carinii
Herpes simples disseminada
Toxoplasmose
Criptococose
Fúngicas sistêmicas (Histoplasmose)
< 50/mm3
Citomegalovirose disseminada
Micobacteriose atípica disseminada
Doenças oportunistas
 PROTOZOÁRIOS: P. carinii (pneumonia);
toxoplasmose cerebral; Cryptosporidium
(diarréia)
 VÍRUS: citomegalovirose, herpes simples,
herpes zoster, papiloma, leucoplasia pilosa
 FUNGOS: Candidose; Cryptococcus
(meningite)
 BACTÉRIAS: Micobactérias; salmonelose,
eritema linear, GUN/PUN
 NEOPLASIAS: Sarcoma de Kaposi, linfomas,
CA epidermóide
Principais
Manifestações
Bucais da Aids
 10% da população infectada – 1o
sinal
 90% - um tipo de lesão bucal
 Complicações como redução do peso,
desidratação e má nutrição
 Instituição de profilaxia contra infecções
oportunistas
 Importância do CD no diagnóstico precoce
Manifestações bucais
 Enfatizar a importância da saúde dos
tecidos bucais e o impacto da infecção pelo
HIV sobre estes tecidos;
 Fornecer um conhecimento básico para o
diagnóstico e manejo dos problemas bucais
mais comuns associados a AIDS.
Manifestações bucais -
Objetivos
Recomendações gerais
 Todo e qualquer paciente deve receber
orientação quanto ao auto-exame bucal,
higiene bucal, dieta e quanto à necessidade
de se evitar álcool e cigarro.
 Enfatizar as histórias médica e odontológica
associadas ao exame clínico.
 Todo paciente deve ser examinado como um
potencial portador de alguma infecção.
Manifestações bucais
 Candidose
 Infecção pelo herpes simples, herpes
zoster e papiloma.
 Leucoplasia pilosa
 Doença periodontal
 Sarcoma de Kaposi
 Outras neoplasias
• Infecções fúngicas
Candidíase/Candidose
 Epidemiologia: 95% dos pacientes infectados pelo
HIV.
 Incidência, aspecto clínico e diagnóstico:
 Candidíase pseudomembranosa: placas brancas removíveis
 Candidíase eritematosa: placas planas, avermelhadas e
atróficas que acometem mais comumente palato mole ou
duro, mucosa bucal ou a língua. O diagnóstico diferencial
deve incluir língua geográfica e deficiências nutricionais.
 Candidíase hiperplásica: placas brancas não removíveis,
algumas vezes associadas com uma sensação de ardência,
que pode ser encontrada em qualquer superfície mucosa. O
diagnóstico diferencial deve incluir leucoplasia pilosa.
 Queilite angular: fissuras irradiadas do canto da boca.
Manifestações bucais da AIDS
CANDIDOSE
Tratamento
 O manejo está na dependência da contagem dos linfócitos T
(CD4+) e na resistência dos organismos a medicação.
 A primeira escolha - terapia tópica bucal: pastilha de nistatina
ou mesmo em creme vaginal. Mais útil quando a contagem
das células CD4+ for maior do que 150/mm3
.
 Em casos de resistência a droga: itraconazol, ou, amfotericina
intravenosa
 O tratamento deve continuar até 2 a 3 dias após a remissão
dos sinais clínicos.
 Pacientes portadores de próteses devem ser instruídos quanto
à higienização das mesmas.
 Bochechos com água oxigenada a 10 volumes, gluconato de
clorexidina a 0,12% são anti-sépticos utilizados com suporte
terapêutico.
CANDIDOSES
PSEUDOMEMBRANOSA
ERITEMATOSA
OBS.: QUEILITE ANGULAR
Local: MICONAZOL/NISTATINA
Pseudomembrana + Higienização de Próteses
Suporte: H2O2 (10 vol), Listerine ou Gluconato
de Clorexidine 0,12%
Sistêmico: CETOCONAZOL 200mg (7 a 10 d)
FLUCONAZOL 50 a 100mg (150mg
dose única/semana – 3 a 6 meses)
• Infecções virais
HERPES SIMPLES
Diagnóstico Clínico
Citologia Esfoliativa e Biópsia
Tratamento: ACICLOVIR 200 a 400 mg
5x/dia
FANCICLOVIR 125 mg 2x/dia
VALACICLOVIR 500mg 2x/dia
Fase ulcerada: Medicação tópica 5 a 6
x/dia
Casos Resistentes: FOSCARNET
(endovenoso)
HERPES ZOSTER
 Vírus da varicela-zoster (VZV)
 Primária: varicela (catapora)
 Secundária: latente em ramos sensitivos
 Imunossupressão:Neoplasias, medicamentosa,
irradiação, transplantados ou trauma local
 Sinais e Sintomas: dor, parestesia local
Vesículas, Pústulas e Úlceras, Nevralgia pós-
herpéticas ou paralisia motora
Diagnóstico clínico-laboratorial
ACICLOVIR(oral) 400mg/5xdia/10dias
(Endovenosa) 10mg/Kg/dia/10dias
VALACICLOVIR 1g/3xdia/7 dias
FAMCICLOVIR 500mg/3xdia/7 dias
Terapia de Suporte
Manifestações bucais da AIDS
LEUCOPLASIA PILOSA
LEUCOPLASIA PILOSA
 Epstein-Barr vírus
 Imunossupressão na fase assintomática
 Sinal patognomônico de desenvolvimento da
doença
 Lesões brancas não raspáveis, com superfície
irregular com hiperqueratose tipicamente
encontrada no bordo lateral da língua.
 Diagnóstico clínico, biópsia (EBV)
 Assintomática
 Antiviral só tem efeito durante o uso
 Tratamento: Controle clínico e Antimicótico
LEUCOPLASIA
PILOSA
LEUCOPLASIA
PILOSA
Manifestações bucais da AIDS
•Histopatologia da língua com leucoplasia
Células vacuolizadas
Imunofluorescência positiva
em células vacuolizadas
(anti vírus Epstein-Barr - EBV)
Língua Pilosa
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DA
REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL
Leucoplasia pilosa (Epstein-Barr /HIV)
PAPILOMA
 Papiloma vírus humano (HPV)
 Lesões verrucóides, pediculadas ou
sésseis
 Diagnóstico Clínico-laboratorial
 Tratamento: Excisão cirúrgica
PAPILOMAPAPILOMA
• Infecções bacterianas
INFECÇÕES BACTERIANAS
 Doença periodontal:
Periodontite marginal crônica
Periodontite ulcerativa necrotizante
Eritema linear gengival
 Lesões ulceradas
 CD4 < 200
Raspagem e Polimento Corono-radicular
Irrigação com Povidine-iodine 10%
(Bacteremia)
Metronidazol
Amoxicilina com Clavulanato de Potássio
(Clavulin®)
Controle de Higiene Bucal + Gluconato de
Clorexidine 0,12%
Úlceras aftosas recorrentes
 Estresse, alimentos ácidos e o traumatismo
de barreira epitelial.
 As úlceras podem ser mais severas e
prolongadas em pacientes HIV positivos.
 Variáveis em tamanho.
 Úlceras recobertas por uma
pseudomembrana e circundadas por um
halo eritematoso.
 Úlceras maiores - dificuldade para fala e
deglutição.
Úlceras aftosas recorrentes
 Diagnóstico clínico
 Diagnóstico diferencial com herpes simples
e citomegalovírus.
 Tratamento:
• Enxaguatórios bucais ou gel tópico a base de
analgésico e anestésico.
• Corticosteróides tópicos
• Talidomida de uso oral, ou solução de Mile
(tetraciclina, nistatina, hidrocortisona) dada como
bochecho.
Manifestações bucais da AIDS
AFTAS
NEOPLASIAS
 SARCOMA DE KAPOSI
 LINFOMA NÃO-HODKING
 CA EPIDERMÓIDE
Sarcoma de Kaposi
 Neoplasma linfoproliferativo
 Máculas, placas, nódulos, ou, úlceras que
podem ser azuladas, amarronzadas ou
avermelhadas.
 Trato gastrintestinal, palato mole ou duro e
na gengiva.
 Diagnóstico diferencial - linfoma não-Hodgkin
(ulcerativo), angiomatose bacilar e
pigmentação fisiológica.
 Deve ser biopsiado. Diagnóstico da AIDS e
indicativo de imunossupressão severa.
Manifestações bucais da AIDS
SARCOMA DE KAPOSI
Manifestações bucais da AIDS
•Histopatologia de nódulo de S. de Kaposi
Céls. Fusiformes, hemácias, hemossiderina
Sarcoma de Kaposi
• RADIOTERAPIA,
QUIMIOTERAPIA OU
CIRURGIA
LINFOMA NÃO-HODKING
LINFOMA NÃO-HODKINGLINFOMA NÃO-HODKING
BIOPSIA
POLIQUIMIOTERAPI
A
CA EPIDERMÓIDE
Biópsia
Cirugia
Radioterapia
Quimioterapia
Outras condições bucais
 Aumento da glândula parótida - crianças HIV
positivas.
 Xerostomia, ou redução do fluxo salivar promove
cáries dentárias e periodontite. Pode ser causada
pelos medicamentos como zidovudina, didanosina,
foscarnet.
 Lesões relacionadas à tuberculose, sífilis, gonorréia,
molusco contagioso e outras neoplasias.
Manejo
 Cuidado bucal
• Visitas rotineiras ao dentista ( 3 a 6 meses)
• Uso de enxaguatórios bucais antibacterianos (gluconato de
clorexidina a 0,12%, duas vezes ao dia)
• Orientações quanto à higiene bucal, dieta e prevenção
quanto ao fumo e álcool.
 Manejo da dor
• Evitar a má nutrição e o uso inapropriado da medicação
devido a disfagia.
• Enxaguatórios com substâncias analgésicas e anestésicas e
medicações tópicas, antiinflamatórios não esteróides, ou
mesmo, agentes narcóticos em casos de dor aguda ou ainda,
psicotrópicos para casos de dor crônica.
Manejo
 Nutrição
• Antieméticos ou agentes antidiarréia para prevenir ou não
exacerbar a má nutrição.
• Produtos e suplementos nutricionais completos sob orientação
de um nutricionista
 Orientação para o paciente e parentes
• Realizar o exame intrabucal.
• Efeitos colaterais das medicações utilizadas no tratamento da
AIDS: aumento de cárie; xerostomia, descoloração da pele e
mucosa, úlceras bucais e esofagianas, dor de garganta e
parestesia peribucal.
O CD deve ser capaz:
1. Investigar de forma apropriada as histórias médica e
odontológica e realizar um minucioso exame clínico.
2. Realizar procedimentos de prevenção.
3. Reconhecer e tratar problemas bucais mais comuns vistos em
pacientes HIV infectados, e encaminhar quando tratamento
especializado for necessário. Sempre trabalhar em equipe,
consultando médico responsável pelo acompanhamento do
paciente.
4. Aconselhar e orientar os acompanhantes dos pacientes HIV
positivos quanto aos cuidados necessários para o seu bem
estar.
5. Acessar sempre fontes na literatura científica para constante
atualização.
Manifestações Cutâneas
 Dermatite seborréica
 Erupção pápulo prurítica / foliculite
 Erupções virais (Xerodermia [pele seca],
Herpes Zoster, Herpes simples, Molusco
contagioso)
 Tinhas (erupções fúngicas da pele e
das unhas)
 Psoríase
 Hipersensibilidade a drogas
 Impetigo
Dermatite seborréica Foliculite
Tinhas
Eczemas
Sarcoma de Kaposi
Herpes Zoster
Molusco contagioso
LINFOMA
Linfoma histiocitário
altamente diferenciado
AIDS em pediatria
 Período de incubação mais curto
 Retardo mental
 Septicemia por Gram negativas
 Edema crônico da parótida
 Pneumonite intersticial linfocitária – LIP (EBV)
 Aparência dismórfica da face:
Base nasal achatada
Fronte proeminente
Lábios espessos com filtrum triangular
Fenda ocular oblíqua
Implantação baixa das orelhas
Aparência dismórfica da face:
AIDS em pediatria
TRATAMENTO
Inibidores Nucleosídeos da
Transcriptase Reversa : AZT, D4T, 3TC,
DDI, DDC, ABC
Inibidores de Protease :
Saquinavir, Indinavir, Nelfinavir,
Ritonavir e Amprenavir
Inibidores não-Nucleosídeos da TR :
Neviparina, Delaverdina, Efavirenz
Em caso de dúvida, não
negligencie, encaminhe para os
Centros Especializados.
HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS
HOSPITAL ARAÚJO JORGE
CGDB – FO/UFG
DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA E
ESTOMATOLOGIA DA FO/UFG
CENTRAL ODONTOLÓGICA Av.68

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Aids
AidsAids
Aids
 
Vale a pena LER de novo...
Vale a pena LER de novo...Vale a pena LER de novo...
Vale a pena LER de novo...
 
Slides do trabalho vida sem aids
Slides do trabalho vida sem aidsSlides do trabalho vida sem aids
Slides do trabalho vida sem aids
 
HIV/AIDS
HIV/AIDSHIV/AIDS
HIV/AIDS
 
RETROVIRUS HIV
RETROVIRUS HIVRETROVIRUS HIV
RETROVIRUS HIV
 
Apresentação aids
Apresentação aidsApresentação aids
Apresentação aids
 
Aids[1]
Aids[1]Aids[1]
Aids[1]
 
AIDS e HIV
AIDS e HIVAIDS e HIV
AIDS e HIV
 
Imunização
Imunização Imunização
Imunização
 
Aids.2
Aids.2Aids.2
Aids.2
 
Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids)
Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids)Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids)
Síndrome da imunodeficiência adquirida (aids)
 
HIV - AIDS
HIV - AIDSHIV - AIDS
HIV - AIDS
 
HIV/Aids - Abordagem para o aluno de Enfermagem
HIV/Aids - Abordagem para o aluno de EnfermagemHIV/Aids - Abordagem para o aluno de Enfermagem
HIV/Aids - Abordagem para o aluno de Enfermagem
 
Aids na gravidez
Aids na gravidezAids na gravidez
Aids na gravidez
 
Técnicas assépticas e Infecções
Técnicas assépticas e Infecções Técnicas assépticas e Infecções
Técnicas assépticas e Infecções
 
Vacinas
VacinasVacinas
Vacinas
 
Citomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: PatologiaCitomegalovírus: Patologia
Citomegalovírus: Patologia
 
Hiv
HivHiv
Hiv
 
Aids
AidsAids
Aids
 
Hepatite B
Hepatite BHepatite B
Hepatite B
 

Andere mochten auch

Infecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hiv
Infecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hivInfecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hiv
Infecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hivSanzia Marreto
 
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoHIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoAlexandre Naime Barbosa
 
Fisiopatologia e Histórico do HIV
Fisiopatologia e Histórico do HIVFisiopatologia e Histórico do HIV
Fisiopatologia e Histórico do HIVKeily Queiroz
 
Gota artrose slide pronto copia
Gota artrose slide pronto   copiaGota artrose slide pronto   copia
Gota artrose slide pronto copiaMarciane Missio
 
Infecções do Sistema Nervoso Central
Infecções do Sistema Nervoso CentralInfecções do Sistema Nervoso Central
Infecções do Sistema Nervoso Centralmarianagusmao39
 
Resposta Imune & Hiv - Imunologia
Resposta Imune & Hiv - ImunologiaResposta Imune & Hiv - Imunologia
Resposta Imune & Hiv - ImunologiaFisio Unipampa
 
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológA importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológDr. Rafael Higashi
 
HIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicas
HIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicasHIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicas
HIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicasCaioUrsine
 
Projeto AIDS - João Victor
Projeto AIDS - João VictorProjeto AIDS - João Victor
Projeto AIDS - João Victorwodlock
 
Doenças Neurológicas
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Doenças NeurológicasFábio Simões
 

Andere mochten auch (17)

Infecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hiv
Infecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hivInfecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hiv
Infecções não odontogênicas_e_associadas_a o_hiv
 
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoHIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
 
CIEFF-CEULJI/ULBRA-2014-Parte 5
CIEFF-CEULJI/ULBRA-2014-Parte 5CIEFF-CEULJI/ULBRA-2014-Parte 5
CIEFF-CEULJI/ULBRA-2014-Parte 5
 
Fisiopatologia e Histórico do HIV
Fisiopatologia e Histórico do HIVFisiopatologia e Histórico do HIV
Fisiopatologia e Histórico do HIV
 
Infecções do SNC
Infecções do SNCInfecções do SNC
Infecções do SNC
 
Gota artrose slide pronto copia
Gota artrose slide pronto   copiaGota artrose slide pronto   copia
Gota artrose slide pronto copia
 
Líquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidianoLíquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidiano
 
Módulo vii
Módulo viiMódulo vii
Módulo vii
 
Virus
VirusVirus
Virus
 
Infecções do Sistema Nervoso Central
Infecções do Sistema Nervoso CentralInfecções do Sistema Nervoso Central
Infecções do Sistema Nervoso Central
 
Resposta Imune & Hiv - Imunologia
Resposta Imune & Hiv - ImunologiaResposta Imune & Hiv - Imunologia
Resposta Imune & Hiv - Imunologia
 
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológA importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
 
HIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicas
HIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicasHIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicas
HIV/AIDS - Patogênese e alterações morfológicas
 
Projeto AIDS - João Victor
Projeto AIDS - João VictorProjeto AIDS - João Victor
Projeto AIDS - João Victor
 
Doenças Neurológicas
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Doenças Neurológicas
 
Aids
AidsAids
Aids
 
Biologia- Virus
Biologia- VirusBiologia- Virus
Biologia- Virus
 

Ähnlich wie Aula aids 2005 ok

Ähnlich wie Aula aids 2005 ok (20)

HIV
HIVHIV
HIV
 
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
Infecção pelo HIV/aids: uma doença crônica e tratável - 2007
 
Texto de imuno iii
Texto de imuno iiiTexto de imuno iii
Texto de imuno iii
 
Epidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasEpidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosas
 
Hiv aids infeccoes oportunistas 2020
Hiv aids infeccoes oportunistas 2020Hiv aids infeccoes oportunistas 2020
Hiv aids infeccoes oportunistas 2020
 
Sindrome da imunodeficiência
Sindrome da imunodeficiênciaSindrome da imunodeficiência
Sindrome da imunodeficiência
 
Hepatites virais aula 04 junio
Hepatites virais aula 04 junioHepatites virais aula 04 junio
Hepatites virais aula 04 junio
 
7- HIV e aids.pptx
7- HIV e aids.pptx7- HIV e aids.pptx
7- HIV e aids.pptx
 
seminariohivslides-161017165137 (1).pdf
seminariohivslides-161017165137 (1).pdfseminariohivslides-161017165137 (1).pdf
seminariohivslides-161017165137 (1).pdf
 
Resumo tudo sobre AIDS
Resumo tudo sobre AIDSResumo tudo sobre AIDS
Resumo tudo sobre AIDS
 
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DAS ENDEMIAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL 4.pptx
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DAS ENDEMIAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL 4.pptxEPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DAS ENDEMIAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL 4.pptx
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DAS ENDEMIAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL 4.pptx
 
Modulo 1 HIV.pptx
Modulo 1 HIV.pptxModulo 1 HIV.pptx
Modulo 1 HIV.pptx
 
Aids ane (2)
Aids ane (2)Aids ane (2)
Aids ane (2)
 
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptxHEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
HEPATITE A E HEPATITE E- AYRLA.pptx
 
Antivirais
AntiviraisAntivirais
Antivirais
 
viroses
virosesviroses
viroses
 
Hiv/AIDS
Hiv/AIDSHiv/AIDS
Hiv/AIDS
 
www.medicinauninter.blogspot.com
www.medicinauninter.blogspot.comwww.medicinauninter.blogspot.com
www.medicinauninter.blogspot.com
 
Medinter
MedinterMedinter
Medinter
 
www.medicinauninter.blogspot.com
www.medicinauninter.blogspot.comwww.medicinauninter.blogspot.com
www.medicinauninter.blogspot.com
 

Mehr von Eliziario Leitão

Antihistaminicos joiville 2008
Antihistaminicos joiville 2008Antihistaminicos joiville 2008
Antihistaminicos joiville 2008Eliziario Leitão
 
57865503 slide-cinina-e-coagulacao
57865503 slide-cinina-e-coagulacao57865503 slide-cinina-e-coagulacao
57865503 slide-cinina-e-coagulacaoEliziario Leitão
 
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp0140 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01Eliziario Leitão
 
Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02
Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02
Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02Eliziario Leitão
 
Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02
Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02
Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02Eliziario Leitão
 

Mehr von Eliziario Leitão (8)

Candidiase oral
Candidiase oralCandidiase oral
Candidiase oral
 
Antihistaminicos joiville 2008
Antihistaminicos joiville 2008Antihistaminicos joiville 2008
Antihistaminicos joiville 2008
 
Proteínas
 Proteínas Proteínas
Proteínas
 
57865503 slide-cinina-e-coagulacao
57865503 slide-cinina-e-coagulacao57865503 slide-cinina-e-coagulacao
57865503 slide-cinina-e-coagulacao
 
07a inflamacao e_reparo
07a inflamacao e_reparo07a inflamacao e_reparo
07a inflamacao e_reparo
 
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp0140 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
40 laserterapiabucalnotratamentooncolgico-121105075120-phpapp01
 
Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02
Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02
Anatomiaaplicadaaimplantodontia 140401094730-phpapp02
 
Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02
Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02
Trabalhodeperiodontia 141031005708-conversion-gate02
 

Kürzlich hochgeladen

ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfjuliperfumes03
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 

Kürzlich hochgeladen (10)

ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 

Aula aids 2005 ok

  • 2. “Epidemia de uma retrovirose caracterizada por imunossupressão intensa associada a infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas, que se tornou conhecida como AIDS” (Robbins, S.L.)
  • 4. Epidemiologia • 1981 (Los Angeles / Nova York – EUA) = detecção  Pneumonia por Pneumocystis carinii e sarcoma de Kaposi em homens jovens previamente sadios, com práticas que permitiam contato com sangue ou sêmen  Pneumonia por Pneumocystis carinii = se restringiam a atingir pessoas imunocomprometidas pela idade avançada, com doenças malignas ou em terapia imunossupressora  Sarcoma de Kaposi = indivíduos idosos, de origem judaica ou mediterrâneas, endêmico em certas regiões da áfrica
  • 5. Epidemiologia http://www.unaids.org/wad2004/epi_graphics.html Em 05/06/2005 Global summary of the HIV and AIDS epidemic, December 2004 Number of people living with HIV in 2004 Total 39.4 million Adults 37.2 million Women 17.6 million Children under 15 years 2.2 million People newly infected with HIV in 2004 Total 4.9 million AIDS deaths in 2004 Total 3.1 million
  • 6. Epidemiologia •363.364 mil casos de aids (1980 – 2004). Brasil: • ≅ 7.227 (1980 a 2004) Goiás: http://www.aids.gov.br/tabnet_aids.htm Em 05/06/2005
  • 7.
  • 8.
  • 9.  Desde 1996, a epidemia vem crescendo em média 20 mil novos casos por ano. O que revela uma estabilização no número de novos casos.  A tendência de aumento em todas as regiões geográficas.  Em 2003 um total de 32.247 casos novos com uma taxa de 18,2 casos por 100 mil habitantes.  A tendência à estabilização da incidência da doença é observada apenas entre os homens (2003: 22,6/100 mil; 1998: 26,3/100 mil). Epidemiologia - Brasil http://www.aids.gov.br
  • 10.  Crescimento da incidência em mulheres (2003: 14,0 casos por 100 mil mulheres)  Principal via transmissão nos homens é a sexual = 58%  Principal via transmissão nas mulheres é a sexual = 86,2%  Outras vias de transmissão : transfusão de sangue, materno-infantil ou ignoradas pelos pacientes  Crescente incidência na faixa etária de 13 a 19 anos, sexo feminino = atividade sexual precoce Epidemiologia - Brasil http://www.aids.gov.br
  • 11.  Os casos masculinos devido à transmissão pelo uso de drogas injetáveis continuam a decrescer, os casos devido a transmissão homo/bissexual mantiveram-se estabilizados em cerca de 26%, e aqueles casos devido a transmissão heterossexual continuam com tendência crescente. http://www.aids.gov.br/tabnet_aids.htm Em 05/06/2005 Epidemiologia - Brasil
  • 12.  Interiorização;  Heterossexuais, com expressiva participação de mulheres  Pauperização;  Aumento do tempo de sobrevida. Epidemiologia – Brasil Tendências
  • 13. QUEM NÃO SABE O QUE PROCURA, NÃO INTERPRETA O QUE ACHA
  • 14.  Necessidade de atualização constante dos profissionais de saúde, CD e sua equipe na prevenção e tratamento de doenças, bem como na promoção e manutenção da saúde bucal dos indivíduos portadores HIV/AIDS.  Entender, interpretar e incorporar a questão dentro de um plano de tratamento odontológico de rotina.  Tratamento odontológico não é mais complexo que o de qualquer outro paciente portador de comprometimento clínico.
  • 15. Competências do CD e equipe • Garantir o atendimento dentro das normas de biossegurança preconizadas; • Estar atento às possíveis manifestações bucais relacionadas à infecção pelo HIV/aids; • Orientar e encaminhar o paciente ao serviço de saúde, em caso de suspeita diagnóstica de infecção pelo HIV/aids; • Garantir a continuidade dos procedimentos de rotina odontológica; • Interagir com a equipe multiprofissional; • Garantir um tratamento digno e humano, mantendo sigilo e respeitando diferenças comportamentais; • Manter-se atualizado sobre a epidemia no que diz respeito aos seus aspectos técnicos, clínicos, éticos e pscicossociais; • Identificar as suas próprias limitações e trabalhá-las de maneira a não prejudicar a relação profissional/paciente; • Incorporar ao seu cotidiano as ações de prevenção e solidariedade entre os seus principais procedimentos terapêuticos.
  • 17. Etiologia  Vírus causadores de imunodeficiência  Família: Retroviridae  Sub-Família: Lentivirinae  Tipos: HIV-1 e HIV-2 (2 menos patogênico ?) http://www.aids.gov.br/assistencia Robbins
  • 18. Etiologia  HIV  Vírus RNA  Envelope glicoprotéico
  • 19. Etiologia / Fisiopatologia Retrovírus humano • Transcrição do RNA feita em sentido contrário (RNA para DNA) antes que o genoma viral seja incorporado ao genoma do hospedeiro e se inicie a replicação viral • Transcrição dependente da transcriptase reversa que pode ser inibida pelo AZT (Zidovudine)
  • 20. Etiologia / Fisiopatologia Retrovírus humano • Período de incubação longo, seguido por doença lenta, progressiva e fatal. • Tropismo pelo sistema hematopoético e nervoso (linfócitos T4, macrófagos, micróglia do SNC e Céls. de Langerhans das mucosas). • Capacidade de causar imunossupressão.
  • 21. • Envelope glicoprotéico (gp 120, gp 41, p 24, p 21) Etiologia / Fisiopatologia • Infecta toda célula que contenha receptor CD4 • Linfócitos T
  • 22. Etiologia / Fisiopatologia 1. GP 120 + CD4 (reconhecimento) / GP 41 (entrada) = coalescência do envelope viral com receptores 2. Conversão do RNA em DNA antes de entrar no núcleo da célula humana 3. Transcriptase reversa ( RNAviral DNA)4. Integrase (Genoma hospedeiro)5. Genoma Viral subunidades de HIV protease 6. Lise celular
  • 24. Principais vias de transmissão  Contato sexual  Inoculação parenteral  Passagem da mãe para o feto: • In utero: disseminação transplacentária • durante o parto: canal infectado • pós parto: leite materno
  • 25. Principais vias de transmissão  A infecção pelo HIV não pode ser transmitida por contatos pessoais casuais em casa, no local de trabalho ou na escola.  Profissional de saúde – risco pequeno – 0,3%.
  • 26. Vulnerabilidade e risco de infecção Todos nós somos vulneráveis a infecção pelo HIV
  • 28.  testes de detecção de anticorpos;  testes de detecção de proteínas virais (antígenos);  testes de amplificação do genoma do vírus;  técnicas de cultura viral. Diagnóstico laboratorial
  • 29.  Detectar indiretamente uma infecção por HIV, através da investigação da presença de anticorpos anti-HIV; Testes Sorológicos para HIV  Anticorpos anti-HIV não podem ser detectados antes de 4 a 12 semanas após a infecção inicial;  Infecções HIV com mais de 6 meses da contaminação sem detecção de anticorpos é incomum ;  Indivíduos contaminados recentemente = refazer teste dentro de 3 a 6 meses.
  • 30. Testes Sorológicos para HIV ELISA (Enzyme Linked Immunosorobent assay) EIA - ensaio imuno-enzimático (Enzyme Immuno Assay) MEIA - ensaio imunoenzimático com micropartículas (Microparticle Enzyme Immuno Assay) Ensaio imunoenzimático com quimioluminescência. Triagem : (para indivíduos assintomáticos, de alto risco)
  • 31. Testes Sorológicos para HIV Específicos / De Diagnóstico : Imunofluorescência indireta Imunoblot WESTERN BLOT Testes de amplificação de ácidos nucléicos como, (reação em cadeia da polimerase – PCR) Amplificação seqüencial de ácidos nucléicos (Nucleic Acid Sequence Based Amplification, NASBA)
  • 32.
  • 35. Testes Sorológicos para HIV • ELISA não-Reagente = teste negativo • ELISA reagente = teste positivo (deve ser repetido c/ a mesma amostra) WESTERN BLOT IMUNOFLORESCÊNCIA • ELISA e WB reagentes • Repetição ELISA reagente = = teste positivo • ELISA reagente WB não-reagente = não infectado soro conversão (anamnese / repetição em 6 meses ) • WB indeterminado = teste negativo
  • 36. Principais alterações na função imunológica  Linfopenia (perda de células T CD4+)  Diminuição da função das células T  Ativação policlonal das células B (Hipergamaglobulinemia e imunocomplexos circulantes; incapacidade de montar uma resposta de anticorpo nova contra antígeno novo)  Alteração das funções do monócito e do macrófago (menor quimitaxia e fagocitose).
  • 37. Curso natural da infecção pelo HIV  Fase aguda inicial  Fase intermediária crônica  Fase final ou de crise
  • 38. Fase aguda inicial  Resposta de um adulto imunocompetente à infecção pelo HIV.  Alto grau de produção do vírus, viremia e implante generalizado nos tecidos linfóides.  Infecção inicial prontamente controlada por resposta imunológica antiviral.  Sintomas inespecíficos: febre, faringite, mialgias, erupções cutâneas.
  • 39. Fase intermediária crônica  Pode durar vários anos.  Estágio de relativa contenção do vírus associado a um período de latência clínica.  Paciente assintomático ou apresenta linfadenopatia generalizada persistente.  Febre, fadiga refletem início da descompensação imunológica.
  • 40. Fase final ou de crise  Deterioração das defesas do hospedeiro e doença clínica.  Febre prolongada (mais de um mês), fadiga, perda de peso, diarréia.  Redução do número de céls T.  Infecções oportunistas graves, neoplasias, doença neurológica.
  • 41.
  • 43. Correlação de complicações com a contagem de células CD4 < 500/mm3 Síndrome retroviral aguda 200 – 500/mm3 Pneumonias bacterianas Tuberculose Herpes zoster Candidose Leucoplasia pilosa Sarcoma de Kaposi Linfoma Trombocitopenia <200/mm3 Pneumonia por P carinii Herpes simples disseminada Toxoplasmose Criptococose Fúngicas sistêmicas (Histoplasmose) < 50/mm3 Citomegalovirose disseminada Micobacteriose atípica disseminada
  • 44. Doenças oportunistas  PROTOZOÁRIOS: P. carinii (pneumonia); toxoplasmose cerebral; Cryptosporidium (diarréia)  VÍRUS: citomegalovirose, herpes simples, herpes zoster, papiloma, leucoplasia pilosa  FUNGOS: Candidose; Cryptococcus (meningite)  BACTÉRIAS: Micobactérias; salmonelose, eritema linear, GUN/PUN  NEOPLASIAS: Sarcoma de Kaposi, linfomas, CA epidermóide
  • 46.  10% da população infectada – 1o sinal  90% - um tipo de lesão bucal  Complicações como redução do peso, desidratação e má nutrição  Instituição de profilaxia contra infecções oportunistas  Importância do CD no diagnóstico precoce Manifestações bucais
  • 47.  Enfatizar a importância da saúde dos tecidos bucais e o impacto da infecção pelo HIV sobre estes tecidos;  Fornecer um conhecimento básico para o diagnóstico e manejo dos problemas bucais mais comuns associados a AIDS. Manifestações bucais - Objetivos
  • 48. Recomendações gerais  Todo e qualquer paciente deve receber orientação quanto ao auto-exame bucal, higiene bucal, dieta e quanto à necessidade de se evitar álcool e cigarro.  Enfatizar as histórias médica e odontológica associadas ao exame clínico.  Todo paciente deve ser examinado como um potencial portador de alguma infecção.
  • 49. Manifestações bucais  Candidose  Infecção pelo herpes simples, herpes zoster e papiloma.  Leucoplasia pilosa  Doença periodontal  Sarcoma de Kaposi  Outras neoplasias
  • 51. Candidíase/Candidose  Epidemiologia: 95% dos pacientes infectados pelo HIV.  Incidência, aspecto clínico e diagnóstico:  Candidíase pseudomembranosa: placas brancas removíveis  Candidíase eritematosa: placas planas, avermelhadas e atróficas que acometem mais comumente palato mole ou duro, mucosa bucal ou a língua. O diagnóstico diferencial deve incluir língua geográfica e deficiências nutricionais.  Candidíase hiperplásica: placas brancas não removíveis, algumas vezes associadas com uma sensação de ardência, que pode ser encontrada em qualquer superfície mucosa. O diagnóstico diferencial deve incluir leucoplasia pilosa.  Queilite angular: fissuras irradiadas do canto da boca.
  • 52. Manifestações bucais da AIDS CANDIDOSE
  • 53. Tratamento  O manejo está na dependência da contagem dos linfócitos T (CD4+) e na resistência dos organismos a medicação.  A primeira escolha - terapia tópica bucal: pastilha de nistatina ou mesmo em creme vaginal. Mais útil quando a contagem das células CD4+ for maior do que 150/mm3 .  Em casos de resistência a droga: itraconazol, ou, amfotericina intravenosa  O tratamento deve continuar até 2 a 3 dias após a remissão dos sinais clínicos.  Pacientes portadores de próteses devem ser instruídos quanto à higienização das mesmas.  Bochechos com água oxigenada a 10 volumes, gluconato de clorexidina a 0,12% são anti-sépticos utilizados com suporte terapêutico.
  • 54. CANDIDOSES PSEUDOMEMBRANOSA ERITEMATOSA OBS.: QUEILITE ANGULAR Local: MICONAZOL/NISTATINA Pseudomembrana + Higienização de Próteses Suporte: H2O2 (10 vol), Listerine ou Gluconato de Clorexidine 0,12% Sistêmico: CETOCONAZOL 200mg (7 a 10 d) FLUCONAZOL 50 a 100mg (150mg dose única/semana – 3 a 6 meses)
  • 56. HERPES SIMPLES Diagnóstico Clínico Citologia Esfoliativa e Biópsia Tratamento: ACICLOVIR 200 a 400 mg 5x/dia FANCICLOVIR 125 mg 2x/dia VALACICLOVIR 500mg 2x/dia Fase ulcerada: Medicação tópica 5 a 6 x/dia Casos Resistentes: FOSCARNET (endovenoso)
  • 57. HERPES ZOSTER  Vírus da varicela-zoster (VZV)  Primária: varicela (catapora)  Secundária: latente em ramos sensitivos  Imunossupressão:Neoplasias, medicamentosa, irradiação, transplantados ou trauma local  Sinais e Sintomas: dor, parestesia local Vesículas, Pústulas e Úlceras, Nevralgia pós- herpéticas ou paralisia motora Diagnóstico clínico-laboratorial ACICLOVIR(oral) 400mg/5xdia/10dias (Endovenosa) 10mg/Kg/dia/10dias VALACICLOVIR 1g/3xdia/7 dias FAMCICLOVIR 500mg/3xdia/7 dias Terapia de Suporte
  • 58. Manifestações bucais da AIDS LEUCOPLASIA PILOSA
  • 59. LEUCOPLASIA PILOSA  Epstein-Barr vírus  Imunossupressão na fase assintomática  Sinal patognomônico de desenvolvimento da doença  Lesões brancas não raspáveis, com superfície irregular com hiperqueratose tipicamente encontrada no bordo lateral da língua.  Diagnóstico clínico, biópsia (EBV)  Assintomática  Antiviral só tem efeito durante o uso  Tratamento: Controle clínico e Antimicótico LEUCOPLASIA PILOSA LEUCOPLASIA PILOSA
  • 60. Manifestações bucais da AIDS •Histopatologia da língua com leucoplasia Células vacuolizadas Imunofluorescência positiva em células vacuolizadas (anti vírus Epstein-Barr - EBV)
  • 61. Língua Pilosa ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL Leucoplasia pilosa (Epstein-Barr /HIV)
  • 62. PAPILOMA  Papiloma vírus humano (HPV)  Lesões verrucóides, pediculadas ou sésseis  Diagnóstico Clínico-laboratorial  Tratamento: Excisão cirúrgica PAPILOMAPAPILOMA
  • 64. INFECÇÕES BACTERIANAS  Doença periodontal: Periodontite marginal crônica Periodontite ulcerativa necrotizante Eritema linear gengival  Lesões ulceradas  CD4 < 200 Raspagem e Polimento Corono-radicular Irrigação com Povidine-iodine 10% (Bacteremia) Metronidazol Amoxicilina com Clavulanato de Potássio (Clavulin®) Controle de Higiene Bucal + Gluconato de Clorexidine 0,12%
  • 65. Úlceras aftosas recorrentes  Estresse, alimentos ácidos e o traumatismo de barreira epitelial.  As úlceras podem ser mais severas e prolongadas em pacientes HIV positivos.  Variáveis em tamanho.  Úlceras recobertas por uma pseudomembrana e circundadas por um halo eritematoso.  Úlceras maiores - dificuldade para fala e deglutição.
  • 66. Úlceras aftosas recorrentes  Diagnóstico clínico  Diagnóstico diferencial com herpes simples e citomegalovírus.  Tratamento: • Enxaguatórios bucais ou gel tópico a base de analgésico e anestésico. • Corticosteróides tópicos • Talidomida de uso oral, ou solução de Mile (tetraciclina, nistatina, hidrocortisona) dada como bochecho.
  • 68. NEOPLASIAS  SARCOMA DE KAPOSI  LINFOMA NÃO-HODKING  CA EPIDERMÓIDE
  • 69. Sarcoma de Kaposi  Neoplasma linfoproliferativo  Máculas, placas, nódulos, ou, úlceras que podem ser azuladas, amarronzadas ou avermelhadas.  Trato gastrintestinal, palato mole ou duro e na gengiva.  Diagnóstico diferencial - linfoma não-Hodgkin (ulcerativo), angiomatose bacilar e pigmentação fisiológica.  Deve ser biopsiado. Diagnóstico da AIDS e indicativo de imunossupressão severa.
  • 70. Manifestações bucais da AIDS SARCOMA DE KAPOSI
  • 71. Manifestações bucais da AIDS •Histopatologia de nódulo de S. de Kaposi Céls. Fusiformes, hemácias, hemossiderina
  • 72. Sarcoma de Kaposi • RADIOTERAPIA, QUIMIOTERAPIA OU CIRURGIA
  • 73. LINFOMA NÃO-HODKING LINFOMA NÃO-HODKINGLINFOMA NÃO-HODKING BIOPSIA POLIQUIMIOTERAPI A
  • 75. Outras condições bucais  Aumento da glândula parótida - crianças HIV positivas.  Xerostomia, ou redução do fluxo salivar promove cáries dentárias e periodontite. Pode ser causada pelos medicamentos como zidovudina, didanosina, foscarnet.  Lesões relacionadas à tuberculose, sífilis, gonorréia, molusco contagioso e outras neoplasias.
  • 76. Manejo  Cuidado bucal • Visitas rotineiras ao dentista ( 3 a 6 meses) • Uso de enxaguatórios bucais antibacterianos (gluconato de clorexidina a 0,12%, duas vezes ao dia) • Orientações quanto à higiene bucal, dieta e prevenção quanto ao fumo e álcool.  Manejo da dor • Evitar a má nutrição e o uso inapropriado da medicação devido a disfagia. • Enxaguatórios com substâncias analgésicas e anestésicas e medicações tópicas, antiinflamatórios não esteróides, ou mesmo, agentes narcóticos em casos de dor aguda ou ainda, psicotrópicos para casos de dor crônica.
  • 77. Manejo  Nutrição • Antieméticos ou agentes antidiarréia para prevenir ou não exacerbar a má nutrição. • Produtos e suplementos nutricionais completos sob orientação de um nutricionista  Orientação para o paciente e parentes • Realizar o exame intrabucal. • Efeitos colaterais das medicações utilizadas no tratamento da AIDS: aumento de cárie; xerostomia, descoloração da pele e mucosa, úlceras bucais e esofagianas, dor de garganta e parestesia peribucal.
  • 78. O CD deve ser capaz: 1. Investigar de forma apropriada as histórias médica e odontológica e realizar um minucioso exame clínico. 2. Realizar procedimentos de prevenção. 3. Reconhecer e tratar problemas bucais mais comuns vistos em pacientes HIV infectados, e encaminhar quando tratamento especializado for necessário. Sempre trabalhar em equipe, consultando médico responsável pelo acompanhamento do paciente. 4. Aconselhar e orientar os acompanhantes dos pacientes HIV positivos quanto aos cuidados necessários para o seu bem estar. 5. Acessar sempre fontes na literatura científica para constante atualização.
  • 79. Manifestações Cutâneas  Dermatite seborréica  Erupção pápulo prurítica / foliculite  Erupções virais (Xerodermia [pele seca], Herpes Zoster, Herpes simples, Molusco contagioso)  Tinhas (erupções fúngicas da pele e das unhas)  Psoríase  Hipersensibilidade a drogas  Impetigo
  • 84. AIDS em pediatria  Período de incubação mais curto  Retardo mental  Septicemia por Gram negativas  Edema crônico da parótida  Pneumonite intersticial linfocitária – LIP (EBV)  Aparência dismórfica da face: Base nasal achatada Fronte proeminente Lábios espessos com filtrum triangular Fenda ocular oblíqua Implantação baixa das orelhas
  • 85. Aparência dismórfica da face: AIDS em pediatria
  • 86. TRATAMENTO Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa : AZT, D4T, 3TC, DDI, DDC, ABC Inibidores de Protease : Saquinavir, Indinavir, Nelfinavir, Ritonavir e Amprenavir Inibidores não-Nucleosídeos da TR : Neviparina, Delaverdina, Efavirenz
  • 87. Em caso de dúvida, não negligencie, encaminhe para os Centros Especializados. HOSPITAL DE DOENÇAS TROPICAIS HOSPITAL ARAÚJO JORGE CGDB – FO/UFG DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA E ESTOMATOLOGIA DA FO/UFG CENTRAL ODONTOLÓGICA Av.68