O documento discute os conceitos de jornalismo e notícia, e apresenta os critérios de noticiabilidade que determinam se um acontecimento se tornará uma notícia. Estes critérios incluem proximidade, temporalidade, relevância, oportunidade, imprevisibilidade e proeminência dos envolvidos. O documento também descreve os principais gêneros jornalísticos como informativo, opinativo, interpretativo, utilitário e diversional.
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
Oficinas de jornalismo impresso
1. Curso de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo
Oficinas de Produção
em Jornalismo
Prof. Ms. Elizeu N. Silva
Junho de 2012
2. JORNALISMO: Seleciona e hierarquiza acontecimentos com valor de
notícia, visando a difusão dos mesmos. A seleção é a pedra
angular do processo.
NOTÍCIA: “Relato de fatos ou acontecimentos atuais, de interesse e
importância para a comunidade, e capaz de ser compreendido
pelo público”.
“Matéria-prima com que se constrói o jornal” (Celso Kelley).
3. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:
a) Não são rígidos nem universais.
b) Sujeitos à subjetividade na interpretação.
c) Adotados conjuntamente na produção e na difusão da notícia.
d) Dependentes da linha editorial da publicação.
4. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:
PROXIMIDADE: Quanto mais próximo
for o acontecimento, maior chance de
interessar ao público. (Proximidade
geográfica, afetiva, cultural etc.)
9. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:
TEMPORALIDADE: Quanto mais recente o acontecimento, maior
chance de virar notícia. Efemérides e datas
especiais/comemorativas também determinam a noticiabilidade
de acontecimentos.
11. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE:
RELEVÂNCIA/IMPACTO: Quanto maior a intensidade e/ou a
quantidade de pessoas envolvidas e/ou afetadas pelo
acontecimento, ou quanto mais ambíguo, maior a chance de virar
notícia.
14. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE (Cont.):
OPORTUNIDADE: Quando os fatores de temporalidade e
proximidade, entre outros, permitem o acompanhamento do fato
pela mídia.
16. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE (Cont.):
IMPREVISIBILIDADE: Quanto mais surpreendente for um
acontecimento, mais chance terá de se tornar notícia.
17. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE
(Cont.):
PROEMINÊNCIA DOS ENVOLVIDOS
(pessoas ou organizações,
países): Quanto mais importantes
forem os atores envolvidos no
acontecimento, maior a chance
de virar notícia.
18. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE
(Cont.):
CONSONÂNCIA: Quanto mais
agendável for um
acontecimento, quanto mais
corresponder às expectativas e
quanto mais o seu relato se
adaptar ao medium, mais
probabilidades tem de se
tornar notícia.
21. CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE (Cont.):
NEGATIVIDADE: Quanto mais o acontecimento representar uma
contradição com os valores sociais vigentes, maior a chance de
virar notícia. (Usos e gratificações)
22. Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso
GÊNEROS:
a) Informativo
b) Opinativo
c) Interpretativo
d) Utilitário
e) Diversional
23. Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso
GÊNEROS:
a) Informativo: Nota, notícia, reportagem objetiva, entrevista.
“A distinção entre a nota, notícia e a reportagem está exatamente
na progressão dos acontecimentos, sua captação pela instituição
jornalística e acessibilidade de que goza o público. A nota
corresponde ao relato de acontecimentos que estão em processo
de configuração e por isso é mais frequente no rádio e na TV. A
notícia é um relato integral de um fato que já eclodiu no
organismo social. A reportagem é o relato ampliado de um
acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu
alterações que já são percebidas pela instituição jornalística. Por
sua vez, a entrevista é um relato que privilegia um ou mais
protagonistas do acontecer, possibilitando-lhes um contato direto
com a coletividade”. MELO, José Marques; ASSIS, Francisco.
Gêneros Jornalísticos no Brasil. Ed. UMESP, São Bernardo do
Campo, 2010. p. 85
24. Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso
GÊNEROS:
b) Opinativo: Editorial, artigo, resenha ou crítica, coluna,
comentário, crônica, charge e caricatura, cartas (leitor).
“Os gêneros jornalísticos não são estáticos. Ao contrário, possuem
tendência híbrida e dialética. Estão intrinsecamente relacionados
ao movimento da sociedade aliada aos meios de expressão social.
Qualquer alteração nos contextos sociais e nos processos de
difusão da informação pode ocasionar uma mudança nos gêneros
ou possibilitar uma nova nuance a ser considerada”. Idem, p. 107.
25. Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso
GÊNEROS:
c) Interpretativo: Reportagem interpretativa e/ou em
profundidade. Aprofundamento, antecedentes (temporais,
espaciais e do fato), contextualização e humanização (Leandro
e Medina) / Antecedentes, projeção de futuro, prognósticos,
informação íntegra e análise (Luiz Beltrão).
Formatos: análise, perfil, enquete, cronologia.
Para transformar a notícia em uma reportagem interpretativa, usa-se
três direções: a) articular ao fato nuclear outros fatos que o situam num
presente e num espaço conjunturais; b) valorização do humano no fato
jornalístico, conduzindo o relato a um nível de generalização capaz de
encontrar as preocupações do conjunto do público; c) aproximação da
informação jornalística com a informação científica, entendida como um
quadro de referência criteriosamente reconstituído, com suporte em
pesquisa bibliográfica e de arquivo. Idem, p. 111 – com adaptações.
26. Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso
GÊNEROS:
d) Utilitário: Tem como propósito orientar o leitor, oferecendo-lhe
informação útil. Leva ao leitor informações que ele necessita de
imediato ou que pode necessitar em algum momento.
Informações que ajuda-o a tomar suas decisões cotidianas.
Indicador: Cenário econômico, meteorologia, necrologia etc.
Cotação: Variações dos mercados, moedas, produção industrial, agrícola etc.
Roteiro: Dados indispensáveis para consumo de bens simbólicos.
Serviço: Focado nos interesses dos usuários de serviços públicos, bem como
dos consumidores.
27. Gêneros e Formatos no Jornalismo Impresso
GÊNEROS:
e) Diversional: Nem tudo que o jornal publica é notícia. Também
reserva espaço – geralmente pequeno, é verdade – para
conteúdos que não têm a função primordial de informar
acontecimentos, mas, sim, que se apresentam como ofertas de
diversão para o público consumir em momentos de lazer.
(Idem, p. 141).
Formatos: Histórias de Interesse Humano: releitura de um acontecimento a partir
de detalhes que possam suscitar a emoção do leitor. / Histórias coloridas: Descrição
do cenário onde os fatos ocorrem, suas cores e sensações percebidas pelo repórter.
29. “Aperto a mão de
Marius, selamos o
acordo e ele me entrega
Aberturas de reportagem: as chaves. Sou agora
Teoria do Jornalismo >> Felipe Pena proprietário de um Land
Rover Defender TD5
2001. Estou na África
do Sul há apenas uma
semana (novembro
2009) e consigo
comprar o carro para
nossa expedição no
continente. O 4×4 vem
com alguns acessórios
essenciais: tanque
duplo de gasolina de
120 litros, reservatório
de água potável de 35
litros, um sistema
eficiente de duas
baterias e uma gaveta
de alumínio imensa, de
um metro de largura,
que encaixa na traseira
do carro. Tudo isso por
apenas 27 mil reais.”
30.
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34. Bibliografia
LAGE, Nilson. A reportagem. São Paulo, Ed. Record, 2001
__________. Estrutura da notícia. São Paulo, Ed. Ática, 2006
MELO, José Marques; ASSIS, Francisco. Gêneros jornalísticos no Brasil. São
Bernardo do Campo, Ed. UMESP, 2010
PENA, Felipe. Teoria do jornalismo. São Paulo, Ed. Contexto, 2005
RABAÇA, Carlos Guimarães; BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de
comunicação. São Paulo, 5ª edição, Ed. Campus, 2002
Capas e páginas de jornais:
http://www.newseum.org/
www.folhasp.com.br