SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 26
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Teorias da
Comunicação
Prof. Ms. Elizeu N. Silva
Escola de Frankfurt

Em 1922 Felix Weil

promoveu um seminário
sobre estudos sociais na
Universidade de
Frankfurt.

No ano seguinte, em
1923, junta-se a Carl
Conferência sobre marxismo. Frankfurt, 1923

Grünberg para formar um
Instituto para a

Investigação Social.
Escola de Frankfurt

Somente em 1930, sob a direção de Max

Horkheimer, já com o status de
Escola, as linhas de investigação do
Instituto são claramente definidas.

Entretanto, no mesmo ano Horkheimer é
obrigado a deixar a Alemanha devido à
chegada ao poder do Partido Nazista.
O Instituto transfere-se para Genebra e

posteriormente, em 1935, para Nova
York.
Escola de Frankfurt

O objetivo era estudar o impacto da

Primeira Guerra Mundial sobre a
sociedadebem como
europeia,
acompanhar, com reflexões
teóricas, a implantação do
socialismo como forma de
governo e do comunismo
como modelo de
organização social
(Rússia, o ideal marxista da relação dialética entre teoria e práxis.
Realizar 1917).
Escola de Frankfurt

Principais nomes:

Walter Benjamin

• Max Horkheimer

desenvolveu um

• Teodhor W. Adorno

interessante trabalho

• Herbert Marcuse

associando a Teoria

• Erick Fromm

Crítica à produção

• Otto Kirchheimer

artística – tratava-se

• Leo Löwenthal

de um crítico de arte e

• Jürgen Habermas

literário – que

• Franz Neumann

infelizmente ficou

• Walter Benjamin

incompleta.
Escola de Frankfurt

Karl Marx (1818–1883) deu origem à

tese de que a comunicação é uma
categoria abstrata, que precisa ser
compreendida no contexto da
totalidade concreta – determinada, em

última instância, pelo modo de
produção prevalecente na sociedade.
Escola de Frankfurt

Para Marx, a Comunicação surge no momento em que a

cooperação (nos processos produtivos) pode facilitar a
satisfação de suas necessidades, que o trabalho em
conjunto e social
sua divisão
representam uma força
produtiva – o que leva o
homem a viver em
sociedade.
Escola de Frankfurt

A Comunicação surge, portanto, como meio de relação entre

os indivíduos visando a produtividade.
A Comunicação surge primitivamente como mediação do
trabalho, determinando um modelo produtivo baseado na
interdependência e na divisão do trabalho.
Escola de Frankfurt

Os aparatos de Comunicação se

desenvolvem com o avanço das
forças produtivas, como formas de
socialização da consciência do
indivíduo e das coletividades

(desenvolvidas pelo trabalho).
No capitalismo, as pessoas
passam a viver de forma cada vez
mais mediada pelos aparatos

tecnológicos de comunicação de
massa.
Escola de Frankfurt

Novas tecnologias de comunicação surgem justamente para

fazer frente ao desafio de mediar os novos estágios de
relações sociais e de cooperação produtiva.
As pessoas passam a
dispor de mais
conhecimento sobre o
mundo, veiculadas na
forma de informações pela
atividade jornalística.
Escola de Frankfurt
No entanto, o

desenvolvimento
tecnológico dos
meios de
comunicação, ao

invés de promover a
reflexão
emancipatória do
indivíduo, acabou por

promover a
padronização das
consciências.
Escola de Frankfurt

Os aparatos comunicacionais

foram, sucessivamente, sendo colocados a serviço da
dominação de classe, tornando-se meios de controle e
cerceamento da própria comunicação –
e, extensivamente, da sociedade.
Escola de Frankfurt

O controle privado dos novos meios

transformou-os em fonte geradora de
falsa consciência, na medida em
que, através deles pode-se
excluir, censurar ou neutralizar a

visibilidade e a reflexão públicas de certos
temas, bloqueando o processo
comunicacional.
monopolizadas por grupos dominantes, que orientam a mediação
As comunicações encontram-se

para o intuito de preservação do poder.
Escola de Frankfurt

Para os teóricos da Escola de Frankfurt, a Comunicação

constitui, portanto, uma categoria de mediação profundamente
comprometida com o projeto de dominação contido na estrutura da
racionalidade moderna.
Escola de Frankfurt

A comunicação representa, portanto, uma categoria

ideológica, cujo questionamento [da Comunicação como
sistema] deve ser necessariamente crítico, ou
seja, vinculado à sua desconstrução.
Escola de Frankfurt

A Teoria Crítica representa uma inflexão teórica no

pensamento social predominante na primeira metade do
século XX.

Prevalecia, então, o pensamento orientado pela Teoria

Positivista, fundada por Augusto Comte, e o Idealismo
Alemão, defendido por Schelling, Fichte e Hegel. A primeira
funda-se no empirismo – o conhecimento sensível das
coisas – perspectiva que toma as coisas como estas se

apresentam, como realidades dadas e sobre as quais não
cabem transformações.
Escola de Frankfurt

Já o Idealismo Alemão, anterior ao Positivismo, tem sua

origem no cogito de René Descartes (“Penso, logo, existo”) e
no
primado do pensamento (razão) sobre o conhecimento
material e objetivo.

Com raízes no romantismo e na teologia, procura explicar a
sociedade tendo a razão como perspectiva. No viés
idealista, a realidade social pode ser criada a partir de
ditames razoáveis.
Escola de Frankfurt
“A razão tipicamente moderna é

aquela cuja expressão maior foi
o próprio cartesianismo:
racionalista, reducionista, manip
uladora e opressora, pois tal

racionalidade tem em vista tão
somente os fins”.
Escola de Frankfurt
“A razão tem se mostrado

como forma de dominação ao
passo que deveria ser, ao
contrário, acesso à liberdade
do homem, pois o cientificismo

mostra-se como sendo uma
insensata pretensão da
sociedade de se autocompreender
perante tão somente o conhecimento científico, apresentando-se

como uma redução da razão humana”.
Escola de Frankfurt

Desde o início os

pesquisadores de
Frankfurt se
convenceram de que as
mídias haviam se

transformado em forte
instrumento de
dominação das massas.
Escola de Frankfurt

Refugiados nos EUA, os pensadores do grupo puderam

perceber que as tendências totalitárias não eram
exclusividade dos regimes fascistas
(Alemanha, Itália, Espanha) e ditatoriais (União
Soviética), mas também estavam presentes em regimes

formalmente democráticos, como os EUA – embora se
apresentassem de formas diversas.
Problematizam a sociedade midiatizada que começa a surgir
na Europa devido à crescente popularização do rádio.
Escola de Frankfurt

Assim, a Escola de Frankfurt

torna-se conhecida por
desenvolver uma "teoria crítica da
sociedade", que é um modo de
fazer filosofia integrando os

aspectos normativos da reflexão
filosófica e confrontando-os com
as questões sociais, visto que o
objetivo da mesma é fazer a

crítica, buscando o entendimento e
promovendo a transformação da
Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt não constrói um sistema teórico
fechado. Manifesta-se por artigos, resenhas, ensaios, dando
ideia de um edifício teórico inacabado, constantemente
passível de acréscimos.
Escola de Frankfurt

Se para os funcionalistas os

meios de comunicação de
massa constituem um
subsistema atuante para o
bom funcionamento da

sociedade, sob a Teoria
Crítica tornam-se suspeitos
de violência simbólica, e são
encarados como meios de

dominação e poder.
(Mattelart, 1999)
Escola de Frankfurt

Na década de 1940, Horkheimer e Adorno criam o conceito de

Indústria Cultural.
“Por hora a técnica da indústria cultural só chegou à
estandardização e à produção em série, sacrificando aquilo pelo

qual a lógica da obra se distinguia da lógica do sistema social”.
(Adorno,
Escola de Frankfurt

BIBLIOGRAFIA
HOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga.
Teorias da Comunicação – conceitos, escolas e tendências. 11ª
edição, ed. Vozes, Petrópolis, 2011
MCQUAIL, Denis. Teoria da comunicação de massas.
Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 2003
RÜDIGER, Francisco. As teorias da comunicação. Porto
Alegre, editora Penso, 2011
WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. 5ª
edição, Lisboa, Editorial Presença, 1999

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Indústria Cultural
Indústria CulturalIndústria Cultural
Indústria Cultural
 
Aulão ENEM filosofia e sociologia
Aulão ENEM filosofia e sociologiaAulão ENEM filosofia e sociologia
Aulão ENEM filosofia e sociologia
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Indústria Cultural
Indústria CulturalIndústria Cultural
Indústria Cultural
 
Vigiar e punir
Vigiar e punirVigiar e punir
Vigiar e punir
 
Hannah arendt e o totalitarismo
Hannah arendt e o totalitarismoHannah arendt e o totalitarismo
Hannah arendt e o totalitarismo
 
Emile durkheim
Emile durkheimEmile durkheim
Emile durkheim
 
Sociologia: Principais correntes
Sociologia: Principais correntes Sociologia: Principais correntes
Sociologia: Principais correntes
 
Auguste comte
Auguste comteAuguste comte
Auguste comte
 
Sociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula IntrodutóriaSociologia - Aula Introdutória
Sociologia - Aula Introdutória
 
Partidos políticos e eleições
Partidos políticos e eleiçõesPartidos políticos e eleições
Partidos políticos e eleições
 
Ideologia
IdeologiaIdeologia
Ideologia
 
história da sociologia
   história da sociologia   história da sociologia
história da sociologia
 
Slide sociologia 1
Slide sociologia 1Slide sociologia 1
Slide sociologia 1
 
01 - O que é Sociologia
01 - O que é Sociologia01 - O que é Sociologia
01 - O que é Sociologia
 
Oque é o estado
Oque é o estadoOque é o estado
Oque é o estado
 
Teoria critica e escola de Frankfurt
Teoria critica e escola de FrankfurtTeoria critica e escola de Frankfurt
Teoria critica e escola de Frankfurt
 
Hannah arendt
Hannah arendtHannah arendt
Hannah arendt
 
Sobre Positivismo - Auguste Comte
Sobre Positivismo - Auguste ComteSobre Positivismo - Auguste Comte
Sobre Positivismo - Auguste Comte
 
Estruturalismo
EstruturalismoEstruturalismo
Estruturalismo
 

Ähnlich wie Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01

Teoria da comunicação Unidade IV
Teoria da comunicação Unidade IVTeoria da comunicação Unidade IV
Teoria da comunicação Unidade IVHarutchy
 
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.pptaula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.pptadrianomcosta3
 
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão públicaAula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão públicaFábio Fonseca de Castro
 
Escola de frankfurt 3232
Escola de frankfurt 3232Escola de frankfurt 3232
Escola de frankfurt 3232alemisturini
 
Design gráfico 2011 2a aula -17/08/2011
Design  gráfico  2011  2a aula -17/08/2011Design  gráfico  2011  2a aula -17/08/2011
Design gráfico 2011 2a aula -17/08/2011Unip e Uniplan
 
História da sociologia
História da sociologiaHistória da sociologia
História da sociologiaTiago Lacerda
 
A era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensa
A era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensaA era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensa
A era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensaBarbara Ferragini
 
Herbert Marcuse e a Teoria Crítica
Herbert Marcuse e a Teoria CríticaHerbert Marcuse e a Teoria Crítica
Herbert Marcuse e a Teoria CríticaKarol Souza
 
A escola de frankfurt filosofia
A escola de frankfurt filosofiaA escola de frankfurt filosofia
A escola de frankfurt filosofiaBruno Rinco
 
Escola de frankfurt
Escola de frankfurtEscola de frankfurt
Escola de frankfurtalemisturini
 

Ähnlich wie Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01 (20)

Escola de frankfurt2 turma 31mp
Escola de frankfurt2 turma 31mpEscola de frankfurt2 turma 31mp
Escola de frankfurt2 turma 31mp
 
Teoria da comunicação Unidade IV
Teoria da comunicação Unidade IVTeoria da comunicação Unidade IV
Teoria da comunicação Unidade IV
 
Escola de frankfurt 34 ggg
Escola de frankfurt 34 gggEscola de frankfurt 34 ggg
Escola de frankfurt 34 ggg
 
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.pptaula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
 
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão públicaAula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
 
Ftc sociologia
Ftc sociologiaFtc sociologia
Ftc sociologia
 
Escola de frankfurt 3232
Escola de frankfurt 3232Escola de frankfurt 3232
Escola de frankfurt 3232
 
Filosofia 31
Filosofia 31Filosofia 31
Filosofia 31
 
Design gráfico 2011 2a aula -17/08/2011
Design  gráfico  2011  2a aula -17/08/2011Design  gráfico  2011  2a aula -17/08/2011
Design gráfico 2011 2a aula -17/08/2011
 
Ebook rsc
Ebook rscEbook rsc
Ebook rsc
 
História da Sociologia
História da SociologiaHistória da Sociologia
História da Sociologia
 
História da sociologia
História da sociologiaHistória da sociologia
História da sociologia
 
A escola de frankfurt
A escola de frankfurtA escola de frankfurt
A escola de frankfurt
 
A era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensa
A era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensaA era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensa
A era glacial do jornalismo: teorias sociais da imprensa
 
Escola de frankfurt 31mp 31
Escola de frankfurt 31mp 31Escola de frankfurt 31mp 31
Escola de frankfurt 31mp 31
 
Herbert Marcuse e a Teoria Crítica
Herbert Marcuse e a Teoria CríticaHerbert Marcuse e a Teoria Crítica
Herbert Marcuse e a Teoria Crítica
 
Filosofia trabalho 32mp
Filosofia trabalho 32mpFilosofia trabalho 32mp
Filosofia trabalho 32mp
 
tc1_aula3
tc1_aula3tc1_aula3
tc1_aula3
 
A escola de frankfurt filosofia
A escola de frankfurt filosofiaA escola de frankfurt filosofia
A escola de frankfurt filosofia
 
Escola de frankfurt
Escola de frankfurtEscola de frankfurt
Escola de frankfurt
 

Mehr von Elizeu Nascimento Silva

Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva CulturológicaAula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva CulturológicaElizeu Nascimento Silva
 
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14   Armand Mattelart - Globalização da ComunicaçãoAula 14   Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da ComunicaçãoElizeu Nascimento Silva
 
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasAula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasElizeu Nascimento Silva
 
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dadosAula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dadosElizeu Nascimento Silva
 
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02   Edição de Revistas - Público-alvoAula 02   Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvoElizeu Nascimento Silva
 
Aula 04 ética e legislação Jornalismo
Aula 04   ética e legislação JornalismoAula 04   ética e legislação Jornalismo
Aula 04 ética e legislação JornalismoElizeu Nascimento Silva
 

Mehr von Elizeu Nascimento Silva (20)

Unidade 03 Ainda a tal objetividade
Unidade 03 Ainda a tal objetividadeUnidade 03 Ainda a tal objetividade
Unidade 03 Ainda a tal objetividade
 
Unidade02 quem fala no jornalismo
Unidade02 quem fala no jornalismoUnidade02 quem fala no jornalismo
Unidade02 quem fala no jornalismo
 
Aula 15 A Sociedade em Rede
Aula 15   A Sociedade em RedeAula 15   A Sociedade em Rede
Aula 15 A Sociedade em Rede
 
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva CulturológicaAula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
 
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14   Armand Mattelart - Globalização da ComunicaçãoAula 14   Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
 
Aula 9c Estudos Culturais - Stuart Hall
Aula 9c Estudos Culturais - Stuart HallAula 9c Estudos Culturais - Stuart Hall
Aula 9c Estudos Culturais - Stuart Hall
 
Aula 9B_Estudos Culturais Ingleses
Aula 9B_Estudos Culturais InglesesAula 9B_Estudos Culturais Ingleses
Aula 9B_Estudos Culturais Ingleses
 
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasAula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
 
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dadosAula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dados
 
Aula 03 - Fórmula Editorial
Aula 03 - Fórmula EditorialAula 03 - Fórmula Editorial
Aula 03 - Fórmula Editorial
 
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02   Edição de Revistas - Público-alvoAula 02   Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvo
 
Aula 01 edição de revistas
Aula 01   edição de revistasAula 01   edição de revistas
Aula 01 edição de revistas
 
Aula 03 ética e legislação jor
Aula 03   ética e legislação jorAula 03   ética e legislação jor
Aula 03 ética e legislação jor
 
Aula 04 ética e legislação Jornalismo
Aula 04   ética e legislação JornalismoAula 04   ética e legislação Jornalismo
Aula 04 ética e legislação Jornalismo
 
Aula 05 Briefing
Aula 05   BriefingAula 05   Briefing
Aula 05 Briefing
 
Aula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrão
Aula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrãoAula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrão
Aula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrão
 
Aula 03 - Infodesign - Cor-padrão
Aula 03 - Infodesign - Cor-padrãoAula 03 - Infodesign - Cor-padrão
Aula 03 - Infodesign - Cor-padrão
 
Aula 02 impressão de dados variáveis
Aula 02   impressão de dados variáveisAula 02   impressão de dados variáveis
Aula 02 impressão de dados variáveis
 
Aula 02 infodesign
Aula 02   infodesignAula 02   infodesign
Aula 02 infodesign
 
Aula 01 Infodesign
Aula 01   InfodesignAula 01   Infodesign
Aula 01 Infodesign
 

Kürzlich hochgeladen

HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terraBiblioteca UCS
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024SamiraMiresVieiradeM
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptxErivaldoLima15
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfmarialuciadasilva17
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfdio7ff
 

Kürzlich hochgeladen (20)

HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terraSistema de Bibliotecas UCS  - A descoberta da terra
Sistema de Bibliotecas UCS - A descoberta da terra
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
 
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
PLANO ANUAL 1ª SÉRIE - Língua portuguesa 2024
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
 
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
 

Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01

  • 2. Escola de Frankfurt Em 1922 Felix Weil promoveu um seminário sobre estudos sociais na Universidade de Frankfurt. No ano seguinte, em 1923, junta-se a Carl Conferência sobre marxismo. Frankfurt, 1923 Grünberg para formar um Instituto para a Investigação Social.
  • 3. Escola de Frankfurt Somente em 1930, sob a direção de Max Horkheimer, já com o status de Escola, as linhas de investigação do Instituto são claramente definidas. Entretanto, no mesmo ano Horkheimer é obrigado a deixar a Alemanha devido à chegada ao poder do Partido Nazista. O Instituto transfere-se para Genebra e posteriormente, em 1935, para Nova York.
  • 4. Escola de Frankfurt O objetivo era estudar o impacto da Primeira Guerra Mundial sobre a sociedadebem como europeia, acompanhar, com reflexões teóricas, a implantação do socialismo como forma de governo e do comunismo como modelo de organização social (Rússia, o ideal marxista da relação dialética entre teoria e práxis. Realizar 1917).
  • 5. Escola de Frankfurt Principais nomes: Walter Benjamin • Max Horkheimer desenvolveu um • Teodhor W. Adorno interessante trabalho • Herbert Marcuse associando a Teoria • Erick Fromm Crítica à produção • Otto Kirchheimer artística – tratava-se • Leo Löwenthal de um crítico de arte e • Jürgen Habermas literário – que • Franz Neumann infelizmente ficou • Walter Benjamin incompleta.
  • 6. Escola de Frankfurt Karl Marx (1818–1883) deu origem à tese de que a comunicação é uma categoria abstrata, que precisa ser compreendida no contexto da totalidade concreta – determinada, em última instância, pelo modo de produção prevalecente na sociedade.
  • 7. Escola de Frankfurt Para Marx, a Comunicação surge no momento em que a cooperação (nos processos produtivos) pode facilitar a satisfação de suas necessidades, que o trabalho em conjunto e social sua divisão representam uma força produtiva – o que leva o homem a viver em sociedade.
  • 8. Escola de Frankfurt A Comunicação surge, portanto, como meio de relação entre os indivíduos visando a produtividade. A Comunicação surge primitivamente como mediação do trabalho, determinando um modelo produtivo baseado na interdependência e na divisão do trabalho.
  • 9. Escola de Frankfurt Os aparatos de Comunicação se desenvolvem com o avanço das forças produtivas, como formas de socialização da consciência do indivíduo e das coletividades (desenvolvidas pelo trabalho). No capitalismo, as pessoas passam a viver de forma cada vez mais mediada pelos aparatos tecnológicos de comunicação de massa.
  • 10. Escola de Frankfurt Novas tecnologias de comunicação surgem justamente para fazer frente ao desafio de mediar os novos estágios de relações sociais e de cooperação produtiva. As pessoas passam a dispor de mais conhecimento sobre o mundo, veiculadas na forma de informações pela atividade jornalística.
  • 11. Escola de Frankfurt No entanto, o desenvolvimento tecnológico dos meios de comunicação, ao invés de promover a reflexão emancipatória do indivíduo, acabou por promover a padronização das consciências.
  • 12. Escola de Frankfurt Os aparatos comunicacionais foram, sucessivamente, sendo colocados a serviço da dominação de classe, tornando-se meios de controle e cerceamento da própria comunicação – e, extensivamente, da sociedade.
  • 13. Escola de Frankfurt O controle privado dos novos meios transformou-os em fonte geradora de falsa consciência, na medida em que, através deles pode-se excluir, censurar ou neutralizar a visibilidade e a reflexão públicas de certos temas, bloqueando o processo comunicacional. monopolizadas por grupos dominantes, que orientam a mediação As comunicações encontram-se para o intuito de preservação do poder.
  • 14. Escola de Frankfurt Para os teóricos da Escola de Frankfurt, a Comunicação constitui, portanto, uma categoria de mediação profundamente comprometida com o projeto de dominação contido na estrutura da racionalidade moderna.
  • 15. Escola de Frankfurt A comunicação representa, portanto, uma categoria ideológica, cujo questionamento [da Comunicação como sistema] deve ser necessariamente crítico, ou seja, vinculado à sua desconstrução.
  • 16. Escola de Frankfurt A Teoria Crítica representa uma inflexão teórica no pensamento social predominante na primeira metade do século XX. Prevalecia, então, o pensamento orientado pela Teoria Positivista, fundada por Augusto Comte, e o Idealismo Alemão, defendido por Schelling, Fichte e Hegel. A primeira funda-se no empirismo – o conhecimento sensível das coisas – perspectiva que toma as coisas como estas se apresentam, como realidades dadas e sobre as quais não cabem transformações.
  • 17. Escola de Frankfurt Já o Idealismo Alemão, anterior ao Positivismo, tem sua origem no cogito de René Descartes (“Penso, logo, existo”) e no primado do pensamento (razão) sobre o conhecimento material e objetivo. Com raízes no romantismo e na teologia, procura explicar a sociedade tendo a razão como perspectiva. No viés idealista, a realidade social pode ser criada a partir de ditames razoáveis.
  • 18. Escola de Frankfurt “A razão tipicamente moderna é aquela cuja expressão maior foi o próprio cartesianismo: racionalista, reducionista, manip uladora e opressora, pois tal racionalidade tem em vista tão somente os fins”.
  • 19. Escola de Frankfurt “A razão tem se mostrado como forma de dominação ao passo que deveria ser, ao contrário, acesso à liberdade do homem, pois o cientificismo mostra-se como sendo uma insensata pretensão da sociedade de se autocompreender perante tão somente o conhecimento científico, apresentando-se como uma redução da razão humana”.
  • 20. Escola de Frankfurt Desde o início os pesquisadores de Frankfurt se convenceram de que as mídias haviam se transformado em forte instrumento de dominação das massas.
  • 21. Escola de Frankfurt Refugiados nos EUA, os pensadores do grupo puderam perceber que as tendências totalitárias não eram exclusividade dos regimes fascistas (Alemanha, Itália, Espanha) e ditatoriais (União Soviética), mas também estavam presentes em regimes formalmente democráticos, como os EUA – embora se apresentassem de formas diversas. Problematizam a sociedade midiatizada que começa a surgir na Europa devido à crescente popularização do rádio.
  • 22. Escola de Frankfurt Assim, a Escola de Frankfurt torna-se conhecida por desenvolver uma "teoria crítica da sociedade", que é um modo de fazer filosofia integrando os aspectos normativos da reflexão filosófica e confrontando-os com as questões sociais, visto que o objetivo da mesma é fazer a crítica, buscando o entendimento e promovendo a transformação da
  • 23. Escola de Frankfurt A Escola de Frankfurt não constrói um sistema teórico fechado. Manifesta-se por artigos, resenhas, ensaios, dando ideia de um edifício teórico inacabado, constantemente passível de acréscimos.
  • 24. Escola de Frankfurt Se para os funcionalistas os meios de comunicação de massa constituem um subsistema atuante para o bom funcionamento da sociedade, sob a Teoria Crítica tornam-se suspeitos de violência simbólica, e são encarados como meios de dominação e poder. (Mattelart, 1999)
  • 25. Escola de Frankfurt Na década de 1940, Horkheimer e Adorno criam o conceito de Indústria Cultural. “Por hora a técnica da indústria cultural só chegou à estandardização e à produção em série, sacrificando aquilo pelo qual a lógica da obra se distinguia da lógica do sistema social”. (Adorno,
  • 26. Escola de Frankfurt BIBLIOGRAFIA HOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga. Teorias da Comunicação – conceitos, escolas e tendências. 11ª edição, ed. Vozes, Petrópolis, 2011 MCQUAIL, Denis. Teoria da comunicação de massas. Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 2003 RÜDIGER, Francisco. As teorias da comunicação. Porto Alegre, editora Penso, 2011 WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. 5ª edição, Lisboa, Editorial Presença, 1999