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EPILEPSIA E OBSESSÃO
       Baseado no estudo de Osvaldo Hely Moreira – Livro: Porque
                   Adoecemos – Cap. 10 – AME/MG




“O Espiritismo e a ciência se completam reciprocamente; a ciência sem
o Espiritismo se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos
só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a ciência, faltariam apoio
e comprovação.”
                                         (A Gênese – Allan Kardec)




                           FRATERNIDADE ESPÍRITA MONS. HORTA
EPILEPSIA E OBSESSÃO
                        “E Ele perguntou: Qual o seu nome? E ele respondeu: Legião, porque eram
                        muitos.” (Lucas, 8:30)



      “Na busca do aperfeiçoamento do aparelho cerebral e da sua eletrofisiologia,
    sempre ocorreram desvios que, associados às dificuldades morais, motivaram
    desadaptações na manifestação material do ser. A história retrata os convulsionários
    ora como curadores divinos, ora como mensageiros (...Conexão de determinados
    processos de convulsões e ausências com a atuação obsessiva). O Livro dos Espíritos, em
    sua 2ª parte, fala das atuações dos espíritos e da postura cármica de doenças
    psíquicas. Existe uma gênese causal que advém do Espírito e de suas relações com Deus
    e com os irmãos. A intervenção de espíritos, a partir da culpa, da rebeldia e da
    angústia instalada nesses tipos de personalidade, instituiu a sintomatologia descrita.”
    (Espírito Carlos – Médium Roberto Lúcio)
EPILEPSIA E OBSESSÃO

                          A Cura de Um Jovem Possesso
  Evangelho – Marcos 9:14 à 29 e Lucas 9:37 à 43. Nos versículos 25 e 26 Marcos relata:

25 - “Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:
  Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai desse jovem e nunca tornes a ele.”

26 - “E ele, clamando, agitando-se muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto.”
EPILEPSIA E OBSESSÃO


    Os relatos de Lucas e Marcos permitem diagnosticar o quadro apresentado pelo
    jovem como epilepsia generalizada – tipo “Grande Mal seguida de sono” .



    Observamos que o pai procura Jesus, afirmando que o filho sofria interferência
    espiritual, mostrando que, já naquela época, havia o conhecimento de processo
    convulsivo secundário à obsessão
EPILEPSIA E OBSESSÃO
                               OBSERVAÇÕES:

    Devemos ficar atentos para não atribuirmos todos os casos de epilepsia a processos
    obsessivos.


    Não direcionarmos esses pacientes para desenvolvimento mediúnico sem estudo prévio, nem
    sugerir que suspendam a medicação prescrita pelo médico.




    Observarmos que o processos convulsivo pode tratar-se de mediunidade não disciplinada,
    atribuindo-se o desequilíbrio também ao desencarnado.
EPILEPSIA E OBSESSÃO

    “Pode então a alma ficar na dependência de outro espírito de modo a se achar
    subjugada ou obsediada a ponto de sua vontade achar-se paralisada?”


      “Sem dúvida. E esses são os verdadeiros possessos... Isto nunca ocorre sem que
    aquele que a sofre consinta, quer por sua fraqueza ou por desejo; muitos
    epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médicos que de exorcismos, têm
    sido tomados por possessos.”



                    O Livro dos Espíritos – Cap. IX – Parte 2ª, pergunta 474
EPILEPSIAS

O que são?
      Grupo de distúrbios caracterizados por alterações paroxísticas primárias crônicas e
    recorrentes na função neurológica, causadas por anormalidade ma atividade elétrica do
    cérebro. Acomete até 2% de população em qualquer idade.
       O epiléptico é um indivíduo que, devido ao seu diagnóstico, encontra dificuldades para
    progredir em sua vida social e profissional. Seu campo de trabalho é restrito e suas inibições,
    pelo receio da ocorrência das crises, levam-no a evitar a convivência habitual na sociedade,
    além do fato de ver-se obrigado a utilizar medicação de forma crônica.
     Pode ser adquirida por lesão neurológica ou por alteração estrutural do cérebro.
      Pode ocorrer de forma genuína (idiopática) em indivíduo sem antecedentes de lesão ou
    outra aparente disfunção neurológica.
EPILEPSIAS

Causas da Epilepsia:


    Hipóxia e isquemia perinatal      Tumores

    Distúrbios genéticos              Drogas

    Doença cerebral vascular          Infecções

    Mal formação congênita            Traumatismos

    Distúrbios metabólicos            Idiopática
EPILEPSIAS
Classificação:
     Baseada na apresentação clínica e no padrão eletroencefalográfico durante e entre
    acessos:
   Parciais ou Focais: Ativação de células cerebrais (neurônios), provocando disfunção em uma
    área localizada no córtex cerebral.

    •        Parciais Simples: quando não houver alteração da consciência. Dependendo da área
            cerebral envolvida, pode ocorrer:
              Movimento de um segmento corporal (dedo, braço, face, etc.)
              Sintomas sensitivos (parestesias, vertigens, alucinações auditivas ou visuais, déjà vu,
               medo ou raiva injustificados, ilusões;

    •        Parciais Complexas (lobo temporal): quanto existe alteração da consciência, com
            aberrações do comportamento. Distúrbio da função mental de curta duração
            acompanhada por automatismos motores, sintomas vegetativos, distúrbios da fala e do
            comportamento seguido de perda da consciência e amnésia sobre o evento.
EPILEPSIAS
     Generalizada: Crises com manifestação clínica e eletroencefalográfica que sugerem
    envolvimento inicial dos dois hemisférios cerebrais. A consciência pode ser afetada (sintoma
    inicial).
    •     “Grande Mal”: Mais comum. Ocorre perda súbita de consciência e queda ao solo
        seguida de contração tônica generalizada, com apnéia, movimentos crônicos dos quatro
        membros por tempo variável e termina quando os músculos relaxam. Pode haver
        relaxamento dos esfíncteres. Segue-se estado de sono ou um estado crepuscular com
        confusão, inquietação motora, automatismos, distúrbios da fala, do conhecimento e da
        ação.
    •     “Pequeno Mal”: Ausências, cessação súbita da atividade consciente em curso, sem
        atividade muscular convulsiva ou perda do controle postural. Alto grau de recorrência.
        Sem tratamento, evoluem para “Grande Mal”. É uma “pausa” da consciência, seguindo
        após sua atividade de forma lógica.
    •     “Mioclônicas”: Contrações repentinas, violentas, únicas, breves, confinadas ou
        generalizadas (pescoço, braços, tronco e pernas) sem perda de consciência. Usualmente o
        paciente está inteiramente lúcido e fica irritado ou embaraçado com seus movimentos
        explosivos e incontroláveis.
OBSESSÃO
     “Do latim Obsessione – impertinência, perseguição, vexação. Preocupação com determinada
    ideia, que domina doentiamente o Espírito e resultante ou não de sentimentos recalcados;
    ideia fixa; mania.”
                                                     Novo Dicionário – Aurélio

    “É a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres
    muito diversos, desde a simples influência moral sem perceptíveis sinais exteriores, até a
    perturbação completa do organismo e as faculdades mentais.”
                               O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XXVIII – Ítem 81

     Esclarecendo, continua Kardec... “Obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral do
    obsediado, que dá ascendência a um espírito mau...”. Ou seja, haverá obsessão toda vez que
    alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre outrem constrição mental negativa.

    É processo sutil, muitas vezes, passando despercebido.
OBSESSÃO
Classificação:


    De encarnado para encarnado: pessoas com capacidade mental para domínio sobre outros.

    De desencarnado para desencarnado.

    De encarnado para desencarnado.

    De desencarnado para encarnado: a de maior incidência por ser mais fácil ao
    desencarnado influenciar e dominar a mente daquele que está limitado pelo veículo físico.

    Obsessão recíproca: nutrem-se das emanações uns dos outros.

     Auto-obsessão: indivíduos que vivem voltados para si mesmos, preocupam-se em excesso
    com a saúde e fatos comuns da vida, sofrendo por pequenas coisas. O doente terá a mente
    repleta de ideias fortes e negativas que se tornam físicas, ou fantasias que se sobrepõem à
    sua razão, distanciando-se das realidades ambientes.
OBSESSÃO
Classificação:


        Kardec ensina que a obsessao depende do grande constrangimento e da natureza dos
     efeitos que produz, e as classifica em:

1.      Obsessão simples: A mente invigilante, propicia sintonia com vibrações negativas e como
      não se dispõe à luta contra as tendências negativas, aceita a ideia, obedece à sugestão,
      estabelece ligação intensa com irmãos infelizes. Pode ser passageira ou persistente.

2.       Fascinação: O processo anterior se torna contínuo e mais grave, com o desencarnado
      interferindo na vida do encarnado que assume atitudes e formas do obsessor, sem perceber
      sua modificação de comportamento, não admitindo outras opiniões, isolando-se, o que
      dificulta muito a ação terapêutica.

3.      Subjugação: Quadro grave, com obsessor de conhecimento técnico mais avançado,
      interferindo e dominando o cérebro do encarnado, comandando os centros de governo
      motor e de manifestação da mente.
SUBJUGAÇÃO
    A subjugação pode ser:


     Psíquica: o paciente, dominado mentalmente, fica passivo, perdendo temporária ou
     definitivamente a área da consciência, sem poder se expressar sofre tortura emocional.

      Física: não há perda da lucidez intelectual (ação do obsessor direta sobre os centros
     motores). Paciente obrigado a realizar atos que conscientemente não deseja. Surgem doenças
     físicas nessas áreas devido ao descontrole celular e pela ação fluídica negativa do obsessor.
     O campo obsessivo se desloca da mente para o corpo físico onde as imperfeições morais do
     pretérito deixaram marcas profundas no perispírito. É este o mecanismo através do qual a
     subjugação manifesta a doença orgânica e ou mental.

      Físio-psiquica: com o agravamento da situação o obsessor controla, simultaneamente, os
     centros da mente e do comando motor, dominando inteiramente a vítima.

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Epilepsia e Obsessão

  • 1. EPILEPSIA E OBSESSÃO Baseado no estudo de Osvaldo Hely Moreira – Livro: Porque Adoecemos – Cap. 10 – AME/MG “O Espiritismo e a ciência se completam reciprocamente; a ciência sem o Espiritismo se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a ciência, faltariam apoio e comprovação.” (A Gênese – Allan Kardec) FRATERNIDADE ESPÍRITA MONS. HORTA
  • 2. EPILEPSIA E OBSESSÃO “E Ele perguntou: Qual o seu nome? E ele respondeu: Legião, porque eram muitos.” (Lucas, 8:30)  “Na busca do aperfeiçoamento do aparelho cerebral e da sua eletrofisiologia, sempre ocorreram desvios que, associados às dificuldades morais, motivaram desadaptações na manifestação material do ser. A história retrata os convulsionários ora como curadores divinos, ora como mensageiros (...Conexão de determinados processos de convulsões e ausências com a atuação obsessiva). O Livro dos Espíritos, em sua 2ª parte, fala das atuações dos espíritos e da postura cármica de doenças psíquicas. Existe uma gênese causal que advém do Espírito e de suas relações com Deus e com os irmãos. A intervenção de espíritos, a partir da culpa, da rebeldia e da angústia instalada nesses tipos de personalidade, instituiu a sintomatologia descrita.” (Espírito Carlos – Médium Roberto Lúcio)
  • 3. EPILEPSIA E OBSESSÃO A Cura de Um Jovem Possesso Evangelho – Marcos 9:14 à 29 e Lucas 9:37 à 43. Nos versículos 25 e 26 Marcos relata: 25 - “Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai desse jovem e nunca tornes a ele.” 26 - “E ele, clamando, agitando-se muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto.”
  • 4. EPILEPSIA E OBSESSÃO  Os relatos de Lucas e Marcos permitem diagnosticar o quadro apresentado pelo jovem como epilepsia generalizada – tipo “Grande Mal seguida de sono” .  Observamos que o pai procura Jesus, afirmando que o filho sofria interferência espiritual, mostrando que, já naquela época, havia o conhecimento de processo convulsivo secundário à obsessão
  • 5. EPILEPSIA E OBSESSÃO OBSERVAÇÕES: Devemos ficar atentos para não atribuirmos todos os casos de epilepsia a processos obsessivos.  Não direcionarmos esses pacientes para desenvolvimento mediúnico sem estudo prévio, nem sugerir que suspendam a medicação prescrita pelo médico.  Observarmos que o processos convulsivo pode tratar-se de mediunidade não disciplinada, atribuindo-se o desequilíbrio também ao desencarnado.
  • 6. EPILEPSIA E OBSESSÃO  “Pode então a alma ficar na dependência de outro espírito de modo a se achar subjugada ou obsediada a ponto de sua vontade achar-se paralisada?” “Sem dúvida. E esses são os verdadeiros possessos... Isto nunca ocorre sem que aquele que a sofre consinta, quer por sua fraqueza ou por desejo; muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médicos que de exorcismos, têm sido tomados por possessos.” O Livro dos Espíritos – Cap. IX – Parte 2ª, pergunta 474
  • 7. EPILEPSIAS O que são?  Grupo de distúrbios caracterizados por alterações paroxísticas primárias crônicas e recorrentes na função neurológica, causadas por anormalidade ma atividade elétrica do cérebro. Acomete até 2% de população em qualquer idade. O epiléptico é um indivíduo que, devido ao seu diagnóstico, encontra dificuldades para progredir em sua vida social e profissional. Seu campo de trabalho é restrito e suas inibições, pelo receio da ocorrência das crises, levam-no a evitar a convivência habitual na sociedade, além do fato de ver-se obrigado a utilizar medicação de forma crônica.  Pode ser adquirida por lesão neurológica ou por alteração estrutural do cérebro.  Pode ocorrer de forma genuína (idiopática) em indivíduo sem antecedentes de lesão ou outra aparente disfunção neurológica.
  • 8. EPILEPSIAS Causas da Epilepsia:  Hipóxia e isquemia perinatal  Tumores  Distúrbios genéticos  Drogas  Doença cerebral vascular  Infecções  Mal formação congênita  Traumatismos  Distúrbios metabólicos  Idiopática
  • 9. EPILEPSIAS Classificação: Baseada na apresentação clínica e no padrão eletroencefalográfico durante e entre acessos:  Parciais ou Focais: Ativação de células cerebrais (neurônios), provocando disfunção em uma área localizada no córtex cerebral. • Parciais Simples: quando não houver alteração da consciência. Dependendo da área cerebral envolvida, pode ocorrer:  Movimento de um segmento corporal (dedo, braço, face, etc.)  Sintomas sensitivos (parestesias, vertigens, alucinações auditivas ou visuais, déjà vu, medo ou raiva injustificados, ilusões; • Parciais Complexas (lobo temporal): quanto existe alteração da consciência, com aberrações do comportamento. Distúrbio da função mental de curta duração acompanhada por automatismos motores, sintomas vegetativos, distúrbios da fala e do comportamento seguido de perda da consciência e amnésia sobre o evento.
  • 10. EPILEPSIAS  Generalizada: Crises com manifestação clínica e eletroencefalográfica que sugerem envolvimento inicial dos dois hemisférios cerebrais. A consciência pode ser afetada (sintoma inicial). • “Grande Mal”: Mais comum. Ocorre perda súbita de consciência e queda ao solo seguida de contração tônica generalizada, com apnéia, movimentos crônicos dos quatro membros por tempo variável e termina quando os músculos relaxam. Pode haver relaxamento dos esfíncteres. Segue-se estado de sono ou um estado crepuscular com confusão, inquietação motora, automatismos, distúrbios da fala, do conhecimento e da ação. • “Pequeno Mal”: Ausências, cessação súbita da atividade consciente em curso, sem atividade muscular convulsiva ou perda do controle postural. Alto grau de recorrência. Sem tratamento, evoluem para “Grande Mal”. É uma “pausa” da consciência, seguindo após sua atividade de forma lógica. • “Mioclônicas”: Contrações repentinas, violentas, únicas, breves, confinadas ou generalizadas (pescoço, braços, tronco e pernas) sem perda de consciência. Usualmente o paciente está inteiramente lúcido e fica irritado ou embaraçado com seus movimentos explosivos e incontroláveis.
  • 11. OBSESSÃO  “Do latim Obsessione – impertinência, perseguição, vexação. Preocupação com determinada ideia, que domina doentiamente o Espírito e resultante ou não de sentimentos recalcados; ideia fixa; mania.” Novo Dicionário – Aurélio  “É a ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e as faculdades mentais.” O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XXVIII – Ítem 81  Esclarecendo, continua Kardec... “Obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral do obsediado, que dá ascendência a um espírito mau...”. Ou seja, haverá obsessão toda vez que alguém, encarnado ou desencarnado, exercer sobre outrem constrição mental negativa.  É processo sutil, muitas vezes, passando despercebido.
  • 12. OBSESSÃO Classificação:  De encarnado para encarnado: pessoas com capacidade mental para domínio sobre outros.  De desencarnado para desencarnado.  De encarnado para desencarnado.  De desencarnado para encarnado: a de maior incidência por ser mais fácil ao desencarnado influenciar e dominar a mente daquele que está limitado pelo veículo físico.  Obsessão recíproca: nutrem-se das emanações uns dos outros.  Auto-obsessão: indivíduos que vivem voltados para si mesmos, preocupam-se em excesso com a saúde e fatos comuns da vida, sofrendo por pequenas coisas. O doente terá a mente repleta de ideias fortes e negativas que se tornam físicas, ou fantasias que se sobrepõem à sua razão, distanciando-se das realidades ambientes.
  • 13. OBSESSÃO Classificação: Kardec ensina que a obsessao depende do grande constrangimento e da natureza dos efeitos que produz, e as classifica em: 1. Obsessão simples: A mente invigilante, propicia sintonia com vibrações negativas e como não se dispõe à luta contra as tendências negativas, aceita a ideia, obedece à sugestão, estabelece ligação intensa com irmãos infelizes. Pode ser passageira ou persistente. 2. Fascinação: O processo anterior se torna contínuo e mais grave, com o desencarnado interferindo na vida do encarnado que assume atitudes e formas do obsessor, sem perceber sua modificação de comportamento, não admitindo outras opiniões, isolando-se, o que dificulta muito a ação terapêutica. 3. Subjugação: Quadro grave, com obsessor de conhecimento técnico mais avançado, interferindo e dominando o cérebro do encarnado, comandando os centros de governo motor e de manifestação da mente.
  • 14. SUBJUGAÇÃO A subjugação pode ser:  Psíquica: o paciente, dominado mentalmente, fica passivo, perdendo temporária ou definitivamente a área da consciência, sem poder se expressar sofre tortura emocional.  Física: não há perda da lucidez intelectual (ação do obsessor direta sobre os centros motores). Paciente obrigado a realizar atos que conscientemente não deseja. Surgem doenças físicas nessas áreas devido ao descontrole celular e pela ação fluídica negativa do obsessor. O campo obsessivo se desloca da mente para o corpo físico onde as imperfeições morais do pretérito deixaram marcas profundas no perispírito. É este o mecanismo através do qual a subjugação manifesta a doença orgânica e ou mental.  Físio-psiquica: com o agravamento da situação o obsessor controla, simultaneamente, os centros da mente e do comando motor, dominando inteiramente a vítima.