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Fundamentos de Economia




Marco Antonio S. Vasconcellos
      Manuel Enriquez Garcia




        3º Edição | 2009 |
Capítulo 11
Determinação da Renda e do
  Produto Nacional: O Lado
         Monetário
Capítulo 11
                  Determinação da Renda e do Produto
                  Nacional: O Lado Monetário




11.1 Conceito de Moeda: objeto aceito pela coletividade para
intermediar as transações econômicas para o pagamento de bens e
serviços.
Economia de trocas: necessidade de dupla coincidência de desejos.
Moeda mercadoria: forma mais primitiva de moeda na economia.
Moeda metálica: originou-se da função de moeda dada aos metais
preciosos e, depois, pela implementação da “cunhagem” da moeda.
Papel-moeda: origem na moeda-papel, quando pessoas tinham ouro
e guardavam em casas especiais que emitiam um certificado de
depósito.
Bancos comerciais privados: bancos passaram a emitir notas e
recibos bancários que circulavam como moeda, dando origem ao
papel-moeda.
Capítulo 11
                   Determinação da Renda e do Produto
                   Nacional: O Lado Monetário



Padrão-ouro: emissão do papel-moeda lastreado em ouro, que acabou
se tornando um obstáculo para a expansão das economias nacionais e
comércio internacional.

Moeda de curso-forçado: a partir de 1920, a emissão de moeda
passou a ser livre.

Bretton Woods (1944): regime de moeda lastreada, na qual o dólar
americano passa a ser moeda internacional respeitando o padrão-ouro.
Em 1971, foi suspenso o padrão-ouro e quase todas as moedas
nacionais do mundo passaram a ser fiduciárias.

11.2 Funções e tipos de moeda

• instrumento ou meio de trocas;
• denominador comum monetário;
• reserva de valor.
Capítulo 11
                    Determinação da Renda e do Produto
                    Nacional: O Lado Monetário




11.2.1 Tipos de moeda:
• moedas metálicas;
• papel-moeda;
• moeda escritural ou bancária.
As duas primeiras são denominadas moedas manuais, por estarem em
poder do público.
11.3 Oferta da moeda: suprimento de moeda para atender às
necessidades da coletividade.
11.3.1 Conceito de meios de pagamento: total de moeda à
disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata.
Liquidez: capacidade da moeda de ser um ativo prontamente
disponível e aceito para diversas transações.
Capítulo 11
                  Determinação da Renda e do Produto
                  Nacional: O Lado Monetário



Os meios de pagamento são dados, tradicionalmente, pela soma da
moeda em poder público mais os depósitos à vista nos bancos
comerciais:

meios de pagamento = moeda em poder público + depósitos à vista
                    nos bancos comerciais

Desmonetização da Economia: diminuição da quantidade de
moeda sobre o total de ativos financeiros decorrente de as pessoas
procurar e se defender da inflação com aplicações financeiras que
rendem juros.

Monetização da Economia: com inflação baixa, as pessoas mantêm
mais moeda que não rende juros em relação aos demais ativos
financeiros.

Grau de monetização ou desmonetização: M1/M4
Capítulo 11
                     Determinação da Renda e do Produto
                     Nacional: O Lado Monetário




Criação e Destruição de Moeda: se devem, respectivamente,
devido o aumento do volume de meios de pagamento ou quando se
faz uma redução dos meios de pagamento.

11.3.2 Oferta de Moeda pelo Banco Central: o BC regula o
montante de moeda, crédito, taxas de juros e câmbio, de forma
compatível com o nível de atividade econômica e o equilíbrio do
balanço de pagamentos. Suas funções clássicas:

•   execução da política monetária;
•   banco emissor;
•   banco dos bancos;
•   banco do governo;
•   controle e regulamentação da oferta de moeda;
•   execução da política cambial e administração do câmbio;
•   fiscalização das instituições financeiras.
Capítulo 11
                      Determinação da Renda e do Produto
                      Nacional: O Lado Monetário



Instrumentos de política monetária:
•   controle das emissões;
•   depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias;
•   operações com mercado aberto;
•   operações de redesconto.
O BC afeta o fluxo da moeda pela regulamentação desta e do crédito.
11.3.3 Oferta de moeda pelos bancos comerciais. O
multiplicador monetário: parte dos depósitos à vista e compulsórios
são guardados pelos bancos comerciais, o restante pode ser
emprestado a seus clientes.
Multiplicador de base monetária: a base é a soma da moeda em
poder do público e das reservas bancárias.
Fórmula: m=saldo dos meios de pagamento/saldo da base monetária.
Capítulo 11
                 Determinação da Renda e do Produto
                 Nacional: O Lado Monetário



11.4 Demanda de moeda: quantidade de moeda que o setor
privado não bancário retém, em média, seja com o público ou no
cofre das empresas ou em depósitos nos bancos comerciais. Razões
pelas quais se retém moeda:

• demanda de moeda para transações;
• demanda de moeda por precaução;
• demanda de moeda por especulação.

11.5 O papel das taxas de juros

11.5.1 Taxa de juros nominal e taxa de juros real: medem,
respectivamente, o preço pago a poupador por suas decisões de
poupar; e mede o retorno de uma aplicação em termos de
quantidades de bens.
Capítulo 11
                  Determinação da Renda e do Produto
                  Nacional: O Lado Monetário




11.6 Moeda, nível de atividade e inflação: interligação entre o
lado real e o lado monetário da economia

11.6.1 Teoria quantitativa da moeda: relação entre volume de
moeda e lado real da economia.

Velocidade-renda da moeda: número de vezes que o estoque de
moeda passa de mão em mão, em certo período, gerando produção
e renda.

         V = PIB nominal/ saldo dos meios de pagamento

Teoria quantitativa de moeda:

        MV = nível geral de preços x nível de renda nacional
Capítulo 11
                   Determinação da Renda e do Produto
                   Nacional: O Lado Monetário



11.6.2 Moeda e políticas de expansão do nível de atividade

Instrumentos para promover a política monetária expansionista:

• reduzir taxa de juros básica;
• aumentar as emissões de moeda, na medida das necessidades dos
agentes econômicos;
• diminuir a taxa do compulsório;
• recomprar títulos políticos no mercado;
• diminuir a regulamentação no mercado de crédito.

Elasticidade dos investimentos em relação às taxas de juros:
resposta dos investimentos em relação à taxa de juros de mercado.

11.6.3 A relação entre a oferta monetária e o processo
inflacionário: política antiinflacionária deve centrar-se mais no
controle da demanda agregada.
Capítulo 11
                     Determinação da Renda e do Produto
                     Nacional: O Lado Monetário




Instrumentos recomendados de política monetária seriam dirigidos no
sentido de “enxugar” os meios de pagamento:

•   aumento da taxa de juros básica (Selic);
•   controle das emissões pelo Banco Central;
•   venda de títulos públicos, retirando moeda de circulação;
•   elevação da taxa sobre as reservas compulsórias;
•   alteração das normas e regulamentação da concessão de créditos.

11.6.4 Eficácia das políticas monetária e fiscal: pode ser avaliada
a partir de sua velocidade de implementação, pelo grau de
intervenção na economia e pela importância relativa das taxas de
juros e do multiplicador keynesiano.
Capítulo 11
                   Determinação da Renda e do Produto
                   Nacional: O Lado Monetário



Influência do papel da taxa de juros e do multiplicador keynesiano:

a)Quanto maior a sensibilidade dos investimentos em relação à taxa
de juros, maior a eficácia da política monetária.
b)Quanto     maior      a    sensibilidade da  demanda especulativa
relativamente à taxa de juros, menor a eficácia.
c)Quanto maior o valor do multiplicador keynesiano de gastos, maior
eficácia da política fiscal.

11.7 Sistema financeiro: deve ser forte e bem diversificado para
atrair poupanças nacionais e estrangeiras.

11.7.1 Segmentos do sistema financeiro:

Mercado monetário: são feitas operações de curto prazo com a
finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes
econômicos.
Capítulo 11
                   Determinação da Renda e do Produto
                   Nacional: O Lado Monetário




Mercado de Crédito: são atendidas as necessidades de recursos de
curto, médio e longo prazo, principalmente oriundas da demanda de
crédito para aquisição de bens de consumo duráveis e da demanda de
capital de giro das empresas.

Mercado de Capitais: segmento que supre exigências de recursos de
médio e de longo prazos, com vistas à realização de investimentos em
capital. São típicos desse mercado os derivativos.

Mercado Cambial: compra e venda de moeda estrangeira, para
atender a diversas finalidades.

Mercado de Seguros, Capitalização e Previdência Privada: são
coletados recursos financeiros ou poupanças destinados à cobertura de
finalidades específicas.
Capítulo 11
                  Determinação da Renda e do Produto
                  Nacional: O Lado Monetário




Mercados Primários e Secundários: são, respectivamente, aqueles
em que se realiza primeira compra/venda de um ativo recém-emitido e
aqueles que negociam ativos financeiros já negociados anteriormente.

Mercados à Vista, Futuros e Opções:

• à vista: negociam apenas ativos com preços à vista;
• futuros: negociam os preços esperados de certos ativos e
mercadorias para certa data futura;
• de opções: negociam opções de compra/venda de determinados
ativos em data futura.

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  • 2. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário
  • 3. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário 11.1 Conceito de Moeda: objeto aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas para o pagamento de bens e serviços. Economia de trocas: necessidade de dupla coincidência de desejos. Moeda mercadoria: forma mais primitiva de moeda na economia. Moeda metálica: originou-se da função de moeda dada aos metais preciosos e, depois, pela implementação da “cunhagem” da moeda. Papel-moeda: origem na moeda-papel, quando pessoas tinham ouro e guardavam em casas especiais que emitiam um certificado de depósito. Bancos comerciais privados: bancos passaram a emitir notas e recibos bancários que circulavam como moeda, dando origem ao papel-moeda.
  • 4. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Padrão-ouro: emissão do papel-moeda lastreado em ouro, que acabou se tornando um obstáculo para a expansão das economias nacionais e comércio internacional. Moeda de curso-forçado: a partir de 1920, a emissão de moeda passou a ser livre. Bretton Woods (1944): regime de moeda lastreada, na qual o dólar americano passa a ser moeda internacional respeitando o padrão-ouro. Em 1971, foi suspenso o padrão-ouro e quase todas as moedas nacionais do mundo passaram a ser fiduciárias. 11.2 Funções e tipos de moeda • instrumento ou meio de trocas; • denominador comum monetário; • reserva de valor.
  • 5. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário 11.2.1 Tipos de moeda: • moedas metálicas; • papel-moeda; • moeda escritural ou bancária. As duas primeiras são denominadas moedas manuais, por estarem em poder do público. 11.3 Oferta da moeda: suprimento de moeda para atender às necessidades da coletividade. 11.3.1 Conceito de meios de pagamento: total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata. Liquidez: capacidade da moeda de ser um ativo prontamente disponível e aceito para diversas transações.
  • 6. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Os meios de pagamento são dados, tradicionalmente, pela soma da moeda em poder público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais: meios de pagamento = moeda em poder público + depósitos à vista nos bancos comerciais Desmonetização da Economia: diminuição da quantidade de moeda sobre o total de ativos financeiros decorrente de as pessoas procurar e se defender da inflação com aplicações financeiras que rendem juros. Monetização da Economia: com inflação baixa, as pessoas mantêm mais moeda que não rende juros em relação aos demais ativos financeiros. Grau de monetização ou desmonetização: M1/M4
  • 7. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Criação e Destruição de Moeda: se devem, respectivamente, devido o aumento do volume de meios de pagamento ou quando se faz uma redução dos meios de pagamento. 11.3.2 Oferta de Moeda pelo Banco Central: o BC regula o montante de moeda, crédito, taxas de juros e câmbio, de forma compatível com o nível de atividade econômica e o equilíbrio do balanço de pagamentos. Suas funções clássicas: • execução da política monetária; • banco emissor; • banco dos bancos; • banco do governo; • controle e regulamentação da oferta de moeda; • execução da política cambial e administração do câmbio; • fiscalização das instituições financeiras.
  • 8. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Instrumentos de política monetária: • controle das emissões; • depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias; • operações com mercado aberto; • operações de redesconto. O BC afeta o fluxo da moeda pela regulamentação desta e do crédito. 11.3.3 Oferta de moeda pelos bancos comerciais. O multiplicador monetário: parte dos depósitos à vista e compulsórios são guardados pelos bancos comerciais, o restante pode ser emprestado a seus clientes. Multiplicador de base monetária: a base é a soma da moeda em poder do público e das reservas bancárias. Fórmula: m=saldo dos meios de pagamento/saldo da base monetária.
  • 9. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário 11.4 Demanda de moeda: quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, em média, seja com o público ou no cofre das empresas ou em depósitos nos bancos comerciais. Razões pelas quais se retém moeda: • demanda de moeda para transações; • demanda de moeda por precaução; • demanda de moeda por especulação. 11.5 O papel das taxas de juros 11.5.1 Taxa de juros nominal e taxa de juros real: medem, respectivamente, o preço pago a poupador por suas decisões de poupar; e mede o retorno de uma aplicação em termos de quantidades de bens.
  • 10. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário 11.6 Moeda, nível de atividade e inflação: interligação entre o lado real e o lado monetário da economia 11.6.1 Teoria quantitativa da moeda: relação entre volume de moeda e lado real da economia. Velocidade-renda da moeda: número de vezes que o estoque de moeda passa de mão em mão, em certo período, gerando produção e renda. V = PIB nominal/ saldo dos meios de pagamento Teoria quantitativa de moeda: MV = nível geral de preços x nível de renda nacional
  • 11. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário 11.6.2 Moeda e políticas de expansão do nível de atividade Instrumentos para promover a política monetária expansionista: • reduzir taxa de juros básica; • aumentar as emissões de moeda, na medida das necessidades dos agentes econômicos; • diminuir a taxa do compulsório; • recomprar títulos políticos no mercado; • diminuir a regulamentação no mercado de crédito. Elasticidade dos investimentos em relação às taxas de juros: resposta dos investimentos em relação à taxa de juros de mercado. 11.6.3 A relação entre a oferta monetária e o processo inflacionário: política antiinflacionária deve centrar-se mais no controle da demanda agregada.
  • 12. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Instrumentos recomendados de política monetária seriam dirigidos no sentido de “enxugar” os meios de pagamento: • aumento da taxa de juros básica (Selic); • controle das emissões pelo Banco Central; • venda de títulos públicos, retirando moeda de circulação; • elevação da taxa sobre as reservas compulsórias; • alteração das normas e regulamentação da concessão de créditos. 11.6.4 Eficácia das políticas monetária e fiscal: pode ser avaliada a partir de sua velocidade de implementação, pelo grau de intervenção na economia e pela importância relativa das taxas de juros e do multiplicador keynesiano.
  • 13. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Influência do papel da taxa de juros e do multiplicador keynesiano: a)Quanto maior a sensibilidade dos investimentos em relação à taxa de juros, maior a eficácia da política monetária. b)Quanto maior a sensibilidade da demanda especulativa relativamente à taxa de juros, menor a eficácia. c)Quanto maior o valor do multiplicador keynesiano de gastos, maior eficácia da política fiscal. 11.7 Sistema financeiro: deve ser forte e bem diversificado para atrair poupanças nacionais e estrangeiras. 11.7.1 Segmentos do sistema financeiro: Mercado monetário: são feitas operações de curto prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos.
  • 14. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Mercado de Crédito: são atendidas as necessidades de recursos de curto, médio e longo prazo, principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de bens de consumo duráveis e da demanda de capital de giro das empresas. Mercado de Capitais: segmento que supre exigências de recursos de médio e de longo prazos, com vistas à realização de investimentos em capital. São típicos desse mercado os derivativos. Mercado Cambial: compra e venda de moeda estrangeira, para atender a diversas finalidades. Mercado de Seguros, Capitalização e Previdência Privada: são coletados recursos financeiros ou poupanças destinados à cobertura de finalidades específicas.
  • 15. Capítulo 11 Determinação da Renda e do Produto Nacional: O Lado Monetário Mercados Primários e Secundários: são, respectivamente, aqueles em que se realiza primeira compra/venda de um ativo recém-emitido e aqueles que negociam ativos financeiros já negociados anteriormente. Mercados à Vista, Futuros e Opções: • à vista: negociam apenas ativos com preços à vista; • futuros: negociam os preços esperados de certos ativos e mercadorias para certa data futura; • de opções: negociam opções de compra/venda de determinados ativos em data futura.