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PONTIF´                    ´
      ICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS
               Instituto de Inform´tica
                                  a




LOCALIZACAO DE PLACAS DE VE´
        ¸˜                 ICULOS BASEADA EM
            METODOS ESTAT´
             ´            ISTICOS




                               Edgard Davidson Costa Cardoso




                   Belo Horizonte
                        2006
Edgard Davidson Costa Cardoso




LOCALIZACAO DE PLACAS DE VE´
        ¸˜                 ICULOS BASEADA EM
            METODOS ESTAT´
             ´            ISTICOS




                     Trabalho de Diploma¸˜o apresentado ao Curso
                                           ca
                     de Gradua¸˜o em Sistemas de Informa¸˜o
                                 ca                              ca
                     da Pontif´ıcia Universidade Cat´lica de Minas
                                                     o
                     Gerais, como requisito parcial para obten¸˜o do
                                                              ca
                     Grau de Bacharel em Sistemas de Informa¸˜o.ca

                     Orientador: Prof. Silvio J. F. Guimar˜es, D.Sc..
                                                          a




                 Belo Horizonte
                     2006

                       ii
Edgard Davidson Costa Cardoso



   LOCALIZACAO DE PLACAS DE VE´
           ¸˜                 ICULOS BASEADA EM
               METODOS ESTAT´
                ´            ISTICOS



                          Trabalho de Diploma¸˜o apresentado ao Curso de
                                                 ca
                          Gradua¸˜o em Sistemas de Informa¸˜o da Pontif´
                                  ca                          ca            ıcia
                          Universidade Cat´lica de Minas Gerais, como requisito
                                           o
                          parcial para obten¸˜o do Grau de Bacharel em Sistemas
                                            ca
                          de Informa¸˜o.
                                     ca



Aprovada em                de 2006




BANCA EXAMINADORA:



                   Prof: Silvo Jamil F. Guimar˜es, D.Sc.
                                              a
              Pontif´ Universidade Cat´lica de Minas Gerais
                    ıcia                 o



                               Professor
              Pontif´ Universidade Cat´lica de Minas Gerais
                    ıcia              o



                               Professor
              Pontif´ Universidade Cat´lica de Minas Gerais
                    ıcia              o




                            Belo Horizonte
                                  2006

                                     iii
Resumo

       No meio acadˆmico, v´rias pesquisas vem sendo apresentadas sobre o reconhe-
                      e          a
cimento de placas de ve´  ıculos, utilizando o processamento de imagens. A utiliza¸ao de c˜
t´cnicas de OCR (Optical Character Recognition) ´ extremamente importante para a
 e                                                          e
identifica¸˜o de placas de ve´
         ca                      ıculos, em um ambiente controlado ou n˜o. Entretanto,
                                                                               a
o simples fato de utiliz´-las, n˜o garante, suficientemente, a sua perfeita identifica¸˜o.
                         a         a                                                        ca
Nesse caso, procedimentos que aux´       ıliem a localiza¸˜o e a identifica¸˜o da referida placa
                                                         ca               ca
devem prover, de forma satisfat´ria, a condi¸˜o ideal para que o uso do OCR seja eficiente e
                                  o              ca
eficaz. De fato, o fator cr´ıtico de sucesso para o reconhecimento autom´tico dos caracteres
                                                                            a
contidos na placa ´ uma etapa anterior de localiza¸˜o. Nesse contexto, este trabalho tem
                   e                                     ca
como objetivo desenvolver um m´todo capaz de localizar a placa do ve´
                                     e                                       ıculo e preparar os
caracteres de tal forma que um algoritmo de OCR possa reconhecer e identific´-las, com a
a m´ınima interven¸˜o humana. O m´todo proposto utiliza t´cnicas de processamento de
                   ca                      e                       e
imagens aplicada na an´lise estat´
                         a            ıstica dos perfis de linha da imagem.




                                               iv
Lista de Tabelas

 4.1 Tabela que demonstra as caracter´
                                     ısticas das imagens utilizadas no trabalho    24
 4.2 Tabela que demonstra as caracter´
                                     ısticas de hardware e software utilizados .   25
 4.3 Tabela que demonstra os tempos m´dios obtidos do algoritmo em cada etapa
                                       e                                           25
 4.4 Tabela que demonstra a taxa de acerto da etapa de localiza¸˜o da placa e
                                                                 ca
     da etapa de prepara¸˜o dos caracteres, utilizando placas de v´rios pa´
                        ca                                        a       ıses .   26




                                       v
Lista de Figuras

 2.1 a) flood-fill com 4 dire¸˜es; b) flood-fill com 8 dire¸˜es . . . . . . . . . . . .
                             co                             co                             7
 2.2 Ilustra¸˜o que demonstra o comportamento do perfil de linha em trˆs linhas
            ca                                                               e
     distintas da imagem. a) Imagem Original; b) Perfil de Linha 1 (linha
     superior); c) Perfil de Linha 2 (linha central); d) Pefil de linha 3 (linha
     inferior) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   7

 3.1 Vis˜o macro da seq¨ˆncia l´gica das etapas . . . . . . . . . . . . . . . . .
         a                ue      o                                                    . 12
 3.2 Demonstra¸˜o do perfil de linha. a) Imagem original com duas an´lises
                 ca                                                            a
     de “assinatura”ortogonais ` placa. b) Perfil de linha superior, cortando os
                                 a
     far´is. c) Perfil de linha inferior cortando a placa. . . . . . . . . . . . . .
        o                                                                              . 13
 3.3 Identifica¸˜o dos pontos de m´ximos e m´
               ca                     a           ınimos, a partir da an´lise es-
                                                                            a
     tat´
        ıstica do perfil de linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . 16
 3.4 Linha encontrada com base na an´lise estat´
                                         a         ıstica do perfil de linha. . . .     . 19
 3.5 Regi˜o encontrada ap´s analisar a condensa¸˜o dos pontos de m´ximo . .
           a                o                      ca                     a            . 20
 3.6 Estruturas de dados utilizadas para localiza¸˜o da placa a) Estrutura de
                                                    ca
     dados para localiza¸˜o da linha candidata; b) Estrutura de dados usada
                          ca
     para localizar as coordenadas exatas da placa na linha candidata identifi-
     cada pela estrutura da Figura a). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     . 20
     ´
 3.7 Area dos caracteres localizada com a utiliza¸˜o do flood-fill adaptado. . .
                                                   ca                                  . 22

 4.1 Resultado do algoritmo de localiza¸˜o da placa em diversos n´
                                       ca                         ıveis de lumi-
     nosidade, ˆngulo de distˆncia de tomada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
               a             a
 4.2 Resultado do algoritmo de prepara¸˜o dos caracteres em diversos n´
                                        ca                               ıveis de
     luminosidade, ˆngulo de distˆncia de tomada . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
                    a            a
 4.3 Exemplo de uma situa¸˜o em que o m´todo proposto falha. 4.3(a) Imagem
                           ca              e
     da placa indicando um perfil de linha. 4.3(b) Exemplo de um perfil de linha
     em que o m´todo proposto n˜o ´ capaz de identificar a “assinatura”. . . . . 27
                 e               a e




                                            vi
Sum´ rio
   a

1 Introdu¸˜o
         ca                                                                                                                                          1

2 Revis˜o Bibliogr´fica
       a           a                                                                                                                                 5
  2.1 Defini¸˜es . . . . . . .
            co                   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   5
  2.2 Flood Fill . . . . . . .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   6
  2.3 Perfil de Linha . . . .     .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   7
  2.4 Trabalhos Relacionados     .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   .   8

3 M´todo Proposto
     e                                                                                                                                               11
  3.1 Localiza¸˜o da Placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
              ca                                                                                                                                     12
  3.2 Prepara¸˜o dos Caracteres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
              ca                                                                                                                                     21
  3.3 Reconhecimento dos Caracteres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .                                                                  22

4 Experimentos e Resultados                                                                                                                          24

5 Conclus˜o
         a                                                                            28
  5.1 Sugest˜o de Estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
            a

Bibliografia                                                                                                                                          30
Cap´tulo 1
   ı

       ¸˜
Introducao


      O uso de sistemas de informa¸˜o baseados em recupera¸˜o de informa¸˜es vem, a
                                  ca                      ca            co

cada dia, se consolidando como uma importante ´rea de estudo, recebendo, conseq¨en-
                                              a                                u

temente, uma consider´vel aten¸˜o no meio acadˆmico, devido ` sua capacidade de criar
                     a        ca              e             a

mecanismos, que viabilizam o desenvolvimento de t´cnicas e m´todos, a fim de otimizar
                                                 e          e

ou automatizar processos de reconhecimento, extra¸˜o, indexa¸˜o e recupera¸˜o de in-
                                                 ca         ca            ca

forma¸˜es de interesse em uma imagem digital.
     co


      Apesar de todo o desenvolvimento tecnol´gico j´ alcan¸ado na ´rea da computa¸˜o,
                                             o      a      c       a              ca

a recupera¸˜o de informa¸˜es baseadas na an´lise de imagens mostra-se muito dif´ e
          ca            co                 a                                   ıcil

complexa.


      No entanto, mesmo com otimiza¸˜es ou automatiza¸˜es sendo realizadas nos referi-
                                   co                co

dos processos, seja no reconhecimento ou extra¸˜o de dados, seja na indexa¸˜o ou na recu-
                                              ca                          ca

pera¸˜o desses dados utilizando algoritmos de buscas, ainda existem v´rios desafios cau-
    ca                                                               a

sados pelo r´pido crescimento do volume de informa¸˜es definidas como “interessantes”,
            a                                     co

para um determinado grupo de pessoas ou organiza¸˜es, em detrimento da falta de ca-
                                                co

pacidade em como administr´-las.
                          a


      Contudo, cresce cada vez mais a necessidade de desenvolver sistemas de recu-



                                           1
´               ¸˜
CAPITULO 1. INTRODUCAO                                                                 2


pera¸˜o de informa¸˜o autom´ticos, para serem aplicados `s v´rias atividades cotidianas,
    ca            ca       a                            a a

a fim de gerar procedimentos eficientes e eficazes, reduzindo, ou at´ mesmo eliminando,
                                                                 e

processos que at´ ent˜o seriam caros, demorados e propensos ` erros.
                e    a                                      a


       Sobre esse contexto, especificamente na ´rea de processamento de imagens, ´
                                              a                                 e

poss´ citar v´rios exemplos de aplica¸˜o que est˜o baseadas nessas necessidades, tais
    ıvel     a                       ca         a

como sensoriameto remoto, rob´tica, medicina, biometria, reconhecimento ´tico de carac-
                             o                                          o

teres, assinaturas, c´digos de barras, placa de ve´
                     o                            ıculos, entre outros.


       Por sua vez, ´ poss´ perceber que mesmo essas aplica¸˜es estando inseridas na
                    e     ıvel                             co

a
´rea de processamento de imagens, cada uma necessita de t´cnicas ou m´todos diferentes,
                                                         e           e

definindo com isso, uma grande variedade de sub-´reas de conhecimento, elevando natu-
                                               a

ralmente uma grande varia¸˜o de pesquisas, muitas vezes utilizadas em conjunto, a fim
                         ca

de solucionar um determinado tipo de problema.


       Um exemplo disso pode ser visto na pesquisa que aborda o reconhecimento da

placa de ve´
           ıculos. Sobre esse assunto, ´ poss´ estudar uma variedade de t´cnicas, seja
                                       e     ıvel                        e

na compreens˜o de determinadas informa¸˜es contidas na imagem utilizando t´cnicas de
            a                         co                                  e

OCR (“Optical Recognition Characters”), seja na implementa¸˜o de filtros que possi-
                                                          ca

bilitem a segmenta¸˜o de elementos espec´
                  ca                    ıficos em determinadas ´reas ou na identifica¸˜o
                                                              a                    ca

de padr˜es que podem definir um grupo ou v´rios grupos de dados.
       o                                 a


       Apesar de, inicialmente, o trabalho de reconhecimento da placa de ve´
                                                                           ıculos parecer

uma aplica¸˜o de solu¸˜o trivial, pois o objeto do reconhecimento, a placa, ´ constitu´
          ca         ca                                                     e         ıda

de caracteres impressos com formas bem definidas, induzindo ao pensamento que a simples

utiliza¸˜o de um sistema de reconhecimento ´tico de caractere OCR convencional pode,
       ca                                  o

sem grande dificuldade, resolver o problema. Entretanto, a realidade mostra o contr´rio.
                                                                                  a

Os algoritmos de OCR existentes no mercado n˜o s˜o suficientes para reconhecer em uma
                                            a a

imagem, os caracteres contidos na placa de um ve´
                                                ıculo. Esse fato poder ser entendido por

meio de v´rios fatores, entre eles o fato de que:
         a
´               ¸˜
CAPITULO 1. INTRODUCAO                                                                                        3


       • os algoritmos de OCR trabalham com imagens bin´rias, j´ as imagens de ve´
                                                       a       a                 ıculos

         s˜o coloridas ou em n´
          a                   ıveis de cinza;

       • os referidos algoritmos n˜o foram concebidos com o prop´sito de identificar carac-
                                  a                             o

         teres em um ambiente espec´
                                   ıfico com o de placa de ve´
                                                            ıculos;

       • a simples segmenta¸˜o por meio de uma binariza¸˜o1 da imagem da placa n˜o ´ sufi-
                           ca                          ca                       a e

         ciente para o bom funcionamento do OCR, pois eventualmente essa t´cnica sozinha
                                                                          e

         n˜o ´ capaz de segmentar os caracteres.
          a e



          Al´m desses fatores, o reconhecimento da placa do ve´
            e                                                 ıculo apresenta caracter´
                                                                                      ısticas

pr´prias advindas, por exemplo, de diversos efeitos introduzidos por fatores, como a ve-
  o

locidade de deslocamento do ve´
                              ıculo, o ˆngulo de tomada da imagem, a distˆncia e a
                                       a                                 a

qualidade t´cnica do equipamento de captura, a luminosidade natural ou falta da mesma,
           e

sombra, reflexo, diferen¸as de padr˜o, estado da placa, entre outras adversidades, que
                       c          a

tornam o problema muito mais complexo de ser tratado.


          Apesar da identifica¸˜o manual da placa ser uma atividade simples, ela ´ restrin-
                             ca                                                 e

gida com a intr´
               ınseca limita¸˜o humana, quando se tem um grande fluxo de ve´
                            ca                                            ıculos,

caracterizando-se em um processo lento, ou at´ mesmo invi´vel. Essa limita¸˜o se d´ pela
                                             e           a                ca      a

falta de uma ferramenta espec´
                             ıfica capaz de fazer a identifica¸˜o dos caracteres contidos
                                                            ca

nas placas de autom´veis. Com um sistema automatizado, o ganho n˜o se restringe
                   o                                            a

t˜o somente ao tempo de resposta, mas principalmente na imediata disponibilidade da
 a

informa¸˜o para uso em in´meras aplica¸˜es.
       ca                u            co


          Um sistema de informa¸˜o autom´tico de reconhecimento da placa de um ve´
                               ca       a                                        ıculo

pode auxiliar e aumentar o desempenho de diversos setores, que necessitam desta in-

forma¸˜o para desenvolverem seu trabalho e mesmo ampliar para outros usu´rios em
     ca                                                                 a

potencial. Um sistema de reconhecimento autom´tico de placas seria um excelente aliado
                                             a
   1
                     ´
    Onde a imagem e convertida de n´vel de cinza para preto e branco, a partir de um limiar determinado. Valores
                                    ı
abaixo do limiar assumem preto. Valores acima do limiar assumem branco.
´               ¸˜
CAPITULO 1. INTRODUCAO                                                                 4


aos ´rg˜os de fiscaliza¸˜o, aos estacionamentos de grande rotatividade, `s concession´rias
    o a               ca                                               a            a

das rodovias privatizadas e ` outros setores que possam fazer uso da informa¸˜o colocada
                            a                                               ca

rapidamente ` disposi¸˜o de forma facilitada e com um custo mais baixo.
            a        ca


       O grande problema de identifica¸˜o de placa de ve´
                                     ca                ıculos ´ que como j´ mencionado,
                                                              e           a

o simples fato de utilizar um OCR ´ necess´rio, entretanto, n˜o ´ suficiente para a sua
                                  e       a                  a e

identifica¸˜o. Assumindo este fato como verdade, ´ necess´rio, a priori, o desenvolvimento
         ca                                     e       a

de um algoritmo que seja capaz de “entender”o que ´ placa e ap´s esse “entendimento”,
                                                  e           o

ser capaz de preparar os caracteres de forma satisfat´ria a ponto de que um algoritmo de
                                                     o

OCR possa reconhecˆ-los.
                  e


       Este trabalho tem como objetivo desenvolver um m´todo capaz de localizar a placa
                                                       e

do ve´
     ıculo e preparar os caracteres, de tal forma que um algoritmo de OCR possa reconhe-

cer e identific´-los, com a m´
              a             ınima interven¸˜o humana. Esse m´todo utiliza t´cnicas de
                                          ca                e              e

processamento de imagens aplicada na an´lise estat´
                                       a          ıstica dos perfis de linha da imagem.


       O trabalho est´ organizado da seguinte forma: No Cap´
                     a                                     ıtulo 2, s˜o apresentadas as
                                                                     a

revis˜es bibliogr´ficas e as defini¸˜es utilizadas ao longo do trabalho, al´m de uma breve
     o           a               co                                      e

abordagem sobre o estado da arte dos trabalhos relacionados publicados na literatura. O

Cap´
   ıtulo 3 descreve o metodologia utilizada no trabalho, abordando o m´todo de local-
                                                                      e

iza¸˜o e prepara¸˜o dos caracteres da placa, para serem reconhecidos por um algoritmo
   ca           ca

de OCR. A an´lise dos experimentos e os resultados do trabalho s˜o descritos no Cap´
            a                                                   a                  ıtulo

4, onde ´ poss´ analisar o desempenho do m´todo desenvolvido. O Cap´
        e     ıvel                        e                        ıtulo 5 descreve

as conclus˜es obtidas com o desenvolvimento deste trabalho e as sugest˜es de estudos
          o                                                           o

futuros.
Cap´tulo 2
   ı

Revis˜ o Bibliogr´ fica
     a           a


2.1         ¸˜
       Definicoes

Defini¸˜o 2.1.1 Imagem Digital ⇒ Segundo [GW02], uma imagem digital pode ser des-
     ca

crita por uma fun¸˜o f(x,y), que assume M linhas e N Colunas.
                 ca


                                                                               
                             f (0, 0)      f (0, 1)      ···     f (0, N − 1)
                             f (1, 0)      f (1, 1)      ···     f (1, N − 1)
                                                                               
                                                                               
            f (x, y) =          .             .                       .        
                       
                                .
                                 .             .
                                               .     ···               .
                                                                       .
                                                                                
                                                                                
                           f (M − 1, 0) f (M − 1, 1) · · · f (M − 1, N − 1)


Defini¸˜o 2.1.2 M´dia Aritm´tica ⇒ A m´dia aritm´tica pode ser descrita como um
     ca         e         e          e         e

conjunto de n observa¸˜es x1 , x2 , ..., xn , onde a soma dos valores dessas observa¸oes ´
                     co                                                             c˜ e

o quociente da divis˜o por estas n observa¸˜es. A m´dia ´ largamente empregada, para
                    a                     co       e    e

indicar a tendˆncia central de um conjunto de observa¸˜es[FSC98]. A m´dia aritm´tica
              e                                      co              e         e

´ denominada por x:
e                ¯




                                  x1 + x2 + ... + xn        xi
                             x=
                             ¯                       =                               (2.1)
                                          n                n



                                              5
´             ˜          ´
CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA                                                       6


em que xi ´ o s´mbolo que indica a observa¸˜o de ordem i, onde i = 1,2,...,n.
          e    ı                          ca



Defini¸˜o 2.1.3 Variˆncia ⇒ A variˆncia ´ uma medida que indica o grau de dispers˜o,
     ca            a             a     e                                        a

ou variabilidade, em rela¸˜o ao valor central de um determinado conjunto de observa¸˜es
                         ca                                                        co

[FSC98]. Considerando ent˜o a soma dos quadrados dos desvios em rela¸˜o ` m´dia, e
                         a                                          ca a e

sendo denotada por s2 e ´ definida como:
                        e

                                          (xi − x)2
                                                ¯
                                  s2 =                                               (2.2)
                                             n


Defini¸˜o 2.1.4 Desvio Padr˜o ⇒ Ao contr´rio da variˆncia que envolve a soma dos
     ca                   a            a           a

quadrados de um conjunto de observa¸˜es e que n˜o exprime a mesma unidade do conjunto
                                   co          a

de dados original, o desvio padr˜o atrav´s do c´lculo da ra´ quadrada da variˆncia ´ capaz
                                a       e      a           ız                a     e

de obter a mesma unidade de medida dos dados originais [FSC98]. Ent˜o, o desvio padr˜o
                                                                   a                a

´ denotado por s e ´ definido como:
e                  e


                                           (xi − x)2
                                                 ¯
                                 s=                                                  (2.3)
                                              n



2.2    Flood Fill

       O flood-fill ´ um algoritmo que tem como prop´sito preencher ´reas definidas por
                  e                               o               a

componentes conexos da mesma cor, ou na sua forma estendida, componentes conexos den-

tro de um intervalo de cor. Na sua forma cl´ssica o flood-fill necessita de trˆs parˆmetros:
                                           a                                e     a

1- Ponto inicial P (x, y); 2- Nova cor de preenchimento; 3- Cor anterior do componente

conexo. Na sua forma estendida, a cor anterior do componente conexo n˜o precisa ser
                                                                     a

uma cor espec´
             ıfica, mas um intervalo de cores pr´-determinadas.
                                               e


       Existem algumas formas nas quais o algoritmo pode ser estruturado, entretanto ele

sempre usa uma estrutura expl´
                             ıcita ou impl´
                                          ıcita de pilha, que ´ a sua forma recursiva. O
                                                              e

caminhamento do algoritmo pode ser implementado de duas formas: com quatro dire¸˜es,
                                                                               co
´             ˜          ´
CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA                                                             7


ou com oito dire¸˜es como ilustrado na Figura 2.1. A diferen¸a ´ que com oito dire¸˜es,
                co                                          c e                   co

o algoritmo ´ capaz preencher ´reas que o de quatro dire¸˜es n˜o tem acesso, devido `
            e                 a                         co    a                     a

vizinhan¸a que cada um consegue alcan¸ar.
        c                            c




                                         (a)          (b)

                                                  ¸˜                          ¸˜
                Figura 2.1: a) flood-fill com 4 direcoes; b) flood-fill com 8 direcoes



2.3     Perfil de Linha

       O perfil de linha de uma imagem com 256 tons de cinza ´ uma proje¸˜o da dis-
                                                            e          ca

tribui¸˜o do n´ de cinza de cada pixel contido em cada posi¸˜o ao longo de uma deter-
      ca      ıvel                                         ca

minada linha. O perfil de linha P Lx de uma imagem f poder ser definido por:


                             P Lx = {f (x, y), ∀y ∈ [0, N − 1]}                            (2.4)



onde x ´ a linha que est´ sendo analisada, y ´ a coluna e N ´ a largura da imagem f
       e                a                    e              e

analisada. [MG04]




          (a)                      (b)                      (c)                      (d)

                   ¸˜
Figura 2.2: Ilustracao que demonstra o comportamento do perfil de linha em trˆ s linhas distintas
                                                                             e
da imagem. a) Imagem Original; b) Perfil de Linha 1 (linha superior); c) Perfil de Linha 2 (linha
central); d) Pefil de linha 3 (linha inferior)
´             ˜          ´
CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA                                                      8


2.4    Trabalhos Relacionados

       No trabalho desenvolvido por [BDRBC97], foi proposto um m´todo de localiza¸˜o
                                                                e                ca

de placas, baseado no fato de que a ´rea da placa possui um padr˜o de varia¸˜o tonal
                                    a                           a          ca

diferente do restante da imagem. A essa caracter´
                                                ıstica deu-se o nome de “assinatura”,

que em outras palavras, ´ a ´rea prov´vel da localiza¸˜o da placa, a partir de um padr˜o
                        e a          a               ca                               a

previamente observado. A referida “assinatura”´ caracterizada por sucessivos pontos de
                                              e

m´ximos e m´
 a         ınimos, caracterizados pela intercala¸˜o de caracteres e fundo presentes no
                                                ca

perfil de linha, que corta horizontalmente a regi˜o da placa. Por fim, no referido tra-
                                                a

balho, ap´s a localiza¸˜o de uma linha que possui as caracter´
         o            ca                                     ısticas de uma “assinatura”,

a localiza¸˜o da placa dar-se-´ pela compara¸˜o de caracter´
          ca                  a             ca             ısticas pr´-definidas empiri-
                                                                     e

camente com medidas calculadas dinamicamente, como distˆncia e amplitude dos pontos
                                                       a

de m´ximos e m´
    a         ınimos da linha candidata.


       A t´cnica descrita em [BDRBC97] apresenta um bom desempenho, entretanto, os
          e

autores n˜o explicitaram como a “assinatura”tratou da dificuldade de identificar quais
         a

pontos m´ximos e m´
        a         ınimos s˜o relevantes para a identifica¸˜o da assinatura, que muitas
                          a                             ca

vezes retorna um falso positivo, devido ` presen¸a de outros elementos na imagem com a
                                        a       c

mesma caracter´
              ıstica.


       Para tratar essa dificuldade, [MG04] aperfei¸oou o m´todo de localiza¸˜o de placas
                                                  c       e                ca

desenvolvido por [BDRBC97], utilizando para isso operadores morfol´gicos de white-top
                                                                  o

hat e black top-hat concebido por [SER88], para filtrar o perfil de linha com o prop´sito
                                                                                  o

de diminuir a ocorrˆncia de falsos positivos na an´lise da assinatura.
                   e                              a


       J´ [CPR04] apresentou uma t´cnica baseada na variˆncia do perfil de linha, para
        a                         e                     a

localizar a placa. O algoritmo proposto pelo autor identifica a linha de maior variˆncia
                                                                                  a

na imagem, e ap´s encontrada, ´ determinada uma faixa ´tima que segundo o autor,
               o              e                       o

´ a faixa prov´vel onde est´ localizada a placa. Ap´s encontrada essa faixa ´tima, o
e             a            a                       o                        o
´             ˜          ´
CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA                                                                                9


algoritmo percorre novamente a imagem em busca da localiza¸˜o da ´rea candidata. Nesta
                                                          ca     a

nova itera¸˜o, o algoritmo encontra o valor do limiar calculado a partir dos valores do
          ca

maior e menores picos da linha amostrada. Para analisar os picos encontrados na an´lise
                                                                                  a

anterior, o algoritmo trabalha com valores pr´-definidos, que caracterizam a largura da
                                             e

placa. Segundo o autor, a abordagem utilizada no m´todo proposto mostrouse eficiente
                                                  e

na localiza¸˜o e extra¸˜o de placas de ve´
           ca         ca                 ıculos. Entretanto, a referida abordagem, est´
                                                                                      a

condicionada ao conjunto de imagens testadas. Este fato fica transparente se for observado

que o autor utilizou valores pr´-definidos para determinar a faixa ´tima e para determinar
                               e                                  o

a largura da placa, al´m de n˜o levar em considera¸˜o a presen¸a de outros elementos na
                      e      a                    ca          c

imagem com a mesma caracter´
                           ıstica da “assinatura”.


        O trabalho de [SS00] tamb´m aborda a t´cnica de “assinatura”para localizar o
                                 e            e

padr˜o de varia¸˜o tonal, efetuando uma busca em toda a imagem ` procura de linhas
    a          ca                                              a

horizontais que possuam um padr˜o diferente do restante da imagem. Ap´s encontrar a
                               a                                     o

a
´rea que mais se enquadra ao padr˜o da “assinatura”, o algoritmo passa para uma segunda
                                 a

fase onde a regi˜o encontrada ´ binarizada, utilizando o algoritmo Niblack 1 proposto por
                a             e

[NIB86], para ser analisada posteriormente por um algoritmo de procura e verifica¸˜o de
                                                                                ca

d´
 ıgitos.


        [SCY00] propˆs um m´todo que tamb´m se enquadra na categoria an´lise da “assi-
                    o      e             e                             a

natura”por varia¸˜o tonal. O referido trabalho, no entanto, realiza um pr´-processamento
                ca                                                       e

aplicando o operador unidimensional Sobel 2 , que pode ser visto com mais detalhes em

[GW02]. Em cada linha da imagem, utiliza-se uma m´scara M = [−1, 0, 1] sobre a ima-
                                                 a

gem para real¸´-la, afim de explicitar mais o contraste existente entre os caracteres e o
             ca

fundo da imagem. O operador Sobel tem o objetivo de pr´-processar a imagem, com o
                                                      e

prop´sito de facilitar a identifica¸˜o do perfil que caracteriza a placa. O referido m´todo
    o                             ca                                                e

pode ser visto tamb´m no trabalho desenvolvido por [FER03]. Os picos encontrados no
                   e
   1
     Algoritmo que calcula para cada pixel da imagem a m´ dia e o desvio padr˜ o da vizinhanca em torno dele, e a
                                                           e                   a             ¸
seguir, compara o valor do pixel analisado com o limiar f (x, y). Se o valor do pixel for maior que f (x, y), ele e
                                                                                                                  ´
                                                   ´
considerado pertencente ao fundo, caso contr´ rio, e considerado pertencente a algum objeto.
                                              a
   2
                                             ¸˜
     Operador utilizado para realizar a deteccao de borda em uma imagem.
´             ˜          ´
CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA                                                      10


perfil de linha menores que um valor Θ e os picos negativos s˜o descartados. Uma codi-
                                                            a

fica¸˜o em fun¸˜o da largura dos picos ´ feita, resultando em intervalos que representam
   ca        ca                       e

as distˆncias entre os elementos encontrados. A fase subseq¨ente analisa os elementos en-
       a                                                   u

contrados quanto a suas dimens˜es horizontais. Aqueles intervalos que estiverem dentro
                              o

das dimens˜es esperadas s˜o agrupados at´ formarem grupos com dimens˜es pr´ximas as
          o              a              e                           o     o

das placas. Devido ` possibilidade de existirem diversas ´reas candidatas, ´ necess´rio
                   a                                     a                 e       a

um modo de verificar qual delas ´ realmente v´lida. Este procedimento ´ feito atrav´s de
                               e            a                        e            e

uma procura bidirecional nas linhas adjacentes ` linha amostrada. Quando um grupo de
                                               a

linhas ´ aproximadamente igual a dimens˜o vertical dos caracteres, este ´ considerado o
       e                               a                                e

local da placa.


       Outro trabalho que tamb´m apresenta a utiliza¸˜o da “assinatura”´ o desenvolvido
                              e                     ca                 e

por [YM05], que como o trabalho de [SCY00] e [FER03], utiliza o operador unidimen-

sional Sobel para determinar ´reas candidatas a placa e usa a morfologia matem´tica para
                             a                                                a

efetivamente localizar ` placa.
                       a


       Dentre os in´meros trabalhos relacionados na literatura que tratam do assunto
                   u

desta monografia, foi conveniente destacar aqueles que possuem alguma influˆncia sobre o
                                                                         e

modelo proposto neste trabalho. Entretanto, existe outro grande n´mero de trabalhos que
                                                                 u

utilizaram outros tipos de t´cnicas para localizar a placa que valem a pena ser brevemente
                            e

citados, como por exemplo o trabalho de [YS05], que utiliza de t´cnicas de l´gica Fuzzy;
                                                                e           o

o desenvolvido por [GRT02], [KTK+ 03], [TK99], que utiliza de redes neurais artificiais,

o proposto por [YGN+ 03] que localiza a placa utilizando uma combina¸˜o da t´cnica de
                                                                    ca      e

Hough concebida inicialmente por [Hou62] para localizar linhas em uma imagens e uma

t´cnica denominada pelo autor de Voted Block Matching, para localizar a regi˜o da placa.
 e                                                                          a
Cap´tulo 3
   ı

M´ todo Proposto
 e


      Para realizar este trabalho, foram assumidas duas premissas b´sicas, que condi-
                                                                   a

cionaram a forma do desenvolvimento de uma seq¨ˆncia l´gica de etapas e, conseq¨en-
                                              ue      o                        u

temente, dos algoritmos necess´rios para o desenvolvimento deste trabalho. As referidas
                              a

premissas s˜o descritas como:
           a



   • Eficiente - que o algoritmo proposto percorra o m´
                                                     ınimo poss´ na imagem;
                                                               ıvel

   • Adapt´vel - que o algoritmo se adapte `s situa¸˜es de varia¸˜o de luminosidade,
          a                                a       co           ca

     contraste e resolu¸˜o de cada imagem de forma dinˆmica.
                       ca                             a



      Tendo em vista que o principal fator cr´
                                             ıtico de sucesso para um sistema de iden-

tifica¸˜o autom´tico de placas de ve´
     ca       a                    ıculos ´ a fase de localiza¸˜o da placa, o m´todo
                                          e                   ca               e

proposto foca principalmente no referido fator cr´
                                                 ıtico, acreditando que o sucesso de um

OCR depende totalmente do sucesso da etapa de localiza¸˜o. Ademais, atrelando aos ob-
                                                      ca

jetivos apresentados pelas premissas, condicionou-se ao desenvolvimento de uma seq¨ˆncia
                                                                                  ue

l´gica de etapas, que fizesse uso das vantagens apresentadas por cada um dos algoritmos
 o

dos outros trabalhos estudados, evitando suas deficiˆncias. Sendo assim, as etapas pro-
                                                   e

postas neste trabalho foram escolhidas de forma semelhante aos v´rios outros trabalhos
                                                                a

publicados na literatura sobre este mesmo assunto, que em outra palavras, s˜o etapas in-
                                                                           a

                                          11
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                          12


tuitivas e necess´rias para o desenvolvimento de tal trabalho. Como ilustrado da Figura
                 a

3.1, as etapas foram divididas em aquisi¸˜o da imagem, localiza¸˜o da placa, prepara¸˜o
                                        ca                     ca                   ca

dos caracteres e reconhecimento dos caracteres.




                                 a               uˆ
                  Figura 3.1: Vis˜ o macro da seq¨ encia l´ gica das etapas
                                                          o




3.1            ¸˜
       Localizacao da Placa

      A regi˜o onde a placa est´ localizada ´ caracterizada necessariamente por uma
            a                  a            e

varia¸˜o entre pontos de m´ximo e de m´
     ca                   a           ınimo, intercalados com amplitude e distˆncia
                                                                              a
             `
semelhantes. A referida caracter´
                                ıstica, deu-se o nome de “assinatura”, inicialmente pro-

posta por [BDRBC97] e tamb´m utilizada nos trabalhos de [MG04], [CPR04], [SS00],
                          e

[SCY00], [FER03]. A “assinatura”pode ser facilmente observada no perfil de linha da

Figura 3.2.


      A etapa de localiza¸˜o da placa possui como entrada uma imagem digital em n´
                         ca                                                      ıvel

de cinza, que foi previamente adquirida por algum tipo de equipamento de aquisi¸ao de
                                                                               c˜

imagem, cˆmera digital, filmadora, entre outros. Eventualmente, a imagem adquirida
         a

pode ou n˜o conter uma placa. Caso n˜o haja placa na imagem, o algoritmo retorna
         a                          a

as coordenadas da regi˜o que mais se assemelha `s caracter´
                      a                        a          ısticas pr´-definidas de uma
                                                                    e
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                               13




                        ¸˜
Figura 3.2: Demonstracao do perfil de linha. a) Imagem original com duas an´ lises de “assi-
                                                                              a
                    `
natura”ortogonais a placa. b) Perfil de linha superior, cortando os far´ is. c) Perfil de linha
                                                                      o
inferior cortando a placa.

placa. Caso contr´rio, a etapa de localiza¸˜o da placa tem como sa´ as coordenadas
                 a                        ca                      ıda

referentes a placa. Quem vai dizer se a regi˜o selecionada ´ placa ou n˜o ´ a etapa de
                                            a              e           a e

reconhecimento dos caracteres e ser´ explicada com detalhes posteriormente.
                                   a


       O m´todo utilizado neste trabalho para localizar a placa est´ fortemente embasado
          e                                                        a

na estat´
        ıstica descritiva que se justifica para atender a segunda premissa enunciada na

metodologia. A escolha da estat´
                               ıstica, representada aqui neste trabalho por trˆs dos seus
                                                                              e

v´rios conceitos: m´dia(¯), variˆncia(s2 ) e desvio padr˜o(s), adequa-se muito bem ` um
 a                 e    x       a                       a                          a

ambiente com situa¸˜es de varia¸˜o de luminosidade, contraste e resolu¸˜o, como ´ uma
                  co           ca                                     ca        e

situa¸˜o real de um sistema de localiza¸˜o autom´tica de placa de ve´
     ca                                ca       a                   ıculos. Esses trˆs
                                                                                    e

conceitos, na etapa de localiza¸˜o da placa, s˜o utilizados sobre o perfil de linha P Lx .
                               ca             a

A ado¸˜o da estat´
     ca          ıstica neste trabalho ´ necess´ria, para que a an´lise de P Lx seja feita
                                       e       a                  a

de forma dinˆmica, afim de encontrar alguns padr˜es que caracterizam uma placa. Nesta
            a                                  o

etapa, os trˆs conceitos s˜o utilizados da seguinte forma:
            e             a
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                          14



                                           n−1
                                                 P Lx [y]
                                           y=0
                          x(P Lx ) =
                          ¯                                                        (3.1)
                                                  n
                                           n−1
                                                 (P Lx [y] − x(P Lx ))2
                                                             ¯
                                           y=0
                          s2 (P Lx ) =                                             (3.2)
                                                            n
                           s(P Lx ) =       s2 (P Lx )                             (3.3)


       A etapa de localiza¸˜o da placa inicia-se com uma varredura na imagem em busca
                          ca

de linhas horizontais, que possuam um padr˜o de varia¸˜o tonal esperado, caracterizando
                                          a          ca

a “assinatura”. Para reduzir o tempo gasto na procura da placa, as linhas s˜o amostradas
                                                                           a

em intervalos regulares τ . A escolha do valor de τ depende do tamanho dos caracteres

procurados, devendo, entretanto, ser necessariamente menor que a sua dimens˜o vertical.
                                                                           a

Embora quanto maior o valor de τ , mais a premissa de eficiˆncia citada anteriormente
                                                          e

ser´ atendida. Uma imagem f de M linhas pode ter o seu processamento reduzido, se as
   a

linhas a serem analisadas na varredura respeitarem a seguinte defini¸˜o:
                                                                   ca



               f (x , y) = {f (x, y), ∀x ∈ [0, M − 1] ⇔ x mod τ = 0}               (3.4)


onde f (x , y) representa as linhas x da imagem f (x, y), se e somente se, a linha x for

m´ltipla de τ . As linhas, s˜o representadas por x, e y s˜o as colunas.
 u                          a                            a


       Para a compreens˜o do m´todo desenvolvido para localizar a placa, foram criados
                       a      e

dois conceitos: PM ax , que representa um ponto de m´ximo do perfil de linha P Lx da
                                                    a

imagem f e PM in , que representa um ponto de m´
                                               ınimo do perfil de linha P Lx da imagem

f . Os dois conceitos s˜o definidos como:
                       a


                                                    s(P Lx )
             PM ax =      P Lx [y] ≥     x(P Lx ) +
                                         ¯                   ∀y ∈ [0, N − 1]       (3.5)
                                                       λ
                                                    s(P Lx )
             PM in =      P Lx [y] ≤     x(P Lx ) −
                                         ¯                   ∀y ∈ [0, N − 1]       (3.6)
                                                       λ
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                              15


onde P Lx [y] corresponde ao valor do pixel em cada posi¸˜o do perfil de linha P Lx
                                                        ca


       Como j´ citado, a regi˜o onde a placa se encontra ´ fortemente caracterizada por
             a               a                           e

um padr˜o denominado “assinatura”. No trabalho proposto por [MG04], a placa ´ lo-
       a                                                                    e

calizada atrav´s da an´lise das distˆncias dos pontos de m´ximo e m´
              e       a             a                     a        ınimo presentes no

padr˜o da “assinatura”. N˜o obstante, outro trabalho com o mesmo prop´sito desen-
    a                    a                                           o

volvido por [CPR04] determina, a partir da variˆncia do perfil de linha, os pontos de
                                               a

m´ximo e m´
 a        ınimo.


       Neste trabalho, os pontos de m´ximo e m´
                                     a        ınimo s˜o determinados de forma seme-
                                                     a

lhante aos trabalhos de [MG04] e [CPR04]. Entretanto, a estat´
                                                             ıstica ´ usada de forma
                                                                    e

mais efetiva em rela¸˜o ao trabalho de [CPR04] e sem a necessidade de pr´-processamento
                    ca                                                  e

como ´ o caso do trabalho de [MG04]
     e


       Os pontos de m´ximos PM ax e m´
                     a               ınimos PM in s˜o escolhidos, a partir de uma
                                                   a

varredura da esquerda para a direita no perfil de linha P Lx de cada linha x da ima-

gem f . A partir de observa¸˜es emp´
                           co      ıricas do comportamento das caracter´
                                                                       ısticas da

“assinatura”, nota-se que apenas a utiliza¸˜o da m´dia dos valores dos pixels do perfil de
                                          ca      e

linha ´ necess´ria, entretanto, n˜o ´ suficiente para discernir o que ´ ponto de m´ximo e
      e       a                  a e                                 e           a

o que ´ ponto de m´
      e           ınimo de forma coesa.


       Observando a diferen¸a abrupta de tons de cinza referentes ao fundo da placa
                           c

em rela¸˜o aos seus caracteres, ´ poss´ notar duas caracter´
       ca                       e     ıvel                 ısticas marcantes da “assi-

natura”:



   • Uma aplitude dos n´
                       ıveis de cinza entre o fundo da placa e seus respectivos caracteres.

   • Uma condensa¸˜o entre os pontos de m´ximos e m´
                 ca                      a         ınimos da amplitude.



       A partir dessas duas caracter´
                                    ısticas, ´ ent˜o necess´rio atribuir duas pr´-condi¸˜es,
                                             e    a        a                    e      co

para diminuir a taxa de falsos positivos:
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                                16


   • s2 (P Lx ) < (Θ.¯), onde Θ ´ um multiplicador definido empiricamente, s2 (P Lx )
                     x          e

      refere-se ao valor da variˆncia do perfil de linha. Perfil de linhas com amplitude
                                a

      menor que (Θ.¯) s˜o descartadas.
                   x a

   • Como a regi˜o da “assinatura”´ caracterizada por uma regi˜o com altas amplitudes
                a                 e                           a

      referentes aos pontos de m´ximos e m´
                                a         ınimos e de forma condensada, conforme

      ilustrado na Figura 3.3, ´ necess´rio atribuir um desvio em rela¸˜o ` m´dia para
                               e       a                              ca a e

      cima e para baixo, que seja suficiente para encontrar os pontos de m´ximo e m´
                                                                         a        ınimos

      da “assinatura”e que tamb´m seja suficiente para descartar regi˜es que n˜o possuem
                               e                                    o        a

      amplitudes como as observadas na “assinatura”. Esse desvio deve ser definido de

      forma dinˆmica, atrav´s do c´lculo da m´dia, mediana e desvio padr˜o do perfil de
               a           e      a          e                          a

      linha.



       As duas caracter´
                       ısticas presentes na “assinatura”e a desvio atribu´ em rela¸˜o
                                                                         ıdo      ca

ao valor da m´dia do perfil de linha podem ser visualizados na Figura 3.3.
             e




                     ¸˜
Figura 3.3: Identificacao dos pontos de m´ ximos e m´nimos, a partir da an´ lise estat´stica do
                                        a          ı                     a           ı
perfil de linha


       Para que um ponto seja considerado como ponto de m´ximo, ele deve possuir um
                                                         a

tom de cinza maior que a m´dia somada com a metade do desvio padr˜o correspondente.
                          e                                      a

Para o ponto de m´
                 ınimo, o racioc´
                                ınio ´ o mesmo, modificando apenas que o pixel deve
                                     e

ser menor que a m´dia subtra´ da metade do desvio padr˜o correspondente. Al´m
                 e          ıda                       a                    e
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                                17


dessa regra para a escolha dos pontos de m´ximo e m´
                                          a        ınimo, uma vez que um ponto

foi considerado como ponto de m´ximo, o pr´ximo ponto s´ poder´ ser um ponto de
                               a          o            o      a

m´
 ınimo, sequenciamente, o pr´ximo ponto s´ poder´ ser um ponto de m´ximo, e assim
                            o            o      a                  a

sucessivamente intercalando pontos de m´ximo e m´
                                       a        ınimo, at´ atingir o final do perfil de
                                                         e

linha. Como pode ser notado na Figura 3.3, os pontos de m´ximo n˜o s˜o necessariamente
                                                         a      a a

os picos do perfil de linha. Nesse caso, o ponto de m´ximo passa a ser o primeiro ponto
                                                    a

que respeita a l´gica descrita acima, o mesmo acontecendo com os pontos de m´
                o                                                           ınimo.


        Ap´s definido o conceito de PM ax e PM in e entendido o processo de discernir o que
          o

´ ponto de m´ximo e o que ´ ponto de m´
e           a             e           ınimo, ´ necess´rio a compreens˜o de mais dois
                                             e       a               a

conceitos: LPM ax , que representa uma lista contendo as ocorrˆncias dos pontos de m´ximo
                                                              e                     a

de cada perfil de linha P Lx da imagem f . E, LPM in , que tem o mesmo sentido de LPM ax ,

no entanto, contendo as ocorrˆncias dos pontos de m´
                             e                     ınimo.


                                                1, se P Lx [y] = PM ax
                        f lagM ax [xi ] =                                                (3.7)
                                                0, se P Lx [y] = PM ax


                                                1, se P Lx [y] = PM in
                         f lagM in [xi ] =                                               (3.8)
                                                0, se P Lx [y] = PM in


onde y ∈ [0, N − 1] e xi ∈ [0, N − 1] .

                                   N −1
                 LPM ax [x ] =             f lagM ax [xi ] ∈ P Lx , ∀P Lx ∈ f (x , y)    (3.9)
                                   xi =0
                                   N −1
                 LPM in [x ] =             f lagM in [xi ] ∈ P Lx , ∀P Lx ∈ f (x , y)   (3.10)
                                   xi =0




        Para definir em qual linha est´ situada a placa, as listas LPM ax e LPM in s˜o anali-
                                     a                                             a

sadas. As duas listas n˜o precisam ser analisadas em conjunto, sendo assim, este trabalho
                       a

referenciar´ apenas a lista LPM ax . No entanto, a an´lise tamb´m pode ser feita sobre a
           a                                         a         e

lista LPM in .
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                             18


       Como j´ dito, a placa ´ caracterizada por sucessivos pontos de m´ximos e m´
             a               e                                         a         ınimos,

intercalados com amplitude e distˆncia semelhantes. Toda a metodologia de escolha
                                 a

de pontos de m´ximo e m´
              a        ınimo j´ foi previamente elaborada, para que o M ax(LPM ax )
                              a

contenha a assinatura procurada, onde M ax(LPM ax ) ´ a posi¸˜o da lista LPM in com o
                                                    e       ca

maior n´mero de pontos de m´ximo.
       u                   a


       Para verificar a veracidade do m´todo, os elementos vizinhos de M ax(LPM ax ), ou
                                      e

seja, os V (M ax(LPM ax )), tamb´m s˜o analisados, para diminuir a taxa de falsos positivos
                                e a

se, eventualmente, a linha encontrada em M ax(LPM ax ) possuir ru´
                                                                 ıdos ou pertuba¸˜es,
                                                                                co

que possuam a mesma caracter´
                            ıstica esperada para a placa. A an´lise dos vizinhos ´
                                                              a                  e

realizada da seguinte forma: a linha de cima e a linha de baixo da linha encontrada em

M ax(LPM ax ) s˜o verificadas, a fim de saber qual das duas contˆm o maior n´mero de
               a                                              e           u

PM ax . Ap´s encontrada qual das duas possui o maior n´mero de PM ax . Essa linha ´
          o                                           u                           e

analisada com a linha encontrada em M ax(LPM ax ). Se a linha vizinha a M ax(LPM ax )

com o maior n´mero de PM ax for pelo menos δ%deMax(LPM ax ), ent˜o a linha contida em
             u                                                  a

M ax(LPM ax ) ´ caracterizada como a linha prov´vel para a placa. Caso a condi¸˜o n˜o
              e                                a                              ca a

seja aceita, ´ feita uma nova busca na lista de LPM ax , buscando agora a segunda posi¸˜o
             e                                                                        ca

que cont´m o maior n´mero de PM ax . Os passos descritos acima se repetem at´ obter um
        e           u                                                       e

valor que seja pelo menos δ%deMax(LPM ax ), ou ent˜o, at´ que todas as posi¸˜es da lista
                                                  a     e                  co

LPM ax sejam analisadas, at´ concluir que a imagem n˜o possui placa .
                           e                        a


       Ap´s o processo descrito acima, ´ esperado em uma imagem que contenha a placa
         o                             e

o seguinte resultado, conforme Figura 3.4


       Para localizar a regi˜o que mais se caracteriza como uma placa ao longo da linha
                            a

ilustrada na Figura 3.4, o perfil de linha ´ submetido novamente a uma inspe¸˜o. Neste
                                          e                                ca

ponto, a busca para de ser vertical e passa a ser horizontal, ou seja, ap´s encontrar a
                                                                         o

linha x que mais se enquadra ao padr˜o esperado p´ra a ‘assinatura”, o objetivo agora
                                    a            a

´ determinar em qual posi¸˜o efetivamente come¸a e termina a regi˜o delimitada pela
e                        ca                   c                  a
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                                    19




         Figura 3.4: Linha encontrada com base na an´ lise estat´stica do perfil de linha.
                                                    a           ı

placa.


         O algoritmo percorre o perfil de linha, criando uma nova lista com o c´lculo da
                                                                              a

distˆncia entre cada ponto de m´ximo ou de cada ponto de m´
    a                          a                          ınimo, referentes `s distˆncias
                                                                            a      a

de duas posi¸˜es y do perfil de linha P Lx . Ap´s percorrer o perfil de linha e preencher a
            co                                o

estrutura de dados ilustrada na Figura 3.6 b), o algoritmo utiliza novamente os conceitos

     ısticos de m´dia(¯), variˆncia(s2 ) e desvio padr˜o(s). Os trˆs valores estat´
estat´           e    x       a                       a           e               ısticos s˜o
                                                                                           a

calculados, a partir da lista que foi criada com os c´lculos das distˆncias. Esta opera¸˜o
                                                     a               a                 ca

pode ser descrita pela defini¸˜o a seguir:
                            ca


                                                       s
                                     Linf =       x+
                                                  ¯                                         (3.11)
                                                       α
                                  Ldis [xi ] > Linf , f lag = 1                             (3.12)

                                  Ldis [xi ] ≤ Linf , f lag = 0                             (3.13)



onde α ´ um valor inteiro suficiente para separar as distˆncias maiores das distˆncias
       e                                                a                      a

menores. Linf caracteriza o limite inferior, que servir´ como um limiar para separar
                                                       a

distˆncias entre dois pontos maior de distˆncia entre dois pontos menores. Os valores
    a                                     a

de distˆncia da lista de distˆncias Ldis [xi ] maiores que Linf assumem f lag = 1, caso
       a                     a

contr´rio, assumem f lag = 0. E s representa o desvio padr˜o das distˆncias de pontos de
     a                                                    a          a

m´ximo.
 a


         Observando o perfil de linha da Figura 3.3, ´ not´vel que existe uma regi˜o onde
                                                    e    a                       a
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                                  20


os pontos de m´ximo e de m´
              a           ınimos est˜o mais condensados. A defini¸˜o acima busca
                                    a                           ca

exatamente localizar a referida condensa¸˜o, atribuindo 0 para as distˆncias maiores e 1
                                        ca                            a

para as distˆncias curtas. A regi˜o da lista Ldis com a maior condensa¸˜o de valores 1
            a                    a                                    ca

´ considerada como a regi˜o da placa e as coordenadas s˜o remetidas como ilustrado na
e                        a                             a

Figura 3.5.




                      a                o                      ¸˜
      Figura 3.5: Regi˜ o encontrada ap´ s analisar a condensacao dos pontos de m´ ximo
                                                                                 a


       As estruturas de dados usadas para localizar a linha candidata ` placa e a estrutura
                                                                      a

usada para localizar as coordenadas exatas das linhas candidatas est˜o ilustradas nas
                                                                    a

Figuras 3.6 a) e b), respectivamente.




                          (a)                                            (b)

                                                        ¸˜
Figura 3.6: Estruturas de dados utilizadas para localizacao da placa a) Estrutura de dados para
        ¸˜
localizacao da linha candidata; b) Estrutura de dados usada para localizar as coordenadas exatas
da placa na linha candidata identificada pela estrutura da Figura a).
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                               21


3.2           ¸˜
       Preparacao dos Caracteres

       Ap´s a etapa de localiza¸˜o da placa, onde as coordenadas referentes ` poss´
         o                     ca                                           a     ıvel

localiza¸˜o da placa s˜o identificadas. A etapa de prepara¸˜o dos caracteres tem o objetivo
        ca            a                                  ca

de analisar a ´rea delimitada pelas referidas coordenadas, afim de obter as ´reas de cada
              a                                                            a

caracter segmentada e binarizada da imagem original. Contudo, isso em condi¸˜es que
                                                                           co

facilite e aumente a precis˜o de um algoritmo de OCR. Caso n˜o haja um caracter na
                           a                                a

a
´rea segmentada, esta etapa ter´ como sa´ coordenadas errˆneas de ´reas que mais se
                               a        ıda              o        a

adequam ` l´gica do algoritmo descrito a seguir.
        a o


       A etapa de prepara¸˜o dos caracteres, por sua vez, tamb´m utiliza as medidas
                         ca                                   e

     ısticas de m´dia(¯), variˆncia(s2 ) e desvio padr˜o(s). Os trˆs valores estat´
estat´           e    x       a                       a           e               ısticos s˜o
                                                                                           a

calculados a partir do perfil de linha P Lx encontrado na etapa de localiza¸˜o da placa,
                                                                          ca

que mais se assemelha ao padr˜o de “assinatura”procurado corretamente delimitado pela
                             a

regi˜o encontrada ap´s analisar a condensa¸˜o dos pontos de m´ximo. A estat´
    a               o                     ca                 a             ıstica

descritiva ´ novamente utilizada nesta etapa para garantir que o m´todo continue sendo
           e                                                      e

adapt´vel com varia¸˜o de ilumina¸˜o e contraste.
     a             ca            ca


       O objetivo desta etapa ´ separar cada caracter contido na placa e trat´-los separa-
                              e                                              a

damente. Uma vers˜o adaptada do algoritmo flood-fill foi formulada neste trabalho, para
                 a

que a segmenta¸˜o dos caracteres fosse poss´
              ca                           ıvel. Para entender como o flood-fill se tornou

adapt´vel, segue a defini¸˜o de como a CorAntiga ´ atribu´
     a                  ca                      e       ıda:



                                CorAntiga = {¯(P Lx )}
                                             x                                         (3.14)



ou seja, CorAntiga recebe a m´dia dos n´
                             e         ıveis de cinza de P Lx , delimitado pela ´rea
                                                                                a

encontrada ap´s analisar a condensa¸˜o dos pontos de m´ximo.
             o                     ca                 a


       O algoritmo percorre o perfil de linha da esquerda para direita e quando encontrar
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                               22


um pixel menor que CorAntiga, ou seja, 0 < CorN ova < CorAntiga, o algoritmo executa

o flood-fill e a ´rea encontrada ´ caracterizada como um caractere. Essa busca ´ realizada
               a               e                                             e

at´ encontrar o final de P Lx .
  e


       A Figura 3.7 ilustra as ´reas dos caracteres encontrados ap´s a utiliza¸˜o do flood-
                               a                                  o           ca

fill adaptado, onde cada caracter foi separado e binarizado, e est´ pronto para ser enviado
                                                                 a

para um OCR.




                  ´                                           ¸˜
      Figura 3.7: Area dos caracteres localizada com a utilizacao do flood-fill adaptado.



3.3    Reconhecimento dos Caracteres

       Ap´s a localiza¸˜o da placa e prepara¸˜o dos caracteres, j´ ´ poss´ utilizar um
         o            ca                    ca                   ae      ıvel

OCR com objetivo de reconhecer os caracteres referentes ` placa. Se eventualmente n˜o
                                                        a                          a

for reconhecido nenhum caracter ou se os caracteres reconhecidos n˜o caracterizarem uma
                                                                  a

placa com os padr˜es nacionais de trˆnsito, esta etapa tem como sa´ uma sinaliza¸˜o
                 o                  a                             ıda           ca

que indica que o processo dever´ ser reiniciado a partir da etapa localiza¸˜o dos caracteres.
                               a                                          ca

Entretanto, agora o valor de x referente n˜o mais ` M ax(LPM ax ) e M ax(LPM in ) presentes
                                          a       a

na primeira itera¸˜o, mas referente ` segunda maior quantidade de pontos de m´ximo
                 ca                 a                                        a

e m´
   ınimo. A lista completa de todos os valores em ordem decrescentes dos pontos de

m´ximo e m´
 a        ınimo LPM ax e LPM in j´ foi previamente armazenada em mem´ria na etapa
                                 a                                  o

de localiza¸˜o da placa. Se a nova itera¸˜o falhar novamente, todo processo poder´ ser
           ca                           ca                                       a

realizado novamente at´ o n´mero total de x ou at´ um limite de itera¸˜es previamente
                      e    u                     e                   co

estabelecido. Para reconhecer os caracteres, este trabalho utilizou uma ferramenta OCR

de terceiros. Entendendo que o simples fato de utilizar um OCR n˜o ´ suficiente para a
                                                                a e
´         ´
CAPITULO 3. METODO PROPOSTO                                                        23


sua identifica¸˜o e que a referida ferramenta j´ ´ uma tecnologia dominada e consagrada
             ca                               ae

no mercado e no meio acadˆmico, atingido um alto n´ de acertos.
                         e                        ıvel
Cap´tulo 4
   ı

Experimentos e Resultados


       Para realizar este trabalho, foi coletada uma base de dados de imagens, que se en-

contram em situa¸˜o de ambiente controlado. Um ambiente controlado necessariamente ´
                ca                                                                 e

um ambiente que propicia o mesmo ˆngulo de tomada, na mesma distˆncia e mesmo grau
                                 a                              a

de luminosidade. Um ambiente dito controlado pode ser encontrado em entradas de shop-

ping ou estacionamento, como ´ o caso das imagens utilizadas neste trabalho. A escolha
                             e

de imagens em um ambiente controlado s˜o necess´rias para diminuir a complexidade dos
                                      a        a

algoritmos, agindo pontualmente em uma determinada dificuldade e aumentando assim a

probabilidade de acerto. A Tabela 4.1 demonstra as caracter´
                                                           ısticas das imagens utilizadas

neste trabalho. Para realizar os experimentos, foram coletadas imagens com exemplos de

placas de v´rios pa´ do mundo com diferentes dimens˜es.
           a       ıses                            o

                              Banco de dados de imagem
                    N´ mero de Imagens
                      u                             139
                           ¸˜
                    Resolucao                     96 DPI
                    Cores                256 Cores (8BitsPorPixel)
                    Tipo de Arquivo                JPG
    Tabela 4.1: Tabela que demonstra as caracter´sticas das imagens utilizadas no trabalho
                                                ı


       Foi utilizado para processar as imagens um computador com as configura¸˜es des-
                                                                            co

critas na Tabela 4.2


       As etapas de localiza¸˜o da placa e prepara¸˜o dos caracteres mostrou extrema-
                            ca                    ca

                                             24
´
CAPITULO 4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS                                                       25

                                       ¸˜
                               Configuracao utilizada
           Processador              AMD Athlon(TM)XP 2600+ 1.92GHz
           Mem´ ria
                o                                   256MB
           Sistema Operacional            Windows XP Professional
                                ¸˜
           Linguagem deProgramacao                 Delphi 7
    Tabela 4.2: Tabela que demonstra as caracter´sticas de hardware e software utilizados
                                                ı

mente eficiente do ponto de vista de tempo de processamento. Como um dos principais

objetivos desta proposta ´ localizar a placa e preparar os caracteres para o reconheci-
                         e

mento em um OCR, de forma que o algoritmo percorra o m´
                                                      ınimo poss´ da imagem.
                                                                ıvel

Esse objetivo foi alcan¸ado na etapa para localizar os pontos de m´ximo PM ax e pontos
                       c                                          a

de m´
    ınimo PM in , onde o algoritmo passa a trabalhar com a imagem f (x , y) e n˜o mais
                                                                               a

com a imagem original f (x, y), al´m das pr´-condi¸˜es como o perfil de linhas com am-
                                  e        e      co

plitude menor que (Θ . x) serem descartados e perfis de linhas que n˜o se enquadram
                       ¯                                           a

no padr˜o da “assinatura”tamb´m ser˜o descartados. Com a utiliza¸˜o conjunta desses
       a                     e     a                            ca

m´todos, a quantidade de pixels a serem analisados na imagem original f (x, y) diminuem
 e

significamente, o que pode ser observado com os dados demonstrados na Tabela 4.3

                                   Tempos Obtidos
           Etapa                      em milesegundos       em segundos
                   ¸˜
           Localizacao da Placa       32 ms p/imagem        31,25 imagens p/s
                  ¸˜
           Preparacao dos Caracteres 15 ms p/imagem         66,66 imagens p/s
           OCR                        80 ms p/imagem        12,50 imagens p/s
           Total                     127 ms p/imagem        7,87 imagens p/s
   Tabela 4.3: Tabela que demonstra os tempos m´ dios obtidos do algoritmo em cada etapa
                                               e


       Cada conjunto de imagem de cada pa´ analisado possui caracter´
                                         ıs                         ısticas pr´prias
                                                                              o

quanto ` ilumina¸˜o, distˆncia e ˆngulo de tomada, al´m de possuir padr˜es de numera¸˜o
       a        ca       a       a                   e                 o            ca

espec´
     ıficos para cada pa´ como pode ser visto na Figura 4.1. Entretanto, para o algo-
                       ıs,

ritmo, os referidos fatos s˜o indiferentes, levando em considera¸˜o que a busca pela placa
                           a                                    ca

´ realizada da mesma forma e entendendo que o fator cr´
e                                                     ıtico de sucesso do algoritmo ´
                                                                                    e

que apenas o ve´
               ıculo esteja contido na imagem. Imagem que al´m da presen¸a do ve´
                                                            e           c       ıculo,

contenha tamb´m outros objetos que n˜o pertencem ao autom´vel aumenta considerav-
             e                      a                    o

elmente a possibilidade de haver outra regi˜o com as mesmas caracter´
                                           a                        ısticas esperadas
´
CAPITULO 4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS                                                      26


para “assinatura”. Os conjuntos de imagens exemplificados pela Figura 4.1 demonstram

um ambiente ideal para o sucesso do algoritmo. O desempenho da etapa de localiza¸˜o
                                                                                ca

da placa e da etapa de prepara¸˜o dos caracteres ´ apresentado na Tabela 4.4
                              ca                 e

                               Desempenho do Algoritmo
          Pa´s
            ı      No de Images Localizacao da placa Preparacao dos Caracteres
                                         ¸˜                 ¸˜
         Brasil         31          27 - 87,0%              16 - 51,6%
        Holanda         39           39 - 100%              31 - 79,4%
         Israel         39          37 - 94,8%              29 - 74,3%
        Austr´ lia
             a          30            27 - 90%              14 - 46,6%
                                                                      ¸˜
Tabela 4.4: Tabela que demonstra a taxa de acerto da etapa de localizacao da placa e da etapa
          ¸˜
de preparacao dos caracteres, utilizando placas de v´ rios pa´ses
                                                    a        ı




                     (a) Brasil                                (b) Holanda




                     (c) Israel                                (d) Austr´ lia
                                                                        a

                                              ¸˜
Figura 4.1: Resultado do algoritmo de localizacao da placa em diversos n´veis de luminosidade,
                                                                        ı
ˆ
angulo de distˆ ncia de tomada
              a


       Neste trabalho, foram criadas duas premissas que presavam a eficiˆncia e a adap-
                                                                       e

tabilidade do algoritmo proposto. As referidas premissas foram elaboradas para efetivar

o desenvolvimento de um m´todo que diminu´ a taxa de particularidade de algoritmos
                         e               ısse

j´ desenvolvidos. Tais particularidades podem ser percebidas no trabalho de [SCY00],
 a

que apesar de ser eficiente do ponto de vista de velocidade de processamento, demonstrou

ser segundo o autor, pouco eficaz no que diz respeito ` sua exposi¸˜o em condi¸oes de
                                                     a           ca          c˜

ilumina¸˜o vari´veis. Entretanto, outro algoritmo desenvolvido por [CBW98] apresentou
       ca      a

ser eficiente quanto ` varia¸˜o de ilumina¸˜o, mas em contrapartida, tamb´m segundo o
                    a      ca            ca                             e

autor, apresentou ser pouco eficiente no quesito tempo de processamento.
´
CAPITULO 4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS                                                   27




                              (a) Brasil            (b) Holanda



                                 (c) Israel          (d) Austr´ lia
                                                              a

                                             ¸˜
Figura 4.2: Resultado do algoritmo de preparacao dos caracteres em diversos n´veis de lumi-
                                                                             ı
          ˆ
nosidade, angulo de distˆ ncia de tomada
                        a

       Contudo, o algoritmo apresentado neste trabalho mostrou-se eficiente no quesito

tempo de processamento e adapt´vel `s v´rias condi¸˜es de ilumina¸˜o diferentes, sem
                              a    a a            co             ca

comprometer o tempo gasto. No entanto, foi poss´ observar que em algumas situa¸˜es
                                               ıvel                           co

o algoritmo falha. A Figura 4.3 demonstra uma situa¸˜o t´
                                                   ca ıpica na qual o algoritmo n˜o ´
                                                                                 a e

capaz de localizar a placa, levando ` sinaliza¸˜o de um ponto onde o processo n˜o alcan¸ou
                                    a         ca                               a       c

resultado satisfat´rio.
                  o


       Como pode ser notado, as trˆs linhas que representam a m´dia x, a m´dia mais
                                  e                            e    ¯     e

                     a ¯ s
metade do desvio padr˜o x + 2 e a linha que representa a m´dia menos a metade do desvio
                                                          e
             s
padr˜o x −
    a ¯      2
                 passam acima da ´rea que representa a “assinatura”. Este fato se d´ pela
                                 a                                                 a

alta concentra¸˜o de pixels com tons de cinza pr´ximos a branco, o que leva a m´dia para
              ca                                o                              e

cima, gerando a ineficiˆncia do algoritmo nestes casos.
                      e




                                              (a)




                                              (b)

                                   ¸˜
Figura 4.3: Exemplo de uma situacao em que o m´ todo proposto falha. 4.3(a) Imagem da placa
                                               e
indicando um perfil de linha. 4.3(b) Exemplo de um perfil de linha em que o m´ todo proposto
                                                                              e
 a ´
n˜ o e capaz de identificar a “assinatura”.
Cap´tulo 5
   ı

Conclus˜ o
       a


      A partir de experimentos realizados neste trabalho em imagens de ve´
                                                                         ıculo em

um ambiente controlado, notou-se que as duas premissas de adaptabilidade e eficiˆncia
                                                                               e

descritas no trabalho foram alcan¸adas. Este fato pode ser observados na Tabela 4.3
                                 c

que demonstrou o tempo gasto para processamento das imagens na etapa de localiza¸˜o
                                                                                ca

e prepara¸˜o dos caracteres e, na Figura 4.3, que demonstra v´rios tipos de ˆngulo de
         ca                                                  a              a

tomada, distˆncia, ilumina¸˜o e contraste.
            a             ca


      O processo de reconhecimento dos caracteres contidos em uma placa depende forte-

mente do m´todo utilizado para encontr´-la e prepar´-la. Com a utiliza¸˜o de t´cnicas de
          e                           a            a                  ca      e

processamento de imagens aplicada na an´lise estat´
                                       a          ıstica dos perfis de linha da imagem,

possibilitou, principalmente, atrav´s da an´lise estat´
                                   e       a          ıstica, que o algoritmo trabalhasse

com valores obtidos dinamicamente e, por sua vez, adapt´vel ` situa¸˜es diversas de
                                                       a    a      co

ilumina¸˜o.
       ca


      Neste trabalho, a localiza¸˜o da placa de ve´
                                ca                ıculo em um cen´rio controlado ocorreu
                                                                 a

de forma satisfat´ria do ponto de vista do que era esperado no in´ do trabalho, com
                 o                                               ıcio

o´
 ındice de 93% de acerto, sendo que em alguns ambientes, como o caso do grupo de

imagens de autom´veis holandesas, obteve 100% de acerto.
                o




                                             28
´               ˜
CAPITULO 5. CONCLUSAO                                                                   29


       Diferentemente da etapa de localiza¸˜o placa, a etapa de prepara¸˜o dos caracte-
                                          ca                           ca

res apesar de tamb´m ser embasada sobre valores obtidos atrav´s de an´lise estat´
                  e                                          e       a          ıstica,

demonstrou um n´ de acerto abaixo do esperado, com 64% de acerto. No entanto, a
               ıvel

prepara¸˜o dos caracteres pode ser descartada se o algoritmo de OCR utilizado sofisticado
       ca

o suficiente para realizar esta etapa. Em outras palavras, em um processo de identifica¸˜o
                                                                                     ca

autom´tico dos caracteres contidos em um placa de ve´
     a                                              ıculo, o fator cr´
                                                                     ıtico de sucesso ´
                                                                                      e

a localiza¸˜o da placa, ou seja, se esta etapa falhar, todos as outras etapas subsequentes
          ca

falhar˜o e foi nessa etapa que este trabalho teve seu foco.
      a



5.1    Sugest˜ o de Estudos
             a

       Algumas melhorias podem ser realizadas como trabalhos futuros para aperfei¸oar
                                                                                 c

as t´cnicas utilizadas neste trabalho. Uma melhoria que poderia ser realizada ´ quanto a
    e                                                                         e

etapa de prepara¸˜o dos caracteres. Neste trabalho, como pode ser observado na Tabela
                ca

4.4, houve um baixo ´
                    ındice de acerto. No entanto, ap´s a placa j´ ter sido localizada, a
                                                    o           a

etapa de prepara¸˜o dos caracteres deve apenas preparar a referida ´rea, para que um
                ca                                                 a

algoritmo de OCR possa ter um resultado mais efetivo. Algumas abordagens podem ser

utilizadas, como por exemplo, melhorar a forma que o flood-fill segmenta os caracteres ou

realizar binariza¸˜es adaptativas, como as conhecidas Otsu, Niblack; ou utilizar t´cnicas
                 co                                                               e

de realce de borda, como Cany; ou at´ mesmo utilizar morfologia matem´tica, para
                                    e                                a

tentar resolver o problema. Em outras palavras, a etapa de prepara¸˜o dos caracteres
                                                                  ca

deve separar os caracteres dos outros objetos conexos existentes na regi˜o resultante da
                                                                        a

etapa de localiza¸˜o da placa.
                 ca


       Outra melhoria que pode ser realizada ´ quanto a inclina¸˜o da placa. Neste tra-
                                             e                 ca

balho, a tolerˆncia quanto a inclina¸˜o ´ pequena, visto que para o sucesso da localiza¸˜o,
              a                     ca e                                               ca

a inclina¸˜o da placa deve ser de tal forma que o perfil de linha deve pegar o primeiro e
         ca

o ultimo caracter da placa.
  ´
´               ˜
CAPITULO 5. CONCLUSAO                                                                 30


      Quanto ` falha apresentada e ilustrada na Figura 4.3, uma alternativa para pesquisas
             a

futuras seria talves, nos casos espec´
                                     ıficos nas quais o algoritmo falha, executar um pr´-
                                                                                      e

processamento de forma que uma eventual alta concentra¸˜o de pixels pr´ximos de brancos
                                                      ca              o

ou pixels pr´ximos de pretos seja contornada, com m´todos como white-top hat e black
            o                                      e

top-hat concebidos por [SER88].
Referˆ ncias Bibliogr´ ficas
     e               a

[BDRBC97] J. BARROSO, E.L. DAGLESS, A. RAFAEL, and J. BULAS-CRUZ. Number

           plate reading using computer vision. IEEE - International Sympositum on

           Industrial Eletronics ISIE’97 Universidade do Minho, Guimar˜es, Jul 1997.
                                                                      a

  [CBW98] C. COETZEE, C. BOTHA, and D. WEBER. Pc based number plate recog-

           nition system. Proceedings of IEEE International Conference on Industrial

           Electronics, 1998.

  [CPR04] B. G. CUNHA, J. F. PEREIRA, and W. S. M. RIBEIRO. Localiza¸˜o
                                                                    ca

           de placas de ve´                                          ´
                          ıculos utilizando t´cnicas de variˆncia. PRAXIS - Revista do
                                             e              a

           Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara, (5):23–25, jul/dez 2004.

  [FER03] A. P. P. FERREIRA. Sistema de Identifica¸˜o Autom´tica de Matr´
                                                 ca       a            ıculas

           em Ve´culos Autom´veis. PhD thesis, Instituto Superior de Engenharia de
                ı           o

           Lisboa, 2003.

                                                  ´
   [FSC98] A. A. FARIAS, J. F. SOARES, and C. C. CESAR. Introdu¸˜o ` Estat´stica.
                                                               ca a       ı

           Rio de Janeiro :LTC 2. ed., 1998.

                                                         ´
  [GRT02] C.B. GUINGO, R. J. RODRIGUES, and A. C. G. THOME. Reconhecimento

           autom´tico de placas de ve´
                a                    ıculos automotores atrav´s de redes neurais arti-
                                                             e

           ficiais. 2o . Congresso Brasileiro de Computa¸˜o, 2002.
                                                       ca

   [GW02] R. C. GONZALEZ and R. E. WOODS. Digital Image Processing. Prentice

           Hall, 2002.


                                         31
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  • 1. PONTIF´ ´ ICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Inform´tica a LOCALIZACAO DE PLACAS DE VE´ ¸˜ ICULOS BASEADA EM METODOS ESTAT´ ´ ISTICOS Edgard Davidson Costa Cardoso Belo Horizonte 2006
  • 2. Edgard Davidson Costa Cardoso LOCALIZACAO DE PLACAS DE VE´ ¸˜ ICULOS BASEADA EM METODOS ESTAT´ ´ ISTICOS Trabalho de Diploma¸˜o apresentado ao Curso ca de Gradua¸˜o em Sistemas de Informa¸˜o ca ca da Pontif´ıcia Universidade Cat´lica de Minas o Gerais, como requisito parcial para obten¸˜o do ca Grau de Bacharel em Sistemas de Informa¸˜o.ca Orientador: Prof. Silvio J. F. Guimar˜es, D.Sc.. a Belo Horizonte 2006 ii
  • 3. Edgard Davidson Costa Cardoso LOCALIZACAO DE PLACAS DE VE´ ¸˜ ICULOS BASEADA EM METODOS ESTAT´ ´ ISTICOS Trabalho de Diploma¸˜o apresentado ao Curso de ca Gradua¸˜o em Sistemas de Informa¸˜o da Pontif´ ca ca ıcia Universidade Cat´lica de Minas Gerais, como requisito o parcial para obten¸˜o do Grau de Bacharel em Sistemas ca de Informa¸˜o. ca Aprovada em de 2006 BANCA EXAMINADORA: Prof: Silvo Jamil F. Guimar˜es, D.Sc. a Pontif´ Universidade Cat´lica de Minas Gerais ıcia o Professor Pontif´ Universidade Cat´lica de Minas Gerais ıcia o Professor Pontif´ Universidade Cat´lica de Minas Gerais ıcia o Belo Horizonte 2006 iii
  • 4. Resumo No meio acadˆmico, v´rias pesquisas vem sendo apresentadas sobre o reconhe- e a cimento de placas de ve´ ıculos, utilizando o processamento de imagens. A utiliza¸ao de c˜ t´cnicas de OCR (Optical Character Recognition) ´ extremamente importante para a e e identifica¸˜o de placas de ve´ ca ıculos, em um ambiente controlado ou n˜o. Entretanto, a o simples fato de utiliz´-las, n˜o garante, suficientemente, a sua perfeita identifica¸˜o. a a ca Nesse caso, procedimentos que aux´ ıliem a localiza¸˜o e a identifica¸˜o da referida placa ca ca devem prover, de forma satisfat´ria, a condi¸˜o ideal para que o uso do OCR seja eficiente e o ca eficaz. De fato, o fator cr´ıtico de sucesso para o reconhecimento autom´tico dos caracteres a contidos na placa ´ uma etapa anterior de localiza¸˜o. Nesse contexto, este trabalho tem e ca como objetivo desenvolver um m´todo capaz de localizar a placa do ve´ e ıculo e preparar os caracteres de tal forma que um algoritmo de OCR possa reconhecer e identific´-las, com a a m´ınima interven¸˜o humana. O m´todo proposto utiliza t´cnicas de processamento de ca e e imagens aplicada na an´lise estat´ a ıstica dos perfis de linha da imagem. iv
  • 5. Lista de Tabelas 4.1 Tabela que demonstra as caracter´ ısticas das imagens utilizadas no trabalho 24 4.2 Tabela que demonstra as caracter´ ısticas de hardware e software utilizados . 25 4.3 Tabela que demonstra os tempos m´dios obtidos do algoritmo em cada etapa e 25 4.4 Tabela que demonstra a taxa de acerto da etapa de localiza¸˜o da placa e ca da etapa de prepara¸˜o dos caracteres, utilizando placas de v´rios pa´ ca a ıses . 26 v
  • 6. Lista de Figuras 2.1 a) flood-fill com 4 dire¸˜es; b) flood-fill com 8 dire¸˜es . . . . . . . . . . . . co co 7 2.2 Ilustra¸˜o que demonstra o comportamento do perfil de linha em trˆs linhas ca e distintas da imagem. a) Imagem Original; b) Perfil de Linha 1 (linha superior); c) Perfil de Linha 2 (linha central); d) Pefil de linha 3 (linha inferior) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 3.1 Vis˜o macro da seq¨ˆncia l´gica das etapas . . . . . . . . . . . . . . . . . a ue o . 12 3.2 Demonstra¸˜o do perfil de linha. a) Imagem original com duas an´lises ca a de “assinatura”ortogonais ` placa. b) Perfil de linha superior, cortando os a far´is. c) Perfil de linha inferior cortando a placa. . . . . . . . . . . . . . o . 13 3.3 Identifica¸˜o dos pontos de m´ximos e m´ ca a ınimos, a partir da an´lise es- a tat´ ıstica do perfil de linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.4 Linha encontrada com base na an´lise estat´ a ıstica do perfil de linha. . . . . 19 3.5 Regi˜o encontrada ap´s analisar a condensa¸˜o dos pontos de m´ximo . . a o ca a . 20 3.6 Estruturas de dados utilizadas para localiza¸˜o da placa a) Estrutura de ca dados para localiza¸˜o da linha candidata; b) Estrutura de dados usada ca para localizar as coordenadas exatas da placa na linha candidata identifi- cada pela estrutura da Figura a). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 ´ 3.7 Area dos caracteres localizada com a utiliza¸˜o do flood-fill adaptado. . . ca . 22 4.1 Resultado do algoritmo de localiza¸˜o da placa em diversos n´ ca ıveis de lumi- nosidade, ˆngulo de distˆncia de tomada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 a a 4.2 Resultado do algoritmo de prepara¸˜o dos caracteres em diversos n´ ca ıveis de luminosidade, ˆngulo de distˆncia de tomada . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 a a 4.3 Exemplo de uma situa¸˜o em que o m´todo proposto falha. 4.3(a) Imagem ca e da placa indicando um perfil de linha. 4.3(b) Exemplo de um perfil de linha em que o m´todo proposto n˜o ´ capaz de identificar a “assinatura”. . . . . 27 e a e vi
  • 7. Sum´ rio a 1 Introdu¸˜o ca 1 2 Revis˜o Bibliogr´fica a a 5 2.1 Defini¸˜es . . . . . . . co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.2 Flood Fill . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.3 Perfil de Linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.4 Trabalhos Relacionados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3 M´todo Proposto e 11 3.1 Localiza¸˜o da Placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 12 3.2 Prepara¸˜o dos Caracteres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 21 3.3 Reconhecimento dos Caracteres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 4 Experimentos e Resultados 24 5 Conclus˜o a 28 5.1 Sugest˜o de Estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 a Bibliografia 30
  • 8. Cap´tulo 1 ı ¸˜ Introducao O uso de sistemas de informa¸˜o baseados em recupera¸˜o de informa¸˜es vem, a ca ca co cada dia, se consolidando como uma importante ´rea de estudo, recebendo, conseq¨en- a u temente, uma consider´vel aten¸˜o no meio acadˆmico, devido ` sua capacidade de criar a ca e a mecanismos, que viabilizam o desenvolvimento de t´cnicas e m´todos, a fim de otimizar e e ou automatizar processos de reconhecimento, extra¸˜o, indexa¸˜o e recupera¸˜o de in- ca ca ca forma¸˜es de interesse em uma imagem digital. co Apesar de todo o desenvolvimento tecnol´gico j´ alcan¸ado na ´rea da computa¸˜o, o a c a ca a recupera¸˜o de informa¸˜es baseadas na an´lise de imagens mostra-se muito dif´ e ca co a ıcil complexa. No entanto, mesmo com otimiza¸˜es ou automatiza¸˜es sendo realizadas nos referi- co co dos processos, seja no reconhecimento ou extra¸˜o de dados, seja na indexa¸˜o ou na recu- ca ca pera¸˜o desses dados utilizando algoritmos de buscas, ainda existem v´rios desafios cau- ca a sados pelo r´pido crescimento do volume de informa¸˜es definidas como “interessantes”, a co para um determinado grupo de pessoas ou organiza¸˜es, em detrimento da falta de ca- co pacidade em como administr´-las. a Contudo, cresce cada vez mais a necessidade de desenvolver sistemas de recu- 1
  • 9. ´ ¸˜ CAPITULO 1. INTRODUCAO 2 pera¸˜o de informa¸˜o autom´ticos, para serem aplicados `s v´rias atividades cotidianas, ca ca a a a a fim de gerar procedimentos eficientes e eficazes, reduzindo, ou at´ mesmo eliminando, e processos que at´ ent˜o seriam caros, demorados e propensos ` erros. e a a Sobre esse contexto, especificamente na ´rea de processamento de imagens, ´ a e poss´ citar v´rios exemplos de aplica¸˜o que est˜o baseadas nessas necessidades, tais ıvel a ca a como sensoriameto remoto, rob´tica, medicina, biometria, reconhecimento ´tico de carac- o o teres, assinaturas, c´digos de barras, placa de ve´ o ıculos, entre outros. Por sua vez, ´ poss´ perceber que mesmo essas aplica¸˜es estando inseridas na e ıvel co a ´rea de processamento de imagens, cada uma necessita de t´cnicas ou m´todos diferentes, e e definindo com isso, uma grande variedade de sub-´reas de conhecimento, elevando natu- a ralmente uma grande varia¸˜o de pesquisas, muitas vezes utilizadas em conjunto, a fim ca de solucionar um determinado tipo de problema. Um exemplo disso pode ser visto na pesquisa que aborda o reconhecimento da placa de ve´ ıculos. Sobre esse assunto, ´ poss´ estudar uma variedade de t´cnicas, seja e ıvel e na compreens˜o de determinadas informa¸˜es contidas na imagem utilizando t´cnicas de a co e OCR (“Optical Recognition Characters”), seja na implementa¸˜o de filtros que possi- ca bilitem a segmenta¸˜o de elementos espec´ ca ıficos em determinadas ´reas ou na identifica¸˜o a ca de padr˜es que podem definir um grupo ou v´rios grupos de dados. o a Apesar de, inicialmente, o trabalho de reconhecimento da placa de ve´ ıculos parecer uma aplica¸˜o de solu¸˜o trivial, pois o objeto do reconhecimento, a placa, ´ constitu´ ca ca e ıda de caracteres impressos com formas bem definidas, induzindo ao pensamento que a simples utiliza¸˜o de um sistema de reconhecimento ´tico de caractere OCR convencional pode, ca o sem grande dificuldade, resolver o problema. Entretanto, a realidade mostra o contr´rio. a Os algoritmos de OCR existentes no mercado n˜o s˜o suficientes para reconhecer em uma a a imagem, os caracteres contidos na placa de um ve´ ıculo. Esse fato poder ser entendido por meio de v´rios fatores, entre eles o fato de que: a
  • 10. ´ ¸˜ CAPITULO 1. INTRODUCAO 3 • os algoritmos de OCR trabalham com imagens bin´rias, j´ as imagens de ve´ a a ıculos s˜o coloridas ou em n´ a ıveis de cinza; • os referidos algoritmos n˜o foram concebidos com o prop´sito de identificar carac- a o teres em um ambiente espec´ ıfico com o de placa de ve´ ıculos; • a simples segmenta¸˜o por meio de uma binariza¸˜o1 da imagem da placa n˜o ´ sufi- ca ca a e ciente para o bom funcionamento do OCR, pois eventualmente essa t´cnica sozinha e n˜o ´ capaz de segmentar os caracteres. a e Al´m desses fatores, o reconhecimento da placa do ve´ e ıculo apresenta caracter´ ısticas pr´prias advindas, por exemplo, de diversos efeitos introduzidos por fatores, como a ve- o locidade de deslocamento do ve´ ıculo, o ˆngulo de tomada da imagem, a distˆncia e a a a qualidade t´cnica do equipamento de captura, a luminosidade natural ou falta da mesma, e sombra, reflexo, diferen¸as de padr˜o, estado da placa, entre outras adversidades, que c a tornam o problema muito mais complexo de ser tratado. Apesar da identifica¸˜o manual da placa ser uma atividade simples, ela ´ restrin- ca e gida com a intr´ ınseca limita¸˜o humana, quando se tem um grande fluxo de ve´ ca ıculos, caracterizando-se em um processo lento, ou at´ mesmo invi´vel. Essa limita¸˜o se d´ pela e a ca a falta de uma ferramenta espec´ ıfica capaz de fazer a identifica¸˜o dos caracteres contidos ca nas placas de autom´veis. Com um sistema automatizado, o ganho n˜o se restringe o a t˜o somente ao tempo de resposta, mas principalmente na imediata disponibilidade da a informa¸˜o para uso em in´meras aplica¸˜es. ca u co Um sistema de informa¸˜o autom´tico de reconhecimento da placa de um ve´ ca a ıculo pode auxiliar e aumentar o desempenho de diversos setores, que necessitam desta in- forma¸˜o para desenvolverem seu trabalho e mesmo ampliar para outros usu´rios em ca a potencial. Um sistema de reconhecimento autom´tico de placas seria um excelente aliado a 1 ´ Onde a imagem e convertida de n´vel de cinza para preto e branco, a partir de um limiar determinado. Valores ı abaixo do limiar assumem preto. Valores acima do limiar assumem branco.
  • 11. ´ ¸˜ CAPITULO 1. INTRODUCAO 4 aos ´rg˜os de fiscaliza¸˜o, aos estacionamentos de grande rotatividade, `s concession´rias o a ca a a das rodovias privatizadas e ` outros setores que possam fazer uso da informa¸˜o colocada a ca rapidamente ` disposi¸˜o de forma facilitada e com um custo mais baixo. a ca O grande problema de identifica¸˜o de placa de ve´ ca ıculos ´ que como j´ mencionado, e a o simples fato de utilizar um OCR ´ necess´rio, entretanto, n˜o ´ suficiente para a sua e a a e identifica¸˜o. Assumindo este fato como verdade, ´ necess´rio, a priori, o desenvolvimento ca e a de um algoritmo que seja capaz de “entender”o que ´ placa e ap´s esse “entendimento”, e o ser capaz de preparar os caracteres de forma satisfat´ria a ponto de que um algoritmo de o OCR possa reconhecˆ-los. e Este trabalho tem como objetivo desenvolver um m´todo capaz de localizar a placa e do ve´ ıculo e preparar os caracteres, de tal forma que um algoritmo de OCR possa reconhe- cer e identific´-los, com a m´ a ınima interven¸˜o humana. Esse m´todo utiliza t´cnicas de ca e e processamento de imagens aplicada na an´lise estat´ a ıstica dos perfis de linha da imagem. O trabalho est´ organizado da seguinte forma: No Cap´ a ıtulo 2, s˜o apresentadas as a revis˜es bibliogr´ficas e as defini¸˜es utilizadas ao longo do trabalho, al´m de uma breve o a co e abordagem sobre o estado da arte dos trabalhos relacionados publicados na literatura. O Cap´ ıtulo 3 descreve o metodologia utilizada no trabalho, abordando o m´todo de local- e iza¸˜o e prepara¸˜o dos caracteres da placa, para serem reconhecidos por um algoritmo ca ca de OCR. A an´lise dos experimentos e os resultados do trabalho s˜o descritos no Cap´ a a ıtulo 4, onde ´ poss´ analisar o desempenho do m´todo desenvolvido. O Cap´ e ıvel e ıtulo 5 descreve as conclus˜es obtidas com o desenvolvimento deste trabalho e as sugest˜es de estudos o o futuros.
  • 12. Cap´tulo 2 ı Revis˜ o Bibliogr´ fica a a 2.1 ¸˜ Definicoes Defini¸˜o 2.1.1 Imagem Digital ⇒ Segundo [GW02], uma imagem digital pode ser des- ca crita por uma fun¸˜o f(x,y), que assume M linhas e N Colunas. ca   f (0, 0) f (0, 1) ··· f (0, N − 1) f (1, 0) f (1, 1) ··· f (1, N − 1)     f (x, y) =  . . .    . . . . ··· . .   f (M − 1, 0) f (M − 1, 1) · · · f (M − 1, N − 1) Defini¸˜o 2.1.2 M´dia Aritm´tica ⇒ A m´dia aritm´tica pode ser descrita como um ca e e e e conjunto de n observa¸˜es x1 , x2 , ..., xn , onde a soma dos valores dessas observa¸oes ´ co c˜ e o quociente da divis˜o por estas n observa¸˜es. A m´dia ´ largamente empregada, para a co e e indicar a tendˆncia central de um conjunto de observa¸˜es[FSC98]. A m´dia aritm´tica e co e e ´ denominada por x: e ¯ x1 + x2 + ... + xn xi x= ¯ = (2.1) n n 5
  • 13. ´ ˜ ´ CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA 6 em que xi ´ o s´mbolo que indica a observa¸˜o de ordem i, onde i = 1,2,...,n. e ı ca Defini¸˜o 2.1.3 Variˆncia ⇒ A variˆncia ´ uma medida que indica o grau de dispers˜o, ca a a e a ou variabilidade, em rela¸˜o ao valor central de um determinado conjunto de observa¸˜es ca co [FSC98]. Considerando ent˜o a soma dos quadrados dos desvios em rela¸˜o ` m´dia, e a ca a e sendo denotada por s2 e ´ definida como: e (xi − x)2 ¯ s2 = (2.2) n Defini¸˜o 2.1.4 Desvio Padr˜o ⇒ Ao contr´rio da variˆncia que envolve a soma dos ca a a a quadrados de um conjunto de observa¸˜es e que n˜o exprime a mesma unidade do conjunto co a de dados original, o desvio padr˜o atrav´s do c´lculo da ra´ quadrada da variˆncia ´ capaz a e a ız a e de obter a mesma unidade de medida dos dados originais [FSC98]. Ent˜o, o desvio padr˜o a a ´ denotado por s e ´ definido como: e e (xi − x)2 ¯ s= (2.3) n 2.2 Flood Fill O flood-fill ´ um algoritmo que tem como prop´sito preencher ´reas definidas por e o a componentes conexos da mesma cor, ou na sua forma estendida, componentes conexos den- tro de um intervalo de cor. Na sua forma cl´ssica o flood-fill necessita de trˆs parˆmetros: a e a 1- Ponto inicial P (x, y); 2- Nova cor de preenchimento; 3- Cor anterior do componente conexo. Na sua forma estendida, a cor anterior do componente conexo n˜o precisa ser a uma cor espec´ ıfica, mas um intervalo de cores pr´-determinadas. e Existem algumas formas nas quais o algoritmo pode ser estruturado, entretanto ele sempre usa uma estrutura expl´ ıcita ou impl´ ıcita de pilha, que ´ a sua forma recursiva. O e caminhamento do algoritmo pode ser implementado de duas formas: com quatro dire¸˜es, co
  • 14. ´ ˜ ´ CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA 7 ou com oito dire¸˜es como ilustrado na Figura 2.1. A diferen¸a ´ que com oito dire¸˜es, co c e co o algoritmo ´ capaz preencher ´reas que o de quatro dire¸˜es n˜o tem acesso, devido ` e a co a a vizinhan¸a que cada um consegue alcan¸ar. c c (a) (b) ¸˜ ¸˜ Figura 2.1: a) flood-fill com 4 direcoes; b) flood-fill com 8 direcoes 2.3 Perfil de Linha O perfil de linha de uma imagem com 256 tons de cinza ´ uma proje¸˜o da dis- e ca tribui¸˜o do n´ de cinza de cada pixel contido em cada posi¸˜o ao longo de uma deter- ca ıvel ca minada linha. O perfil de linha P Lx de uma imagem f poder ser definido por: P Lx = {f (x, y), ∀y ∈ [0, N − 1]} (2.4) onde x ´ a linha que est´ sendo analisada, y ´ a coluna e N ´ a largura da imagem f e a e e analisada. [MG04] (a) (b) (c) (d) ¸˜ Figura 2.2: Ilustracao que demonstra o comportamento do perfil de linha em trˆ s linhas distintas e da imagem. a) Imagem Original; b) Perfil de Linha 1 (linha superior); c) Perfil de Linha 2 (linha central); d) Pefil de linha 3 (linha inferior)
  • 15. ´ ˜ ´ CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA 8 2.4 Trabalhos Relacionados No trabalho desenvolvido por [BDRBC97], foi proposto um m´todo de localiza¸˜o e ca de placas, baseado no fato de que a ´rea da placa possui um padr˜o de varia¸˜o tonal a a ca diferente do restante da imagem. A essa caracter´ ıstica deu-se o nome de “assinatura”, que em outras palavras, ´ a ´rea prov´vel da localiza¸˜o da placa, a partir de um padr˜o e a a ca a previamente observado. A referida “assinatura”´ caracterizada por sucessivos pontos de e m´ximos e m´ a ınimos, caracterizados pela intercala¸˜o de caracteres e fundo presentes no ca perfil de linha, que corta horizontalmente a regi˜o da placa. Por fim, no referido tra- a balho, ap´s a localiza¸˜o de uma linha que possui as caracter´ o ca ısticas de uma “assinatura”, a localiza¸˜o da placa dar-se-´ pela compara¸˜o de caracter´ ca a ca ısticas pr´-definidas empiri- e camente com medidas calculadas dinamicamente, como distˆncia e amplitude dos pontos a de m´ximos e m´ a ınimos da linha candidata. A t´cnica descrita em [BDRBC97] apresenta um bom desempenho, entretanto, os e autores n˜o explicitaram como a “assinatura”tratou da dificuldade de identificar quais a pontos m´ximos e m´ a ınimos s˜o relevantes para a identifica¸˜o da assinatura, que muitas a ca vezes retorna um falso positivo, devido ` presen¸a de outros elementos na imagem com a a c mesma caracter´ ıstica. Para tratar essa dificuldade, [MG04] aperfei¸oou o m´todo de localiza¸˜o de placas c e ca desenvolvido por [BDRBC97], utilizando para isso operadores morfol´gicos de white-top o hat e black top-hat concebido por [SER88], para filtrar o perfil de linha com o prop´sito o de diminuir a ocorrˆncia de falsos positivos na an´lise da assinatura. e a J´ [CPR04] apresentou uma t´cnica baseada na variˆncia do perfil de linha, para a e a localizar a placa. O algoritmo proposto pelo autor identifica a linha de maior variˆncia a na imagem, e ap´s encontrada, ´ determinada uma faixa ´tima que segundo o autor, o e o ´ a faixa prov´vel onde est´ localizada a placa. Ap´s encontrada essa faixa ´tima, o e a a o o
  • 16. ´ ˜ ´ CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA 9 algoritmo percorre novamente a imagem em busca da localiza¸˜o da ´rea candidata. Nesta ca a nova itera¸˜o, o algoritmo encontra o valor do limiar calculado a partir dos valores do ca maior e menores picos da linha amostrada. Para analisar os picos encontrados na an´lise a anterior, o algoritmo trabalha com valores pr´-definidos, que caracterizam a largura da e placa. Segundo o autor, a abordagem utilizada no m´todo proposto mostrouse eficiente e na localiza¸˜o e extra¸˜o de placas de ve´ ca ca ıculos. Entretanto, a referida abordagem, est´ a condicionada ao conjunto de imagens testadas. Este fato fica transparente se for observado que o autor utilizou valores pr´-definidos para determinar a faixa ´tima e para determinar e o a largura da placa, al´m de n˜o levar em considera¸˜o a presen¸a de outros elementos na e a ca c imagem com a mesma caracter´ ıstica da “assinatura”. O trabalho de [SS00] tamb´m aborda a t´cnica de “assinatura”para localizar o e e padr˜o de varia¸˜o tonal, efetuando uma busca em toda a imagem ` procura de linhas a ca a horizontais que possuam um padr˜o diferente do restante da imagem. Ap´s encontrar a a o a ´rea que mais se enquadra ao padr˜o da “assinatura”, o algoritmo passa para uma segunda a fase onde a regi˜o encontrada ´ binarizada, utilizando o algoritmo Niblack 1 proposto por a e [NIB86], para ser analisada posteriormente por um algoritmo de procura e verifica¸˜o de ca d´ ıgitos. [SCY00] propˆs um m´todo que tamb´m se enquadra na categoria an´lise da “assi- o e e a natura”por varia¸˜o tonal. O referido trabalho, no entanto, realiza um pr´-processamento ca e aplicando o operador unidimensional Sobel 2 , que pode ser visto com mais detalhes em [GW02]. Em cada linha da imagem, utiliza-se uma m´scara M = [−1, 0, 1] sobre a ima- a gem para real¸´-la, afim de explicitar mais o contraste existente entre os caracteres e o ca fundo da imagem. O operador Sobel tem o objetivo de pr´-processar a imagem, com o e prop´sito de facilitar a identifica¸˜o do perfil que caracteriza a placa. O referido m´todo o ca e pode ser visto tamb´m no trabalho desenvolvido por [FER03]. Os picos encontrados no e 1 Algoritmo que calcula para cada pixel da imagem a m´ dia e o desvio padr˜ o da vizinhanca em torno dele, e a e a ¸ seguir, compara o valor do pixel analisado com o limiar f (x, y). Se o valor do pixel for maior que f (x, y), ele e ´ ´ considerado pertencente ao fundo, caso contr´ rio, e considerado pertencente a algum objeto. a 2 ¸˜ Operador utilizado para realizar a deteccao de borda em uma imagem.
  • 17. ´ ˜ ´ CAPITULO 2. REVISAO BIBLIOGRAFICA 10 perfil de linha menores que um valor Θ e os picos negativos s˜o descartados. Uma codi- a fica¸˜o em fun¸˜o da largura dos picos ´ feita, resultando em intervalos que representam ca ca e as distˆncias entre os elementos encontrados. A fase subseq¨ente analisa os elementos en- a u contrados quanto a suas dimens˜es horizontais. Aqueles intervalos que estiverem dentro o das dimens˜es esperadas s˜o agrupados at´ formarem grupos com dimens˜es pr´ximas as o a e o o das placas. Devido ` possibilidade de existirem diversas ´reas candidatas, ´ necess´rio a a e a um modo de verificar qual delas ´ realmente v´lida. Este procedimento ´ feito atrav´s de e a e e uma procura bidirecional nas linhas adjacentes ` linha amostrada. Quando um grupo de a linhas ´ aproximadamente igual a dimens˜o vertical dos caracteres, este ´ considerado o e a e local da placa. Outro trabalho que tamb´m apresenta a utiliza¸˜o da “assinatura”´ o desenvolvido e ca e por [YM05], que como o trabalho de [SCY00] e [FER03], utiliza o operador unidimen- sional Sobel para determinar ´reas candidatas a placa e usa a morfologia matem´tica para a a efetivamente localizar ` placa. a Dentre os in´meros trabalhos relacionados na literatura que tratam do assunto u desta monografia, foi conveniente destacar aqueles que possuem alguma influˆncia sobre o e modelo proposto neste trabalho. Entretanto, existe outro grande n´mero de trabalhos que u utilizaram outros tipos de t´cnicas para localizar a placa que valem a pena ser brevemente e citados, como por exemplo o trabalho de [YS05], que utiliza de t´cnicas de l´gica Fuzzy; e o o desenvolvido por [GRT02], [KTK+ 03], [TK99], que utiliza de redes neurais artificiais, o proposto por [YGN+ 03] que localiza a placa utilizando uma combina¸˜o da t´cnica de ca e Hough concebida inicialmente por [Hou62] para localizar linhas em uma imagens e uma t´cnica denominada pelo autor de Voted Block Matching, para localizar a regi˜o da placa. e a
  • 18. Cap´tulo 3 ı M´ todo Proposto e Para realizar este trabalho, foram assumidas duas premissas b´sicas, que condi- a cionaram a forma do desenvolvimento de uma seq¨ˆncia l´gica de etapas e, conseq¨en- ue o u temente, dos algoritmos necess´rios para o desenvolvimento deste trabalho. As referidas a premissas s˜o descritas como: a • Eficiente - que o algoritmo proposto percorra o m´ ınimo poss´ na imagem; ıvel • Adapt´vel - que o algoritmo se adapte `s situa¸˜es de varia¸˜o de luminosidade, a a co ca contraste e resolu¸˜o de cada imagem de forma dinˆmica. ca a Tendo em vista que o principal fator cr´ ıtico de sucesso para um sistema de iden- tifica¸˜o autom´tico de placas de ve´ ca a ıculos ´ a fase de localiza¸˜o da placa, o m´todo e ca e proposto foca principalmente no referido fator cr´ ıtico, acreditando que o sucesso de um OCR depende totalmente do sucesso da etapa de localiza¸˜o. Ademais, atrelando aos ob- ca jetivos apresentados pelas premissas, condicionou-se ao desenvolvimento de uma seq¨ˆncia ue l´gica de etapas, que fizesse uso das vantagens apresentadas por cada um dos algoritmos o dos outros trabalhos estudados, evitando suas deficiˆncias. Sendo assim, as etapas pro- e postas neste trabalho foram escolhidas de forma semelhante aos v´rios outros trabalhos a publicados na literatura sobre este mesmo assunto, que em outra palavras, s˜o etapas in- a 11
  • 19. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 12 tuitivas e necess´rias para o desenvolvimento de tal trabalho. Como ilustrado da Figura a 3.1, as etapas foram divididas em aquisi¸˜o da imagem, localiza¸˜o da placa, prepara¸˜o ca ca ca dos caracteres e reconhecimento dos caracteres. a uˆ Figura 3.1: Vis˜ o macro da seq¨ encia l´ gica das etapas o 3.1 ¸˜ Localizacao da Placa A regi˜o onde a placa est´ localizada ´ caracterizada necessariamente por uma a a e varia¸˜o entre pontos de m´ximo e de m´ ca a ınimo, intercalados com amplitude e distˆncia a ` semelhantes. A referida caracter´ ıstica, deu-se o nome de “assinatura”, inicialmente pro- posta por [BDRBC97] e tamb´m utilizada nos trabalhos de [MG04], [CPR04], [SS00], e [SCY00], [FER03]. A “assinatura”pode ser facilmente observada no perfil de linha da Figura 3.2. A etapa de localiza¸˜o da placa possui como entrada uma imagem digital em n´ ca ıvel de cinza, que foi previamente adquirida por algum tipo de equipamento de aquisi¸ao de c˜ imagem, cˆmera digital, filmadora, entre outros. Eventualmente, a imagem adquirida a pode ou n˜o conter uma placa. Caso n˜o haja placa na imagem, o algoritmo retorna a a as coordenadas da regi˜o que mais se assemelha `s caracter´ a a ısticas pr´-definidas de uma e
  • 20. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 13 ¸˜ Figura 3.2: Demonstracao do perfil de linha. a) Imagem original com duas an´ lises de “assi- a ` natura”ortogonais a placa. b) Perfil de linha superior, cortando os far´ is. c) Perfil de linha o inferior cortando a placa. placa. Caso contr´rio, a etapa de localiza¸˜o da placa tem como sa´ as coordenadas a ca ıda referentes a placa. Quem vai dizer se a regi˜o selecionada ´ placa ou n˜o ´ a etapa de a e a e reconhecimento dos caracteres e ser´ explicada com detalhes posteriormente. a O m´todo utilizado neste trabalho para localizar a placa est´ fortemente embasado e a na estat´ ıstica descritiva que se justifica para atender a segunda premissa enunciada na metodologia. A escolha da estat´ ıstica, representada aqui neste trabalho por trˆs dos seus e v´rios conceitos: m´dia(¯), variˆncia(s2 ) e desvio padr˜o(s), adequa-se muito bem ` um a e x a a a ambiente com situa¸˜es de varia¸˜o de luminosidade, contraste e resolu¸˜o, como ´ uma co ca ca e situa¸˜o real de um sistema de localiza¸˜o autom´tica de placa de ve´ ca ca a ıculos. Esses trˆs e conceitos, na etapa de localiza¸˜o da placa, s˜o utilizados sobre o perfil de linha P Lx . ca a A ado¸˜o da estat´ ca ıstica neste trabalho ´ necess´ria, para que a an´lise de P Lx seja feita e a a de forma dinˆmica, afim de encontrar alguns padr˜es que caracterizam uma placa. Nesta a o etapa, os trˆs conceitos s˜o utilizados da seguinte forma: e a
  • 21. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 14 n−1 P Lx [y] y=0 x(P Lx ) = ¯ (3.1) n n−1 (P Lx [y] − x(P Lx ))2 ¯ y=0 s2 (P Lx ) = (3.2) n s(P Lx ) = s2 (P Lx ) (3.3) A etapa de localiza¸˜o da placa inicia-se com uma varredura na imagem em busca ca de linhas horizontais, que possuam um padr˜o de varia¸˜o tonal esperado, caracterizando a ca a “assinatura”. Para reduzir o tempo gasto na procura da placa, as linhas s˜o amostradas a em intervalos regulares τ . A escolha do valor de τ depende do tamanho dos caracteres procurados, devendo, entretanto, ser necessariamente menor que a sua dimens˜o vertical. a Embora quanto maior o valor de τ , mais a premissa de eficiˆncia citada anteriormente e ser´ atendida. Uma imagem f de M linhas pode ter o seu processamento reduzido, se as a linhas a serem analisadas na varredura respeitarem a seguinte defini¸˜o: ca f (x , y) = {f (x, y), ∀x ∈ [0, M − 1] ⇔ x mod τ = 0} (3.4) onde f (x , y) representa as linhas x da imagem f (x, y), se e somente se, a linha x for m´ltipla de τ . As linhas, s˜o representadas por x, e y s˜o as colunas. u a a Para a compreens˜o do m´todo desenvolvido para localizar a placa, foram criados a e dois conceitos: PM ax , que representa um ponto de m´ximo do perfil de linha P Lx da a imagem f e PM in , que representa um ponto de m´ ınimo do perfil de linha P Lx da imagem f . Os dois conceitos s˜o definidos como: a s(P Lx ) PM ax = P Lx [y] ≥ x(P Lx ) + ¯ ∀y ∈ [0, N − 1] (3.5) λ s(P Lx ) PM in = P Lx [y] ≤ x(P Lx ) − ¯ ∀y ∈ [0, N − 1] (3.6) λ
  • 22. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 15 onde P Lx [y] corresponde ao valor do pixel em cada posi¸˜o do perfil de linha P Lx ca Como j´ citado, a regi˜o onde a placa se encontra ´ fortemente caracterizada por a a e um padr˜o denominado “assinatura”. No trabalho proposto por [MG04], a placa ´ lo- a e calizada atrav´s da an´lise das distˆncias dos pontos de m´ximo e m´ e a a a ınimo presentes no padr˜o da “assinatura”. N˜o obstante, outro trabalho com o mesmo prop´sito desen- a a o volvido por [CPR04] determina, a partir da variˆncia do perfil de linha, os pontos de a m´ximo e m´ a ınimo. Neste trabalho, os pontos de m´ximo e m´ a ınimo s˜o determinados de forma seme- a lhante aos trabalhos de [MG04] e [CPR04]. Entretanto, a estat´ ıstica ´ usada de forma e mais efetiva em rela¸˜o ao trabalho de [CPR04] e sem a necessidade de pr´-processamento ca e como ´ o caso do trabalho de [MG04] e Os pontos de m´ximos PM ax e m´ a ınimos PM in s˜o escolhidos, a partir de uma a varredura da esquerda para a direita no perfil de linha P Lx de cada linha x da ima- gem f . A partir de observa¸˜es emp´ co ıricas do comportamento das caracter´ ısticas da “assinatura”, nota-se que apenas a utiliza¸˜o da m´dia dos valores dos pixels do perfil de ca e linha ´ necess´ria, entretanto, n˜o ´ suficiente para discernir o que ´ ponto de m´ximo e e a a e e a o que ´ ponto de m´ e ınimo de forma coesa. Observando a diferen¸a abrupta de tons de cinza referentes ao fundo da placa c em rela¸˜o aos seus caracteres, ´ poss´ notar duas caracter´ ca e ıvel ısticas marcantes da “assi- natura”: • Uma aplitude dos n´ ıveis de cinza entre o fundo da placa e seus respectivos caracteres. • Uma condensa¸˜o entre os pontos de m´ximos e m´ ca a ınimos da amplitude. A partir dessas duas caracter´ ısticas, ´ ent˜o necess´rio atribuir duas pr´-condi¸˜es, e a a e co para diminuir a taxa de falsos positivos:
  • 23. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 16 • s2 (P Lx ) < (Θ.¯), onde Θ ´ um multiplicador definido empiricamente, s2 (P Lx ) x e refere-se ao valor da variˆncia do perfil de linha. Perfil de linhas com amplitude a menor que (Θ.¯) s˜o descartadas. x a • Como a regi˜o da “assinatura”´ caracterizada por uma regi˜o com altas amplitudes a e a referentes aos pontos de m´ximos e m´ a ınimos e de forma condensada, conforme ilustrado na Figura 3.3, ´ necess´rio atribuir um desvio em rela¸˜o ` m´dia para e a ca a e cima e para baixo, que seja suficiente para encontrar os pontos de m´ximo e m´ a ınimos da “assinatura”e que tamb´m seja suficiente para descartar regi˜es que n˜o possuem e o a amplitudes como as observadas na “assinatura”. Esse desvio deve ser definido de forma dinˆmica, atrav´s do c´lculo da m´dia, mediana e desvio padr˜o do perfil de a e a e a linha. As duas caracter´ ısticas presentes na “assinatura”e a desvio atribu´ em rela¸˜o ıdo ca ao valor da m´dia do perfil de linha podem ser visualizados na Figura 3.3. e ¸˜ Figura 3.3: Identificacao dos pontos de m´ ximos e m´nimos, a partir da an´ lise estat´stica do a ı a ı perfil de linha Para que um ponto seja considerado como ponto de m´ximo, ele deve possuir um a tom de cinza maior que a m´dia somada com a metade do desvio padr˜o correspondente. e a Para o ponto de m´ ınimo, o racioc´ ınio ´ o mesmo, modificando apenas que o pixel deve e ser menor que a m´dia subtra´ da metade do desvio padr˜o correspondente. Al´m e ıda a e
  • 24. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 17 dessa regra para a escolha dos pontos de m´ximo e m´ a ınimo, uma vez que um ponto foi considerado como ponto de m´ximo, o pr´ximo ponto s´ poder´ ser um ponto de a o o a m´ ınimo, sequenciamente, o pr´ximo ponto s´ poder´ ser um ponto de m´ximo, e assim o o a a sucessivamente intercalando pontos de m´ximo e m´ a ınimo, at´ atingir o final do perfil de e linha. Como pode ser notado na Figura 3.3, os pontos de m´ximo n˜o s˜o necessariamente a a a os picos do perfil de linha. Nesse caso, o ponto de m´ximo passa a ser o primeiro ponto a que respeita a l´gica descrita acima, o mesmo acontecendo com os pontos de m´ o ınimo. Ap´s definido o conceito de PM ax e PM in e entendido o processo de discernir o que o ´ ponto de m´ximo e o que ´ ponto de m´ e a e ınimo, ´ necess´rio a compreens˜o de mais dois e a a conceitos: LPM ax , que representa uma lista contendo as ocorrˆncias dos pontos de m´ximo e a de cada perfil de linha P Lx da imagem f . E, LPM in , que tem o mesmo sentido de LPM ax , no entanto, contendo as ocorrˆncias dos pontos de m´ e ınimo. 1, se P Lx [y] = PM ax f lagM ax [xi ] = (3.7) 0, se P Lx [y] = PM ax 1, se P Lx [y] = PM in f lagM in [xi ] = (3.8) 0, se P Lx [y] = PM in onde y ∈ [0, N − 1] e xi ∈ [0, N − 1] . N −1 LPM ax [x ] = f lagM ax [xi ] ∈ P Lx , ∀P Lx ∈ f (x , y) (3.9) xi =0 N −1 LPM in [x ] = f lagM in [xi ] ∈ P Lx , ∀P Lx ∈ f (x , y) (3.10) xi =0 Para definir em qual linha est´ situada a placa, as listas LPM ax e LPM in s˜o anali- a a sadas. As duas listas n˜o precisam ser analisadas em conjunto, sendo assim, este trabalho a referenciar´ apenas a lista LPM ax . No entanto, a an´lise tamb´m pode ser feita sobre a a a e lista LPM in .
  • 25. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 18 Como j´ dito, a placa ´ caracterizada por sucessivos pontos de m´ximos e m´ a e a ınimos, intercalados com amplitude e distˆncia semelhantes. Toda a metodologia de escolha a de pontos de m´ximo e m´ a ınimo j´ foi previamente elaborada, para que o M ax(LPM ax ) a contenha a assinatura procurada, onde M ax(LPM ax ) ´ a posi¸˜o da lista LPM in com o e ca maior n´mero de pontos de m´ximo. u a Para verificar a veracidade do m´todo, os elementos vizinhos de M ax(LPM ax ), ou e seja, os V (M ax(LPM ax )), tamb´m s˜o analisados, para diminuir a taxa de falsos positivos e a se, eventualmente, a linha encontrada em M ax(LPM ax ) possuir ru´ ıdos ou pertuba¸˜es, co que possuam a mesma caracter´ ıstica esperada para a placa. A an´lise dos vizinhos ´ a e realizada da seguinte forma: a linha de cima e a linha de baixo da linha encontrada em M ax(LPM ax ) s˜o verificadas, a fim de saber qual das duas contˆm o maior n´mero de a e u PM ax . Ap´s encontrada qual das duas possui o maior n´mero de PM ax . Essa linha ´ o u e analisada com a linha encontrada em M ax(LPM ax ). Se a linha vizinha a M ax(LPM ax ) com o maior n´mero de PM ax for pelo menos δ%deMax(LPM ax ), ent˜o a linha contida em u a M ax(LPM ax ) ´ caracterizada como a linha prov´vel para a placa. Caso a condi¸˜o n˜o e a ca a seja aceita, ´ feita uma nova busca na lista de LPM ax , buscando agora a segunda posi¸˜o e ca que cont´m o maior n´mero de PM ax . Os passos descritos acima se repetem at´ obter um e u e valor que seja pelo menos δ%deMax(LPM ax ), ou ent˜o, at´ que todas as posi¸˜es da lista a e co LPM ax sejam analisadas, at´ concluir que a imagem n˜o possui placa . e a Ap´s o processo descrito acima, ´ esperado em uma imagem que contenha a placa o e o seguinte resultado, conforme Figura 3.4 Para localizar a regi˜o que mais se caracteriza como uma placa ao longo da linha a ilustrada na Figura 3.4, o perfil de linha ´ submetido novamente a uma inspe¸˜o. Neste e ca ponto, a busca para de ser vertical e passa a ser horizontal, ou seja, ap´s encontrar a o linha x que mais se enquadra ao padr˜o esperado p´ra a ‘assinatura”, o objetivo agora a a ´ determinar em qual posi¸˜o efetivamente come¸a e termina a regi˜o delimitada pela e ca c a
  • 26. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 19 Figura 3.4: Linha encontrada com base na an´ lise estat´stica do perfil de linha. a ı placa. O algoritmo percorre o perfil de linha, criando uma nova lista com o c´lculo da a distˆncia entre cada ponto de m´ximo ou de cada ponto de m´ a a ınimo, referentes `s distˆncias a a de duas posi¸˜es y do perfil de linha P Lx . Ap´s percorrer o perfil de linha e preencher a co o estrutura de dados ilustrada na Figura 3.6 b), o algoritmo utiliza novamente os conceitos ısticos de m´dia(¯), variˆncia(s2 ) e desvio padr˜o(s). Os trˆs valores estat´ estat´ e x a a e ısticos s˜o a calculados, a partir da lista que foi criada com os c´lculos das distˆncias. Esta opera¸˜o a a ca pode ser descrita pela defini¸˜o a seguir: ca s Linf = x+ ¯ (3.11) α Ldis [xi ] > Linf , f lag = 1 (3.12) Ldis [xi ] ≤ Linf , f lag = 0 (3.13) onde α ´ um valor inteiro suficiente para separar as distˆncias maiores das distˆncias e a a menores. Linf caracteriza o limite inferior, que servir´ como um limiar para separar a distˆncias entre dois pontos maior de distˆncia entre dois pontos menores. Os valores a a de distˆncia da lista de distˆncias Ldis [xi ] maiores que Linf assumem f lag = 1, caso a a contr´rio, assumem f lag = 0. E s representa o desvio padr˜o das distˆncias de pontos de a a a m´ximo. a Observando o perfil de linha da Figura 3.3, ´ not´vel que existe uma regi˜o onde e a a
  • 27. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 20 os pontos de m´ximo e de m´ a ınimos est˜o mais condensados. A defini¸˜o acima busca a ca exatamente localizar a referida condensa¸˜o, atribuindo 0 para as distˆncias maiores e 1 ca a para as distˆncias curtas. A regi˜o da lista Ldis com a maior condensa¸˜o de valores 1 a a ca ´ considerada como a regi˜o da placa e as coordenadas s˜o remetidas como ilustrado na e a a Figura 3.5. a o ¸˜ Figura 3.5: Regi˜ o encontrada ap´ s analisar a condensacao dos pontos de m´ ximo a As estruturas de dados usadas para localizar a linha candidata ` placa e a estrutura a usada para localizar as coordenadas exatas das linhas candidatas est˜o ilustradas nas a Figuras 3.6 a) e b), respectivamente. (a) (b) ¸˜ Figura 3.6: Estruturas de dados utilizadas para localizacao da placa a) Estrutura de dados para ¸˜ localizacao da linha candidata; b) Estrutura de dados usada para localizar as coordenadas exatas da placa na linha candidata identificada pela estrutura da Figura a).
  • 28. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 21 3.2 ¸˜ Preparacao dos Caracteres Ap´s a etapa de localiza¸˜o da placa, onde as coordenadas referentes ` poss´ o ca a ıvel localiza¸˜o da placa s˜o identificadas. A etapa de prepara¸˜o dos caracteres tem o objetivo ca a ca de analisar a ´rea delimitada pelas referidas coordenadas, afim de obter as ´reas de cada a a caracter segmentada e binarizada da imagem original. Contudo, isso em condi¸˜es que co facilite e aumente a precis˜o de um algoritmo de OCR. Caso n˜o haja um caracter na a a a ´rea segmentada, esta etapa ter´ como sa´ coordenadas errˆneas de ´reas que mais se a ıda o a adequam ` l´gica do algoritmo descrito a seguir. a o A etapa de prepara¸˜o dos caracteres, por sua vez, tamb´m utiliza as medidas ca e ısticas de m´dia(¯), variˆncia(s2 ) e desvio padr˜o(s). Os trˆs valores estat´ estat´ e x a a e ısticos s˜o a calculados a partir do perfil de linha P Lx encontrado na etapa de localiza¸˜o da placa, ca que mais se assemelha ao padr˜o de “assinatura”procurado corretamente delimitado pela a regi˜o encontrada ap´s analisar a condensa¸˜o dos pontos de m´ximo. A estat´ a o ca a ıstica descritiva ´ novamente utilizada nesta etapa para garantir que o m´todo continue sendo e e adapt´vel com varia¸˜o de ilumina¸˜o e contraste. a ca ca O objetivo desta etapa ´ separar cada caracter contido na placa e trat´-los separa- e a damente. Uma vers˜o adaptada do algoritmo flood-fill foi formulada neste trabalho, para a que a segmenta¸˜o dos caracteres fosse poss´ ca ıvel. Para entender como o flood-fill se tornou adapt´vel, segue a defini¸˜o de como a CorAntiga ´ atribu´ a ca e ıda: CorAntiga = {¯(P Lx )} x (3.14) ou seja, CorAntiga recebe a m´dia dos n´ e ıveis de cinza de P Lx , delimitado pela ´rea a encontrada ap´s analisar a condensa¸˜o dos pontos de m´ximo. o ca a O algoritmo percorre o perfil de linha da esquerda para direita e quando encontrar
  • 29. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 22 um pixel menor que CorAntiga, ou seja, 0 < CorN ova < CorAntiga, o algoritmo executa o flood-fill e a ´rea encontrada ´ caracterizada como um caractere. Essa busca ´ realizada a e e at´ encontrar o final de P Lx . e A Figura 3.7 ilustra as ´reas dos caracteres encontrados ap´s a utiliza¸˜o do flood- a o ca fill adaptado, onde cada caracter foi separado e binarizado, e est´ pronto para ser enviado a para um OCR. ´ ¸˜ Figura 3.7: Area dos caracteres localizada com a utilizacao do flood-fill adaptado. 3.3 Reconhecimento dos Caracteres Ap´s a localiza¸˜o da placa e prepara¸˜o dos caracteres, j´ ´ poss´ utilizar um o ca ca ae ıvel OCR com objetivo de reconhecer os caracteres referentes ` placa. Se eventualmente n˜o a a for reconhecido nenhum caracter ou se os caracteres reconhecidos n˜o caracterizarem uma a placa com os padr˜es nacionais de trˆnsito, esta etapa tem como sa´ uma sinaliza¸˜o o a ıda ca que indica que o processo dever´ ser reiniciado a partir da etapa localiza¸˜o dos caracteres. a ca Entretanto, agora o valor de x referente n˜o mais ` M ax(LPM ax ) e M ax(LPM in ) presentes a a na primeira itera¸˜o, mas referente ` segunda maior quantidade de pontos de m´ximo ca a a e m´ ınimo. A lista completa de todos os valores em ordem decrescentes dos pontos de m´ximo e m´ a ınimo LPM ax e LPM in j´ foi previamente armazenada em mem´ria na etapa a o de localiza¸˜o da placa. Se a nova itera¸˜o falhar novamente, todo processo poder´ ser ca ca a realizado novamente at´ o n´mero total de x ou at´ um limite de itera¸˜es previamente e u e co estabelecido. Para reconhecer os caracteres, este trabalho utilizou uma ferramenta OCR de terceiros. Entendendo que o simples fato de utilizar um OCR n˜o ´ suficiente para a a e
  • 30. ´ ´ CAPITULO 3. METODO PROPOSTO 23 sua identifica¸˜o e que a referida ferramenta j´ ´ uma tecnologia dominada e consagrada ca ae no mercado e no meio acadˆmico, atingido um alto n´ de acertos. e ıvel
  • 31. Cap´tulo 4 ı Experimentos e Resultados Para realizar este trabalho, foi coletada uma base de dados de imagens, que se en- contram em situa¸˜o de ambiente controlado. Um ambiente controlado necessariamente ´ ca e um ambiente que propicia o mesmo ˆngulo de tomada, na mesma distˆncia e mesmo grau a a de luminosidade. Um ambiente dito controlado pode ser encontrado em entradas de shop- ping ou estacionamento, como ´ o caso das imagens utilizadas neste trabalho. A escolha e de imagens em um ambiente controlado s˜o necess´rias para diminuir a complexidade dos a a algoritmos, agindo pontualmente em uma determinada dificuldade e aumentando assim a probabilidade de acerto. A Tabela 4.1 demonstra as caracter´ ısticas das imagens utilizadas neste trabalho. Para realizar os experimentos, foram coletadas imagens com exemplos de placas de v´rios pa´ do mundo com diferentes dimens˜es. a ıses o Banco de dados de imagem N´ mero de Imagens u 139 ¸˜ Resolucao 96 DPI Cores 256 Cores (8BitsPorPixel) Tipo de Arquivo JPG Tabela 4.1: Tabela que demonstra as caracter´sticas das imagens utilizadas no trabalho ı Foi utilizado para processar as imagens um computador com as configura¸˜es des- co critas na Tabela 4.2 As etapas de localiza¸˜o da placa e prepara¸˜o dos caracteres mostrou extrema- ca ca 24
  • 32. ´ CAPITULO 4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS 25 ¸˜ Configuracao utilizada Processador AMD Athlon(TM)XP 2600+ 1.92GHz Mem´ ria o 256MB Sistema Operacional Windows XP Professional ¸˜ Linguagem deProgramacao Delphi 7 Tabela 4.2: Tabela que demonstra as caracter´sticas de hardware e software utilizados ı mente eficiente do ponto de vista de tempo de processamento. Como um dos principais objetivos desta proposta ´ localizar a placa e preparar os caracteres para o reconheci- e mento em um OCR, de forma que o algoritmo percorra o m´ ınimo poss´ da imagem. ıvel Esse objetivo foi alcan¸ado na etapa para localizar os pontos de m´ximo PM ax e pontos c a de m´ ınimo PM in , onde o algoritmo passa a trabalhar com a imagem f (x , y) e n˜o mais a com a imagem original f (x, y), al´m das pr´-condi¸˜es como o perfil de linhas com am- e e co plitude menor que (Θ . x) serem descartados e perfis de linhas que n˜o se enquadram ¯ a no padr˜o da “assinatura”tamb´m ser˜o descartados. Com a utiliza¸˜o conjunta desses a e a ca m´todos, a quantidade de pixels a serem analisados na imagem original f (x, y) diminuem e significamente, o que pode ser observado com os dados demonstrados na Tabela 4.3 Tempos Obtidos Etapa em milesegundos em segundos ¸˜ Localizacao da Placa 32 ms p/imagem 31,25 imagens p/s ¸˜ Preparacao dos Caracteres 15 ms p/imagem 66,66 imagens p/s OCR 80 ms p/imagem 12,50 imagens p/s Total 127 ms p/imagem 7,87 imagens p/s Tabela 4.3: Tabela que demonstra os tempos m´ dios obtidos do algoritmo em cada etapa e Cada conjunto de imagem de cada pa´ analisado possui caracter´ ıs ısticas pr´prias o quanto ` ilumina¸˜o, distˆncia e ˆngulo de tomada, al´m de possuir padr˜es de numera¸˜o a ca a a e o ca espec´ ıficos para cada pa´ como pode ser visto na Figura 4.1. Entretanto, para o algo- ıs, ritmo, os referidos fatos s˜o indiferentes, levando em considera¸˜o que a busca pela placa a ca ´ realizada da mesma forma e entendendo que o fator cr´ e ıtico de sucesso do algoritmo ´ e que apenas o ve´ ıculo esteja contido na imagem. Imagem que al´m da presen¸a do ve´ e c ıculo, contenha tamb´m outros objetos que n˜o pertencem ao autom´vel aumenta considerav- e a o elmente a possibilidade de haver outra regi˜o com as mesmas caracter´ a ısticas esperadas
  • 33. ´ CAPITULO 4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS 26 para “assinatura”. Os conjuntos de imagens exemplificados pela Figura 4.1 demonstram um ambiente ideal para o sucesso do algoritmo. O desempenho da etapa de localiza¸˜o ca da placa e da etapa de prepara¸˜o dos caracteres ´ apresentado na Tabela 4.4 ca e Desempenho do Algoritmo Pa´s ı No de Images Localizacao da placa Preparacao dos Caracteres ¸˜ ¸˜ Brasil 31 27 - 87,0% 16 - 51,6% Holanda 39 39 - 100% 31 - 79,4% Israel 39 37 - 94,8% 29 - 74,3% Austr´ lia a 30 27 - 90% 14 - 46,6% ¸˜ Tabela 4.4: Tabela que demonstra a taxa de acerto da etapa de localizacao da placa e da etapa ¸˜ de preparacao dos caracteres, utilizando placas de v´ rios pa´ses a ı (a) Brasil (b) Holanda (c) Israel (d) Austr´ lia a ¸˜ Figura 4.1: Resultado do algoritmo de localizacao da placa em diversos n´veis de luminosidade, ı ˆ angulo de distˆ ncia de tomada a Neste trabalho, foram criadas duas premissas que presavam a eficiˆncia e a adap- e tabilidade do algoritmo proposto. As referidas premissas foram elaboradas para efetivar o desenvolvimento de um m´todo que diminu´ a taxa de particularidade de algoritmos e ısse j´ desenvolvidos. Tais particularidades podem ser percebidas no trabalho de [SCY00], a que apesar de ser eficiente do ponto de vista de velocidade de processamento, demonstrou ser segundo o autor, pouco eficaz no que diz respeito ` sua exposi¸˜o em condi¸oes de a ca c˜ ilumina¸˜o vari´veis. Entretanto, outro algoritmo desenvolvido por [CBW98] apresentou ca a ser eficiente quanto ` varia¸˜o de ilumina¸˜o, mas em contrapartida, tamb´m segundo o a ca ca e autor, apresentou ser pouco eficiente no quesito tempo de processamento.
  • 34. ´ CAPITULO 4. EXPERIMENTOS E RESULTADOS 27 (a) Brasil (b) Holanda (c) Israel (d) Austr´ lia a ¸˜ Figura 4.2: Resultado do algoritmo de preparacao dos caracteres em diversos n´veis de lumi- ı ˆ nosidade, angulo de distˆ ncia de tomada a Contudo, o algoritmo apresentado neste trabalho mostrou-se eficiente no quesito tempo de processamento e adapt´vel `s v´rias condi¸˜es de ilumina¸˜o diferentes, sem a a a co ca comprometer o tempo gasto. No entanto, foi poss´ observar que em algumas situa¸˜es ıvel co o algoritmo falha. A Figura 4.3 demonstra uma situa¸˜o t´ ca ıpica na qual o algoritmo n˜o ´ a e capaz de localizar a placa, levando ` sinaliza¸˜o de um ponto onde o processo n˜o alcan¸ou a ca a c resultado satisfat´rio. o Como pode ser notado, as trˆs linhas que representam a m´dia x, a m´dia mais e e ¯ e a ¯ s metade do desvio padr˜o x + 2 e a linha que representa a m´dia menos a metade do desvio e s padr˜o x − a ¯ 2 passam acima da ´rea que representa a “assinatura”. Este fato se d´ pela a a alta concentra¸˜o de pixels com tons de cinza pr´ximos a branco, o que leva a m´dia para ca o e cima, gerando a ineficiˆncia do algoritmo nestes casos. e (a) (b) ¸˜ Figura 4.3: Exemplo de uma situacao em que o m´ todo proposto falha. 4.3(a) Imagem da placa e indicando um perfil de linha. 4.3(b) Exemplo de um perfil de linha em que o m´ todo proposto e a ´ n˜ o e capaz de identificar a “assinatura”.
  • 35. Cap´tulo 5 ı Conclus˜ o a A partir de experimentos realizados neste trabalho em imagens de ve´ ıculo em um ambiente controlado, notou-se que as duas premissas de adaptabilidade e eficiˆncia e descritas no trabalho foram alcan¸adas. Este fato pode ser observados na Tabela 4.3 c que demonstrou o tempo gasto para processamento das imagens na etapa de localiza¸˜o ca e prepara¸˜o dos caracteres e, na Figura 4.3, que demonstra v´rios tipos de ˆngulo de ca a a tomada, distˆncia, ilumina¸˜o e contraste. a ca O processo de reconhecimento dos caracteres contidos em uma placa depende forte- mente do m´todo utilizado para encontr´-la e prepar´-la. Com a utiliza¸˜o de t´cnicas de e a a ca e processamento de imagens aplicada na an´lise estat´ a ıstica dos perfis de linha da imagem, possibilitou, principalmente, atrav´s da an´lise estat´ e a ıstica, que o algoritmo trabalhasse com valores obtidos dinamicamente e, por sua vez, adapt´vel ` situa¸˜es diversas de a a co ilumina¸˜o. ca Neste trabalho, a localiza¸˜o da placa de ve´ ca ıculo em um cen´rio controlado ocorreu a de forma satisfat´ria do ponto de vista do que era esperado no in´ do trabalho, com o ıcio o´ ındice de 93% de acerto, sendo que em alguns ambientes, como o caso do grupo de imagens de autom´veis holandesas, obteve 100% de acerto. o 28
  • 36. ´ ˜ CAPITULO 5. CONCLUSAO 29 Diferentemente da etapa de localiza¸˜o placa, a etapa de prepara¸˜o dos caracte- ca ca res apesar de tamb´m ser embasada sobre valores obtidos atrav´s de an´lise estat´ e e a ıstica, demonstrou um n´ de acerto abaixo do esperado, com 64% de acerto. No entanto, a ıvel prepara¸˜o dos caracteres pode ser descartada se o algoritmo de OCR utilizado sofisticado ca o suficiente para realizar esta etapa. Em outras palavras, em um processo de identifica¸˜o ca autom´tico dos caracteres contidos em um placa de ve´ a ıculo, o fator cr´ ıtico de sucesso ´ e a localiza¸˜o da placa, ou seja, se esta etapa falhar, todos as outras etapas subsequentes ca falhar˜o e foi nessa etapa que este trabalho teve seu foco. a 5.1 Sugest˜ o de Estudos a Algumas melhorias podem ser realizadas como trabalhos futuros para aperfei¸oar c as t´cnicas utilizadas neste trabalho. Uma melhoria que poderia ser realizada ´ quanto a e e etapa de prepara¸˜o dos caracteres. Neste trabalho, como pode ser observado na Tabela ca 4.4, houve um baixo ´ ındice de acerto. No entanto, ap´s a placa j´ ter sido localizada, a o a etapa de prepara¸˜o dos caracteres deve apenas preparar a referida ´rea, para que um ca a algoritmo de OCR possa ter um resultado mais efetivo. Algumas abordagens podem ser utilizadas, como por exemplo, melhorar a forma que o flood-fill segmenta os caracteres ou realizar binariza¸˜es adaptativas, como as conhecidas Otsu, Niblack; ou utilizar t´cnicas co e de realce de borda, como Cany; ou at´ mesmo utilizar morfologia matem´tica, para e a tentar resolver o problema. Em outras palavras, a etapa de prepara¸˜o dos caracteres ca deve separar os caracteres dos outros objetos conexos existentes na regi˜o resultante da a etapa de localiza¸˜o da placa. ca Outra melhoria que pode ser realizada ´ quanto a inclina¸˜o da placa. Neste tra- e ca balho, a tolerˆncia quanto a inclina¸˜o ´ pequena, visto que para o sucesso da localiza¸˜o, a ca e ca a inclina¸˜o da placa deve ser de tal forma que o perfil de linha deve pegar o primeiro e ca o ultimo caracter da placa. ´
  • 37. ´ ˜ CAPITULO 5. CONCLUSAO 30 Quanto ` falha apresentada e ilustrada na Figura 4.3, uma alternativa para pesquisas a futuras seria talves, nos casos espec´ ıficos nas quais o algoritmo falha, executar um pr´- e processamento de forma que uma eventual alta concentra¸˜o de pixels pr´ximos de brancos ca o ou pixels pr´ximos de pretos seja contornada, com m´todos como white-top hat e black o e top-hat concebidos por [SER88].
  • 38. Referˆ ncias Bibliogr´ ficas e a [BDRBC97] J. BARROSO, E.L. DAGLESS, A. RAFAEL, and J. BULAS-CRUZ. Number plate reading using computer vision. IEEE - International Sympositum on Industrial Eletronics ISIE’97 Universidade do Minho, Guimar˜es, Jul 1997. a [CBW98] C. COETZEE, C. BOTHA, and D. WEBER. Pc based number plate recog- nition system. Proceedings of IEEE International Conference on Industrial Electronics, 1998. [CPR04] B. G. CUNHA, J. F. PEREIRA, and W. S. M. RIBEIRO. Localiza¸˜o ca de placas de ve´ ´ ıculos utilizando t´cnicas de variˆncia. PRAXIS - Revista do e a Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara, (5):23–25, jul/dez 2004. [FER03] A. P. P. FERREIRA. Sistema de Identifica¸˜o Autom´tica de Matr´ ca a ıculas em Ve´culos Autom´veis. PhD thesis, Instituto Superior de Engenharia de ı o Lisboa, 2003. ´ [FSC98] A. A. FARIAS, J. F. SOARES, and C. C. CESAR. Introdu¸˜o ` Estat´stica. ca a ı Rio de Janeiro :LTC 2. ed., 1998. ´ [GRT02] C.B. GUINGO, R. J. RODRIGUES, and A. C. G. THOME. Reconhecimento autom´tico de placas de ve´ a ıculos automotores atrav´s de redes neurais arti- e ficiais. 2o . Congresso Brasileiro de Computa¸˜o, 2002. ca [GW02] R. C. GONZALEZ and R. E. WOODS. Digital Image Processing. Prentice Hall, 2002. 31