SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 17
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR AMADEUS - SESA
FACULDADE AMADEUS - FAMA
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
WECSLEY SANTA BÁRBARA DE OLIVEIRA
RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do
trabalho em equipe
ARACAJU-SE
2014
WECSLEY SANTA BÁRBARA DE OLIVEIRA
RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do
trabalho em equipe
Artigo Científico apresentado à
Faculdade Amadeus como Trabalho de
Conclusão de Curso e requisito básico
para obtenção do título de Especialista
em Inovação em Práticas Pedagógicas.
Orientadora: Prof.ª M.Sc. Gisélia Varela
ARACAJU-SE
2014
3
RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do
trabalho em equipe
*WECSLEY SANTA BÁRBARA DE OLIVEIRA1
RESUMO
Este artigo descreve a experiência constatada no desenvolver de palestra-oficina
com grupo de alunos do curso de pedagogia de uma instituição de ensino superior
no estado de Sergipe. Ressalta a metodologia empregada no evento, assim como,
os materiais empregados para solucionar o problema proposto. Relata também os
resultados alcançados pelos alunos e o aprendizado por eles alcançado acerca do
trabalho em equipe. Baseou-se no uso prático da Arte enquanto recurso de
contextualização e ressignificação de conceitos, explorando processos de criação
com a arte em papel jornal que agrega valores culturais e de preservação do meio
ambiente.
Palavras-chave: Arte, oficina, trabalho em equipe.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho pretende mostrar a relevância da aplicação didática e
contextualizada do fazer artístico relacionado com o trabalho em equipe no que diz
respeito à compreensão das fases de desenvolvimento, bem como as funções dos
membros inseridos em determinado grupo. Relata a experiência compartilhada
através de palestra e oficina apresentadas em um seminário ao corpo docente em
Pedagogia pela FISE – Faculdade Integrada de Sergipe em Tobias Barreto.
Questionamentos permeiam o desenrolar desse artigo, tais como: o
ensino de arte compreende apenas o fazer artístico, o desenvolver da habilidade
manual? É possível utilizar os processos artísticos como recurso de contextualização
interdisciplinar? Pode a arte promover o aprimoramento de habilidades pertinentes
ao trabalho em equipe?Antes de adentrarmos nas soluções para esses
questionamentos fez-se necessário a compreensão do ensino da arte em nosso
país.
Segundo os PCN’s, o Ensino de Arte no Brasil passou a fazer parte do
currículo escolar em meados dos anos 70. Um avanço para a época considerando o
1
Bacharel em Design Gráfico pela UNIT – Universidades Integradas Tiradentes. Pós Graduanda no curso
Inovações em Práticas Pedagógicas da Faculdade Amadeus (Fama). E-mail:
eclysew@gmail.comBloghttp://plugadoeducacao.blogspot.com.br
4
entendimento entre arte e formação dos indivíduos. Mas os resultados desse
processo não foram totalmente positivos posto o despreparo dos professores em
dominar diversas linguagens artísticas como dança, teatro e artes plásticas.
Nos anos 80 esse fato foi agravado por conta de indefinição na formação
docente para o Ensino Artístico denotando claramente dificuldades entre teoria e
prática. Isso gerou a tendência de redução qualitativa dos saberes nas formas de
arte, aumento da crença de que os alunos conheceriam muito bem música, artes
cênicas, plásticas e dança através de atividades expressivas espontâneas.
O professor era a referência para a transmissão de padrões estéticos,
códigos, conceitos e categorias artísticas através de atividades que enfatizavam a
auto expressão como um momento de invenção, autonomia e descoberta dos
alunos.
O movimento Arte-Educação foi criado nos anos 80 com a finalidade de
organizar o Ensino Artístico mobilizando grupos de professores, conscientizando e
organizando esses profissionais no que diz respeito ao isolamento dentro da escola
e a insuficiência de conhecimentos e competências nas diversas linguagens
artísticas.
As ideias desse movimento foram difundidas no país através de
encontros, seminários e eventos similares promovidos pelas universidades,
associações de arte-educadores, instituições públicas e particulares. No final dos
anos 80 a Arte passa a ser obrigatório na educação básica.
2. RUMOS DA ARTE
Independente das questões que fragilizam o ensino da arte no Brasil, há
que se observar, no fazer artístico, um viés que possibilita a contextualização de
diversos assuntos e de acordo com produções de grupo proporcionar o
aprimoramento do trabalho em equipe evidenciando o desenvolvimento dos perfis de
habilidades necessários para esse fim. O fazer artístico deve ir além da mera
contemplação de datas comemorativas ou decoração do cotidiano.
A questão central do ensino de Arte no Brasil diz respeito a um enorme
descompasso entre a produção teórica, que tem um trajeto de constantes
perguntas e formulações, e o acesso dos professores a essa produção, que
é dificultado pela fragilidade de sua formação, pela pequena quantidade de
5
livros editados sobre o assunto, sem falar nas inúmeras visões
preconcebidas que reduzem a atividade artística na escola a um verniz de
superfície, que visa as comemorações de datas cívicas e enfeitar o
cotidiano escolar. (BRASIL, 2007, p.26)
É possível agregar valores e conhecimentos, sistematizando o desenrolar
de atividades lúdicas e construtivas que viabilizam a produção artística e a
assimilação de conteúdos como a preservação do meio ambiente, reciclagem e
conceitos culturais.
A arte com papel jornal mostra-se eficiente, pois depende de matéria
prima de custo relativamente baixo, fator que democratiza a sua exploração. A
história da arte com papel está diretamente relacionada a sua invenção na dinastia
Han(206 a.C.-221 d.C.) na China, onde a preciosidade do papel era aferida aos
palácios em obras de corte em sua superfície, com o passar dos tempos foi se
popularizando e atualmente o papel pode ser transformado em arte através de
recortes e colagens, tramas com trançado de tubos ou até mesmo ser transformado
em massa para escultura.
Em todo o mundo, artesões e artistas desenvolvem e aprimoram suas
técnicas de produção artística com o papel, explorando claramente o apelo
ecológico da reciclagem. Em escolas também é comum a reutilização de materiais
em exposições nomeadas, muitas vezes, com trocadilhos entre as palavras ‘lixo’ e
‘luxo’, ficando clara a falta de criatividade de alguns professores que preferem a
repetição disfarçada do que perceber um diferencial/potencial no trabalho dos alunos
e consequentemente inovar na nomenclatura e finalização dos projetos.
O ensino de arte no Brasil faz parte do currículo escolar desde meados
dos anos 70. Na maioria das vezes, esse ensino compreende o observar artístico e
a reprodução. Entretanto, o ensino artístico pode e deve contribuir com a formação
do indivíduo de forma mais significativa através de contextualizações com focos
direcionados em atividades como o trabalho em equipe.
Logo, o fazer artístico explorado como recurso de desenvolvimento de
competências e habilidades pode sim colaborar com a evolução dos alunos em
relação ao aprimoramento dos perfis de habilidades do trabalho em equipe.
2.1. Os Processos Criativos
No PCN, onde relata a história da Arte Educação no Brasil, é claramente
registrado que as instituições de ensino responsáveis pelo preparo do Arte Educador
6
sofrem com a falta de estrutura acadêmica no que diz respeito ao uso da
criatividade. Ao contrário do que é convencionado, criatividade não é dom, e sim
processo de composição de ideias. Criatividade é trazer à tona o novo
compreendendo o mundo em volta, relacionando conceitos e significados. Ostrower
diz que:
Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em
qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse "novo", de novas
coerências que se estabelecem para a mente humana, fenômenos
relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. O ato
criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua
vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar. (OSTROWER, 1977,
p.15)
Estudiosos da neurociência afirmam que a criatividade está relacionada
ao inconsciente no que diz respeito à intuição e imaginação, os ‘insights’. Ellen
Ximendes afirma que “intuições são o resultado do processamento inconsciente de
informações que se manifesta na forma de um sentimento espontâneo”.
(XIMENDES, 2010, p.91)
Dentre as técnicas mais conhecidas de desenvolvimento de potencial
criativo estão BRAINSTORM e a Biônica. Brainstorm, também conhecida como
tempestade cerebral ou Toró de ideias, pode ser desenvolvida individualmente ou
em grupo e consiste na expressão livre das mais diversas ideias e possibilidades
que posteriormente passam por um afunilamento avaliativo até a definição da
solução do problema.
O propósito de uma sessão de Brainstorming é o trabalho em grupo na
identificação de um problema, e encontrar, através de uma intervenção
participativa, a melhor decisão para um plano de ação que o solucione tal
problema. (Phil Bartle, 2007)
A Biônica é um método que busca solucionar os problemas a partir da
observação dos recursos da natureza seja no aspecto da funcionalidade ou estético.
Para (Broeck, 1989 apud Ramos, 1993), “é o estudo dos sistemas e organizações
naturais visando analisar e recuperar soluções funcionais, estruturais e formais para
aplicá-las na resolução de problemas humanos por meio da geração de tecnologias
e concepção de objetos e sistemas de objetos”.
2.2. Oficina Criativa e o Desenvolvimento do Trabalho em Equipe
A oficina criativa consiste numa dinâmica de grupo e tem como fator
elementar a arte em papel jornal. É primordial definir um problema a ser
7
solucionado, e no caso do objeto de estudo apresentado nesse artigo é
desenvolvimento de competências pertinentes ao trabalho em equipe, evidenciando
as funções e perfil de habilidades necessárias.
Para o desenvolvimento da oficina criativa com papel jornal foram
estabelecidos objetivos e etapas visando uma melhor compreensão e vivência das
fases e das funções do trabalho em equipe.
Os objetivos apresentados aos alunos foram: aumentar a percepção e a
consciência, para através da meditação identificar problemas e buscar soluções
coerentes; apresentar técnica artesanal de reciclagem de papel jornal; promover
através da arte a elaboração de questões subjetivas vivenciadas com artesanato em
jornal; percepção das múltiplas inteligências (intrapessoal, interpessoal, espacial,
lógica e artística); conectar os mundos internos e externos; promover a auto
expressão e a auto realização; exploração da estética e elaboração artística em prol
da educação; desenvolvimento do potencial artístico; integração entre linguagem
verbal e não verbal e desenvolvimento de trabalho em equipe.
Cada etapa da oficina tem sua peculiaridade e é nomeada como:
contextualização, preparação do material, planejamento de atividades, elaboração
artística e transposição para a linguagem verbal. Essas nomeações contemplam os
pilares da educação estabelecidos em relatório da UNESCO na Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI, sob coordenação de Jacques
Delors, que possibilitam ao aluno um aprendizado efetivo e auto avaliativo através
da convivência, buscando o conhecimento de forma prática.
Cada um dos “quatro pilares do conhecimento” deve ser objeto de atenção
igual por parte do ensino estruturado, a fim de que a educação apareça
como uma experiência global a levar a cabo ao longo de toda a vida, no
plano cognitivo como no prático, para o indivíduo enquanto pessoa e
membro da sociedade. (DELORS, 2008, p.33)
Durante a contextualização é apresentada ao grupo a proposta de
trabalho com a arte enquanto ferramenta didática e também a proposição de um
problema para ser solucionado pelo grupo. Nessa etapa os alunos são instigados a
explorarem a criatividade na busca de soluções. Ainda nessa fase é possível fazer
uso de recursos multimídia para ilustrar a contextualização e assim, melhorar a
compreensão do assunto abordado.
8
A preparação do material declara no início da mobilização dos grupos no
que diz respeito a organização das ferramentas e demais materiais de apoio tais
como tesouras, estiletes, colas e tintas. Nessa etapa o jornal será beneficiado
manualmente seja através de rasgos, recortes ou confecção de tubos. É importante
salientar que nessa etapa todos os membros do grupo devem contribuir
efetivamente ou significativamente na manufatura do papel, afim de ficar registrada a
participação de todos os membros na proposta final do projeto.
Durante o planejamento de atividades acontecem o gerenciamento de
ideias e a definição dos procedimentos para a solução do problema proposto. O
gerenciamento de ideias é caracterizado pela exploração dos métodos de
criatividade de maneira ordenada e supervisionada pelos membros do grupo que se
destacarem com o perfil de liderança. Já os procedimentos de solução do problema
são definidos após avaliação das ideias, nessa fase os alunos farão uso dos
processos criativos tais como a Biônica, partindo da observação da natureza, ou do
‘Brainstomr’, profusão de ideias.
A elaboração da expressão artística compreende a execução dos
caminhos encontrados pelo grupo para solucionar o problema proposto. É o fazer
artístico emergindo como resultado de um trabalho em equipe. É evidente que os
membros do grupo que apresentarem um melhor perfil de desenvolvedor terão
destaque nessa fase da oficina. Entretanto, a participação mínima no fazer artístico
deve ser garantida na fase de manufatura da matéria prima, seja rasgando, cortando
ou mesmo preparando canudinho de papel jornal.
A transposição para a linguagem verbal é o momento de ponderação
tanto dos alunos participantes quanto do professor ministrante. É o momento onde
todos podem verbalizar a experiência vivida bem como o aprendizado assimilado. É
o momento para ponderar os caminhos escolhidos pelos alunos e os resultados por
eles alcançados. Nessa fase, cabe ao professor apresentar o perfis de habilidade
necessários ao trabalho em equipe pontuando momentos da oficina de acordo com
o comportamento dos alunos.
Os métodos aplicados no desenvolvimento da oficina foram:
contextualização com leitura para sensibilização com o texto “Esquecendo o
Caminho de Volta”; orientações sobre a manipulação do jornal; divisão da turma em
grupos; preparação de canudos e caracóis com papel jornal; pintura com tintas spray
e conversa sobre o desenvolvimento do trabalho.
9
Trabalhar em equipe é pré-requisito constante na seleção de profissionais
nas mais diversas áreas do mercado. A escola pode oferecer a vivência do trabalho
em equipe através do fazer artístico contribuindo positivamente na formação do
aluno enquanto ser inserido em sociedade. Para Rodrigues:
Torna-se necessário o ato de trabalhar em equipes, ou grupos, pois
"Colocar os alunos para trabalhar em grupo faz com que eles troquem
informações e procedimentos para resolver problemas facilitando o ensino e
a socialização". (RODRIGUES, 2007).
As características pertinentes ao trabalho em equipe foram contemplados
no decorrer das etapas da oficina criativa, onde foi possível observar líderes,
criativos, analistas e desenvolvedores deixando emergir seus perfis de forma lúdica
e prazerosa.
Durante esse processo é possível observar o aprendizado e a
transformação pessoal e social. Lownfeld afirma:
A arte pode desempenhar papel significativo no desenvolvimento das
crianças. O foco de aprendizagem é a criança dinâmica, em
desenvolvimento, em transformação, a qual se torna cada vez mais cônscia
de si própria e de seu meio. (LOWENFELD, 1970, p.33)
A transmissão de conhecimento é uma habilidade importante no
desenvolvimento do trabalho em equipe, e a vivência promovida pela oficina, tendo
como mola mestra a arte, propicia esse aprendizado aos alunos. Nalevaia afirma:
Os estudos mais recentes indicam que as relações do aluno com seus
companheiros são decisivos para a aquisição de diversas habilidades, entre
elas a mais importante, a transmissão do conhecimento. Assim, o trabalho
em grupo em si propicia a interação e faz com que as pessoas aprendam
uma com as outras. (NALEVAIA, 2010, p.04)
A Oficina Criativa de artes com Jorna promove a Arte como recurso de
desenvolvimento do trabalho em equipe. Freitas pontua:
A arte seria uma forma de resgatar a totalidade. Totalidade esta, que
envolve as várias dimensões do ser humano: afetiva, cognitiva e social,
numa relação integradora de emoção e razão, afetividade e cognição,
subjetividade e objetividade, conheci mento e sentimento. (FREITAS, 2005,
p.12)
2.3. A Técnica e o Material Empregados nas Oficinas
Na oficina-palestra a técnica abordada foi a arte com papel jornal, que
consiste no beneficiamento artesanal do papel transformando-o em matéria-prima
principal para o desenrolar dos trabalhos dos alunos. Durante o processo, o papel
10
pode ser rasgado, recortado ou enrolado em formato de tubinhos e a partir daí, de
acordo com o labor artístico e a solução criativa para resolver o problema proposto é
possível compor peças com os mais variados resultados estéticos.
Outros materiais são necessários para o desenvolvimento da oficina, tais
como: tesouras, estiletes, pincéis, colas e tintas. Os alunos tinham discernimento
suficiente para usar esses materiais sem oferecer risco a si mesmo nem aos demais
participantes, do contrário, é pertinente ao ministrante fazer a mediação
principalmente das ferramentas cortantes.
A reutilização do papel mostra-se democrática pelo baixo custo da
matéria-prima principal, do trabalho e pela facilidade de assimilação do fazer
artístico por diversas faixas etárias. Não somente o jornal, mas todo e qualquer tipo
de papel descartado, desde que esteja em condições higiênicas de reuso, pode ser
aplicado em projetos educacionais.
A democratização por conta da faixa etária caracteriza-se pela
simplicidade de manipulação da matéria-prima, fazeres como recortes, rasgos, e
beneficiamento do papel através da composição de canudos são facilmente
assimiladas por pessoas das mais diversas faixas etárias com ou sem habilidades
específicas na manipulação artística.
A oficina-palestra aconteceu durante um seminário na FISE – Faculdades
Integradas de Sergipe, na cidade de Tobias Barreto, com o tema: Ressignificando
conceitos através da arte com Jornal. O evento teve duração de 2h com intervalo de
15min e contou com a participação dos alunos do curso de Pedagogia. Também foi
abordada a ressignificação de conceitos de evolução e aprendizagem individual
traçando uma relação com os procedimentos artísticos no desenvolvimento de uma
mandala com canudos de papel jornal.
A mandala tem o simbolismo da representação harmônica da energia
humana com a do cosmos, e está presente em várias culturas como símbolo de
meditação e centralização de energia. Dahlke afirma:
O corpo humano é constituído de células e estas, por sua vez, de átomos.
Desse modo, nosso corpo é composto, em última análise, de inúmeras
mandalas. Mas podemos compreendê-lo também, em sua totalidade, como
uma mandala. Com os braços e as pernas esticados, ele forma uma
mandala estrelar, cada homem possui, claramente reconhecível, um centro,
e todos estamos constantemente à sua procura. (DAHLKE, 2007, p.34)
11
A ressignificação de conceitos partiu do princípio da desconstrução do
antigo para a acomodação do novo aprendizado. Através da metáfora da construção
civil onde para obter-se um prédio novo e sólido é necessário implodir a construção
antiga. Assim devemos fazer com nossa personalidade ao longo da vida, sempre
que for necessário recomeçar, reaprender ou reedificar será necessário implodir
antigos conceitos, comportamentos e atitudes. É preciso desconstruir o antigo para
que o novo surja forte e consistente. Com a arte em papel jornal é possível vivenciar
esse processo de forma prazerosa, lúdica e construtiva. Isso ajuda a compreender
as fases necessárias para a construção da evolução individual.
A ressignificação de conceitos foi apresentada aos alunos através dos
seguintes tópicos: a desconstrução – rasgando; preparando o papel jornal
desconstruindo antigos conceitos; libertação do desnecessário; a organização e
planejamento para o novo – o que fazer com os canudos de jornal? Planejamento,
projeção futura, metas; a edificação do novo – composição de objetos com canudos
de jornal: execução de ações planejadas, ações individuais e soluções em grupo;
Avaliação: transposição para a linguagem verbal: conclusão dos trabalhos.
Nessas oficinas é comum os participantes se sentirem incapazes de tal
feito, diante do desafio de composição de uma peça artística. Mas, esse sentimento
é extinguido, dando lugar à satisfação ao constatar sua capacidade ao término do
trabalho.
Para explorar uma técnica artística em sala de aula é imprescindível que
o professor esteja preparado, mas a falta de incentivos e estruturação na formação
desses professores acabam condicionando-os à repetição de atividades de
observação e reprodução artística que evidenciam datas comemorativas ou apenas
enfeitam o cotidiano nas escolas.
Assim, ao professor cabe a busca desse conhecimento específico em
oficinas ou em contato direto com artistas e artesãos, em seguida deve agregar
aplicabilidade de forma contextualizada para alcançar seus objetivos relacionados
aos projetos educacionais, tal como, o desenvolvimento do trabalho em equipe,
objeto de estudo desse artigo.
Atualmente, muitos artistas e artesãos desenvolvem suas obras tendo o
papel como matéria prima principal, agregando claramente valores da cultura
regional e ecológicos. A produção de peças decorativas e utilitárias que retratam o
comportamento cotidiano das pessoas da região são explorados na composição de
12
peças comerciais encontradas em feiras e exposições que contemplam o artesanato
local. Os valores ecológicos de preservação ao meio ambiente estão implícitos na
reutilização do resíduo papel que tem como base de produção a celulose extraída de
árvores.
Em Aracaju, a EMSURB mantém desde 1997 oficinas onde estende à
população e turistas o contato com a arte com papel, assim como, uma alternativa
de renda a famílias de baixa renda não deixando de conscientizar para a
preservação do meio ambiente, conforme afirma matéria publicada em site na
internet: “A atual proposta da Oficina de Papel pretende estender o atendimento à
população em geral e aos turistas, assim como transmitir uma atividade
profissionalizante a adolescentes – principalmente de famílias com baixa renda.
Sem, contudo, deixar de lado a finalidade de conscientizar os participantes da
importância de preservação do meio ambiente.”(Infonet, 2013)
O Ateliê Curupira Ecodesign tem sede em Aracaju e também desenvolve
um trabalho contemporâneo onde explora principalmente a produção de mandalas e
luminárias decorativas, esse ateliê também promove oficinas onde ensina as
técnicas de beneficiamento artesanal do papel descartado, atentando para uma
proposta com mais sofisticação e design.
2.4. Trabalho em Equipe
O isolamento não faz parte da vida social do ser humano. Nascemos no
grupo familiar e ao longo da nossa história vamos nos inserindo em outros grupos
seja por afinidade, objetivos específicos ou mesmo necessidade social. Isso
acontece com o grupo de amigos, de colegas na escola, do futebol, da religião e
outros.
Atividades desenvolvidas em grupo tendem a ser finalizadas em menor
tempo e com os melhores resultados, dependendo do processo criativo empregado
na solução de problemas e das características específicas dos membros do grupo,
tais como liderança, colaboração e dinamismo.
O bom resultado do trabalho em equipe está diretamente ligado ao
envolvimento dos seus membros com o desenvolvimento do trabalho. A figura de um
líder é importante na representatividade do trabalho do grupo. Entretanto,
emergencialmente, a liderança pode se manifestar nas diversas etapas do
desenvolvimento.
13
Machado (1998), define o trabalho em grupo como:
Um sistema de relações dinâmicas e complexas entre um conjunto de
pessoas, que se identificam a si próprias e são identificadas por outras
pessoas dentro da organização como membros de um grupo relativamente
estável, que interagem e compartilham técnicas, regras, procedimentos e
responsabilidades, utilizadas para desempenhar tarefas e atividades com a
finalidade de atingir objetivos mútuos. (MACHADO, p.07)
Em estudo sobre o trabalho de grupos e equipes nas organizações
Albuquerque (2003) e Palacios (2003) defendem estágios de desenvolvimento do
trabalho nomeados como formação, conflito, normatização, desempenho e
desintegração.
Formação: Quando os membros da equipe iniciam os contatos com vistas à
realização do trabalho, começa um processo de descobrimento do outro,
mesmo que esse “outro” seja um colega de trabalho já conhecido. Nesta
fase, os indivíduos procuram identificar quem é o outro e em que ele pode
contribuir para atingir o objetivo estabelecido para a equipe. É neste
momento que inclusive o objetivo da equipe, usualmente definido de
maneira prévia pela organização, será mais bem delimitado. As regras do
jogo também serão definidas, tanto em termos de desempenho quanto de
comportamentos sociais, como por exemplo concordar em se reunir duas
vezes por semana para checar os avanços e/ou dificuldades encontradas
por cada membro em relação à tarefa e não chegar atrasado mais do que
cinco minutos do horário combinado. Freqüentemente esta fase se
caracteriza pela incerteza, tanto sobre regras, normas, procedimentos como
sobre comportamentos, responsabilidades e papéis de cada membro, pois
nada ainda está bem definido. Tende a ser mais conturbada quanto mais
diferenças existirem entre os membros (por exemplo grupos multi-culturais)
e finaliza quando os indivíduos passam a se reconhecer como membros da
equipe.
Durante a fase do conflito acontece o gerenciamento de informações,
definição e execução do processo criativo para a solução do problema proposto.
Brainstorming ou Biônica serão selecionados de acordo com a avaliação do grupo
perante as soluções sugeridas.
Conflito: Uma vez identificados os membros da equipe, dá-se inicio a um
processo de ajuste ou negociação. Ajuste no sentido de estabelecer o que
será realizado, por quem e de qual maneira. Negociação, porque os
membros da equipe podem não concordar com as decisões que os atingem
e, neste momento, tentarão redefinir as regras. Se lideranças formais não
foram estabelecidas pela organização é nesta fase que elas começam a se
perfilar e pode ocorrer que dois membros entrem em pugna pelo controle do
grupo. O poder do grupo começa a ser dividido e disputado entre os
membros, com base nas vantagens que cada um considera ser a sua arma.
Contudo, ainda que havendo conflito, nem sempre esta fase é vivida da
forma aqui retratada: como uma guerra. As negociações podem ocorrer de
maneira menos acalorada embora certa discordância entre os membros
seja esperada. O estilo de negociação vai depender do estilo pessoal dos
membros que compõem a equipe assim como das regras gerais da
empresa às quais estão submetidos. Nesta fase é importante saber lidar
com o conflito antes do que tentar eliminá-lo, pois ele faz parte do processo
14
de formação e estruturação da equipe. (ALBUQUERQUE, PALACIOS,
2003, p.31)
Já na normatização são estabelecidas as regras internas do grupo
sempre como intuito de encontrar a melhor forma de solucionar o problema. Nessa
fase também acontecem as definições criativas que resultaram na composição da
mandala.
Normatização: Se o conflito é a característica da fase anterior, a coesão e
identificação dos membros da equipe, são características desta. Relações
mais próximas entre os membros, sentimentos e percepções
compartilhadas freqüentemente surgem nesta fase. A troca de informações
tende a ser mais aberta e espontânea havendo maior tolerância face às
divergências. Pode também ser identificada nesta fase uma concordância
explícita com as metas e objetivos da equipe. As lideranças, tendo sido
aceitas pelos membros, definem, junto com eles, os papéis, tarefas e
responsabilidades de cada um, assim como as normas de desempenho que
favorecem a consecução dos objetivos da equipe. Esta fase conclui quando
há aceitação das normas de comportamento assim como dos
procedimentos que irão pautar as tarefas a ser cumpridas.
(ALBUQUERQUE, PALACIOS, 2003, p.32)
O desempenho constitui o desenrolar das atividades. É onde os alunos
puseram a mão na massa, ou melhor, no jornal, preparando-o para a produção da
mandala.
Desempenho: O quarto estágio no desenvolvimento da equipe constitui a
execução das atividades. É o trem andando a todo vapor. Uma vez tendo
sido aceitadas as normas de comportamento e desempenho, as metas a
serem atingidas e o comando das lideranças, toda a energia do grupo está
voltada para a realização das tarefas. Pode se dizer que é a fase da
produtividade embora nem sempre se espere que ela ocorra em níveis
constantes. Dependendo da tarefa, algumas equipes irão se aprimorar no
seu desempenho pelo que poderá haver um incremento dos níveis de
produtividade. (ALBUQUERQUE, PALACIOS, 2003, p.32)
Por último ocorre a desintegração com a consolidação dos trabalhos dos
grupos.
Desintegração: A última fase no processo de desenvolvimento dos grupos,
portanto das equipes de trabalho, é a desintegração. Esta fase ocorre
quando os objetivos que levaram à criação da equipe são atingidos e não
há mais razão para ela continuar a existir. Contudo, conforme fora
mencionado, parte da efetividade das equipes de trabalho é a sua
capacidade de sobrevivência pois a desintegração poderia ser um indicador
de fracasso ou pelo menos de ineficácia. Assim, esta fase está presente
apenas na vida de um tipo específico de equipes de trabalho: as
temporárias. Já as permanentes procurarão sempre sobreviver e se
fortalecer a partir de processos de renovação seja de metas, tecnologia ou
se preciso da troca de alguns membros. O gráfico a seguir representa as
etapas de evolução na formação de equipes de trabalho. (ALBUQUERQUE,
PALACIOS, 2003, p.32)
15
As etapas do trabalho em grupo são vivenciadas durante a oficina criativa
onde os participantes se organizam e definem a formação através de afinidades e
estratégias de acordo com as habilidades específicas dos membros.
O aprendizado ocorre no transcorrer das atividades, onde os indivíduos
além dos procedimentos pertinentes ao trabalho em equipe precisam gerenciar suas
próprias emoções, como também, os conflitos que surgem. A eficiência da equipe
fica implícita nos vários aspectos que fundamentam a conclusão efetiva com solução
satisfatória para o problema proposto.
A efetividade das equipes está diretamente ligada aos processos sociais
que envolvem execução de trabalho. O aprendizado vivenciado na oficina deve ser
mantido e sobreviver na execução de trabalhos posteriores, posto que, a dinâmica
da oficina propiciou aos participantes uma melhor compreensão sobre o
comportamento e envolvimento pessoal e coletivo.
A satisfação individual está diretamente ligada às necessidades pessoais
dos membros do grupo, essas por sua vez são evidenciadas no final da oficina ao
constatar a superação no que diz respeito à produção artesanal, fato que eleva
consideravelmente a autoestima.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No âmbito escolar o ensino da arte pode ser explorado de forma
contextualizada, não ficando restrito apenas ao estudo das escolas e movimentos
artísticos que surgiram ao longo da história. Os processos utilizados no labor
artístico podem ser explorados em sala de aula no aprendizado prático acerca das
competências e habilidades necessárias para a formação de indivíduos capazes de
desenvolverem trabalhos em equipe, fator preponderante para inserção no mercado
de trabalho.
Recursos e elaborações artísticas já são exploradas na educação,
principalmente nas séries iniciais, entretanto, na maioria das vezes, não há uma
preocupação com a exploração prática da vivência do desenvolvimento de
competências e habilidades. Há sim, o uso de recursos apenas como diferenciais de
cor e textura. A arte não tem a função de promover o conhecimento prático, e sim
16
técnico de “qual cor escolher para responder à questão que a professora pede”, ou
“qual figura recortar para representar o que foi visto na aula”.
A proposta é promover a exploração mais abrangente dos recursos
artísticos e romper a barreira da exploração dos materiais apenas para reproduzir o
que foi aprendido. É trazer à tona a vivência do trabalho em grupo, a identificação
dos problemas e os diálogos necessários para uma solução coerente e criativa.
Outro ponto relevante é a elevação da autoestima através do
reconhecimento da participação no material produzido pelo grupo. Posto que, a
matéria-prima inicial é apenas o papel, que com método e criatividade é manipulado,
passa por um processo de planejamento e por fim é transformado para a conclusão
do objetivo do grupo. Ao constatarem o resultado estético alcançado, a estima eleva-
se certos de serem capazes de produzir algo belo em comunhão com o grupo.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Francisco, PALACIOS, Katia. Grupos e equipes de trabalho nas
organizações. Acessado em: 06 de março. Disponível em:
http://tupi.fisica.ufmg.br/~michel/docs/Artigos_e_textos/Trabalho_em_equipe/003%2
0-
%20Grupos%20e%20equipes%20de%20trabalho%20nas%20organiza%E7%F5es.p
df
BARTLE, Phil. Brainstorming: Procedimentos e Técnicas. Acessado em: 06 de
fevereiro de 2013. Disponível em: http://cec.vcn.bc.ca/mpfc/modules/brn-stop.htm
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
arte/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997
DAHLKE, Rüdiger. Mandalas: formas que representam a harmonia do cosmos e
a energia divina. Tradução MargitMartinic. São Paulo: Pensamentos, 2007
DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. Acessado em 03 de
fevereiro de 2014. Disponível em:
http://www.pucsp.br/ecopolitica/documentos/cultura_da_paz/docs/Dellors_alli_Relato
rio_Unesco_Educacao_tesouro_descobrir_2008.pdf
FREITAS, JoselaineBorgo Fernandes de. Arte é Conhecimento, é construção, é
expressão. Autora: Revista Digital Art&. a. III ,n.3, 3 abr. 2005 IN www.revista.art.br.
Acesso em 09 maio 2009
INFONET. Emsurb promove a oficina de papel do Projeto Reciclart. Aracaju,
2013. Acessado em: 05 de fevereiro de 2014. Disponível em:
17
http://www.infonet.com.br/sysinfonet/publico/share.asp?id=141352&janelaenviar=sim
&acao=imprimir
LOWENFELD BRITTAIN; VíktorLowenfeld e W. Lambert Brittain: Desenvolvimento
da Capacidade Criadora. Tradução: Álvaro Cabral. Ed. Mestre Jou: São Paulo.
1970.
MACHADO, M. (1998). Equipes de trabalho: sua efetividade e seus preditores. Tese
de mestrado não publicada. Universidade de Brasília, Brasília, Brasil.
NALEVAIA, Rosemari; SANTOS, Maria Lucimara Dos. O ensino de arte e
coletividade: a prática social. Acessado em: 10 de março de 2014. Disponível em:
http://www.periodicos.unc.br/index.php/agora/article/view/193/256
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 9 ed. Petrópolis:
Vozes, 1993.
RAMOS, Jaime. A biônica aplicada ao projeto de produtos. Florianópolis, 1993.
Dissertação, (Mestrado em Engenharia) Engenharia de Produção, Universidade
Federal de Santa Catarina.
XIMENDES, Ellen. As Bases Neurocientíficas da Criatividade O contributo da
neurociência no estudo do comportamento criativo. Lisboa, 2010. Dissertação
de mestrado em Educação Artística, Universidade de Lisboa. Acessado em: 06 de
fevereiro de 2014. Disponível em:
http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7285/2/ULFBA_tes%20373.pdf

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOS
CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOSCONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOS
CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOSValéria Vanessa
 
Trilhas de Aprendizagem - Ensino Medio
Trilhas de Aprendizagem - Ensino MedioTrilhas de Aprendizagem - Ensino Medio
Trilhas de Aprendizagem - Ensino MedioMaria Adalgiza Pinto
 
Representante de turma
Representante de turmaRepresentante de turma
Representante de turmasoanesilva
 
Educação formal e não formal
Educação formal e não formalEducação formal e não formal
Educação formal e não formalAna Vilalva
 
Diversidade Cultural No Brasil
Diversidade Cultural No BrasilDiversidade Cultural No Brasil
Diversidade Cultural No BrasilJoemille Leal
 
Modelo relatorio
Modelo relatorioModelo relatorio
Modelo relatoriorsaloes
 
DANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃO
DANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃODANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃO
DANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃOVIVIAN TROMBINI
 
A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)
A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)
A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)ejkavaliacao
 
As danças africanas
As danças africanas As danças africanas
As danças africanas minella14
 
Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012
Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012
Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012welhington123
 
Multidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E Transdisciplinaridade
Multidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E TransdisciplinaridadeMultidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E Transdisciplinaridade
Multidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E Transdisciplinaridadesilsiane
 
Projeto estágio séries iniciais set-2014
Projeto estágio séries iniciais  set-2014Projeto estágio séries iniciais  set-2014
Projeto estágio séries iniciais set-2014Solange Coutinho
 
Atribuições dos líderes de sala
Atribuições dos líderes de salaAtribuições dos líderes de sala
Atribuições dos líderes de salaeebirmawienfrida
 
DETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdf
DETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdfDETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdf
DETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdfRoberto Cesar
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileiramartinsramon
 

Was ist angesagt? (20)

CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOS
CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOSCONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOS
CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOS
 
Trilhas de Aprendizagem - Ensino Medio
Trilhas de Aprendizagem - Ensino MedioTrilhas de Aprendizagem - Ensino Medio
Trilhas de Aprendizagem - Ensino Medio
 
Representante de turma
Representante de turmaRepresentante de turma
Representante de turma
 
Educação formal e não formal
Educação formal e não formalEducação formal e não formal
Educação formal e não formal
 
Diversidade Cultural No Brasil
Diversidade Cultural No BrasilDiversidade Cultural No Brasil
Diversidade Cultural No Brasil
 
Modelo relatorio
Modelo relatorioModelo relatorio
Modelo relatorio
 
Folclore 9º ano
Folclore 9º anoFolclore 9º ano
Folclore 9º ano
 
DANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃO
DANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃODANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃO
DANÇA CLÁSSICA E DANÇA DE SALÃO
 
Folclore Brasileiro
Folclore BrasileiroFolclore Brasileiro
Folclore Brasileiro
 
Componente curricular de arte
Componente curricular de arteComponente curricular de arte
Componente curricular de arte
 
A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)
A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)
A importância do trabalho em equipe (Plano de Aula)
 
As danças africanas
As danças africanas As danças africanas
As danças africanas
 
História da dança
História da dançaHistória da dança
História da dança
 
Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012
Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012
Plano anual de atividades da diversidade etnico racial do rosa sverner de 2012
 
Multidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E Transdisciplinaridade
Multidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E TransdisciplinaridadeMultidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E Transdisciplinaridade
Multidiciplinariedade, Interdisciplinaridade E Transdisciplinaridade
 
Projeto estágio séries iniciais set-2014
Projeto estágio séries iniciais  set-2014Projeto estágio séries iniciais  set-2014
Projeto estágio séries iniciais set-2014
 
Circo roteiro
Circo   roteiroCirco   roteiro
Circo roteiro
 
Atribuições dos líderes de sala
Atribuições dos líderes de salaAtribuições dos líderes de sala
Atribuições dos líderes de sala
 
DETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdf
DETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdfDETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdf
DETALHAMENTO PRE Itinerário Formativo 2022 (3).pdf
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 

Andere mochten auch

Um relato de experiência no ensino da genética
Um relato de experiência no ensino da genéticaUm relato de experiência no ensino da genética
Um relato de experiência no ensino da genéticaLeonor
 
Relato experiencia de luciana simas
Relato experiencia de luciana simasRelato experiencia de luciana simas
Relato experiencia de luciana simasMarisa Seara
 
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE...
 RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE... RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE...
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE...Rodrigo Moreira Garcia
 
Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...
Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...
Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...Cristiane Marcelino
 
Artigo relatório de estágio na educação infantil.
Artigo relatório de estágio na educação infantil.Artigo relatório de estágio na educação infantil.
Artigo relatório de estágio na educação infantil.renatalguterres
 
Elaboração de relato de experiência
Elaboração de relato de experiênciaElaboração de relato de experiência
Elaboração de relato de experiênciaAna Paula Menezes
 
Relato de experiência
Relato de experiência Relato de experiência
Relato de experiência rfreitas2013
 
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTERELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTEeducacaodetodos
 
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries IniciaisRelatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciaispedagogianh
 
Relato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educaçãoRelato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educaçãoCélia Tavares
 
Memorial acadêmico
Memorial acadêmicoMemorial acadêmico
Memorial acadêmicoCNSR
 
REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...
REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...
REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...dnei
 
Educação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-Vida
Educação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-VidaEducação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-Vida
Educação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-VidaADILSON RIBEIRO DE ARAUJO
 
Relato Experiência Gen Textual Diário
Relato Experiência   Gen Textual DiárioRelato Experiência   Gen Textual Diário
Relato Experiência Gen Textual DiárioJomari
 
Relato de experiencia com estudantes de educação infantil
Relato de experiencia com estudantes de educação infantilRelato de experiencia com estudantes de educação infantil
Relato de experiencia com estudantes de educação infantilHebert Balieiro
 

Andere mochten auch (20)

Relato de experiência pdf
Relato de experiência pdfRelato de experiência pdf
Relato de experiência pdf
 
Um relato de experiência no ensino da genética
Um relato de experiência no ensino da genéticaUm relato de experiência no ensino da genética
Um relato de experiência no ensino da genética
 
Relato experiencia de luciana simas
Relato experiencia de luciana simasRelato experiencia de luciana simas
Relato experiencia de luciana simas
 
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE...
 RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE... RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE...
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CURSO EAD DE METODOLOGIA LILACS PARA OS CENTROS COOPE...
 
Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...
Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...
Resumo de relato de experiência apresentado no III Encontro Regional de Tecno...
 
Artigo relatório de estágio na educação infantil.
Artigo relatório de estágio na educação infantil.Artigo relatório de estágio na educação infantil.
Artigo relatório de estágio na educação infantil.
 
Elaboração de relato de experiência
Elaboração de relato de experiênciaElaboração de relato de experiência
Elaboração de relato de experiência
 
Relato de experiência
Relato de experiência Relato de experiência
Relato de experiência
 
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTERELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE
 
Relatório estágio
Relatório  estágioRelatório  estágio
Relatório estágio
 
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries IniciaisRelatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
Relatório de Estágio de Prática Docente II - Séries Iniciais
 
Relato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educaçãoRelato memorial sobre a minha educação
Relato memorial sobre a minha educação
 
Memorial acadêmico
Memorial acadêmicoMemorial acadêmico
Memorial acadêmico
 
Relatório de Regências Ensino Fundamental
Relatório de Regências Ensino Fundamental Relatório de Regências Ensino Fundamental
Relatório de Regências Ensino Fundamental
 
REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...
REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...
REAPROVEITAR E RECICLAR O PAPEL: PROPOSTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PRESERVAÇÃO A...
 
Resumo portfolio
Resumo portfolioResumo portfolio
Resumo portfolio
 
Educação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-Vida
Educação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-VidaEducação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-Vida
Educação Ambiental: uma experiência de escola sustentável e Com-Vida
 
Relato Experiência Gen Textual Diário
Relato Experiência   Gen Textual DiárioRelato Experiência   Gen Textual Diário
Relato Experiência Gen Textual Diário
 
Alfabetizar sem infantilizar(1)
Alfabetizar sem infantilizar(1)Alfabetizar sem infantilizar(1)
Alfabetizar sem infantilizar(1)
 
Relato de experiencia com estudantes de educação infantil
Relato de experiencia com estudantes de educação infantilRelato de experiencia com estudantes de educação infantil
Relato de experiencia com estudantes de educação infantil
 

Ähnlich wie RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do trabalho em equipe

ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...
ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...
ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...Vis-UAB
 
487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...
487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...
487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...Rosane Domingues
 
Palavras na imagem
Palavras na  imagem Palavras na  imagem
Palavras na imagem Cris Akemi
 
Resenha de orientações
Resenha de orientaçõesResenha de orientações
Resenha de orientaçõesisacsantos02
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridadeMariana Correia
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridadeMariana Correia
 
Educação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão Social
Educação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão SocialEducação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão Social
Educação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão SocialJuliana Miriane Stürmer
 
1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo gestores e orient...
1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo  gestores e orient...1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo  gestores e orient...
1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo gestores e orient...Maria Izabel da Silva
 
ORIENTACOES CURRICULARES ARTES
ORIENTACOES CURRICULARES ARTESORIENTACOES CURRICULARES ARTES
ORIENTACOES CURRICULARES ARTESJayme Sousa
 
Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01
Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01
Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01SimoneHelenDrumond
 
Ensino não formal no campo das ciências através dos quadrinhos
Ensino não formal no campo das ciências através dos quadrinhosEnsino não formal no campo das ciências através dos quadrinhos
Ensino não formal no campo das ciências através dos quadrinhospibidbio
 
AVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdf
AVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdfAVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdf
AVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdfjugimenes8
 
Diretrizes seminario da_pratic
Diretrizes seminario da_praticDiretrizes seminario da_pratic
Diretrizes seminario da_praticCarol Fontoura
 
2) Introdução.
2) Introdução. 2) Introdução.
2) Introdução. Unicesumar
 
6) Cronograma.
6) Cronograma. 6) Cronograma.
6) Cronograma. Unicesumar
 
PITEC Elaboração de Projetos - Beti Prado
PITEC Elaboração de Projetos - Beti PradoPITEC Elaboração de Projetos - Beti Prado
PITEC Elaboração de Projetos - Beti PradoFabiano Sulligo
 
Slide do pitec
Slide do pitecSlide do pitec
Slide do pitecSEDUC - MT
 

Ähnlich wie RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do trabalho em equipe (20)

ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...
ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...
ATIVIDADES PRÁTICAS NA DISCIPLINA DE ARTES VISUAIS NO ENSINO MÉDIO Um modo de...
 
487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...
487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...
487 projetos e 8 sessões Temáticas para contribuir com seu TRABALHO em sala d...
 
Palavras na imagem
Palavras na  imagem Palavras na  imagem
Palavras na imagem
 
Resenha de orientações
Resenha de orientaçõesResenha de orientações
Resenha de orientações
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade
 
10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade10 ec interdisciplinaridade
10 ec interdisciplinaridade
 
Educação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão Social
Educação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão SocialEducação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão Social
Educação em Artes Visuais: Janelas Abertas para a Inclusão Social
 
1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo gestores e orient...
1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo  gestores e orient...1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo  gestores e orient...
1 criatividade e escola - limites e possibilidades segundo gestores e orient...
 
ORIENTACOES CURRICULARES ARTES
ORIENTACOES CURRICULARES ARTESORIENTACOES CURRICULARES ARTES
ORIENTACOES CURRICULARES ARTES
 
Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01
Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01
Carecterizacaodeartedo1ao5anosimonehelendrumond 110113200924-phpapp01
 
Ensino não formal no campo das ciências através dos quadrinhos
Ensino não formal no campo das ciências através dos quadrinhosEnsino não formal no campo das ciências através dos quadrinhos
Ensino não formal no campo das ciências através dos quadrinhos
 
AVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdf
AVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdfAVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdf
AVALIAÇÃO I SG Metodologia do Ensino de Arte.pdf
 
Slyde artesanato
Slyde artesanatoSlyde artesanato
Slyde artesanato
 
Diretrizes seminario da_pratic
Diretrizes seminario da_praticDiretrizes seminario da_pratic
Diretrizes seminario da_pratic
 
607 1554-2-pb
607 1554-2-pb607 1554-2-pb
607 1554-2-pb
 
2) Introdução.
2) Introdução. 2) Introdução.
2) Introdução.
 
6) Cronograma.
6) Cronograma. 6) Cronograma.
6) Cronograma.
 
PITEC Elaboração de Projetos - Beti Prado
PITEC Elaboração de Projetos - Beti PradoPITEC Elaboração de Projetos - Beti Prado
PITEC Elaboração de Projetos - Beti Prado
 
Slide do pitec
Slide do pitecSlide do pitec
Slide do pitec
 
PEDAGOGIA 4 E 5.pdf
PEDAGOGIA 4 E 5.pdfPEDAGOGIA 4 E 5.pdf
PEDAGOGIA 4 E 5.pdf
 

Mehr von Wecsley Oliveira (20)

GIROSER
GIROSERGIROSER
GIROSER
 
Colcha de Retalhos
Colcha de RetalhosColcha de Retalhos
Colcha de Retalhos
 
Mapas mentais e conceituais
Mapas mentais e conceituaisMapas mentais e conceituais
Mapas mentais e conceituais
 
Mídia educação
Mídia educaçãoMídia educação
Mídia educação
 
Imagens e Cores
Imagens e CoresImagens e Cores
Imagens e Cores
 
Néclea Dantas - Identidade Visual
Néclea Dantas - Identidade VisualNéclea Dantas - Identidade Visual
Néclea Dantas - Identidade Visual
 
Persistência Visual
Persistência VisualPersistência Visual
Persistência Visual
 
Equipe robotica
Equipe roboticaEquipe robotica
Equipe robotica
 
Amey identidade visual2 curvas
Amey identidade visual2 curvasAmey identidade visual2 curvas
Amey identidade visual2 curvas
 
Banda mavi
Banda maviBanda mavi
Banda mavi
 
Reuniao de pais 2013 - Robótica
Reuniao de pais 2013 - RobóticaReuniao de pais 2013 - Robótica
Reuniao de pais 2013 - Robótica
 
Motivacional e proposta de projeto
Motivacional e proposta de projetoMotivacional e proposta de projeto
Motivacional e proposta de projeto
 
Sabra manual
Sabra manualSabra manual
Sabra manual
 
Identidade olhar
Identidade olharIdentidade olhar
Identidade olhar
 
Manual conhecimento
Manual conhecimentoManual conhecimento
Manual conhecimento
 
Identidade
IdentidadeIdentidade
Identidade
 
Identidade FETEC
Identidade FETECIdentidade FETEC
Identidade FETEC
 
Astec manual
Astec manualAstec manual
Astec manual
 
O lago
O lagoO lago
O lago
 
Musica
MusicaMusica
Musica
 

Kürzlich hochgeladen

Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalSilvana Silva
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaFernanda Ledesma
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão LinguísticaA Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
A Inteligência Artificial na Educação e a Inclusão Linguística
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do trabalho em equipe

  • 1. SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR AMADEUS - SESA FACULDADE AMADEUS - FAMA NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS WECSLEY SANTA BÁRBARA DE OLIVEIRA RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do trabalho em equipe ARACAJU-SE 2014
  • 2. WECSLEY SANTA BÁRBARA DE OLIVEIRA RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do trabalho em equipe Artigo Científico apresentado à Faculdade Amadeus como Trabalho de Conclusão de Curso e requisito básico para obtenção do título de Especialista em Inovação em Práticas Pedagógicas. Orientadora: Prof.ª M.Sc. Gisélia Varela ARACAJU-SE 2014
  • 3. 3 RELATO DE EXPERIÊNCIA: oficina de arte com jornal no desenvolvimento do trabalho em equipe *WECSLEY SANTA BÁRBARA DE OLIVEIRA1 RESUMO Este artigo descreve a experiência constatada no desenvolver de palestra-oficina com grupo de alunos do curso de pedagogia de uma instituição de ensino superior no estado de Sergipe. Ressalta a metodologia empregada no evento, assim como, os materiais empregados para solucionar o problema proposto. Relata também os resultados alcançados pelos alunos e o aprendizado por eles alcançado acerca do trabalho em equipe. Baseou-se no uso prático da Arte enquanto recurso de contextualização e ressignificação de conceitos, explorando processos de criação com a arte em papel jornal que agrega valores culturais e de preservação do meio ambiente. Palavras-chave: Arte, oficina, trabalho em equipe. 1. INTRODUÇÃO Este trabalho pretende mostrar a relevância da aplicação didática e contextualizada do fazer artístico relacionado com o trabalho em equipe no que diz respeito à compreensão das fases de desenvolvimento, bem como as funções dos membros inseridos em determinado grupo. Relata a experiência compartilhada através de palestra e oficina apresentadas em um seminário ao corpo docente em Pedagogia pela FISE – Faculdade Integrada de Sergipe em Tobias Barreto. Questionamentos permeiam o desenrolar desse artigo, tais como: o ensino de arte compreende apenas o fazer artístico, o desenvolver da habilidade manual? É possível utilizar os processos artísticos como recurso de contextualização interdisciplinar? Pode a arte promover o aprimoramento de habilidades pertinentes ao trabalho em equipe?Antes de adentrarmos nas soluções para esses questionamentos fez-se necessário a compreensão do ensino da arte em nosso país. Segundo os PCN’s, o Ensino de Arte no Brasil passou a fazer parte do currículo escolar em meados dos anos 70. Um avanço para a época considerando o 1 Bacharel em Design Gráfico pela UNIT – Universidades Integradas Tiradentes. Pós Graduanda no curso Inovações em Práticas Pedagógicas da Faculdade Amadeus (Fama). E-mail: eclysew@gmail.comBloghttp://plugadoeducacao.blogspot.com.br
  • 4. 4 entendimento entre arte e formação dos indivíduos. Mas os resultados desse processo não foram totalmente positivos posto o despreparo dos professores em dominar diversas linguagens artísticas como dança, teatro e artes plásticas. Nos anos 80 esse fato foi agravado por conta de indefinição na formação docente para o Ensino Artístico denotando claramente dificuldades entre teoria e prática. Isso gerou a tendência de redução qualitativa dos saberes nas formas de arte, aumento da crença de que os alunos conheceriam muito bem música, artes cênicas, plásticas e dança através de atividades expressivas espontâneas. O professor era a referência para a transmissão de padrões estéticos, códigos, conceitos e categorias artísticas através de atividades que enfatizavam a auto expressão como um momento de invenção, autonomia e descoberta dos alunos. O movimento Arte-Educação foi criado nos anos 80 com a finalidade de organizar o Ensino Artístico mobilizando grupos de professores, conscientizando e organizando esses profissionais no que diz respeito ao isolamento dentro da escola e a insuficiência de conhecimentos e competências nas diversas linguagens artísticas. As ideias desse movimento foram difundidas no país através de encontros, seminários e eventos similares promovidos pelas universidades, associações de arte-educadores, instituições públicas e particulares. No final dos anos 80 a Arte passa a ser obrigatório na educação básica. 2. RUMOS DA ARTE Independente das questões que fragilizam o ensino da arte no Brasil, há que se observar, no fazer artístico, um viés que possibilita a contextualização de diversos assuntos e de acordo com produções de grupo proporcionar o aprimoramento do trabalho em equipe evidenciando o desenvolvimento dos perfis de habilidades necessários para esse fim. O fazer artístico deve ir além da mera contemplação de datas comemorativas ou decoração do cotidiano. A questão central do ensino de Arte no Brasil diz respeito a um enorme descompasso entre a produção teórica, que tem um trajeto de constantes perguntas e formulações, e o acesso dos professores a essa produção, que é dificultado pela fragilidade de sua formação, pela pequena quantidade de
  • 5. 5 livros editados sobre o assunto, sem falar nas inúmeras visões preconcebidas que reduzem a atividade artística na escola a um verniz de superfície, que visa as comemorações de datas cívicas e enfeitar o cotidiano escolar. (BRASIL, 2007, p.26) É possível agregar valores e conhecimentos, sistematizando o desenrolar de atividades lúdicas e construtivas que viabilizam a produção artística e a assimilação de conteúdos como a preservação do meio ambiente, reciclagem e conceitos culturais. A arte com papel jornal mostra-se eficiente, pois depende de matéria prima de custo relativamente baixo, fator que democratiza a sua exploração. A história da arte com papel está diretamente relacionada a sua invenção na dinastia Han(206 a.C.-221 d.C.) na China, onde a preciosidade do papel era aferida aos palácios em obras de corte em sua superfície, com o passar dos tempos foi se popularizando e atualmente o papel pode ser transformado em arte através de recortes e colagens, tramas com trançado de tubos ou até mesmo ser transformado em massa para escultura. Em todo o mundo, artesões e artistas desenvolvem e aprimoram suas técnicas de produção artística com o papel, explorando claramente o apelo ecológico da reciclagem. Em escolas também é comum a reutilização de materiais em exposições nomeadas, muitas vezes, com trocadilhos entre as palavras ‘lixo’ e ‘luxo’, ficando clara a falta de criatividade de alguns professores que preferem a repetição disfarçada do que perceber um diferencial/potencial no trabalho dos alunos e consequentemente inovar na nomenclatura e finalização dos projetos. O ensino de arte no Brasil faz parte do currículo escolar desde meados dos anos 70. Na maioria das vezes, esse ensino compreende o observar artístico e a reprodução. Entretanto, o ensino artístico pode e deve contribuir com a formação do indivíduo de forma mais significativa através de contextualizações com focos direcionados em atividades como o trabalho em equipe. Logo, o fazer artístico explorado como recurso de desenvolvimento de competências e habilidades pode sim colaborar com a evolução dos alunos em relação ao aprimoramento dos perfis de habilidades do trabalho em equipe. 2.1. Os Processos Criativos No PCN, onde relata a história da Arte Educação no Brasil, é claramente registrado que as instituições de ensino responsáveis pelo preparo do Arte Educador
  • 6. 6 sofrem com a falta de estrutura acadêmica no que diz respeito ao uso da criatividade. Ao contrário do que é convencionado, criatividade não é dom, e sim processo de composição de ideias. Criatividade é trazer à tona o novo compreendendo o mundo em volta, relacionando conceitos e significados. Ostrower diz que: Criar é, basicamente, formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de atividade, trata-se, nesse "novo", de novas coerências que se estabelecem para a mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar. (OSTROWER, 1977, p.15) Estudiosos da neurociência afirmam que a criatividade está relacionada ao inconsciente no que diz respeito à intuição e imaginação, os ‘insights’. Ellen Ximendes afirma que “intuições são o resultado do processamento inconsciente de informações que se manifesta na forma de um sentimento espontâneo”. (XIMENDES, 2010, p.91) Dentre as técnicas mais conhecidas de desenvolvimento de potencial criativo estão BRAINSTORM e a Biônica. Brainstorm, também conhecida como tempestade cerebral ou Toró de ideias, pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo e consiste na expressão livre das mais diversas ideias e possibilidades que posteriormente passam por um afunilamento avaliativo até a definição da solução do problema. O propósito de uma sessão de Brainstorming é o trabalho em grupo na identificação de um problema, e encontrar, através de uma intervenção participativa, a melhor decisão para um plano de ação que o solucione tal problema. (Phil Bartle, 2007) A Biônica é um método que busca solucionar os problemas a partir da observação dos recursos da natureza seja no aspecto da funcionalidade ou estético. Para (Broeck, 1989 apud Ramos, 1993), “é o estudo dos sistemas e organizações naturais visando analisar e recuperar soluções funcionais, estruturais e formais para aplicá-las na resolução de problemas humanos por meio da geração de tecnologias e concepção de objetos e sistemas de objetos”. 2.2. Oficina Criativa e o Desenvolvimento do Trabalho em Equipe A oficina criativa consiste numa dinâmica de grupo e tem como fator elementar a arte em papel jornal. É primordial definir um problema a ser
  • 7. 7 solucionado, e no caso do objeto de estudo apresentado nesse artigo é desenvolvimento de competências pertinentes ao trabalho em equipe, evidenciando as funções e perfil de habilidades necessárias. Para o desenvolvimento da oficina criativa com papel jornal foram estabelecidos objetivos e etapas visando uma melhor compreensão e vivência das fases e das funções do trabalho em equipe. Os objetivos apresentados aos alunos foram: aumentar a percepção e a consciência, para através da meditação identificar problemas e buscar soluções coerentes; apresentar técnica artesanal de reciclagem de papel jornal; promover através da arte a elaboração de questões subjetivas vivenciadas com artesanato em jornal; percepção das múltiplas inteligências (intrapessoal, interpessoal, espacial, lógica e artística); conectar os mundos internos e externos; promover a auto expressão e a auto realização; exploração da estética e elaboração artística em prol da educação; desenvolvimento do potencial artístico; integração entre linguagem verbal e não verbal e desenvolvimento de trabalho em equipe. Cada etapa da oficina tem sua peculiaridade e é nomeada como: contextualização, preparação do material, planejamento de atividades, elaboração artística e transposição para a linguagem verbal. Essas nomeações contemplam os pilares da educação estabelecidos em relatório da UNESCO na Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, sob coordenação de Jacques Delors, que possibilitam ao aluno um aprendizado efetivo e auto avaliativo através da convivência, buscando o conhecimento de forma prática. Cada um dos “quatro pilares do conhecimento” deve ser objeto de atenção igual por parte do ensino estruturado, a fim de que a educação apareça como uma experiência global a levar a cabo ao longo de toda a vida, no plano cognitivo como no prático, para o indivíduo enquanto pessoa e membro da sociedade. (DELORS, 2008, p.33) Durante a contextualização é apresentada ao grupo a proposta de trabalho com a arte enquanto ferramenta didática e também a proposição de um problema para ser solucionado pelo grupo. Nessa etapa os alunos são instigados a explorarem a criatividade na busca de soluções. Ainda nessa fase é possível fazer uso de recursos multimídia para ilustrar a contextualização e assim, melhorar a compreensão do assunto abordado.
  • 8. 8 A preparação do material declara no início da mobilização dos grupos no que diz respeito a organização das ferramentas e demais materiais de apoio tais como tesouras, estiletes, colas e tintas. Nessa etapa o jornal será beneficiado manualmente seja através de rasgos, recortes ou confecção de tubos. É importante salientar que nessa etapa todos os membros do grupo devem contribuir efetivamente ou significativamente na manufatura do papel, afim de ficar registrada a participação de todos os membros na proposta final do projeto. Durante o planejamento de atividades acontecem o gerenciamento de ideias e a definição dos procedimentos para a solução do problema proposto. O gerenciamento de ideias é caracterizado pela exploração dos métodos de criatividade de maneira ordenada e supervisionada pelos membros do grupo que se destacarem com o perfil de liderança. Já os procedimentos de solução do problema são definidos após avaliação das ideias, nessa fase os alunos farão uso dos processos criativos tais como a Biônica, partindo da observação da natureza, ou do ‘Brainstomr’, profusão de ideias. A elaboração da expressão artística compreende a execução dos caminhos encontrados pelo grupo para solucionar o problema proposto. É o fazer artístico emergindo como resultado de um trabalho em equipe. É evidente que os membros do grupo que apresentarem um melhor perfil de desenvolvedor terão destaque nessa fase da oficina. Entretanto, a participação mínima no fazer artístico deve ser garantida na fase de manufatura da matéria prima, seja rasgando, cortando ou mesmo preparando canudinho de papel jornal. A transposição para a linguagem verbal é o momento de ponderação tanto dos alunos participantes quanto do professor ministrante. É o momento onde todos podem verbalizar a experiência vivida bem como o aprendizado assimilado. É o momento para ponderar os caminhos escolhidos pelos alunos e os resultados por eles alcançados. Nessa fase, cabe ao professor apresentar o perfis de habilidade necessários ao trabalho em equipe pontuando momentos da oficina de acordo com o comportamento dos alunos. Os métodos aplicados no desenvolvimento da oficina foram: contextualização com leitura para sensibilização com o texto “Esquecendo o Caminho de Volta”; orientações sobre a manipulação do jornal; divisão da turma em grupos; preparação de canudos e caracóis com papel jornal; pintura com tintas spray e conversa sobre o desenvolvimento do trabalho.
  • 9. 9 Trabalhar em equipe é pré-requisito constante na seleção de profissionais nas mais diversas áreas do mercado. A escola pode oferecer a vivência do trabalho em equipe através do fazer artístico contribuindo positivamente na formação do aluno enquanto ser inserido em sociedade. Para Rodrigues: Torna-se necessário o ato de trabalhar em equipes, ou grupos, pois "Colocar os alunos para trabalhar em grupo faz com que eles troquem informações e procedimentos para resolver problemas facilitando o ensino e a socialização". (RODRIGUES, 2007). As características pertinentes ao trabalho em equipe foram contemplados no decorrer das etapas da oficina criativa, onde foi possível observar líderes, criativos, analistas e desenvolvedores deixando emergir seus perfis de forma lúdica e prazerosa. Durante esse processo é possível observar o aprendizado e a transformação pessoal e social. Lownfeld afirma: A arte pode desempenhar papel significativo no desenvolvimento das crianças. O foco de aprendizagem é a criança dinâmica, em desenvolvimento, em transformação, a qual se torna cada vez mais cônscia de si própria e de seu meio. (LOWENFELD, 1970, p.33) A transmissão de conhecimento é uma habilidade importante no desenvolvimento do trabalho em equipe, e a vivência promovida pela oficina, tendo como mola mestra a arte, propicia esse aprendizado aos alunos. Nalevaia afirma: Os estudos mais recentes indicam que as relações do aluno com seus companheiros são decisivos para a aquisição de diversas habilidades, entre elas a mais importante, a transmissão do conhecimento. Assim, o trabalho em grupo em si propicia a interação e faz com que as pessoas aprendam uma com as outras. (NALEVAIA, 2010, p.04) A Oficina Criativa de artes com Jorna promove a Arte como recurso de desenvolvimento do trabalho em equipe. Freitas pontua: A arte seria uma forma de resgatar a totalidade. Totalidade esta, que envolve as várias dimensões do ser humano: afetiva, cognitiva e social, numa relação integradora de emoção e razão, afetividade e cognição, subjetividade e objetividade, conheci mento e sentimento. (FREITAS, 2005, p.12) 2.3. A Técnica e o Material Empregados nas Oficinas Na oficina-palestra a técnica abordada foi a arte com papel jornal, que consiste no beneficiamento artesanal do papel transformando-o em matéria-prima principal para o desenrolar dos trabalhos dos alunos. Durante o processo, o papel
  • 10. 10 pode ser rasgado, recortado ou enrolado em formato de tubinhos e a partir daí, de acordo com o labor artístico e a solução criativa para resolver o problema proposto é possível compor peças com os mais variados resultados estéticos. Outros materiais são necessários para o desenvolvimento da oficina, tais como: tesouras, estiletes, pincéis, colas e tintas. Os alunos tinham discernimento suficiente para usar esses materiais sem oferecer risco a si mesmo nem aos demais participantes, do contrário, é pertinente ao ministrante fazer a mediação principalmente das ferramentas cortantes. A reutilização do papel mostra-se democrática pelo baixo custo da matéria-prima principal, do trabalho e pela facilidade de assimilação do fazer artístico por diversas faixas etárias. Não somente o jornal, mas todo e qualquer tipo de papel descartado, desde que esteja em condições higiênicas de reuso, pode ser aplicado em projetos educacionais. A democratização por conta da faixa etária caracteriza-se pela simplicidade de manipulação da matéria-prima, fazeres como recortes, rasgos, e beneficiamento do papel através da composição de canudos são facilmente assimiladas por pessoas das mais diversas faixas etárias com ou sem habilidades específicas na manipulação artística. A oficina-palestra aconteceu durante um seminário na FISE – Faculdades Integradas de Sergipe, na cidade de Tobias Barreto, com o tema: Ressignificando conceitos através da arte com Jornal. O evento teve duração de 2h com intervalo de 15min e contou com a participação dos alunos do curso de Pedagogia. Também foi abordada a ressignificação de conceitos de evolução e aprendizagem individual traçando uma relação com os procedimentos artísticos no desenvolvimento de uma mandala com canudos de papel jornal. A mandala tem o simbolismo da representação harmônica da energia humana com a do cosmos, e está presente em várias culturas como símbolo de meditação e centralização de energia. Dahlke afirma: O corpo humano é constituído de células e estas, por sua vez, de átomos. Desse modo, nosso corpo é composto, em última análise, de inúmeras mandalas. Mas podemos compreendê-lo também, em sua totalidade, como uma mandala. Com os braços e as pernas esticados, ele forma uma mandala estrelar, cada homem possui, claramente reconhecível, um centro, e todos estamos constantemente à sua procura. (DAHLKE, 2007, p.34)
  • 11. 11 A ressignificação de conceitos partiu do princípio da desconstrução do antigo para a acomodação do novo aprendizado. Através da metáfora da construção civil onde para obter-se um prédio novo e sólido é necessário implodir a construção antiga. Assim devemos fazer com nossa personalidade ao longo da vida, sempre que for necessário recomeçar, reaprender ou reedificar será necessário implodir antigos conceitos, comportamentos e atitudes. É preciso desconstruir o antigo para que o novo surja forte e consistente. Com a arte em papel jornal é possível vivenciar esse processo de forma prazerosa, lúdica e construtiva. Isso ajuda a compreender as fases necessárias para a construção da evolução individual. A ressignificação de conceitos foi apresentada aos alunos através dos seguintes tópicos: a desconstrução – rasgando; preparando o papel jornal desconstruindo antigos conceitos; libertação do desnecessário; a organização e planejamento para o novo – o que fazer com os canudos de jornal? Planejamento, projeção futura, metas; a edificação do novo – composição de objetos com canudos de jornal: execução de ações planejadas, ações individuais e soluções em grupo; Avaliação: transposição para a linguagem verbal: conclusão dos trabalhos. Nessas oficinas é comum os participantes se sentirem incapazes de tal feito, diante do desafio de composição de uma peça artística. Mas, esse sentimento é extinguido, dando lugar à satisfação ao constatar sua capacidade ao término do trabalho. Para explorar uma técnica artística em sala de aula é imprescindível que o professor esteja preparado, mas a falta de incentivos e estruturação na formação desses professores acabam condicionando-os à repetição de atividades de observação e reprodução artística que evidenciam datas comemorativas ou apenas enfeitam o cotidiano nas escolas. Assim, ao professor cabe a busca desse conhecimento específico em oficinas ou em contato direto com artistas e artesãos, em seguida deve agregar aplicabilidade de forma contextualizada para alcançar seus objetivos relacionados aos projetos educacionais, tal como, o desenvolvimento do trabalho em equipe, objeto de estudo desse artigo. Atualmente, muitos artistas e artesãos desenvolvem suas obras tendo o papel como matéria prima principal, agregando claramente valores da cultura regional e ecológicos. A produção de peças decorativas e utilitárias que retratam o comportamento cotidiano das pessoas da região são explorados na composição de
  • 12. 12 peças comerciais encontradas em feiras e exposições que contemplam o artesanato local. Os valores ecológicos de preservação ao meio ambiente estão implícitos na reutilização do resíduo papel que tem como base de produção a celulose extraída de árvores. Em Aracaju, a EMSURB mantém desde 1997 oficinas onde estende à população e turistas o contato com a arte com papel, assim como, uma alternativa de renda a famílias de baixa renda não deixando de conscientizar para a preservação do meio ambiente, conforme afirma matéria publicada em site na internet: “A atual proposta da Oficina de Papel pretende estender o atendimento à população em geral e aos turistas, assim como transmitir uma atividade profissionalizante a adolescentes – principalmente de famílias com baixa renda. Sem, contudo, deixar de lado a finalidade de conscientizar os participantes da importância de preservação do meio ambiente.”(Infonet, 2013) O Ateliê Curupira Ecodesign tem sede em Aracaju e também desenvolve um trabalho contemporâneo onde explora principalmente a produção de mandalas e luminárias decorativas, esse ateliê também promove oficinas onde ensina as técnicas de beneficiamento artesanal do papel descartado, atentando para uma proposta com mais sofisticação e design. 2.4. Trabalho em Equipe O isolamento não faz parte da vida social do ser humano. Nascemos no grupo familiar e ao longo da nossa história vamos nos inserindo em outros grupos seja por afinidade, objetivos específicos ou mesmo necessidade social. Isso acontece com o grupo de amigos, de colegas na escola, do futebol, da religião e outros. Atividades desenvolvidas em grupo tendem a ser finalizadas em menor tempo e com os melhores resultados, dependendo do processo criativo empregado na solução de problemas e das características específicas dos membros do grupo, tais como liderança, colaboração e dinamismo. O bom resultado do trabalho em equipe está diretamente ligado ao envolvimento dos seus membros com o desenvolvimento do trabalho. A figura de um líder é importante na representatividade do trabalho do grupo. Entretanto, emergencialmente, a liderança pode se manifestar nas diversas etapas do desenvolvimento.
  • 13. 13 Machado (1998), define o trabalho em grupo como: Um sistema de relações dinâmicas e complexas entre um conjunto de pessoas, que se identificam a si próprias e são identificadas por outras pessoas dentro da organização como membros de um grupo relativamente estável, que interagem e compartilham técnicas, regras, procedimentos e responsabilidades, utilizadas para desempenhar tarefas e atividades com a finalidade de atingir objetivos mútuos. (MACHADO, p.07) Em estudo sobre o trabalho de grupos e equipes nas organizações Albuquerque (2003) e Palacios (2003) defendem estágios de desenvolvimento do trabalho nomeados como formação, conflito, normatização, desempenho e desintegração. Formação: Quando os membros da equipe iniciam os contatos com vistas à realização do trabalho, começa um processo de descobrimento do outro, mesmo que esse “outro” seja um colega de trabalho já conhecido. Nesta fase, os indivíduos procuram identificar quem é o outro e em que ele pode contribuir para atingir o objetivo estabelecido para a equipe. É neste momento que inclusive o objetivo da equipe, usualmente definido de maneira prévia pela organização, será mais bem delimitado. As regras do jogo também serão definidas, tanto em termos de desempenho quanto de comportamentos sociais, como por exemplo concordar em se reunir duas vezes por semana para checar os avanços e/ou dificuldades encontradas por cada membro em relação à tarefa e não chegar atrasado mais do que cinco minutos do horário combinado. Freqüentemente esta fase se caracteriza pela incerteza, tanto sobre regras, normas, procedimentos como sobre comportamentos, responsabilidades e papéis de cada membro, pois nada ainda está bem definido. Tende a ser mais conturbada quanto mais diferenças existirem entre os membros (por exemplo grupos multi-culturais) e finaliza quando os indivíduos passam a se reconhecer como membros da equipe. Durante a fase do conflito acontece o gerenciamento de informações, definição e execução do processo criativo para a solução do problema proposto. Brainstorming ou Biônica serão selecionados de acordo com a avaliação do grupo perante as soluções sugeridas. Conflito: Uma vez identificados os membros da equipe, dá-se inicio a um processo de ajuste ou negociação. Ajuste no sentido de estabelecer o que será realizado, por quem e de qual maneira. Negociação, porque os membros da equipe podem não concordar com as decisões que os atingem e, neste momento, tentarão redefinir as regras. Se lideranças formais não foram estabelecidas pela organização é nesta fase que elas começam a se perfilar e pode ocorrer que dois membros entrem em pugna pelo controle do grupo. O poder do grupo começa a ser dividido e disputado entre os membros, com base nas vantagens que cada um considera ser a sua arma. Contudo, ainda que havendo conflito, nem sempre esta fase é vivida da forma aqui retratada: como uma guerra. As negociações podem ocorrer de maneira menos acalorada embora certa discordância entre os membros seja esperada. O estilo de negociação vai depender do estilo pessoal dos membros que compõem a equipe assim como das regras gerais da empresa às quais estão submetidos. Nesta fase é importante saber lidar com o conflito antes do que tentar eliminá-lo, pois ele faz parte do processo
  • 14. 14 de formação e estruturação da equipe. (ALBUQUERQUE, PALACIOS, 2003, p.31) Já na normatização são estabelecidas as regras internas do grupo sempre como intuito de encontrar a melhor forma de solucionar o problema. Nessa fase também acontecem as definições criativas que resultaram na composição da mandala. Normatização: Se o conflito é a característica da fase anterior, a coesão e identificação dos membros da equipe, são características desta. Relações mais próximas entre os membros, sentimentos e percepções compartilhadas freqüentemente surgem nesta fase. A troca de informações tende a ser mais aberta e espontânea havendo maior tolerância face às divergências. Pode também ser identificada nesta fase uma concordância explícita com as metas e objetivos da equipe. As lideranças, tendo sido aceitas pelos membros, definem, junto com eles, os papéis, tarefas e responsabilidades de cada um, assim como as normas de desempenho que favorecem a consecução dos objetivos da equipe. Esta fase conclui quando há aceitação das normas de comportamento assim como dos procedimentos que irão pautar as tarefas a ser cumpridas. (ALBUQUERQUE, PALACIOS, 2003, p.32) O desempenho constitui o desenrolar das atividades. É onde os alunos puseram a mão na massa, ou melhor, no jornal, preparando-o para a produção da mandala. Desempenho: O quarto estágio no desenvolvimento da equipe constitui a execução das atividades. É o trem andando a todo vapor. Uma vez tendo sido aceitadas as normas de comportamento e desempenho, as metas a serem atingidas e o comando das lideranças, toda a energia do grupo está voltada para a realização das tarefas. Pode se dizer que é a fase da produtividade embora nem sempre se espere que ela ocorra em níveis constantes. Dependendo da tarefa, algumas equipes irão se aprimorar no seu desempenho pelo que poderá haver um incremento dos níveis de produtividade. (ALBUQUERQUE, PALACIOS, 2003, p.32) Por último ocorre a desintegração com a consolidação dos trabalhos dos grupos. Desintegração: A última fase no processo de desenvolvimento dos grupos, portanto das equipes de trabalho, é a desintegração. Esta fase ocorre quando os objetivos que levaram à criação da equipe são atingidos e não há mais razão para ela continuar a existir. Contudo, conforme fora mencionado, parte da efetividade das equipes de trabalho é a sua capacidade de sobrevivência pois a desintegração poderia ser um indicador de fracasso ou pelo menos de ineficácia. Assim, esta fase está presente apenas na vida de um tipo específico de equipes de trabalho: as temporárias. Já as permanentes procurarão sempre sobreviver e se fortalecer a partir de processos de renovação seja de metas, tecnologia ou se preciso da troca de alguns membros. O gráfico a seguir representa as etapas de evolução na formação de equipes de trabalho. (ALBUQUERQUE, PALACIOS, 2003, p.32)
  • 15. 15 As etapas do trabalho em grupo são vivenciadas durante a oficina criativa onde os participantes se organizam e definem a formação através de afinidades e estratégias de acordo com as habilidades específicas dos membros. O aprendizado ocorre no transcorrer das atividades, onde os indivíduos além dos procedimentos pertinentes ao trabalho em equipe precisam gerenciar suas próprias emoções, como também, os conflitos que surgem. A eficiência da equipe fica implícita nos vários aspectos que fundamentam a conclusão efetiva com solução satisfatória para o problema proposto. A efetividade das equipes está diretamente ligada aos processos sociais que envolvem execução de trabalho. O aprendizado vivenciado na oficina deve ser mantido e sobreviver na execução de trabalhos posteriores, posto que, a dinâmica da oficina propiciou aos participantes uma melhor compreensão sobre o comportamento e envolvimento pessoal e coletivo. A satisfação individual está diretamente ligada às necessidades pessoais dos membros do grupo, essas por sua vez são evidenciadas no final da oficina ao constatar a superação no que diz respeito à produção artesanal, fato que eleva consideravelmente a autoestima. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS No âmbito escolar o ensino da arte pode ser explorado de forma contextualizada, não ficando restrito apenas ao estudo das escolas e movimentos artísticos que surgiram ao longo da história. Os processos utilizados no labor artístico podem ser explorados em sala de aula no aprendizado prático acerca das competências e habilidades necessárias para a formação de indivíduos capazes de desenvolverem trabalhos em equipe, fator preponderante para inserção no mercado de trabalho. Recursos e elaborações artísticas já são exploradas na educação, principalmente nas séries iniciais, entretanto, na maioria das vezes, não há uma preocupação com a exploração prática da vivência do desenvolvimento de competências e habilidades. Há sim, o uso de recursos apenas como diferenciais de cor e textura. A arte não tem a função de promover o conhecimento prático, e sim
  • 16. 16 técnico de “qual cor escolher para responder à questão que a professora pede”, ou “qual figura recortar para representar o que foi visto na aula”. A proposta é promover a exploração mais abrangente dos recursos artísticos e romper a barreira da exploração dos materiais apenas para reproduzir o que foi aprendido. É trazer à tona a vivência do trabalho em grupo, a identificação dos problemas e os diálogos necessários para uma solução coerente e criativa. Outro ponto relevante é a elevação da autoestima através do reconhecimento da participação no material produzido pelo grupo. Posto que, a matéria-prima inicial é apenas o papel, que com método e criatividade é manipulado, passa por um processo de planejamento e por fim é transformado para a conclusão do objetivo do grupo. Ao constatarem o resultado estético alcançado, a estima eleva- se certos de serem capazes de produzir algo belo em comunhão com o grupo. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Francisco, PALACIOS, Katia. Grupos e equipes de trabalho nas organizações. Acessado em: 06 de março. Disponível em: http://tupi.fisica.ufmg.br/~michel/docs/Artigos_e_textos/Trabalho_em_equipe/003%2 0- %20Grupos%20e%20equipes%20de%20trabalho%20nas%20organiza%E7%F5es.p df BARTLE, Phil. Brainstorming: Procedimentos e Técnicas. Acessado em: 06 de fevereiro de 2013. Disponível em: http://cec.vcn.bc.ca/mpfc/modules/brn-stop.htm Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte/Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997 DAHLKE, Rüdiger. Mandalas: formas que representam a harmonia do cosmos e a energia divina. Tradução MargitMartinic. São Paulo: Pensamentos, 2007 DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. Acessado em 03 de fevereiro de 2014. Disponível em: http://www.pucsp.br/ecopolitica/documentos/cultura_da_paz/docs/Dellors_alli_Relato rio_Unesco_Educacao_tesouro_descobrir_2008.pdf FREITAS, JoselaineBorgo Fernandes de. Arte é Conhecimento, é construção, é expressão. Autora: Revista Digital Art&. a. III ,n.3, 3 abr. 2005 IN www.revista.art.br. Acesso em 09 maio 2009 INFONET. Emsurb promove a oficina de papel do Projeto Reciclart. Aracaju, 2013. Acessado em: 05 de fevereiro de 2014. Disponível em:
  • 17. 17 http://www.infonet.com.br/sysinfonet/publico/share.asp?id=141352&janelaenviar=sim &acao=imprimir LOWENFELD BRITTAIN; VíktorLowenfeld e W. Lambert Brittain: Desenvolvimento da Capacidade Criadora. Tradução: Álvaro Cabral. Ed. Mestre Jou: São Paulo. 1970. MACHADO, M. (1998). Equipes de trabalho: sua efetividade e seus preditores. Tese de mestrado não publicada. Universidade de Brasília, Brasília, Brasil. NALEVAIA, Rosemari; SANTOS, Maria Lucimara Dos. O ensino de arte e coletividade: a prática social. Acessado em: 10 de março de 2014. Disponível em: http://www.periodicos.unc.br/index.php/agora/article/view/193/256 OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 9 ed. Petrópolis: Vozes, 1993. RAMOS, Jaime. A biônica aplicada ao projeto de produtos. Florianópolis, 1993. Dissertação, (Mestrado em Engenharia) Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina. XIMENDES, Ellen. As Bases Neurocientíficas da Criatividade O contributo da neurociência no estudo do comportamento criativo. Lisboa, 2010. Dissertação de mestrado em Educação Artística, Universidade de Lisboa. Acessado em: 06 de fevereiro de 2014. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7285/2/ULFBA_tes%20373.pdf