1. Escola E. E. F. M. Félix Araújo – Geografia – Prof. Tibério Mendonça – 3º Ano
REVISÃO
Fuso Horário
O tempo é uma referência necessária para o
homem que vive no espaço terrestre. Para entender
a contagem do tempo na Terra, é fundamental
considerar o movimento de rotação do nosso
planeta.
Você sabe que, à medida que a Terra vai
girando em torno do seu eixo imaginário, no sentido
de oeste para leste, a luz do Sol vai progressivamente
iluminando diferentes regiões. Isso quer dizer que o
tempo de permanência da luz e da sombra projetada
sobre as diferentes regiões da superfície terrestre
varia. Mas, apesar dessas diferenças, cada volta da
Terra em torno do seu eixo dura sempre 24 horas.
Para nos comunicarmos com alguém fora do
nosso lugar geográfico, é importante saber a hora do
lugar onde a pessoa mora (hora local), assim como é
preciso saber se é dia ou noite. A hora local é dada
pelos fusos horários.
A terra gasta um dia (24 horas) para realizar
seu movimento de rotação em relação ao Sol. Para
localizar um acontecimento no dia usamos as horas,
ou seja, as 24 partes em que foi dividido o tempo de
uma rotação da Terra.
Em cada lugar da superfície terrestre, cada
hora corresponde a uma determinada posição do Sol
em seu movimento aparente. Portanto, somente os
lugares localizados sobre um mesmo meridiano têm a
mesma hora solar.
Como a Terra gira de oeste para o leste, o Sol
nasce primeiro nos lugares a leste em relação aos
lugares a oeste. Isso quer dizer que tanto o dia
quanto a noite surgem primeiro nos lugares mais a
leste quando comparado ao oeste. Portanto, os
lugares a leste têm o seu horário mais adiantado em
relação aos lugares a oeste.
Na prática não é possível seguir o horário
solar verdadeiro local, pois isso atrapalharia muito as
comunicações entre as pessoas. Por isso foi instituído
um horário padrão, capaz de ser conhecido e usado
em todo o mundo.
Para facilitar as comunicações entre os
diferentes lugares da superfície terrestre, foi
instituída a hora legal. Isso quer dizer que existe o
limite teórico e o limite prático.
Os limites dos fusos horários não são,
entretanto, rigidamente mantidos. É muito comum
que os países estipulem seus fusos horários segundo
suas unidades político-administrativas, pois os limites
teóricos muitas vezes fracionam as horas,
descaracterizando, consequentemente, os objetivos
iniciais do sistema. Foram criados então os fusos
horários civis, formados por linhas tortuosas que
seguem os limites políticos dos estados, podendo
envolver uma região maior ou menor que 15° de
longitude. Dessa forma, evita-se, na medida do
possível, que uma área com intensas relações
econômicas e sociais apresente horários diferentes e
fracionados. Podemos encontrar, no entanto, países
que adotam horários fracionados. É o caso da Índia,
na Ásia, cujo horário oficial está cinco horas e meia
adiantado, em relação a Greenwich, e Suriname, na
América do Sul. Seu horário oficial está três horas e
meia atrasado em relação ao fuso do meridiano de
origem.
Para dar uma volta sobre si mesma a Terra
leva 24 horas, logo 360° ÷ 24 horas = 15° cada grau
corresponde a 4 minutos, ou seja, 4 x 15 = 60 ou 1
hora.
Foram definidos então 12 fusos a leste do
fuso zero, para cada fuso soma-se 1 hora, e 12 fusos a
oeste do fuso zero, para cada fuso subtraem-se 1
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hora. Por isso fala-se que para leste as horas
aumentam e para oeste diminuem.
Os relógios marcam PM (pos meridiano de
Greenwich) e AM (antes do meridiano de
Greenwich), este meridiano é o inicial ou fuso zero.
No interior dessas faixas (fusos), todos os
lugares possuem a mesma hora. Para não causar
dificuldades para as pessoas, os limites dos fusos
horários estão ajustados, em grande parte, de acordo
com os limites políticos dos países.
É importante ressaltar que a rotação do
planeta Terra ocorre de oeste para leste. Portanto,
todas as localidades situadas a leste veêm o sol
nascer primeiro. Pode-se concluir que essas
localidades possuem a hora adiantada. Ex. O Japão
esta situado 12 fusos a leste do Brasil, seus
habitantes veêm o sol “nascer” primeiro em relação a
nós. Quando são 14 horas de uma terça feira em São
Paulo, significa que já serão 2 horas da madrugada de
quarta feira em Tóquio no Japão.
Foram definidos então 12 fusos a leste do
fuso zero, para cada fuso soma-se 1 hora, e 12 fusos a
oeste do fuso zero, para cada fuso subtraem-se 1
hora tendo como referencia o meridiano de
Greenwich.
Portanto, dentro do mesmo fuso horário
todos os horários devem marcar a mesma hora que
será a hora daquele fuso.
O fuso de Londres foi escolhido como
referência, GMT (sigla da expressão inglesa
Greenwich Mean Time - hora média de Greenwich),
para a contagem das horas. É, portanto, o fuso inicial.
No meio desse fuso inicial de 15°, localiza-se o
meridiano de Greenwich. Por ter sido tomado como
referência, o meridiano é chamado de meridiano
inicial. A hora de Greenwich equivale ao UTC (Tempo
Universal Coordenado, que, atualmente é mais usual
que a expressão GMT.
É importante não confundir fuso como
meridiano. Meridiano é uma linha; fuso é uma faixa.
Portanto, cada fuso contém 15 meridianos com 1° de
afastamento um do outro.
Três coisas são necessárias pra quem quer
entender mais sobre fusos horários.
1 - Se o objeto referencial esta no mesmo hemisfério
ou em hemisférios diferentes, isso vai implicar na
quantidade de horas de diferença de um ponto em
relação ao outro.
2 - Se esta se deslocando para leste ou para oeste,
este deslocamento implica no que costumamos dizer
"aumentar as horas para leste e diminui para oeste" é
o que mostra a primeira figura desse tema.
3 - Todos os elementos espaciais, ou seja, a duração
do vôo, o tempo de escala (parada), os atrasos e o
que mais surgir devem ser somados no final do
resultado por que como dizia Cazuza "o tempo não
para"
A LID
A LID, Linha Internacional de Data, trata-se de
uma linha imaginária que determina a mudança do
dia. Fica na região das ilhas Kiribati, Samoa Ocidental
e Tonga, no oceano Pacífico. Indo em direção ao
oeste, teremos o novo dia. Voltando para o leste,
estaremos no dia anterior.
O horário no Brasil
Como sabemos, a hora legal foi instituída
para facilitar e não para complicar as relações entre
as pessoas de diferentes lugares. Assim, em 1913, o
país adotou o sistema de fusos aprovado pelo
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Congresso Nacional no dia 18 de junho deste ano.
Mas se o Brasil adotasse rigorosamente os limites
estabelecidos pelos fusos horários, teríamos muitos
problemas práticos. Para se ter uma ideia, o estado
da Paraíba, por exemplo, poderia ter horários
diferentes, enquanto na parte litorânea seria 12h, na
parte do sertão seria 11h.
Exemplos
1. Se são 07:00h em Paris 0°, que horas será em:
a) Xangai 120°E =
Resp.:120 / 15 = 8 ----- 7 + 8 = 15:00h m.d.
b) Anchorage 150°W =
Resp.:150 / 15 = 10 ------ 7 + 24 = 31 - 10 = 21:00h d.a.
2. Se na Filadélfia 60ºW são 22:00h., que horas será:
a) Pequim 120°E =
Resp.:60 + 120 = 180 / 15 = 12 ------ 12 + 22 = 34 - 24
= 10:00h d.s.
b) Roma 15°E =
Para evitar problemas desse tipo o Brasil
adaptou, assim como vários países, seus fusos
horários para facilitar as comunicações entre as
várias regiões. O Brasil até maio de 2008 possuia
quatro fusos horários, no entanto, uma proposta de
Tião Viana, senador do estado do Acre, propôs uma
mudança no fuso brasileiro. O Diário Oficial da União
(DOU) publicou a lei que reduz em uma hora a
diferença entre o Acre e parte do Amazonas, em
relação ao horário de Brasília. O Brasil passou a
possui três fusos horários, todos atrasados em
relação ao fuso de Londres, pois nosso país está
inteiramente a oeste do meridiano de Greenwich.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
sancionou no dia 24/05/08, sem vetos, a lei que
reduz de quatro para três o número de fusos horários
usados no Brasil entrando em vigor no dia 24/06/08.
O primeiro fuso do Brasil, 30° W, abrange as
ilhas oceânicas;
O segundo corresponde o mais importante,
pois abriga o fuso 45° W no qual temos nossa
hora oficial abrangendo as regiões: Nordeste;
Sudeste e Sul; os Estados do Tocantins,
Amapá e Pará na Região Norte; e Goiás no
Centro Oeste;
O terceiro fuso, 60° W, abrange os Estados do
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no Centro
Oeste; no Norte, os Estados de Roraima;
Rondônia; Amazonas e o Acre.
Resp.:60 + 15 = 75 /15 = 5 ------- 22 + 5 = 27 - 24 =
03:00h d.s.
Representação do Espaço
Existem várias maneiras de representar o
espaço em que vivemos, por meio de desenhos,
fotografias, palavras (descrevendo-as), etc. Uma dos
meios mais apropriados para reproduzir os
elementos do espaço é o mapa.
Mapa é a representação dos elementos de
um determinado espaço na superfície plana,
tornando-se um importante instrumento de
orientação e de localização.
Ao elaborarmos um mapa, os elementos do
espaço precisam ser reduzidos, a fim de caberem
numa folha de papel. Essa redução é feita por meio
de escalas. Escala é a relação existente entre as
medidas do mapa e as medidas reais.
Todo mapa é feito de acordo com uma escala
que indicará quantas vezes as medidas reais foram
diminuídas.
Para a redução de uma projeção utiliza-se a
unidade de medida; os múltiplos e submúltiplos do
metro que são:
Submúltiplos:
decímetro
(dm);
centímetro (cm) e milímetro (mm);
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Múltiplos:
decâmetro
(dam);
hectômetro (hm) e quilômetro (Km).
Os tipos de escalas
A escala utilizada para a construção de um
mapa pode ser indicada de duas maneiras: com
números (escala numérica) ou com gráficos (escala
gráfica).
A escala numérica é representada por uma
fração ordinária. O numerador da fração corresponde
à medida no mapa; o denominador corresponde à
medida real no terreno. O numerador é sempre a
unidade (1), e o denominador indica quantas vezes as
medidas reais foram reduzidas. Por exemplo: se um
determinado mapa estiver na escala 1: 200.000 (um
por duzentos mil), isso significa que cada unidade de
distância no mapa (1 cm, por exemplo) corresponde a
200.000 unidades (200.000 cm, no caso) no terreno.
Para obter mais detalhes em um mapa, utiliza-se uma
escala grande, quando não, utiliza-se a escala
pequena. Ex.: 1: 10.000cm (escala grande); 1:
100.000cm (escala pequena).
A escala gráfica apresenta-se sob a forma de
um segmento de reta graduada, normalmente dada
em quilômetros.
Nesse caso, a sequência foi seccionada em
cinco partes iguais, cada uma medindo 1cm. Isso
significa que cada uma dessas partes no mapa (1 cm)
corresponde a 200 km no terreno.
D = 40Km
Para encontrar "d" utiliza-se a seguinte
fórmula:
d=D/E
Exemplo: a escala ( E ) é de 1: 800.000 e a medida
real ( D ) é de 40 km.
d = 40 km / 800.000
d = 40 / 8 = 5
d = 5cm
Curvas de Nível
A curva de nível
representar graficamente
relevo, de um terreno.
Todos os pontos
possuem a mesma cota
mesmo nível.
é uma maneira de se
as irregularidades, ou o
de uma curva de nível
altimétrica, estando no
Como calcular distâncias?
Usando a escala sabe-se que E = escala; D =
distância na realidade e d = distância gráfica.
Para encontrar "E", utiliza-se a seguinte
fórmula:
E=D/d
Exemplo: a medida real ( D ) é de 40 km e a distância
gráfica ( d ) é de 5 cm
E = 40 / 5 cm = 8km
E = 1: 800.000cm
Para encontrar "D", utiliza-se a seguinte
fórmula:
D=d·E
Exemplo: a distância gráfica ( d ) entre duas cidades é
de 5 centímetros e a escala ( E ) é de 1: 800.000.
D = 5 x 800.000 cm
D = 5 x 8 = 40
As projeções cartográficas
O impulso definitivo para o desenvolvimento
da Cartografia deu-se a partir de 1569, com a
publicação do mapa-múndi do cartógrafo belga
Mercátor, que criou a projeção cilíndrica. Pela
primeira vez uma projeção era utilizada para
representar uma superfície esférica sobre uma
superfície plana.
Para a elaboração de mapas utilizamos as
projeções cartográficas que é a representação de
uma superfície esférica (a Terra) num plano.
Grande problema da Cartografia consiste em
ter de representar uma superfície esférica num
plano, pois, é sabido, a esfera é um sólido nãodesenvolvível, isto é, não-achatável ou não-
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planificável. Assim, sempre que achatamos uma
esfera, ela necessariamente sofrerá alterações ou
deformações.
Isso quer dizer que todas as projeções
apresentam deformações em relação às distâncias, às
áreas ou aos ângulos.
Assim, cabe ao cartógrafo escolher o tipo de
projeção que melhor atenda aos objetivos do mapa.
A maior parte das projeções existentes
atualmente deriva dos três tipos ou métodos
originais, a saber: cilíndrica, cônica e planas ou
azimutais.
As projeções cilíndricas podem ser:
equivalentes, que procura manter a proporção das
áreas, mas distorce a forma, e a projeção de Peters é
um exemplo dessa projeção; e a projeção conforme,
que mantém a forma, mas distorce as áreas, e a
projeção de Mercátor.
Projeção Cônica: apresenta paralelos
circulares e meridianos radiais, isto é, retas que se
originam de um único ponto. É usado principalmente
para a representação dos países ou regiões de
latitudes intermediárias, embora possa ser utilizado
para outras latitudes;
Projeção Plana ou Azimutal: resulta da
projeção da superfície da Terra sobre um plano a
partir de um determinado ponto. Esse tipo de
projeção é utilizado para confeccionar mapas
espaciais, principalmente os náuticos e aeronáuticos.
Como mostra metade do mundo, é muito utilizado
para representar as regiões polares.
Projeção Cilíndrica: representa melhor as
regiões próximas ao Equador, pois as regiões polares
apresentam grandes deformações;
População Mundial
Os diferentes aspectos demográficos, tais
como: população absoluta, densidade demográfica,
crescimento demográfico, crescimento populacional,
distribuição geográfica da população, estrutura
etária, estrutura profissional e migrações, entre
outros, costumam ser alvos de estudo e preocupação
dos diversos especialistas.
A análise de dados demográficos e sua
comparação com dados socioeconômicos permitem
aos dirigentes de um Estado o conhecimento da
realidade quantitativa e qualitativa da população e a
elaboração de medidas de ordem prática.
População absoluta e densidade demográfica ou
população relativa
População absoluta (é o número total de
habitantes de um lugar (país, cidade, região, etc.).
Quando um determinado lugar possui um
grande número de habitantes, dizemos que ele é
populoso ou de grande população absoluta; quando
possui um pequeno número de habitantes, dizemos
que é pouco populoso ou de pequena população
absoluta. A população mundial hoje é de cerca de
7.055.027.820 habitantes.
Os dez países mais populosos do mundo no
ano 2010, são:
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País
1º China
2º Índia
3º EUA
4º Indonésia
5º Brasil
População Mundial em 2010
Pop.
País
1.348.612.968
1.186.079.217
310.552.989
242.271.522
194.885.645
6º Paquistão
7º Bangladesh
8º Nigéria
9º Rússia
10º Japão
Pop.
177.242.949
157.050.883
149.629.090
140.041.247
127.078.679
A densidade relativa ou densidade
demográfica é a média de habitantes por quilômetro
quadrado (Km²). Para obtê-la, basta dividir a
população pela área. Quando um determinado
território possui elevada densidade demográfica,
dizemos que ele é densamente povoado; quando
possui baixa densidade demográfica, dizemos que é
fracamente povoado.
Os
países
populosos
não
são
necessariamente densamente povoados. Apesar de
terem uma população absoluta elevada, muitos
países possuem grande área territorial. Por outro
lado, nem todos os países densamente povoados são
necessariamente populosos.
A Ásia abriga acima de 60% da população
mundial, com quase 3,8 billhões de pessoas. A China
e a Índia sozinhas abrigam 20% e 16%
respectivamente.
Essa classificação é seguida da África com 840
milhões de pessoas, 12% da população mundial. Os
710 milhões de pessoas da Europa a fazem abrigar
11% da população mundial. A América do Norte
abriga 514 milhões (8%), a América do Sul, 371
milhões (5.3%) e a Oceania em torno de 60 milhões
(0.9%).
A previsão da pesquisa é que o mundo terá
um aumento de 2,5 bilhões de habitantes nos
próximos 43 anos, passando dos 6,7 bilhões a 9,2
bilhões em 2050, segundo o informe.
Os motivos do aumento da população são,
segundo o estudo, maior longevidade e melhora de
acesso ao tratamento do HIV e da Aids.
As taxas de crescimento
O tamanho de uma população qualquer é o
resultado de entradas ou somas e saídas ou
subtrações. As entradas ou somas correspondem aos
nascimentos e imigrações, ao passo que as saídas ou
subtrações correspondem aos óbitos e emigrações.
Assim, ao considerarmos o tamanho da
população brasileira, ao longo dos tempos, temos
que levar em conta não só o crescimento natural
como também o saldo migratório, isto é, a diferença
entre o número de imigrantes e de emigrantes.
É evidente que, no caso da população
mundial, as migrações são desconsideradas, pois são
priorizadas as taxas de natalidade e de mortalidade.
Afinal, nosso planeta não recebe migrantes
vindos de fora e tampouco perde população para
outro planeta.
A taxa de natalidade refere-se ao número de
nascimentos a um dado período, usualmente um
ano.
Ele expressa o número de crianças nascidas
para cada grupo de mil pessoas. Ao se dizer que a
taxa de natalidade de um determinado país é de
19‰, significa que, para cada mil pessoas da
população desse país, nasceram 19 crianças naquele
ano. Vale a pena comentar que as taxas de natal
idade variam de um grupo de país para outro e
refletem as condições de existências de suas
populações.
A taxa de mortalidade corresponde ao
número de mortes ocorridas em um ano em relação
ao total da população. Assim como ocorre com as
taxas de natalidade, a de mortalidade também é
expressa em grupos de mil pessoas. Por exemplo,
uma taxa de mortalidade de 12‰ indica que, para
cada grupo de mil pessoas da população, morreram
12. Quando as condições de existência podem ser
consideradas boas, satisfatórias, a mortalidade tende
a ser mais reduzida.
A taxa de crescimento ou de diminuição da
população é obtida subtraindo-se a taxa de
mortalidade da taxa de natalidade.
As teorias demográficas
Teoria de Malthus ou Malthusiana, exposta
em 1798, pelo economista Thomas Robert Malthus
(1766 – 1834). Preocupado com os problemas
socioeconômicos enfrentados por seu país durante a
Revolução Industrial (êxodo rural, desemprego,
aumento populacional, etc.). Malthus expôs sua
famosa teoria a respeito do crescimento
demográfico. Para ele, a principal causa dos
problemas que afetava seu país era o grande
crescimento populacional, especialmente dos mais
pobres.
Thomas foi o primeiro a desenvolver uma
teoria populacional relacionando crescimento
populacional com a fome. Ele afirmou que dadas as
condições médias da terra agrícola, que os meios de
subsistência, nas mais favoráveis circunstâncias, só
poderiam aumentar no máximo, em progressão
aritmética: 1>2>3>4>5>6>7>8>..., toneladas de
alimentos.
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Enquanto que a população humana aumenta
em progressão geométrica: 2>4>8>16>32>64>...,
milhões de pessoas a mais.
Assim, para evitar o caos, Malthus propunha
a erradicação da pobreza e da fome por meio do
controle da natalidade, sendo que o referido controle
deveria basear-se na sujeição moral do homem,
como casamentos tardios, número de filhos
compatível com os recursos dos pais, abstinência
sexual, etc. Sua tarefa é, portanto, nitidamente
antinatalista e conservadora.
Parece evidente, portanto, que não se pode
responsabilizar apenas o crescimento populacional
pelo estado de miséria e de fome em que se
encontram muitos países. As causas da fome são, na
realidade, políticas e econômicas.
Teoria Populacional Neomalthusiana, para
estes, a superpopulação dos países era a causa da
pobreza desses países.
Com a nova aceleração populacional,
voltaram a surgir estudos baseados nas ideias de
Malthus, dando origem a um conjunto de
formulações
e
propostas
denominadas
Neomalthusianas.
Novamente os teóricos explicavam o
subdesenvolvimento e a pobreza pelo crescimento
populacional, que estaria provocando a elevação dos
gastos governamentais com os serviços de educação
e saúde. Isso comprometeria a realização de
investimentos nos setores produtivos e dificultaria o
desenvolvimento econômico.
Para os neomalthusianos, uma população
numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e
levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao
desemprego e à pobreza.
Os Neomalthusianos afirmavam que a fome
não era conseqüência da carência de alimentos e sim
da má distribuição. Afirmavam também que é
possível melhorar a produtividade da terra com uso
de novas tecnologias, e que é possível reduzir o ritmo
de crescimento da população através da educação,
fazendo assim o planejamento familiar.
Reformistas ou marxista, estes consideram a
própria miséria como sendo a responsável pelo
acelerado crescimento da população. Por isso
defendem
a
necessidade
de
reformas
socioeconômicas que permitem a elevação do padrão
de vida, melhorando, entre outras coisas, a
distribuição de renda e de alimentos e propiciando
um aumento da escolaridade, que resultariam num
planejamento familiar e na diminuição da natalidade
e do crescimento vegetativo.
Na realidade, os países não se tornaram
desenvolvidos apenas por redução de sua taxa de
natalidade. No entanto, existem muitos exemplos de
países cujo desenvolvimento econômico e social
propiciou acentuada redução espontânea da
natalidade e do crescimento populacional.
Estrutura população mundial
É comum analisarmos as populações com
base em sua estrutura etária e em seu gênero. Tratase de verificar sua distribuição por grupos de idade
(jovens, adultos e idosos) por sexo (feminino e
masculino), que permite aos analistas avaliar muitos
índices demográficos. Como o crescimento
vegetativo e a expectativa de vida.
Podemos analisar tanto a idade como o
gênero da população por meio da pirâmide etária,
um gráfico escalonado em faixas de idade: de quatro
em quatro anos, de cinco em cinco, de seis e seis etc.
Essa representação é geralmente dividida em três
partes: a base, o corpo e o topo, cada uma
explicitando, respectivamente, dados da população
jovem, adulta e idosa. Outro aspecto das pirâmides
etárias é que a população do sexo feminino ocupa
um de seus lados, e a masculina, o outro. Por causa
dessas características, esse gráfico pode ser de
grande utilidade para o planejamento de políticas
públicas voltadas ao crescimento econômico e ao
desenvolvimento social.
A largura e a distribuição das barras entre
base e topo nos permitem saber se a população é
predominantemente jovem, adulta ou idosa: quanto
mais larga a base e estreito o topo, maior a
quantidade de jovens e menor a expectativa de vida;
situação contrária (base estreita e topo largo) indica
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o predomínio de população idosa. Com base na
análise desses dados, podemos inferir aspectos da
qualidade de vida da população, além de várias
características socioeconôminas, como nível de renda
e a demanda por empregos (quanto maior a
quantidade de jovens, por exemplo, maior a reserva
de mão-de-obra, o que se atrela, por conseguinte, à
oferta de empregos).
Portanto:
menor altitude = maior temperatura
maior altitude = menor temperatura
A pressão atmosférica, que é o peso que a
atmosfera exerce sobre uma área qualquer da
superfície terrestre, é maior em lugares situados mais
próximos do nível do mar, devido ao maior volume
de ar sobre a superfície da Terra.
Portanto:
menor altitude = maior pressão
maior altitude = menor pressão
Climas no Mundo
Clima e tempo são a mesma coisa? Vejamos.
Quando em determinado momento do dia
dizemos, por exemplo, que está quente e úmido,
estamos nos referindo ao tempo, ou seja, às
condições
atmosféricas
ou
meteorológicas
(temperatura, umidade, chuva, ventos, etc.) desse
momento. Como sabemos, as condições atmosféricas
podem mudar de um instante para outro ou dentro
de poucas horas, e nesse caso o tempo já não será o
mesmo. Portanto, o tempo é algo momentâneo ou
de curta duração.
Atuação dos principais fatores climáticos
Latitude Assim como na altitude, a
temperatura varia de forma inversa em relação à
latitude. Dessa forma, a latitude influi diretamente na
existência dos diversos tipos de clima no mundo.
As temperaturas variam conforme a latitude
por causa da forma esférica e do eixo inclinado da
Terra, o que faz os raios solares chegarem com
intensidades variadas nas diversas regiões do
planeta.
Nas áreas próximas à linha do Equador,
portanto de baixas latitudes, os raios solares incidem
mais perpendicularmente sobre a superfície
terrestre, causando um maior aquecimento nessas
regiões. Isso faz com que esses locais geralmente
apresentam climas quentes.
Ao contrário, nas áreas distantes da linha do
Equador, de latitudes elevadas, os raios solares
incidem de forma cada vez mais inclinada. Isso
provoca menor aquecimento nessas regiões, que são
dominadas por climas frios.
Correntes marítimas Exercem grande
influência sobre a temperatura e a umidade das
massas de ar e, portanto, sobre o clima de várias
regiões da Terra. As massas de ar têm suas
características de temperatura e umidade alteradas
ao circularem sobre as correntes marítimas. As
correntes frias tornam o ar mais frio e mais seco; ao
contrário, as correntes quentes tornam o ar mais
quente e úmido.
Altitude Como os raios solares aquecem a
atmosfera através das radiações refletidas pela Terra,
à medida que estamos mais longe da superfície,
menor é a temperatura. Há uma diminuição de cerca
de 1°C na temperatura para cada 200 m de altitude.
Maritimidade e continentalidade Outro
fator que influência o clima de uma região refere-se à
sua maior ou menor proximidade em relação aos
oceanos. Nas áreas litorâneas as temperaturas são
influenciadas pelas águas oceânicas, constituindo o
chamado efeito de maritimidade.
Já as áreas interioranas são influenciadas pelo
aquecimento e resfriamento das terras continentais,
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chamado efeito de continentalidade.
A dinâmica do clima
As massas de ar são de fundamental
importância para a explicação da dinâmica do clima.
Massas de ar são porções da atmosfera que
conduzem características e propriedades das áreas
onde se originam (continentes, oceanos, regiões
polares, tropicais).
Dependendo de onde se formaram, as
massas de ar podem ser: fria e úmidas (oceanos
glaciais), frias e secas (áreas continentais frias),
quentes e úmidas (áreas continentais quentes e
úmidas, como a Amazônia), quentes e secas (desertos
quentes continentais).
Quando duas massas de ar com temperaturas
diferentes se encontram, são formadas as frentes de
transição. As mudanças no tempo, em geral, são
provocadas por esses encontros. As frentes de
transição podem ser frias ou quentes.
As frentes frias ocorrem quando uma massa
de ar entra em contato com uma massa de ar quente,
empurrando-a. Devido às altas pressões, o ar frio
penetra sob a massa de ar quente, elevando-a e
formando nuvens. Dessa forma, o ar quente resfriase e a água contida nas nuvens cai na forma de
chuva.
As frentes quentes ocorrem quando uma
massa de quente entra em contato com uma massa
de frio, empurrando-a. O ar quente desliza sobre o ar
frio mais denso, que lhe serve como uma rampa.
atmosférico, aquecendo-o. Assim, é a intensidade do
aquecimento da superfície terrestre que faz a
temperatura do ar variar durante os dias do ano.
Vale lembrar que média térmica é a média
aritmética das temperaturas (diária, mensal e anual);
amplitude térmica é a diferença entre máximas e
mínimas (diária, mensal e anual); isotermas são linhas
que, em um mapa, unem os pontos de igual
temperatura média.
Pressão atmosférica É o peso que a
atmosfera exerce sobre uma área qualquer da
superfície terrestre. Ela ocorre devido à força de
gravidade da Terra, que prende os gases ao redor do
planeta e pressiona-os em direção à superfície do
globo.
A pressão atmosférica pode variar de acordo
com a temperatura do ar. Quando o ar está mais frio,
as moléculas dos gases agrupam-se e ele fica mais
denso, pesado e, portanto, com alta pressão. Dessa
forma, as pressões atmosféricas mais elevadas do
planeta estão localizadas, sobretudo, nas zonas
polares e temperadas, onde as temperaturas são
mais baixas.
Elementos e fenômenos atmosféricos
Os diversos fenômenos atmosféricos
acontecem devido a determinadas características de
temperatura, pressão e umidade das massas de ar e
dos diversos lugares da Terra. A temperatura, a
pressão e a umidade são elementos básicos do ar
atmosférico. Conheça cada um desses elementos e os
fenômenos que eles desencadeiam na atmosfera
terrestre.
Temperatura atmosférica É a propriedade
que o ar possui de, em determinados lugares, estar
mais quente ou mais frio.
O calor que aquece a atmosfera terrestre
provém da radiação solar. Contudo, o aquecimento
da atmosfera é feito, em sua maior parte, de maneira
indireta. Isso quer dizer que primeiro ocorre o
aquecimento da superfície terrestre; em seguida, a
superfície emite o calor da radiação solar para o ar
Ao contrário, quando o ar está mais quente,
as moléculas dos gases afastam-se e ele fica mais
rarefeito, leve e com baixa pressão. Por isso, as
pressões atmosféricas mais baixas estão localizadas,
em geral, na zona tropical, onde as temperaturas do
ar são mais elevadas.
São as diferenças entre as regiões de alta e
baixa pressão do planeta que provocam o
deslocamento das massas de ar e também a
formação dos ventos.
A pressão atmosférica varia com a altitude,
de um lugar para o outro; com a temperatura, de um
período para outro.
Quando descemos uma serra, notamos uma
diferença nos ouvidos. É o aumento de pressão
atmosférica, que ocorre à medida que diminui a
10. Escola E. E. F. M. Félix Araújo – Geografia – Prof. Tibério Mendonça – 3º Ano
altitude. Portanto: Baixa altitude = alta pressão; Alta
altitude = baixa pressão
O aumento da temperatura, numa
determinada localidade, provoca uma diminuição na
pressão atmosférica. Portanto: Baixa temperatura =
alta pressão; Alta temperatura = baixa pressão.
Umidade A evaporação das águas dos
oceanos, mares, rios e lagos proporciona à atmosfera
uma certa umidade, isto é, uma determinada
quantidade de vapor de água em suspensão. O vapor
de água resultante da transpiração de plantas e
animais também contribui para esse fenômeno.
A quantidade de vapor de água existente em
uma porção da atmosfera (umidade atmosférica)
apresenta um determinado limite, o ponto de
saturação. Ele representa a quantidade máxima de
vapor de água que o ar atmosférico consegue manter
em suspensão em uma dada temperatura.
Quando o ar atmosférico atinge o ponto de
saturação, dizemos que ele está saturado, ou seja,
está com a maior quantidade possível de vapor de
água. A partir do momento em que o ponto de
saturação é atingido, o vapor de água condensa-se e
forma as nuvens, que podem precipitar-se.
As precipitações atmosféricas podem ocorrer
na forma sólida, como no caso do granizo e da neve,
ou na forma líquida, como no caso das chuvas.
úmidas com o relevo. Ocorrem quando a massa
úmida encontra uma área elevada e é impulsionada
para maior altitude a fim de ultrapassar o obstáculo;
Convectivas: chuvas causadas pela ascensão ou pela
descida lenta do ar. As chuvas convectivas acontecem
porque o ar mais próximo da superfície terrestre se
aquece e ascende na atmosfera. Ao atingir camadas
mais frias da troposfera, o ar condensa o vapor
d’água, formam-se as nuvens e chove. São
características de áreas próximas ao Equador,
geralmente são chuvas torrenciais, de curta duração,
acompanhada de raios e trovões;
Frontais: esse tipo de chuva resulta do deslocamento
horizontal e eventual choque entre massas de ar com
diferentes características de temperatura e pressão.
O contato entre elas forma uma faixa de instabilidade
onde ocorrem as chuvas. Embora menos intensas que
as convectivas, essas chuvas têm maior duração. São
mais freqüentes no inverno, e sempre acompanhadas
de queda de temperatura.
O granizo forma-se nas partes mais elevadas das
nuvens do tipo cúmulos, onde a temperatura é muito
baixa, transformando as gotículas de água em pedras
de gelo. Devido ao peso que adquirem, as pedras de
gelo precipitam-se;
A neve ocorre quando a temperatura nas nuvens
permanece abaixo de 0°C e faz o vapor de água
condensar-se e transformar-se em cristais de gelo. À
medida que os cristais de gelo caem, eles se juntam e
formam os flocos de neve. A ocorrência de neve é
comum nas zonas temperadas e polares,
principalmente na época do inverno;
A chuva é a precipitação das gotículas de água em
suspensão nas nuvens. As chuvas podem ter várias
origens: na própria evaporação da água; no encontro
entre uma frente fria e uma quente; ou, ainda,
quando uma massa de ar carregada de vapor de água
encontra as encostas de montanhas e serras, o que
provoca a condensação e a precipitação do vapor de
água. Os principais tipos chuva são:
Orográficas: também conhecidas como “chuvas de
relevo”, são causadas pelo choque das massas de ar
O orvalho, geada e o nevoeiro também são
fenômenos originados a partir da umidade existente
no ar atmosférico. Contudo, diferentemente das
chuvas, do granizo e da neve, o orvalho, a geada e o
nevoeiro não se precipitam, formam-se apenas da
condensação do vapor de água existente no ar sobre
a superfície das plantas, do solo, dos automóveis, dos
telhados, das casas, etc. Na realidade, a geada é o
congelamento do orvalho sobre a superfície
terrestre, formando finas camadas de gelo. Ela
ocorre, em geral, após a passagem de uma frente
fria, que deixa o céu limpo e faz as temperaturas
caírem abaixo de 0°C. Durante o inverso são comuns
as geadas nos estados da região Sul do Brasil e
também em algumas áreas do Sudeste. O nevoeiro é
a condensação do ar junto à superfície (mais fria que
o ar). O ar quente perde calor para a superfície e se
11. Escola E. E. F. M. Félix Araújo – Geografia – Prof. Tibério Mendonça – 3º Ano
condensa, formando gotículas suspensas no ar (é o
nevoeiro).
Os climogramas
Os climogramas representam a quantidade
de chuvas e a temperatura de uma localidade,
medidas por uma estação atmosférica durante os
doze meses do ano. Através desses gráficos é possível
reconhecer as características do clima de uma região
e até mesmo classificá-lo.
Classificação climática do Brasil
Quase todas as massas de ar que atuam na
América do Sul estão também no Brasil. Apenas as
massas de ar que se originem no Oceano Pacífico têm
atuação limitada no Brasil devido a presença da
Cordilheira dos Andes, que barra a sua passagem
para o interior do continente.
Por ter 92% de seu território na zona tropical
e estar localizado no hemisfério sul, onde as massas
líquidas ocupam maior espaço do que as massas
sólidas, o Brasil é influenciado predominantemente
pelas massas de ar quente e úmido.
As massas de ar que atuam no Brasil são:
massa equatorial continental (mEc); massa equatorial
atlântica (mEa); massa tropical continental (mTc);
massa tropical atlântica (mTa); e massa polar
atlântica (mPa).