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LIÇÃO     2	                             7 a 13 de outubro de 2012



A Revelação, e o Deus Nela
Revelado
SÁBADO À TARDE

LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: II Pedro 1:19-21; II Timóteo 3:16 e 17;
Deuteronómio 6:4; Mateus 28:19; Hebreus 11:6; Êxodo 3:1-14.

  VERSO ÁUREO: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de
  muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós, falou-nos, nestes últi-
  mos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez,
  também, o mundo.” Hebreus 1:1 e 2.

PENSAMENTO-CHAVE: Por muito importante que seja compreender a maneira
como funciona a inspiração bíblica, é mais importante conhecer o Deus que nos
é revelado por meio dessa inspiração.

   “OS CÉUS DECLARAM A GLÓRIA DE DEUS e o firmamento anuncia a obra
das Suas mãos” (Salmo 19:1). Isto é mesmo verdade. O que eles não declaram,
porém, é que o nosso Deus nos ama, que morreu por nós e que está ativamente
a atuar para nos salvar das consequências das nossas escolhas pecaminosas.
   Resumindo a questão, o que quer que seja que possamos aprender acerca de
Deus noutras fontes, a fonte principal tem de ser a Bíblia. Há grandes verdades,
sobretudo acerca da natureza de Deus e da Sua atividade neste mundo, sobre as
quais nada saberíamos se não nos fossem reveladas. Como já vimos, embora as
pessoas tenham alguma noção de uma batalha que se trava entre o bem e o mal,
de que outra maneira saberiam elas alguma coisa sobre o grande conflito se não
lhes fosse ensinado nas Escrituras?
   Esta semana vamos concentrar-nos em duas coisas: primeiro, vamos ver o que
a Bíblia diz sobre si própria e sobre como é que ela foi inspirada. A seguir, veremos
o que ela nos ensina acerca do Deus que a inspirou.



Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Salmo 119; Atos 13:1-3; Atos dos Apóstolos, cap. 16.
20
DOMINGO, 7 de outubro 		                           A DOUTRINA DA ESCRITURA

  Leia II Pedro 1:19-21. O que é que estes versículos nos dizem sobre como
os autores do Novo Testamento consideravam as Escrituras?


   O apóstolo Pedro afirma que as profecias do Velho Testamento não eram de
origem humana. O seu argumento é que os profetas falaram porque foram “inspi-
rados pelo Espírito Santo”. A expressão “inspirados pelo Espírito Santo” significa
que o impulso que levou à escrita da Bíblia partiu do Espírito Santo. Em resumo,
os escritores da Bíblia foram inspirados pelo próprio Senhor.

  Leia II Timóteo 3:16 e 17. O que é que estes versículos nos dizem acerca
da Bíblia e para que deve ela ser utilizada?



   É muito claro que o apóstolo queria que Timóteo compreendesse que, porque
as Escrituras são divinamente produzidas, elas são fidedignas e valiosas para a
formação do crente. Paulo não deixa dúvidas quanto à veracidade, à autoridade
e à origem das Escrituras. Repare-se também que ele está a referir “toda a Es-
critura”. Ele não nos deixa a opção de marcar e escolher que partes pensamos
que são inspiradas e que partes não são. Nem tudo (como sejam, por exemplo,
as leis cerimoniais) continua a ser obrigatório para nós, mas isso é radicalmente
diferente de pretender que algumas partes da Bíblia são inspiradas e que outras
não o são, ou que algumas partes não são tão inspiradas como outras partes
(seja lá o que for que alguns queiram dizer com isto).

   Leia Mateus 4:4, 7, 10; 22:41-46; João 10:34 e 35. Que verdade funda-
mental sobre a Escritura e sobre a sua autoridade podemos retirar destes
textos?



  Seja o que for aquilo em que acreditemos, precisamos de ter um ponto de
partida, um fundamento sobre o qual assentar essa crença. Para os cristãos
Adventistas do Sétimo Dia, o fundamento é a Bíblia – o supremo padrão e árbitro
da verdade.

     Quanto tempo dedica pessoalmente à Palavra? Quanto da sua vida é
  regulado por aquilo que ela ensina? Pense nas últimas 24 horas. O que
  é que fez, ou não fez, nesse período de tempo que tenha sido baseado
  na autoridade das Escrituras?

Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Salmos 120 e 121; Atos 13:4-52; Atos dos Apóstolos, cap. 17.
                                                                                      21
SEGUNDA, 8 de outubro		                       A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO

   “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que
o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem ou nas suas expres-
sões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é pos-
suído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente in-
dividual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como a Sua vontade,
é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do
homem são a Palavra de Deus.” – Ellen G. White, Mensagens Escolhidas,
Vol. 1, p. 21. Até que ponto estas palavras nos ajudam a compreender como
funciona a inspiração bíblica?

   Em toda a questão a respeito da inspiração, as pessoas ficam por vezes obce-
cadas com o que são frequentemente considerados textos problemáticos. Veja-se,
por exemplo, as palavras da inscrição posta na cruz de Jesus, tal como se encon-
tram nos Evangelhos. Segundo Mateus 27:37, a inscrição dizia: “ESTE É JESUS,
O REI DOS JUDEUS”; segundo Marcos 15:26, as palavras eram: “O REI DOS
JUDEUS”; segundo Lucas 23:38, o texto dizia: “ESTE É O REI DOS JUDEUS”.
Como é que se devem entender estas diferenças?
   Como diz a Bíblia, “toda a Escritura é divinamente inspirada” e é fidedigna; no
entanto, são-nos dadas diferentes versões da inscrição afixada na cruz de Jesus.
Estes dois pontos, postos lado a lado, conseguem dar-nos uma perceção da forma
como funciona a inspiração. Este último caso mostra que a inspiração permite di-
ferentes expressões de uma ideia ou de um acontecimento, desde que as expres-
sões o apresentem adequadamente. Sempre que uma abordagem geral seja uma
expressão adequada, como na inscrição na cruz, a inspiração aceita-a. Por outro
lado, sempre que seja requerida especificidade, como em I Reis 6:1, a inspiração
provê nesse sentido e deve ser aceite como tal.

   Compare Atos 1:18 com Mateus 27:5. Em que aspetos parecem diferir es-
tes dois relatos da morte de Judas?

   Durante muito tempo, os críticos da Bíblia afirmaram que estes versículos apre-
sentam relatos contraditórios da morte de Judas. Contudo, investigação recente
veio mostrar que a palavra traduzida por “precipitando-se” em Atos 1:18 também
significa “inchando”. Por conseguinte, é muito provável que, depois de se enforcar,
Judas só fosse descoberto quando o seu corpo estava inchado, o que provocou
que as entranhas se derramassem. O que interessa é que aquilo que a princípio
parecia ser contraditório veio a demonstrar-se agora que não é.
   Na sua maior parte, a Bíblia não é problemática. Nalguns lugares onde ainda há
algumas dúvidas sobre aparentes “erros” ou “contradições”, a atitude prudente é a
humildade. Só Deus sabe quantas pessoas naufragaram na fé por se concentra-
rem em textos “problemáticos”. Não fomos chamados a pronunciar juízos sobre a
Palavra; fomos, antes, chamados a obedecer-lhe.

Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Salmos 122-124; Atos 14; Atos dos Apóstolos, cap. 18.
22
TERÇA, 9 de outubro			                         O MISTÉRIO DO DEUS TRIÚNO

  “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança” (Gén. 1:26).

   Perceber como funciona a inspiração, por muito importante que seja, é ape-
nas um meio para chegar a um fim, e esse fim é conhecer Deus. Uma compreen-
são profunda de como a Bíblia foi escrita, ou mesmo uma compreensão profunda
das verdades nela reveladas, não tem significado nenhum se não conhecermos
o Senhor pessoalmente (João 17:3).
   Ora, uma das coisas que a Bíblia declara explicitamente acerca do Senhor é
a Sua unidade.

  Leia Deuteronómio 6:4 e Marcos 12:29. Que verdade fundamental se en-
contra nestes textos?



  A expressão na Bíblia acerca da unidade de Deus impossibilita qualquer ideia
de muitos deuses. Há um só Deus. Contudo, a imagem total que recebemos da
Bíblia é que há n’Ele um “conteúdo” mais íntimo, mesmo na sua unidade.

   Leia Génesis 1:26; 3:22; 11:7; João 1:1-3, 18; 20:28; II Coríntios 13:14;
Mateus 28:19. De que modo estes textos começam a esclarecer-nos sobre
a realidade mais íntima de Deus?



   A sugestão de pluralidade que aparece no Velho Testamento dá alguns indí-
cios sobre a natureza do ser mais profundo de Deus. Quando associamos este
facto ao que o Novo Testamento diz sobre Jesus Cristo e sobre o Espírito Santo,
começamos a compreender que há muito a respeito da natureza de Deus que
não compreendemos plenamente e que, provavelmente, nunca iremos compre-
ender. O aspeto da trindade de Deus é um mistério, entre muitos, com o qual
ainda temos de aprender a viver.
   A informação que a Bíblia nos dá acerca de Deus, incluindo a Sua natureza
em três partes, não é dada para que nos envolvamos num filosofar especulativo,
mas é para que mais e melhor compreendamos as Suas atividades, sobretudo a
Sua obra redentora em nosso favor, enquanto se desenrola o grande conflito e
este chega finalmente ao seu término.

    Quem é que não tem uma infinidade de perguntas a que só Deus
  pode dar resposta? Como é que se pode aprender a confiar n’Ele até
  que chegue o tempo em que nos serão dadas as respostas?

Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Romanos 1 e 2; Atos 15; Atos dos Apóstolos, cap. 19.
                                                                                   23
QUARTA, 10 de outubro	                  OS ATRIBUTOS DO NOSSO CRIADOR

   A Bíblia revela-nos verdades sobre Deus que não vamos encontrar em mais
parte nenhuma. Entre essas verdades está a de que Ele é o Criador. De facto,
esta é a primeira coisa que a Bíblia nos diz acerca de Deus, que Ele criou “os céus
e a terra” (Gén 1:1).
   Uma das muitas coisas fascinantes sobre este texto é que a Bíblia simples-
mente assume a existência de Deus sem a tentar provar ou demonstrar. A Bíblia
dedica bastante tempo a ensinar-nos acerca de como Deus é, particularmente
no que diz respeito ao Seu caráter revelado mediante a Sua interação com a hu-
manidade caída. Mas não dedica tempo nenhum a tentar provar que Ele existe.
Simplesmente assume a Sua existência.

  Leia Hebreus 11:6 e Romanos 10:17. Que dizem estes versículos sobre
Deus e sobre o papel que a Sua Palavra tem em trazer até nós a perceção
da Sua existência?




   A convicção sobre a existência de Deus não pode vir apenas de argumentos
racionais. A Bíblia ensina que uma pessoa se convence da existência de Deus
através da experiência pessoal com Ele, à medida em que o Espírito Santo im-
pressiona o coração e a mente com o facto da Sua existência. Em muitos casos,
as pessoas até podem chegar a acreditar em Deus primeiro; e só depois disso é
que começam a construir um fundamento lógico e intelectual para a fé num Deus
que não conseguem ver.

  Leia Malaquias 3:6; Tiago 1:17; I João 4:8, 16; II Crónicas 6:18. O que é
que estes textos nos dizem sobre os atributos de Deus? Que outros atribu-
tos de Deus são revelados na Palavra?




     Medite nos atributos de Deus tal como expressos nas Escrituras.
  Quantos deles conseguiria pessoalmente conhecer com base noutras
  fontes, isto é, a partir da Natureza ou da sua experiência pessoal? O que
  é que a sua resposta lhe ensina sobre quão fundamentais são as Es-
  crituras para a nossa compreensão de como Deus é verdadeiramente?

Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Romanos 2 e 3; Atos 16:1-5; Atos dos Apóstolos, cap. 20.
24
QUINTA, 11 de outubro		                               AS ATIVIDADES DE DEUS

   Mesmo uma leitura apressada da Bíblia revela que Deus está ativamente en-
volvido na humanidade e naquilo que acontece aqui na Terra. Ele não está dis-
tante, desligado, afastado, como ensinavam alguns conceitos gregos acerca de
Deus, nem mesmo como alguns teólogos cristãos tentam descrevê-l’O. Embora
sendo radicalmente diferente daquilo que criou, o Senhor ligou-Se intimamente
à Sua criação.

   Como vimos ontem, a Bíblia apresenta o Senhor como nosso Criador,
num ato que demonstra até que ponto Ele está realmente intimamente liga-
do a este mundo. O que é que os seguintes textos nos dizem sobre outras
atividades de Deus aqui na Terra, sobretudo no contexto do grande conflito?

  Génesis 11:9


  Génesis 19:24


  Êxodo 3:1-14



  João 3:16



  I Tessalonicenses 4:17



   Não há dúvida de que a Bíblia revela um Deus que está grandemente envol-
vido com a humanidade. Todo o cenário do grande conflito tem a ver, realmente,
com a maneira como Deus está a atuar para salvar a humanidade das garras do
pecado e de Satanás. Desde o primeiro ato da criação da Terra (Gén. 1:1) até à
cruz (João 19:18), passando pela recriação da Terra (II Ped. 3:12 e 13), a Bíblia
mostra-nos inequivocamente a atividade do Senhor muito ligada à humanidade.

    Em que aspetos já experimentou pessoalmente a atuação de Deus?
  Em que aspetos já O viu a agir na sua vida e na vida de outros? De que
  maneira consegue aprender a encontrar conforto no conhecimento da
  proximidade e intimidade de Deus connosco?

Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Romanos 4 e 5; Atos 16:6-40; Atos dos Apóstolos, cap. 21.
                                                                                        25
SEXTA, 12 de outubro

ESTUDO ADICIONAL: Leia de Ellen G. White, “O Perigo do Conhecimento Espe-
culativo”, pp. 427-438, em A Ciência do Bom Viver; “O Verbo Se Fez Carne”, pp.
746-749, em Testemunhos Para a Igreja, vol. 5; “Prefácio” e “Introdução”, pp. 3-15,
em O Grande Conflito.

    “Deus decidiu comunicar a Sua verdade ao mundo através de agentes humanos,
e, Ele mesmo, através do Seu Espírito, capacitou homens e preparou-os para rea-
lizarem a Sua obra. Ele guiou a mente na escolha do que deviam dizer e escrever.
O tesouro foi confiado a vasos de barro sem, contudo, perder coisa alguma da sua
origem celestial. O testemunho é transmitido através da imperfeita expressão da lin-
guagem humana, conservando, apesar disso, o seu caráter de testemunho de Deus,
no qual o crente submisso descobre a virtude divina, cheia de graça e de verdade.
    Na Sua Palavra, Deus deu aos homens o conhecimento necessário para a salva-
ção. As Santas Escrituras devem ser aceites como a autoridade da infalível revela-
ção da Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra
de toque da experiência religiosa. “Toda a Sagrada Escritura é inspirada por Deus e
serve para ensinar, convencer, corrigir e educar, segundo a vontade de Deus, a fim
de que quem serve a Deus seja perfeito e esteja pronto para fazer o bem” (II Timóteo
3:16 e 17, BN).” Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 10.

  PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
    1 Que confiança podemos ter nas nossas conclusões acerca de Deus
  se não tivermos em conta a informação que podemos obter na Bíblia? Há
  alguma margem para se compreender Deus com base noutras fontes? Se
  sim, quais são essas fontes, e como é que podemos ter a certeza de que é
  correta a informação que nos dão?
    2 Por que razão qualquer opinião geral que nega o sobrenatural está
  em fatal contradição com a Palavra de Deus?
    3 A Ciência e a Tecnologia têm, em muitos aspetos, sido uma grande
  bênção para a humanidade. Noutros aspetos, a Ciência também nos tem
  ajudado a compreender melhor o poder de Deus (veja-se, por exemplo,
  o que nos tem sido mostrado sobre a profunda complexidade da vida!).
  Quais são, no entanto, as limitações óbvias do que a Ciência nos pode
  ensinar acerca de Deus? Em que situações pode também a Ciência atuar
  contra um verdadeiro conhecimento de Deus?
    4 Por que razão é a doutrina de um Deus triúno (independentemente de
  quão difícil seja de entender) tão importante para nós, Adventistas do Séti-
  mo Dia? Pense no que significaria, por exemplo, Cristo ser qualquer outra
  coisa que não totalmente Deus?




Leit. Bíblica e Esp. Prof.: I Tes. 1 e 2; Atos 17:1-9; Atos dos Apóstolos, cap. 22.
26
As Minhas Notas Pessoais




                           27
AUXILIAR DO MODERADOR



 Texto-Chave: Hebreus 1:1 e 2

 Com o Estudo desta Lição o Membro da Classe Vai:
  Aprender: A analisar o papel crucial que as Escrituras divinamente inspiradas
   têm como meio de se chegar a conhecer e compreender Deus.
   Sentir: A resposta pessoal e íntima à atração do poder do Espírito Santo.
    Fazer: Prosseguir ativamente o estudo da revelação que Deus faz de Si
     mesmo nas Escrituras e desenvolver um relacionamento pessoal com Ele.

 Esboço da Aprendizagem:
 I. Aprender: Palavras de Vida Inspiradas por Deus
    A. ue papel tem o Espírito Santo na inspiração de pensamentos e palavras
       Q
       humanos para esclarecer a natureza e o propósito de Deus?
    B.  ue papel têm as Escrituras em ajudar seguidores de Cristo a desenvol-
       Q
       verem fé e um relacionamento pessoal com Ele?
 II. Sentir: Intimidade com o Invisível Deus do Universo
    A.  e que modo são os discípulos de Cristo atraídos para um conhecimento
       D
       íntimo do Deus invisível do Universo e para um relacionamento com Ele?
    B.  e que modo a revelação que Deus faz de Si mesmo, por meio da História
       D
       e das experiências pessoais de muitos autores bíblicos, fortalece a fé e
       a confiança?
 III. Fazer: Em Busca de Deus
    A.  egundo as Escrituras, de que modo tem Deus procurado ativamente os
       S
       Seus filhos?
    B.  elo seu lado, de que modo procuram os Seus filhos ativamente uma reve-
       P
       lação de Deus e um relacionamento com Ele? Que aspeto assume, como
       hábito diário, essa busca?

 Sumário:
 As Escrituras, sendo inspiradas pelo Espírito Santo através dos pensamentos
 e palavras dos autores bíblicos, revelam a natureza de Deus e o Seu lidar com
 homens e mulheres, e atraem os Seus filhos para um relacionamento com Ele.

                          CICLO DA APRENDIZAGEM

     1.º PASSO – MOTIVAR!

 Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Aceitando a inspiração divina
 das Escrituras, esforçamo-nos, consequentemente, por ouvir nas suas pági-
 nas a voz do nosso Deus Criador e por viver, em resposta, a nossa gratidão
 pelo desenrolar da história da Redenção.

28
AUXILIAR DO MODERADOR


   Só para o Moderador: O estudo desta semana analisa as afirmações que a
Escritura faz a respeito da sua própria inspiração e o que ela ensina sobre o Deus
que a inspirou. No entanto, não basta uma crença intelectual de que a Escritura é
inspirada. A Palavra de Deus é também uma Palavra Viva que deve ser pessoal-
mente experimentada. O seu objetivo no 1.º Passo desta lição é animar os mem-
bros da classe a falarem da experiência que têm com a Palavra inspirada de Deus,
respondendo às perguntas que se seguem: (Por favor note: Não deve conceder
mais do que 5-6 minutos a esta atividade, a fim de assegurar ter pelo menos 15
minutos para o 2.º Passo – Analisar; concedendo 30 minutos para o 3.º Passo –
Praticar; e concluir com 5 minutos para o 4.º Passo – Aplicar.)

Atividade de Abertura: Faça aos membros as seguintes perguntas:
   “Que idade tinha quando leu pela primeira vez a Bíblia e o que é que recorda
disso?”
   “Descreva a ocasião em que, na sua leitura pessoal da Bíblia, descobriu uma
nova história, princípio ou verdade, que tenha modificado uma atitude ou um com-
portamento na sua vida.”
   “Com base no que disse, qual é o seu testemunho pessoal sobre a Palavra
inspirada de Deus?”
   Para reflexão: Convide os membros da classe a falarem do respetivo método
favorito de estudo da Bíblia e das maneiras como esse método de aprendizagem
tem influenciado o seu desenvolvimento espiritual.

  2.º PASSO – ANALISAR!

                              COMENTÁRIO BÍBLICO

  Só para o Moderador: Nesta secção serão analisados o propósito e a função
da Palavra inspirada, e será apresentada uma abordagem metódica do estudo
da Bíblia.

                           I. Porquê Estudar a Bíblia?
                (Leia com os membros da classe II Timóteo 3:14-17.)

   Independentemente da idade, profissão ou antecedentes, a maior parte de nós
tem um anseio profundo de aprender a estudar a Bíblia, de modo a que ela nos
atraia para mais perto de Deus e também nos prepare para partilharmos as suas
verdades com outros.
   Na passagem que acabámos de ler, o apóstolo Paulo anima Timóteo a perma-
necer inspirado por, motivado por e confiante na fidedignidade das “sagradas le-
tras”. Porquê? Paulo explica que as Escrituras têm o poder de “instruir”, quer dizer,
dar ao crente a capacidade de apreender o propósito redentor de Deus para a sua
vida, quando Jesus Cristo é aceite pela fé como Salvador e Senhor.
                                                                                  29
AUXILIAR DO MODERADOR


   As primeiras palavras do versículo 16 dizem-nos que a natureza das Escrituras
é serem “inspiradas por Deus”. Embora Paulo se esteja a referir ao Velho Tes-
tamento neste versículo (uma vez que os livros do Novo Testamento ainda não
tinham passado a fazer parte daquilo que mais tarde se iria tornar na Bíblia Sagra-
da), hoje aceitamos todo o Velho e o Novo Testamentos como inspirados por Deus.
   Compreendendo que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (ou “divinamente
inspirada”), pode-se então confiar no seu valor e utilidade como fonte de ensino
e doutrina, bem como meio de apontar o erro e como meio de colocar alguém na
direção certa. A expressão “instruir em justiça” [a versão TIC traduz por “educar,
segundo a vontade de Deus”] indica o proveito e o valor das Escrituras na educa-
ção construtiva quanto à forma de se viver a vida cristã.
   Porquê estudar a Bíblia? Repare-se na função primordial referida nas palavras
finais do versículo 17: “para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
instruído para toda a boa obra.” Paulo indica que, com uma forte e sólida formação
nas Escrituras, o crente torna-se habilitado, capacitado e eficiente para ter parte
em “toda a boa obra”; isto é, em todas as oportunidades e responsabilidades que o
crente cristão possa contar no processo de participação em boas obras.
   O estudo da Escritura é, por conseguinte, capaz de realizar um produto final que
é testemunho do poder da inspiração divina, que não só conduz à salvação, mas
que também desenvolve um fundamento sólido para se viver a Palavra de Deus.

   Pense Nisto: De que modo a Bíblia serve como nosso “professor”? O que é que
o seu estatuto como documento inspirado significa em todos os aspetos da nossa
vivência cristã?

                             II. Como Estudar a Bíblia
                         (Leia com a classe Hebreus 11:6.)

   A lição desta semana também realça os atributos e as atividades do Deus que
inspirou as Escrituras. O nosso texto em Hebreus diz-nos que, a fim de nos aproxi-
marmos de Deus, “é necessário [crer] que ele existe.” O versículo também afirma
que Deus recompensa aqueles que em sinceridade O buscam. Por conseguinte, a
fé e a crença são também parte da nossa busca de Deus.
   A maior parte de nós envolve-se no estudo da Bíblia não só para aprender ver-
dades bíblicas, mas também com o objetivo de se aproximar do Deus das Escritu-
ras, mediante a leitura, a reflexão e a meditação sobre a Sua Palavra. Embora este
propósito seja da máxima importância, devemos também pôr ênfase no processo
do estudo da Bíblia.
   Há muitas estatísticas que indicam que a leitura diária regular da Bíblia está a
um nível percentual muito baixo entre os membros que frequentam a Igreja. Em-
bora isto possa refletir a influência de uma cultura secular ou da azáfama da vida,
para muitos, porém, trata-se de um caso em que há falta de método no estudo
ou de aptidões que permitam a descoberta de perspetivas mais profundas nas
30
AUXILIAR DO MODERADOR


verdades bíblicas, de modo a que o estudo seja relevante e ligue essas verdades
à vida de cada dia.
   De que modo, então, podemos estudar a Bíblia, de forma a ligar o seu estudo
à nossa experiência de vida? Um ponto de partida é desenvolver uma abordagem
metódica ao estudo da Bíblia, chamado estudo indutivo da Bíblia. O método do
estudo indutivo da Bíblia, por natureza, desenvolve e fortalece aptidões. Apren-
der como usar os meios do estudo indutivo da Bíblia (referidos como observação,
interpretação, personalização e aplicação) é um processo que permite ao leitor
abrandar no estudo das Escrituras, de modo a não perder os níveis mais profun-
dos de significado. Este estudo também facilita o dar ouvidos à Palavra de Deus
que, com a ajuda do Espírito Santo, fala à alma e ao coração e permite que a
Palavra transforme a nossa vida.
   Pense Nisto: Por que razão a crença na existência de Deus é um requisito para
se chegar mais perto d’Ele? Como é que se “ouve” a Palavra de Deus, e como é
que a transformação ocorre na vida mediante o estudo da Palavra de Deus?

  3.º PASSO – PRATICAR!

   Só para o Moderador: Leia Marcos 5, dividindo a passagem em secções que
serão lidas por vários membros da classe. A seguir, analise o capítulo, utilizando
as perguntas como meio para exercitar cada aptidão do estudo indutivo da Bíblia.

   Aptidões do Estudo Indutivo da Bíblia:
   1. Observação: Esta aptidão ajuda-nos a responder à pergunta: “O que é que
o texto diz?” Ficamos atentos a pormenores do texto, descobrindo palavras-chave,
contrastes, comparações, repetições e também o uso de perguntas. Vamos prati-
car dando a resposta às seguintes questões relacionadas com Marcos 5:
   •  que é que as pessoas da cidade de Gadara sabiam acerca do “endemo-
     O
     ninhado”?
   •  gora repare, nos versículos 18-20, no que Jesus queria que o Seu “troféu da
     A
     graça” fizesse. Compare isso com o que o homem queria.
   2. Interpretação: Este passo responde à pergunta: “O que quer dizer este tex-
to?” É um passo que levanta interrogações acerca das observações feitas sobre
o texto: “O que é que esta palavra, expressão ou afirmação quer dizer?” “Que
razão terá levado o autor a usar especialmente esta palavra ou expressão?” “O
que é que esta ilustração implica?” Estas perguntas são chamadas perguntas para
compreensão. É um passo possível unicamente depois de tempo despendido se-
riamente em observação.
   •  eia de novo os versículos 18-20. Quais são as implicações entre a compara-
     L
     ção daquilo que o homem queria com aquilo que Jesus queria que ele fizesse?
   •  que é que essas implicações viriam a significar para as personagens envol-
     O
     vidas nestes versículos?
   3. Personalização: Esta fase ajuda a dar resposta à pergunta: “O que é que
                                                                               31
AUXILIAR DO MODERADOR


esta passagem, esta interpretação, etc., significa para a minha vida?” Procuramos
identificar-nos com as personagens, as ações ou as circunstâncias no texto.
   •  ecapitule os versículos 21-25, ao mesmo tempo que dá uma vista de olhos
     R
     até ao fim do capítulo. Identifique-se com o pai. Como devem ter sido as coi-
     sas para ele?
   •  bservação: Enquanto apressadamente tentava chegar à casa, Jesus foi in-
     O
     terrompido por uma mulher anónima que se encontrava doente e Ele disponi-
     bilizou tempo vital para ouvir a sua história.
   •  ergunta: Se fosse o pai, que atitudes e sentimentos acha que teria tido?
     P
   •  que é que teria querido dizer naquele momento?
     O
   • dentifique-se com a mulher e responda às mesmas perguntas.
     I
   •  rocure identificar-se com os discípulos.
     P
   •  erguntas para personalização: Em relação a Marcos 5, quais destas afir-
     P
     mações Jesus lhe dirigiria a si pessoalmente, e onde é que precisa de ir para
     encontrar cura?
   “Vai em paz, e sê curado/a” (v. 34).
   “Não temas, crê somente” (v. 36).
   “A ti te digo, levanta-te” (v. 41).
   Aplicação: Este último passo no método do estudo indutivo da Bíblia é o mais
importante, fazendo a pergunta: o que é que posso fazer hoje, ou esta semana,
para me ajudar a começar a viver de acordo com o(s) princípio(s) bíblico(s) que
descobri? O que é que vou especificamente fazer, cumprir ou obedecer?

     4.º PASSO – APLICAR!

   Só para o Moderador: Ponha em prática a seguinte atividade na sua classe.
Comece por distribuir uns pedaços de cartolina ou pequenos pedaços de papel
(cerca de 8 x 12 cm) e meios de escrita, se os houver disponíveis. Em alternativa,
este exercício pode ser feito sem o uso de cartões ou de material de escrita, recor-
rendo a uma conversa sobre o assunto em vez de usar materiais.

   Atividade: Peça aos membros da classe que escrevam uma coisa pela qual
estão agradecidos e uma ação específica que vão realizar em resultado do estu-
do das Escrituras feito hoje. Por favor, saliente que deve ser algo específico. Por
exemplo, esta quinta-feira, às 6:00 da tarde, vou jantar e partilhar algum ponto
importante da Bíblia com o meu novo vizinho.
   Para encerramento, anime os membros da classe a tentarem aplicar as apti-
dões do estudo indutivo da Bíblia, e diga-lhes que façam planos para falarem na
próxima semana sobre como a Palavra inspirada de Deus está a ganhar vida no
estudo pessoal que fazem da Bíblia.




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escola sabatina 02

  • 1. LIÇÃO 2 7 a 13 de outubro de 2012 A Revelação, e o Deus Nela Revelado SÁBADO À TARDE LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: II Pedro 1:19-21; II Timóteo 3:16 e 17; Deuteronómio 6:4; Mateus 28:19; Hebreus 11:6; Êxodo 3:1-14. VERSO ÁUREO: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós, falou-nos, nestes últi- mos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez, também, o mundo.” Hebreus 1:1 e 2. PENSAMENTO-CHAVE: Por muito importante que seja compreender a maneira como funciona a inspiração bíblica, é mais importante conhecer o Deus que nos é revelado por meio dessa inspiração. “OS CÉUS DECLARAM A GLÓRIA DE DEUS e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos” (Salmo 19:1). Isto é mesmo verdade. O que eles não declaram, porém, é que o nosso Deus nos ama, que morreu por nós e que está ativamente a atuar para nos salvar das consequências das nossas escolhas pecaminosas. Resumindo a questão, o que quer que seja que possamos aprender acerca de Deus noutras fontes, a fonte principal tem de ser a Bíblia. Há grandes verdades, sobretudo acerca da natureza de Deus e da Sua atividade neste mundo, sobre as quais nada saberíamos se não nos fossem reveladas. Como já vimos, embora as pessoas tenham alguma noção de uma batalha que se trava entre o bem e o mal, de que outra maneira saberiam elas alguma coisa sobre o grande conflito se não lhes fosse ensinado nas Escrituras? Esta semana vamos concentrar-nos em duas coisas: primeiro, vamos ver o que a Bíblia diz sobre si própria e sobre como é que ela foi inspirada. A seguir, veremos o que ela nos ensina acerca do Deus que a inspirou. Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Salmo 119; Atos 13:1-3; Atos dos Apóstolos, cap. 16. 20
  • 2. DOMINGO, 7 de outubro A DOUTRINA DA ESCRITURA Leia II Pedro 1:19-21. O que é que estes versículos nos dizem sobre como os autores do Novo Testamento consideravam as Escrituras? O apóstolo Pedro afirma que as profecias do Velho Testamento não eram de origem humana. O seu argumento é que os profetas falaram porque foram “inspi- rados pelo Espírito Santo”. A expressão “inspirados pelo Espírito Santo” significa que o impulso que levou à escrita da Bíblia partiu do Espírito Santo. Em resumo, os escritores da Bíblia foram inspirados pelo próprio Senhor. Leia II Timóteo 3:16 e 17. O que é que estes versículos nos dizem acerca da Bíblia e para que deve ela ser utilizada? É muito claro que o apóstolo queria que Timóteo compreendesse que, porque as Escrituras são divinamente produzidas, elas são fidedignas e valiosas para a formação do crente. Paulo não deixa dúvidas quanto à veracidade, à autoridade e à origem das Escrituras. Repare-se também que ele está a referir “toda a Es- critura”. Ele não nos deixa a opção de marcar e escolher que partes pensamos que são inspiradas e que partes não são. Nem tudo (como sejam, por exemplo, as leis cerimoniais) continua a ser obrigatório para nós, mas isso é radicalmente diferente de pretender que algumas partes da Bíblia são inspiradas e que outras não o são, ou que algumas partes não são tão inspiradas como outras partes (seja lá o que for que alguns queiram dizer com isto). Leia Mateus 4:4, 7, 10; 22:41-46; João 10:34 e 35. Que verdade funda- mental sobre a Escritura e sobre a sua autoridade podemos retirar destes textos? Seja o que for aquilo em que acreditemos, precisamos de ter um ponto de partida, um fundamento sobre o qual assentar essa crença. Para os cristãos Adventistas do Sétimo Dia, o fundamento é a Bíblia – o supremo padrão e árbitro da verdade. Quanto tempo dedica pessoalmente à Palavra? Quanto da sua vida é regulado por aquilo que ela ensina? Pense nas últimas 24 horas. O que é que fez, ou não fez, nesse período de tempo que tenha sido baseado na autoridade das Escrituras? Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Salmos 120 e 121; Atos 13:4-52; Atos dos Apóstolos, cap. 17. 21
  • 3. SEGUNDA, 8 de outubro A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem ou nas suas expres- sões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é pos- suído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente in- dividual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como a Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus.” – Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 21. Até que ponto estas palavras nos ajudam a compreender como funciona a inspiração bíblica? Em toda a questão a respeito da inspiração, as pessoas ficam por vezes obce- cadas com o que são frequentemente considerados textos problemáticos. Veja-se, por exemplo, as palavras da inscrição posta na cruz de Jesus, tal como se encon- tram nos Evangelhos. Segundo Mateus 27:37, a inscrição dizia: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”; segundo Marcos 15:26, as palavras eram: “O REI DOS JUDEUS”; segundo Lucas 23:38, o texto dizia: “ESTE É O REI DOS JUDEUS”. Como é que se devem entender estas diferenças? Como diz a Bíblia, “toda a Escritura é divinamente inspirada” e é fidedigna; no entanto, são-nos dadas diferentes versões da inscrição afixada na cruz de Jesus. Estes dois pontos, postos lado a lado, conseguem dar-nos uma perceção da forma como funciona a inspiração. Este último caso mostra que a inspiração permite di- ferentes expressões de uma ideia ou de um acontecimento, desde que as expres- sões o apresentem adequadamente. Sempre que uma abordagem geral seja uma expressão adequada, como na inscrição na cruz, a inspiração aceita-a. Por outro lado, sempre que seja requerida especificidade, como em I Reis 6:1, a inspiração provê nesse sentido e deve ser aceite como tal. Compare Atos 1:18 com Mateus 27:5. Em que aspetos parecem diferir es- tes dois relatos da morte de Judas? Durante muito tempo, os críticos da Bíblia afirmaram que estes versículos apre- sentam relatos contraditórios da morte de Judas. Contudo, investigação recente veio mostrar que a palavra traduzida por “precipitando-se” em Atos 1:18 também significa “inchando”. Por conseguinte, é muito provável que, depois de se enforcar, Judas só fosse descoberto quando o seu corpo estava inchado, o que provocou que as entranhas se derramassem. O que interessa é que aquilo que a princípio parecia ser contraditório veio a demonstrar-se agora que não é. Na sua maior parte, a Bíblia não é problemática. Nalguns lugares onde ainda há algumas dúvidas sobre aparentes “erros” ou “contradições”, a atitude prudente é a humildade. Só Deus sabe quantas pessoas naufragaram na fé por se concentra- rem em textos “problemáticos”. Não fomos chamados a pronunciar juízos sobre a Palavra; fomos, antes, chamados a obedecer-lhe. Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Salmos 122-124; Atos 14; Atos dos Apóstolos, cap. 18. 22
  • 4. TERÇA, 9 de outubro O MISTÉRIO DO DEUS TRIÚNO “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gén. 1:26). Perceber como funciona a inspiração, por muito importante que seja, é ape- nas um meio para chegar a um fim, e esse fim é conhecer Deus. Uma compreen- são profunda de como a Bíblia foi escrita, ou mesmo uma compreensão profunda das verdades nela reveladas, não tem significado nenhum se não conhecermos o Senhor pessoalmente (João 17:3). Ora, uma das coisas que a Bíblia declara explicitamente acerca do Senhor é a Sua unidade. Leia Deuteronómio 6:4 e Marcos 12:29. Que verdade fundamental se en- contra nestes textos? A expressão na Bíblia acerca da unidade de Deus impossibilita qualquer ideia de muitos deuses. Há um só Deus. Contudo, a imagem total que recebemos da Bíblia é que há n’Ele um “conteúdo” mais íntimo, mesmo na sua unidade. Leia Génesis 1:26; 3:22; 11:7; João 1:1-3, 18; 20:28; II Coríntios 13:14; Mateus 28:19. De que modo estes textos começam a esclarecer-nos sobre a realidade mais íntima de Deus? A sugestão de pluralidade que aparece no Velho Testamento dá alguns indí- cios sobre a natureza do ser mais profundo de Deus. Quando associamos este facto ao que o Novo Testamento diz sobre Jesus Cristo e sobre o Espírito Santo, começamos a compreender que há muito a respeito da natureza de Deus que não compreendemos plenamente e que, provavelmente, nunca iremos compre- ender. O aspeto da trindade de Deus é um mistério, entre muitos, com o qual ainda temos de aprender a viver. A informação que a Bíblia nos dá acerca de Deus, incluindo a Sua natureza em três partes, não é dada para que nos envolvamos num filosofar especulativo, mas é para que mais e melhor compreendamos as Suas atividades, sobretudo a Sua obra redentora em nosso favor, enquanto se desenrola o grande conflito e este chega finalmente ao seu término. Quem é que não tem uma infinidade de perguntas a que só Deus pode dar resposta? Como é que se pode aprender a confiar n’Ele até que chegue o tempo em que nos serão dadas as respostas? Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Romanos 1 e 2; Atos 15; Atos dos Apóstolos, cap. 19. 23
  • 5. QUARTA, 10 de outubro OS ATRIBUTOS DO NOSSO CRIADOR A Bíblia revela-nos verdades sobre Deus que não vamos encontrar em mais parte nenhuma. Entre essas verdades está a de que Ele é o Criador. De facto, esta é a primeira coisa que a Bíblia nos diz acerca de Deus, que Ele criou “os céus e a terra” (Gén 1:1). Uma das muitas coisas fascinantes sobre este texto é que a Bíblia simples- mente assume a existência de Deus sem a tentar provar ou demonstrar. A Bíblia dedica bastante tempo a ensinar-nos acerca de como Deus é, particularmente no que diz respeito ao Seu caráter revelado mediante a Sua interação com a hu- manidade caída. Mas não dedica tempo nenhum a tentar provar que Ele existe. Simplesmente assume a Sua existência. Leia Hebreus 11:6 e Romanos 10:17. Que dizem estes versículos sobre Deus e sobre o papel que a Sua Palavra tem em trazer até nós a perceção da Sua existência? A convicção sobre a existência de Deus não pode vir apenas de argumentos racionais. A Bíblia ensina que uma pessoa se convence da existência de Deus através da experiência pessoal com Ele, à medida em que o Espírito Santo im- pressiona o coração e a mente com o facto da Sua existência. Em muitos casos, as pessoas até podem chegar a acreditar em Deus primeiro; e só depois disso é que começam a construir um fundamento lógico e intelectual para a fé num Deus que não conseguem ver. Leia Malaquias 3:6; Tiago 1:17; I João 4:8, 16; II Crónicas 6:18. O que é que estes textos nos dizem sobre os atributos de Deus? Que outros atribu- tos de Deus são revelados na Palavra? Medite nos atributos de Deus tal como expressos nas Escrituras. Quantos deles conseguiria pessoalmente conhecer com base noutras fontes, isto é, a partir da Natureza ou da sua experiência pessoal? O que é que a sua resposta lhe ensina sobre quão fundamentais são as Es- crituras para a nossa compreensão de como Deus é verdadeiramente? Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Romanos 2 e 3; Atos 16:1-5; Atos dos Apóstolos, cap. 20. 24
  • 6. QUINTA, 11 de outubro AS ATIVIDADES DE DEUS Mesmo uma leitura apressada da Bíblia revela que Deus está ativamente en- volvido na humanidade e naquilo que acontece aqui na Terra. Ele não está dis- tante, desligado, afastado, como ensinavam alguns conceitos gregos acerca de Deus, nem mesmo como alguns teólogos cristãos tentam descrevê-l’O. Embora sendo radicalmente diferente daquilo que criou, o Senhor ligou-Se intimamente à Sua criação. Como vimos ontem, a Bíblia apresenta o Senhor como nosso Criador, num ato que demonstra até que ponto Ele está realmente intimamente liga- do a este mundo. O que é que os seguintes textos nos dizem sobre outras atividades de Deus aqui na Terra, sobretudo no contexto do grande conflito? Génesis 11:9 Génesis 19:24 Êxodo 3:1-14 João 3:16 I Tessalonicenses 4:17 Não há dúvida de que a Bíblia revela um Deus que está grandemente envol- vido com a humanidade. Todo o cenário do grande conflito tem a ver, realmente, com a maneira como Deus está a atuar para salvar a humanidade das garras do pecado e de Satanás. Desde o primeiro ato da criação da Terra (Gén. 1:1) até à cruz (João 19:18), passando pela recriação da Terra (II Ped. 3:12 e 13), a Bíblia mostra-nos inequivocamente a atividade do Senhor muito ligada à humanidade. Em que aspetos já experimentou pessoalmente a atuação de Deus? Em que aspetos já O viu a agir na sua vida e na vida de outros? De que maneira consegue aprender a encontrar conforto no conhecimento da proximidade e intimidade de Deus connosco? Leit. Bíblica e Esp. Prof.: Romanos 4 e 5; Atos 16:6-40; Atos dos Apóstolos, cap. 21. 25
  • 7. SEXTA, 12 de outubro ESTUDO ADICIONAL: Leia de Ellen G. White, “O Perigo do Conhecimento Espe- culativo”, pp. 427-438, em A Ciência do Bom Viver; “O Verbo Se Fez Carne”, pp. 746-749, em Testemunhos Para a Igreja, vol. 5; “Prefácio” e “Introdução”, pp. 3-15, em O Grande Conflito. “Deus decidiu comunicar a Sua verdade ao mundo através de agentes humanos, e, Ele mesmo, através do Seu Espírito, capacitou homens e preparou-os para rea- lizarem a Sua obra. Ele guiou a mente na escolha do que deviam dizer e escrever. O tesouro foi confiado a vasos de barro sem, contudo, perder coisa alguma da sua origem celestial. O testemunho é transmitido através da imperfeita expressão da lin- guagem humana, conservando, apesar disso, o seu caráter de testemunho de Deus, no qual o crente submisso descobre a virtude divina, cheia de graça e de verdade. Na Sua Palavra, Deus deu aos homens o conhecimento necessário para a salva- ção. As Santas Escrituras devem ser aceites como a autoridade da infalível revela- ção da Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. “Toda a Sagrada Escritura é inspirada por Deus e serve para ensinar, convencer, corrigir e educar, segundo a vontade de Deus, a fim de que quem serve a Deus seja perfeito e esteja pronto para fazer o bem” (II Timóteo 3:16 e 17, BN).” Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 10. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: 1 Que confiança podemos ter nas nossas conclusões acerca de Deus se não tivermos em conta a informação que podemos obter na Bíblia? Há alguma margem para se compreender Deus com base noutras fontes? Se sim, quais são essas fontes, e como é que podemos ter a certeza de que é correta a informação que nos dão? 2 Por que razão qualquer opinião geral que nega o sobrenatural está em fatal contradição com a Palavra de Deus? 3 A Ciência e a Tecnologia têm, em muitos aspetos, sido uma grande bênção para a humanidade. Noutros aspetos, a Ciência também nos tem ajudado a compreender melhor o poder de Deus (veja-se, por exemplo, o que nos tem sido mostrado sobre a profunda complexidade da vida!). Quais são, no entanto, as limitações óbvias do que a Ciência nos pode ensinar acerca de Deus? Em que situações pode também a Ciência atuar contra um verdadeiro conhecimento de Deus? 4 Por que razão é a doutrina de um Deus triúno (independentemente de quão difícil seja de entender) tão importante para nós, Adventistas do Séti- mo Dia? Pense no que significaria, por exemplo, Cristo ser qualquer outra coisa que não totalmente Deus? Leit. Bíblica e Esp. Prof.: I Tes. 1 e 2; Atos 17:1-9; Atos dos Apóstolos, cap. 22. 26
  • 8. As Minhas Notas Pessoais 27
  • 9. AUXILIAR DO MODERADOR Texto-Chave: Hebreus 1:1 e 2 Com o Estudo desta Lição o Membro da Classe Vai: Aprender: A analisar o papel crucial que as Escrituras divinamente inspiradas têm como meio de se chegar a conhecer e compreender Deus. Sentir: A resposta pessoal e íntima à atração do poder do Espírito Santo. Fazer: Prosseguir ativamente o estudo da revelação que Deus faz de Si mesmo nas Escrituras e desenvolver um relacionamento pessoal com Ele. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: Palavras de Vida Inspiradas por Deus A. ue papel tem o Espírito Santo na inspiração de pensamentos e palavras Q humanos para esclarecer a natureza e o propósito de Deus? B. ue papel têm as Escrituras em ajudar seguidores de Cristo a desenvol- Q verem fé e um relacionamento pessoal com Ele? II. Sentir: Intimidade com o Invisível Deus do Universo A. e que modo são os discípulos de Cristo atraídos para um conhecimento D íntimo do Deus invisível do Universo e para um relacionamento com Ele? B. e que modo a revelação que Deus faz de Si mesmo, por meio da História D e das experiências pessoais de muitos autores bíblicos, fortalece a fé e a confiança? III. Fazer: Em Busca de Deus A. egundo as Escrituras, de que modo tem Deus procurado ativamente os S Seus filhos? B. elo seu lado, de que modo procuram os Seus filhos ativamente uma reve- P lação de Deus e um relacionamento com Ele? Que aspeto assume, como hábito diário, essa busca? Sumário: As Escrituras, sendo inspiradas pelo Espírito Santo através dos pensamentos e palavras dos autores bíblicos, revelam a natureza de Deus e o Seu lidar com homens e mulheres, e atraem os Seus filhos para um relacionamento com Ele. CICLO DA APRENDIZAGEM 1.º PASSO – MOTIVAR! Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Aceitando a inspiração divina das Escrituras, esforçamo-nos, consequentemente, por ouvir nas suas pági- nas a voz do nosso Deus Criador e por viver, em resposta, a nossa gratidão pelo desenrolar da história da Redenção. 28
  • 10. AUXILIAR DO MODERADOR Só para o Moderador: O estudo desta semana analisa as afirmações que a Escritura faz a respeito da sua própria inspiração e o que ela ensina sobre o Deus que a inspirou. No entanto, não basta uma crença intelectual de que a Escritura é inspirada. A Palavra de Deus é também uma Palavra Viva que deve ser pessoal- mente experimentada. O seu objetivo no 1.º Passo desta lição é animar os mem- bros da classe a falarem da experiência que têm com a Palavra inspirada de Deus, respondendo às perguntas que se seguem: (Por favor note: Não deve conceder mais do que 5-6 minutos a esta atividade, a fim de assegurar ter pelo menos 15 minutos para o 2.º Passo – Analisar; concedendo 30 minutos para o 3.º Passo – Praticar; e concluir com 5 minutos para o 4.º Passo – Aplicar.) Atividade de Abertura: Faça aos membros as seguintes perguntas: “Que idade tinha quando leu pela primeira vez a Bíblia e o que é que recorda disso?” “Descreva a ocasião em que, na sua leitura pessoal da Bíblia, descobriu uma nova história, princípio ou verdade, que tenha modificado uma atitude ou um com- portamento na sua vida.” “Com base no que disse, qual é o seu testemunho pessoal sobre a Palavra inspirada de Deus?” Para reflexão: Convide os membros da classe a falarem do respetivo método favorito de estudo da Bíblia e das maneiras como esse método de aprendizagem tem influenciado o seu desenvolvimento espiritual. 2.º PASSO – ANALISAR! COMENTÁRIO BÍBLICO Só para o Moderador: Nesta secção serão analisados o propósito e a função da Palavra inspirada, e será apresentada uma abordagem metódica do estudo da Bíblia. I. Porquê Estudar a Bíblia? (Leia com os membros da classe II Timóteo 3:14-17.) Independentemente da idade, profissão ou antecedentes, a maior parte de nós tem um anseio profundo de aprender a estudar a Bíblia, de modo a que ela nos atraia para mais perto de Deus e também nos prepare para partilharmos as suas verdades com outros. Na passagem que acabámos de ler, o apóstolo Paulo anima Timóteo a perma- necer inspirado por, motivado por e confiante na fidedignidade das “sagradas le- tras”. Porquê? Paulo explica que as Escrituras têm o poder de “instruir”, quer dizer, dar ao crente a capacidade de apreender o propósito redentor de Deus para a sua vida, quando Jesus Cristo é aceite pela fé como Salvador e Senhor. 29
  • 11. AUXILIAR DO MODERADOR As primeiras palavras do versículo 16 dizem-nos que a natureza das Escrituras é serem “inspiradas por Deus”. Embora Paulo se esteja a referir ao Velho Tes- tamento neste versículo (uma vez que os livros do Novo Testamento ainda não tinham passado a fazer parte daquilo que mais tarde se iria tornar na Bíblia Sagra- da), hoje aceitamos todo o Velho e o Novo Testamentos como inspirados por Deus. Compreendendo que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (ou “divinamente inspirada”), pode-se então confiar no seu valor e utilidade como fonte de ensino e doutrina, bem como meio de apontar o erro e como meio de colocar alguém na direção certa. A expressão “instruir em justiça” [a versão TIC traduz por “educar, segundo a vontade de Deus”] indica o proveito e o valor das Escrituras na educa- ção construtiva quanto à forma de se viver a vida cristã. Porquê estudar a Bíblia? Repare-se na função primordial referida nas palavras finais do versículo 17: “para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” Paulo indica que, com uma forte e sólida formação nas Escrituras, o crente torna-se habilitado, capacitado e eficiente para ter parte em “toda a boa obra”; isto é, em todas as oportunidades e responsabilidades que o crente cristão possa contar no processo de participação em boas obras. O estudo da Escritura é, por conseguinte, capaz de realizar um produto final que é testemunho do poder da inspiração divina, que não só conduz à salvação, mas que também desenvolve um fundamento sólido para se viver a Palavra de Deus. Pense Nisto: De que modo a Bíblia serve como nosso “professor”? O que é que o seu estatuto como documento inspirado significa em todos os aspetos da nossa vivência cristã? II. Como Estudar a Bíblia (Leia com a classe Hebreus 11:6.) A lição desta semana também realça os atributos e as atividades do Deus que inspirou as Escrituras. O nosso texto em Hebreus diz-nos que, a fim de nos aproxi- marmos de Deus, “é necessário [crer] que ele existe.” O versículo também afirma que Deus recompensa aqueles que em sinceridade O buscam. Por conseguinte, a fé e a crença são também parte da nossa busca de Deus. A maior parte de nós envolve-se no estudo da Bíblia não só para aprender ver- dades bíblicas, mas também com o objetivo de se aproximar do Deus das Escritu- ras, mediante a leitura, a reflexão e a meditação sobre a Sua Palavra. Embora este propósito seja da máxima importância, devemos também pôr ênfase no processo do estudo da Bíblia. Há muitas estatísticas que indicam que a leitura diária regular da Bíblia está a um nível percentual muito baixo entre os membros que frequentam a Igreja. Em- bora isto possa refletir a influência de uma cultura secular ou da azáfama da vida, para muitos, porém, trata-se de um caso em que há falta de método no estudo ou de aptidões que permitam a descoberta de perspetivas mais profundas nas 30
  • 12. AUXILIAR DO MODERADOR verdades bíblicas, de modo a que o estudo seja relevante e ligue essas verdades à vida de cada dia. De que modo, então, podemos estudar a Bíblia, de forma a ligar o seu estudo à nossa experiência de vida? Um ponto de partida é desenvolver uma abordagem metódica ao estudo da Bíblia, chamado estudo indutivo da Bíblia. O método do estudo indutivo da Bíblia, por natureza, desenvolve e fortalece aptidões. Apren- der como usar os meios do estudo indutivo da Bíblia (referidos como observação, interpretação, personalização e aplicação) é um processo que permite ao leitor abrandar no estudo das Escrituras, de modo a não perder os níveis mais profun- dos de significado. Este estudo também facilita o dar ouvidos à Palavra de Deus que, com a ajuda do Espírito Santo, fala à alma e ao coração e permite que a Palavra transforme a nossa vida. Pense Nisto: Por que razão a crença na existência de Deus é um requisito para se chegar mais perto d’Ele? Como é que se “ouve” a Palavra de Deus, e como é que a transformação ocorre na vida mediante o estudo da Palavra de Deus? 3.º PASSO – PRATICAR! Só para o Moderador: Leia Marcos 5, dividindo a passagem em secções que serão lidas por vários membros da classe. A seguir, analise o capítulo, utilizando as perguntas como meio para exercitar cada aptidão do estudo indutivo da Bíblia. Aptidões do Estudo Indutivo da Bíblia: 1. Observação: Esta aptidão ajuda-nos a responder à pergunta: “O que é que o texto diz?” Ficamos atentos a pormenores do texto, descobrindo palavras-chave, contrastes, comparações, repetições e também o uso de perguntas. Vamos prati- car dando a resposta às seguintes questões relacionadas com Marcos 5: • que é que as pessoas da cidade de Gadara sabiam acerca do “endemo- O ninhado”? • gora repare, nos versículos 18-20, no que Jesus queria que o Seu “troféu da A graça” fizesse. Compare isso com o que o homem queria. 2. Interpretação: Este passo responde à pergunta: “O que quer dizer este tex- to?” É um passo que levanta interrogações acerca das observações feitas sobre o texto: “O que é que esta palavra, expressão ou afirmação quer dizer?” “Que razão terá levado o autor a usar especialmente esta palavra ou expressão?” “O que é que esta ilustração implica?” Estas perguntas são chamadas perguntas para compreensão. É um passo possível unicamente depois de tempo despendido se- riamente em observação. • eia de novo os versículos 18-20. Quais são as implicações entre a compara- L ção daquilo que o homem queria com aquilo que Jesus queria que ele fizesse? • que é que essas implicações viriam a significar para as personagens envol- O vidas nestes versículos? 3. Personalização: Esta fase ajuda a dar resposta à pergunta: “O que é que 31
  • 13. AUXILIAR DO MODERADOR esta passagem, esta interpretação, etc., significa para a minha vida?” Procuramos identificar-nos com as personagens, as ações ou as circunstâncias no texto. • ecapitule os versículos 21-25, ao mesmo tempo que dá uma vista de olhos R até ao fim do capítulo. Identifique-se com o pai. Como devem ter sido as coi- sas para ele? • bservação: Enquanto apressadamente tentava chegar à casa, Jesus foi in- O terrompido por uma mulher anónima que se encontrava doente e Ele disponi- bilizou tempo vital para ouvir a sua história. • ergunta: Se fosse o pai, que atitudes e sentimentos acha que teria tido? P • que é que teria querido dizer naquele momento? O • dentifique-se com a mulher e responda às mesmas perguntas. I • rocure identificar-se com os discípulos. P • erguntas para personalização: Em relação a Marcos 5, quais destas afir- P mações Jesus lhe dirigiria a si pessoalmente, e onde é que precisa de ir para encontrar cura? “Vai em paz, e sê curado/a” (v. 34). “Não temas, crê somente” (v. 36). “A ti te digo, levanta-te” (v. 41). Aplicação: Este último passo no método do estudo indutivo da Bíblia é o mais importante, fazendo a pergunta: o que é que posso fazer hoje, ou esta semana, para me ajudar a começar a viver de acordo com o(s) princípio(s) bíblico(s) que descobri? O que é que vou especificamente fazer, cumprir ou obedecer? 4.º PASSO – APLICAR! Só para o Moderador: Ponha em prática a seguinte atividade na sua classe. Comece por distribuir uns pedaços de cartolina ou pequenos pedaços de papel (cerca de 8 x 12 cm) e meios de escrita, se os houver disponíveis. Em alternativa, este exercício pode ser feito sem o uso de cartões ou de material de escrita, recor- rendo a uma conversa sobre o assunto em vez de usar materiais. Atividade: Peça aos membros da classe que escrevam uma coisa pela qual estão agradecidos e uma ação específica que vão realizar em resultado do estu- do das Escrituras feito hoje. Por favor, saliente que deve ser algo específico. Por exemplo, esta quinta-feira, às 6:00 da tarde, vou jantar e partilhar algum ponto importante da Bíblia com o meu novo vizinho. Para encerramento, anime os membros da classe a tentarem aplicar as apti- dões do estudo indutivo da Bíblia, e diga-lhes que façam planos para falarem na próxima semana sobre como a Palavra inspirada de Deus está a ganhar vida no estudo pessoal que fazem da Bíblia. 32