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Pensar à esquerda, sem vacas sagradas

Para um debate que construa uma esquerda viva e mobilizadora da
multidão

Sumário

   •   Ponto de partida
   •   O pensamento único
   •   O modelo social europeu
   •   O fim das nações
   •   União Europeia
   •   O Estado
   •   Uma democracia para consumidores
   •   Um autoritarismo crescente
   •   Os excedentes de vidas humanas
   •   Militarismo
   •   A deriva ambiental


Ponto de partida

Ter certezas é reconfortante.
Ter dúvidas é prova de vida. É prova de que se está atento às
mudanças, que se está inserido no infinito processo de dúvidas que se
tornam certezas e de certezas que são abaladas por dúvidas. O
conforto das certezas favorece o desenvolvimento da fé; e a fé não se
discute.

Há demasiadas certezas à esquerda, demasiada fé. E quando a
realidade desmente as certezas é a realidade que está errada, porque
não se acha prescrita no receituário de um pensador político, diminuido
ao papel de guru, pelo clero da esquerda.

Pode extrair-se uma amostra de dimensão variável a partir do enxame
de questões que a esquerda das rotinas não sabe ou, sobranceira,
ignora, porque não incluida nos manuais; ou, pior que tudo, não
coloca, por conveniência material dos seus mandarins. Essa esquerda
para gozar do conforto do encosto aos financiamentos públicos,
rodeia-se, empanzina-se de certezas.

De facto, não se pode ter tudo: e essa esquerda prefere,
decididamente, a barriga cheia e a cabeça vazia. Do lado de fora, no
mundo, milhares de milhões trabalham e sofrem, ignorando-a quando
não a desprezam. Para gáudio dos poderes do capitalismo.




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Sabemos todos que o capitalismo não é eterno; sobretudo quando a
suas incapacidades o transformam em cataclismo. No seu âmago, o
capitalismo tem a perfeita noção das suas dificuldades e joga
decididamente, tudo na sua sobrevivência, como em medidas para
que a multidão se distraia dessa realidade.

Compete à esquerda criar e acelerar as condições para que o
capitalismo seja visto como dejecto e a multidão decida, sobre ele,
puxar o autoclismo da História.

Entre o acima referido enxame de questões que necessitam de ser
colocadas e discutidas para o reforço da ligação da esquerda com os
movimentos sociais, seleccionaram-se dez questões:

O pensamento único

A grande concentração da produção de informação e de conteúdos
pretende gerar uma forma única de pensamento, alicerçado na
inelutabilidade do capitalismo, sobretudo na sua versão neoliberal, de
endeusamento da concorrência, do espírito empresarial e do mercado.

Pretende-se um mundo configurado e feliz na adopção daquele
pensamento único, ocultando-se a contestação ou, quando tal não é
possível qualificando-a de terrorismo. A grande aposta dos media são
“fait-divers”, as desgraças ocasionais ou a vida cor-de-rosa da
“beautiful people” e debates políticos semelhantes à discussão das
virtudes da água benta sobre a água comum.

A escola, mormente o ensino universitário, pretende colocar no
mercado “produtos” reprodutores desse pensamento único e onde
prepondera a ausência de espírito criativo e crítico.

O principal veículo de liberdade informativa e de pensamento está na
internet que, por isso, está a ser objecto de formas engenhosas de
controlo, por parte de uma aliança entre os governos e as indústrias de
conteúdos.

O modelo social europeu

Durante umas décadas o capitalismo deu um tratamento de excepção
aos povos ocidentais, violentando muito mais e matando alegremente
os restantes. Com a globalização e as deslocalizações, está em curso
uma homogeneização da exclusão e da exploração a nível global,
pelo que o modelo social europeu faz parte da História.

Propor um modelo especial privilegiado para os europeus, não
extensível aos outros povos é a aceitação das divisões e da hierarquia


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promovida pelo capitalismo. É um comportamento aristocrático,
neocolonial, racista.

Porque não um projecto de modelo social mundial, baseado na
extinção do capitalismo?

O fim das nações

O que existe realmente são os povos e as suas culturas, enquadrados
tardiamente em nações para que as burguesias pudessem apossar-se
do trabalho de um vasto conjunto de gente, privatizando-os,
separando-os dos do outro lado da fronteira.

Com as nações vieram os nacionalismos para irmanarem trabalhadores
e capitalistas sob uma mesma bandeira, mas nunca iguais quer no
capítulo dos sacrifícios quer no dos rendimentos.

As esquerdas tradicionais sorveram lentamente o veneno patrioteiro,
reproduzem-no e praticam um internacionalismo folclórico e hipócrita
quando ostentam um “proletários de todos os países, uni-vos”. E vão
repetindo as práticas nacionais de contestação, evitando a
conjugação e articulação das lutas nos diversos países, entreabrindo
portas por onde se esgueira o chauvinismo e o racismo.

O carácter global da produção de bens e serviços, segmentada em
termos de processo técnico e geograficamente une, como nunca antes
na História, todos os trabalhadores do planeta, tornando dispiciendas as
razões iniciais da constituição das nações. Estas, no entanto vão
subsistindo como elementos essenciais de fragmentação e
estratificação dos trabalhadores, como instrumentos de controlo da
multidão; mas, enquadradas por instituições internacionais, onde se
tomas as decisões estruturantes do capitalismo global.

União Europeia

A UE constitui uma experiência pioneira da globalização, criando uma
hierarquia de povos tendo no vértice instituições irrelevantes
(parlamento europeu) ou profundamente anti-democráticas (as
restantes), sob o alto comando dos capitais financeiros alemães e
franceses (zona euro) e ingleses.

À medida que se vão desenvolvendo áreas comuns mais aberrante se
torna a configuração política e a gestão económica da UE, baseada
nos sacrossantos princípios da bondade do funcionamento do mercado
e da concorrència. Não admira que nunca tenha havido uma
verdadeira solidariedade geradora de redução das desigualdades
regionais ou sociais; que a crise financeira se tenha articulado com o


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baixo crescimento impulsionado pelas deslocalizações, criando
dificuldades novas nas periferias sul e leste; que seja incipiente o
sentimento europeu por parte dos povos integrados na UE.

A saída do euro ou da UE, sendo opções cujos impactos reais não estão
estudados nem discutidos, sobretudo à esquerda. Na entrada na UE, a
esquerda pouco se fez ouvir, apesar dos princípios anti-democráticos da
decisão e vigentes nas instituições integrantes, também tocada pelo
espírito desenvolvimentista, “moderno”, adoçado pela promessa dos
milhões de ajudas, rapidamente malbaratadas, por um patronato
culturalmente indigente e um mandarinato tão cúpido quanto impune.

É estranho agora, num momento particularmente difícil, de rápido
empobrecimento colectivo, que a esquerda não coloque aquelas
questões na agenda.

O Estado

Nada se faz ou acontece sem a presença voraz e autoritária do Estado
e dos seus corruptos e ineptos donos. Como capitalista colectivo
sempre foi o elemento viabilizador da rendabilidade dos grandes
negócios do capitalismo privado, de hierarquização dos capitalistas.

Mesmo num contexto de crise em que o Estado se assume como um
carrasco da multidão, há uma esquerda que piamente defende um
virtuoso Estado de bons, expulsos os maus, como nas histórias infantis.

Essa pretensa separação entre o Estado e os capitalistas, essa
esperança face ao comportamento do Estado gera na multidão uma
tolerância que desarma as lutas contra o capitalismo e de que este é o
único beneficiado.

Entretanto o Estado cresce, rapina, torna-se avaro no cumprimento das
suas obrigações sociais estatuidas solenemente nas leis, sempre em
nome de princípios e prioridades onde os cidadãos não constam

Uma democracia para consumidores

Os cidadãos, no modelo vigente, dito democrático, não escolhem
alternativas políticas de organização social; escolhem pacotes de
vigaristas que, como coisa mais óbvia e trivial, lhes pedem um cheque
em branco, em troca de promessas que nunca cumprem. Quando se
escolhe um desses pacotes, durante anos a única intervenção que aos
cidadãos é concedida é a de assistir aos falsificados torneios televisivos,
entre dois actos de consumo.




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Há uma esquerda que aceita passivamente que se confunda este
rodopio de carrossel com democracia, assumindo também a postura
messiânica de ungidos pelo voto, sabendo-se de antemão, que os
parlamentos são câmaras de ressonância, alimentadas pelos Estados
com mordomias e recursos financeiros. Nessas instituições pastam
mandarins de vários partidos, sóbrios e apartidários (?) zeladores das leis
e “corruptus vulgaris” para todos os gostos e tonalidades, em constante
rotação de cargos.

Um autoritarismo crescente

À vigência de uma democracia de plástico corresponde um crescente
autoritarismo da parte do Estado e nos locais de trabalho; um tempo de
chumbo que prenuncia um novo fascismo. O empobrecimento, o
desemprego em massa, repressão laboral sob a forma de lei, o
encarecimento do acesso à educação, à saúde e há habitação, a
ausência de segurança na doença e na velhice, a juntar ao
endividamento para toda a vida acentuam a precariedade da vida,
muito para além da inerente à biologia.

As resistências activas ou passivas e as possibilidades tecnológicas de
controlo social (bases de dados, videovigilâncias, a utilização de
cartões diversos em actos triviais) evidenciam a grande desconfiança e
insegurança por parte dos poderes.

Por outro lado, o crescimento económico anémico que caracteriza o
Ocidente há muito tempo, contribui para a acentuação das
desigualdades e o desenvolvimento de um vasto e diversificado sistema
securitário físico, legal e incorporado psicologicamente, a que se
chama sociedade de controlo.

Os excedentes de vidas humanas

As possibilidades do capitalismo em gerar meios em quantidade e
qualidade evidenciam-se parcas, apesar dos imensos recursos físicos e
tecnológicos existentes. Assim, o volume actual de pessoas e o aumento
da sua longevidade, torna a população humana exagerada para a
satisfação da infinita cobiça do capital.

Há toda uma lógica de redução da população do planeta, já definida
em planos nacionais e na prospectiva demográfica, sendo instrumentos
para o efeito: a redução da natalidade, a privatização, a rarefação e o
encarecimento dos cuidados de saúde, o aumento das jornadas de
trabalho e da idade de saída da vida laboral, a “neutralização” como
seres humanos de aposentados, desempregados e pobres, objecto de
todas as discriminações e abandonos, o desinteresse por enormes



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massas urbanas constituidas por gente expelida dos campos, ou por
populações atingidas por doenças como a sida ou a malária

Está em curso um redimensionamento da população mundial que,
embora de aplicação a longo prazo, tem vertentes que constituem um
verdadeiro genocídio, lento e não mediatizado, que tem o seu ponto
mais visível na Palestina e em Gaza, mais particularmente.

Militarismo

Onde a UE se vem mostrando activa é no capítulo da militarização, da
interpenetração das funções militares com as áreas da segurança,
todas sob o chapéu largo, mas roto, da ameaça terrorista, arquitectada
no Pentágono e materializada num produto fora de prazo, a NATO,
entre outras instâncias.

À medida que a supremacia ocidental sobre os recursos mundiais é
contestada pela pujança económica dos chamados BRIC, a
superioridade militar da NATO, onde avulta o domínio dos EUA, torna-se
cada vez mais, o instrumento essencial da procura do controlo dos
recursos energéticos para a manutenção daquela supremacia.

Essa militarização tem subjacente uma elevada concentração da
indústria de armamento, uma subalternização do aparelho policial e de
segurança interno, um crescimento dos gastos militares e a banalização
da utilização de armas de destruição massiva, mormente nucleares.
Tudo como forma de controlo dos abastecimentos energéticos e dos
corredores de transporte das potências ditas emergentes.

O cerco da China e da Rússia, as ameaças veladas ao Brasil já
lançaram ou poderão lançar novas guerras e conflitos nas suas
proximidades.

A preponderância de uma lógica nacionalista e provinciana torna a
esquerda institucional alheia à ligação entre a crise económica, a
ofensiva anti-laboral e a militarização das sociedades.

A deriva ambiental

Um sistema económico e social cujos protagonistas são capazes de,
paulatinamente, irem destruindo o habitat humano é irracional e, esses
protagonistas são estúpidos.

Se existe um campo vasto de aplicação de energias renováveis para a
produção de electricidade e aquecimento, a mesma é retardada pela
intervenção dos Estados a favor das grandes empresas eléctricas e dos
bancos, impedindo a democratização da sua utilização.


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A segmentação da produção mundial e o menosprezo pela utilização
dos recursos locais promove enormes gastos energéticos no transporte,
sobretudo de combustíveis fósseis. De modo idêntico, o primado dos
interesses capitalistas conduz a formas de mobilidade urbana altamente
poluentes, consumidoras de energia, promotoras de um urbanismo
caótico e que culmina na redução da fluidez dessa mesma mobilidade.

Finalmente, a utilização da água, a sua contaminação, o esgotamento
dos solos, a desflorestação, a desertificação, o degelo, revelam a
incapacidade de um sistema social baseado no lucro de tornar, a longo
prazo, sustentável a vida no planeta.

----

Não há verdadeiras soluções dentro do capitalismo. E toda a análise
dos problemas actuais, todas as formas de actuação da multidão e das
organizações políticas e sociais devem ter, como pano de fundo, a
existência do capitalismo e como instrumento de actuação a ligação
dos vários problemas entre si e uma perspectiva anti-capitalista.

Este e outros textos em:

http://www.scribd.com/group/16730-esquerda-desalinhada
http://www.slideshare.net/durgarrai
www.esquerda_desalinhada.blogs.sapo.pt
http://esquerda2011.blogspot.com/2010/07/pensar-esquerda-sem-
vacas-sagradas.html




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Pensar à esquerda sem dogmas

  • 1. Pensar à esquerda, sem vacas sagradas Para um debate que construa uma esquerda viva e mobilizadora da multidão Sumário • Ponto de partida • O pensamento único • O modelo social europeu • O fim das nações • União Europeia • O Estado • Uma democracia para consumidores • Um autoritarismo crescente • Os excedentes de vidas humanas • Militarismo • A deriva ambiental Ponto de partida Ter certezas é reconfortante. Ter dúvidas é prova de vida. É prova de que se está atento às mudanças, que se está inserido no infinito processo de dúvidas que se tornam certezas e de certezas que são abaladas por dúvidas. O conforto das certezas favorece o desenvolvimento da fé; e a fé não se discute. Há demasiadas certezas à esquerda, demasiada fé. E quando a realidade desmente as certezas é a realidade que está errada, porque não se acha prescrita no receituário de um pensador político, diminuido ao papel de guru, pelo clero da esquerda. Pode extrair-se uma amostra de dimensão variável a partir do enxame de questões que a esquerda das rotinas não sabe ou, sobranceira, ignora, porque não incluida nos manuais; ou, pior que tudo, não coloca, por conveniência material dos seus mandarins. Essa esquerda para gozar do conforto do encosto aos financiamentos públicos, rodeia-se, empanzina-se de certezas. De facto, não se pode ter tudo: e essa esquerda prefere, decididamente, a barriga cheia e a cabeça vazia. Do lado de fora, no mundo, milhares de milhões trabalham e sofrem, ignorando-a quando não a desprezam. Para gáudio dos poderes do capitalismo. GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 1
  • 2. Sabemos todos que o capitalismo não é eterno; sobretudo quando a suas incapacidades o transformam em cataclismo. No seu âmago, o capitalismo tem a perfeita noção das suas dificuldades e joga decididamente, tudo na sua sobrevivência, como em medidas para que a multidão se distraia dessa realidade. Compete à esquerda criar e acelerar as condições para que o capitalismo seja visto como dejecto e a multidão decida, sobre ele, puxar o autoclismo da História. Entre o acima referido enxame de questões que necessitam de ser colocadas e discutidas para o reforço da ligação da esquerda com os movimentos sociais, seleccionaram-se dez questões: O pensamento único A grande concentração da produção de informação e de conteúdos pretende gerar uma forma única de pensamento, alicerçado na inelutabilidade do capitalismo, sobretudo na sua versão neoliberal, de endeusamento da concorrência, do espírito empresarial e do mercado. Pretende-se um mundo configurado e feliz na adopção daquele pensamento único, ocultando-se a contestação ou, quando tal não é possível qualificando-a de terrorismo. A grande aposta dos media são “fait-divers”, as desgraças ocasionais ou a vida cor-de-rosa da “beautiful people” e debates políticos semelhantes à discussão das virtudes da água benta sobre a água comum. A escola, mormente o ensino universitário, pretende colocar no mercado “produtos” reprodutores desse pensamento único e onde prepondera a ausência de espírito criativo e crítico. O principal veículo de liberdade informativa e de pensamento está na internet que, por isso, está a ser objecto de formas engenhosas de controlo, por parte de uma aliança entre os governos e as indústrias de conteúdos. O modelo social europeu Durante umas décadas o capitalismo deu um tratamento de excepção aos povos ocidentais, violentando muito mais e matando alegremente os restantes. Com a globalização e as deslocalizações, está em curso uma homogeneização da exclusão e da exploração a nível global, pelo que o modelo social europeu faz parte da História. Propor um modelo especial privilegiado para os europeus, não extensível aos outros povos é a aceitação das divisões e da hierarquia GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 2
  • 3. promovida pelo capitalismo. É um comportamento aristocrático, neocolonial, racista. Porque não um projecto de modelo social mundial, baseado na extinção do capitalismo? O fim das nações O que existe realmente são os povos e as suas culturas, enquadrados tardiamente em nações para que as burguesias pudessem apossar-se do trabalho de um vasto conjunto de gente, privatizando-os, separando-os dos do outro lado da fronteira. Com as nações vieram os nacionalismos para irmanarem trabalhadores e capitalistas sob uma mesma bandeira, mas nunca iguais quer no capítulo dos sacrifícios quer no dos rendimentos. As esquerdas tradicionais sorveram lentamente o veneno patrioteiro, reproduzem-no e praticam um internacionalismo folclórico e hipócrita quando ostentam um “proletários de todos os países, uni-vos”. E vão repetindo as práticas nacionais de contestação, evitando a conjugação e articulação das lutas nos diversos países, entreabrindo portas por onde se esgueira o chauvinismo e o racismo. O carácter global da produção de bens e serviços, segmentada em termos de processo técnico e geograficamente une, como nunca antes na História, todos os trabalhadores do planeta, tornando dispiciendas as razões iniciais da constituição das nações. Estas, no entanto vão subsistindo como elementos essenciais de fragmentação e estratificação dos trabalhadores, como instrumentos de controlo da multidão; mas, enquadradas por instituições internacionais, onde se tomas as decisões estruturantes do capitalismo global. União Europeia A UE constitui uma experiência pioneira da globalização, criando uma hierarquia de povos tendo no vértice instituições irrelevantes (parlamento europeu) ou profundamente anti-democráticas (as restantes), sob o alto comando dos capitais financeiros alemães e franceses (zona euro) e ingleses. À medida que se vão desenvolvendo áreas comuns mais aberrante se torna a configuração política e a gestão económica da UE, baseada nos sacrossantos princípios da bondade do funcionamento do mercado e da concorrència. Não admira que nunca tenha havido uma verdadeira solidariedade geradora de redução das desigualdades regionais ou sociais; que a crise financeira se tenha articulado com o GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 3
  • 4. baixo crescimento impulsionado pelas deslocalizações, criando dificuldades novas nas periferias sul e leste; que seja incipiente o sentimento europeu por parte dos povos integrados na UE. A saída do euro ou da UE, sendo opções cujos impactos reais não estão estudados nem discutidos, sobretudo à esquerda. Na entrada na UE, a esquerda pouco se fez ouvir, apesar dos princípios anti-democráticos da decisão e vigentes nas instituições integrantes, também tocada pelo espírito desenvolvimentista, “moderno”, adoçado pela promessa dos milhões de ajudas, rapidamente malbaratadas, por um patronato culturalmente indigente e um mandarinato tão cúpido quanto impune. É estranho agora, num momento particularmente difícil, de rápido empobrecimento colectivo, que a esquerda não coloque aquelas questões na agenda. O Estado Nada se faz ou acontece sem a presença voraz e autoritária do Estado e dos seus corruptos e ineptos donos. Como capitalista colectivo sempre foi o elemento viabilizador da rendabilidade dos grandes negócios do capitalismo privado, de hierarquização dos capitalistas. Mesmo num contexto de crise em que o Estado se assume como um carrasco da multidão, há uma esquerda que piamente defende um virtuoso Estado de bons, expulsos os maus, como nas histórias infantis. Essa pretensa separação entre o Estado e os capitalistas, essa esperança face ao comportamento do Estado gera na multidão uma tolerância que desarma as lutas contra o capitalismo e de que este é o único beneficiado. Entretanto o Estado cresce, rapina, torna-se avaro no cumprimento das suas obrigações sociais estatuidas solenemente nas leis, sempre em nome de princípios e prioridades onde os cidadãos não constam Uma democracia para consumidores Os cidadãos, no modelo vigente, dito democrático, não escolhem alternativas políticas de organização social; escolhem pacotes de vigaristas que, como coisa mais óbvia e trivial, lhes pedem um cheque em branco, em troca de promessas que nunca cumprem. Quando se escolhe um desses pacotes, durante anos a única intervenção que aos cidadãos é concedida é a de assistir aos falsificados torneios televisivos, entre dois actos de consumo. GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 4
  • 5. Há uma esquerda que aceita passivamente que se confunda este rodopio de carrossel com democracia, assumindo também a postura messiânica de ungidos pelo voto, sabendo-se de antemão, que os parlamentos são câmaras de ressonância, alimentadas pelos Estados com mordomias e recursos financeiros. Nessas instituições pastam mandarins de vários partidos, sóbrios e apartidários (?) zeladores das leis e “corruptus vulgaris” para todos os gostos e tonalidades, em constante rotação de cargos. Um autoritarismo crescente À vigência de uma democracia de plástico corresponde um crescente autoritarismo da parte do Estado e nos locais de trabalho; um tempo de chumbo que prenuncia um novo fascismo. O empobrecimento, o desemprego em massa, repressão laboral sob a forma de lei, o encarecimento do acesso à educação, à saúde e há habitação, a ausência de segurança na doença e na velhice, a juntar ao endividamento para toda a vida acentuam a precariedade da vida, muito para além da inerente à biologia. As resistências activas ou passivas e as possibilidades tecnológicas de controlo social (bases de dados, videovigilâncias, a utilização de cartões diversos em actos triviais) evidenciam a grande desconfiança e insegurança por parte dos poderes. Por outro lado, o crescimento económico anémico que caracteriza o Ocidente há muito tempo, contribui para a acentuação das desigualdades e o desenvolvimento de um vasto e diversificado sistema securitário físico, legal e incorporado psicologicamente, a que se chama sociedade de controlo. Os excedentes de vidas humanas As possibilidades do capitalismo em gerar meios em quantidade e qualidade evidenciam-se parcas, apesar dos imensos recursos físicos e tecnológicos existentes. Assim, o volume actual de pessoas e o aumento da sua longevidade, torna a população humana exagerada para a satisfação da infinita cobiça do capital. Há toda uma lógica de redução da população do planeta, já definida em planos nacionais e na prospectiva demográfica, sendo instrumentos para o efeito: a redução da natalidade, a privatização, a rarefação e o encarecimento dos cuidados de saúde, o aumento das jornadas de trabalho e da idade de saída da vida laboral, a “neutralização” como seres humanos de aposentados, desempregados e pobres, objecto de todas as discriminações e abandonos, o desinteresse por enormes GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 5
  • 6. massas urbanas constituidas por gente expelida dos campos, ou por populações atingidas por doenças como a sida ou a malária Está em curso um redimensionamento da população mundial que, embora de aplicação a longo prazo, tem vertentes que constituem um verdadeiro genocídio, lento e não mediatizado, que tem o seu ponto mais visível na Palestina e em Gaza, mais particularmente. Militarismo Onde a UE se vem mostrando activa é no capítulo da militarização, da interpenetração das funções militares com as áreas da segurança, todas sob o chapéu largo, mas roto, da ameaça terrorista, arquitectada no Pentágono e materializada num produto fora de prazo, a NATO, entre outras instâncias. À medida que a supremacia ocidental sobre os recursos mundiais é contestada pela pujança económica dos chamados BRIC, a superioridade militar da NATO, onde avulta o domínio dos EUA, torna-se cada vez mais, o instrumento essencial da procura do controlo dos recursos energéticos para a manutenção daquela supremacia. Essa militarização tem subjacente uma elevada concentração da indústria de armamento, uma subalternização do aparelho policial e de segurança interno, um crescimento dos gastos militares e a banalização da utilização de armas de destruição massiva, mormente nucleares. Tudo como forma de controlo dos abastecimentos energéticos e dos corredores de transporte das potências ditas emergentes. O cerco da China e da Rússia, as ameaças veladas ao Brasil já lançaram ou poderão lançar novas guerras e conflitos nas suas proximidades. A preponderância de uma lógica nacionalista e provinciana torna a esquerda institucional alheia à ligação entre a crise económica, a ofensiva anti-laboral e a militarização das sociedades. A deriva ambiental Um sistema económico e social cujos protagonistas são capazes de, paulatinamente, irem destruindo o habitat humano é irracional e, esses protagonistas são estúpidos. Se existe um campo vasto de aplicação de energias renováveis para a produção de electricidade e aquecimento, a mesma é retardada pela intervenção dos Estados a favor das grandes empresas eléctricas e dos bancos, impedindo a democratização da sua utilização. GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 6
  • 7. A segmentação da produção mundial e o menosprezo pela utilização dos recursos locais promove enormes gastos energéticos no transporte, sobretudo de combustíveis fósseis. De modo idêntico, o primado dos interesses capitalistas conduz a formas de mobilidade urbana altamente poluentes, consumidoras de energia, promotoras de um urbanismo caótico e que culmina na redução da fluidez dessa mesma mobilidade. Finalmente, a utilização da água, a sua contaminação, o esgotamento dos solos, a desflorestação, a desertificação, o degelo, revelam a incapacidade de um sistema social baseado no lucro de tornar, a longo prazo, sustentável a vida no planeta. ---- Não há verdadeiras soluções dentro do capitalismo. E toda a análise dos problemas actuais, todas as formas de actuação da multidão e das organizações políticas e sociais devem ter, como pano de fundo, a existência do capitalismo e como instrumento de actuação a ligação dos vários problemas entre si e uma perspectiva anti-capitalista. Este e outros textos em: http://www.scribd.com/group/16730-esquerda-desalinhada http://www.slideshare.net/durgarrai www.esquerda_desalinhada.blogs.sapo.pt http://esquerda2011.blogspot.com/2010/07/pensar-esquerda-sem- vacas-sagradas.html GRAZIA.TANTA@GMAIL.COM 20/7/2010 7