O documento discute os tipos de radiação ionizante e não-ionizante, seus efeitos biológicos e aplicações. A radiação ionizante pode causar danos celulares e genéticos enquanto a não-ionizante geralmente causa apenas danos térmicos. Ambas têm usos importantes na medicina, agricultura e indústria quando aplicadas com segurança.
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Radiação não-ionizante e seus efeitos
1. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
POLO FLORESTA
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FRANCISCO EDUARDO OLIVEIRA DE LYRA
FLÁVIA MARIA MACIEL PATRIOTA MENEZES
ÉLCIO DE SÁ ALMEIDA
Física Aplicada à Biologia
FLORESTA – PE
2014
2. FRANCISCO EDUARDO OLIVEIRA DE LYRA
FLÁVIA MARIA MACIEL PATRIOTA MENEZES
ÉLCIO DE SÁ ALMEIDA
Radiação Ionizante e não-ionizante, aplicações e efeitos biológicos
Texto apresentado em resposta a
WEBQUEST da disciplina Física
Aplicada à Biologia do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas,
ministrada pelo Prof. Severino Bezerra
da Universidade de Pernambuco –
UPE/Polo Floresta.
FLORESTA – PE
2014
3. A descoberta do raio X, em 1895 pelo alemão Wilhelm Konrad von Röntgen,
professor da universidade de Wiirzburg, foi marco histórico no campo da radiação, visto que a
partir daí o estudo das radiações cresceu gradativamente, e hoje com controle específico, o
homem obteve inúmeros benefícios aplicando a radiação em diferentes áreas e utilidades,
como na medicina com terapia de doenças e diagnósticos, na agricultura com inseticidas, nas
indústrias com medidas de vazamento de líquidos e gases ou conservação de alimentos....
Entretanto a radiação também oferece riscos, principalmente a ionizante, figura que muitos
estudiosos que a manusearam sofreram efeitos, como exemplo, queimaduras na pele, o
desenvolvimento de algum câncer ou morte precoce com leucemia. Atualmente, depois de
tantos estudos da física das radiações, temos grandezas e unidades que determinam doses e
limites que uma pessoa pode se expor a energia das radiações sem que produza efeito nocivo
à saúde.
A radiação pode ser caracterizada em vários aspectos, como por exemplo, sendo
corpuscular ou eletromagnética, já se levando em conta sua origem pode ser natural ou
artificial, quanto aos efeitos produzidos podem ser ionizante e não ionizante. É neste último
cerne que iremos focar.
Diz-se radiação ionizante quando esta tem a faculdade de arrancar partículas
elétricas de carga negativa (elétrons) da matéria irradiada, nesse caso denomina-se matéria
ionizada, deixando, a matéria, de ser neutra para possuir carga positiva, e isso pode causar
alterações relevantes na estrutura atômica, em conseqüente, molecular ou celular. A radiação
ionizante pode ser classificada em dois grupos: aquela que tem carga elétrica associada e a
neutra. Alguns tipos de radiação corpuscular
como partículas alfa e beta, elétrons e prótons possuem carga elétrica, assim se referem ao
primeiro grupo (carga), já o nêutron é uma partícula sem carga e por este motivo se enquadra
no segundo grupo (neutra). Alguns tipos de radiação eletromagnética também são ionizantes,
como os raios UV, X e gama, mas como não possuem carga também fazem parte da segunda
categoria.
Como efeito biológico a radiação ionizante pode afetar a medula óssea (parte
frágil, podendo causar falência do Sistema Imunológico), sangue (anemia e perda da
capacidade de coagulação), aparelho reprodutor (mutações genéticas nos gametas), feto
(deformações no corpo da criança), Células (as mais sensíveis são as da pele (queimaduras),
cabelo (queda dos fios) e aparelho digestivo (destruição das células)), DNA (mutações
4. genéticas hereditárias), pulmão (pneumonia e tumores), Tireóide (acumulo de iodo radiativo
causando tumores), olhos (catarata) e Sistema Nervoso (último a ser afetado pela radiação)
Como a radiação ionizante tem o poder de interagir com a matéria por onde passa,
pode ser utilizada em diversas áreas, entre elas podemos citar a conservação de
alimentos (alimentos são conservados através da incidência de radiação ionizante sobre eles.
Quanto maior a intensidade, maior o tempo de duração do produto e menores os cuidados
adicionais de conservação que devem ser tomados.), a medicina nuclear (tratamentos
terapêuticos como a radioterapia, esterilização de materiais cirúrgicos), os exames
diagnósticos (raios-X, o PET e os traçadores radioativos) a agricultura (obtenção de novas
variedades de plantas através da irradiação de semente e plantas.), o controle e eliminação de
insetos (esterilizando os machos por meio da irradiação), indústria petrolífera (radiografia e
gamagrafia para detectar descontinuidade em chapas e tubulações), o estudo da poluição
atmosférica (método PIXE (Particle Induced X ray Emission), que consiste em irradiar com
prótons ou partículas alfa uma amostra de ar coletado), a medição da espessura e densidade
de materiais, a medição de nível de líquidos, a detecção de fumaça entre outras utilidades.
Como visto, o uso desse tipo de radiação trouxe uma grande melhora na qualidade de vida das
pessoas, mas sempre devemos ter em mente que a diferença entre o uso seguro ou inseguro de
uma fonte radioativa depende de alguns fatores de segurança e controle ambiental.
A radiação não ionizante são as radiações de freqüência igual ou menor que a da
luz, não tem a capacidade de arrancar elétrons da matéria irradiada, no máximo mudam os
elétrons de orbitais ou aumentam sua energia cinética, mas não o suficiente para desprendê-los
da matéria, conseqüentemente não a ioniza, contudo pode quebrar moléculas e ligações
químicas. A radiação não ionizante é proveniente da luz ultravioleta, da luz visível, da luz
infravermelha, das ondas de calor, das ondas de radar, das ondas de rádio e de microondas.
A radiação não ionizante também carrega consigo efeitos biológicos, apesar de
sua capacidade de penetração ser menor que a ionizante. Podemos citar as micro-ondas e
radiofrequancias (eleva a temperatura corpórea), radiação solar (em excesso responsável
pelo fotoenvelhecimento, participe nas fotoalergias, câncer de pele, manchas envelhecimento
precoce, queimaduras), radiação do laser (lesão à córnea, retina e pele), radiação no
processo de solda “ultravioleta” (queimaduras e lesão à córnea), radiação infravermelha
(queimaduras da pele, aumento persistente da pigmentação cutânea e lesões nos olhos.)
5. As radiações ionizantes são muito presentes em nosso dia a dia, seu
direcionamento de uso também trás grandes contribuições a qualidade de vida, saúde e
tecnologia. Podemos citar utilidades da radiação ultravioleta (soldadura por corte
oxiacetilénico e a soldadura por arco elétrico), radiação infravermelha (secagem de tintas e
vernizes, aquecimentos de metais), laser (medicina, indústria, área militar e comunicações,
indústria metalomecânica e automóveis, soldadura perfuração e corte)
Certamente os avanços no âmbito científico farão cada vez mais progressos no
uso da radiação, o domínio do homem está substancialmente afinado, deixando cair por terra
o obscuro medo pelo desconhecimento, dando lugar ao fascínio de reconhecer e conhecer
novas alternativas energéticas e tecnológicas, sendo cada vez mais comum a percepção dos
sinais a seguir no nosso cotidiano.
Radiação não-ionizante
Raios laser
Substâncias radioativas
6. REFERENCIAS:
ELBERN, Alwin. Radiações não-ionizantes: Conceitos Riscos e Normas. PRORAD
(Proteção radiológica). Disponível em: http://www.prorad.com.br/pro/rni.pdf . Acesso em: 03
de out de 2014.
FERREIRA, Andréia Alves. Ensino de física das radiações na modalidade EJA - Uma
proposta. Dissertação (mestrado). Instituto de Física e Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, Apostila Radiações Ionizantes e a Vida.
Disponível em: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/rad_ion.pdf . Acesso em: 02 out de
2014.
PIRES , M. Túlio. Notícias: Os efeitos da radioatividade no corpo humano. VEJA. Disponível
em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/os-efeitos-da-radioatividade-no-corpo-humano.
Acesso em: 02 out de 2014.
ARAUJO, T. S. de; SOUZA, O. de. Protetores solares e os efeitos da radiação
ultravioleta. SCIENTIA PLENA. São Cristóvão: v. 4, n.11, 2008. Disponível em:
http://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/721/374. Acesso em: 01 out 2014.
CARDOSO, E. de M. Apostila Educativa: A Energia Nuclear. Brasília: MCTI/CNEN.
Disponível em: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia_aplic.pdf. Acesso em: 02 out
2014.
7. REFERENCIAS:
ELBERN, Alwin. Radiações não-ionizantes: Conceitos Riscos e Normas. PRORAD
(Proteção radiológica). Disponível em: http://www.prorad.com.br/pro/rni.pdf . Acesso em: 03
de out de 2014.
FERREIRA, Andréia Alves. Ensino de física das radiações na modalidade EJA - Uma
proposta. Dissertação (mestrado). Instituto de Física e Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, Apostila Radiações Ionizantes e a Vida.
Disponível em: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/rad_ion.pdf . Acesso em: 02 out de
2014.
PIRES , M. Túlio. Notícias: Os efeitos da radioatividade no corpo humano. VEJA. Disponível
em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/os-efeitos-da-radioatividade-no-corpo-humano.
Acesso em: 02 out de 2014.
ARAUJO, T. S. de; SOUZA, O. de. Protetores solares e os efeitos da radiação
ultravioleta. SCIENTIA PLENA. São Cristóvão: v. 4, n.11, 2008. Disponível em:
http://scientiaplena.emnuvens.com.br/sp/article/view/721/374. Acesso em: 01 out 2014.
CARDOSO, E. de M. Apostila Educativa: A Energia Nuclear. Brasília: MCTI/CNEN.
Disponível em: http://www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia_aplic.pdf. Acesso em: 02 out
2014.