O documento propõe a criação de um Porto chamado Pier Park Tietê para receber visitantes interessados em navegar pelo rio Tietê em São Paulo. O porto seria construído próximo à atual área de embarque e traria infraestrutura adequada para receber os passageiros com segurança. Além disso, o porto divulgaria as informações sobre o futuro do rio Tietê e abrigaria um centro cultural e educacional projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake para levar educação e cultura às margens do rio.
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Introdução
Está é a trajetória de uma iniciativa de indivíduos que se transformou em uma ação de vários. Uma grande
expedição que a partir de um barco, navegando em um rio esquecido, busca uma nova cidade, mais humana, com
menos desigualdade social e com mais qualidade de vida, onde a sustentabilidade é uma coluna fundamental
desta nova estrutura social que acreditamos poder conquistar. Convidamos você para unir-se a nós nesta
expedição rumo a esta conquista.
"...O Tietê deu a São Paulo quanto possuía: o ouro das
areias, a força das águas, a fertilidade das terras, a
madeira das matas, os mitos do sertão. Despiu-se de todo
encanto e de todo mistério: despoetizou-se e empobreceu
por São Paulo e pelo Brasil."
Alcântara Machado
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Os rios se mostram como um dos elementos mais marcantes e
representativos da inserção da natureza nas cidades, como um dos
principais determinantes do desenho urbano, quando não
mascarados ou descaracterizados pelo homem.
A sustentabilidade e o valor ambiental ganham força nas decisões
de gestão pública à medida que se percebe que quanto menor o
impacto das atividades humanas nos ciclos naturais, menos
problemas serão gerados. Recuperar os rios tornou-se uma
necessidade, uma demonstração do avanço humano e tecnológico de
uma sociedade, componentes fundamentais para dar vida e
sustentabilidade econômica a qualquer projeto de intervenção urbana
na cidade de São Paulo. Este é um fator necessário, mas ainda não é
motivo suficiente!
O motivo maior, a razão principal é a cidade, são as pessoas!
Nenhuma sociedade antiga ou moderna conseguiu realizar uma
convivência harmoniosa entre seus cidadãos dando as costas para os
seus rios. Cada vez mais os problemas ambientais urbanos são
tratados com maior atenção pelo poder público, que reconhece a
urgência da inclusão das prioridades ambientais no processo de
planejamento e ordenamento das cidades, uma vez que o bom
funcionamento desse grande organismo depende do equilíbrio dos
ciclos naturais (hidrológico, logístico, energético, climático) e da
renovação dos recursos naturais
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Proposta do Instituto Navega São Paulo para 2013
O Porto atual
Quem vê, não acredita que podemos navegar dentro da cidade de São Paulo e se surpreende com o “Almirante
do Lago”, o barco do Navega São Paulo, flutuando no rio Tietê, atracado logo abaixo do viaduto do Cebolão. A
região, conhecida como Porto Cebolão, é o local onde outros barcos atracam e passam por limpezas e
manutenções.
Vista do Porto Cebolão, sua entrada e o barco “Almirante do Lago” na
rampa, sob a ponte.
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Proposta do Instituto Navega São
Paulo para 2013
O Porto atual
É importante, porém, um porto adequado, uma área
apropriada para atrair visitantes, abrigado das
correntes e localizado à beira de um lugar destinado
a atracação do barco “Almirante do Lago”, com o
pessoal receptivo e infraestrutura necessária ao
embarque e desembarque dos passageiros, com
segurança, especialmente designada para
acomodação de passageiros.
Achamos importante realçar que o público que vem
visitar o rio, para conhecê-lo de perto e nele circular,
merece um porto adequado que os recepcione e
mostre o caminho para o rio.
Que se dê acesso ao rio para a população!
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Proposta do Instituto Navega São Paulo para 2013
Proposta de Porto - O Pier Park Tietê
Pensando num espaço para difundir e organizar todas as informações sobre o futuro do rio Tietê na cidade de
São Paulo, pensamos num espaço que espelhe aquilo que virá a ser o Tietê Possível. A construção do “Pier Park
Tietê” a apenas 1,5 km do local que hoje é utilizado para embarque.
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Proposta do Instituto Navega São Paulo para 2013
Escopo do projeto Pier Park Tietê
A reintegração do rio Tietê na paisagem urbana estabelece um paradigma para a transformação do ambiente
urbano de São Paulo, trazendo uma nova perspectiva de leitura, percepção e atração sobre a metrópole.
Primeiro, porque se constituirá num espaço para o exercício da cidadania e urbanidade. Segundo, porque é
natural que esta remodelação provoque a curiosidade, despertando o desejo de se investigar aquilo que foi
transformado. O Instituto Navega São Paulo pretende aproveitar este movimento para criar a área de embarque
e desembarque de participantes dos projetos do programa “Navega São Paulo”, e estabelecer espaços de
múltiplo escopo para exibição e manifestação cultural e educacional ao longo do rio, começando pelo Pier Park
Tietê. A imagem a seguir coloca a área em detalhes.
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Proposta do Instituto Navega São Paulo para 2013
Escopo do projeto Pier Park Tietê
Um local excepcional para ativar as ações do programa “Navega São Paulo”!
Hoje a ponte está desativada, abandonada. A cidade toda deu costas aos seus rios e esta proposta cria o espaço
ideal para reinserir o rio na paisagem urbana de São Paulo. É uma região perfeita para criar o que chamamos
“entremeios”, o espaço entre o rio e a cidade, que hoje não existe e dificulta o acesso ao rio.
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Proposta do Instituto Navega São Paulo para 2013
Escopo do projeto Pier Park Tietê
Um aspecto que chamamos a atenção é o fato do local estar num eixo estruturante para o urbanismo de São
Paulo. O ponto de partida destas ações poderá ser a realização de um projeto pensado pelo arquiteto Ruy
Ohtake, provavelmente inédito no mundo: um centro cultural e educacional que se divide em dois módulos, um
sediado na margem e outro flutuante. A ideia é levar educação, arte e cultura para fora dos ambientes formais, e
ao mesmo tempo integrar o Centro Cultural e Educacional ao ambiente do Tietê. O local escolhido poderá ser o
Pier Park Tietê que poderá também estar integrado ao sistema de transportes metropolitanos e com o sistema
cicloviário. Isto facilitaria muito o acesso dos visitantes, coisa que hoje não existe.
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Douglas M Siqueira
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