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Apostila Didática

     SOCORROS DE
       URGÊNCIA
     CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA: APARELHO LOCOMOTOR E SOCORROS

            Prof. Marcel Bello
SAÚDE E HIGIENE
Saúde

É o bem estar físico, mental e social (OMS). Para mantermo-nos saudáveis é
importante que tenhamos equilibradas as nossas necessidades básicas.
Necessidades básicas:
- Fisiológicas (sono; alimentação; eliminações);
- Segurança (emocional e material);
- Afetiva (amor; carinho; auto estima);
- Social (profissional; relacionamentos pessoais).
Higiene

São fundamentos da ciência, hábitos corretos e equilibrados, que preservam a
saúde. Pode-se dividí-la em:
Higiene física (orgânica)
- manter boa aparência e cuidar do asseio corporal;
- manter boa higiene oral;
- respeitar horas de sono e repouso;
- fazer um alimentação equilibrada.
Higiene mental (psíquica)
- estar satisfeito dentro da profissão escolhida;
- buscar condições para realização pessoal;
- manter lazer sadio;
- manter boas relações afetivas.
Higiene espiritual
- adotar uma filosofia capaz de assegurar felicidade, paz e sentido para a vida.
Fatores estressantes

O "stress" é um mal que acomete o homem moderno. Estamos constantemente
expostos a fatores que interferem na adequada manutenção da Saúde. São eles:


Fatores biológicos

- herança genética;
- envelhecimento;
- doenças.

Fatores ambientais

Influências externas
- concretas (poluição; barulho);
- abstratas (crenças; filosofias e pensamentos).

Estilo de vida (hábitos prejudiciais)
- alimentação incorreta;
- fumo (tabagismo);
- álcool (etilismo);
- drogas.

         CONCEITOS BÁSICOS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA
Anatomia

Ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento ,macro e microscópico,
dos seres organizados.

Divisão do corpo humano

- Cabeça            crânio
                     face
- Pescoço
- Tronco            tórax
                     abdome
                     pelve
- Membros           Superiores:
                     ombro                              braço
                     antebraço                          mão
                     Inferiores:
                     quadril
                     coxa
                     perna
                     pé

Célula

É a menor unidade biológica funcional do organismo, responsável pela formação
de todos os seres vivos.
Características:
- Reagir a estímulos;
- Metabolizar os alimentos para obtenção de energia;
- Sintetizar novas substâncias;
- Eliminar seus próprios detritos;
- Reprodução, independentemente de outras células.
Estrutura

Membrana plasmática  delimita e seleciona a passagem de substâncias,
segundo o grau de necessidade;
Citoplasma  parte metabólica onde se encontram as estruturas que participam
do metabolismo celular (retículo endoplasmático, mitocôndrias, centríolos,
Complexo de Golgi, ribossomos e lisossomos);
Núcleo  responsável pela herança genética.

Célula




Os conjuntos de células formam os tecidos, que formam os órgãos, que compõem
os sistemas, caracterizando assim o corpo humano.
A um conjunto de órgãos, que participam juntamente do mesmo mecanismo
funcional, denominamos Sistema. São os principais sistemas:

   Tegumentar (pele)
   Esquelético (ossos)
   Muscular (músculos)
   Nervoso (nervos e sentidos)
   Cárdio-vascular (coração e vasos)
   Respiratório
   Digestivo
   Urogenital
   Endócrino
Todas as células necessitam receber, constantemente, substâncias que garantam
uma adequada manutenção de seu metabolismo basal. Estas substâncias são
obtidas através da ingestão dos alimentos (sais minerais, vitaminas, ferro, água
etc.) e da respiração, que nos abastece com o oxigênio.

SISTEMA CARDIOVASCULAR
É o sistema responsável pelo transporte dos nutrientes e do oxigênio para as
células.

Sangue
Líquido circulante dos vasos sangüíneos que recebe os nutrientes e o oxigênio,
distribuindo-os a todos os tecidos do organismo. Corresponde, geralmente, a 8%
do peso corporal.

Composição:

Parte sólida

Hemácias ou glóbulos vermelhos

Responsáveis pelo transporte dos gases (oxigênio e gás carbônico) unindo-os a
hemoglobina.
O2 + hemoglobina = oxihemoglobina
CO2 + hemoglobina = carbomino-hemoglobina.
Leucócitos ou glóbulos brancos

Responsáveis pela defesa do organismo (resposta imunológica). Dividem-se por
funções e formas, recebendo assim diferentes nomes - neutrófilo, linfócito,
eozinófilo, basófilo e monócito.

Plaquetas

Possuem importante função na coagulação sangüínea.

Parte líquida

Plasma ou soro

Local onde se encontram as estruturas sólidas e os nutrientes.




Vasos sangüíneos

São os canais de circulação do sangue. Estão divididos conforme tipo e calibre.
São eles:
Artérias        – vasos calibrosos que distribuem o sangue ao organismo.
Veias           – vasos calibrosos que retornam o sangue ao coração.
Capilares       – vasos de fino calibre que chegam a intimidade das células.

Circulação

Responsável pelo trajeto do sangue por todo o organismo.

Seu principal órgão é o coração que exerce função de bombeamento e está
dividido em quatro câmaras, duas superiores denominadas átrios e duas inferiores
denominadas ventrículos. Funcionalmente, reconhecemos a parte direita e a parte
esquerda do coração.

Parte direita

Átrio Direito (AD)
Veia Cava Sup. (VCS)
Veia Cava Inf. (VCI)
Válv. Tricúspide (VT)
Ventrículo Direito (VD)
Artéria Pulmonar (AP)

Parte esquerda

Átrio Esquerdo (AE)
VeiasPulmonares (VP)
Válv. Mitral (VM)
Ventr. Esquerdo (VE)
Artéria Aorta (AA)




Coração
Pequena circulação

É o trajeto do sangue percorrido entre o coração e o pulmão com o objetivo de
oxigená-lo.

O sangue venoso sai do coração (lado direito) vai para os pulmões, onde é
oxigenado, e retorna para o coração (lado esquerdo).
Átrio direito => ventrículo direito => artéria pulmonar => pulmões => veias
pulmonares => átrio esquerdo.

Grande circulação

É o trajeto do sangue percorrido entre o coração e todo o organismo com o
objetivo de oxigenação dos tecidos.

O sangue arterial (arterializado) sai do coração (lado esquerdo) é distribuído para
todo o organismo, metabolizado pelas células e então retorna ao coração (lado
direito).

Átrio esquerdo => ventrículo esquerdo => artéria aorta => organismo => retorna ao
átrio direito pelas veias cava superior e inferior.

Sistema Circulatório




(Ilustração esquemática da pequena e grande circulação)
Oxigenação dos tecidos
SINAIS VITAIS
São valores que indicam o funcionamento básico do organismo, variam de um
indivíduo para outro, mas mantêm um padrão de normalidade.

Qualquer alteração em algum dos sinais vitais pode estar relacionada a um
distúrbio orgânico. Para tal, é importante conhecer seus valores normais.

Respiração

É o mecanismo responsável pela troca gasosa entre o organismo e o meio
externo. A respiração ocorre através de uma seqüência de movimentos
respiratórios (MR). Um movimento respiratório compreende dois movimentos
distintos:

 Movimento de inspiração - expansão pulmonar.
 Movimento de expiração - retração pulmonar.

A respiração favorece o aumento da quantidade de oxigênio no sangue circulante
e a eliminação de gás carbônico do organismo.

Normalidade  15 a 20 MRpm.
Verificamos a freqüência respiratória (FR) através da observação dos movimentos
torácicos, durante um minuto.

Terminologia

 Eupnéia - FR normal.
 Taquipnéia - FR acima de 20 MRpm (acelerada).
 Bradipnéia - FR abaixo de 12 MRpm (diminuída).
 Apnéia - ausência de movimento respiratório.
 Dispnéia - dificuldade para respirar - "falta de ar ".
 Cianose - coloração azul-arroxeada das extremidades e mucosas. Indica má
oxigenação do sangue em decorrência de uma deficiência respiratória ou
problema circulatório.

Temperatura

É o equilíbrio mantido entre a produção e perda de calor do organismo. É a
quantidade de calor que o corpo possui.

Normalidade  oscila de 36 a 37ºC.
É verificada com auxílio de um termômetro, preferencialmente colocado na região
axilar e mantido por 3 minutos.

Terminologia

 Hipertermia ou Febre - valor igual ou maior a 37,4 ºC.

Temperaturas corpóreas muito altas predispõem a convulsões, principalmente em
crianças.

Deve-se aumentar os mecanismos de perda de calor através de banhos com água
tépida e álcool. A aplicação de compressas frias na região axilar, frontal e virilhas,
também é um método eficaz para diminuir a temperatura corpórea. Evitar o uso de
agasalhos em excesso.

 Hipotermia - valor igual ou inferior a 35ºC.
Pulso

São os batimentos cardíacos representados pela contração e dilatação das
artérias. Denomina-se também por freqüência cardíaca (FC).

Verifica-se o pulso através da palpação das artérias, com auxílio dos dedos
indicador e médio, contando-o por 1 minuto.

Artérias  Radial
           Carótida
           Femoral
           Braquial (Bebê)

Normalidade  oscila de 60 a 100 bat/min.


Terminologia

 Taquicardia    - FC acima de 100 bat/min.
 Bradicardia    - FC abaixo de 60 bat./min.

Classificação
Na verificação do pulso deve-se avaliar, além da freqüência, o ritmo e o volume.
Quanto ao ritmo        - Rítmico
                       - Arrítmico
Quanto ao volume       - Cheio
                       - Fino

Pressão Arterial

É a pressão com que o sangue é lançado na corrente circulatória e a pressão com
que atinge a periferia. Para aferir-se a pressão arterial é utilizado um
esfigmomanometro e um estetoscópio.
Requer acompanhamento médico para diagnóstico.



Pressão sistólica - Máxima
Pressão diastólica - Mínima

Normalidade  120 X 80 mmHg.
onde 120 = máxima/sistólica
      80 = mínima/diastólica
A variação entre a máxima e a mínima geralmente é de 40 - 60 mmHg.

Terminologia

 Hipertensão (pressão arterial
   elevada)
  - pressão diastólica (mínima)
    igual ou superior a 90 mmHg.

 Hipotensão (pressão arterial diminuída)
  - pressão diastólica (mínima) igual ou
    inferior a 50 mmHg.

Sintomatologia

Hipertensão:

Cefaléia;
Escotomas (pontos luminosos).


Hipotensão:

Sonolência, tontura ou vertigem;
Sudorese fria;
Mal estar e palidez.
EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS

Em caso de emergência

* Verificar se existe alguém da área médica ou afim.
* Em caso de ajuda - anotar o C.R.M. ou documento de identidade.
Caixa de Primeiros Socorros

É variável para cada companhia. Como exemplo:
Instrumentos Termômetro
             Tesoura
             Pinça
             Agulha descartável
             Contagotas
Curativo     Algodão ou gaze estéril
             Esparadrapo, micropore
             Atadura de crepe
Medicações Antisséptico
             Água oxigenada
             Antianginoso
             Antiespasmódico
Medicamentos permitidos ao aeronauta
Droga                       Utilização
Analgésicos                 dor
Antitérmico                 febre
Antiemético                 náuseas
Colírio tipo hidratane      limpeza                                ocular e
                                  lubrificante
Outros Medicamentos
Droga                       Utilização
Antiespasmódico             cólicas em geral
Broncodilatador             broncoespasmos
Vasodilatador               isquemias do                           miocárdio
ANATOMO FISIOLOGIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO
O Sistema esquelético compreende:

 Ossos
 Cartilagem
 Articulações

Osso

Funções

- Alavanca para os músculos, participando da locomoção;
- Proteção de estruturas;
- Sustentação ao corpo;
- Hematopoiese.




Partes

Diáfise– corpo do osso.
Epífise – extremidade do osso.
Periósteo – membrana de tecido fibroso que reveste o osso ( onde se encontram
os vasos sanguíneos).
Medula óssea – tecido esponjoso que se encontra na porção interna do osso.
Classificação
Os ossos recebem diferentes nomenclaturas de acordo com suas características
anatômicas e funcionais.
Longos - possuem epífise (2) e diáfise. Exemplos: fêmur, rádio, tíbia.
Curtos - tarso.
Planos
Achatados - escápula, temporal.
Irregulares - vértebras.
Articulação
Dobradiça formada pelo contato de duas ou mais extremidades ósseas que,
juntamente com os músculos, possibilitam a movimentação do corpo e permitem
determinada elasticidade de movimentos.
Nas estruturas articulares encontramos:
Cápsula articular ou sinuvial - Formada por tecido fibroso e duro que circunda todo
o espaço entre as extremidades ósseas.
Ligamentos - Formados por tecido conjuntivo em tiras que mantém os ossos na
posição correta.
Líquido sinuvial - Encontra-se dentro da cápsula com função lubrificante e
amortecedora.
TRAUMATISMOS
São alterações sofridas pelo organismo e estão diretamente relacionadas à ação
de um agente físico e à força de impacto com o mesmo.

Estão divididos em dois tipos:

Abertos - são aqueles que apresentam rompimento da pele/tegumento cutâneo.
Fechados - são aqueles onde não há lesão do tegumento cutâneo. A pele
permanece íntegra.

TRAUMATISMOS FECHADOS

Contusão
Lesão causada por algum impacto com acometimento do tecido subcutâneo,
muscular ou até mesmo de órgãos internos, sem rompimento da pele. Por isso
conceitua-se por atrito entre os tecidos.

Sintomas

Dor no local
Edema
Equimose (mancha vermelha por
rompimento de pequenos vasos)
Hematoma (mancha roxa por rompimento de grandes vasos)

Tratamento

Gelo no local (*)
Analgésico
Enfaixamento compressivo
Repouso
(*) A aplicação do gelo está presente no tratamento dos traumatismos fechados
em geral pois o gelo possui duas propriedades importantes, ação de analgesia,
combatendo a dor e ação vasoconstritora atuando na diminuição do edema e do
hematoma.
Entorse

São traumatismos que lesam as articulações. São originados devido a um
movimento abrupto que exceda a elasticidade da articulação ou por impacto.
Podem determinar rompimento nos ligamentos (estiramento).

Ocorrência - grandes articulações como ombro, cotovelo e tornozelo.

Sintomas

Dor intensa no local
Edema
Equimose ou hematoma (que podem instalar-se tardiamente)
Dificuldade de realizar movimentos

Tratamento

Gelo
Analgésico
Imobilização com faixas de crepe
Repouso

Luxação
São traumatismos que lesam as articulações determinando a perda de contato das
superfícies ósseas. Ocorre lesão dos ligamentos e/ou de cápsula articular.

Ocorrência - ombro, cotovelo, clavícula, mandíbula, tornozelo e joelho.

As luxações estão classificadas em:

Congênitas - a criança nasce com o traumatismo.

Patológicas - o traumatismo ocorre em decorrência de uma doença.

Traumáticas - ocorrem devido a impactos ou movimentos bruscos.
Existem dois tipos:
Completa - afastamento total das superfícies ósseas.
Incompleta - afastamento parcial ou incompleto das extremidades ósseas.

Sinais e sintomas

Dor intensa
Edema
Equimose ou hematoma
Impossibilidade de realizar movimentos

Tratamento

Gelo no local
Repouso
Analgésico
Imobilização com talas rigidas
NUNCA fazer a redução das luxações, isto é, tentar recolocá-la no lugar. (Existe
uma exceção que é para a luxação de mandíbula, que será abordada
posteriormente).

Luxação de Cotovelo
Fratura

São traumatismos determinados por lesão óssea. Podem ser fechadas, quando
não ocorre lesão do tecido tegumentar, ou abertas quando o osso se expõe
através da pele. As causas mais comuns envolvem acidentes de grande impacto -
aviões, carros e motos.
Considerações:

Traço da fratura    - local do osso em que ocorreu a lesão. Geralmente é
visualizado somente pelo RX.
Foco da fratura     - porção próxima ao local lesado onde observamos os sinais.
É a região que se torna arroxeada e com edema.

Sinais e sintomas

Dor intensa e constante (que aumenta com o movimento)
Edema
Hematoma e equimose (que podem manifestar-se tardiamente)
Incapacidade funcional

Podem também estar presentes:
Crepitação óssea - sinal que não deve ser pesquisado pois, além de promover
dor, pode agravar a fratura.
Deformidade óssea.

Tratamento

Imobilização
(Pode ser empregado a aplicação de gelo e a administração de analgésico)

Técnicas de imobilização
- Utilizar talas rígidas e acolchoadas;
- Deixar as extremidades visíveis para avaliação da condição circulatória do
membro;
- Jamais comprimir o foco de fratura.

Fraturas não articulares - Diafisárias
A imobilização deve abranger uma articulação acima e outra abaixo da lesão.

Fraturas articulares - Epifisárias
A imobilização deve abranger um osso acima e outro abaixo da lesão.

OBS: Em caso de dúvida de fratura esta sempre deverá ser imobilizada. A
imobilização evita o atrito entre os
fragmentos ósseos e complicações como ruptura de vasos sangüíneos ou nervos.

Classificação

Quanto à fragmentação óssea (extensão do traço)
- Completa
- Incompleta ( "galho verde" )

Quanto a quantidade de traço
- Única ou Simples
- Dupla
- Tripla
- Cominutiva (comum nas epífises)

Quanto a movimentação de fragmentos
- Transversal
- Angular
- Rotação
- Penetração
- Separação
- Cavalgamento

Quanto a direção do traço
- Transversa
- Oblíqua
- Em bico de flauta
- Em espiral
- Longitudinal

Quanto a relação traumatismo x traço
- Direta
- Indireta

Quanto a posição
- Articulares (epifisárias)
- Não articulares (diafisárias)

TRAUMATISMOS ABERTOS

Alteração sofrida pelo organismo causada por algum agente traumatizante,
determinando lesão do tecido tegumentar (pele) e conseqüente rompimento
vascular.




Hemorragia

É a perda de sangue circulante resultante de uma lesão vascular. Toda
hemorragia está relacionada ao tipo e ao calibre do vaso lesado.

O organismo possui mecanismos de defesa que agem na tentativa de controle da
perda sangüínea através da coagulação do sangue. Sempre diante de uma
hemorragia há necessidade de se promover a hemostasia, isto é, cessar o
sangramento. As plaquetas são as células que participam ativamente do processo
de hemostasia mas existem no sangue vários outros fatores que contribuem para
sua coagulação. Dentre eles destacam-se a tromboplastina e o fibrinogênio,
substâncias que juntamente com as plaquetas auxiliam no processo hemostásico.

Hemostasia

É o selamento dos vasos sangüíneos lesados, estancando ou diminuindo o
sangramento. Tipos de hemostasia:

Fisiológica

Coagulação - reações metabólicas entre plaquetas e fatores de coagulação
(fibrinogênio, tromboplastina e protrombina), auxiliando na reconstituição da lesão.
Vasoconstrição - por ação da serotonina e outras substâncias liberadas pelo
organismo.

Mecânica

Geral - deitar a vítima, deixando-a na horizontal e elevar os membros inferiores
(caso não haja restrição).
Específicas - compressão no foco hemorrágico com gaze ou pano limpo e
compressão nas áreas adjacentes (artérias próximas ao local de hemorragia).
As hemorragia podem ser:

Internas - quando o sangue não é exteriorizado, fica acumulado em cavidades
internas. É mais grave devido a maior dificuldade de diagnóstico. Seu diagnostico
é feito por sinais indiretos. Os locais mais comuns são:
região abdominal - fígado e baço
fraturas              - pélvica e fêmur
Externas - quando o sangue é exteriorizado (visualizado) através do ferimento ou
orifício natural.

Lesão Vascular




Tipos de hemorragia

1.Arterial    - origina-se por uma lesão de artéria e apresenta maior gravidade
devido a dificuldade na obtenção da hemostasia.

Características:
Sangramento abundante, coloração vermelho vivo e é pulsátil - o sangue sai em
jatos.
2. Venosa - origina-se de uma lesão de veias e possui maior facilidade para
obtenção da hemostasia.

Características:
Sangramento em grande quantidade, coloração vermelho escuro e o sangue
escorre - extravasa continuamente.

3. Capilar  - origina-se de lesão em pequenos vasos (capilares) e tendem a
hemostasia espontânea, muito fácil.

Características:
Sangramento pequeno.

Tratamento

São consideradas 3 técnicas hemostásicas respectivamente:

1º - Compressão local do foco hemorrágico
2º - Compressão nas adjacências
3º - Torniquete ou Garroteamento (*)

(*) O garroteamento é o último recurso que utilizamos. É uma técnica perigosa
pois promove isquemia no local garrotedo (Isquemia = diminuição do fluxo
sangüíneo).

Também é uma técnica pouco empregada devido a sua restrição a sangramentos
de membros inferiores e superiores.

Quando utilizado, o garroteamento deve obedecer a técnica que consiste em
afrouxá-lo a cada 15 minutos, esperando 30 segundos pelo restabelecimento da
circulação sangüínea no membro e só então garroteá-lo novamente. Este
procedimento deve ser repetido até o controle do sangramento.

Terminologia

* Otorragia - sangramento do ouvido, pode ser sinal de fratura craniana.
* Epistaxe ou rinorragia - sangramento nasal.
* Hemoptise - sangramento proveniente dos pulmões, acompanhado de tosse.
* Hematemese - sangramento proveniente do aparelho digestivo, acompanhado
de vômito e geralmente de restos alimentares.
* Melena - sangramento proveniente da parte alta do aparelho digestivo (estômago
e duodeno). As fezes são escuras (borra de café) e fétidas.
* Enterorragia - sangramento proveniente de partes baixas do aparelho digestivo
(reto e intestino grosso). Evacuação com sangue.
* Hematúria - urina com sangue.
* Metrorragia - sangramento anormal do útero, fora do período menstrual.

Choque Hipovolêmico

Ocasionado por hemorragias onde ocorra uma perda acima de 20% do volume
sangüíneo corpóreo.

Sinais e sintomas

Palidez
Sudorese
Pele fria e pegajosa
Taquicardia e pulso fino
Hipotensão
Náuseas e vômitos
Tontura
Hipotermia
Confusão mental
Inconsciência


Tratamento

Deitar a vítima e manter sua cabeça mais baixa que o corpo a fim de favorecer a
oxigenação cerebral.
Repouso
Elevar os membros inferiores (se não houver contra-indicação)
Agasalhar a vítima
Não oferecer líquidos - apenas umedecer os lábios com gaze.

Feridas

São lesões no tecido cutâneo causando descontinuidade da pele ou mucosa.

Podem ter diversas causas por isso seu estudo está diretamente relacionado ao
tipo de agente traumatizante. Suas características se apresentam conforme as
configurações de suas paredes, fundo e bordas.

Tipos de feridas

Escoriações - causadas por superfícies ásperas (asfalto, cimento). Ocorre um
atrito superficial sobre a pele, traduzem um quadro doloroso intenso e pequeno
sangramento.

Puntiforme ou Punctória - causadas por agentes pontiagudos (pregos e injeção).
Apresentam-se com bordas pequenas e paredes fundas.
Incisas - provocadas por agentes cortantes (lâmina de bisturi, lâminas de facas).
Caracterizam-se por serem feridas regulares - bordas, fundo e paredes regulares.

Contusas - originadas por grandes impactos (martelada). Caracterizam-se por
serem feridas irregulares. Apresentam-se por diferentes conformações de bordas.
Traduzem estímulo doloroso latejante devido ao esmagamento das terminações
nervosas e pouco sangramento por conta da maceração dos vasos sangüíneos.

Penetrantes - causadas por objetos que invadem o organismo e atingem órgãos
internos.

Transfixantes - causadas por objetos que atravessam o corpo tendo orifício de
entrada e de saída.

Larcerocontuso - perda de tecido ou substância. Quando ocorre no couro
cabeludo denomina-se escalpelamento.

Sinais e sintomas

São variáveis de acordo com o tipo de ferimento e região afetada. Em geral:

Dor
Hemorragia
Bordas separadas

Tratamento

Objetiva evitar a infecção, visto que é sempre um fator de risco.
Toda ferida é suscetível a infecção.

* Lavar as mãos do socorrista
* Hemostasia
* Limpeza da ferida
* Antissepsia da ferida
* Bandagem

Em regiões pilosas tipo couro cabelo pode ser necessário realizar a tricotomia da
região (raspagem dos pelos) para facilitar a limpeza.

Deve-se realizar a limpeza com água e sabão ou soro fisiológico, posteriormente
usar um antisséptico preferencialmente a base de iodo.

Em alguns casos pode-se fazer a aproximação das bordas antes de cobrir o
ferimento.
Feridas Sangrantes - nos casos de ferimento onde o sangramento é intenso, como
em grandes hemorragias, o tratamento compreende:
* Hemostasia
* Lavar as mãos
* Limpeza da ferida
* Antissepsia da ferida
* Bandagem
Nestes casos aplica-se também um curativo compressivo.
Fratura exposta
É uma lesão óssea com rompimento da pele. Pode apresentar como complicação
a infecção óssea que é denominada osteomielite.
Sintomas e sinais

Dor intensa
Incapacidade funcional (limitação de movimento)
Edema
Hemorragia

Tratamento

Iniciar com os cuidados à ferida lembrando que JAMAIS se deve tocar nos
fragmentos ósseos e NUNCA se faz redução (recolocá-lo no local).
Imobilizar.
Proteger o fragmento ósseo.

TRAUMATISMOS PARTICULARES
1.Traumatismo Craniano

Dividem-se em dois tipos:

Superficiais  Atingem o couro cabeludo e caracterizam-se por sangramento
intenso. Deve-se fazer curativo compressivo ou um enfaixamento com atadura de
crepe.

Profundos 
Ósseas      - são aquelas com fratura craniana.
Encefálicas - são aquelas com lesão cerebral.
Não deve ser feito compressão no local. Faz-se um curativo com delicada
compressão. São denominados traumatismos crânio encefálicos - TCE.

Toda vítima com suspeita deste tipo de lesão deve ser vigiada para observação da
presença dos seguintes sinais:

* Alteração no nível de consciência - torpor; confusão mental; inconsciência.
* Respiração lenta e profunda.
* Freqüência cardíaca lenta - bradicardia e pulso cheio.
* Alteração ocular - desvio ou assimetria ocular. Pupilas anisocóricas (diferentes).
* Vômitos em jato (sintoma que deve ser valorizado).
* Otorragia.
* Convulsões.
Obs: as convulsões traduzem uma desorganização na condução dos impulsos
nervosos. Possuem diferentes etiologias, isto é, podem estar associadas a um
traumatismo crânio encefálico (como visto acima), a estados febris, outros
desequilíbrios metabólicos ou até mesmo a epilepsia por exemplo. A vítima
apresenta:

* Perda da consciência
* Movimentos clônico-tônicos-incoordenados
* Hipersecreção oral
* Contratura maxilar

O tratamento de uma crise convulsiva objetiva evitar que a vítima se machuque.
Para tal deve-se:

Afrouxar as vestes da vítima;
Manter sua cabeça lateralizada para favorecer a drenagem da secreção oral e
evitar a broncoaspiração;
Tentar proteger sua língua com um pano macio;
Protegê-la para evitar que se debata contra objetos (o mesmo cuidado é tomado
com relação a cabeça).

A duração de uma convulsão é muito variável, de alguns segundos a até minutos.
A sonolência pós crise é algo comum bem como determinada confusão mental,
mantenha a vítima sob vigilância.

2. Lesões Faciais
Uma simples inspeção da face sugere a presença de lesões. Deve-se observar a
presença de hematomas, deslocamentos ósseos, assimetria das estruturas da
face, afundamentos ou saliências.

Olho




Estrutura delicada, possui um sistema de lentes semelhante ao de uma câmara
fotográfica. Tem como principal ocorrência acidentes com a presença de corpo
estranho na conjuntiva - tipo "cisco", que podem ser de vários tamanhos e tipos.
Os corpos estranhos irritam o olho, o que causa desconforto e lacrimejamento. As
lágrimas podem eliminar o corpo estranho, mas em alguns casos pode tornar-se
necessário um procedimento de ajuda.


Tratamento

Lavar a região ocular com água corrente.

Obs: lesões oculares onde o corpo estranho se apresenta fixo na conjuntiva
(transfixantes ou penetrantes) proceder a lavagem com grande quantidade de
colírio tipo lágrima e fazer curativo oclusivo. NÃO retirar o corpo estranho. NÂO
permitir que a vítima esfregue o olho. As vezes é necessário fazer curativo
oclusivo no outro olho.

Nariz

Lesões nasais que não apresentem sangramento, não requerem tratamento
imediato, podendo aguardar avaliação médica e tratamento específico. O mesmo
é verdadeiro para acidentes com corpo estranho onde, geralmente a vítima respira
pela boca. Não tente fazer a remoção pois isto pode agravar a situação
empurrando o corpo estranho para vias mais profundas.
Assoar com delicadeza comprimindo a narina não envolvida.

Nas lesões sangrantes, também reconhecidas como epistaxe, deve-se tratar com:

Compressão da(s) narina(s)
Cabeça para frente
Compressas de gelo na região frontal

Nos casos em que a hemostasia não ocorre com o procedimento anteriormente
descrito faz-se necessário o tamponamento nasal o que é realizado com gaze
embebida em soro fisiológico.

Ouvidos

O problema mais freqüente ocorre com crianças que introduzem coisas dentro do
conduto auditivo. É comum encontrar-se grãos e objetos pequenos como peças de
brinquedo.
Outra ocorrência é associada a traumas,
onde a vítima apresenta a saída de um líquido seroso ou sanguinolento pelo
ouvido, o que requer providenciar atendimento médico logo que possível. Lembre-
se, este é um sinal que pode estar presente na vítima de fratura craniana - lesão
crânio-encefálica.

Corpos estranhos

* Nunca introduza qualquer instrumento ou objeto no ouvido na tentativa de retirar
o corpo estranho pois isto pode agravar a situação. O ideal é não tentar retirá-lo e,
assim que possível, encaminhar a atendimento médico específico.

* Na presença de um corpo estranho vivo deve-se pingar algumas gotas de óleo
no ouvido e orientar a vítima para deitar com a cabeça virada para o lado afetado,
favorecendo assim a saída do inseto. A presença de um corpo vivo no interior do
ouvido é algo de extremo incômodo e causa um ruído insuportável.

Boca

Uma simples observação na cavidade oral é suficiente para detectar possíveis
lesões. É importante checar a integridade da mucosa bem como a boa oclusão
dentária.

A maioria dos sangramentos orais tende a coagulação espontânea, não
requerendo cuidados especiais. O maior cuidado deve ser a limpeza oral -
desobstrução das vias aéreas superiores - para evitar possível asfixia em vítimas
que se encontram inconscientes.




Mandíbula

A mandíbula é uma formação óssea articulada. Assim sendo, são duas as lesões
que podem acometer esta região.




Luxação têmporo-mandibular (queda do queixo)
A única luxação que pode ser reduzida como conduta em primeiros socorros.
Técnica
Coloca-se a vítima sentada com a cabeça apoiada na parede.
O socorrista acomoda seus dedos polegares sobre os molares inferiores da vítima
(protegendo as mãos) e os outros dedos no ângulo da mandíbula.
Exercer pressão para baixo e para trás - como num movimento de alavanca.
Repetir a técnica por no máximo 3 vezes.
Imobilizar a mandíbula (atadura sob a mandíbula).
Fratura de mandíbula
O tratamento básico consiste em imobilização. Caso exista algum ferimento corte
contuso, tratá-lo com curativo compressivo.
3. Traumatismo de Pescoço
Esta região abriga estruturas importantes como vasos sangüíneos, tubos
ventilatório e digestivo além da porção inicial da coluna vertebral.
Esôfago
As lesões de esôfago determinam, geralmente, dificuldades na deglutição.
A conduta consiste em manter jejum e aguardar atendimento médico.
Mastigação e Deglutição
Vasos
Os principais vasos sangüíneos da região cervical são:
Carótidas - artérias
Jugulares - veias
Lesões nesses vasos determinam sérias perdas sangüíneas com difícil controle.
Características:
Hemorragia - fazer a hemostasia através de compressão local. Observar sinais de
choque hipovolêmico.
Traquéia
A presença de corpo estranho no orifício traqueal requer condutas adequadas e
precisas devido ao provável comprometimento ventilatório.
A traquéia é o tubo responsável pela condução do ar aos pulmões. Qualquer outra
substância que não o ar, grãos ou pequenas quantidades de líquido, que
acidentalmente entre no canal traqueal, é suficiente para desencadear o engasgo.
Deve-se valorizar a tosse que é o primeiro reflexo mecânico para expulsão do
corpo estranho. Quando necessário tentar a remoção mecânica.
O estágio de maior comprometimento ventilatório denomina-se asfixia. A vítima
apresenta sinais de sufocamento geralmente acompanhado de cianose. Nesses
casos, quando as manobras descritas anteriormente não deram resultado, pode-
se tentar o seguinte procedimento:
Golpes abdominais subdiafragmáticos (Manobra de Heimlich)- utilizado em caso
de prejuízo respiratório.
Posicionar-se atrás da vítima (consciente);
Colocar as suas mãos sobrepostas abaixo do apêndice xifóide da vítima;
Movimentar firmemente para dentro e para cima.
Em caso de vítima inconsciente:
Posicionar-se sobre a vítima que deverá estar em decúbito dorsal, cabeça
lateralizada, e realizar o mesmo movimento sobre a região epigástrica.
4.Traumatismo de coluna




Cervical

A primeira porção da coluna vertebral é denominada coluna cervical. Lesões
cervicais podem determinar tetraplegias ou até mesmo a morte.

Como todo trauma de coluna, a maioria atinge as vértebras e há riscos de lesão
na medula espinhal, o que se caracteriza
por comprometimentos respiratórios, perda de função neurológica motora como
paresias ou paralisias, além de dor local, deformidades ou edemas.

O atendimento adequado para vítimas de lesão na coluna vertebral consiste em
socorrê-los com técnicas de transporte.

Cuidados no transporte de vítimas com suspeita de lesão vertebral

Imobilização da cabeça e pescoço com colar cervical (lesão cervical)
Decúbito dorsal em superfície dura
Obs: Movimentar a vítima com muito cuidado para não exercer compressão na
medula. Pelo menos quatro pessoas devem transferir a vítima para a maca com
movimentos sincronizados (cabeça, pescoço e tórax, quadril e coxas, pernas).

5.Traumatismo torácico
Fratura de Costela




Sinais e sintomas
Trauma no local com presença de escoriações ou ferimento corte contuso.
Dor - que aumenta com os movimentos respiratórios
Dispnéia
Ainda podem estar presentes - edema e hematoma
Tratamento
Administrar analgésico
Enfaixamento torácico
Aplicação de gelo picado.
Obs.: em caso de dispnéia intensa NÃO deverá ser feito o enfaixamento torácico.
Nestes casos pode-se administrar oxigênio com a vítima na posição sentada e
deixá-la em repouso.
Lesão pulmonar
Sinais e sintomas
Dor aguda, tipo pontadas (aumentam com os movimentos respiratórios)
Hemoptise
Dificuldade respiratória
Obs: lesões pulmonares abertas geralmente apresentam uma característica
importante que é um sangramento com bolhas (espumoso). Nesses casos o
curativo deverá ser oclusivo volvular.
Tratamento

Curativo de 3 pontas
Analgésico
Oxigenoterapia (com a vítima na posição sentada)
Repouso

Complicações
Pneumotórax - ar na cavidade pleural cujo principal sintoma é dor local e dispnéia.
O pneumotórax pode ocorrer de maneira espontânea, isto é, não estar relacionado
a nenhum trauma.
Hemotórax - sangue na cavidade pleural. A sintomatologia geralmente
compreende dispnéia e dor.
6.Lesão abdominal




A região abdominal é muito susceptível a traumatismos por não possuir proteção
óssea. Isto torna-a vulnerável a complicações por acometimento de órgãos
internos (vísceras). Os traumatismos abdominais estão divididos em:

Superficiais  quando não atingem o peritôneo, apenas pele, subcutâneo, e
tecido muscular.

Profundas  quando lesam o peritôneo e/ou vísceras. Estes traumatismos
podem determinar uma evisceração (saída das vísceras pelo orifício do trauma).
Sinais e sintomas

São variáveis conforme a extensão
Dor abdominal
Vômitos (imediatos ou tardios)
Contração muscular da parede abdominal (peritonite aguda)
Distensão abdominal
Evisceração - saída de vísceras

Tratamento

Manter a vítima em jejum
Em casos de evisceração:
NÃO tocar nas vísceras e NUNCA tentar recolocá-la na cavidade.
Proceder a limpeza do ferimento (umedecer a região).
Cobrir com compressas preferencialmente esterilizadas e               previamente
umedecidas com soro fisiológico.

Observação
Na presença de qualquer corpo estranho na cavidade abdominal, NUNCA tentar
removê-lo.
7.Fratura de Bacia (Quadril)
Sinais
Dor no local
Hematomas
Incapacidade funcional
Obs: Podem ser causas de grandes hemorragias internas. Manter a vítima sobre
constante vigilância para detectar possíveis sinais de choque hipovolêmico.
Tratamento
Deitar a vítima em superfície rígida
Colocar um cobertor entre suas pernas e aproximá-las para então enfaixar
POLITRAUMATIZADO
É a vítima com lesões traumáticas em várias partes do corpo.
Geralmente este é o tipo de vítima que encontramos no socorro a acidentes
aéreos. Nenhuma vítima deve ser removida do local do acidente antes de serem
prestados os primeiros socorros pertinentes e utilizadas as técnicas de transporte,
a menos que haja algum risco iminente.
Avaliação geral
* Verificar estado de consciência
* Checar resposta a estímulos (auditivos, visuais, dor e reflexo)
* Observar condição respiratória
* Manter vias aéreas superiores livres
* Verificar pulsação
* Verificar sinais de sangramento
* Verificar coloração da pele e mucosas - palidez/cianose
* Verificar condição de olhos e pupilas
* Observar presença de vômitos

" O exame primário , os cuidados no transporte e os movimentos
adequados, melhoram as condições de remoção da vítima e sua
posterior recuperação "
Técnicas de transporte
Vítimas Conscientes

* Sentadas ou Semi-sentadas
Exceção     - traumatismos de coluna
              vertebral
            - fraturas de bacia
            - lesão abdominal

Vítimas Inconscientes

* Decúbito dorsal com lateralização da cabeça.
A lateralização da cabeça é medida utilizada para evitar-se a broncoaspiração.

Exceção      - traumatismo de coluna
             cervical (a cabeça deve estar alinhada com o corpo, amparada por
             coxins).
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS I

São alterações orgânicas que possuem diferentes etiologias. Podem estar
relacionadas a patologias, acidentes, problemas circunstanciais, distúrbios
metabólicos etc.
1. Desmaio ou Lipotimia

É a perda repentina e transitória dos sentidos e consciência. Embora tenha
variada etiologia é conseqüência da diminuição temporária de sangue (oxigênio)
no cérebro. Pode estar relacionado a longos períodos de jejum, alimentação
insuficiente, excesso de exposição ao sol, desequilíbrio emocional entre outros.

Sintomas precedentes

Fraqueza e cansaço
Sensação de "falta de ar"
Tonturas
Náuseas
Palidez
Sudorese fria
Zumbido no ouvido
Anópsias - visão escurece
Perda do controle muscular
Queda brusca (mecanismo de defesa)

Tratamento

Visa favorecer a oxigenação cerebral.

Conduta para vítima na eminência do desmaio:

vítima sentada           manter a cabeça da vítima entre as pernas.
vítima em pé             solicitar que sente e posicionar a cabeça entre as
pernas.




Conduta para vítima desmaiada - ao chão:
Elevar os membros inferiores mantendo a cabeça mais baixa que o corpo
Afrouxar as vestes
Afastar curiosos
Arejar o ambiente (ventilar)
Obs: Não oferecer medicamentos ou
      bebidas alcoólicas.
2. Alcoolismo

É a ingestão excessiva de álcool (etanol), seja por dependência ou não.
Ação do etanol no organismo:

O álcool libera uma toxina depressora do sistema nervoso central diminuindo a
oxigenação e a concentração de glicose nas células nervosas.

Sinais e sintomas

Fase de euforia     o indivíduo encontra-se alegre, falante, com manifestações
inconvenientes e geralmente, com tendência a maior ingestão de álcool.

Fase depressiva     sonolência, incoordenação motora, fala arrastada, náuseas
e vômitos e comportamento desinibido ou arrogante.

Fase grave           queda de temperatura corpórea (hipotermia), pulso fraco,
sudorese, torpor e por vezes, inconsciência (coma alcoólico).

Tratamento

* Abordar a pessoa com respeito, de modo seguro e coerente (sem julgar ou
atribuir conceitos morais). Lembre-se de que existem pessoas com problemas
psíquicos ou psiquiátricos.
* Oferecer algo doce, preferencialmente um líquido.

"Delirium tremens" (alucinose alcoólica)

Estado tóxico permanente ou devido a suspensão da ingestão de álcool.
Sinais de suspeita:

Ansiedade
Temor incontrolável
Tremores
Irritabilidade
Agitação
Insônia
Hiperatividade - aumento dos sinais vitais
Dilatação pupilar
Sudorese
Pode estar presente ainda - alucinações visuais, táteis, olfativas e auditivas

3. Hipo e Hiperglicemia

Hipoglicemia  diminuição de açúcar (glicose) no sangue. Algumas pessoas
possuem predisposição para tal ocorrência. Geralmente ocorre devido a longos
períodos de jejum, alimentação deficiente, atividade física excessiva, alcoolismo
ou até mesmo devido a diabetes.

Hiperglicemia aumento de açúcar (glicose) no sangue. Normalmente causada
por falta de insulina. Freqüentemente o passageiro que sofre deste mal possui a
medicação específica, seja ela um comprimido hipoglicemiante ou a própria
insulina, cabendo ao comissário auxiliá-lo na auto medicação.

Diabetes       doença metabólica caracterizada pela diminuição na produção de
insulina ou no metabolismo da glicose.

Sinais e sintomas (hipoglicemia)

Sensação de fome
Visão turva
Sonolência
Cefaléia
Confusão mental
Palidez
Desmaio
Sudorese fria

Em casos mais graves - agitação, irritabilidade, amnésia e convulsão

Tratamento (hipoglicemia)

Oferecer glicose por via oral
Deixar a vítima confortável
Em caso de desmaio, dar prioridade à irrigação cerebral.

Obs: Sempre é importante colher informações com a vítima ou acompanhantes
pois estes sinais podem ser confundidos com os de hiperglicemia.

4. Dispnéia

Dificuldade respiratória com presença ou não de cianose (deficiência de
oxigenação sangüínea).

É o principal sintoma da asma, doença de etiologia alérgica, que acomete os
brônquios e habitualmente tem caráter crônico.
Tratamento
Colocar a vítima sentada
Aplicar oxigênio por máscara
Administrar broncodilatador
- o passageiro asmático geralmente é portador desta medicação "bombinha". Na
presença da crise asmática pode ser necessário auxiliá-lo na auto-medicação.
Obs: todo passageiro em uso de oxigênio deve ser rigorosamente vigiado. O
excesso de tempo de uso de oxigênio pode desencadear uma parada respiratória.
Sempre que a respiração tenha se normalizado ou a cianose melhorado,
interromper a administração.

5. Insolação e Intermação

São causadas pela exposição excessiva ao calor. Possuem a mesma
sintomatologia.
Insolação     causada pela ação direta dos raios solares (exposição ao sol).
Comum no verão, principalmente das 12 às 15 horas.
Intermação  causada por ambientes fechados e com pouca ventilação.

Fatores predisponentes:

* Umidade - uma maior umidade determina menor transpiração.
* Ventilação - uma menor ventilação favorece ao aumento da temperatura
ambiente.
* Condicionamento físico - o obeso possui maior predisposição por reter mais o
calor devido a camada adiposa.
* Atividade física - após o excesso de exercícios físicos, é comum uma fadiga
muscular e um maior acúmulo de toxinas no organismo. Isto determina a elevação
da temperatura corpórea.
* Alimentação excessiva
* Vestuário escuro
* Intoxicação - associadas ao consumo de álcool e fumo.

Sinais e sintomas

Moderados
Aumento da temperatura corpórea
Cefaléia
Rubor de face
Dores abdominais
Náuseas e vômitos
Palidez e tontura
Desmaio

Graves
Insuficiência respiratória
Cianose
Taquicardia
Pulso fino
Inconsciência
Coma
Obs: os sinais e sintomas podem variar, ocorrendo subitamente o desmaio.

Tratamento
Remover a vítima do local e colocá-la em lugar arejado.
Ventilar.
Afrouxar as vestes.
Retirar curiosos.
Colocar compressas frias na testa, nuca e tórax.
Dar banhos com água morna, resfriando-a gradualmente.
Oferecer líquidos, preferencialmente soluções salinas e oxigenoterapia se
necessário.

6. Diarréia e Colites

Doença que acomete o intestino caracterizando-se por alteração na freqüência e
consistência das evacuações. Estão relacionadas a ingestão alimentar, o que
denominamos por intoxicação alimentar. Podem ser também causadas pela
ingestão de substâncias irritativas da mucosa. Nos casos de infecção intestinal
chamamos de colites ou enterocolites.

Sinais e sintomas

Fezes amolecidas e fétidas
Aumento do número das evacuações
Cólicas abdominais
Ruídos intestinais
Sede
Inapetência
Náuseas e vômitos

Complicação

Desidratação

Tratamento

Hidratação - aumentar a ingestão líquida
Repouso
*NÃO administrar medicações que cortam a diarréia. Não é necessário suspender
a alimentação, apenas evitar alimentos condimentados e gordurosos.

Obs: Na ocorrência de um quadro de intoxicação alimentar a bordo causada pela
ingestão da refeição oferecida aos passageiros, esta deverá ser imediatamente
suspensa.

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS II
FISIOANATOMIA DA PELE
A pele é o maior órgão do corpo humano, composta por várias camadas e reúne
funções de grande importância para a manutenção da saúde.

Camadas

Epiderme
É a camada externa da pele, está em contato direto com meio ambiente e possui,
dependendo do local, uma espessura de 2 a 4 mm.

Derme
É a camada mais interna da pele. É composta de fibras colágenas e elásticas,
vasos sangüíneos, nervos, glândulas e raízes pilosas.

Hipoderme ou tecido subcutâneo
Camada composta por tecido gorduroso.




Funções

Proteção      Mantém o organismo protegido contra microorganismos e corpos
estranhos.

Sensorial      As numerosas terminações nervosas ali existentes permitem a
leitura da temperatura, da dor e do tato.

Regulação da temperatura  Permite a dissipação ou retenção do calor.

Equilíbrio hidroeletrolítico  Controla a perda excessiva de água e eletrólitos
(sódio, magnésio, potássio etc.).

QUEIMADURAS

As queimaduras determinam lesões tissulares, isto é, acometem os tecidos de
revestimento do corpo.
Causas:

Físicas          calor - frio - eletricidade.
Químicas         substâncias químicas (ácidas ou alcalinas).
Radiações        raios solares - substâncias radioativas.

Classificação

As queimaduras são classificadas em:
1º grau - são as mais supeficiais, lesam a epiderme.

Características:

- dor local
- vermelhidão (eritema)

Exemplo: queimaduras solares




2º grau - atingem a epiderme e derme.

Características:

- dor local
- flictena (bolhas)
- eritema

Exemplo:        queimadura por líquidos                         queimadura por brasa

3º grau - lesam tecidos mais profundos como tecido subcutâneo (hipoderme).

4º grau - lesam músculos e ossos.

Características:

- dor (a sensação dolorosa é freqüentemente diminuída           devido a lesão nas
terminações nervosas).
- pele escurecida ou esbranquiçada com eritema ao redor.
- úlcera com pontos de necrose.

A classificação das queimaduras é obtida através da avaliação da
profundidade e extensão de tecido lesado (grandes e pequenos
queimados).
Outra consideração importante é a extensão da queimadura. No atendimento a
vítimas de queimadura, deve-se identificar o grau de gravidade.

Considera-se um pequeno queimado aquele que possui menos de 15% de
superfície corpórea atingida.

O grande queimado é aquele que sofreu acometimento de mais de 15% de
superfície corpórea.

A gravidade das queimaduras se relaciona com a extensão de
superfície corpórea lesada.
Complicações

Infecção     a        descontinuidade    da   pele   favorece      a   entrada   de
microorganismos.

Perda de líquidos e eletrólitos  é considerada como uma conseqüência de
queimaduras extensas.

Tratamento

* Em acidentes que o fogo atinge as vestes ou o próprio corpo da vítima deve-se
tentar apagá-lo com o auxílio de um cobertor ou pedir para a vítima rolar sobre o
chão.
* Verificar vias aéreas superiores.
* Retirar ou afrouxar as vestes. Não tentar remover a roupa quando esta estiver
aderida a pele. Nestes casos deve-se cortar a parte grudada e retirar o restante.
* Ao retirar roupas com resíduos de substâncias químicas cuidado para não
tornar-se outra vítima.
* Retirar adornos.
* Lavar as mãos.
* Lavar a lesão com água e sabão.
* Fazer a antissepsia.
* Administrar analgésico.
* Não furar bolhas

Em grandes queimados
* Aquecer a vítima e evitar movimentos.
* Administrar analgésico.
* Oferecer líquidos (se possível).
* Oxigenoterapia (se necessário)
Queimadura nos olhos
- faz-se curativo oclusivo com gaze embebida em soro fisiológico.
Queimaduras elétricas

- podem acarretar problemas internos como queimaduras de órgãos ou ainda
parada cárdio respiratória.

Queimadura química
- difícil diagnóstico do agente (ácido ou alcalino); é indicado somente a aplicação
abundante de água limpa para diluir a substância química.

INTOXICAÇÃO
São causadas pela ingestão, inalação, inoculação ou contato cutâneo de
substâncias que desencadeiam respostas orgânicas de intolerância geralmente de
caráter alérgico ou anafilático. Podem ser acidentais ou não.

Ingeridos

- Entorpecentes e medicamentos (barbitúricos)
- Produtos de limpeza e produtos químicos
- Alimentos contaminados

Inalados

- Gases

Sinais e sintomas

Ingestão

Lesões na boca
Hálito diferente
Transpiração abundante
Dor ao deglutir
Dor abdominal
Náuseas e vômitos
Diarréia
Alteração no nível de consciência
Convulsão
Alteração pupilar (diâmetro da pupila)
Alteração na freqüência cardíaca
Alteração na freqüência respiratória
Manchas na pele
Inalação

Tosse produtiva
Irritação traqueal
Dor na inspiração
Catarro escurecido
Cefaléia
Lábios avermelhados (cor de cereja)
Náuseas e vômitos
Vertigens
Desmaio
Alteração dos sinais vitais
Insuficiência respiratória

Cuidados

Reconhecimento da situação como um todo - exame do local.
Identificar situação de risco.
Verificar se há sinais de drogas ou venenos e tentar identificá-los.

Se vítima inconsciente
Verificar se existem aplicadores de droga ou recipientes (identificação)

Se vítima consciente indagar
Tipo de medicamento
Como foi aplicado
Quantidade
Tempo decorrido da aplicação

Tratamento geral

Atentar para segurança do socorrista
Evitar contaminação
Retirar a vítima da situação de risco
Desobstruir vias aéreas superiores
Empregar manobras de reanimação cardiopulmonar - quando necessário
Avaliar sinais vitais
Afrouxar vestes
Manter a vítima sob supervisão




Ingestão barbitúrica
Indução ao vômito (somente em vítimas conscientes)
A ingestão deve ter ocorrido há no máximo 2 horas
Guardar pequena amostra do conteúdo eliminado
Modo de provocar o vômito:
Com auxílio de um cabo de colher, estimular a úvula.
Obs - NÃO provocar vômito em vítimas de intoxicações por substâncias
químicas/corrosivas.

Inalação de gases

Retirada da vítima do ambiente de risco
Administrar oxigênio na presença de dificuldade respiratória.
A administração de leite, embora um pouco controversa, é empregada em casos
de inalação de fumaça (monóxido de carbono) e tem como finalidade a proteção
da mucosa gástrica.

Via dérmica

Lavar com água a região afetada por uns quinze minutos

Via ocular

Lavar com água abundante e fazer um curativo oclusivo (umedecido com soro
fisiológico)

EMERGÊNCIAS CARDIOLÓGICAS
Dentre as várias ocorrências cardiológicas serão abordados as duas principais
coronariopatias. As doenças coronarianas são atribuídas a alguns fatores
predisponentes. São eles:

   "Stress"
   Dislipidemias
   Hipertensão
   Sedentarismo
   Obesidade
   Tabagismo
   Hereditariedade

Angina do peito

Caracteriza-se pela diminuição do fluxo sangüíneo na musculatura cardíaca -
Isquemia miocárdica.

Sinais e sintomas

- Dor retroesternal de curta duração (inferior a 15 min.)
- Sensação de angústia
- Sensação de formigamento
- Náuseas
- Dispnéia moderada

Tratamento

Repouso absoluto
Administração de vasodilatador corona-riano (se uso do pax ou por indicação
médica)
Oxigenoterapia
* A dor retroesternal melhora com o tratamento

Infarto Agudo do Miocárdio




É a ausência de fluxo sangüíneo na musculatura cardíaca, causando necrose
miocárdica.

Sinais e sintomas

- Dor retroesternal intensa de longa duração (superior a 30 min.) que pode irradiar-
se para região mandibular ou membro superior
- Sudorese intensa
- Sensação de angústia precordial
- Dispnéia aguda
- Náuseas e vômitos

Tratamento

Repouso absoluto
Administração de vasodilatador corona-riano (se uso do pax)
Oxigenoterapia

* A dor NÃO melhora com o tratamento
Parada Cardiorrespiratória - PCR

É o cessar súbito da atividade mecânica e/ou elétrica do coração, acompanhado
de falência respiratória.

Sinais

- Apnéia
- Ausência de pulso nas grandes artérias (carótida)
- Midríase paralítica
- Inconsciência
- Cianose

Tratamento

O tratamento básico consiste na Manobra de Reanimação.
* Desobstrução das vias aéreas superiores;
* Massagem cardíaca externa;
* Respiração artificial.

Deitar a vítima em superfície dura, decúbito dorsal e hiperextensão da cabeça.


O ritmo da manobra deve ser :
Nº Socorrista       MCE     X    RA

   01 -             30      x    02

   02 -             15      x    02

A massagem cardíaca e a ventilação devem alcançar a freqüência normal durante
a manobra de reanimação, isto é, 100 bpm e 12rpm respectivamente.

A respiração artificial será feita pelo método boca a boca. Neste procedimento,
além do oxigênio que é introduzido na vítima, o gás carbônico é muito importante
pois age com um estimulante cerebral no restabelecimento ventilatório.

AFOGAMENTO

A vítima removida da água é reconhecida como afogado. Dividiremos o
afogamento em dois tipos clássicos.

Afogado cianótico

Vítima que sofreu asfixia pela água. Apresenta obstrução das vias respiratórias
por inundação (acúmulo de água nos pulmões).
Sinais e Sintomas
Cianose
Pulso fino
Veias jugulares túrgidas
Respiração superficial e irregular
Tratamento
Afrouxar as vestes
Desobstruir as V.A.S.
Remoção da água:
- posicionar a vítima em decúbito ventral
- colocar os braços flexionados sob a região torácica
- exercer compressão na região lombar
Oxigenoterapia

Afogado pálido

Vítima que se apresenta em parada cárdio respiratória por obstrução das vias
respiratórias devido ao fechamento da glote.
Sinais e Sintomas

Apnéia
Ausência de pulso
Midríase paralítica
Inconsciência

Tratamento

Afrouxar as vestes
Desobstruir as V.A.S.
Estabelecer a manobra de reanimação cardiopulmonar - MCE X RA


                        Primeiros Socorros
                         Remoção do Acidentado




                                                                      Voltar para o Menu

A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa
prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.
ANTES DA REMOÇÃO:

 TENTE controlar a hemorragia.
 INICIE a respiração de socorro.
 EXECUTE a massagem cardíaca externa.
 IMOBILIZE as fraturas.
 EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.

Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados - maca
ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS:

 Ajuda de pessoas.
 Maca.
 Cadeira.
 Tábua.
 Cobertor.
 Porta ou outro material disponível.

COMO PROCEDER

Vítima consciente e podendo andar:

 Remova a vítima apoiando-a em seus ombros.

Vítima consciente não podendo andar:

 Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de:

- Fratura, luxações e entorses de pé.
- Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores.
- Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
Vítima inconsciente:

 Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:




 Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS
Vítima consciente ou inconsciente:

 Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:
Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e
Pelve:

- Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada).
- Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local
encontrado até a maca.
- Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os
braços e as pernas.
Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna
Vertebral ou Pelve, Em Decúbito Dorsal:

- Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.;

IMPORTANTE:

 EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte;
 PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado,
movendo-o o MENOS POSSÍVEL
 SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção de
acidentado grave.
 NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a
MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado.



                        Primeiros Socorros
                     Desmaios e Estado de Choque




                                                                       Voltar para o Menu
É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o volume de
sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por:
choque elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave,
envenenamento, exposição a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta,
distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave.

TIPOS DE ESTADO DE CHOQUE:

 Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto
do corpo. Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias,
cardiopatias;

 Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sangüíneos em função de uma lesão
medular. Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical;

  Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do organismo em reagir a uma
infecção provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sangüínea
liberando grande quantidade de toxinas;

 Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sangüíneo. Possui as seguintes
causas:

Perdas sangüíneas - hemorragias internas e externas.
Perdas de plasma - queimaduras e peritonites.
Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias.

  Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorre as seguintes
reações:

Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória;
Sistema circulatório: dilatação dos vasos sangüíneos, queda da pressão arterial,
pulso fino e fraco, palidez.

COMO SE MANIFESTA

A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração abundante) na testa e
nas palmas das mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A pessoa tem
uma sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores.

A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular.
Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica
fraco e rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente.

COMO PROCEDER

Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a causa do estado
de choque, se possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle toda e
qualquer hemorragia externa, verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da
boca, se necessário secreção, dentadura ou qualquer outro objeto.

Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro boca-a-boca,
se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e parada respiratória.

Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra
vômito.
Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque
cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de
trabalho do coração. Procure aquecer a vítima.

Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo.




                    Lesões no esporte
      Na prática esportiva os atletas competitivos e os
amadores podem provocar diversas lesões, nas articulações,
nos tendões, músculos e até fraturas ósseas. Muitos nomes
dados a essas lesões são confusos e usados de formas
diferentes por médicos, pacientes e esportistas. Quanto maior
a faixa etária, maior a incidência de lesões na prática
esportiva feita sem aquecimento e preparo físico, e, portanto,
torna-se mais difícil a recuperação. Alguns tipos de lesões:


1) O Entorse, por exemplo, é um movimento anormal de uma
articulação, que vai além da amplidão que os ligamentos
podem realizar. O entorse pode provocar lesões ligamentares,
como entorses de tornozelo e joelho que acontecem quando o
pé fica fixo no chão, e a alavanca se faz com o joelho ou
tornozelo. O entorse ocorre sem que ocorra luxação (ou seja,
sem que os ossos da articulação saiam do lugar), que é mais
grave que o entorse. É também chamado de mau jeito,
estiramento ou distensão de ligamento.


2) Distensão ou estiramento também pode ser de músculos e
se dá quando as fibras musculares ou os tendões alongam-se
além do seu normal.


3) Luxação é o deslocamento traumático agudo ou
deslocamento permanente das superfícies que
compõem uma articulação e que, assim, perdem suas
relações anatômicas normais. Pode originar-se de
traumatismo, malformação (luxação congênita) ou de lesões
outras, como artrites que incidam sobre articulação (luxação
patológica ou espontânea). Em ortopedia, luxação é um caso
de gravidade.


4) Contusão - Quando existe um trauma em qualquer parte
do corpo provocado, por exemplo, por uma pancada, um
chute ou uma bolada; e o hematoma quando proveniente de
um trauma, resulta em tumor (aumento de volume) formado
por sangue extravasado.


5) Fratura - É a perda de continuidade de um tecido
ósseo. Pode ser com ou sem desvio. No esporte, os
atletas costumam ter fraturas por estresse, ou
seja, decorrentes do excesso de atividade, sendo
extremamente doloroso (também chamado de over use ou
excesso de uso). É freqüente em maratonistas e corredores
que vão além de seus limites, ou com ginástica olímpica, além
de atividades em que se treina muito. As fraturas da tíbia são
as mais freqüentes.


6) Cãibra - É a contratura involuntária do músculo.
Pode ocorrer por diversas causas, entre elas, o
acúmulo de ácido lático, ou devido a uma alteração
no metabolismo de alguns elementos, como sais
minerais, potássio e cálcio, entre outros. O
músculo entra em espasmo e contrai sem o controle da
pessoa. Geralmente são contrações muito dolorosas.


7) Tendinite (pode ter vários nomes todos
inadequados, quando terminam em ite, bursite do
ombro, epifisite (na epífise do osso), epicondilite no cotovelo-
É a inflamação no tendão, cordão ou feixe fibroso que fica na
extremidade dos músculos, devido à repetição excessiva de
movimentos, mas, que só inflama quando se torna repetitivo
e crônico. Na primeira vez, é melhor chamar de entorse.
Como orientação geral de primeiros socorros, a primeira coisa
a fazer quando se tem um entorse, um trauma agudo ou
qualquer lesão é colocar gelo na região lesada, e depois
tentar algum tipo de mobilização para aliviar a dor
momentânea do local afetado.
No caso de cãibras, como medida geral, deve-se pedir para
uma pessoa ajudar a fazer o movimento inverso ao
movimento do músculo que está contraindo. Por exemplo, se
a cãibra acontecer na panturrilha, deitar no chão e forçar o pé
para cima e lentamente, no sentido oposto para alongar o
músculo posterior da perna.
K. J Feury, especialista em medicina esportiva
afirma que o Center for Disease Control (em 2002),
demonstrou que a cada ano aproximadamente 150.000
americanos, de todas as idades, morrem, em acidentes no
esporte, sendo essa a principal causa de morte
entre crianças e adultos jovens. Os acidentes que
não resultaram em óbitos, no ano de 2002, somaram,
aproximadamente, 114 milhões de casos, sendo que 25%
foram casos agudos.
Um de cada americano terá um acidente desse tipo no
esporte que deverá ser tratado. Por isso deve-se investir na
prevenção e na educação dos esportistas.


          RELAÇÃO DOS RADICAIS – PREFIXOS E SUFIXOS MAIS USADOS

Raízes

Aero = relativo a ar ( aviação – voo).
Baro - relativo a pressão atmosférica.
Bio - relativo à vida.
Cefal - relativo à cabeça.
Dermat - relativo à pele.
Entero – relativo a aparelho difgestivo ( intestino).
Encefal - relativo ao cérebro, ao encéfalo.
Gastr - relativo ao estomago.
Hemat - relativo ao sangue.
Leuc - relativo ao sangue.
Oste - relativo ao osso.
Ot - relativo ao ouvido.
Plasmatico - relativo a plasma, sangue.
Patia- relativo a doença.
Pneumo - relativo ao pulmão.
Rin - relativo ao nariz.

Prefixos

 A ou an - sem, ausência.
Anti - contra.
Bradi - lento, desacelerado.
Dis - dor , doficuldade.
Epi - sobre em cima.
Glico - relativo à açúcar.
Hepato – relativo ao fígado.
Hiper - relativo a excesso.
Hipo – relativo a deficiência.
Intra - dentro de.
Pré - antes.
Semi - metade.
Supra - por cima.
Taqui - - acelerado, rápido.
Uni - um.

Sufixo

Algia - dor.
Cardia - relativo à coração.
Cito – célula.
Pneia - referente à repiração.
Uria – relativo a urina.
Oxia – relativo a oxigênio.

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Apostila de socorros

  • 1. Apostila Didática SOCORROS DE URGÊNCIA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA: APARELHO LOCOMOTOR E SOCORROS Prof. Marcel Bello
  • 2. SAÚDE E HIGIENE Saúde É o bem estar físico, mental e social (OMS). Para mantermo-nos saudáveis é importante que tenhamos equilibradas as nossas necessidades básicas. Necessidades básicas: - Fisiológicas (sono; alimentação; eliminações); - Segurança (emocional e material); - Afetiva (amor; carinho; auto estima); - Social (profissional; relacionamentos pessoais). Higiene São fundamentos da ciência, hábitos corretos e equilibrados, que preservam a saúde. Pode-se dividí-la em: Higiene física (orgânica) - manter boa aparência e cuidar do asseio corporal; - manter boa higiene oral; - respeitar horas de sono e repouso; - fazer um alimentação equilibrada. Higiene mental (psíquica) - estar satisfeito dentro da profissão escolhida; - buscar condições para realização pessoal; - manter lazer sadio; - manter boas relações afetivas. Higiene espiritual - adotar uma filosofia capaz de assegurar felicidade, paz e sentido para a vida. Fatores estressantes O "stress" é um mal que acomete o homem moderno. Estamos constantemente expostos a fatores que interferem na adequada manutenção da Saúde. São eles: Fatores biológicos - herança genética; - envelhecimento; - doenças. Fatores ambientais Influências externas - concretas (poluição; barulho);
  • 3. - abstratas (crenças; filosofias e pensamentos). Estilo de vida (hábitos prejudiciais) - alimentação incorreta; - fumo (tabagismo); - álcool (etilismo); - drogas. CONCEITOS BÁSICOS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA Anatomia Ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento ,macro e microscópico, dos seres organizados. Divisão do corpo humano - Cabeça  crânio face - Pescoço - Tronco  tórax abdome pelve - Membros  Superiores: ombro braço antebraço mão Inferiores: quadril coxa perna pé Célula É a menor unidade biológica funcional do organismo, responsável pela formação de todos os seres vivos. Características: - Reagir a estímulos; - Metabolizar os alimentos para obtenção de energia; - Sintetizar novas substâncias; - Eliminar seus próprios detritos; - Reprodução, independentemente de outras células. Estrutura Membrana plasmática  delimita e seleciona a passagem de substâncias,
  • 4. segundo o grau de necessidade; Citoplasma  parte metabólica onde se encontram as estruturas que participam do metabolismo celular (retículo endoplasmático, mitocôndrias, centríolos, Complexo de Golgi, ribossomos e lisossomos); Núcleo  responsável pela herança genética. Célula Os conjuntos de células formam os tecidos, que formam os órgãos, que compõem os sistemas, caracterizando assim o corpo humano. A um conjunto de órgãos, que participam juntamente do mesmo mecanismo funcional, denominamos Sistema. São os principais sistemas:  Tegumentar (pele)  Esquelético (ossos)  Muscular (músculos)  Nervoso (nervos e sentidos)  Cárdio-vascular (coração e vasos)  Respiratório  Digestivo  Urogenital  Endócrino Todas as células necessitam receber, constantemente, substâncias que garantam uma adequada manutenção de seu metabolismo basal. Estas substâncias são obtidas através da ingestão dos alimentos (sais minerais, vitaminas, ferro, água etc.) e da respiração, que nos abastece com o oxigênio. SISTEMA CARDIOVASCULAR É o sistema responsável pelo transporte dos nutrientes e do oxigênio para as células. Sangue
  • 5. Líquido circulante dos vasos sangüíneos que recebe os nutrientes e o oxigênio, distribuindo-os a todos os tecidos do organismo. Corresponde, geralmente, a 8% do peso corporal. Composição: Parte sólida Hemácias ou glóbulos vermelhos Responsáveis pelo transporte dos gases (oxigênio e gás carbônico) unindo-os a hemoglobina. O2 + hemoglobina = oxihemoglobina CO2 + hemoglobina = carbomino-hemoglobina. Leucócitos ou glóbulos brancos Responsáveis pela defesa do organismo (resposta imunológica). Dividem-se por funções e formas, recebendo assim diferentes nomes - neutrófilo, linfócito, eozinófilo, basófilo e monócito. Plaquetas Possuem importante função na coagulação sangüínea. Parte líquida Plasma ou soro Local onde se encontram as estruturas sólidas e os nutrientes. Vasos sangüíneos São os canais de circulação do sangue. Estão divididos conforme tipo e calibre. São eles:
  • 6. Artérias – vasos calibrosos que distribuem o sangue ao organismo. Veias – vasos calibrosos que retornam o sangue ao coração. Capilares – vasos de fino calibre que chegam a intimidade das células. Circulação Responsável pelo trajeto do sangue por todo o organismo. Seu principal órgão é o coração que exerce função de bombeamento e está dividido em quatro câmaras, duas superiores denominadas átrios e duas inferiores denominadas ventrículos. Funcionalmente, reconhecemos a parte direita e a parte esquerda do coração. Parte direita Átrio Direito (AD) Veia Cava Sup. (VCS) Veia Cava Inf. (VCI) Válv. Tricúspide (VT) Ventrículo Direito (VD) Artéria Pulmonar (AP) Parte esquerda Átrio Esquerdo (AE) VeiasPulmonares (VP) Válv. Mitral (VM) Ventr. Esquerdo (VE) Artéria Aorta (AA) Coração Pequena circulação É o trajeto do sangue percorrido entre o coração e o pulmão com o objetivo de
  • 7. oxigená-lo. O sangue venoso sai do coração (lado direito) vai para os pulmões, onde é oxigenado, e retorna para o coração (lado esquerdo). Átrio direito => ventrículo direito => artéria pulmonar => pulmões => veias pulmonares => átrio esquerdo. Grande circulação É o trajeto do sangue percorrido entre o coração e todo o organismo com o objetivo de oxigenação dos tecidos. O sangue arterial (arterializado) sai do coração (lado esquerdo) é distribuído para todo o organismo, metabolizado pelas células e então retorna ao coração (lado direito). Átrio esquerdo => ventrículo esquerdo => artéria aorta => organismo => retorna ao átrio direito pelas veias cava superior e inferior. Sistema Circulatório (Ilustração esquemática da pequena e grande circulação)
  • 8. Oxigenação dos tecidos SINAIS VITAIS São valores que indicam o funcionamento básico do organismo, variam de um indivíduo para outro, mas mantêm um padrão de normalidade. Qualquer alteração em algum dos sinais vitais pode estar relacionada a um distúrbio orgânico. Para tal, é importante conhecer seus valores normais. Respiração É o mecanismo responsável pela troca gasosa entre o organismo e o meio externo. A respiração ocorre através de uma seqüência de movimentos respiratórios (MR). Um movimento respiratório compreende dois movimentos distintos:  Movimento de inspiração - expansão pulmonar.  Movimento de expiração - retração pulmonar. A respiração favorece o aumento da quantidade de oxigênio no sangue circulante e a eliminação de gás carbônico do organismo. Normalidade  15 a 20 MRpm. Verificamos a freqüência respiratória (FR) através da observação dos movimentos torácicos, durante um minuto. Terminologia  Eupnéia - FR normal.  Taquipnéia - FR acima de 20 MRpm (acelerada).  Bradipnéia - FR abaixo de 12 MRpm (diminuída).  Apnéia - ausência de movimento respiratório.  Dispnéia - dificuldade para respirar - "falta de ar ".  Cianose - coloração azul-arroxeada das extremidades e mucosas. Indica má
  • 9. oxigenação do sangue em decorrência de uma deficiência respiratória ou problema circulatório. Temperatura É o equilíbrio mantido entre a produção e perda de calor do organismo. É a quantidade de calor que o corpo possui. Normalidade  oscila de 36 a 37ºC. É verificada com auxílio de um termômetro, preferencialmente colocado na região axilar e mantido por 3 minutos. Terminologia  Hipertermia ou Febre - valor igual ou maior a 37,4 ºC. Temperaturas corpóreas muito altas predispõem a convulsões, principalmente em crianças. Deve-se aumentar os mecanismos de perda de calor através de banhos com água tépida e álcool. A aplicação de compressas frias na região axilar, frontal e virilhas, também é um método eficaz para diminuir a temperatura corpórea. Evitar o uso de agasalhos em excesso.   Hipotermia - valor igual ou inferior a 35ºC. Pulso São os batimentos cardíacos representados pela contração e dilatação das artérias. Denomina-se também por freqüência cardíaca (FC). Verifica-se o pulso através da palpação das artérias, com auxílio dos dedos indicador e médio, contando-o por 1 minuto. Artérias  Radial Carótida Femoral Braquial (Bebê) Normalidade  oscila de 60 a 100 bat/min. Terminologia  Taquicardia - FC acima de 100 bat/min.  Bradicardia - FC abaixo de 60 bat./min. Classificação
  • 10. Na verificação do pulso deve-se avaliar, além da freqüência, o ritmo e o volume. Quanto ao ritmo - Rítmico - Arrítmico Quanto ao volume - Cheio - Fino Pressão Arterial É a pressão com que o sangue é lançado na corrente circulatória e a pressão com que atinge a periferia. Para aferir-se a pressão arterial é utilizado um esfigmomanometro e um estetoscópio. Requer acompanhamento médico para diagnóstico. Pressão sistólica - Máxima Pressão diastólica - Mínima Normalidade  120 X 80 mmHg. onde 120 = máxima/sistólica 80 = mínima/diastólica A variação entre a máxima e a mínima geralmente é de 40 - 60 mmHg. Terminologia  Hipertensão (pressão arterial elevada) - pressão diastólica (mínima) igual ou superior a 90 mmHg.  Hipotensão (pressão arterial diminuída) - pressão diastólica (mínima) igual ou inferior a 50 mmHg. Sintomatologia Hipertensão: Cefaléia; Escotomas (pontos luminosos). Hipotensão: Sonolência, tontura ou vertigem; Sudorese fria; Mal estar e palidez.
  • 11. EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS Em caso de emergência * Verificar se existe alguém da área médica ou afim. * Em caso de ajuda - anotar o C.R.M. ou documento de identidade. Caixa de Primeiros Socorros É variável para cada companhia. Como exemplo: Instrumentos Termômetro Tesoura Pinça Agulha descartável Contagotas Curativo Algodão ou gaze estéril Esparadrapo, micropore Atadura de crepe Medicações Antisséptico Água oxigenada Antianginoso Antiespasmódico Medicamentos permitidos ao aeronauta Droga Utilização Analgésicos dor Antitérmico febre Antiemético náuseas Colírio tipo hidratane limpeza ocular e lubrificante Outros Medicamentos Droga Utilização Antiespasmódico cólicas em geral Broncodilatador broncoespasmos Vasodilatador isquemias do miocárdio
  • 12. ANATOMO FISIOLOGIA DO SISTEMA ESQUELÉTICO O Sistema esquelético compreende:   Ossos  Cartilagem  Articulações Osso Funções - Alavanca para os músculos, participando da locomoção; - Proteção de estruturas; - Sustentação ao corpo; - Hematopoiese. Partes Diáfise– corpo do osso. Epífise – extremidade do osso. Periósteo – membrana de tecido fibroso que reveste o osso ( onde se encontram os vasos sanguíneos). Medula óssea – tecido esponjoso que se encontra na porção interna do osso. Classificação
  • 13. Os ossos recebem diferentes nomenclaturas de acordo com suas características anatômicas e funcionais. Longos - possuem epífise (2) e diáfise. Exemplos: fêmur, rádio, tíbia. Curtos - tarso. Planos Achatados - escápula, temporal. Irregulares - vértebras. Articulação Dobradiça formada pelo contato de duas ou mais extremidades ósseas que, juntamente com os músculos, possibilitam a movimentação do corpo e permitem determinada elasticidade de movimentos. Nas estruturas articulares encontramos: Cápsula articular ou sinuvial - Formada por tecido fibroso e duro que circunda todo o espaço entre as extremidades ósseas. Ligamentos - Formados por tecido conjuntivo em tiras que mantém os ossos na posição correta. Líquido sinuvial - Encontra-se dentro da cápsula com função lubrificante e amortecedora.
  • 14.
  • 15. TRAUMATISMOS São alterações sofridas pelo organismo e estão diretamente relacionadas à ação de um agente físico e à força de impacto com o mesmo. Estão divididos em dois tipos: Abertos - são aqueles que apresentam rompimento da pele/tegumento cutâneo. Fechados - são aqueles onde não há lesão do tegumento cutâneo. A pele permanece íntegra. TRAUMATISMOS FECHADOS Contusão
  • 16. Lesão causada por algum impacto com acometimento do tecido subcutâneo, muscular ou até mesmo de órgãos internos, sem rompimento da pele. Por isso conceitua-se por atrito entre os tecidos. Sintomas Dor no local Edema Equimose (mancha vermelha por rompimento de pequenos vasos) Hematoma (mancha roxa por rompimento de grandes vasos) Tratamento Gelo no local (*) Analgésico Enfaixamento compressivo Repouso (*) A aplicação do gelo está presente no tratamento dos traumatismos fechados em geral pois o gelo possui duas propriedades importantes, ação de analgesia, combatendo a dor e ação vasoconstritora atuando na diminuição do edema e do hematoma. Entorse São traumatismos que lesam as articulações. São originados devido a um movimento abrupto que exceda a elasticidade da articulação ou por impacto. Podem determinar rompimento nos ligamentos (estiramento). Ocorrência - grandes articulações como ombro, cotovelo e tornozelo. Sintomas Dor intensa no local Edema Equimose ou hematoma (que podem instalar-se tardiamente) Dificuldade de realizar movimentos Tratamento Gelo Analgésico Imobilização com faixas de crepe Repouso Luxação
  • 17. São traumatismos que lesam as articulações determinando a perda de contato das superfícies ósseas. Ocorre lesão dos ligamentos e/ou de cápsula articular. Ocorrência - ombro, cotovelo, clavícula, mandíbula, tornozelo e joelho. As luxações estão classificadas em: Congênitas - a criança nasce com o traumatismo. Patológicas - o traumatismo ocorre em decorrência de uma doença. Traumáticas - ocorrem devido a impactos ou movimentos bruscos. Existem dois tipos: Completa - afastamento total das superfícies ósseas. Incompleta - afastamento parcial ou incompleto das extremidades ósseas. Sinais e sintomas Dor intensa Edema Equimose ou hematoma Impossibilidade de realizar movimentos Tratamento Gelo no local Repouso Analgésico Imobilização com talas rigidas NUNCA fazer a redução das luxações, isto é, tentar recolocá-la no lugar. (Existe uma exceção que é para a luxação de mandíbula, que será abordada posteriormente). Luxação de Cotovelo
  • 18. Fratura São traumatismos determinados por lesão óssea. Podem ser fechadas, quando não ocorre lesão do tecido tegumentar, ou abertas quando o osso se expõe através da pele. As causas mais comuns envolvem acidentes de grande impacto - aviões, carros e motos. Considerações: Traço da fratura - local do osso em que ocorreu a lesão. Geralmente é visualizado somente pelo RX. Foco da fratura - porção próxima ao local lesado onde observamos os sinais. É a região que se torna arroxeada e com edema. Sinais e sintomas Dor intensa e constante (que aumenta com o movimento) Edema Hematoma e equimose (que podem manifestar-se tardiamente) Incapacidade funcional Podem também estar presentes: Crepitação óssea - sinal que não deve ser pesquisado pois, além de promover dor, pode agravar a fratura. Deformidade óssea. Tratamento Imobilização (Pode ser empregado a aplicação de gelo e a administração de analgésico) Técnicas de imobilização
  • 19. - Utilizar talas rígidas e acolchoadas; - Deixar as extremidades visíveis para avaliação da condição circulatória do membro; - Jamais comprimir o foco de fratura. Fraturas não articulares - Diafisárias A imobilização deve abranger uma articulação acima e outra abaixo da lesão. Fraturas articulares - Epifisárias A imobilização deve abranger um osso acima e outro abaixo da lesão. OBS: Em caso de dúvida de fratura esta sempre deverá ser imobilizada. A imobilização evita o atrito entre os fragmentos ósseos e complicações como ruptura de vasos sangüíneos ou nervos. Classificação Quanto à fragmentação óssea (extensão do traço) - Completa - Incompleta ( "galho verde" ) Quanto a quantidade de traço - Única ou Simples - Dupla - Tripla - Cominutiva (comum nas epífises) Quanto a movimentação de fragmentos - Transversal - Angular - Rotação - Penetração - Separação - Cavalgamento Quanto a direção do traço - Transversa - Oblíqua - Em bico de flauta - Em espiral - Longitudinal Quanto a relação traumatismo x traço - Direta - Indireta Quanto a posição - Articulares (epifisárias)
  • 20. - Não articulares (diafisárias) TRAUMATISMOS ABERTOS Alteração sofrida pelo organismo causada por algum agente traumatizante, determinando lesão do tecido tegumentar (pele) e conseqüente rompimento vascular. Hemorragia É a perda de sangue circulante resultante de uma lesão vascular. Toda hemorragia está relacionada ao tipo e ao calibre do vaso lesado. O organismo possui mecanismos de defesa que agem na tentativa de controle da perda sangüínea através da coagulação do sangue. Sempre diante de uma hemorragia há necessidade de se promover a hemostasia, isto é, cessar o sangramento. As plaquetas são as células que participam ativamente do processo de hemostasia mas existem no sangue vários outros fatores que contribuem para sua coagulação. Dentre eles destacam-se a tromboplastina e o fibrinogênio, substâncias que juntamente com as plaquetas auxiliam no processo hemostásico. Hemostasia É o selamento dos vasos sangüíneos lesados, estancando ou diminuindo o sangramento. Tipos de hemostasia: Fisiológica Coagulação - reações metabólicas entre plaquetas e fatores de coagulação (fibrinogênio, tromboplastina e protrombina), auxiliando na reconstituição da lesão. Vasoconstrição - por ação da serotonina e outras substâncias liberadas pelo organismo. Mecânica Geral - deitar a vítima, deixando-a na horizontal e elevar os membros inferiores (caso não haja restrição). Específicas - compressão no foco hemorrágico com gaze ou pano limpo e compressão nas áreas adjacentes (artérias próximas ao local de hemorragia). As hemorragia podem ser: Internas - quando o sangue não é exteriorizado, fica acumulado em cavidades internas. É mais grave devido a maior dificuldade de diagnóstico. Seu diagnostico é feito por sinais indiretos. Os locais mais comuns são: região abdominal - fígado e baço fraturas - pélvica e fêmur
  • 21. Externas - quando o sangue é exteriorizado (visualizado) através do ferimento ou orifício natural. Lesão Vascular Tipos de hemorragia 1.Arterial - origina-se por uma lesão de artéria e apresenta maior gravidade devido a dificuldade na obtenção da hemostasia. Características: Sangramento abundante, coloração vermelho vivo e é pulsátil - o sangue sai em jatos.
  • 22. 2. Venosa - origina-se de uma lesão de veias e possui maior facilidade para obtenção da hemostasia. Características: Sangramento em grande quantidade, coloração vermelho escuro e o sangue escorre - extravasa continuamente. 3. Capilar - origina-se de lesão em pequenos vasos (capilares) e tendem a hemostasia espontânea, muito fácil. Características: Sangramento pequeno. Tratamento São consideradas 3 técnicas hemostásicas respectivamente: 1º - Compressão local do foco hemorrágico 2º - Compressão nas adjacências 3º - Torniquete ou Garroteamento (*) (*) O garroteamento é o último recurso que utilizamos. É uma técnica perigosa pois promove isquemia no local garrotedo (Isquemia = diminuição do fluxo sangüíneo). Também é uma técnica pouco empregada devido a sua restrição a sangramentos de membros inferiores e superiores. Quando utilizado, o garroteamento deve obedecer a técnica que consiste em afrouxá-lo a cada 15 minutos, esperando 30 segundos pelo restabelecimento da circulação sangüínea no membro e só então garroteá-lo novamente. Este procedimento deve ser repetido até o controle do sangramento. Terminologia * Otorragia - sangramento do ouvido, pode ser sinal de fratura craniana. * Epistaxe ou rinorragia - sangramento nasal. * Hemoptise - sangramento proveniente dos pulmões, acompanhado de tosse. * Hematemese - sangramento proveniente do aparelho digestivo, acompanhado de vômito e geralmente de restos alimentares. * Melena - sangramento proveniente da parte alta do aparelho digestivo (estômago e duodeno). As fezes são escuras (borra de café) e fétidas. * Enterorragia - sangramento proveniente de partes baixas do aparelho digestivo (reto e intestino grosso). Evacuação com sangue. * Hematúria - urina com sangue. * Metrorragia - sangramento anormal do útero, fora do período menstrual. Choque Hipovolêmico Ocasionado por hemorragias onde ocorra uma perda acima de 20% do volume
  • 23. sangüíneo corpóreo. Sinais e sintomas Palidez Sudorese Pele fria e pegajosa Taquicardia e pulso fino Hipotensão Náuseas e vômitos Tontura Hipotermia Confusão mental Inconsciência Tratamento Deitar a vítima e manter sua cabeça mais baixa que o corpo a fim de favorecer a oxigenação cerebral. Repouso Elevar os membros inferiores (se não houver contra-indicação) Agasalhar a vítima Não oferecer líquidos - apenas umedecer os lábios com gaze. Feridas São lesões no tecido cutâneo causando descontinuidade da pele ou mucosa. Podem ter diversas causas por isso seu estudo está diretamente relacionado ao tipo de agente traumatizante. Suas características se apresentam conforme as configurações de suas paredes, fundo e bordas. Tipos de feridas Escoriações - causadas por superfícies ásperas (asfalto, cimento). Ocorre um atrito superficial sobre a pele, traduzem um quadro doloroso intenso e pequeno sangramento. Puntiforme ou Punctória - causadas por agentes pontiagudos (pregos e injeção). Apresentam-se com bordas pequenas e paredes fundas. Incisas - provocadas por agentes cortantes (lâmina de bisturi, lâminas de facas). Caracterizam-se por serem feridas regulares - bordas, fundo e paredes regulares. Contusas - originadas por grandes impactos (martelada). Caracterizam-se por serem feridas irregulares. Apresentam-se por diferentes conformações de bordas. Traduzem estímulo doloroso latejante devido ao esmagamento das terminações
  • 24. nervosas e pouco sangramento por conta da maceração dos vasos sangüíneos. Penetrantes - causadas por objetos que invadem o organismo e atingem órgãos internos. Transfixantes - causadas por objetos que atravessam o corpo tendo orifício de entrada e de saída. Larcerocontuso - perda de tecido ou substância. Quando ocorre no couro cabeludo denomina-se escalpelamento. Sinais e sintomas São variáveis de acordo com o tipo de ferimento e região afetada. Em geral: Dor Hemorragia Bordas separadas Tratamento Objetiva evitar a infecção, visto que é sempre um fator de risco. Toda ferida é suscetível a infecção. * Lavar as mãos do socorrista * Hemostasia * Limpeza da ferida * Antissepsia da ferida * Bandagem Em regiões pilosas tipo couro cabelo pode ser necessário realizar a tricotomia da região (raspagem dos pelos) para facilitar a limpeza. Deve-se realizar a limpeza com água e sabão ou soro fisiológico, posteriormente usar um antisséptico preferencialmente a base de iodo. Em alguns casos pode-se fazer a aproximação das bordas antes de cobrir o ferimento. Feridas Sangrantes - nos casos de ferimento onde o sangramento é intenso, como em grandes hemorragias, o tratamento compreende: * Hemostasia * Lavar as mãos * Limpeza da ferida * Antissepsia da ferida * Bandagem
  • 25. Nestes casos aplica-se também um curativo compressivo. Fratura exposta É uma lesão óssea com rompimento da pele. Pode apresentar como complicação a infecção óssea que é denominada osteomielite. Sintomas e sinais Dor intensa Incapacidade funcional (limitação de movimento) Edema Hemorragia Tratamento Iniciar com os cuidados à ferida lembrando que JAMAIS se deve tocar nos fragmentos ósseos e NUNCA se faz redução (recolocá-lo no local). Imobilizar. Proteger o fragmento ósseo. TRAUMATISMOS PARTICULARES 1.Traumatismo Craniano Dividem-se em dois tipos: Superficiais  Atingem o couro cabeludo e caracterizam-se por sangramento intenso. Deve-se fazer curativo compressivo ou um enfaixamento com atadura de crepe. Profundos  Ósseas - são aquelas com fratura craniana. Encefálicas - são aquelas com lesão cerebral. Não deve ser feito compressão no local. Faz-se um curativo com delicada compressão. São denominados traumatismos crânio encefálicos - TCE. Toda vítima com suspeita deste tipo de lesão deve ser vigiada para observação da presença dos seguintes sinais: * Alteração no nível de consciência - torpor; confusão mental; inconsciência. * Respiração lenta e profunda. * Freqüência cardíaca lenta - bradicardia e pulso cheio. * Alteração ocular - desvio ou assimetria ocular. Pupilas anisocóricas (diferentes). * Vômitos em jato (sintoma que deve ser valorizado). * Otorragia. * Convulsões.
  • 26. Obs: as convulsões traduzem uma desorganização na condução dos impulsos nervosos. Possuem diferentes etiologias, isto é, podem estar associadas a um traumatismo crânio encefálico (como visto acima), a estados febris, outros desequilíbrios metabólicos ou até mesmo a epilepsia por exemplo. A vítima apresenta: * Perda da consciência * Movimentos clônico-tônicos-incoordenados * Hipersecreção oral * Contratura maxilar O tratamento de uma crise convulsiva objetiva evitar que a vítima se machuque. Para tal deve-se: Afrouxar as vestes da vítima; Manter sua cabeça lateralizada para favorecer a drenagem da secreção oral e evitar a broncoaspiração; Tentar proteger sua língua com um pano macio; Protegê-la para evitar que se debata contra objetos (o mesmo cuidado é tomado com relação a cabeça). A duração de uma convulsão é muito variável, de alguns segundos a até minutos. A sonolência pós crise é algo comum bem como determinada confusão mental, mantenha a vítima sob vigilância. 2. Lesões Faciais Uma simples inspeção da face sugere a presença de lesões. Deve-se observar a presença de hematomas, deslocamentos ósseos, assimetria das estruturas da face, afundamentos ou saliências. Olho Estrutura delicada, possui um sistema de lentes semelhante ao de uma câmara fotográfica. Tem como principal ocorrência acidentes com a presença de corpo estranho na conjuntiva - tipo "cisco", que podem ser de vários tamanhos e tipos.
  • 27. Os corpos estranhos irritam o olho, o que causa desconforto e lacrimejamento. As lágrimas podem eliminar o corpo estranho, mas em alguns casos pode tornar-se necessário um procedimento de ajuda. Tratamento Lavar a região ocular com água corrente. Obs: lesões oculares onde o corpo estranho se apresenta fixo na conjuntiva (transfixantes ou penetrantes) proceder a lavagem com grande quantidade de colírio tipo lágrima e fazer curativo oclusivo. NÃO retirar o corpo estranho. NÂO permitir que a vítima esfregue o olho. As vezes é necessário fazer curativo oclusivo no outro olho. Nariz Lesões nasais que não apresentem sangramento, não requerem tratamento imediato, podendo aguardar avaliação médica e tratamento específico. O mesmo é verdadeiro para acidentes com corpo estranho onde, geralmente a vítima respira pela boca. Não tente fazer a remoção pois isto pode agravar a situação empurrando o corpo estranho para vias mais profundas. Assoar com delicadeza comprimindo a narina não envolvida. Nas lesões sangrantes, também reconhecidas como epistaxe, deve-se tratar com: Compressão da(s) narina(s) Cabeça para frente Compressas de gelo na região frontal Nos casos em que a hemostasia não ocorre com o procedimento anteriormente descrito faz-se necessário o tamponamento nasal o que é realizado com gaze embebida em soro fisiológico. Ouvidos O problema mais freqüente ocorre com crianças que introduzem coisas dentro do conduto auditivo. É comum encontrar-se grãos e objetos pequenos como peças de brinquedo. Outra ocorrência é associada a traumas, onde a vítima apresenta a saída de um líquido seroso ou sanguinolento pelo ouvido, o que requer providenciar atendimento médico logo que possível. Lembre- se, este é um sinal que pode estar presente na vítima de fratura craniana - lesão crânio-encefálica. Corpos estranhos * Nunca introduza qualquer instrumento ou objeto no ouvido na tentativa de retirar
  • 28. o corpo estranho pois isto pode agravar a situação. O ideal é não tentar retirá-lo e, assim que possível, encaminhar a atendimento médico específico. * Na presença de um corpo estranho vivo deve-se pingar algumas gotas de óleo no ouvido e orientar a vítima para deitar com a cabeça virada para o lado afetado, favorecendo assim a saída do inseto. A presença de um corpo vivo no interior do ouvido é algo de extremo incômodo e causa um ruído insuportável. Boca Uma simples observação na cavidade oral é suficiente para detectar possíveis lesões. É importante checar a integridade da mucosa bem como a boa oclusão dentária. A maioria dos sangramentos orais tende a coagulação espontânea, não requerendo cuidados especiais. O maior cuidado deve ser a limpeza oral - desobstrução das vias aéreas superiores - para evitar possível asfixia em vítimas que se encontram inconscientes. Mandíbula A mandíbula é uma formação óssea articulada. Assim sendo, são duas as lesões que podem acometer esta região. Luxação têmporo-mandibular (queda do queixo) A única luxação que pode ser reduzida como conduta em primeiros socorros. Técnica Coloca-se a vítima sentada com a cabeça apoiada na parede.
  • 29. O socorrista acomoda seus dedos polegares sobre os molares inferiores da vítima (protegendo as mãos) e os outros dedos no ângulo da mandíbula. Exercer pressão para baixo e para trás - como num movimento de alavanca. Repetir a técnica por no máximo 3 vezes. Imobilizar a mandíbula (atadura sob a mandíbula). Fratura de mandíbula O tratamento básico consiste em imobilização. Caso exista algum ferimento corte contuso, tratá-lo com curativo compressivo. 3. Traumatismo de Pescoço Esta região abriga estruturas importantes como vasos sangüíneos, tubos ventilatório e digestivo além da porção inicial da coluna vertebral. Esôfago As lesões de esôfago determinam, geralmente, dificuldades na deglutição. A conduta consiste em manter jejum e aguardar atendimento médico. Mastigação e Deglutição
  • 30. Vasos Os principais vasos sangüíneos da região cervical são: Carótidas - artérias Jugulares - veias Lesões nesses vasos determinam sérias perdas sangüíneas com difícil controle. Características: Hemorragia - fazer a hemostasia através de compressão local. Observar sinais de choque hipovolêmico. Traquéia A presença de corpo estranho no orifício traqueal requer condutas adequadas e precisas devido ao provável comprometimento ventilatório. A traquéia é o tubo responsável pela condução do ar aos pulmões. Qualquer outra substância que não o ar, grãos ou pequenas quantidades de líquido, que acidentalmente entre no canal traqueal, é suficiente para desencadear o engasgo. Deve-se valorizar a tosse que é o primeiro reflexo mecânico para expulsão do corpo estranho. Quando necessário tentar a remoção mecânica. O estágio de maior comprometimento ventilatório denomina-se asfixia. A vítima apresenta sinais de sufocamento geralmente acompanhado de cianose. Nesses casos, quando as manobras descritas anteriormente não deram resultado, pode- se tentar o seguinte procedimento: Golpes abdominais subdiafragmáticos (Manobra de Heimlich)- utilizado em caso de prejuízo respiratório.
  • 31. Posicionar-se atrás da vítima (consciente); Colocar as suas mãos sobrepostas abaixo do apêndice xifóide da vítima; Movimentar firmemente para dentro e para cima. Em caso de vítima inconsciente: Posicionar-se sobre a vítima que deverá estar em decúbito dorsal, cabeça lateralizada, e realizar o mesmo movimento sobre a região epigástrica. 4.Traumatismo de coluna Cervical A primeira porção da coluna vertebral é denominada coluna cervical. Lesões cervicais podem determinar tetraplegias ou até mesmo a morte. Como todo trauma de coluna, a maioria atinge as vértebras e há riscos de lesão na medula espinhal, o que se caracteriza por comprometimentos respiratórios, perda de função neurológica motora como paresias ou paralisias, além de dor local, deformidades ou edemas. O atendimento adequado para vítimas de lesão na coluna vertebral consiste em socorrê-los com técnicas de transporte. Cuidados no transporte de vítimas com suspeita de lesão vertebral Imobilização da cabeça e pescoço com colar cervical (lesão cervical) Decúbito dorsal em superfície dura Obs: Movimentar a vítima com muito cuidado para não exercer compressão na medula. Pelo menos quatro pessoas devem transferir a vítima para a maca com
  • 32. movimentos sincronizados (cabeça, pescoço e tórax, quadril e coxas, pernas). 5.Traumatismo torácico Fratura de Costela Sinais e sintomas Trauma no local com presença de escoriações ou ferimento corte contuso. Dor - que aumenta com os movimentos respiratórios Dispnéia Ainda podem estar presentes - edema e hematoma Tratamento Administrar analgésico Enfaixamento torácico Aplicação de gelo picado. Obs.: em caso de dispnéia intensa NÃO deverá ser feito o enfaixamento torácico. Nestes casos pode-se administrar oxigênio com a vítima na posição sentada e deixá-la em repouso. Lesão pulmonar Sinais e sintomas Dor aguda, tipo pontadas (aumentam com os movimentos respiratórios) Hemoptise Dificuldade respiratória Obs: lesões pulmonares abertas geralmente apresentam uma característica importante que é um sangramento com bolhas (espumoso). Nesses casos o curativo deverá ser oclusivo volvular. Tratamento Curativo de 3 pontas Analgésico Oxigenoterapia (com a vítima na posição sentada) Repouso Complicações
  • 33. Pneumotórax - ar na cavidade pleural cujo principal sintoma é dor local e dispnéia. O pneumotórax pode ocorrer de maneira espontânea, isto é, não estar relacionado a nenhum trauma. Hemotórax - sangue na cavidade pleural. A sintomatologia geralmente compreende dispnéia e dor. 6.Lesão abdominal A região abdominal é muito susceptível a traumatismos por não possuir proteção óssea. Isto torna-a vulnerável a complicações por acometimento de órgãos internos (vísceras). Os traumatismos abdominais estão divididos em: Superficiais  quando não atingem o peritôneo, apenas pele, subcutâneo, e tecido muscular. Profundas  quando lesam o peritôneo e/ou vísceras. Estes traumatismos podem determinar uma evisceração (saída das vísceras pelo orifício do trauma).
  • 34. Sinais e sintomas São variáveis conforme a extensão Dor abdominal Vômitos (imediatos ou tardios) Contração muscular da parede abdominal (peritonite aguda) Distensão abdominal Evisceração - saída de vísceras Tratamento Manter a vítima em jejum Em casos de evisceração: NÃO tocar nas vísceras e NUNCA tentar recolocá-la na cavidade. Proceder a limpeza do ferimento (umedecer a região). Cobrir com compressas preferencialmente esterilizadas e previamente umedecidas com soro fisiológico. Observação Na presença de qualquer corpo estranho na cavidade abdominal, NUNCA tentar removê-lo. 7.Fratura de Bacia (Quadril) Sinais Dor no local Hematomas Incapacidade funcional Obs: Podem ser causas de grandes hemorragias internas. Manter a vítima sobre constante vigilância para detectar possíveis sinais de choque hipovolêmico. Tratamento Deitar a vítima em superfície rígida Colocar um cobertor entre suas pernas e aproximá-las para então enfaixar POLITRAUMATIZADO É a vítima com lesões traumáticas em várias partes do corpo. Geralmente este é o tipo de vítima que encontramos no socorro a acidentes aéreos. Nenhuma vítima deve ser removida do local do acidente antes de serem prestados os primeiros socorros pertinentes e utilizadas as técnicas de transporte, a menos que haja algum risco iminente. Avaliação geral * Verificar estado de consciência * Checar resposta a estímulos (auditivos, visuais, dor e reflexo) * Observar condição respiratória
  • 35. * Manter vias aéreas superiores livres * Verificar pulsação * Verificar sinais de sangramento * Verificar coloração da pele e mucosas - palidez/cianose * Verificar condição de olhos e pupilas * Observar presença de vômitos " O exame primário , os cuidados no transporte e os movimentos adequados, melhoram as condições de remoção da vítima e sua posterior recuperação " Técnicas de transporte Vítimas Conscientes * Sentadas ou Semi-sentadas Exceção - traumatismos de coluna vertebral - fraturas de bacia - lesão abdominal Vítimas Inconscientes * Decúbito dorsal com lateralização da cabeça. A lateralização da cabeça é medida utilizada para evitar-se a broncoaspiração. Exceção - traumatismo de coluna cervical (a cabeça deve estar alinhada com o corpo, amparada por coxins).
  • 36. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS I São alterações orgânicas que possuem diferentes etiologias. Podem estar relacionadas a patologias, acidentes, problemas circunstanciais, distúrbios metabólicos etc. 1. Desmaio ou Lipotimia É a perda repentina e transitória dos sentidos e consciência. Embora tenha variada etiologia é conseqüência da diminuição temporária de sangue (oxigênio) no cérebro. Pode estar relacionado a longos períodos de jejum, alimentação insuficiente, excesso de exposição ao sol, desequilíbrio emocional entre outros. Sintomas precedentes Fraqueza e cansaço Sensação de "falta de ar" Tonturas Náuseas Palidez Sudorese fria Zumbido no ouvido Anópsias - visão escurece Perda do controle muscular Queda brusca (mecanismo de defesa) Tratamento Visa favorecer a oxigenação cerebral. Conduta para vítima na eminência do desmaio: vítima sentada  manter a cabeça da vítima entre as pernas. vítima em pé  solicitar que sente e posicionar a cabeça entre as pernas. Conduta para vítima desmaiada - ao chão: Elevar os membros inferiores mantendo a cabeça mais baixa que o corpo Afrouxar as vestes Afastar curiosos Arejar o ambiente (ventilar) Obs: Não oferecer medicamentos ou bebidas alcoólicas.
  • 37. 2. Alcoolismo É a ingestão excessiva de álcool (etanol), seja por dependência ou não. Ação do etanol no organismo: O álcool libera uma toxina depressora do sistema nervoso central diminuindo a oxigenação e a concentração de glicose nas células nervosas. Sinais e sintomas Fase de euforia  o indivíduo encontra-se alegre, falante, com manifestações inconvenientes e geralmente, com tendência a maior ingestão de álcool. Fase depressiva  sonolência, incoordenação motora, fala arrastada, náuseas e vômitos e comportamento desinibido ou arrogante. Fase grave  queda de temperatura corpórea (hipotermia), pulso fraco, sudorese, torpor e por vezes, inconsciência (coma alcoólico). Tratamento * Abordar a pessoa com respeito, de modo seguro e coerente (sem julgar ou atribuir conceitos morais). Lembre-se de que existem pessoas com problemas psíquicos ou psiquiátricos. * Oferecer algo doce, preferencialmente um líquido. "Delirium tremens" (alucinose alcoólica) Estado tóxico permanente ou devido a suspensão da ingestão de álcool. Sinais de suspeita: Ansiedade Temor incontrolável Tremores Irritabilidade Agitação Insônia Hiperatividade - aumento dos sinais vitais Dilatação pupilar Sudorese Pode estar presente ainda - alucinações visuais, táteis, olfativas e auditivas 3. Hipo e Hiperglicemia Hipoglicemia  diminuição de açúcar (glicose) no sangue. Algumas pessoas possuem predisposição para tal ocorrência. Geralmente ocorre devido a longos períodos de jejum, alimentação deficiente, atividade física excessiva, alcoolismo
  • 38. ou até mesmo devido a diabetes. Hiperglicemia aumento de açúcar (glicose) no sangue. Normalmente causada por falta de insulina. Freqüentemente o passageiro que sofre deste mal possui a medicação específica, seja ela um comprimido hipoglicemiante ou a própria insulina, cabendo ao comissário auxiliá-lo na auto medicação. Diabetes  doença metabólica caracterizada pela diminuição na produção de insulina ou no metabolismo da glicose. Sinais e sintomas (hipoglicemia) Sensação de fome Visão turva Sonolência Cefaléia Confusão mental Palidez Desmaio Sudorese fria Em casos mais graves - agitação, irritabilidade, amnésia e convulsão Tratamento (hipoglicemia) Oferecer glicose por via oral Deixar a vítima confortável Em caso de desmaio, dar prioridade à irrigação cerebral. Obs: Sempre é importante colher informações com a vítima ou acompanhantes pois estes sinais podem ser confundidos com os de hiperglicemia. 4. Dispnéia Dificuldade respiratória com presença ou não de cianose (deficiência de oxigenação sangüínea). É o principal sintoma da asma, doença de etiologia alérgica, que acomete os brônquios e habitualmente tem caráter crônico. Tratamento Colocar a vítima sentada Aplicar oxigênio por máscara Administrar broncodilatador - o passageiro asmático geralmente é portador desta medicação "bombinha". Na presença da crise asmática pode ser necessário auxiliá-lo na auto-medicação.
  • 39. Obs: todo passageiro em uso de oxigênio deve ser rigorosamente vigiado. O excesso de tempo de uso de oxigênio pode desencadear uma parada respiratória. Sempre que a respiração tenha se normalizado ou a cianose melhorado, interromper a administração. 5. Insolação e Intermação São causadas pela exposição excessiva ao calor. Possuem a mesma sintomatologia. Insolação  causada pela ação direta dos raios solares (exposição ao sol). Comum no verão, principalmente das 12 às 15 horas. Intermação  causada por ambientes fechados e com pouca ventilação. Fatores predisponentes: * Umidade - uma maior umidade determina menor transpiração. * Ventilação - uma menor ventilação favorece ao aumento da temperatura ambiente. * Condicionamento físico - o obeso possui maior predisposição por reter mais o calor devido a camada adiposa. * Atividade física - após o excesso de exercícios físicos, é comum uma fadiga muscular e um maior acúmulo de toxinas no organismo. Isto determina a elevação da temperatura corpórea. * Alimentação excessiva * Vestuário escuro * Intoxicação - associadas ao consumo de álcool e fumo. Sinais e sintomas Moderados Aumento da temperatura corpórea Cefaléia Rubor de face Dores abdominais Náuseas e vômitos Palidez e tontura Desmaio Graves Insuficiência respiratória Cianose Taquicardia Pulso fino Inconsciência Coma Obs: os sinais e sintomas podem variar, ocorrendo subitamente o desmaio. Tratamento
  • 40. Remover a vítima do local e colocá-la em lugar arejado. Ventilar. Afrouxar as vestes. Retirar curiosos. Colocar compressas frias na testa, nuca e tórax. Dar banhos com água morna, resfriando-a gradualmente. Oferecer líquidos, preferencialmente soluções salinas e oxigenoterapia se necessário. 6. Diarréia e Colites Doença que acomete o intestino caracterizando-se por alteração na freqüência e consistência das evacuações. Estão relacionadas a ingestão alimentar, o que denominamos por intoxicação alimentar. Podem ser também causadas pela ingestão de substâncias irritativas da mucosa. Nos casos de infecção intestinal chamamos de colites ou enterocolites. Sinais e sintomas Fezes amolecidas e fétidas Aumento do número das evacuações Cólicas abdominais Ruídos intestinais Sede Inapetência Náuseas e vômitos Complicação Desidratação Tratamento Hidratação - aumentar a ingestão líquida Repouso *NÃO administrar medicações que cortam a diarréia. Não é necessário suspender a alimentação, apenas evitar alimentos condimentados e gordurosos. Obs: Na ocorrência de um quadro de intoxicação alimentar a bordo causada pela ingestão da refeição oferecida aos passageiros, esta deverá ser imediatamente suspensa. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS II FISIOANATOMIA DA PELE
  • 41. A pele é o maior órgão do corpo humano, composta por várias camadas e reúne funções de grande importância para a manutenção da saúde. Camadas Epiderme É a camada externa da pele, está em contato direto com meio ambiente e possui, dependendo do local, uma espessura de 2 a 4 mm. Derme É a camada mais interna da pele. É composta de fibras colágenas e elásticas, vasos sangüíneos, nervos, glândulas e raízes pilosas. Hipoderme ou tecido subcutâneo Camada composta por tecido gorduroso. Funções Proteção  Mantém o organismo protegido contra microorganismos e corpos estranhos. Sensorial  As numerosas terminações nervosas ali existentes permitem a leitura da temperatura, da dor e do tato. Regulação da temperatura  Permite a dissipação ou retenção do calor. Equilíbrio hidroeletrolítico  Controla a perda excessiva de água e eletrólitos (sódio, magnésio, potássio etc.). QUEIMADURAS As queimaduras determinam lesões tissulares, isto é, acometem os tecidos de revestimento do corpo.
  • 42. Causas: Físicas  calor - frio - eletricidade. Químicas  substâncias químicas (ácidas ou alcalinas). Radiações  raios solares - substâncias radioativas. Classificação As queimaduras são classificadas em: 1º grau - são as mais supeficiais, lesam a epiderme. Características: - dor local - vermelhidão (eritema) Exemplo: queimaduras solares 2º grau - atingem a epiderme e derme. Características: - dor local - flictena (bolhas) - eritema Exemplo: queimadura por líquidos queimadura por brasa 3º grau - lesam tecidos mais profundos como tecido subcutâneo (hipoderme). 4º grau - lesam músculos e ossos. Características: - dor (a sensação dolorosa é freqüentemente diminuída devido a lesão nas terminações nervosas). - pele escurecida ou esbranquiçada com eritema ao redor. - úlcera com pontos de necrose. A classificação das queimaduras é obtida através da avaliação da profundidade e extensão de tecido lesado (grandes e pequenos queimados).
  • 43. Outra consideração importante é a extensão da queimadura. No atendimento a vítimas de queimadura, deve-se identificar o grau de gravidade. Considera-se um pequeno queimado aquele que possui menos de 15% de superfície corpórea atingida. O grande queimado é aquele que sofreu acometimento de mais de 15% de superfície corpórea. A gravidade das queimaduras se relaciona com a extensão de superfície corpórea lesada. Complicações Infecção  a descontinuidade da pele favorece a entrada de microorganismos. Perda de líquidos e eletrólitos  é considerada como uma conseqüência de queimaduras extensas. Tratamento * Em acidentes que o fogo atinge as vestes ou o próprio corpo da vítima deve-se tentar apagá-lo com o auxílio de um cobertor ou pedir para a vítima rolar sobre o chão. * Verificar vias aéreas superiores. * Retirar ou afrouxar as vestes. Não tentar remover a roupa quando esta estiver aderida a pele. Nestes casos deve-se cortar a parte grudada e retirar o restante. * Ao retirar roupas com resíduos de substâncias químicas cuidado para não tornar-se outra vítima. * Retirar adornos. * Lavar as mãos. * Lavar a lesão com água e sabão. * Fazer a antissepsia. * Administrar analgésico. * Não furar bolhas Em grandes queimados * Aquecer a vítima e evitar movimentos. * Administrar analgésico. * Oferecer líquidos (se possível). * Oxigenoterapia (se necessário) Queimadura nos olhos - faz-se curativo oclusivo com gaze embebida em soro fisiológico.
  • 44. Queimaduras elétricas - podem acarretar problemas internos como queimaduras de órgãos ou ainda parada cárdio respiratória. Queimadura química - difícil diagnóstico do agente (ácido ou alcalino); é indicado somente a aplicação abundante de água limpa para diluir a substância química. INTOXICAÇÃO São causadas pela ingestão, inalação, inoculação ou contato cutâneo de substâncias que desencadeiam respostas orgânicas de intolerância geralmente de caráter alérgico ou anafilático. Podem ser acidentais ou não. Ingeridos - Entorpecentes e medicamentos (barbitúricos) - Produtos de limpeza e produtos químicos - Alimentos contaminados Inalados - Gases Sinais e sintomas Ingestão Lesões na boca Hálito diferente Transpiração abundante Dor ao deglutir Dor abdominal Náuseas e vômitos Diarréia Alteração no nível de consciência Convulsão Alteração pupilar (diâmetro da pupila) Alteração na freqüência cardíaca Alteração na freqüência respiratória Manchas na pele
  • 45. Inalação Tosse produtiva Irritação traqueal Dor na inspiração Catarro escurecido Cefaléia Lábios avermelhados (cor de cereja) Náuseas e vômitos Vertigens Desmaio Alteração dos sinais vitais Insuficiência respiratória Cuidados Reconhecimento da situação como um todo - exame do local. Identificar situação de risco. Verificar se há sinais de drogas ou venenos e tentar identificá-los. Se vítima inconsciente Verificar se existem aplicadores de droga ou recipientes (identificação) Se vítima consciente indagar Tipo de medicamento Como foi aplicado Quantidade Tempo decorrido da aplicação Tratamento geral Atentar para segurança do socorrista Evitar contaminação Retirar a vítima da situação de risco Desobstruir vias aéreas superiores Empregar manobras de reanimação cardiopulmonar - quando necessário Avaliar sinais vitais Afrouxar vestes Manter a vítima sob supervisão Ingestão barbitúrica
  • 46. Indução ao vômito (somente em vítimas conscientes) A ingestão deve ter ocorrido há no máximo 2 horas Guardar pequena amostra do conteúdo eliminado Modo de provocar o vômito: Com auxílio de um cabo de colher, estimular a úvula. Obs - NÃO provocar vômito em vítimas de intoxicações por substâncias químicas/corrosivas. Inalação de gases Retirada da vítima do ambiente de risco Administrar oxigênio na presença de dificuldade respiratória. A administração de leite, embora um pouco controversa, é empregada em casos de inalação de fumaça (monóxido de carbono) e tem como finalidade a proteção da mucosa gástrica. Via dérmica Lavar com água a região afetada por uns quinze minutos Via ocular Lavar com água abundante e fazer um curativo oclusivo (umedecido com soro fisiológico) EMERGÊNCIAS CARDIOLÓGICAS Dentre as várias ocorrências cardiológicas serão abordados as duas principais coronariopatias. As doenças coronarianas são atribuídas a alguns fatores predisponentes. São eles: "Stress" Dislipidemias Hipertensão Sedentarismo Obesidade Tabagismo Hereditariedade Angina do peito Caracteriza-se pela diminuição do fluxo sangüíneo na musculatura cardíaca - Isquemia miocárdica. Sinais e sintomas - Dor retroesternal de curta duração (inferior a 15 min.)
  • 47. - Sensação de angústia - Sensação de formigamento - Náuseas - Dispnéia moderada Tratamento Repouso absoluto Administração de vasodilatador corona-riano (se uso do pax ou por indicação médica) Oxigenoterapia * A dor retroesternal melhora com o tratamento Infarto Agudo do Miocárdio É a ausência de fluxo sangüíneo na musculatura cardíaca, causando necrose miocárdica. Sinais e sintomas - Dor retroesternal intensa de longa duração (superior a 30 min.) que pode irradiar- se para região mandibular ou membro superior - Sudorese intensa - Sensação de angústia precordial - Dispnéia aguda - Náuseas e vômitos Tratamento Repouso absoluto Administração de vasodilatador corona-riano (se uso do pax) Oxigenoterapia * A dor NÃO melhora com o tratamento
  • 48. Parada Cardiorrespiratória - PCR É o cessar súbito da atividade mecânica e/ou elétrica do coração, acompanhado de falência respiratória. Sinais - Apnéia - Ausência de pulso nas grandes artérias (carótida) - Midríase paralítica - Inconsciência - Cianose Tratamento O tratamento básico consiste na Manobra de Reanimação. * Desobstrução das vias aéreas superiores; * Massagem cardíaca externa; * Respiração artificial. Deitar a vítima em superfície dura, decúbito dorsal e hiperextensão da cabeça. O ritmo da manobra deve ser : Nº Socorrista MCE X RA 01 - 30 x 02 02 - 15 x 02 A massagem cardíaca e a ventilação devem alcançar a freqüência normal durante a manobra de reanimação, isto é, 100 bpm e 12rpm respectivamente. A respiração artificial será feita pelo método boca a boca. Neste procedimento, além do oxigênio que é introduzido na vítima, o gás carbônico é muito importante pois age com um estimulante cerebral no restabelecimento ventilatório. AFOGAMENTO A vítima removida da água é reconhecida como afogado. Dividiremos o afogamento em dois tipos clássicos. Afogado cianótico Vítima que sofreu asfixia pela água. Apresenta obstrução das vias respiratórias por inundação (acúmulo de água nos pulmões).
  • 49. Sinais e Sintomas Cianose Pulso fino Veias jugulares túrgidas Respiração superficial e irregular Tratamento Afrouxar as vestes Desobstruir as V.A.S. Remoção da água: - posicionar a vítima em decúbito ventral - colocar os braços flexionados sob a região torácica - exercer compressão na região lombar Oxigenoterapia Afogado pálido Vítima que se apresenta em parada cárdio respiratória por obstrução das vias respiratórias devido ao fechamento da glote. Sinais e Sintomas Apnéia Ausência de pulso Midríase paralítica Inconsciência Tratamento Afrouxar as vestes Desobstruir as V.A.S. Estabelecer a manobra de reanimação cardiopulmonar - MCE X RA Primeiros Socorros Remoção do Acidentado Voltar para o Menu A remoção da vítima do local do acidente para o hospital é tarefa que requer da pessoa prestadora de primeiros socorros o MÁXIMO DE CUIDADO E CORRETO DESEMPENHO.
  • 50. ANTES DA REMOÇÃO: TENTE controlar a hemorragia. INICIE a respiração de socorro. EXECUTE a massagem cardíaca externa. IMOBILIZE as fraturas. EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO. Para o transporte da vítima podemos utilizar meios habitualmente empregados - maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou de RECURSOS IMPROVISADOS: Ajuda de pessoas. Maca. Cadeira. Tábua. Cobertor. Porta ou outro material disponível. COMO PROCEDER Vítima consciente e podendo andar: Remova a vítima apoiando-a em seus ombros. Vítima consciente não podendo andar: Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de: - Fratura, luxações e entorses de pé. - Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores. - Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros.
  • 51. Vítima inconsciente: Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA: Como levantar a vítima do chão COM A AJUDA DE UMA OU MAIS PESSOAS
  • 52. Vítima consciente ou inconsciente: Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante:
  • 53. Como Remover Vítima de Acidentados Suspeitos de Fraturas de Coluna e Pelve: - Utilize uma SUPERFÍCIE DURA - porta ou tábua (maca improvisada). - Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a maca. - Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas.
  • 54. Como Remover Acidentado Grave Não Suspeito de Fratura de Coluna Vertebral ou Pelve, Em Decúbito Dorsal: - Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.; IMPORTANTE: EVITE paradas e freadas BRUSCAS do veículo, durante o transporte; PREVINA-SE contra o aparecimento de DANOS IRREPARÁVEIS ao acidentado, movendo-o o MENOS POSSÍVEL SOLICITE, sempre que possível, a ASSISTÊNCIA DE UM MÉDICO na remoção de acidentado grave. NÃO INTERROMPA, em hipótese alguma, a RESPIRAÇÃO DE SOCORRO e a MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA ao transportar o acidentado. Primeiros Socorros Desmaios e Estado de Choque Voltar para o Menu
  • 55. É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o volume de sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por: choque elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenenamento, exposição a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave. TIPOS DE ESTADO DE CHOQUE: Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto do corpo. Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias; Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sangüíneos em função de uma lesão medular. Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical; Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do organismo em reagir a uma infecção provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sangüínea liberando grande quantidade de toxinas; Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sangüíneo. Possui as seguintes causas: Perdas sangüíneas - hemorragias internas e externas. Perdas de plasma - queimaduras e peritonites. Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias. Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorre as seguintes reações: Pele: urticária, edema e cianose dos lábios; Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória; Sistema circulatório: dilatação dos vasos sangüíneos, queda da pressão arterial, pulso fino e fraco, palidez. COMO SE MANIFESTA A pele fica fria e pegajosa, aumenta a sudorese (transpiração abundante) na testa e nas palmas das mãos, a face fica pálida com expressão de sofrimento. A pessoa tem uma sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores. A pessoa pode sentir náuseas e vômitos, a ventilação fica curta, rápida e irregular. Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos, o pulso fica fraco e rápido e a pessoa pode ficar parcialmente ou totalmente inconsciente. COMO PROCEDER Realize uma rápida inspeção na vítima, combata, evite ou contorne a causa do estado de choque, se possível. Mantenha a vítima deitada e em repouso, controle toda e qualquer hemorragia externa, verifique se as vias aéreas estão permeáveis, retire da boca, se necessário secreção, dentadura ou qualquer outro objeto. Execute a massagem cardíaca externa associada à respiração de socorro boca-a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso, dilatação das pupilas e parada respiratória. Afrouxe a vestimenta da vítima, vire a cabeça da vítima para o lado caso ocorra vômito.
  • 56. Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm, exceto nos casos de choque cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio, arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de trabalho do coração. Procure aquecer a vítima. Remova IMEDIATAMENTE a vítima para o hospital mais próximo. Lesões no esporte Na prática esportiva os atletas competitivos e os amadores podem provocar diversas lesões, nas articulações, nos tendões, músculos e até fraturas ósseas. Muitos nomes dados a essas lesões são confusos e usados de formas diferentes por médicos, pacientes e esportistas. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência de lesões na prática esportiva feita sem aquecimento e preparo físico, e, portanto, torna-se mais difícil a recuperação. Alguns tipos de lesões: 1) O Entorse, por exemplo, é um movimento anormal de uma articulação, que vai além da amplidão que os ligamentos podem realizar. O entorse pode provocar lesões ligamentares, como entorses de tornozelo e joelho que acontecem quando o pé fica fixo no chão, e a alavanca se faz com o joelho ou tornozelo. O entorse ocorre sem que ocorra luxação (ou seja, sem que os ossos da articulação saiam do lugar), que é mais grave que o entorse. É também chamado de mau jeito, estiramento ou distensão de ligamento. 2) Distensão ou estiramento também pode ser de músculos e se dá quando as fibras musculares ou os tendões alongam-se além do seu normal. 3) Luxação é o deslocamento traumático agudo ou deslocamento permanente das superfícies que compõem uma articulação e que, assim, perdem suas relações anatômicas normais. Pode originar-se de traumatismo, malformação (luxação congênita) ou de lesões outras, como artrites que incidam sobre articulação (luxação
  • 57. patológica ou espontânea). Em ortopedia, luxação é um caso de gravidade. 4) Contusão - Quando existe um trauma em qualquer parte do corpo provocado, por exemplo, por uma pancada, um chute ou uma bolada; e o hematoma quando proveniente de um trauma, resulta em tumor (aumento de volume) formado por sangue extravasado. 5) Fratura - É a perda de continuidade de um tecido ósseo. Pode ser com ou sem desvio. No esporte, os atletas costumam ter fraturas por estresse, ou seja, decorrentes do excesso de atividade, sendo extremamente doloroso (também chamado de over use ou excesso de uso). É freqüente em maratonistas e corredores que vão além de seus limites, ou com ginástica olímpica, além de atividades em que se treina muito. As fraturas da tíbia são as mais freqüentes. 6) Cãibra - É a contratura involuntária do músculo. Pode ocorrer por diversas causas, entre elas, o acúmulo de ácido lático, ou devido a uma alteração no metabolismo de alguns elementos, como sais minerais, potássio e cálcio, entre outros. O músculo entra em espasmo e contrai sem o controle da pessoa. Geralmente são contrações muito dolorosas. 7) Tendinite (pode ter vários nomes todos inadequados, quando terminam em ite, bursite do ombro, epifisite (na epífise do osso), epicondilite no cotovelo- É a inflamação no tendão, cordão ou feixe fibroso que fica na extremidade dos músculos, devido à repetição excessiva de movimentos, mas, que só inflama quando se torna repetitivo e crônico. Na primeira vez, é melhor chamar de entorse. Como orientação geral de primeiros socorros, a primeira coisa
  • 58. a fazer quando se tem um entorse, um trauma agudo ou qualquer lesão é colocar gelo na região lesada, e depois tentar algum tipo de mobilização para aliviar a dor momentânea do local afetado. No caso de cãibras, como medida geral, deve-se pedir para uma pessoa ajudar a fazer o movimento inverso ao movimento do músculo que está contraindo. Por exemplo, se a cãibra acontecer na panturrilha, deitar no chão e forçar o pé para cima e lentamente, no sentido oposto para alongar o músculo posterior da perna. K. J Feury, especialista em medicina esportiva afirma que o Center for Disease Control (em 2002), demonstrou que a cada ano aproximadamente 150.000 americanos, de todas as idades, morrem, em acidentes no esporte, sendo essa a principal causa de morte entre crianças e adultos jovens. Os acidentes que não resultaram em óbitos, no ano de 2002, somaram, aproximadamente, 114 milhões de casos, sendo que 25% foram casos agudos. Um de cada americano terá um acidente desse tipo no esporte que deverá ser tratado. Por isso deve-se investir na prevenção e na educação dos esportistas. RELAÇÃO DOS RADICAIS – PREFIXOS E SUFIXOS MAIS USADOS Raízes Aero = relativo a ar ( aviação – voo). Baro - relativo a pressão atmosférica. Bio - relativo à vida. Cefal - relativo à cabeça. Dermat - relativo à pele. Entero – relativo a aparelho difgestivo ( intestino). Encefal - relativo ao cérebro, ao encéfalo. Gastr - relativo ao estomago. Hemat - relativo ao sangue. Leuc - relativo ao sangue. Oste - relativo ao osso. Ot - relativo ao ouvido. Plasmatico - relativo a plasma, sangue. Patia- relativo a doença. Pneumo - relativo ao pulmão.
  • 59. Rin - relativo ao nariz. Prefixos A ou an - sem, ausência. Anti - contra. Bradi - lento, desacelerado. Dis - dor , doficuldade. Epi - sobre em cima. Glico - relativo à açúcar. Hepato – relativo ao fígado. Hiper - relativo a excesso. Hipo – relativo a deficiência. Intra - dentro de. Pré - antes. Semi - metade. Supra - por cima. Taqui - - acelerado, rápido. Uni - um. Sufixo Algia - dor. Cardia - relativo à coração. Cito – célula. Pneia - referente à repiração. Uria – relativo a urina. Oxia – relativo a oxigênio.