O documento discute estratégias de ensino da leitura, abordando conceitos como: 1) a leitura como processo de interação entre texto e leitor; 2) conhecimentos necessários para a compreensão de textos; 3) representação mental dos sentidos do texto. Também apresenta estratégias de leitura, modos de ler e planejamento de atividades, além de avaliação da competência leitora por meio do PISA.
3. Conteúdos a serem
explorados no encontro
1. O que é ler?
2. O que é necessário para compreender textos?
3. Como os sentidos do texto são representados
mentalmente?
4. Quais as principais estratégias de leitura?
5. Didática da leitura:
a) O que ler?
b) Como ler?
c) Quando e como planejar atividades
permanentes ou sequências didáticas de
leitura?
d) Como avaliar a compreensão leitora?
4. 1. O que é ler?
A leitura é um processo de interação entre o texto e o leitor:
o texto, estruturalmente incompleto, não pode abrir mão da contribuição do leitor.
5. 2. O que é necessário para
compreender textos?
o vocabulário, a
São necessários não só gramática da língua,
os mecanismos de
conhecimentos linguísticos, textualidade
mas também conhecimentos
conhecimentos de
extralinguísticos que mundo,
enciclopédicos,
permitem inserir o texto em históricos, culturais,
ideológicos
uma formação discursiva e
ideológica.
6. São Paulo, sábado, 14 de abril de 2012
CHARGE
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/36916-charge.shtmll Acesso em 15/04/2012
7. São Paulo, sábado, 13 de abril de 2012
CHARGE
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/36731-charge.shtml Acesso em 15/04/2012
8. São Paulo, sábado, 05 de abril de 2012
CHARGE
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/35346-charge.shtml Acesso em 15/04/2012
9. 3. Como os sentidos do texto podem ser
representados mentalmente?
Nível proposicional
Nível da superfície
Nível do modelo mental
Contém as Construído pelos Representação
formulações processos do conteúdo
verbais e as semânticos e tratado no texto
características sintáticos que elaborado
formais do texto. gerenciam a sucessivamente
compreensão por meio do
local e permitem conhecimento
a construção de prévio.
um resumo
mental do texto.
10. Como os sentidos do texto podem
ser representados mentalmente?
Nível do modelo mental
Nível proposicional
Nível da superfície
Repetição literal Compreensão Compreensão
das frases do do que é dito do que é dito
texto mesmo articulando as com base em
sem as ter proposições uma construção
compreendido. sucessivas conduzida pelo
umas com as conhecimento
outras ainda que prévio (modelo
sem a mental coerente
compreensão do do conteúdo do
que isso quer texto).
dizer.
12. São Paulo, sábado, 19 de novembro de 2011
HÉLIO SCHWARTSMAN
Os neutrinos e a luz
SÃO PAULO - Depois de abalar o mundo dos físicos, em
setembro, ao anunciar que flagraram NEUTRINOS viajando
mais rápido que a luz, pesquisadores do laboratório Gran
Sasso, na Itália, voltaram aos detectores, fizeram novas
medições e insistem que os resultados estão certos.
A notícia é tão extraordinária que, para ser aceita, ainda
precisa ser confirmada por um centro que não o italiano, mas
já podemos ir especulando sobre suas implicações.
Neutrinos são partículas subatômicas com massa. De
acordo com a teoria da relatividade especial, de Albert Einstein,
a do famoso E=mc², não poderiam ser acelerados para atingir
velocidade superluminal.
13. NEUTRINO
O neutrino é uma partícula
subatômica sem carga elétrica e que interage com
outras partículas apenas por meio da interação
gravitacional e da força nuclear fraca.
15. São Paulo, sábado, 19 de novembro de 2011
Se isso ocorre, boa parte da Física precisará ser
revista. A primeira vítima pode ser a noção de causalidade. Se
a velocidade da luz é violada, a forma como o Universo
processa informações fica de pernas para o ar. Torna-se, em
princípio, possível que efeitos precedam suas causas.
Uma das soluções aventadas para o problema é propor
que os neutrinos chegaram mais rápido porque tomaram um
atalho por outras DIMENSÕES ESPACIAIS e quem sabe até
por outros cosmos, o que nos leva às incríveis TEORIAS DO
MULTIVERSO, segundo as quais existiriam ao menos nove
modalidades de universos paralelos, todas matematicamente
consistentes, mas jamais observadas.
16. DIMENSÕES ESPACIAIS
DIMENSÕES ESPACIAIS: largura, altura e
profundidade. Em nosso dia-a-dia, o espaço pode nos
parecer tridimensional. Mas, a uma escala
microscópica, por exemplo, podem-se manifestar
mais — ou menos — dimensões.
17. TEORIAS DO MULTIVERSO
O conceito de MULTIVERSO tem suas raízes na
moderna Cosmologia e na Teoria Quântica e engloba
várias ideias da Teoria da Relatividade de modo que
pode ser possível a existência de
inúmeros Universos onde todas as probabilidades
quânticas de eventos ocorrem.
18. São Paulo, sábado, 19 de novembro de 2011
Estamos diante de uma encruzilhada epistemológica .
Não são poucos os que acusam a ciência de ponta, em especial
a física de partículas e os teóricos das supercordas, de criarem
um universo de abstrações matemáticas que não têm como ser
testadas com a tecnologia atual (um pecado menor) nem em
princípio (a danação eterna para um físico). Segundo esses
críticos, tais ramos da ciência estariam se aproximando
perigosamente da metafísica e da religião.
É claro que não estão, mas esse é,
um debate fascinante , que inclui, entre outros destaques, a
discussão sobre se a matemática é ou não real.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/9728-os-neutrinos-e-a-luz.shtml
Acesso em 27/11/2011.
19. 4. Algumas estratégias de
leitura
Construção de hipóteses sobre o assunto tratado
Relação entre frases e parágrafos
Pergunta-resposta
Resumo mental
Aceitação ou refutação das posições sustentadas pelo autor ou
apreciação positiva ou negativa de suas escolhas expressivas
Busca na memória informações que deem sustentação à leitura
Verbalização em voz alta: releitura ou paráfrase de trechos
20. 5. Didática da leitura: o que
ler e modos de ler
GRAU DE AUTONOMIA
DO LEITOR
Textos que vão ao
encontro do horizonte de LEITURA AUTÔNOMA
expectativas
Textos que rompem o LEITURA
horizonte de expectativas COMPARTILHADA
21. Como aproximar o leitor do texto
que rompe o horizonte de
expectativas?
TEXTO PROCESSOS DE LEITOR
MEDIAÇÃO
MODELO DIDÁTICO PARA FAVORECER
A COMPREENSÃO LEITORA
22. Didática de leitura:
modos de ler
A RELEITURA
é a que recupera as
marcas da construção
do texto.
A LEITURA LINEAR
(INGÊNUA)
é a que segue o
desenvolvimento linear
do texto.
23. Didática da leitura: como planejar
sequências didáticas com foco na
leitura?
Análise global Compreensão Reflexão sobre o
do texto; do conteúdo conteúdo
predições e temático com a temático ou
ativação do seleção das expressivo do
Durante a leitura
Depois da leitura
Antes da leitura
conhecimento informações texto a partir de
prévio. relevantes, outras
checagem das referências
predições feitas textuais.
antes da
leitura, para
confirmá-las ou
reformulá-las.
24. Didática da leitura: avaliação da
competência leitora
O que é o PISA*?
O PISA é uma avaliação internacional estandardizada que se aplica
aos alunos de 15 anos (que corresponde em geral ao final da
Educação Secundária Obrigatória) em que se avalia o rendimento em
três grandes âmbitos: Matemáticas Ciências e Leitura (habilidades
mobilizadas para ler textos de diferentes gêneros, considerando seu
uso e funcionamento em diferentes situações).
* Programme for International Student Assesment, desenvolvido pela OCDE (Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico)
25. Os processos básicos de leitura
avaliados pelo PISA e os níveis de
processamento textual
Recuperação da informação nível da superfície
Formação de uma compreensão nível
ampla e geral proposicional
Desenvolvimento de interpretação nível
implicado relações e inferências proposicional
Reflexão e/ou avaliação do conteúdo nível do modelo
ou da forma do texto mental