1. Aula 3: Dimensões da Competência Informacional
2h/a teórica/prática
Djuli Machado de Lucca
Mestranda em Ciência da Informação
Estagiária Docente
djuli_mdl@hotmail.com
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Disciplina: CIN 5054 – Competência Informacional
Curso de Biblioteconomia

2. Os estudos sobre Competência Informacional no Brasil…
Como nos disse profa. Elizete na primeira aula:
1a. Fase: Se conhecer
Conhecer sobre si mesmo = construção de significados, conceitos, sua própria história
2a. fase: Ser reconhecido
Depois de se conhecer, mostrar a que veio = na ciência, a busca
“do significado e das implicações da competência informacional
na perspectiva educacional e filosófica, o que nos leva a crer numa necessidade de
maior aprofundamento e caracterização da competência informacional” (VITORINO,
PIANTOLA, 2009, p. 139)
•No Brasil, ainda desenvolvemos pesquisas nas duas fases…
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3. Dimensões da Competência Informacional
Buscando um “mais” filosófico, vamos nos atentar ao significado de Competência
Informacional…
Competência Informacional significa a capacidade que o indivíduo desenvolve para
reconhecer quando uma informação é necessária, esta capacidade de localizar,
acessar, avaliar, utilizar, aplicar e criar essa informação (AMERICAN LIBRARY
ASSOCIATION, 1989, tradução nossa; IFLA, 2005), de forma consciente, criativa e
benéfica (VITORINO; PIANTOLA, 2009, p. 131), para o desenvolvimento, a
prosperidade e a liberdade (IFLA, 2005).
Habilidades, comportamentos, atitudes e valores = Engloba diferentes propriedades
Em uma perspectiva crítica, a competência informacional deve ser mais amplamente
entendida como uma “arte” que vai desde saber como usar os computadores e
acessar a informação até a reflexão crítica sobre a natureza da informação em si,
sua infraestrutura técnica, e o seu contexto e impacto social, cultural e mesmo
filosófico (VITORINO; PIANTOLA, 2009, p. 138)
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4. Quem refletiu sobre diferentes dimensões?
•Dimensões da Competência: Terezinha Azeredo Rios
“Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade”
8a. ed., São Paulo: Cortez, 2010.
•Competência em sentido geral – inicialmente nao vinculada à Competência
Informacional;
•Competência se desenvolve em quatro dimensões segundo a autora:
Técnica, Ética, Política e Estética.
“Todas devem estar presentes em harmonia tanto na competência quanto na
informação, pois juntas e em equilíbrio tendem a favorecer o desenvolvimento da
Competência Informacional” (VITORINO; PIANTOLA, 2011, p. 102).
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5. Dimensão técnica
“O termo técnica pode ser definido como uma habilidade ou forma requerida
para a realização de determinada ação ou para a execução de um ofício”
(VITORINO; PIANTOLA, 2011, p. 102)
“Atividade eminantemente prática, de caráter objetivo, que se revela na
própria ação cotidiana” (VITORINO; PIANTOLA, 2011, p. 102)
O excesso de técnica implica num “fazer”…. “cria uma visão tecnicista, na
qual se supervaloriza a técnica, ignorando sua inserção num contexto social
e político e atribuindo-lhe um caráter de neutralidade” (RIOS, 2006).
A palavra é: Habilidade
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6. Dimensão estética
“O termo estética é geralmente relacionado ao estudo filosófico da arte, à
“ciência do belo”. De fato, a arte ordena e expressa simbolicamente uma
dimensão da vida, relativa aos sentimentos e às percepções pessoais, que
não pode ser explicitamente reformulada pelos produtos da razão”
(VITORINO; PIANTOLA, 2011, p. 103)
“É a percepção sensível da realidade; diz respeito à presença da
sensibilidade e sua orientação numa perspectiva criadora; se a práxis não
revela um caráter criador, ela tem seu significado empobrecido, tornando-se
uma prática burocratizada; é a presença da sensibilidade e da beleza, como
elemento constituinte do saber e do fazer profissional” (RIOS, 2006).
A palavra é: Criatividade 6

7. Dimensão política
•A política é “a arte de desmontar limites à liberdade
dos cidadãos; mas é também a arte da autolimitação:
a de libertar os indivíduos para capacitá-los a traçar, individual e
coletivamente, seus próprios limites individuais e coletivos” (BAUMAN, 2000,
p. 12).
•É a dimensão que se desenvolve no “outro”, no indivíduo que na sociedade
constrói suas relações sociais, no “compartilhar da informação”
A palavra é: Coletividade
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8. Dimensão ética
•Seria um “conjunto de princípios que rege ou orienta a ação
das pessoas e das sociedades na busca do equilíbrio desta ação”, e
também “o conjunto de normas que determinam a conduta das pessoas ou
o funcionamento das instituições” (SOUZA, 2002 apud VITORINO;
PIANTOLA, 2011, p. 105).
•Estreitamente vinculada à dimensão política
“Para Aristóteles, à ética cabia função de, mediante a educação, transformar
os bons costumes em hábitos (ethos), de modo a predispor os indivíduos às
práticas virtuosas necessárias à vida em sociedade” (LASTÓRIA; COSTA;
PUCCI, 2001, apud VITORINO; PIANTOLA, 2011, p. 105)
A palavra é: Responsabilidade 8

9. 9
VITORINO, PIANTOLA, 2011

10. Atividade:
•Em duplas, a partir dos conceitos de dimensão ética, estética, política e
técnica, identificar nos trechos de publicações sobre Competência
Informacional a predominância destas dimensões
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REFERÊNCIAS
AMERICAN LIBRARY ASSOCIATION - ALA. Presidential Committee on Information
Literacy: final report. Washington, D. C., 1989. Disponível em: <
http://www.ala.org/acrl/publications/whitepapers/presidential>. Acesso em: 02 out. 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Em busca da política. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
IFLA (INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS).
Declaração de Alexandria sobre competência Informacional e aprendizado ao longo da vida. In:
National Fórum on Information Literacy, 2005. Disponível em:
<www.ifla.org/III/wsis/BeaconInfSoc-pt.html>. Acesso em: 12 out. 2013.
RIOS, Terezinha A. Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade. 6.ed.
São Paulo: Cortez, 2006.
VITORINO, Elizete Vieira; PIANTOLA; Daniela. Competência Informacional – bases históricas
e conceituais: construindo significados. Ciência da Informação; Brasília, v. 38, n.3, p. 130-
141, set/dez, 2009.
VITORINO, Elizete Vieira; PIANTOLA, Daniela; Dimensões da Competência Informacional.
Ciência da Informação, Brasília, v. 40 n. 1, p.99-110, jan./abr., 2011.