SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 29
Violência policial no Brasil
	A polícia representa o aparelho repressivo do Estado que tem sua atuação pautada no uso da violência legítima.  	É essa a característica principal que distingue o policial do marginal. 	Mas essa violência legítima está ancorada no modelo de “ordem sob a lei”, ou seja, a polícia tem a função de manter a ordem, prevenindo e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei, dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão – como direito à vida e à integridade física.
Badido é paramorrer ...pensando dessa maneira, alguns moradores entrevistados consideram a violência policial como algo necessário, e que só atinge as pessoas “erradas” ou que estão em lugares “errados”.
Há uma reconhecida correlação entre violência, corrupção e impunidade.  A indiferença da sociedade pela sorte dos bandidos acabou por tornar os bandidos indiferentes à sorte de suas vitimas potenciais e indiferentes mesmo a sua própria vida.
Não importa que ele tenha sido executado, importa que ele era bandido e isso basta para justificar seu assassinato.  Se ele resistiu à polícia, colocando em risco sua própria vida, tanto melhor: merecia morrer.
Dada a soma de violências existente e o sentimento de insegurança despertado por elas, os moradores se voltam para a polícia como a instância que deveria protegê-los das agressões praticadas pelos vizinhos e, principalmente, pelos marginais. Em lugar disso, a ação policial está pautada na omissão, cumplicidade com infratores, preconceito e violência.
[object Object]
Em cada três negros, um (35%) teme mais a polícia que os bandidos e outro teme os dois na mesma proporção,
Praticamente um em cada quatro Paulistanos (23%) tem hoje mais medo da polícia do que dos bandidos.
Em 95, 22% achavam a polícia nada eficiente. Agora, 36% compartilham dessa opinião.
Em números: os bandidos são menos temidos por 31% dos que já passaram por uma revista e por 18% dos que nunca foram revistados. Já a polícia conta com a preferência de 34% dos que já foram revistados, contra 47% dos que não foram parados por ela.,[object Object]
"Abuso de poder." Essa é a idéia mais comumente associada à imagem da polícia pelos entrevistados da pesquisa. Ao todo, 23% relacionaram a polícia a essa expressão.
"Medo", "corrupção' , "ineficiência" e "desconfiança" foram lembrados por 70% dos entrevistados.
Para tentar se encontrar um caminho que ajuste os órgãos de segurança à realidade democrática, é importante, antes de tudo, que a sociedade descubra que tipo de polícia ela quer: uma polícia que respeite os direitos do cidadão, que exista para dar segurança e não para praticar a violência; ou uma polícia corrupta (que livra de flagrantes os filhos das classes abastadas) e arbitrária (que utiliza a tortura e o extermínio como métodos preferenciais de trabalho e que atingem na sua maioria as classes populares).
13 Contextualizando a polícia A polícia, diferentemente de todas as outras organizações de policiamento (caso, por exemplo, no Brasil, dos órgãos de fiscalização sanitária e do meio ambiente), se destacaem função de duas razões principais:
14 Poder de Polícia primeiro, por ter acesso ao uso legítimo da força; segundo, pelo fato de ela ser um serviço público permanente de atendimento de emergência, ao menos teoricamente, disponível para todos, em qualquer lugar, 24 horas por dia.
15 História da Polícia Nos séculos XIX e XX protetora do patrimônio, subsidiariamente protege a vida; Proteger a elite; Conter a plebe; A Revolução de 64 “abduziu a polícia da sociedade”
16 A violência policial
17 FavelaNaval – Diadema - SP
18 Como a mídia enxerga a Polícia brasileira J:ARWIN9-11-07_1738_NEW.mp3 (Julita Lemgruber)
19 Segundo a mídia a polícia brasileira é: Mal paga; Mal treinada; Violenta; Corrupta; e Incompetente, porque não se fala.
20 DIAGNÓSTICOS “MANIPULAÇÃO SOCIALé exercida de forma sutil e insidiosa, por meio da população, com sua demanda justa mas desesperada e ignorante por segurança pública, que parte do pressuposto de que a falta da SEGURANÇA se dá pela falta de mais ENERGIA POLICIAL, diga-se, TRUCULÊNCIA. A polícia nada mais é do que a imagem da própria sociedade.” (Dr. Balestreri – SENASP/MJ) “É preciso considerar que a polícia não é um monstro à margem da sociedade, nem é capaz de reagir contra os anseios desta mesma sociedade.” (Prof. Ignácio Cano, Depto. de Ciências Sociais da UERJ)
21 O papel da Segurança Pública Visão simplista: responsabilidade dos Governos Estaduais porque possuem corpo próprio de Polícias Civil e Militar e do Governo Federal por ter maior dotação orçamentária, além das polícias Federal e Rodoviária Federal (artigo 144, CF/88); Visão ampliada: Segurança Pública pressupõe uma realidade que abarca um conjunto de providências e programas específicos, que podem manter pouca ou nenhuma relação com o trabalho das polícias.
22 As polícias são e continuarão sendo muito importantes para a Segurança Pública, sendo dever da União e dos Estados capacitá-las e aperfeiçoá-las. Contudo, uma política de Segurança Pública deve envolver outras agências, públicas e privadas, capazes de desenvolver e apoiar políticas de prevenção.  Daí a necessidade de estruturar-se uma atividade em REDE, que envolva as Polícias, o Judiciário, o Ministério Público, a Sociedade Civil Organizada e outras Instituições Públicas ou Privadas, num trabalho racional, complementar e não competitivo, onde as comunidades exerçam um verdadeiro protagonismo.
23 Capital Social    Segundo José Antonio “Desde a perspectiva da CEPAL, o capital social sempre se entende como o conjunto de relações sociais baseadas na confiança e nos comportamentos de cooperação e reciprocidade.”
24 Delimitando o conceito de Capital Social As relações de solidariedadee os recursos por elas produzidos constituem um tipo de fábrica social das comunidades e transformam-se em fatores essenciais para o desenvolvimento de estratégias que atuem em beneficio da comunidade.
25 Princípios do Capital Social as comunidades funcionam bem ou mal dependendo das dimensões sociais existentes.
26 Resultado do princípio 	A ação coletiva somente tem êxito quando existem afinidades entre as pessoas, se elas confiamumas nas outras e se respeitam mutuamente, capacitando-as a compartilharrecursos, tanto como inputs e outputs.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Teorias criminais rs - senasp-pr - novissima versao - em construcao
Teorias criminais   rs - senasp-pr - novissima versao - em construcaoTeorias criminais   rs - senasp-pr - novissima versao - em construcao
Teorias criminais rs - senasp-pr - novissima versao - em construcaoFACULDADE ESPÍRITA
 
Criminologia slides - Prof Gesiel Oliveira
Criminologia slides - Prof Gesiel OliveiraCriminologia slides - Prof Gesiel Oliveira
Criminologia slides - Prof Gesiel OliveiraGesiel Oliveira
 
Ensaio sobre segurança pública
Ensaio sobre segurança públicaEnsaio sobre segurança pública
Ensaio sobre segurança públicavagneralvesspecht
 
Criminologia e segurança pública - Profº Gesiel Oliveira
Criminologia e segurança pública - Profº Gesiel OliveiraCriminologia e segurança pública - Profº Gesiel Oliveira
Criminologia e segurança pública - Profº Gesiel OliveiraGesiel Oliveira
 
4 criminologia objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna
4 criminologia   objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna4 criminologia   objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna
4 criminologia objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabunaUrbano Felix Pugliese
 
Prova de português instrumental e redação da uerj 2010
Prova de português instrumental e redação da uerj 2010Prova de português instrumental e redação da uerj 2010
Prova de português instrumental e redação da uerj 2010ma.no.el.ne.ves
 
O papel da criminologia na definição do delito
O papel da criminologia na definição do delitoO papel da criminologia na definição do delito
O papel da criminologia na definição do delitoAllan Almeida de Araújo
 
Criminologia slides completos
Criminologia slides completosCriminologia slides completos
Criminologia slides completosGesiel Oliveira
 
8 criminologia o conceito de crime - ftc - itabuna
8 criminologia   o conceito de crime - ftc - itabuna8 criminologia   o conceito de crime - ftc - itabuna
8 criminologia o conceito de crime - ftc - itabunaUrbano Felix Pugliese
 
CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA
	CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA	CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA
CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICAAllan Almeida de Araújo
 
Proposta de redação
Proposta de redaçãoProposta de redação
Proposta de redaçãoMaira Conde
 
Criminalidade e segurança111
Criminalidade e segurança111Criminalidade e segurança111
Criminalidade e segurança111flávia
 
INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014
INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014
INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014Valdeci Correia
 
Roda de conversa redução da maioridade penal
Roda de conversa   redução da maioridade penal Roda de conversa   redução da maioridade penal
Roda de conversa redução da maioridade penal Caritas Mexicana IAP
 

Was ist angesagt? (20)

Teorias criminais rs - senasp-pr - novissima versao - em construcao
Teorias criminais   rs - senasp-pr - novissima versao - em construcaoTeorias criminais   rs - senasp-pr - novissima versao - em construcao
Teorias criminais rs - senasp-pr - novissima versao - em construcao
 
Criminologia slides - Prof Gesiel Oliveira
Criminologia slides - Prof Gesiel OliveiraCriminologia slides - Prof Gesiel Oliveira
Criminologia slides - Prof Gesiel Oliveira
 
Ensaio sobre segurança pública
Ensaio sobre segurança públicaEnsaio sobre segurança pública
Ensaio sobre segurança pública
 
Criminologia e segurança pública - Profº Gesiel Oliveira
Criminologia e segurança pública - Profº Gesiel OliveiraCriminologia e segurança pública - Profº Gesiel Oliveira
Criminologia e segurança pública - Profº Gesiel Oliveira
 
4 criminologia objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna
4 criminologia   objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna4 criminologia   objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna
4 criminologia objetivos gerais e específicos do estado - ftc - itabuna
 
Criminalidade heróica
Criminalidade heróicaCriminalidade heróica
Criminalidade heróica
 
Prova de português instrumental e redação da uerj 2010
Prova de português instrumental e redação da uerj 2010Prova de português instrumental e redação da uerj 2010
Prova de português instrumental e redação da uerj 2010
 
O papel da criminologia na definição do delito
O papel da criminologia na definição do delitoO papel da criminologia na definição do delito
O papel da criminologia na definição do delito
 
Criminologia slides completos
Criminologia slides completosCriminologia slides completos
Criminologia slides completos
 
Texto 01
Texto 01Texto 01
Texto 01
 
Maioridade penal - o absurdo da redução.
Maioridade penal - o absurdo da redução.Maioridade penal - o absurdo da redução.
Maioridade penal - o absurdo da redução.
 
8 criminologia o conceito de crime - ftc - itabuna
8 criminologia   o conceito de crime - ftc - itabuna8 criminologia   o conceito de crime - ftc - itabuna
8 criminologia o conceito de crime - ftc - itabuna
 
DIREITOS HUMANOS E SEGURANÇA PÚBLICA
DIREITOS HUMANOS E SEGURANÇA PÚBLICADIREITOS HUMANOS E SEGURANÇA PÚBLICA
DIREITOS HUMANOS E SEGURANÇA PÚBLICA
 
CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA
	CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA	CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA
CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO A ATIVIDADE DE SEGURANÇA PÚBLICA
 
Proposta de redação
Proposta de redaçãoProposta de redação
Proposta de redação
 
Criminalidade e segurança111
Criminalidade e segurança111Criminalidade e segurança111
Criminalidade e segurança111
 
INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014
INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014
INVESTIGADOR DE POLÍCIA - PC/MG - APOSTILA PARA CONCURSO PÚBLICO 2014
 
Perícia Criminal e Segurança Pública
Perícia Criminal e Segurança PúblicaPerícia Criminal e Segurança Pública
Perícia Criminal e Segurança Pública
 
Policiamento comunitário
Policiamento comunitárioPoliciamento comunitário
Policiamento comunitário
 
Roda de conversa redução da maioridade penal
Roda de conversa   redução da maioridade penal Roda de conversa   redução da maioridade penal
Roda de conversa redução da maioridade penal
 

Ähnlich wie Violência policial 08 8-2008

Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJRelatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJAscomRenata
 
Abordagens violentas da policia 2º ano
Abordagens violentas da policia 2º anoAbordagens violentas da policia 2º ano
Abordagens violentas da policia 2º anoFabio Cruz
 
Movimentos sociais e a legitimação do vandalismo
Movimentos sociais e a legitimação do vandalismoMovimentos sociais e a legitimação do vandalismo
Movimentos sociais e a legitimação do vandalismoLeandro Santos da Silva
 
Porquê a corrupção. porquê em portugal.
Porquê a corrupção. porquê em portugal.Porquê a corrupção. porquê em portugal.
Porquê a corrupção. porquê em portugal.GRAZIA TANTA
 
Tema justiceiros
Tema justiceirosTema justiceiros
Tema justiceirosJosi Motta
 
Carta das entidades ao PGR e PGJ
Carta das entidades ao PGR e PGJCarta das entidades ao PGR e PGJ
Carta das entidades ao PGR e PGJMarcelo Auler
 
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do Crime
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do CrimeARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do Crime
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do CrimeHipolito Matos
 
7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...
7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...
7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...MapWild
 
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013Ibiassucê Online Portal
 
Crescimento Populacional Em Meio A Criminalida
Crescimento Populacional Em Meio A CriminalidaCrescimento Populacional Em Meio A Criminalida
Crescimento Populacional Em Meio A Criminalidaedissonn
 
Balestreri direitos humanos
Balestreri direitos humanosBalestreri direitos humanos
Balestreri direitos humanosCavaleiro Branco
 
Não à pec 37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasil
Não à pec  37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasilNão à pec  37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasil
Não à pec 37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasilFernando Alcoforado
 
Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125
Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125
Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125Flavia CAD Pereira
 
Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)
Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)
Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)Helíssia Coimbra
 

Ähnlich wie Violência policial 08 8-2008 (20)

Apresentacao sem titulo
Apresentacao sem tituloApresentacao sem titulo
Apresentacao sem titulo
 
Violência, juventude e polícia por carlos rabelo
Violência, juventude e polícia por carlos rabeloViolência, juventude e polícia por carlos rabelo
Violência, juventude e polícia por carlos rabelo
 
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJRelatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ
Relatório Anual 2019 da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALERJ
 
Abordagens violentas da policia 2º ano
Abordagens violentas da policia 2º anoAbordagens violentas da policia 2º ano
Abordagens violentas da policia 2º ano
 
Caderno de pauta 005
Caderno de pauta 005Caderno de pauta 005
Caderno de pauta 005
 
Movimentos sociais e a legitimação do vandalismo
Movimentos sociais e a legitimação do vandalismoMovimentos sociais e a legitimação do vandalismo
Movimentos sociais e a legitimação do vandalismo
 
Porquê a corrupção. porquê em portugal.
Porquê a corrupção. porquê em portugal.Porquê a corrupção. porquê em portugal.
Porquê a corrupção. porquê em portugal.
 
8º ano reda cem - 8.30
8º ano   reda cem - 8.308º ano   reda cem - 8.30
8º ano reda cem - 8.30
 
Tema justiceiros
Tema justiceirosTema justiceiros
Tema justiceiros
 
Carta das entidades ao PGR e PGJ
Carta das entidades ao PGR e PGJCarta das entidades ao PGR e PGJ
Carta das entidades ao PGR e PGJ
 
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do Crime
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do CrimeARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do Crime
ARTIGO CIENTÍFICO - O Criminoso x Os Motivos que Levam ao Mundo do Crime
 
Anuario2013
Anuario2013Anuario2013
Anuario2013
 
7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...
7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...
7º Anuário Estatístico do Fórum brasileiro de Segurança Pública: uma radiogra...
 
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2013
 
Crescimento Populacional Em Meio A Criminalida
Crescimento Populacional Em Meio A CriminalidaCrescimento Populacional Em Meio A Criminalida
Crescimento Populacional Em Meio A Criminalida
 
Balestreri direitos humanos
Balestreri direitos humanosBalestreri direitos humanos
Balestreri direitos humanos
 
Não à pec 37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasil
Não à pec  37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasilNão à pec  37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasil
Não à pec 37 que dá sustentação à corrupção e à impunidade no brasil
 
Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125
Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125
Caderno 31r perito_criminal_a_20130703_151125
 
481 2138-1-pb
481 2138-1-pb481 2138-1-pb
481 2138-1-pb
 
Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)
Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)
Vítima e Vitimização (Psicologia Jurídica)
 

Mehr von diplosegciudadana2011

Mehr von diplosegciudadana2011 (12)

Apresentação upp out10 sem fotos
Apresentação upp out10 sem fotosApresentação upp out10 sem fotos
Apresentação upp out10 sem fotos
 
Pehkx jones panamá - 2011
Pehkx jones   panamá - 2011Pehkx jones   panamá - 2011
Pehkx jones panamá - 2011
 
Pehkx jones panamá - 2011-esp
Pehkx jones   panamá - 2011-espPehkx jones   panamá - 2011-esp
Pehkx jones panamá - 2011-esp
 
Convivencia y seguridad ciudadana
Convivencia y seguridad ciudadanaConvivencia y seguridad ciudadana
Convivencia y seguridad ciudadana
 
Presentación panamá 2011
Presentación panamá 2011Presentación panamá 2011
Presentación panamá 2011
 
Seguridad y género
Seguridad y géneroSeguridad y género
Seguridad y género
 
Diplomado seguridad clase politicas publicas acg
Diplomado seguridad clase politicas publicas acgDiplomado seguridad clase politicas publicas acg
Diplomado seguridad clase politicas publicas acg
 
Ejercicio 2 politica panama acg
Ejercicio 2 politica panama acgEjercicio 2 politica panama acg
Ejercicio 2 politica panama acg
 
Ejercicio 1 clase politicas acg
Ejercicio 1 clase politicas acgEjercicio 1 clase politicas acg
Ejercicio 1 clase politicas acg
 
Presentacion universidad de panamá mayo 14
Presentacion   universidad de panamá mayo 14Presentacion   universidad de panamá mayo 14
Presentacion universidad de panamá mayo 14
 
Diplo panamá sesión 2
Diplo panamá sesión 2Diplo panamá sesión 2
Diplo panamá sesión 2
 
Diplo. seguridad ciudadana (panamá)
Diplo.  seguridad ciudadana (panamá)Diplo.  seguridad ciudadana (panamá)
Diplo. seguridad ciudadana (panamá)
 

Violência policial 08 8-2008

  • 1.
  • 3. A polícia representa o aparelho repressivo do Estado que tem sua atuação pautada no uso da violência legítima. É essa a característica principal que distingue o policial do marginal. Mas essa violência legítima está ancorada no modelo de “ordem sob a lei”, ou seja, a polícia tem a função de manter a ordem, prevenindo e reprimindo crimes, mas tem que atuar sob a lei, dentro dos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão – como direito à vida e à integridade física.
  • 4. Badido é paramorrer ...pensando dessa maneira, alguns moradores entrevistados consideram a violência policial como algo necessário, e que só atinge as pessoas “erradas” ou que estão em lugares “errados”.
  • 5. Há uma reconhecida correlação entre violência, corrupção e impunidade. A indiferença da sociedade pela sorte dos bandidos acabou por tornar os bandidos indiferentes à sorte de suas vitimas potenciais e indiferentes mesmo a sua própria vida.
  • 6. Não importa que ele tenha sido executado, importa que ele era bandido e isso basta para justificar seu assassinato. Se ele resistiu à polícia, colocando em risco sua própria vida, tanto melhor: merecia morrer.
  • 7. Dada a soma de violências existente e o sentimento de insegurança despertado por elas, os moradores se voltam para a polícia como a instância que deveria protegê-los das agressões praticadas pelos vizinhos e, principalmente, pelos marginais. Em lugar disso, a ação policial está pautada na omissão, cumplicidade com infratores, preconceito e violência.
  • 8.
  • 9. Em cada três negros, um (35%) teme mais a polícia que os bandidos e outro teme os dois na mesma proporção,
  • 10. Praticamente um em cada quatro Paulistanos (23%) tem hoje mais medo da polícia do que dos bandidos.
  • 11. Em 95, 22% achavam a polícia nada eficiente. Agora, 36% compartilham dessa opinião.
  • 12.
  • 13. "Abuso de poder." Essa é a idéia mais comumente associada à imagem da polícia pelos entrevistados da pesquisa. Ao todo, 23% relacionaram a polícia a essa expressão.
  • 14. "Medo", "corrupção' , "ineficiência" e "desconfiança" foram lembrados por 70% dos entrevistados.
  • 15. Para tentar se encontrar um caminho que ajuste os órgãos de segurança à realidade democrática, é importante, antes de tudo, que a sociedade descubra que tipo de polícia ela quer: uma polícia que respeite os direitos do cidadão, que exista para dar segurança e não para praticar a violência; ou uma polícia corrupta (que livra de flagrantes os filhos das classes abastadas) e arbitrária (que utiliza a tortura e o extermínio como métodos preferenciais de trabalho e que atingem na sua maioria as classes populares).
  • 16. 13 Contextualizando a polícia A polícia, diferentemente de todas as outras organizações de policiamento (caso, por exemplo, no Brasil, dos órgãos de fiscalização sanitária e do meio ambiente), se destacaem função de duas razões principais:
  • 17. 14 Poder de Polícia primeiro, por ter acesso ao uso legítimo da força; segundo, pelo fato de ela ser um serviço público permanente de atendimento de emergência, ao menos teoricamente, disponível para todos, em qualquer lugar, 24 horas por dia.
  • 18. 15 História da Polícia Nos séculos XIX e XX protetora do patrimônio, subsidiariamente protege a vida; Proteger a elite; Conter a plebe; A Revolução de 64 “abduziu a polícia da sociedade”
  • 19. 16 A violência policial
  • 20. 17 FavelaNaval – Diadema - SP
  • 21. 18 Como a mídia enxerga a Polícia brasileira J:ARWIN9-11-07_1738_NEW.mp3 (Julita Lemgruber)
  • 22. 19 Segundo a mídia a polícia brasileira é: Mal paga; Mal treinada; Violenta; Corrupta; e Incompetente, porque não se fala.
  • 23. 20 DIAGNÓSTICOS “MANIPULAÇÃO SOCIALé exercida de forma sutil e insidiosa, por meio da população, com sua demanda justa mas desesperada e ignorante por segurança pública, que parte do pressuposto de que a falta da SEGURANÇA se dá pela falta de mais ENERGIA POLICIAL, diga-se, TRUCULÊNCIA. A polícia nada mais é do que a imagem da própria sociedade.” (Dr. Balestreri – SENASP/MJ) “É preciso considerar que a polícia não é um monstro à margem da sociedade, nem é capaz de reagir contra os anseios desta mesma sociedade.” (Prof. Ignácio Cano, Depto. de Ciências Sociais da UERJ)
  • 24. 21 O papel da Segurança Pública Visão simplista: responsabilidade dos Governos Estaduais porque possuem corpo próprio de Polícias Civil e Militar e do Governo Federal por ter maior dotação orçamentária, além das polícias Federal e Rodoviária Federal (artigo 144, CF/88); Visão ampliada: Segurança Pública pressupõe uma realidade que abarca um conjunto de providências e programas específicos, que podem manter pouca ou nenhuma relação com o trabalho das polícias.
  • 25. 22 As polícias são e continuarão sendo muito importantes para a Segurança Pública, sendo dever da União e dos Estados capacitá-las e aperfeiçoá-las. Contudo, uma política de Segurança Pública deve envolver outras agências, públicas e privadas, capazes de desenvolver e apoiar políticas de prevenção. Daí a necessidade de estruturar-se uma atividade em REDE, que envolva as Polícias, o Judiciário, o Ministério Público, a Sociedade Civil Organizada e outras Instituições Públicas ou Privadas, num trabalho racional, complementar e não competitivo, onde as comunidades exerçam um verdadeiro protagonismo.
  • 26. 23 Capital Social Segundo José Antonio “Desde a perspectiva da CEPAL, o capital social sempre se entende como o conjunto de relações sociais baseadas na confiança e nos comportamentos de cooperação e reciprocidade.”
  • 27. 24 Delimitando o conceito de Capital Social As relações de solidariedadee os recursos por elas produzidos constituem um tipo de fábrica social das comunidades e transformam-se em fatores essenciais para o desenvolvimento de estratégias que atuem em beneficio da comunidade.
  • 28. 25 Princípios do Capital Social as comunidades funcionam bem ou mal dependendo das dimensões sociais existentes.
  • 29. 26 Resultado do princípio A ação coletiva somente tem êxito quando existem afinidades entre as pessoas, se elas confiamumas nas outras e se respeitam mutuamente, capacitando-as a compartilharrecursos, tanto como inputs e outputs.
  • 30. Em relação ao texto “VIOLÊNCIA POLICIAL NO BRASIL: abordagens teóricas e práticas de controle”, responda: 1) Quais são as concepções de violência policial estudadas? 2) Quais são as explicações para o problema da violência policial? 3) Quais são os tipos de práticas de controle da violência policial sugeridos? 4) Como você se posiciona, criticamente, em relação ao texto lido?
  • 31. 28 Pehkx Jones pehkx.jones@terra.com.br 61 – 9682-3434
  • 32. 29 Bom final de semana!!