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3a
SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Volume 2
MATEMÁTICA
CADERNO DO ALUNO
MAT 3 SERIE MEDIO_CAA.indd 1 18/02/14 14:50
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO ALUNO
MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO
3a
SÉRIE
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Caro(a) aluno(a),
Você está recebendo o Caderno de Matemática para o 2o
semestre. Ao longo do 1o
semestre,
você encontrou desafios que exigiram dedicação e muito estudo para construir os conhecimentos e
desenvolver as habilidades compreendidas no curso. Parabéns pelo empenho!
Agora, há outros desafios pela frente. Neste Caderno, o foco de estudo será a ideia de função,
que é a tradução, em linguagem matemática, da relação de interdependência entre duas ou mais
grandezas. Estudam-se funções, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio, em diversas
situações: na proporcionalidade direta ou inversa, nas funções polinomiais, nas funções exponen-
ciais e logarítmicas, nas funções trigonométricas.
Assim, nas primeiras atividades deste Caderno, você estudará as funções já apresentadas em
séries/anos anteriores, tendo em vista não somente a revisão de suas principais características, mas
também a construção de um panorama comparativo das relações de interdependência já conhecidas.
No estudo das funções, você poderá relacionar determinado tipo de função com seu respectivo
gráfico, compreender a funcionalidade da construção de um gráfico, verificar que as funções são
importantes na explicação de vários fatos do nosso cotidiano e que, a partir dessa ideia, podemos
realizar conexões com outras áreas do conhecimento.
O Caderno vai ainda apresentar a você as três formas básicas de crescimento e decrescimento,
tentando caracterizar a rapidez com que elas ocorrem por meio da taxa de variação. Descortinar
uma série de ideias sobre a variação de funções poderá ser útil na compreensão de alguns fenômenos
naturais e econômicos, como as taxas de inflação, por exemplo.
Ainda neste Caderno, serão apresentados os tópicos de Estatística, um dos conteúdos matemáti-
cos mais aplicados a situações do cotidiano. Você terá oportunidade de desenvolver habilidades in-
dispensáveis para o seu dia a dia, como interpretar dados de diferentes naturezas a partir de gráficos
estatísticos e relacionar as informações de diversas fontes e linguagens.
Nas atividades propostas, você vai recordar o cálculo da média aritmética de um conjunto de
dados. Nas Situações de Aprendizagem, serão agregadas à média aritmética outras medidas estatísti-
cas, como as chamadas “medidas de tendência central”, que são a mediana e a moda, e as “medidas
de dispersão”, que, neste Caderno, serão contempladas pelo estudo da amplitude e do desvio padrão.
Enfim, você terá contato com a ideia de que para um bom retrato das características de uma
população, por exemplo, não é necessário estudar cada um de seus elementos. Assim, você saberá
que é possível selecionar uma amostra representativa da população e verificar qual é o sistema de
amostragem mais adequado aos objetivos definidos por uma pesquisa estatística.
Esperamos que você participe de todas as atividades propostas pelo seu professor e, com isso, possa
aprender cada vez mais. Será de suma importância que você se aproprie destes conhecimentos, pois está
encerrando o seu percurso estudantil no Ensino Médio, e por que não dizer na Educação Básica, e todos
os conceitos estudados contribuirão para melhorar o seu desempenho na continuidade de seus estudos
ou na vida profissional. O nosso objetivo é contribuir para que o estudo da Matemática seja cada vez mais
prazeroso. Aproveite bastante! E parabéns por ter chegado até essa etapa da vida estudantil.
Equipe Curricular de Matemática
Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Matemática – 3a
série – Volume 2
5
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
GRANDEZAS, INTERDEPENDÊNCIA:
UM PANORAMA SOBRE FUNÇÕES
PESQUISA INDIVIDUAL
Muitos livros didáticos de Matemática, destinados aos alunos do Ensino Médio, tratam
de funções. Utilize alguns títulos dessas séries para pesquisar e anote, em uma folha avulsa,
as principais características das seguintes funções, como tipo de curva que representa seu
gráfico, crescimento, raízes, continuidade etc.
•	 Função de 1o
grau: y = ax + b, com a e b constantes, a ≠ 0.
•	 Função de 2o
grau: y = ax2
+ bx + c, com a, b e c constantes, a ≠ 0.
•	 Função y = ​ k __ x ​, com k constante, k ≠ 0.
•	 Funções exponencial e logarítmica: y = ax
e y = loga
 x, com a > 0 e a ≠ 1.
•	 Funções trigonométricas: y = sen x, y = cos x, y = tg x.
Leitura e análise de texto
Uma grandeza é algo que pode ser medido; seu valor é o resultado dessa medida e
pode ser constante ou variável em uma dada situação concreta. Chamaremos uma grandeza
variável(ouconstante)apenasdevariável(ouconstante).Quandoumavariávelydependede
outra variável x, de tal forma que a cada valor que atribuímos livremente a x correspon­-
de um único valor para y, dizemos que y é uma função de x e escrevemos y = f(x). Dizemos
que x é a variável independente e que y é a variável dependente. Naturalmente, qualquer
letra pode representar as variáveis dependente e independente. Quando escrevemos
w = f(z), por exemplo, queremos dizer que a variável dependente w é uma função da
variável independente z.
Uma grandeza pode depender dos valores atribuídos a duas outras; a área A de um
retângulo, por exemplo, depende dos comprimentos de seus dois lados, x e y. Dizemos,
nesse caso, que A é uma função das duas variáveis independentes x e y. No Ensino Fun-
damental, somente estudamos funções de uma variável, mas podemos facilmente imagi-
nar situações práticas em que uma grandeza depende simultaneamente de várias outras,
sendo uma função de diversas variáveis.
Matemática – 3a
série – Volume 2
6
VOCÊ APRENDEU?
	 1.	Com base na pesquisa realizada anteriormente, foi possível relacionar determinado tipo de
função com seu respectivo gráfico. A seguir, temos uma tabela que traz, na coluna da esquerda,
alguns desses tipos de funções e, na coluna da direita, a representação de alguns gráficos. Rela-
cione cada função à sua respectiva imagem gráfica:
I. O comprimento C de uma circunferência
é uma função de seu raio x: C = 2πx.
( )
II. A área A de um quadrado é uma função
de seu lado x: A = x2
.	
( )
III. A massa m de uma substância radioativa
diminui com o tempo, ou seja, é uma fun-
ção do tempo de decomposição t: m = f(t).
Para certa substância, tem-se m = mo
⋅ 2– 0,1t
,
onde mo
é a massa inicial e t, o tempo de
decomposição em horas.
( )
IV. Uma pequena bola é presa a uma mola
perfeitamente elástica. Afastada da posição O
de equilíbrio, a uma distância a, a bola osci-
la em torno da mola, deslocando-se em uma
superfície horizontal e lisa. A distância x da
bola até o ponto O depende do instante t con-
siderado, ou seja, é uma função de t: x = f(t).
No caso, temos x = a ⋅ cos (kt), onde k é uma
constante que depende da elasticidade da
mola e da massa da bola.
( )
C
2p
1
x
t
Matemática – 3a
série – Volume 2
7
V. Mantendo-se a temperatura constante,
a pressão P de um gás no interior de um reci-
piente de volume variável V é uma função
de V: P = f(V). No caso, temos P = ​  k __ 
V
 ​, em
que k é uma constante.	
( ) x
t
a
–a
O
	 2.	Na figura seguinte está representada uma viga reta AB, que sustenta um arco AB de parábola,
construído em ferro e apoiado em hastes verticais. A largura L do vão é de 40 m e a flecha f do
arco de parábola tem 5 m. Sabendo que as hastes verticais são igualmente espaçadas no vão,
calcule seus comprimentos y1
, y2
e y3
.
A B
y
xx1
y1
0
L
f
x2
y2
x3
y3
	 3.	Entre todos os retângulos com perímetro de 24 m, como os exemplificados a seguir, qual tem a
maior área? Registre sua resposta no espaço a seguir.
6 m
6 m
1 m
11 m
Matemática – 3a
série – Volume 2
8
	 4.	A população N de determinado município cresce exponencialmente desde a sua fundação, há
20 anos, de acordo com a expressão N = 3 000 ⋅ 100,1t
, sendo t em anos.
	 a)	 Esboce o gráfico de N como função de t.
	(Sugestão: atribua para t valores múltiplos de 10.)
Matemática – 3a
série – Volume 2
9
	 b)	 Calcule o valor da população N, 15 anos após a fundação do município.
	 c)	 Depois de quanto tempo, após a fundação, o valor de N atingiu 216 000 habitantes?
	 5.	Certa substância radioativa se decompõe de tal forma que sua massa m reduz-se à metade do
valor inicial a cada 4 horas, ou seja, m = mo
⋅ 2–0,25t
, sendo mo
o valor inicial da massa (t em
horas). Partindo de 60 g da substância, pede-se:
	 a)	 o gráfico de m como função de t;
Matemática – 3a
série – Volume 2
10
	 b)	 a massa m restante após 8 horas;
	 c)	 a expressão de t como uma função de m;
	 d)	 após quanto tempo a massa restante será igual a 12 g?
	 6.	Uma pequena bola é presa a uma mola perfeitamente elástica, apoiada em uma superfí-
cie horizontal lisa, conforme mostra a figura. Com a mola em seu comprimento normal, a
bolinha fica em equilíbrio, parada. Afastando-se a bolinha 10 cm da posição de equilíbrio, a
mola fica esticada; abandonando-se, então, a bolinha, ela passa a oscilar em torno da posição
inicial, reali­zando um movimento de vai e vem. É possível mostrar que o afastamento x da
bolinha em relação à posição de equilíbrio é uma função periódica do tempo t e pode ser
expressa pela fórmula x = 10 ⋅ cos (kt), com x em centímetros e t em segundos.
posição inicial
x = a ⋅ cos (kt)
onde a é a amplitude
x
a
O
		 Considerando que a bolinha retorna à posição em que foi abandonada (x = 10) a cada 4 segundos:
	 a)	 determine o valor de k;
Matemática – 3a
série – Volume 2
11
	 b)	 calcule o valor de x para t = 1 s, t = 2 s, t = 3 s e t = ​ 10 ___ 
3
 ​  s;
	 c)	 construa o gráfico de x como função de t.
Leitura e análise de texto
Para esboçar o gráfico de funções polinomiais como f(x) = (x – 1) ⋅ (x – 2) ⋅ (x – 5) é
importante considerar os seguintes passos:
Calcular as raízes da função, isto é, pontos que cruzam o eixo x.
Podemos perceber que o gráfico corta o eixo x nos pontos (1; 0), (2; 0) e (5; 0), ou seja,
x = 1, x = 2 e x = 5 são raízes da equação polinomial de grau 3, correspondente à igual­-
dade f(x) = 0. Isso é suficiente para um esboço do gráfico de f(x), pelas seguintes razões:
Matemática – 3a
série – Volume 2
12
•	 a curva que representa o gráfico de uma função polinomial é contínua e suave, as-
sumindo todos os valores intermediários entre dois valores dados;
•	 o número de raízes reais de uma equação polinomial (algébrica) de grau 3 é, no
máximo, 3;
•	 em consequência, o gráfico não cortará o eixo x em outro ponto, além dos 3 já
identificados;
•	 o ponto do gráfico que cruza o eixo y é o valor de f(0), isto é:
	f(0) = (–1) ⋅ (–2) ⋅ (–5) = –10, ou seja, é o ponto (0; –10).
Reunindo as informações anteriores, temos o esboço do gráfico:
f(x) = (x – 1) ⋅ (x – 2) ⋅ (x – 5)
0
– 10
y
1 2 5
x
Construindo o gráfico por meio de um software, obtemos:
–14
2
–10
6
–6
10
–2
14 y
–1 1 2 3 54 6 7
x
–16
0
–12
4
–8
8
–4
12
É interessante notar que, na função polinomial f(x) = ax3
+ bx2
+ cx + d, quando x
assume valores muito altos, os valores de f(x) acompanham de perto os valores absolutos
de ax3
. Esses valores serão muito altos se a  0; ou muito baixos, se a  0. No exemplo,
como a = 1, temos valores de f(x) muito altos para valores muito grandes de x e valores de
f(x) muito baixos para valores muito pequenos de x.
Matemática – 3a
série – Volume 2
13
LIÇÃO DE CASA
	 7.	Esboce o gráfico da seguinte função polinomial:
			 f(x) = x ⋅ (x + 1) ⋅ (x – 2) ⋅ (x – 3)
Matemática – 3a
série – Volume 2
14
	 8.	Esboce o gráfico da função polinomial f(x) = x · (x + 1) · (x – 2) · (3x – 7).
Matemática – 3a
série – Volume 2
15
Matemática – 3a
série – Volume 2
16
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: UM OLHAR “FUNCIONAL”
Leitura e análise de texto
Geralmente, traçamos gráficos de funções apoiados na construção de tabelas. Con-
tudo, muitos gráficos podem ser obtidos sem tomar por base as conclusões que resultam
de uma representação de pontos isolados. Nesse trabalho, é importante “ler” e interpretar
as indicações de quais operações devemos realizar com a variável independente x para obter
valores referentes à variável dependente y.
Para ilustrar o que pretendemos dizer, vamos explorar a construção de alguns gráficos.
A função f(x) = x2
– 7 indica, por exemplo, que, para encontrar os valores de y = f(x),
devemos elevar a variável independente x ao quadrado e diminuir 7 unidades do resultado
obtido. Desse modo, para representar os pontos (x; y) em que y = x2
– 7, podemos imagi-
nar que o gráfico de y = x2
foi deslocado 7 unidades para baixo na direção do eixo y. Dessa
forma, o gráfico de f(x) = x2
– 7 pode ser construído a partir da elaboração de um gráfico
mais simples: f(x) = x2
.
0
5
10
−5
−2−4−6 642
y
x
f(x) = x2
– 7
y = x2
No caso da função de f(x) = 2 + sen x, os valores de y serão determinados depois que
encon­trarmos o valor do seno da variável independente x e a esse valor adicionarmos
2 unidades. Nesse caso, podemos imaginar que o gráfico mais simples da função de y = sen x
será deslocado 2 unidades para cima na direção do eixo y.
0
y
−5−10−15
5 10 15
2
4
−2
−4
y = sen x
f(x) = 2 + sen x
x
−7
Matemática – 3a
série – Volume 2
17
VOCÊ APRENDEU?
	 1.	Utilizando o mesmo sistema de coordenadas, esboce os gráficos das seguintes funções:
a)	f(x) = x2
+ 9	 c)	 h(x) = 9 – x2
b)	g(x) = x2
– 9	 d)	 m(x) = –9 – x2
Matemática – 3a
série – Volume 2
18
	 2.	Agora, esboce os gráficos das funções indicadas a seguir no mesmo sistema de coordenadas:
a)	f(x) = cos x					 c) h(x) = –3 + cos x
b)	g(x) = 5 + cos x					 d) m(x)= 5cos x
	 3.	Para o gráfico de f(x) = (x – 3)2
, podemos imaginar o gráfico de y = x2
deslocado 3 unidades
para a direita na direção do eixo x. O gráfico de y = (x – 3)2
é como se fosse o de y = m2
, sendo
m = x – 3. O vértice da parábola desloca-se do ponto em que x = 0 para o ponto em que x = 3.
A seguir, construa o gráfico dessa função.
2
1
4
3
6
5
7
0
x
y
−3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7
8
9
8 9
	 4.	O gráfico de f(x) = 3(x + 2)
pode ser construído a partir do gráfico de y = 3x
, deslocado para
a esquerda na direção do eixo x. O gráfico de y = 3(x + 2)
é como se fosse o de y = 3m
, sendo
m = x + 2. É como se o eixo y se deslocasse horizontalmente de tal forma que o antigo ponto
em que x = 0 coincidisse com o novo ponto em que x = –2 (ou seja, m = 0). Faça um esboço
dessa situação no sistema de eixos a seguir.
6
–2
4
–4
2
π
y
x0
–6
π
2
3π
2
5π
2
7π
2
9π
2
2π 3π 4π 5π–π –π
2
Matemática – 3a
série – Volume 2
19
0
10
20
15
25
y
x
5
–0,5 0,5 2,51,5 3,5 4,51 32 4–2 –1–2,5–4 –1,5–3,5 –3–4,5
	 5.	Para obter o gráfico de y = 4 + log2
 (x – 5), podemos imaginar o gráfico de y = log2
 x deslo-
cado 5 unidades para a direita, como se estivéssemos construindo o gráfico de y = log2
 m,
sendo m = x – 5. Faça o esboço da situação descrita para obter o gráfico de y = 4 + log2
 (x – 5).
8
6
–2
4
–4
2
0 1 32 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14–1–2
y
x
	 6.	Vamos agora pensar no gráfico de f(x) = ​  1 _____ 
x2
+ 1
 ​. Para construir o gráfico de f(x), podemos
começar com o de y = x2
. Depois, fazemos o de y = x2
+ 1, deslocando uma unidade para
cima o gráfico de y = x2
, na direção do eixo y. A partir daí, para obter o gráfico de f(x),
repre­sentamos os pontos (x ; y) tais que o valor de y seja o inverso de x2
+ 1, para cada valor de x.
Matemática – 3a
série – Volume 2
20
É importante notar que:
•	 no ponto onde x = 0, x2
+ 1 vale 1 e o inverso de x2
+ 1 também é igual a 1;
•	 em todos os outros pontos, x2
+ 1 é positivo e maior que 1; logo, seu inverso é positivo e
menor que 1;
•	 assim, o gráfico de f(x) = ​  1 _____ 
x2
+ 1
 ​ situa-se sempre acima do eixo x, aproximando-se mais e
mais dele à medida que o valor de x aumenta, pois quanto maior for o valor de x2
+ 1, menor
será o valor de seu inverso.
		 Resumindo, na construção do gráfico de f(x) = ​  1 _____ 
x2
+ 1
 ​, podemos observar os seguintes passos:
•	 construir o gráfico de y = x2
;
•	 construir o gráfico de y = x2
+ 1;
•	 construir o gráfico de f(x) = ​  1 _____ 
x2
+ 1
 ​ .
Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f(x) = ​  1 _____ 
x2
+ 1
 ​ .
7
6
5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5–1–2–3–4–5
y
x
Matemática – 3a
série – Volume 2
21
	 8.	Para o gráfico de f(x) = ​ 1 __ x ​, podemos fazer o gráfico de y = x e representar, para cada valor de x,
a ordenada y, que é o inverso de x.
		 É importante notar que:
•	 quando x = 0, não existe o inverso de x, ou seja, a função f(x) não está definida;
	 7.	Para o gráfico de f(x) = , podemos fazer o gráfico de y = x2
, depois o de y = x2
– 1 e em
seguida representar os pontos com abscissa x e ordenada o inverso de x2
– 1.
		 É importante notar que:
•	 	quando x2
– 1 = 0, ou seja, quando temos x = 1 ou x = –1, então a função f(x) não está definida;
•	 	quando x assume valores próximos de 1 ou de –1, os valores absolutos dos inversos tor-
nam-se muito grandes. Se x se aproxima de 1 por valores maiores do que 1, os inversos
tornam-se muito grandes (positivos); por outro lado, se x se aproxima de 1 por valores
menores do que 1, os inversos tornam-se muito grandes em valor absoluto, mas negativos.
Algo similar ocorre quando x se aproxima de –1.
		 Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f(x) =
1
x2
– 1
1
x2
– 1.
6
5
4
3
2
1
0 1 2 3 4 5 6–1–2–3–4–5–6
y
x
–1
–2
–3
–4
–5
–6
Matemática – 3a
série – Volume 2
22
•	 quanto mais próximo de 0 é o valor de x, maior é o valor absoluto do inverso de x,
sendo que os valores de x positivos têm inversos positivos e os valores de x negativos
têm inversos negativos;
•	 quanto maior é o valor absoluto de x, tanto positivo quanto negativo, mais próximo de 0 é
o inverso de x, sendo o sinal de x sempre igual ao sinal de seu inverso.
		 Faça o esboço da situação descrita para obter o gráfico de f(x) = ​ 1 __ x ​.
0
1
2
– 1
– 2
– 3
– 4
– 5
3
4
5
y
x–0,5 0,5 2,51,5 3,5 4,51 32 4–2 –1–2,5– 4 –1,5– 3,5 –3– 4,5
LIÇÃO DE CASA
	 9.	O gráfico de f(x) = 3 sen x é análogo ao de y = sen x, com a amplitude aumentando de 1
para 3 unidades, ou seja, os valores de f(x) oscilarão entre +3 e –3. Faça o esboço des­se
gráfico no plano a seguir.
Matemática – 3a
série – Volume 2
23
10
20
30
40
50
60
–60
–50
–40
–30
–20
–10
π
2
π 3π
2
5π
2
7π
2
9π
2
11π
2
13π
2
15π
2
2π 3π 4π 5π 6π 7π–π
2
–3π
2
–5π
2
–7π
2
–9π
2
–π–2–3–4
3
–1
2
–2
1
y
x0
–3
π
2
3π
2
π 2π–π –π
2
4
–3π
2
	10.	Para construir o gráfico de f(x) = 3x · sen x, basta imaginar o gráfico de y = A · sen x,
sendo que o valor de A varia de acordo com x segundo a reta y = 3x. Assim, o gráfico
oscilará entre as retas y = 3x e y = –3x. Faça o esboço desse gráfico no plano a seguir.
	11.	Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas a seguir:
a)	f(x) = 3x
	
b)	g(x) = 3x – 1
Matemática – 3a
série – Volume 2
24
c)	h(x) = 3x + 1
	
d)	m(x) = 3–x
	
e)	n(x) = 3–x + 1
10
20
15
y
x
5
–7 –6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 119
	12.	Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas:
a)	f(x) = –x2
b)	 g(x)= 3 – x2
c) h(x) = 1
3 – x2
4
8
6
y
x
2
–6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6
–6
–2
–4
–8
Matemática – 3a
série – Volume 2
25
	13.	Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas:
a)	 f(x) = 3x2
b)	 g(x) = – 3x2
c)	 h(x) = sen x
d)	 m(x) = 3x2
⋅ sen x
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
y
x2
4
6
8
–7 –6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7
–22
–20
–18
–16
–14
–12
–10
–8
–6
–4
–2
–28
–26
–24
MAT-SPFE-2014_3S_CAA_VOL2A.indd 25 08/07/14 12:14
Matemática – 3a
série – Volume 2
26
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AS TRÊS FORMAS BÁSICAS DE CRESCIMENTO OU
DECRESCIMENTO: A VARIAÇÃO E A VARIAÇÃO DA VARIAÇÃO
As funções de 1o
grau, expressas na forma f(x) = ax + b, são crescentes (a  0) ou são
decrescentes (a  0), sendo que o coeficiente a representa a variação em f(x), quando x
aumenta em 1 unidade a partir de qualquer valor inicial. O valor de a é chamado taxa de
variação unitária de f(x), ou somente taxa de variação de f(x). Naturalmente, se a = 0, ou
seja, se a taxa de variação é zero, então a função f(x) é constante: f(x) = b.
Leitura e análise de texto
taxa de variação = a = variação de f(x) por unidade a mais de x
a = f(x + 1) = f(x) = constante
(a  0, função crescente)
f(x) = ax + b
(a  0, função decrescente)
1
a
1
a
y
a = 0 (função constante)b
x
De modo geral, dizemos que uma função f(x) é crescente nos intervalos em que ocorre
o seguinte: se os valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) também
crescem. Dizemos que f(x) é decrescente nos intervalos em que ocorre o seguinte: se os
valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) decrescem. O significado do
crescimento ou do decrescimento no gráfico de f(x) é bastante expressivo:
x1 x2
x aumenta
x
y
y2
y1
y aumenta
f(x) crescente
y
x
x1 x2
x aumenta
f(x) decrescente
y1
y2
y diminui
x1 x2
x aumenta
x
y
y2
y1
y aumenta
f(x) crescente
y
x
x1 x2
x aumenta
f(x) decrescente
y1
y2
y diminui
Matemática – 3a
série – Volume 2
27
Consideremos uma função que não é de 1o
grau, ou seja, cujo gráfico não é uma reta.
Ao observá-lo, constatamos que a taxa de variação unitária de f(x), ou seja, a variação de
f(x) por unidade a mais de x, não é mais constante, isto é, a diferença f(x + 1) – f(x) passa
a depender do valor de x a partir do qual ela é calculada.
Por exemplo:
•	 se f(x) = 5x + 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1) + 7 – (5x + 7) = 5, ou seja, a taxa
de variação unitária de f(x) = 5x + 7 é constante e igual a 5; exatamente o valor de
a na função a = 5;
•	 no entanto, se f(x) = 5x2
+ 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1)2
+ 7 – (5x2
+ 7) = 10x + 5,
ou seja, a taxa de variação unitária de f(x) = 5x2
+ 7 é igual a 10x + 5; portanto, a
taxa varia com o valor de x para o ponto considerado.
No que segue, chamaremos de taxa de variação unitária de uma função, para cada
valor de x, o valor da diferença f(x+1) – f(x).
Quando uma função f(x) cresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para
cima; quando ela cresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo.
Basicamente, em cada intervalo considerado, estas são as três formas de crescimento:
•	 crescer linearmente, com taxa de variação constante;
•	 crescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes, o que
faz com que o gráfico resulte encurvado para cima;
f(x) cresce a taxas decrescentes
a  a’  a’’
f(x) = ax + b
cresce a uma taxa constante
f(x) cresce a taxas crescentes
a  a’  a’’
B
A
C
y
x
1
1
1
a
a’
a’’
a
a’
1
1
1
1
1
a
a
a
a’’
1
Matemática – 3a
série – Volume 2
28
Nas atividades a seguir, sempre que fizermos menção a decrescimentos, as taxas serão
consideradas em valor absoluto, isto é, em módulo.
Observação!
Quando uma função decresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para
cima; quando ela decresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo.
B
C
1
1
1
1
1
1
1
1
a
1
a
a
a
a
a’
a’
a’’
a’’
x
y
A
f(x) decresce a taxas
decrescentes
(em valor absoluto)
f(x) decresce a uma
taxa constantef(x) decresce a taxas
crescentes
(em valor absoluto)
•	 crescer cada vez mais lentamente, o que faz com que o gráfico resulte encurvado
para baixo.
De forma análoga, em dado intervalo, uma função pode decrescer de três modos
distintos:
•	 decrescer linearmente, com taxa de variação constante;
•	 decrescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes em
valor absoluto (as taxas são negativas);
•	 decrescer cada vez mais lentamente, ou seja, com taxas de variação decrescentes em
valor absoluto (as taxas são negativas).
O gráfico a seguir ilustra as três formas de decrescimento:
Matemática – 3a
série – Volume 2
29
A forma-padrão de crescimento ou decrescimento: f(x) = ax + b
Os gráficos a seguir representam o preço médio P dos alimentos da mesma cesta básica,
em diferentes países, em função do tempo t, ao longo de determinado ano.
Desafio!
t
t
t
t
P
P
P P
P
P
país A
país B
país E
país G
país C
país D
t
t
P
P
país C
país D
t
t
P
P
P
P
t
país A
país B
país E
país F
t
t
t
t
P
P
P P
P
P
país A
país B
país E
país G
país C
país D
Matemática – 3a
série – Volume 2
30
t t
P
P
P
P
t
t t
país E
país F
país G
país H
t
t
t
t
P
P
P
t
t t
país G
país H
t
país D
P
t
t
país F
t t
P
P
P
P
t
t t
país E
país F
país G
país H
t
país J
P
t
P
t
país I
Matemática – 3a
série – Volume 2
31
Pergunta-se:
	 a)	 Em que país os preços estiveram estabilizados ao longo do ano?
	 b)	 Em que país os preços aumentaram a uma taxa constante?
	 c)	 Em que país os preços aumentaram a taxas crescentes?
	 d)	 Em que país os preços diminuíram a uma taxa constante?
	 e)	 Em que país os preços aumentaram a taxas decrescentes?
	 f)	 Em que país os preços diminuíram a taxas decrescentes?
	 g)	 Em que país os preços inicialmente aumentaram a uma taxa constante e, posterior-
mente, a taxas decrescentes?
	 h)	 Em que país os preços diminuíram a taxas crescentes?
	 i)	 Em que país os preços inicialmente aumentaram a taxas crescentes e depois a
taxas decrescentes?
	 j)	 Em que país os preços inicialmente diminuíram a taxas crescentes, e depois a
aumentaram taxas decrescentes?
Matemática – 3a
série – Volume 2
32
VOCÊ APRENDEU?
	 1.	No gráfico a seguir, identifique os intervalos nos quais:
x1
x9
x5
x3
x11
x7
y
x
x2
x10
x6
x4
x12
x8
	 a)	 a função f(x) é positiva;
	 b)	 a função f(x) é negativa;
	 c)	 a função f(x) é constante;
	 d)	 a função f(x) é crescente;
	 e)	 a função f(x) é decrescente;
Matemática – 3a
série – Volume 2
33
	 f)	 a função f(x) cresce a taxa constante;
	 g)	 a função f(x) decresce a taxa constante;
	 h)	 a função f(x) cresce a taxas crescentes;
	 i)	 a função f(x) cresce a taxas decrescentes;
	 j)	 a função f(x) decresce a taxas crescentes;
	 k)	 a função f(x) decresce a taxas decrescentes.
	2.	Quando uma pedra é lançada verticalmente para cima com uma velocidade inicial de
40 m/s, a partir de uma altura inicial de 45 m, ela sobe com velocidade cada vez menor, até
atingir uma altura máxima em relação ao solo, quando momentaneamente para. A partir
daí, ela desce cada vez mais rapidamente até voltar ao solo. Sabemos que, por causa da for-
ça da gravidade (peso), que age sobre a pedra, sua velocidade diminui a uma taxa constante
de aproximadamente 10 m/s a cada segundo, no movimento de subida. Podemos descrever
o movimento da pedra por meio de uma função de 1o
grau, que representa sua velocidade,
Matemática – 3a
série – Volume 2
34
e de uma função de 2o
grau, que representa sua altura
em relação ao solo. Nesse caso, as funções que repre-
sentam a velocidade e a altura são as seguintes:
v = 40 – 10t
		 (a partir do valor inicial 40 m/s, a velocidade di-
minui 10 m/s a cada segundo, ou seja, a taxa de
variação da velocidade é de –10 m/s por s, que se
escreve –10 m/s2
)
h = 45 + 40t – 5t2
		 (a partir do valor inicial 45 m, a altura aumenta até
um valor má­ximo, diminuindo posteriormente
até atingir o valor zero).
Pede-se:
	 a)	 construa o gráfico de v em função de t;
	 b)	 construa o gráfico de h em função de t;
	 c)	 determine o valor máximo de h(t);
	 d)	 determine o valor de t quando a pedra voltar a
passar pela posição inicial;
	 e)	 calcule depois de quanto tempo a pedra atinge o solo;
	 f)	observando os gráficos de h(t) e v(t), assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas frases
seguintes:
		 ( ) “A velocidade decresce a uma taxa constante.”
		 ( ) “A altura h cresce cada vez mais lentamente até atingir o valor máximo; depois decresce
cada vez mais rapidamente.”
		( ) “A altura cresce a taxas decrescentes até o valor máximo; depois decresce a taxas
crescentes.”
0
v = 40 m/s
2
3
t= 0
45 m
h máx
v=0
1
Matemática – 3a
série – Volume 2
35
Matemática – 3a
série – Volume 2
36
LIÇÃO DE CASA
	 3.	Considere o gráfico da função de 2o
grau f(x) = (x – 5) ⋅ (x + 1) indicado a seguir.
y
0 1 2 3 4 6 7
f(x) = (x + 1) ⋅ (x – 5)
−1−2−3
−8
1
−3
−7
−11
2
−2
–6
−10
3
−1
−9
−5
−4
x
5
	 a)	 Identifique os intervalos em que f(x)  0 e os intervalos em que f(x)  0.
Matemática – 3a
série – Volume 2
37
	 b)	 Identifique os intervalos em que f(x) é crescente e os intervalos em que é decrescente.
	 c)	Qualifique o crescimento e o decrescimento de f(x), informando se eles ocorrem a taxas
crescentes ou a taxas decrescentes.
	 4.	Construa o gráfico das funções a seguir:
	 a)	f(x) = 3x
	 b)	g(x) = 3‒x
	 c)	h(x) = log3 
x	
	 d)	m(x) = log
​ 1 __ 3
 ​
  x
	 Identifique, em cada caso, se a função é crescente ou decrescente, bem como se o crescimento
ocorre a taxas crescentes ou a taxas decrescentes.
0
2
–2
–4
4
6
8
y
x0,5 2,51,5 3,5 4,51 32 4–1–1,5–3 –0,5–2,5 –2–3,5
Matemática – 3a
série – Volume 2
38
VOCÊ APRENDEU?
	 5.	No mesmo sistema de coordenadas, construa o gráfico das funções f(x) = sen x e g(x) = cos x
entre x = 0 e x = 2π.
0
1
0,5
–0,5
–1
–1,5
1,5
2
y
x
π 2ππ
2
3π
2
Matemática – 3a
série – Volume 2
39
	 a)	 No intervalo considerado, identifique os trechos em que f(x) e g(x) são crescentes e os trechos em
que são decrescentes.
	 b)	 Compare os gráficos de f(x) e de g(x), observando que os valores máximos de uma das fun-
ções ocorrem nos pontos em que a outra se anula e vice-versa.
	 c)	Compare os gráficos de f(x) e de g(x), verificando que a concavidade de f(x) muda (de
gráfico encurvado para baixo para gráfico encurvado para cima ou vice-versa) nos pontos
em que g(x) assume valores extremos (máximo ou mínimo) e vice-versa em relação a g(x).
Matemática – 3a
série – Volume 2
40
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
OS FENÔMENOS NATURAIS E O CRESCIMENTO OU
DECRESCIMENTO EXPONENCIAL: O NÚMERO ℮
Leitura e análise de texto
As funções são instrumentos fundamentais para a representação das relações de inter­
dependência entre grandezas, conforme estamos vendo neste volume. As funções de
1o
grau f(x) = ax + b, por exemplo, prestam-se muito bem para representar relações que
envolvem proporcionalidade. Já na representação de fenômenos periódicos, utilizamos
funções trigonométricas como f(x) = sen x ou f(x) = cos x e, para expressar crescimento ou
decrescimento exponenciais, entram em cena as funções na forma f(x) = ax
.
A função exponencial – uma propriedade característica
Já conhecemos a função f(x) = ax
, com a  0 e a ≠ 1. Vamos agora destacar uma pro-
priedade característica dessa função que pode ter passado despercebida.
Consideremos a função f(x) = 2x
e seu gráfico. Calculemos f(x) para os valores inteiros
de x, começando com x = 0.
f(x) = 2x
0 1 3 5−2 2
2
6
10
14
18
22
26
30
4
8
8
12
16
16
20
24
28
32
4 6−1
y
x
2
4
1
	
x 2x
f(x + 1) – f(x)
0 1 1
1 2 2
2 4 4
3 8 8
4 16 16
5 32 32
6 64 64
7 128 ...
Notamos que quando x aumenta em 1 unidade, a partir de x = 0, a variação em f(x) é
igual, sucessivamente, a 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, ..., ou seja, a taxa de variação unitária, que
é igual a f(x + 1) – f(x), é igual ao valor de f(x):
	 f(1) – f(0) = f(0)	 f(3) – f(2) = f(2)	 f(5) – f(4) = f(4)
	 f(2) – f(1) = f(1) 	 f(4) – f(3) = f(3)	 e assim por diante.
A taxa de variação unitária de f(x) = 2x
é, portanto, igual a f(x).
Chamaremos essa taxa de f1
(x). Calculando f1
(x) para um valor qualquer de x, temos,
de fato: f1
(x) = f(x + 1) – f(x) = 2x + 1
– 2x
= 2x
⋅ (2 – 1) = 2x
.
Matemática – 3a
série – Volume 2
41
VOCÊ APRENDEU?
	 1.	Analogamente ao que foi feito antes para f(x) = 2x
, calcule a taxa de variação unitária para
f(x) = 3x
. Para isso, inicialmente complete a tabela a seguir:
	 0−1 1 2 3
54
18
6
4 5
24
6
30
48
66
12
36
54
72
18
42
60
78
3
27
9
33
51
69
15
39
57
75
21
45
63
81 y
x
x 3x
f(x + 1) – f(x)
0 1 2
1
2
3
4
5
De modo geral, calculando a taxa unitária f1
(x) para a função f(x) = ax
, obtemos:
f1
(x) = f(x + 1) – f(x) = ax + 1
– ax
= ax
⋅ (a – 1); ou seja, o valor de f1
(x) é diretamente
proporcional ao valor de f(x).
Quadro-resumo
Matemática – 3a
série – Volume 2
42
	 2.	Uma população P de bactérias aumenta com uma rapidez que é diretamente proporcional ao
seu valor em cada instante, ou seja, quanto maior é o valor de P, mais rapidamente a população
aumenta. Partindo de um valor P0
= 1 000, observa-se que a população dobra a cada hora, ou
seja, o valor de P pode ser expresso pela função:
P = f(t) = 1 000 ⋅ 2t
(t em horas)
	 a)	 Calcule a taxa de variação unitária nos instantes t = 1 h e t = 2 h.
	 b)	 Mostre que o aumento no valor de P entre os instantes t = 6 h e t = 7 h é igual ao valor da
população para t = 6 h.
LIÇÃO DE CASA
	 3.	A população N de cães de certa região cresce exponencialmente de acordo com a expressão
N = f(t) = 600 ⋅ 10t
, sendo t em décadas.
	 a)	 Calcule a taxa de variação unitária para t = 2 décadas.
	 b)	 Mostre que o aumento no valor de P entre os instantes t = 7 e t = 8 é igual a 9 vezes o valor
da população para t = 7.
Matemática – 3a
série – Volume 2
43
Leitura e análise de texto
Fenômenos naturais e crescimento exponencial – o nascimento do número ℮
(℮ ≅ 2,71828)
Quando se estuda o crescimento de uma população, seja de seres humanos, seja de
animais, consideram-se as taxas porcentuais de crescimento ou decrescimento. Quando se
diz, por exemplo, que certa população N cresce a uma taxa de 20% ao ano, isso significa
que, considerando N uma função do tempo t em anos, a taxa de variação unitária, ou seja,
o aumento de N por unidade a mais de t é igual a 0,20N. Quer dizer, então, que o aumento
de N por ano é diretamente proporcional ao valor de N; ou seja, N deve ser uma função
exponencial do tempo t em anos.
Para descobrir qual é a base dessa função exponencial, vamos examinar o significado do
crescimento populacional em situações concretas. O que significaria, então, dizer que o valor
de N aumenta 20% em um ano? Certamente não seria o caso de imaginar que a população
ficaria constante ao longo do ano, aumentando em 20% tão logo se inicie o ano seguinte. Na
verdade, uma pressuposição mais razoável, mais natural em todos os sentidos, é a de que o
crescimento anunciado distribui-se uniformemente ao longo do ano. É justamente quando
se tenta descrever matematicamente tal distribuição que surge o número ℮ de que falamos
inicialmente. Vamos acompanhar o raciocínio a seguir para compreender como surge tal
número na descrição de processos naturais de crescimento (ou decrescimento).
Certa população N é uma função do tempo: N = f(t), t em anos. Os dados disponíveis
informam que N cresce a uma taxa de 100% ao ano, ou seja, dobra a cada ano. Como
podemos expressar o valor de N em função de t?
Uma primeira hipótese, bem pouco natural (na verdade, absurda), é de que N ficaria
constante ao longo de cada ano, dobrando de valor ao final, na passagem para o ano se-
guinte. O gráfico de N em função de t seria o seguinte:
4No
N
0 1 2 3
t
2No
No
Uma hipótese mais razoável seria a de que o crescimento de 100% ao ano distribui-se
ao longo do ano. Vamos considerar, inicialmente, que tal distribuição ocorra do modo
Matemática – 3a
série – Volume 2
44
mais simples: 50% em cada semestre. Nesse caso, após o primeiro semestre, a população
seria No
+ 50% de No
, ou seja, a população inicial seria multiplicada pelo fator ​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​,
tornando-se No 
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​. Após o segundo semestre, novamente a população inicial
seria multiplicada por ​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​, tornando-se No 
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
2
. No período seguinte, a população
seria No 
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
3
, e assim por diante. O gráfico da população N em função do tempo seria
o representado a seguir:
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
5
N
t
3210
No
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
4
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​3
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
2
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
​ 1 __ 
2
 ​ ​ 3 __ 
2
 ​ ​ 5 __ 
2
 ​
Para se aproximar ainda mais de uma situação concreta envolvendo crescimento,
seria ainda mais razoável supor que os 100% de crescimento se distribuam ao longo do
ano, sendo 25% a cada trimestre. Nesse caso, ao final do primeiro trimestre, a população
seria No
+ 25% de No
, ou seja, No 
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​. Ao final do segundo trimestre, o valor inicial
do trimestre terá sido multiplicado novamente por ​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​, tornando-se No 
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
2
;
após o terceiro trimestre, a população seria No 
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
3
, e assim por diante. O gráfico da
população N em função do tempo seria o representado a seguir:
Matemática – 3a
série – Volume 2
45
N
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
8
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
4
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
7
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
3
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
6
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
2
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
5
No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
1 2 3
0
No
​ 1 __ 
4
 ​ ​ 5 __ 
4
 ​ ​ 9 __ 
4
 ​​ 2 __ 
4
 ​ ​ 6 __ 
4
 ​ ​ 10 __ 
4
 ​​ 3 __ 
4
 ​ ​ 7 __ 
4
 ​ ​ 11 __ 
4
 ​
Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído mês a mês, sendo o cresci-
mento mensal igual a ​  1 ___ 
12
 ​ de 100%, então teríamos o valor da população:
•	 ao final do primeiro mês igual a No 
​ª 1 + ​  1 ___ 
12
 ​ º​;
•	 ao final do segundo mês igual a No 
​ª 1 + ​  1 ___ 
12
 ​ º​
2
;
•	 ao final do terceiro mês igual a No 
​ª 1 + ​  1 ___ 
12
 ​ º​
3
;
•	 e assim por diante, de modo que, ao final do primeiro ano, teríamos N = No ​ª 1 + ​  1 ___ 
12
 ​ º​
12
.
Se o ano fosse dividido em 100 partes iguais, sendo o crescimento de 100% ao ano
distribuído ao longo delas, sendo de 1% em cada uma, a população, ao final do ano, seria
igual a: N = No ​ª 1 + ​  1 ____ 
100
 ​ º​
100
.
Como se pode observar nos gráficos, se uma população cresce a uma taxa de 100% ao
ano, o valor da população ao final do primeiro ano é igual a:
t
N
Matemática – 3a
série – Volume 2
46
•	 2No
, quando se considera que seu valor permaneceu constante ao longo do ano,
dobrando ao final;
•	 No ​ª 1 + ​ 1 __ 
2
 ​ º​
2
, ou seja, 2,25No
, quando se considera o crescimento uniformemente
distribuído, sendo 50% em cada semestre;
•	 No
​ª 1 + ​ 1 __ 
4
 ​ º​
4
, ou seja, aproximadamente 2,44No
, quando o crescimento é distribuí-
do ao longo dos trimestres, sendo 25% ao trimestre;
•	 No ​ª 1 + ​  1 ___ 
12
 ​ º​
12
, ou seja, aproximadamente 2,61No
, quando ele é uniformemente
distribuído mês a mês, e assim por diante.
Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído uniformemente ao longo
do ano, subdividido em n partes, o valor de N ao final do ano será N = No 
​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​
n
.
No cálculo anterior, chama a atenção o número  ​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​
n
para valores grandes de n.
Recorrendo a uma calculadora, podemos verificar que, quanto mais aumenta o valor
de n, mais os valores da expressão ​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​
n
se aproximam de um determinado número:
•	 para n = 100, temos: ​ª 1 + ​  1 ____ 
100
 ​ º​
100
= 2,704813829...
•	 para n = 365, temos: ​ª 1 + ​  1 ____ 
365
 ​ º​
365
= 2,714567485...
•	 para n = 1 000, temos: ​ª 1 + ​  1 _____ 
1 000
 ​ º​
1 000
= 2,716923932...
•	 para n = 10 000, temos: ​ª 1 + ​  1 ______ 
10 000
 ​ º​
10 000
= 2,718145927...
•	 para n = 1 000 000, temos: ​ª 1 + ​  1 ________ 
1 000 000
 ​ º​
1 000 000
= 2,718280469...
•	 para n = 100 000 000, temos: ​ª 1 + ​  1 __________ 
100 000 000
 ​ º​
100 000 000
= 2,718281815...
Dizendo de outra maneira: quanto maior é o valor de n, mais o valor da expressão
​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​
n
se aproxima do número 2,7182818... Esse número diferente é representado
pela letra ℮ e escrevemos: ℮ ≅ 2,7182818.
Assim, concluímos que, se uma população No
cresce a uma taxa de 100% ao ano,
distribuída uniformemente ao longo do ano, seu valor ao final do ano será igual a No
⋅ ℮,
ou seja, aproximadamente, 2,718 ⋅ No
.
Matemática – 3a
série – Volume 2
47
Seguindo esse raciocínio, podemos mostrar que, ao final de dois anos, o valor da po­-
pulação será igual a No
⋅ ℮2
, ao final de três anos será No
⋅ ℮3
e, generalizando, ao
final de t anos, teremos N = No
⋅ ℮t
.
Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠ 1, mas sim 20%, ou seja, k = 0,2, teremos, ao final
de t anos: N = No
⋅ ℮0,2t
. De modo geral, para uma taxa porcentual k qualquer (0  k  1)
teremos, ao final de t anos, N = No
⋅ ℮kt
.
Em muitas outras situações práticas, em diferentes contextos, nos deparamos com o
número ℮. Apesar de ser um número de aparência diferente, sua presença é muito fre-
quente no estudo de fenômenos naturais que envolvem crescimento ou decrescimento
exponencial, como desintegração radioativa e juros compostos.
Tal como o número π, o número ℮ é irracional e transcendente. Isso significa que irra-
cionais, como ​® 
__
 2 ​, não são razões entre inteiros, mas são raízes de equações algébricas com
coeficientes inteiros (por exemplo, x2
– 2 = 0). Um irracional é transcendente quando não
existe equação algébrica com coeficientes inteiros que o tenha como raiz, e esse é o caso de
números como π e ℮. Tais fatos, no entanto, não nos interessarão no presente momento.
Interessa-nos apenas conhecer uma função exponencial particular, que vai ampliar signifi-
cativamente o repertório de recursos para o tratamento matemático de diversos fenômenos
em diferentes contextos.
Vejamos como o número ℮ pode ser aplicado ao cálculo de juros em uma situação
similar à que foi descrita anteriormente. Quando um capital Co
é aplicado a uma taxa de
100% ao ano, se os juros forem incorporados ao capital apenas no final do ano, o valor do
capital, depois de um ano, será igual a 2Co
; depois de dois anos, será 4Co
, e assim por diante.
Entretanto, se os juros forem distribuídos uniformemente ao longo do ano, de modo que
a cada período de ​ 1 __ n ​ do ano sejam incorporados os juros de ​ 100% ______ 
n
 ​ , no final do ano o novo
capital será igual a Co 
​ª 1 +  ​ 1 __ n ​ º​
n
. Se os juros forem incorporados continuamente ao capital, o
valor montante, ao final de um ano, será C = Co
⋅ ℮ e, ao final de t anos, será C = Co
⋅ ℮t
.
Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠ 1, mas sim 10%, ou seja, k = 0,1, teremos, ao
final de t anos: C = Co
⋅ ℮0,1t
. De modo geral, para uma taxa k (0  k  1), teremos, ao final
de t anos, C = Co
⋅ ℮kt
.
Quando se estuda o fenômeno da propagação de doenças, também se considera o fato
de que a rapidez com que o número de doentes aumenta é diretamente proporcional ao
número de doentes em cada instante. Na descrição matemática do fenômeno, nos depara-
mos novamente com o número ℮.
Assim, reafirmamos: sempre que tentamos descrever matematicamente o modo como
variam funções presentes em fenômenos naturais de diferentes tipos, mas que têm em co-
mum o fato de que envolvem grandezas que crescem ou decrescem com uma rapidez que é
Matemática – 3a
série – Volume 2
48
diretamente proporcional ao valor da grandeza em cada instante, naturalmente encon-
tramos o número ℮. Um valor aproximado de ℮ pode ser obtido a partir da expressão
​ª 1 +  ​ 1 __ n ​ º​
n
: quanto maior o valor de n, mais próximos estaremos do número ℮. Para todos os
fins práticos, ℮ ≅ 2,71828, ou, com uma aproximação melhor, ℮ ≅ 2,718281828459045.
Em consequência, em situações concretas que descrevem fenômenos naturais
que apresentem crescimento ou decrescimento exponencial, a função f(x) = ℮x
, cujo
gráfico apresentamos a seguir, tem uma presença marcante.
0
3
6
12
18
24
30
9
15
21
27
33
36
−1 2 3 4 5 x
y
f(x) = ℮x
y = 3x
y = 2x
1
Assim como o número ℮ serve de base para uma particular e importante função ex-
ponencial, ele também serve para a correspondente função logarítmica: se y = ℮x
, então
x = loge
  y. Em outras palavras, à função exponencial de base ℮ corresponde sua inversa, a
função logarítmica de base ℮.
A função g(x) = loge
 x costuma ser representada por g(x) = ln x, uma abreviatura para
“logaritmo natural de x”. Os gráficos de f(x) = ℮x
e de sua inversa, g(x) = ln x, são repre-
sentados a seguir. É interessante notar que, como funções inversas, a cada ponto (a; b)
do gráfico de f(x) corresponde um ponto (b; a) do gráfico de g(x), ou seja, os gráficos são
simétricos em relação à reta y = x.
2
6
10
4
8
12
14
−14
−12
−10
−8
−6
−4
0 2 106 14 204 12 188 16 22
x
y
−2
−2−8 −4−10 −6−12−16−18−20−22 −14
f(x) = ℮x
y = x g(x) = ln x
Matemática – 3a
série – Volume 2
49
VOCÊ APRENDEU?
	 4.	Um investidor aplica uma quantia de R$ 1 000,00 a uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule
o valor do capital investido ao final do primeiro ano, supondo que:
	 a)	 os juros sejam incorporados ao capital apenas no final de cada ano (juros simples);
	 b)	 os juros sejam distribuídos uniformemente, sendo incorporados ao capital ao final de cada mês;
	 c)	 os juros sejam incorporados continuamente ao capital (juros compostos) ao longo do ano.
(Dado: ℮0,12
≅ 1,1275.)
	 5.	Um investidor aplica uma quantia Co
a uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule depois de
quanto tempo o capital investido dobrará de valor, supondo que:
	 a)	 os juros sejam incorporados ao capital apenas ao final de cada ano;
Matemática – 3a
série – Volume 2
50
	 b)	 os juros sejam incorporados ao capital ao final de cada mês;
	 c)	 os juros sejam incorporados continuamente ao capital (juros compostos).
	 6.	Esboce o gráfico das funções:
	 a)	 f(x) = ℮(x – 5)
	 b)	 g(x) = ℮(–x)
	 c)	 h(x) = 13 · ℮(x + 1)
	 d)	 m(x) = – 7 · ℮(1 – x)
Matemática – 3a
série – Volume 2
51
LIÇÃO DE CASA
	 7.	Quando uma substância radioativa se decompõe, a rapidez com que ela se transforma é dire-
tamente proporcional à quantidade restante, em cada momento, ou seja, seu decrescimento é
exponencial. Sabendo que a massa inicial mo
de certa substância radioativa é 60 g e reduz-se
à metade a cada 4 h, determine a expressão de sua massa m em função do tempo t em horas:
	 a)	 supondo que m(t) = mo
 ⋅ 2bt
, determine o valor de b;
Matemática – 3a
série – Volume 2
52
	 b)	 supondo que m(t) = mo
 ⋅ ℮at
, determine o valor de a;
	 c)	 mostre que as expressões obtidas nos itens a e b são equivalentes;
	 d)	 calcule a massa restante após 8 horas;
	 e)	 após quanto tempo a massa restante será igual a 12 g?
Matemática – 3a
série – Volume 2
53
PESQUISA INDIVIDUAL
Construção de gráficos com o auxílio de um software
Alguns softwares livres, como o Graphmatica, o Geogebra ou o Winplot, podem ser
utilizados para construir gráficos de funções de vários tipos.
Para o estudo dos gráficos das funções, procure “baixar” da internet um software para
construção de gráficos ou, se possível, utilize a sala de informática de sua escola. Com o
auxílio de um desses softwares, desenhe os gráficos indicados.
8.	 Faça os gráficos das quatro funções a seguir, em um mesmo sistema de eixos, e res­
ponda às perguntas.
f(x) = ℮x
		 g(x) = ℮–x
	h(x) = ln x (x  0)	 m(x) = ln (–x) (x  0)
a)	 Qual das funções cresce a taxas crescentes?
b)	 Qual das funções cresce a taxas decrescentes?
c)	 Qual das funções decresce a taxas crescentes?
d)	 Qual das funções decresce a taxas decrescentes?
9.	 O gráfico da função f(x) = ℮–x2
é chamado curva normal e representa a distribuição
em torno do valor médio das frequências de ocorrência de um experimento aleatório
em uma população. Muitas medidas de características físicas como altura, massa,
dimensões dos pés, dos colarinhos, entre outras, ao serem representadas estatistica-
mente, conduzem a uma curva normal. De forma geral, as diversas curvas do tipo
normal (ou curva de Gauss) são do tipo f(x) = a ⋅ ℮–b ⋅ x2
, com diversos valores para
os parâmetros a e b. Utilizando um programa para construção de gráficos, elabore
algumas curvas de Gauss, variando os valores dos parâmetros a e b.
Matemática – 3a
série – Volume 2
54
55
Matemática – 3a
série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
A APRESENTAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS:
GRÁFICOS E TABELAS
!
?
Leitura e análise de texto
Os dados de natureza qualitativa nos informam sobre as características dos objetos de
estudo, como cor dos cabelos, time de futebol preferido, bairro de residência etc. Os dados
quantitativos referem-se à possibilidade de se efetuarem medidas ou contagens acerca da
manifestação dos fenômenos. São dados de natureza quantitativa, por exemplo, altura,
salário mensal, número de irmãos etc.
Nas pesquisas realizadas em Geografia, é comum trabalharmos com dados, qualitati-
vos ou quantitativos, provenientes de fontes secundárias, isto é, das estatísticas e dos do-
cumentos cartográficos. Depois de coletados, os dados são organizados em mapas, tabelas
e/ou gráficos.
Os mapas são objeto de estudo da Cartografia, já os gráficos, não. Estes estão mais
ligados à Matemática e, em particular, à Estatística. Isso porque grande parte dos gráficos
tem origem nas propostas de Nicole Oresme (1323-1382) e René Descartes (1596-1650)
para a descrição da posição de pontos no plano, base da Geometria Analítica. A partir daí,
foi possível a elaboração de gráficos de relações e de funções na Matemática, explorados
depois, também na Estatística.
Diante de um mapa ou de um gráfico, podemos nos interessar por um aspecto particular
ou por um conhecimento global do assunto que está sendo representado. Assim, iniciamos a
leitura identificando do que trata o mapa, a tabela ou o gráfico. Para isso, ficamos atentos ao
título, que deve dizer “o quê”, “onde” e “quando” a respeito do tema, completando-se depois
com outras informações que acompanham a tabela, o gráfico ou o mapa, principalmente a
respectiva legenda que explica os significados das grandezas utilizadas.
Em seguida, já sabendo do que se trata, analisamos a representação gráfica, que será
mais eficaz quanto mais nos revelar o conteúdo da informação que ela encerra. Uma tabela,
um gráfico ou um mapa, portanto, será eficaz quando possibilitar ao usuário uma resposta
visual e rápida às questões por ele colocadas.
Diante de gráficos, podemos pensar principalmente em dois tipos de questão:
	 •	 sobre determinado detalhe (quanto choveu no mês de abril na cidade X?);
	 •	 sobre o conjunto (qual é o regime anual das chuvas na cidade X?).
Teremos essas questões em mente nas próximas atividades.
56
Matemática – 3a
série – Volume 2
VOCÊ APRENDEU?
O climograma ou gráfico termopluviométrico
Muitas vezes, para uma análise comparativa de variáveis, combina-se, em um mesmo grá-
fico, a frequência acumulada porcentual (gráfico de linhas) com a frequência relativa (gráfico
de barras).
Uma aplicação muito comum dessa combinação é o climograma ou gráfico termopluviomé-
trico. A temperatura, por ser contínua, é representada por uma linha. Para a precipitação, como é
acumulativa, utilizam-se as colunas.
Um gráfico assim construído pode mostrar contrastes entre períodos secos e úmidos e, ainda,
permitir a comparação entre vários regimes climáticos em vista de uma classificação estudada em
Geografia.
A tabela seguinte apresenta dados baseados nas características do clima da cidade de Catalão,
em Goiás. Nessa tabela, temos o índice de chuvas, em milímetros, e a temperatura média mês a
mês, em grau Celsius.
Mês Índice de chuvas (mm) Temperatura média (°C)
Janeiro 299 23
Fevereiro 259 23
Março 223 23
Abril 96 22,5
Maio 28 21
Junho 7 19,5
Julho 12 20
Agosto 7 21,5
Setembro 58 23
Outubro 155 23,5
Novembro 210 23
Dezembro 378 22,5
57
Matemática – 3a
série – Volume 2
A observação dos dados dessa tabela permite tirar uma série de conclusões, principalmente
aquelas que dizem respeito a uma análise detalhista, como, por exemplo, afirmar que a temperatura
média de dezembro é 22,5 °C.
No entanto, apesar de ser possível obter diversas conclusões com base nos dados registrados em
tabelas, um gráfico, relacionando todas as informações, permite visualizar mais facilmente variações
entre os elementos dos conjuntos. O gráfico seguinte, gerado a partir dos dados da tabela anterior,
é o climograma da cidade pesquisada.
25
20
15
10
5
0
°C
299
J A J OF M A NM J
Climograma de Catalão
S D
259
223
96
28
7
índice de chuvas (mm)
12
58
155
210
378
7
400
350
300
200
250
100
150
50
0
23 23 23 2323 23,522,5
22,5
21,5
19,5
21 20
temperatura média (°C)
(mm)
	 1.	 A respeito desse gráfico, responda:
	 a)	 Como é possível relacionar as estações do ano ao índice de chuvas apresentado no gráfico?
	 b)	 Quais foram as temperaturas média máxima e média mínima no ano? Em quais meses
elas ocorreram?
	c)	A amplitude de um conjunto de dados é definida como a diferença entre o maior e o
menor valor do conjunto. Qual foi a amplitude do conjunto das temperaturas médias
mensais da cidade de Catalão?
58
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 d)	 Qual foi a temperatura média anual da cidade de Catalão?
	 e)	 Relacionando as duas variáveis apresentadas no gráfico, responda: é verdade que chove mais
nos meses mais frios? Justifique.
	2.	 Observe o climograma seguinte, construído com base em dados fictícios de outra cidade.
Neste gráfico, como no anterior, o índice de chuvas é dado em milímetros e a temperatura,
em grau Celsius.
117 119
114 117
139
12,5
14
20
24
27
20,5
28,5
22
17
28,5
13,5
147
122
89 96
122
106
180
100
140
60
160
80
120
40
20
0
J A J OF M A NM J S D
40
35
30
25
20
15
10
5
0
índice de chuvas (mm) temperatura média (°C)
°C
(mm)
167
26,5
		 A respeito dos dados representados nesse gráfico, responda:
59
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 a)	 A cidade em questão localiza-se no Hemisfério Norte ou no Hemisfério Sul? Por quê?
	 b)	 Nos meses de inverno chove, em média, mais ou menos do que nos meses de verão?
	 c)	 Qual foi a temperatura média anual dessa cidade?
	 d)	A amplitude da variação dos valores médios mensais dos índices pluviométricos (valor
máximo – valor mínimo) foi maior para essa cidade ou para a cidade de Catalão?
	 e)	 Como as características climáticas dessa cidade diferenciam-se das de Catalão?
	 f)	 O clima de Catalão é classificado como tropical semiúmido, cujas principais características são:
•	 temperaturas elevadas no verão e amenas no inverno (média de 20 °C);
•	 existência de duas estações: a úmida e a menos úmida;
•	 temperaturas médias mensais altas ao longo de todo o ano;
•	 reduzida amplitude térmica anual.
60
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 Caracterize o clima da cidade representada no gráfico anterior, comentando sobre as mesmas
variáveis que definiram o clima tropical semiúmido para Catalão.
A distribuição da riqueza no Brasil
	3.	 Observe o gráfico que representa a distribuição de renda em nosso país.
Porcentual da população –
crescimento da riqueza
46,9%
15,7%
7,3%
5,7%
4,5%
3,4%2,5%
10% 50%30% 70%20% 60%40% 80% 90%
1% 3%
10%
Fonte: IBGE e Atlas da Exclusão Social.
	 Pelo gráfico, podemos concluir que a distribuição da riqueza em nosso país mostra, por exem-
plo, que os 10% mais pobres da população brasileira detêm apenas 1% da renda nacional, e
que os 20% mais pobres ficam com 3,5% (1% + 2,5%). Já os 10% mais ricos (acima de 90%)
detêm 46,9% da renda nacional. Supondo a população brasileira igual a 200 milhões de habi-
tantes, e o Produto Interno Bruto (PIBa
) brasileiro igual a 2,4 trilhões de reais, responda, com
base no gráfico:
a
O Produto Interno Bruto anual é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
61
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 a)	 Qual é o porcentual da renda nacional destinado aos 40% mais pobres da população
brasileira?
	 b)	 Qual é o PIB per capita do Brasil, isto é, em média, quanto da riqueza produzida anual-
mente cabe a cada brasileiro?
	 c)	 Qual é, em reais, a parte da riqueza nacional destinada aos 20% mais pobres da população?
	 d)	 Qual é, em reais, a parte da riqueza nacional destinada a cada um dos brasileiros situados
entre os 20% mais pobres da população?
	 e)	 Complete a tabela seguinte com o total da população brasileira por faixa de concentração
de riqueza e com a renda per capita em cada faixa.
Renda per capita por faixa de riqueza
Porcentual mais pobre da
população
Porcentual
da riqueza
Valor absoluto
da riqueza (R$)
População
Renda per
capita (R$)
Até 10%
Maior que 10% até 20%
Maior que 20% até 30%
Maior que 30% até 40%
Maior que 40% até 50%
	 f)	Calcule a renda per capita dos 10% mais ricos da população brasileira e responda:
Quantas vezes a renda per capita dos 10% mais ricos é maior do que a renda per capita
nacional?
62
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 g)	 Qual é a relação entre a renda per capita dos 10% mais ricos e a renda per capita dos 10%
mais pobres?
LIÇÃO DE CASA
A temperatura interna da casa
Uma das maneiras de avaliar o conforto e a viabilidade de um projeto de arquitetura residencial
consiste em comparar a diferença entre a temperatura externa e a temperatura interna do imóvel.
Adotando limites superior e inferior para as temperaturas, que correspondam, respectivamente,
às condições de conforto máximo e mínimo, os arquitetos geram um gráfico em que registram as
temperaturas de hora em hora, durante certo intervalo de tempo e, a partir dele e de outros fatores,
julgam o nível de conforto do imóvel.
Um desses gráficos, representado a seguir, foi construído com base em dois dias, sendo um deles
um dia de inverno e o outro um dia de verão.
horas do dia
temperatura
horas do dia
temperatura interior
temperatura interior
temperatura exterior
temperatura exterior
mínimo
conforto
máximo
conforto
	4.	 Analisando os gráficos, responda:
	 a)	 Qual dos dois gráficos, o da direita ou o da esquerda, corresponde ao período medido du-
rante o verão? Por quê?
63
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 b)	 O projeto em questão é, com base no conforto interno, mais adequado para o período de
verão ou para o período de inverno?
64
Matemática – 3a
série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
MÉDIA ARITMÉTICA E DISPERSÃO: QUAL É A RELAÇÃO?
!
?
Atividade em grupo – Jogo do desvio médio
Neste jogo, você sorteará amostras, utilizará seus conhecimentos de cálculo proporcional, cal-
culará médias aritméticas e, por fim, aprenderá um importante conceito de Estatística: o conceito
de dispersão. Leia as instruções a seguir e siga as orientações de seu professor.
Como é o jogo?
Cada grupo receberá um saquinho contendo determinado número de peças coloridas (esse nú-
mero será comunicado ao grupo pelo professor). O trabalho do grupo será descobrir o número de
peças de cada cor, sem contá-las uma a uma, apenas efetuando amostragens.
Uma amostra é uma parte significativa da população. No caso do saquinho com as peças
coloridas, uma amostra pode ser composta de certo número de peças, retiradas ao acaso.
Cada grupo deverá:
•	 sortear amostras várias vezes, registrando o número de peças de cada cor a cada retirada;
•	 colocar de volta no saquinho as peças de uma amostra, misturando-as bem às demais, antes
de realizar a próxima amostra;
•	 organizar os resultados conforme forem sendo obtidos, registrando-os em uma tabela;
•	 discutir e resolver como farão a previsão sobre o número total de peças de cada cor no saquinho;
•	 desenhar um gráfico de barras para apresentar os resultados finais, isto é, a previsão sobre as
quantidades de peças de cada cor no saquinho, semelhante, por exemplo, ao gráfico seguinte:
Depois que todos os grupos desenharem os gráficos, deverão avaliar qual grupo conseguiu a
melhor previsão, isto é, aquela que mais se aproximou dos valores reais das peças coloridas contidas
no saquinho. Seu professor orientará os grupos sobre as próximas etapas.
65
Matemática – 3a
série – Volume 2
VOCÊ APRENDEU?
	1.	 Observe o alvo desenhado a seguir, sobre o qual duas pessoas, A e B, atiraram 20 dardos
cada uma. Os resultados obtidos por esses atiradores foram registrados na tabela.
10
20
30
50
Atirador
Resultados
50 30 20 10 0
A 4 6 5 4 1
B 6 3 5 3 3
	 a)	 Qual é a média de pontos por tiro de cada um dos atiradores?
66
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 b)	 Compare os desvios médios (DM) de cada uma das séries de tiros e decida qual é o atirador
com o desempenho mais regular.
	2.	 O gráfico a seguir foi construído pelo síndico de um condomínio para analisar o consumo
de energia dos proprietários.
Consumo por residência (kWh)
20
68
no
de casas
consumo (kWh)
80
60
40
20
70
200	 400	 600	 800	 1 000	 1 200	 1 400	 1 600	 1 800
50
30
10
0
31
17
12 9
3 2
	 a)	 Qual é o número total de residências pesquisadas?
	 b)	 Quantas residências consomem 1 400 kWh ou menos?
67
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 c)	 Considere que, em cada faixa, o consumo de todas as residências seja igual ao ponto médio
entre os extremos do intervalo. Assim, por exemplo, todas as 20 residências da primeira
faixa consomem 300 kWh, que é o valor médio entre 200 e 400 kWh. Nessas condições,
complete a tabela e, em seguida, determine, com base nos valores tabelados, o consumo
médio e o desvio médio do consumo de eletricidade das famílias do condomínio.
Faixa de
consumo
(kWh)
[200,
400[
[400,
600[
[600,
800[
[800,
1 000[
[1 000,
1 200[
[1 200,
1 400[
[1 400,
1 600[
[1 600,
1 800[
Frequência
(no
de casas)
	
Obs.: representação de intervalo real [a, b[.
intervalo fechado
à esquerda
intervalo aberto
à direita
	3.	 Em duas empresas, A e B, a distribuição dos salários pagos aos funcionários é representada
na tabela seguinte:
Salários (R$)
Número de funcionários
Empresa A Empresa B
1 000,00 6 4
2 000,00 8 9
3 000,00 12 14
4 000,00 16 11
5 000,00 6 8
6 000,00 2 4
Total 50 50
68
Matemática – 3a
série – Volume 2
		 Em qual das duas empresas é maior:
	 a)	 o valor médio dos salários? Quanto a mais?
	 b)	 o desvio médio dos salários pagos? Quantos por cento a mais?
69
Matemática – 3a
série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
A CURVA NORMAL E O DESVIO PADRÃO:
PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
!
?
Leitura e análise de texto
Introdução à leitura e interpretação da curva normal
Considerando, ao acaso, 900 pessoas de uma cidade qualquer para, em seguida, medir
a pressão arterial de cada uma delas e desenhar um gráfico com os resultados, obteria-se,
sem dúvida, algo igual ou muito parecido com o seguinte gráfico.
50 130
0
80
40
120
20
100
60
140
160
Frequência
90 17070 150110 190 210
Pressão sistólica (em mmHg)
A certeza que temos, nesse caso, deve-se ao fato de que a variável “pressão arterial” é,
como tantas outras, uma variável normal1
.
A pressão arterial de praticamente 100% das pessoas varia em uma faixa que vai de
50 a 210 milímetros de mercúrio (mmHg) ou, como é mais comum, de 5 a 21 cmHg.
Mas, como ocorre com todas as variáveis normais, há poucas pessoas com pressão san-
guínea próxima dos extremos e muitas com valores próximos do valor central, no caso,
igual a 13 cmHg.
Observe, por meio dos pontilhados assinalados no gráfico, que, entre as 900 pessoas,
cerca de 80 têm pressão igual a 160 mmHg, enquanto 140 pessoas têm pressão igual a
130 mmHg.
		 Com base nos dados representados nesse gráfico, faça o que se pede a seguir.
1
À ação de bombear sangue dá-se o nome de sístole. A cada batimento cardíaco, o sangue corre pelas artérias e arterío­
las à máxima pressão – pressão sistólica. Segue-se depois uma pausa muito breve, denominada diástole, que ocorre
entre os batimentos cardíacos, quando a pressão é mínima. Esse período recebe o nome de pressão diastólica.
Pressão arterial sistólica (PAS) é o maior valor verificado durante a aferição de pressão arterial. Exemplo: 120 x 80; em
que 120 refere-se à pressão arterial sistólica e 80 refere-se à pressão arterial diastólica, ambas medidas em milímetros de mer-
cúrio (mmHg). (Fonte: Disponível em: http://www.brasilescola.com/saude/pressao-arterial.htm. Acesso em: 3 jan. 2014.)
70
Matemática – 3a
série – Volume 2
VOCÊ APRENDEU?
	1.	 Complete a tabela com os valores aproximados do número de pessoas da população repre-
sentada no gráfico com cada valor de pressão.
Pressão
(mmHg)
Frequência
(no
de pessoas)
Pressão
(mmHg)
Frequência
(no
de pessoas)
50 140
60 150
70 160
80 170
90 180
100 190
110 200
120 210
130 220
	2.	 Com a ajuda de uma calculadora e com base nos dados apresentados na tabela da atividade
anterior, determine, para a variável pressão sanguínea dessa população, o valor da:
	 a)	 moda, isto é, o valor mais frequente da distribuição de dados;
	 b)	 mediana, isto é, o valor central da distribuição ordenada dos dados;
71
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 c)	 média aritmética.
	3.	 Localize, no gráfico apresentado anteriormente na seção Leitura e análise de texto, os valores
obtidos para moda, mediana e média aritmética, e responda: Há muita ou pouca diferença
entre esses valores?
	4.	 Aproximadamente, qual porcentagem da população analisada tem pressão sanguínea maior
ou igual à mediana de 130 mmHg?
	5.	 Se uma pessoa dessa população for sorteada, qual é a probabilidade, de acordo com os da-
dos da tabela apresentada na atividade 1, de ela possuir pressão sanguínea menor ou igual
a 100 mmHg?
Leitura e análise de texto
Desvio padrão de uma distribuição de dados
O desvio padrão (DP) é uma medida de dispersão de um conjunto de dados, ou seja,
é um número que mostra, de acordo com determinado modo de interpretar, quanto os
elementos do conjunto estão próximos ou afastados da média aritmética dos valores desse
conjunto. O desvio padrão está relacionado a uma curva bastante importante na análise de
dados estatísticos: a curva normal.
72
Matemática – 3a
série – Volume 2
A curva normal, também conhecida por curva de Gauss, tem um formato que reflete,
visualmente, a distribuição de uma variável analisada em uma população. A maior con-
centração de valores da variável analisada próximos da média aritmética da população, e
também a igualdade teórica entre média aritmética, mediana e moda são as responsáveis
pela forma assumida pelo gráfico de frequências, quase igual a um sino, conforme pode-
mos perceber na figura a seguir.
Média aritmética, mediana e moda
y
x0
A concentração de valores em torno dos valores médios, no entanto, pode ser maior ou
menor, como podemos observar nos gráficos seguintes, desenhados com a mesma escala.
1
2
3
A observação dessas curvas nos mostra que todas possuem valores médios iguais – média
aritmética, moda e mediana –, mas possuem dispersões diferentes. A curva 1 é, entre essas, a
que possui menor dispersão, enquanto a curva 3 é a que apresenta maior dispersão. Assim, é de
se esperar que, se forem calculados os desvios padrão das distribuições que geraram essas curvas,
o maior valor de desvio, entre todos, será o obtido para a curva 3, e o menor, para a curva 1.
Mas qual é a relação entre o formato da curva normal e o desvio padrão? Para compreender um
pouco essa relação, precisamos aprender a calcular o desvio padrão de um conjunto de dados.
Consideremos, por exemplo, os seguintes valores de alguma variável que estejamos
analisando, e vamos obter o desvio padrão desse conjunto de dados.
{1, 4, 6, 7, 12}
O primeiro passo no cálculo do desvio padrão é a obtenção da média aritmética do
conjunto de valores.
73
Matemática – 3a
série – Volume 2
Média aritmética = 1 + 4 + 6 + 7 + 12
5
= 30
5
= 6
Em seguida, calculamos a diferença entre cada valor do conjunto e a média obtida.
VOCÊ APRENDEU?
	6.	 Para os valores do conjunto seguinte, determine a média aritmética e o desvio padrão.
{4, 5, 6, 7, 8}
Diferenças: 1	–	6	=	–5
	 4	 –	6	 =	–2
	 6	 –	6	 =	0
	 7	 –	6	 =	1
	 12	 –	6	 =	6
Elevamos cada diferença ao quadrado, somamos todos os resultados e calculamos a
média aritmética entre eles:
Média da soma dos quadrados das diferenças
(–5)2
+ (–2)2
+ 02
+ 12
+ 62
5
= 66
5
= 13,2
Por fim, extraímos a raiz quadrada do valor anteriormente obtido e determinamos o
desvio padrão (DP) desse conjunto de valores.
DP = ​® 
____
 13,2 ​≅ 3,63
Podemos resumir os passos realizados na seguinte expressão, em que a média é iden-
tificada por ​
_
 x​e cada um dos n elementos do conjunto de valores por xi
:
O cálculo do desvio padrão de um conjunto de muitos valores é trabalhoso e exige a
utilização de uma calculadora científica. A tecla usada para isso é, normalmente, apresen-
tada com o símbolo σ (sigma). Dessa forma, não é com o cálculo do desvio padrão que
devemos nos preocupar, mas, sim, com sua correta interpretação.
74
Matemática – 3a
série – Volume 2
	7.	 Comparando a média aritmética e o desvio padrão dos conjuntos {1, 4, 6, 7, 12}, analisado
na seção Leitura e análise de texto, e {4, 5, 6, 7, 8}, da atividade anterior, discuta as diferenças
e semelhanças entre esses resultados.
	8.	Considere duas amostras de 100 pessoas cada, em que todas responderam à pergunta:
“Qual é seu número de horas diárias de sono?”.
		 Os dados obtidos com as respostas foram organizados e, em seguida, calcularam-se a média e
o desvio padrão de cada amostra.
Amostra Média (horas) Desvio padrão (horas)
A 6,5 1,2
B 6,9 0,8
		 Em qual das duas amostras, A ou B, os valores das horas diárias de sono das pessoas estão
mais afastados da média? Por quê?
75
Matemática – 3a
série – Volume 2
	9.	 As massas dos alunos de uma escola de Ensino Médio distribuem-se normalmente, com mé-
dia aritmética igual a 62,5 kg e desvio padrão igual a 1,2 kg. Se no intervalo entre 62,5 kg e
62,5 + 1,2 = 63,7 kg encontramos aproximadamente 34% dos alunos da escola, qual é a por-
centagem de alunos que, provavelmente, encontram-se entre 62,5 kg e 62,5 – 1,2 = 61,3 kg?
Por quê?
	10.	Observe a curva normal desenhada para a análise de determinada variável populacional.
3
1
2
0
2,5
0,5
60 10080 12070 11090 130 140
1,5
		 Vamos desenhar sob a curva um triângulo isósceles que tenha, aproximadamente, área de
valor igual à da região compreendida entre a curva e o eixo horizontal.
3
1
2
0
2,5
0,5
60 10080 12070 11090 130 140
1,5
%
%
76
Matemática – 3a
série – Volume 2
		 Vamos desenhar também um trapézio que tenha altura igual ao valor estimado do desvio
padrão dessa distribuição de valores.
3
1
2
0
2,5
0,5
60 10080 12070 11090 130 140
1,5
		 Determine, de acordo com os valores representados nos eixos horizontal e vertical:
	 a)	 o valor aproximado do desvio padrão dessa distribuição;
	 b)	 a medida da área do triângulo;
	 c)	 a medida da área do trapézio.
	11.	Em relação aos valores das áreas do triângu-
lo e do trapézio, determinados na atividade
anterior, avalie se seriam iguais ou diferen-
tes caso a distribuição, mantendo-se nor-
mal, apresentasse um maior valor de desvio
padrão, de maneira que o gráfico fosse mais
“achatado”, semelhante ao da figura a seguir:
%
3
1
2
0
2,5
0,5
60 10080 12070 11090 130 140
1,5
%
77
Matemática – 3a
série – Volume 2
		 Atividade em grupo – Tratando dados e construindo o gráfico de frequências
de uma variável normal
		 Todas as alunas de uma escola de Ensino Médio tiveram sua altura medida pelo professor de
Educação Física. Os resultados são apresentados na tabela seguinte.
1,46 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
1,48 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
1,48 1,57 1,60 1,63 1,66 1,70
1,50 1,58 1,60 1,63 1,66 1,70
1,50 1,58 1,61 1,63 1,66 1,70
1,51 1,58 1,61 1,63 1,66 1,70
1,51 1,58 1,61 1,64 1,66 1,70
1,51 1,58 1,61 1,64 1,66 1,70
1,51 1,58 1,61 1,64 1,66 1,70
1,52 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71
1,52 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71
1,52 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71
1,53 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71
1,53 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71
1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,71
1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72
1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72
1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72
1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72
1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72
1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72
1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73
1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73
1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73
1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73
1,54 1,58 1,62 1,64 1,67 1,73
1,54 1,59 1,62 1,64 1,67 1,73
1,54 1,59 1,62 1,64 1,67 1,74
1,55 1,59 1,62 1,64 1,67 1,74
1,55 1,59 1,62 1,64 1,67 1,74
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,76
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,76
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,77
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,78
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,78
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,78
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,80
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68
1,55 1,59 1,62 1,65 1,68
1,56 1,60 1,63 1,65 1,68
1,56 1,60 1,63 1,65 1,68
1,56 1,60 1,63 1,65 1,68
1,56 1,60 1,63 1,65 1,68
1,56 1,60 1,63 1,65 1,68
1,56 1,60 1,63 1,65 1,69
1,56 1,60 1,63 1,65 1,69
1,56 1,60 1,63 1,65 1,69
1,56 1,60 1,63 1,65 1,69
1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
78
Matemática – 3a
série – Volume 2
		 Com base nos dados apresentados na tabela, faça o que se pede.
I.	Distribua os dados em intervalos de classes de 4 cm de amplitude cada um, isto é, o primeiro
intervalo deve abranger alturas de 1,46 m a 1,49 m; o segundo intervalo pode abranger alturas
de 1,50 m a 1,53 m; o terceiro intervalo, alturas de 1,54 m a 1,57 m, e assim por diante.
II.	Construa uma tabela organizada contendo as classes, as frequências, os porcentuais de frequência,
a frequência acumulada e o porcentual de frequência acumulada.
III.	Construa um histograma e um gráfico de frequências acumuladas.
IV.	Calcule a média aritmética, a mediana e a moda.
V.	Calcule o desvio padrão.
VI.	Avalie a possibilidade de aproximar a distribuição dos dados da distribuição normal. Como
fazer isso? Calculando o coeficiente de assimetria (C.A.) da curva, da seguinte maneira:
C.A. = ​ 
3(​
_
 x​– mediana)
  _____________  
desvio padrão
 ​
		 Se o valor absoluto desse coeficiente for menor que 1, a assimetria é moderada, e, se for maior
que 1, a assimetria é forte.
	VII.	Elabore um pequeno relatório contendo resultados calculados, gráficos e comentários finais
sobre a variável analisada.
VOCÊ APRENDEU?
Probabilidades e curva normal
		 Para resolver as atividades 12 a 16, consulte a tabela presente no final desta Situação de Aprendizagem.
	12.	 Amédiadasidadesdapopulaçãodacidade1éigualàmédiadasidadesdapopulaçãodacidade2.
No entanto, o desvio padrão das idades da população da cidade 1 é o dobro do valor do
desvio padrão das idades da população da cidade 2.
	 a)	 Qual é a porcentagem de pessoas da cidade 1 que têm idades no intervalo compreendido
entre a média e dois desvios padrão acima da média?
79
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 b)	 Qual é a porcentagem de pessoas da cidade 2 que têm idades no intervalo compreendido
entre a média e dois desvios padrão abaixo da média?
	 c)	 Supondo-se a média de 39 anos, em qual das duas cidades é mais provável sortear uma pes-
soa com idade entre 39 e 42 anos? Justifique sua resposta.
	13.	A média da altura das pessoas de uma comunidade é 162,8 cm e o desvio padrão é 9 cm.
Supondo uma distribuição normal, calcule a porcentagem de pessoas desse povoado com
altura:
	 a)	 entre 162,8 cm e 171,8 cm;
	 b)	 menor que 162,8 cm;
	 c)	 maior que 171,8 cm;
	 d)	 entre 154 cm e 162,8 cm.
80
Matemática – 3a
série – Volume 2
	14.	 A altura média das pessoas que se candidataram à vaga de vigilante em uma empresa é igual a
1,71 m, com um desvio padrão de 16 cm. Se for estipulado um critério de que serão aceitos
somente candidatos com altura superior a 1,65 m, qual será a porcentagem de candidatos
não aceitos?
	15.	Uma equipe de biólogos pesquisou durante dois anos uma população de tartarugas mari-
nhas. Entre outros dados, eles verificaram que a média da massa das fêmeas é de 4,5 kg,
com desvio padrão de 0,5 kg, e que a média da massa dos machos é de 5,0 kg, com desvio
padrão de 0,8 kg. Durante um mergulho de observação, um pesquisador deparou-se com
uma tartaruga. Qual é a probabilidade de a tartaruga em questão ter massa entre 4,0 e 5,0 kg,
supondo tratar-se de:
	 a)	 uma fêmea;
	 b)	 um macho.
	16. 	O controle de qualidade de uma indústria de alimentos seleciona amostras da produção a fim
de avaliar se os produtos estão com a massa esperada. Em uma dessas amostras, foi verificado
que a média da massa do produto era igual a 998,8 g e o desvio padrão igual a 16 g. A massa
oficial, registrada na embalagem do produto, é de 1 kg, e a legislação não permite que uma
embalagem vá para o mercado com 3% a menos do que a massa oficial. Supondo que a amostra
analisada seja representativa de toda a produção, qual é a chance de uma consumidora pegar
uma unidade do tal produto em um supermercado com massa abaixo do limite legal?
81
Matemática – 3a
série – Volume 2
0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09
0,0 0,0000 0,0040 0,0080 0,0120 0,0160 0,0199 0,0239 0,0279 0,0319 0,0359
0,1 0,0398 0,0438 0,0478 0,0517 0,0557 0,0596 0,0636 0,0675 0,0714 0,0753
0,2 0,0793 0,0832 0,0871 0,0910 0,0948 0,0987 0,1026 0,1064 0,1103 0,1141
0,3 0,1179 0,1217 0,1255 0,1293 0,01331 0,1368 0,1406 0,1443 0,1480 0,1517
0,4 0,1554 0,1591 0,1628 0,1664 0,1700 0,1736 0,1772 0,1808 0,1844 0,1879
0,5 0,1915 0,1950 0,1985 0,2010 0,2054 0,2088 0,2123 0,2157 0,2190 0,2224
0,6 0,2257 0,2291 0,2324 0,2357 0,2389 0,2422 0,2454 0,2486 0,2517 0,2549
0,7 0,2580 0,2611 0,2642 0,2673 0,2704 0,2734 0,2764 0,2794 0,2823 0,2852
0,8 0,2881 0,2910 0,2939 0,2967 0,2995 0,3023 0,3051 0,3078 0,3106 0,3133
0,9 0,3159 0,3186 0,3212 0,3238 0,3264 0,3289 0,3315 0,3340 0,3365 0,3389
1,0 0,3413 0,3438 0,3461 0,3485 0,3508 0,3531 0,3554 0,3577 0,3599 0,3621
1,1 0,3643 0,3665 0,3686 0,3708 0,3729 0,3749 0,3770 0,3790 0,3810 0,3830
1,2 0,3849 0,3869 0,3888 0,3907 0,3925 0,3944 0,3962 0,3980 0,3997 0,4015
1,3 0,4032 0,4049 0,4066 0,4082 0,4099 0,4115 0,4131 0,4147 0,4162 0,4177
1,4 0,4192 0,4207 0,4222 0,4236 0,4251 0,4265 0,4279 0,4292 0,4306 0,4319
1,5 0,4332 0,4345 0,4357 0,4370 0,4382 0,4394 0,4406 0,4418 0,4429 0,4441
1,6 0,4452 0,4463 0,4474 0,4484 0,4495 0,4505 0,4515 0,4525 0,4535 0,4545
1,7 0,4554 0,4564 0,4573 0,4582 0,4591 0,4599 0,4608 0,4616 0,4625 0,4633
1,8 0,4641 0,4649 0,4656 0,4664 0,4671 0,4678 0,4686 0,4693 0,4699 0,4706
1,9 0,4713 0,4719 0,4726 0,4732 0,4738 0,4744 0,4750 0,4756 0,4761 0,4767
2,0 0,4772 0,4778 0,4783 0,4788 0,4793 0,4798 0,4803 0,4808 0,4812 0,4817
2,1 0,4821 0,4826 0,4830 0,4834 0,4838 0,4842 0,4846 0,4850 0,4854 0,4857
2,2 0,4861 0,4864 0,4868 0,4871 0,4875 0,4878 0,4881 0,4884 0,4887 0,4890
2,3 0,4893 0,4896 0,4898 0,4901 0,4904 0,4906 0,4909 0,4911 0,4913 0,4916
2,4 0,4918 0,4920 0,4922 0,4925 0,4927 0,4929 0,4931 0,4932 0,4934 0,4936
2,5 0,4938 0,4940 0,4941 0,4943 0,4945 0,4946 0,4948 0,4949 0,4951 0,4952
2,6 0,4953 0,4955 0,4956 0,4957 0,4959 0,4960 0,4961 0,4962 0,4963 0,4964
2,7 0,4965 0,4966 0,4967 0,4968 0,4969 0,4970 0,4971 0,4972 0,4973 0,4974
2,8 0,4974 0,4975 0,4976 0,4977 0,4977 0,4978 0,4979 0,4979 0,4980 0,4981
2,9 0,4981 0,4982 0,4982 0,4983 0,4984 0,4984 0,4985 0,4985 0,4986 0,4986
3,0 0,4987 0,4987 0,4987 0,4988 0,4988 0,4989 0,4989 0,4989 0,4990 0,4990
82
Matemática – 3a
série – Volume 2
83
Matemática – 3a
série – Volume 2
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
AMOSTRAS ESTATÍSTICAS: TIPOS, CONFIABILIDADE
E MARGEM DE SEGURANÇA DOS RESULTADOS
!
?
Leitura e análise de texto
Tipos de amostra
Para se obter um bom retrato das características de uma população, não precisamos
estudar cada um de seus elementos. Selecionando uma amostra representativa da popu-
lação, os resultados obtidos pela análise dos poucos elementos que compõem a amostra
nos permitem especular, com boa margem de segurança, sobre as características de toda
a população.
Há mais de um tipo de método de amostragem, e a escolha por um ou outro é deter-
minada pelo tipo e pela qualidade da variável que se pretende analisar.
Se o desejado for, por exemplo, avaliar a aceitação do novo perfume de um tipo de deso-
dorante, será importante perguntar sobre isso para quem já sentiu esse odor, isto é, perguntar
a quem já usou o desodorante em questão; quem não o usou, evidentemente, não poderá
opinar sobre isso. Por outro lado, em outro exemplo, a obtenção de dados socioeconômicos,
como renda familiar, capacidade de consumo ou preferências partidárias, é realizada sobre
amostras nas quais todos os cidadãos têm a mesma chance de participar.
Há uma história bastante conhecida sobre um grave erro de escolha de amostragem de
pesquisa, ocorrido na eleição americana de 1948. A eleição daquele ano foi disputda
por dois candidatos: um deles republicano, Dewey, e o outro, democrata, Truman.
A pesquisa de intenção de voto apontava vitória de Dewey sobre Truman por boa
margem de votos, mas o que ocorreu foi exatamente o contrário: Truman venceu com consi-
derável vantagem de votos. Qual foi o erro da amostragem?
O erro grosseiro cometido pelo instituto de pesquisa na eleição americana de 1948 foi ter
escolhido a amostra com base no catálogo de telefones da época. De acordo com o processo
adotado, um número de telefone de uma residência era sorteado da lista, alguém ligava para
a residência e perguntava: “em quem o(a) sr.(a) vai votar: Truman ou Dewey?”. As respostas
obtidas e classificadas indicaram a vitória de Dewey, que, sem dúvida, seria o presidente
americano caso comparecessem às urnas apenas as pessoas que tinham telefone em sua casa,
em 1948. E quem não tinha telefone, que naquela época era privilégio de poucos? Esses pre-
feriram Truman, que ganhou as eleições e governou os Estados Unidos por dois mandatos.
Ao receber a notícia de sua vitória, Truman tomou em suas mãos o jornal preparado an-
tecipadamente para ir às ruas no final da eleição e, sorrindo ironicamente, se deixou fotogra-
far por toda a imprensa. Nesse jornal, era possível ler a manchete: “Dewey derrota Truman”.
84
Matemática – 3a
série – Volume 2
Entre os principais processos de amostragem, destacam-se: amostragem casual simples,
amostragem sistemática, amostragem acidental e amostragem estratificada. Nas atividades
a seguir, você terá a oportunidade de refletir sobre cada uma delas.
VOCÊ APRENDEU?
	1.	 A propaganda de uma marca de veículos anunciou que 90% dos compradores de tal modelo
estavam plenamente satisfeitos com a compra. Qual é o tipo de amostragem que, provavel-
mente, foi realizado pela indústria fabricante do veículo para que fosse obtido o índice de
satisfação que ela divulga?
	2.	 Em um programa social da prefeitura de determinada cidade, um show foi promovido em um
estádio. Ao entrar no estádio, cada pessoa doava 1 kg de alimento não perecível e recebia
um tíquete numerado para concorrer ao sorteio de 5 motos no final do evento. Qual é o tipo
de amostragem que está implícito nesse processo?
	 3.	 Uma indústria de café solúvel realiza um processo estatístico para o controle de qualidade da
produção diária de latas. Se são produzidas 12 000 latas por hora, descreva como poderia ser
realizada, para esse controle, uma amostragem do tipo:
	 a)	 casual simples;
85
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 b)	sistemática.
	4.	 Observe a tabela com os porcentuais de pessoas que residem nos quatro distritos da cidade.
Distritos A B C D
Residentes (%) 25 35 10 30
		 Uma pesquisa será realizada para conhecer a opinião dos moradores da cidade a respeito das
ações da prefeitura local. Pretende-se selecionar, em toda a cidade, 2 000 pessoas para serem en-
trevistadas. Supondo uma amostra casual simples, quantas pessoas deverão ser escolhidas para
responder à pesquisa em cada distrito?
	5.	 Um pesquisador entrevistou 200 alunos “calouros” de uma universidade com o objetivo de
saber em qual escola haviam concluído o Ensino Médio. Veja os resultados obtidos:
Escola A B C Outras
Número de estudantes que
entraram na universidade
45 125 20 10
	 a)	 Qual é o porcentual de entrevistados que estudaram em cada uma das escolas representadas
na tabela?
86
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 b)	 É correto afirmar que a escola B é, entre todas, a que tem o maior número de alunos calou-
ros nessa universidade? Por quê?
	 c)	 É correto afirmar que a escola B é, entre todas, a que tem o Ensino Médio mais eficiente
no que se refere à aprovação no vestibular da tal universidade? Por quê?
	6.	 Uma pesquisa será realizada com moradores de um bairro da zona sul da cidade de São
Paulo para verificar a intenção de voto na próxima eleição para a prefeitura. Descreva,
justificando, como poderá ser realizada essa pesquisa no caso de o método de amostragem
adotado ser:
	 a)	 casual simples;
	 b)	 acidental;
	 c)	 acidental e casual simples;
	 d)	 estratificada;
	 e)	 acidental e estratificada;
87
Matemática – 3a
série – Volume 2
	 f)	sistemática.
Leitura e análise de texto
Intervalos de confiança
Na divulgação dos resultados de uma pesquisa de intenção de voto para deter­minada
eleição, os institutos de estatística sempre acrescentam uma margem de segurança aos por-
centuais que preveem. Assim, é comum ouvir, por exemplo, que determinado candidato tem
“42,5% das intenções de voto, com 5% de margem de erro para mais ou para menos”. Isso
quer dizer que, nesse caso, é esperado que o candidato em questão obtenha entre (42,5 – 5)%
e (42,5 + 5)% dos votos, isto é, entre 37,5% e 47,5%.
O estabelecimento dessa margem de erro de 5% está relacionado ao grau de certeza de-
sejado pelo instituto. Pode ser que, em outros casos, essa margem seja reduzida para 2,5%,
ou ampliada para 8%. Para a definição dessas margens, é preciso avaliar o intervalo de
confiança do resultado.
Embora os comunicados dos institutos não comentem, uma margem de erro de 2%, por
exemplo, está associada a um intervalo de confiança de 95%, isto é, há 95% de certeza de que o
resultado divulgado acerca das intenções de voto esteja dentro da margem de 2% para mais ou
para menos. Como a certeza não é igual a 100%, e nunca será, sempre haverá uma possibilidade
de a previsão não corresponder ao resultado da eleição. Isso já aconteceu algumas vezes.
Como são definidos esses intervalos de confiança? Para responder, precisamos re-
tomar a interpretação da curva normal, com a relação entre média aritmética e desvio
padrão da amostra.
A porcentagem esperada de elementos situados entre a média e um desvio padrão acima
da média, em uma situação normal, é sempre igual a aproximadamente 34,13% da popula-
ção amostrada.
x x + σ
aproximadamente 34% de toda
a área compreendida entre a
curva e o eixo horizontal
88
Matemática – 3a
série – Volume 2
A simetria da curva normal, em torno da média, permite esperar que 34,13% da po-
pulação situe-se também entre a média e um desvio padrão abaixo dela. Desse modo, entre
um desvio padrão acima e um abaixo da média encontramos aproximadamente 68,26%.
Outros porcentuais, correspondentes a faixas da população com limites diferentes de um
desvio acima e outro abaixo da média, podem ser obtidos mediante consulta à tabela utilizada
anteriormente (Situação de Aprendizagem 7). No caso, por exemplo, da faixa compreendida
entre 1,45 desvio padrão acima e abaixo da média, encontraremos, de acordo com a tabela,
2 ⋅ 42,65% da população, ou seja, 85,3%.
x – 1,45 σ x + 1,45 σ
85,3%
x
O fato de que 1,45 desvio padrão corresponde a 85,3% da população, de acordo com
a tabela, permite-nos afirmar que temos 85,3% de certeza de sortear um elemento ao
acaso da população e ele pertencer à faixa entre 1,45 desvio acima e 1,45 desvio abaixo
da média. Dizemos também que 1,45 define um intervalo de confiança de 85,3%.
Considere agora a faixa de área da curva normal compreendida entre 1,72 desvio pa-
drão acima e abaixo da média.
xx – 1,72 σ x + 1,72 σ
A leitura da tabela (Situação de Aprendizagem 7) nos mostra que o fator 1,72 corres-
ponde a 45,73%, o que nos permite afirmar que na faixa destacada da curva encontram-se
2 ⋅ 45,73% da população, isto é, 91,46%.
Dizemos, nesse caso, que temos 91,46% de certeza de que um elemento sorteado da po-
pulação esteja no intervalo que vai de 1,72 desvio abaixo até 1,72 desvio acima da média. Ou,
de outra forma, dizemos que o intervalo de confiança de 91,46% é definido pelo fator 1,72.
89
Matemática – 3a
série – Volume 2
VOCÊ APRENDEU?
	7.	 Qual é o fator que define um intervalo de confiança de 98%?
	8.	 Em uma população normal de focas em que a média de massa é de 102,5 kg e o desvio pa-
drão é 4,6 kg, qual é o intervalo de valores em que encontramos 90% das focas?
	9.	 Defina os limites do intervalo de confiança de 88% para a altura de uma população de me-
ninos, normalmente distribuídos, em que a média é igual a 1,71 m e o desvio padrão é igual
a 0,09 m.
90
Matemática – 3a
série – Volume 2
	10.	 Em uma amostra normal de pessoas em que a média das massas é igual a 68 kg e o desvio padrão
é igual a 4 kg, qual é a faixa de valores de massas em que estão 80% das pessoas dessa amostra?
	
	11.	Qual é o fator que define 95% de segurança em uma distribuição normal?
Leitura e análise de texto
Pesquisa eleitoral: o tamanho da amostra
Um fato que costuma intrigar alunos e professores diz respeito à quantidade de pesso-
as entrevistadas pelos institutos para a realização de uma pesquisa de intenção de voto. É
comum ouvirmos, por exemplo, que determinado instituto entrevistou duas mil e poucas
pessoas em todo o Brasil durante determinado período de tempo e, com base nas respostas
obtidas, vem a público divulgar que o candidato X terá tantos por cento dos votos, com
uma margem de segurança de 2% para mais ou para menos. Como é que duas mil e poucas
pessoas podem representar toda a população de eleitores do país? Como se definem esses 2%
de margem de erro?
Simplificadamente, podemos responder a essas dúvidas com base nos seguintes aspectos:
•	 as pesquisas trabalham, normalmente, com margem de erro de 2%, em um inter-
valo de confiança de 95%;
•	 um intervalo de confiança de 95% é determinado pelo fator 1,96;
•	 o cálculo da quantidade de elementos de uma amostra de pesquisa com margem
de erro fixada em x% pode ser feito pela equação: x = ​ 1,96 _____ 
2​® 
__
 n ​
 ​. para uma margem de
segurança de 2% (ou seja, x = 0,02).
91
Matemática – 3a
série – Volume 2
Resolvendo essa equação para x = 2, obtemos para n o valor 2 401, que corresponde,
portanto, ao número de pessoas que o instituto deve entrevistar para ter, em um intervalo
de confiança de 95%, 98% de certeza de que as previsões se confirmarão.
Caso o intervalo de confiança da previsão seja alterado para, por exemplo, 90%, o
valor de n para os mesmos 2% também se alterará, tornando-se 1 681. Dessa maneira,
mantendo-se constante a margem de erro de 2%, a confiança na resposta determinará o
número de elementos amostrados: quanto maior a confiança, maior também o número de
elementos que deverão compor a amostra de pesquisa.
Vale salientar, no entanto, que a precisão da pesquisa não está condicionada unica-
mente ao número de pessoas entrevistadas, mas, também, ao tipo de amostra selecionada.
Se as 2 401 entrevistas, ou outro número plausível, forem realizadas, por exemplo, na porta
de saída do teatro em que se realizou a convenção do partido A, dificilmente os resultados
apontarão vitória do candidato do partido B. Para que as pesquisas eleitorais possam, de
fato, divulgar suas previsões dentro de uma margem de erro de 2%, os institutos conside-
ram a composição da amostra de pesquisa com a maior variedade possível de indicadores,
desde o Estado de origem dos pesquisados, passando pelo gênero, pela idade e, principal-
mente, pelas condições socioeconômicas dos pesquisados.
VOCÊ APRENDEU?
	12.	Para uma pesquisa em que se pretende uma margem de erro de 2% e intervalo de confiança
de 94%, qual é o número aproximado de elementos pesquisados?
	13.	Complete a tabela com a quantidade aproximada de pessoas a ser entrevistadas em uma
pesquisa eleitoral que pretende uma margem de erro de 2%, de acordo com o intervalo de
confiança fixado.
	
Intervalo de confiança 97% 96% 92%
Número de entrevistados
92
Matemática – 3a
série – Volume 2
PESQUISA INDIVIDUAL
	14.	Suponha que você seja a pessoa responsável pela elaboração de uma pesquisa eleitoral
em que se deseja uma margem de erro de 2%. Como esse tipo de trabalho, de modo
geral, é realizado por uma equipe, converse com seus colegas sobre o procedimento
que julgar mais adequado para atingir a margem de erro desejada. Considere que a
pesquisa tem por objetivo avaliar a intenção de voto dos eleitores para três candidatos à
prefeitura de uma grande cidade brasi­leira. Para organizar a discussão, é recomendável
buscar respostas para as seguintes questões:
•	 A pesquisa será feita em qualquer ponto da cidade, indistintamente?
•	 A cidade será ou não dividida em regiões?
•	 O que será importante considerar no caso de a cidade ser dividida em regiões?
Em todas elas, o número de pessoas pesquisadas será o mesmo?
•	 Como será o tipo de amostragem? Quantas pessoas será necessário entrevistar?
•	 Como será o formulário de pesquisa? Quais serão as perguntas?
•	 De que maneira os resultados da pesquisa serão organizados para produzir um
relatório final?
93
Matemática – 3a
série – Volume 2
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Matemática – 3a
série – Volume 2
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  • 2. MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO ALUNO MATEMÁTICA ENSINO MÉDIO 3a SÉRIE VOLUME 2 Nova edição 2014-2017 governo do estado de são paulo secretaria da educação São Paulo
  • 3. Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri
  • 4. Caro(a) aluno(a), Você está recebendo o Caderno de Matemática para o 2o semestre. Ao longo do 1o semestre, você encontrou desafios que exigiram dedicação e muito estudo para construir os conhecimentos e desenvolver as habilidades compreendidas no curso. Parabéns pelo empenho! Agora, há outros desafios pela frente. Neste Caderno, o foco de estudo será a ideia de função, que é a tradução, em linguagem matemática, da relação de interdependência entre duas ou mais grandezas. Estudam-se funções, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio, em diversas situações: na proporcionalidade direta ou inversa, nas funções polinomiais, nas funções exponen- ciais e logarítmicas, nas funções trigonométricas. Assim, nas primeiras atividades deste Caderno, você estudará as funções já apresentadas em séries/anos anteriores, tendo em vista não somente a revisão de suas principais características, mas também a construção de um panorama comparativo das relações de interdependência já conhecidas. No estudo das funções, você poderá relacionar determinado tipo de função com seu respectivo gráfico, compreender a funcionalidade da construção de um gráfico, verificar que as funções são importantes na explicação de vários fatos do nosso cotidiano e que, a partir dessa ideia, podemos realizar conexões com outras áreas do conhecimento. O Caderno vai ainda apresentar a você as três formas básicas de crescimento e decrescimento, tentando caracterizar a rapidez com que elas ocorrem por meio da taxa de variação. Descortinar uma série de ideias sobre a variação de funções poderá ser útil na compreensão de alguns fenômenos naturais e econômicos, como as taxas de inflação, por exemplo. Ainda neste Caderno, serão apresentados os tópicos de Estatística, um dos conteúdos matemáti- cos mais aplicados a situações do cotidiano. Você terá oportunidade de desenvolver habilidades in- dispensáveis para o seu dia a dia, como interpretar dados de diferentes naturezas a partir de gráficos estatísticos e relacionar as informações de diversas fontes e linguagens. Nas atividades propostas, você vai recordar o cálculo da média aritmética de um conjunto de dados. Nas Situações de Aprendizagem, serão agregadas à média aritmética outras medidas estatísti- cas, como as chamadas “medidas de tendência central”, que são a mediana e a moda, e as “medidas de dispersão”, que, neste Caderno, serão contempladas pelo estudo da amplitude e do desvio padrão. Enfim, você terá contato com a ideia de que para um bom retrato das características de uma população, por exemplo, não é necessário estudar cada um de seus elementos. Assim, você saberá que é possível selecionar uma amostra representativa da população e verificar qual é o sistema de amostragem mais adequado aos objetivos definidos por uma pesquisa estatística. Esperamos que você participe de todas as atividades propostas pelo seu professor e, com isso, possa aprender cada vez mais. Será de suma importância que você se aproprie destes conhecimentos, pois está encerrando o seu percurso estudantil no Ensino Médio, e por que não dizer na Educação Básica, e todos os conceitos estudados contribuirão para melhorar o seu desempenho na continuidade de seus estudos ou na vida profissional. O nosso objetivo é contribuir para que o estudo da Matemática seja cada vez mais prazeroso. Aproveite bastante! E parabéns por ter chegado até essa etapa da vida estudantil. Equipe Curricular de Matemática Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
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  • 6. Matemática – 3a série – Volume 2 5 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 GRANDEZAS, INTERDEPENDÊNCIA: UM PANORAMA SOBRE FUNÇÕES PESQUISA INDIVIDUAL Muitos livros didáticos de Matemática, destinados aos alunos do Ensino Médio, tratam de funções. Utilize alguns títulos dessas séries para pesquisar e anote, em uma folha avulsa, as principais características das seguintes funções, como tipo de curva que representa seu gráfico, crescimento, raízes, continuidade etc. • Função de 1o grau: y = ax + b, com a e b constantes, a ≠ 0. • Função de 2o grau: y = ax2 + bx + c, com a, b e c constantes, a ≠ 0. • Função y = ​ k __ x ​, com k constante, k ≠ 0. • Funções exponencial e logarítmica: y = ax e y = loga  x, com a > 0 e a ≠ 1. • Funções trigonométricas: y = sen x, y = cos x, y = tg x. Leitura e análise de texto Uma grandeza é algo que pode ser medido; seu valor é o resultado dessa medida e pode ser constante ou variável em uma dada situação concreta. Chamaremos uma grandeza variável(ouconstante)apenasdevariável(ouconstante).Quandoumavariávelydependede outra variável x, de tal forma que a cada valor que atribuímos livremente a x correspon­- de um único valor para y, dizemos que y é uma função de x e escrevemos y = f(x). Dizemos que x é a variável independente e que y é a variável dependente. Naturalmente, qualquer letra pode representar as variáveis dependente e independente. Quando escrevemos w = f(z), por exemplo, queremos dizer que a variável dependente w é uma função da variável independente z. Uma grandeza pode depender dos valores atribuídos a duas outras; a área A de um retângulo, por exemplo, depende dos comprimentos de seus dois lados, x e y. Dizemos, nesse caso, que A é uma função das duas variáveis independentes x e y. No Ensino Fun- damental, somente estudamos funções de uma variável, mas podemos facilmente imagi- nar situações práticas em que uma grandeza depende simultaneamente de várias outras, sendo uma função de diversas variáveis.
  • 7. Matemática – 3a série – Volume 2 6 VOCÊ APRENDEU? 1. Com base na pesquisa realizada anteriormente, foi possível relacionar determinado tipo de função com seu respectivo gráfico. A seguir, temos uma tabela que traz, na coluna da esquerda, alguns desses tipos de funções e, na coluna da direita, a representação de alguns gráficos. Rela- cione cada função à sua respectiva imagem gráfica: I. O comprimento C de uma circunferência é uma função de seu raio x: C = 2πx. ( ) II. A área A de um quadrado é uma função de seu lado x: A = x2 . ( ) III. A massa m de uma substância radioativa diminui com o tempo, ou seja, é uma fun- ção do tempo de decomposição t: m = f(t). Para certa substância, tem-se m = mo ⋅ 2– 0,1t , onde mo é a massa inicial e t, o tempo de decomposição em horas. ( ) IV. Uma pequena bola é presa a uma mola perfeitamente elástica. Afastada da posição O de equilíbrio, a uma distância a, a bola osci- la em torno da mola, deslocando-se em uma superfície horizontal e lisa. A distância x da bola até o ponto O depende do instante t con- siderado, ou seja, é uma função de t: x = f(t). No caso, temos x = a ⋅ cos (kt), onde k é uma constante que depende da elasticidade da mola e da massa da bola. ( ) C 2p 1 x t
  • 8. Matemática – 3a série – Volume 2 7 V. Mantendo-se a temperatura constante, a pressão P de um gás no interior de um reci- piente de volume variável V é uma função de V: P = f(V). No caso, temos P = ​  k __  V  ​, em que k é uma constante. ( ) x t a –a O 2. Na figura seguinte está representada uma viga reta AB, que sustenta um arco AB de parábola, construído em ferro e apoiado em hastes verticais. A largura L do vão é de 40 m e a flecha f do arco de parábola tem 5 m. Sabendo que as hastes verticais são igualmente espaçadas no vão, calcule seus comprimentos y1 , y2 e y3 . A B y xx1 y1 0 L f x2 y2 x3 y3 3. Entre todos os retângulos com perímetro de 24 m, como os exemplificados a seguir, qual tem a maior área? Registre sua resposta no espaço a seguir. 6 m 6 m 1 m 11 m
  • 9. Matemática – 3a série – Volume 2 8 4. A população N de determinado município cresce exponencialmente desde a sua fundação, há 20 anos, de acordo com a expressão N = 3 000 ⋅ 100,1t , sendo t em anos. a) Esboce o gráfico de N como função de t. (Sugestão: atribua para t valores múltiplos de 10.)
  • 10. Matemática – 3a série – Volume 2 9 b) Calcule o valor da população N, 15 anos após a fundação do município. c) Depois de quanto tempo, após a fundação, o valor de N atingiu 216 000 habitantes? 5. Certa substância radioativa se decompõe de tal forma que sua massa m reduz-se à metade do valor inicial a cada 4 horas, ou seja, m = mo ⋅ 2–0,25t , sendo mo o valor inicial da massa (t em horas). Partindo de 60 g da substância, pede-se: a) o gráfico de m como função de t;
  • 11. Matemática – 3a série – Volume 2 10 b) a massa m restante após 8 horas; c) a expressão de t como uma função de m; d) após quanto tempo a massa restante será igual a 12 g? 6. Uma pequena bola é presa a uma mola perfeitamente elástica, apoiada em uma superfí- cie horizontal lisa, conforme mostra a figura. Com a mola em seu comprimento normal, a bolinha fica em equilíbrio, parada. Afastando-se a bolinha 10 cm da posição de equilíbrio, a mola fica esticada; abandonando-se, então, a bolinha, ela passa a oscilar em torno da posição inicial, reali­zando um movimento de vai e vem. É possível mostrar que o afastamento x da bolinha em relação à posição de equilíbrio é uma função periódica do tempo t e pode ser expressa pela fórmula x = 10 ⋅ cos (kt), com x em centímetros e t em segundos. posição inicial x = a ⋅ cos (kt) onde a é a amplitude x a O Considerando que a bolinha retorna à posição em que foi abandonada (x = 10) a cada 4 segundos: a) determine o valor de k;
  • 12. Matemática – 3a série – Volume 2 11 b) calcule o valor de x para t = 1 s, t = 2 s, t = 3 s e t = ​ 10 ___  3  ​  s; c) construa o gráfico de x como função de t. Leitura e análise de texto Para esboçar o gráfico de funções polinomiais como f(x) = (x – 1) ⋅ (x – 2) ⋅ (x – 5) é importante considerar os seguintes passos: Calcular as raízes da função, isto é, pontos que cruzam o eixo x. Podemos perceber que o gráfico corta o eixo x nos pontos (1; 0), (2; 0) e (5; 0), ou seja, x = 1, x = 2 e x = 5 são raízes da equação polinomial de grau 3, correspondente à igual­- dade f(x) = 0. Isso é suficiente para um esboço do gráfico de f(x), pelas seguintes razões:
  • 13. Matemática – 3a série – Volume 2 12 • a curva que representa o gráfico de uma função polinomial é contínua e suave, as- sumindo todos os valores intermediários entre dois valores dados; • o número de raízes reais de uma equação polinomial (algébrica) de grau 3 é, no máximo, 3; • em consequência, o gráfico não cortará o eixo x em outro ponto, além dos 3 já identificados; • o ponto do gráfico que cruza o eixo y é o valor de f(0), isto é: f(0) = (–1) ⋅ (–2) ⋅ (–5) = –10, ou seja, é o ponto (0; –10). Reunindo as informações anteriores, temos o esboço do gráfico: f(x) = (x – 1) ⋅ (x – 2) ⋅ (x – 5) 0 – 10 y 1 2 5 x Construindo o gráfico por meio de um software, obtemos: –14 2 –10 6 –6 10 –2 14 y –1 1 2 3 54 6 7 x –16 0 –12 4 –8 8 –4 12 É interessante notar que, na função polinomial f(x) = ax3 + bx2 + cx + d, quando x assume valores muito altos, os valores de f(x) acompanham de perto os valores absolutos de ax3 . Esses valores serão muito altos se a 0; ou muito baixos, se a 0. No exemplo, como a = 1, temos valores de f(x) muito altos para valores muito grandes de x e valores de f(x) muito baixos para valores muito pequenos de x.
  • 14. Matemática – 3a série – Volume 2 13 LIÇÃO DE CASA 7. Esboce o gráfico da seguinte função polinomial: f(x) = x ⋅ (x + 1) ⋅ (x – 2) ⋅ (x – 3)
  • 15. Matemática – 3a série – Volume 2 14 8. Esboce o gráfico da função polinomial f(x) = x · (x + 1) · (x – 2) · (3x – 7).
  • 16. Matemática – 3a série – Volume 2 15
  • 17. Matemática – 3a série – Volume 2 16 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS: UM OLHAR “FUNCIONAL” Leitura e análise de texto Geralmente, traçamos gráficos de funções apoiados na construção de tabelas. Con- tudo, muitos gráficos podem ser obtidos sem tomar por base as conclusões que resultam de uma representação de pontos isolados. Nesse trabalho, é importante “ler” e interpretar as indicações de quais operações devemos realizar com a variável independente x para obter valores referentes à variável dependente y. Para ilustrar o que pretendemos dizer, vamos explorar a construção de alguns gráficos. A função f(x) = x2 – 7 indica, por exemplo, que, para encontrar os valores de y = f(x), devemos elevar a variável independente x ao quadrado e diminuir 7 unidades do resultado obtido. Desse modo, para representar os pontos (x; y) em que y = x2 – 7, podemos imagi- nar que o gráfico de y = x2 foi deslocado 7 unidades para baixo na direção do eixo y. Dessa forma, o gráfico de f(x) = x2 – 7 pode ser construído a partir da elaboração de um gráfico mais simples: f(x) = x2 . 0 5 10 −5 −2−4−6 642 y x f(x) = x2 – 7 y = x2 No caso da função de f(x) = 2 + sen x, os valores de y serão determinados depois que encon­trarmos o valor do seno da variável independente x e a esse valor adicionarmos 2 unidades. Nesse caso, podemos imaginar que o gráfico mais simples da função de y = sen x será deslocado 2 unidades para cima na direção do eixo y. 0 y −5−10−15 5 10 15 2 4 −2 −4 y = sen x f(x) = 2 + sen x x −7
  • 18. Matemática – 3a série – Volume 2 17 VOCÊ APRENDEU? 1. Utilizando o mesmo sistema de coordenadas, esboce os gráficos das seguintes funções: a) f(x) = x2 + 9 c) h(x) = 9 – x2 b) g(x) = x2 – 9 d) m(x) = –9 – x2
  • 19. Matemática – 3a série – Volume 2 18 2. Agora, esboce os gráficos das funções indicadas a seguir no mesmo sistema de coordenadas: a) f(x) = cos x c) h(x) = –3 + cos x b) g(x) = 5 + cos x d) m(x)= 5cos x 3. Para o gráfico de f(x) = (x – 3)2 , podemos imaginar o gráfico de y = x2 deslocado 3 unidades para a direita na direção do eixo x. O gráfico de y = (x – 3)2 é como se fosse o de y = m2 , sendo m = x – 3. O vértice da parábola desloca-se do ponto em que x = 0 para o ponto em que x = 3. A seguir, construa o gráfico dessa função. 2 1 4 3 6 5 7 0 x y −3 −2 −1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 8 9 4. O gráfico de f(x) = 3(x + 2) pode ser construído a partir do gráfico de y = 3x , deslocado para a esquerda na direção do eixo x. O gráfico de y = 3(x + 2) é como se fosse o de y = 3m , sendo m = x + 2. É como se o eixo y se deslocasse horizontalmente de tal forma que o antigo ponto em que x = 0 coincidisse com o novo ponto em que x = –2 (ou seja, m = 0). Faça um esboço dessa situação no sistema de eixos a seguir. 6 –2 4 –4 2 π y x0 –6 π 2 3π 2 5π 2 7π 2 9π 2 2π 3π 4π 5π–π –π 2
  • 20. Matemática – 3a série – Volume 2 19 0 10 20 15 25 y x 5 –0,5 0,5 2,51,5 3,5 4,51 32 4–2 –1–2,5–4 –1,5–3,5 –3–4,5 5. Para obter o gráfico de y = 4 + log2  (x – 5), podemos imaginar o gráfico de y = log2  x deslo- cado 5 unidades para a direita, como se estivéssemos construindo o gráfico de y = log2  m, sendo m = x – 5. Faça o esboço da situação descrita para obter o gráfico de y = 4 + log2  (x – 5). 8 6 –2 4 –4 2 0 1 32 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14–1–2 y x 6. Vamos agora pensar no gráfico de f(x) = ​  1 _____  x2 + 1  ​. Para construir o gráfico de f(x), podemos começar com o de y = x2 . Depois, fazemos o de y = x2 + 1, deslocando uma unidade para cima o gráfico de y = x2 , na direção do eixo y. A partir daí, para obter o gráfico de f(x), repre­sentamos os pontos (x ; y) tais que o valor de y seja o inverso de x2 + 1, para cada valor de x.
  • 21. Matemática – 3a série – Volume 2 20 É importante notar que: • no ponto onde x = 0, x2 + 1 vale 1 e o inverso de x2 + 1 também é igual a 1; • em todos os outros pontos, x2 + 1 é positivo e maior que 1; logo, seu inverso é positivo e menor que 1; • assim, o gráfico de f(x) = ​  1 _____  x2 + 1  ​ situa-se sempre acima do eixo x, aproximando-se mais e mais dele à medida que o valor de x aumenta, pois quanto maior for o valor de x2 + 1, menor será o valor de seu inverso. Resumindo, na construção do gráfico de f(x) = ​  1 _____  x2 + 1  ​, podemos observar os seguintes passos: • construir o gráfico de y = x2 ; • construir o gráfico de y = x2 + 1; • construir o gráfico de f(x) = ​  1 _____  x2 + 1  ​ . Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f(x) = ​  1 _____  x2 + 1  ​ . 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5–1–2–3–4–5 y x
  • 22. Matemática – 3a série – Volume 2 21 8. Para o gráfico de f(x) = ​ 1 __ x ​, podemos fazer o gráfico de y = x e representar, para cada valor de x, a ordenada y, que é o inverso de x. É importante notar que: • quando x = 0, não existe o inverso de x, ou seja, a função f(x) não está definida; 7. Para o gráfico de f(x) = , podemos fazer o gráfico de y = x2 , depois o de y = x2 – 1 e em seguida representar os pontos com abscissa x e ordenada o inverso de x2 – 1. É importante notar que: • quando x2 – 1 = 0, ou seja, quando temos x = 1 ou x = –1, então a função f(x) não está definida; • quando x assume valores próximos de 1 ou de –1, os valores absolutos dos inversos tor- nam-se muito grandes. Se x se aproxima de 1 por valores maiores do que 1, os inversos tornam-se muito grandes (positivos); por outro lado, se x se aproxima de 1 por valores menores do que 1, os inversos tornam-se muito grandes em valor absoluto, mas negativos. Algo similar ocorre quando x se aproxima de –1. Faça o esboço da situação descrita para traçar o gráfico de f(x) = 1 x2 – 1 1 x2 – 1. 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6–1–2–3–4–5–6 y x –1 –2 –3 –4 –5 –6
  • 23. Matemática – 3a série – Volume 2 22 • quanto mais próximo de 0 é o valor de x, maior é o valor absoluto do inverso de x, sendo que os valores de x positivos têm inversos positivos e os valores de x negativos têm inversos negativos; • quanto maior é o valor absoluto de x, tanto positivo quanto negativo, mais próximo de 0 é o inverso de x, sendo o sinal de x sempre igual ao sinal de seu inverso. Faça o esboço da situação descrita para obter o gráfico de f(x) = ​ 1 __ x ​. 0 1 2 – 1 – 2 – 3 – 4 – 5 3 4 5 y x–0,5 0,5 2,51,5 3,5 4,51 32 4–2 –1–2,5– 4 –1,5– 3,5 –3– 4,5 LIÇÃO DE CASA 9. O gráfico de f(x) = 3 sen x é análogo ao de y = sen x, com a amplitude aumentando de 1 para 3 unidades, ou seja, os valores de f(x) oscilarão entre +3 e –3. Faça o esboço des­se gráfico no plano a seguir.
  • 24. Matemática – 3a série – Volume 2 23 10 20 30 40 50 60 –60 –50 –40 –30 –20 –10 π 2 π 3π 2 5π 2 7π 2 9π 2 11π 2 13π 2 15π 2 2π 3π 4π 5π 6π 7π–π 2 –3π 2 –5π 2 –7π 2 –9π 2 –π–2–3–4 3 –1 2 –2 1 y x0 –3 π 2 3π 2 π 2π–π –π 2 4 –3π 2 10. Para construir o gráfico de f(x) = 3x · sen x, basta imaginar o gráfico de y = A · sen x, sendo que o valor de A varia de acordo com x segundo a reta y = 3x. Assim, o gráfico oscilará entre as retas y = 3x e y = –3x. Faça o esboço desse gráfico no plano a seguir. 11. Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas a seguir: a) f(x) = 3x b) g(x) = 3x – 1
  • 25. Matemática – 3a série – Volume 2 24 c) h(x) = 3x + 1 d) m(x) = 3–x e) n(x) = 3–x + 1 10 20 15 y x 5 –7 –6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 119 12. Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas: a) f(x) = –x2 b) g(x)= 3 – x2 c) h(x) = 1 3 – x2 4 8 6 y x 2 –6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 –6 –2 –4 –8
  • 26. Matemática – 3a série – Volume 2 25 13. Esboce, no mesmo sistema de coordenadas, os gráficos das funções indicadas: a) f(x) = 3x2 b) g(x) = – 3x2 c) h(x) = sen x d) m(x) = 3x2 ⋅ sen x 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 y x2 4 6 8 –7 –6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5 6 7 –22 –20 –18 –16 –14 –12 –10 –8 –6 –4 –2 –28 –26 –24 MAT-SPFE-2014_3S_CAA_VOL2A.indd 25 08/07/14 12:14
  • 27. Matemática – 3a série – Volume 2 26 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 AS TRÊS FORMAS BÁSICAS DE CRESCIMENTO OU DECRESCIMENTO: A VARIAÇÃO E A VARIAÇÃO DA VARIAÇÃO As funções de 1o grau, expressas na forma f(x) = ax + b, são crescentes (a 0) ou são decrescentes (a 0), sendo que o coeficiente a representa a variação em f(x), quando x aumenta em 1 unidade a partir de qualquer valor inicial. O valor de a é chamado taxa de variação unitária de f(x), ou somente taxa de variação de f(x). Naturalmente, se a = 0, ou seja, se a taxa de variação é zero, então a função f(x) é constante: f(x) = b. Leitura e análise de texto taxa de variação = a = variação de f(x) por unidade a mais de x a = f(x + 1) = f(x) = constante (a 0, função crescente) f(x) = ax + b (a 0, função decrescente) 1 a 1 a y a = 0 (função constante)b x De modo geral, dizemos que uma função f(x) é crescente nos intervalos em que ocorre o seguinte: se os valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) também crescem. Dizemos que f(x) é decrescente nos intervalos em que ocorre o seguinte: se os valores de x crescem, então os correspondentes valores de f(x) decrescem. O significado do crescimento ou do decrescimento no gráfico de f(x) é bastante expressivo: x1 x2 x aumenta x y y2 y1 y aumenta f(x) crescente y x x1 x2 x aumenta f(x) decrescente y1 y2 y diminui x1 x2 x aumenta x y y2 y1 y aumenta f(x) crescente y x x1 x2 x aumenta f(x) decrescente y1 y2 y diminui
  • 28. Matemática – 3a série – Volume 2 27 Consideremos uma função que não é de 1o grau, ou seja, cujo gráfico não é uma reta. Ao observá-lo, constatamos que a taxa de variação unitária de f(x), ou seja, a variação de f(x) por unidade a mais de x, não é mais constante, isto é, a diferença f(x + 1) – f(x) passa a depender do valor de x a partir do qual ela é calculada. Por exemplo: • se f(x) = 5x + 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1) + 7 – (5x + 7) = 5, ou seja, a taxa de variação unitária de f(x) = 5x + 7 é constante e igual a 5; exatamente o valor de a na função a = 5; • no entanto, se f(x) = 5x2 + 7, então f(x + 1) – f(x) = 5(x + 1)2 + 7 – (5x2 + 7) = 10x + 5, ou seja, a taxa de variação unitária de f(x) = 5x2 + 7 é igual a 10x + 5; portanto, a taxa varia com o valor de x para o ponto considerado. No que segue, chamaremos de taxa de variação unitária de uma função, para cada valor de x, o valor da diferença f(x+1) – f(x). Quando uma função f(x) cresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para cima; quando ela cresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo. Basicamente, em cada intervalo considerado, estas são as três formas de crescimento: • crescer linearmente, com taxa de variação constante; • crescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes, o que faz com que o gráfico resulte encurvado para cima; f(x) cresce a taxas decrescentes a a’ a’’ f(x) = ax + b cresce a uma taxa constante f(x) cresce a taxas crescentes a a’ a’’ B A C y x 1 1 1 a a’ a’’ a a’ 1 1 1 1 1 a a a a’’ 1
  • 29. Matemática – 3a série – Volume 2 28 Nas atividades a seguir, sempre que fizermos menção a decrescimentos, as taxas serão consideradas em valor absoluto, isto é, em módulo. Observação! Quando uma função decresce a taxas decrescentes, seu gráfico fica encurvado para cima; quando ela decresce a taxas crescentes, seu gráfico fica encurvado para baixo. B C 1 1 1 1 1 1 1 1 a 1 a a a a a’ a’ a’’ a’’ x y A f(x) decresce a taxas decrescentes (em valor absoluto) f(x) decresce a uma taxa constantef(x) decresce a taxas crescentes (em valor absoluto) • crescer cada vez mais lentamente, o que faz com que o gráfico resulte encurvado para baixo. De forma análoga, em dado intervalo, uma função pode decrescer de três modos distintos: • decrescer linearmente, com taxa de variação constante; • decrescer cada vez mais rapidamente, ou seja, com taxas de variação crescentes em valor absoluto (as taxas são negativas); • decrescer cada vez mais lentamente, ou seja, com taxas de variação decrescentes em valor absoluto (as taxas são negativas). O gráfico a seguir ilustra as três formas de decrescimento:
  • 30. Matemática – 3a série – Volume 2 29 A forma-padrão de crescimento ou decrescimento: f(x) = ax + b Os gráficos a seguir representam o preço médio P dos alimentos da mesma cesta básica, em diferentes países, em função do tempo t, ao longo de determinado ano. Desafio! t t t t P P P P P P país A país B país E país G país C país D t t P P país C país D t t P P P P t país A país B país E país F t t t t P P P P P P país A país B país E país G país C país D
  • 31. Matemática – 3a série – Volume 2 30 t t P P P P t t t país E país F país G país H t t t t P P P t t t país G país H t país D P t t país F t t P P P P t t t país E país F país G país H t país J P t P t país I
  • 32. Matemática – 3a série – Volume 2 31 Pergunta-se: a) Em que país os preços estiveram estabilizados ao longo do ano? b) Em que país os preços aumentaram a uma taxa constante? c) Em que país os preços aumentaram a taxas crescentes? d) Em que país os preços diminuíram a uma taxa constante? e) Em que país os preços aumentaram a taxas decrescentes? f) Em que país os preços diminuíram a taxas decrescentes? g) Em que país os preços inicialmente aumentaram a uma taxa constante e, posterior- mente, a taxas decrescentes? h) Em que país os preços diminuíram a taxas crescentes? i) Em que país os preços inicialmente aumentaram a taxas crescentes e depois a taxas decrescentes? j) Em que país os preços inicialmente diminuíram a taxas crescentes, e depois a aumentaram taxas decrescentes?
  • 33. Matemática – 3a série – Volume 2 32 VOCÊ APRENDEU? 1. No gráfico a seguir, identifique os intervalos nos quais: x1 x9 x5 x3 x11 x7 y x x2 x10 x6 x4 x12 x8 a) a função f(x) é positiva; b) a função f(x) é negativa; c) a função f(x) é constante; d) a função f(x) é crescente; e) a função f(x) é decrescente;
  • 34. Matemática – 3a série – Volume 2 33 f) a função f(x) cresce a taxa constante; g) a função f(x) decresce a taxa constante; h) a função f(x) cresce a taxas crescentes; i) a função f(x) cresce a taxas decrescentes; j) a função f(x) decresce a taxas crescentes; k) a função f(x) decresce a taxas decrescentes. 2. Quando uma pedra é lançada verticalmente para cima com uma velocidade inicial de 40 m/s, a partir de uma altura inicial de 45 m, ela sobe com velocidade cada vez menor, até atingir uma altura máxima em relação ao solo, quando momentaneamente para. A partir daí, ela desce cada vez mais rapidamente até voltar ao solo. Sabemos que, por causa da for- ça da gravidade (peso), que age sobre a pedra, sua velocidade diminui a uma taxa constante de aproximadamente 10 m/s a cada segundo, no movimento de subida. Podemos descrever o movimento da pedra por meio de uma função de 1o grau, que representa sua velocidade,
  • 35. Matemática – 3a série – Volume 2 34 e de uma função de 2o grau, que representa sua altura em relação ao solo. Nesse caso, as funções que repre- sentam a velocidade e a altura são as seguintes: v = 40 – 10t (a partir do valor inicial 40 m/s, a velocidade di- minui 10 m/s a cada segundo, ou seja, a taxa de variação da velocidade é de –10 m/s por s, que se escreve –10 m/s2 ) h = 45 + 40t – 5t2 (a partir do valor inicial 45 m, a altura aumenta até um valor má­ximo, diminuindo posteriormente até atingir o valor zero). Pede-se: a) construa o gráfico de v em função de t; b) construa o gráfico de h em função de t; c) determine o valor máximo de h(t); d) determine o valor de t quando a pedra voltar a passar pela posição inicial; e) calcule depois de quanto tempo a pedra atinge o solo; f) observando os gráficos de h(t) e v(t), assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas frases seguintes: ( ) “A velocidade decresce a uma taxa constante.” ( ) “A altura h cresce cada vez mais lentamente até atingir o valor máximo; depois decresce cada vez mais rapidamente.” ( ) “A altura cresce a taxas decrescentes até o valor máximo; depois decresce a taxas crescentes.” 0 v = 40 m/s 2 3 t= 0 45 m h máx v=0 1
  • 36. Matemática – 3a série – Volume 2 35
  • 37. Matemática – 3a série – Volume 2 36 LIÇÃO DE CASA 3. Considere o gráfico da função de 2o grau f(x) = (x – 5) ⋅ (x + 1) indicado a seguir. y 0 1 2 3 4 6 7 f(x) = (x + 1) ⋅ (x – 5) −1−2−3 −8 1 −3 −7 −11 2 −2 –6 −10 3 −1 −9 −5 −4 x 5 a) Identifique os intervalos em que f(x) 0 e os intervalos em que f(x) 0.
  • 38. Matemática – 3a série – Volume 2 37 b) Identifique os intervalos em que f(x) é crescente e os intervalos em que é decrescente. c) Qualifique o crescimento e o decrescimento de f(x), informando se eles ocorrem a taxas crescentes ou a taxas decrescentes. 4. Construa o gráfico das funções a seguir: a) f(x) = 3x b) g(x) = 3‒x c) h(x) = log3  x d) m(x) = log ​ 1 __ 3  ​   x Identifique, em cada caso, se a função é crescente ou decrescente, bem como se o crescimento ocorre a taxas crescentes ou a taxas decrescentes. 0 2 –2 –4 4 6 8 y x0,5 2,51,5 3,5 4,51 32 4–1–1,5–3 –0,5–2,5 –2–3,5
  • 39. Matemática – 3a série – Volume 2 38 VOCÊ APRENDEU? 5. No mesmo sistema de coordenadas, construa o gráfico das funções f(x) = sen x e g(x) = cos x entre x = 0 e x = 2π. 0 1 0,5 –0,5 –1 –1,5 1,5 2 y x π 2ππ 2 3π 2
  • 40. Matemática – 3a série – Volume 2 39 a) No intervalo considerado, identifique os trechos em que f(x) e g(x) são crescentes e os trechos em que são decrescentes. b) Compare os gráficos de f(x) e de g(x), observando que os valores máximos de uma das fun- ções ocorrem nos pontos em que a outra se anula e vice-versa. c) Compare os gráficos de f(x) e de g(x), verificando que a concavidade de f(x) muda (de gráfico encurvado para baixo para gráfico encurvado para cima ou vice-versa) nos pontos em que g(x) assume valores extremos (máximo ou mínimo) e vice-versa em relação a g(x).
  • 41. Matemática – 3a série – Volume 2 40 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 OS FENÔMENOS NATURAIS E O CRESCIMENTO OU DECRESCIMENTO EXPONENCIAL: O NÚMERO ℮ Leitura e análise de texto As funções são instrumentos fundamentais para a representação das relações de inter­ dependência entre grandezas, conforme estamos vendo neste volume. As funções de 1o grau f(x) = ax + b, por exemplo, prestam-se muito bem para representar relações que envolvem proporcionalidade. Já na representação de fenômenos periódicos, utilizamos funções trigonométricas como f(x) = sen x ou f(x) = cos x e, para expressar crescimento ou decrescimento exponenciais, entram em cena as funções na forma f(x) = ax . A função exponencial – uma propriedade característica Já conhecemos a função f(x) = ax , com a 0 e a ≠ 1. Vamos agora destacar uma pro- priedade característica dessa função que pode ter passado despercebida. Consideremos a função f(x) = 2x e seu gráfico. Calculemos f(x) para os valores inteiros de x, começando com x = 0. f(x) = 2x 0 1 3 5−2 2 2 6 10 14 18 22 26 30 4 8 8 12 16 16 20 24 28 32 4 6−1 y x 2 4 1 x 2x f(x + 1) – f(x) 0 1 1 1 2 2 2 4 4 3 8 8 4 16 16 5 32 32 6 64 64 7 128 ... Notamos que quando x aumenta em 1 unidade, a partir de x = 0, a variação em f(x) é igual, sucessivamente, a 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, ..., ou seja, a taxa de variação unitária, que é igual a f(x + 1) – f(x), é igual ao valor de f(x): f(1) – f(0) = f(0) f(3) – f(2) = f(2) f(5) – f(4) = f(4) f(2) – f(1) = f(1) f(4) – f(3) = f(3) e assim por diante. A taxa de variação unitária de f(x) = 2x é, portanto, igual a f(x). Chamaremos essa taxa de f1 (x). Calculando f1 (x) para um valor qualquer de x, temos, de fato: f1 (x) = f(x + 1) – f(x) = 2x + 1 – 2x = 2x ⋅ (2 – 1) = 2x .
  • 42. Matemática – 3a série – Volume 2 41 VOCÊ APRENDEU? 1. Analogamente ao que foi feito antes para f(x) = 2x , calcule a taxa de variação unitária para f(x) = 3x . Para isso, inicialmente complete a tabela a seguir: 0−1 1 2 3 54 18 6 4 5 24 6 30 48 66 12 36 54 72 18 42 60 78 3 27 9 33 51 69 15 39 57 75 21 45 63 81 y x x 3x f(x + 1) – f(x) 0 1 2 1 2 3 4 5 De modo geral, calculando a taxa unitária f1 (x) para a função f(x) = ax , obtemos: f1 (x) = f(x + 1) – f(x) = ax + 1 – ax = ax ⋅ (a – 1); ou seja, o valor de f1 (x) é diretamente proporcional ao valor de f(x). Quadro-resumo
  • 43. Matemática – 3a série – Volume 2 42 2. Uma população P de bactérias aumenta com uma rapidez que é diretamente proporcional ao seu valor em cada instante, ou seja, quanto maior é o valor de P, mais rapidamente a população aumenta. Partindo de um valor P0 = 1 000, observa-se que a população dobra a cada hora, ou seja, o valor de P pode ser expresso pela função: P = f(t) = 1 000 ⋅ 2t (t em horas) a) Calcule a taxa de variação unitária nos instantes t = 1 h e t = 2 h. b) Mostre que o aumento no valor de P entre os instantes t = 6 h e t = 7 h é igual ao valor da população para t = 6 h. LIÇÃO DE CASA 3. A população N de cães de certa região cresce exponencialmente de acordo com a expressão N = f(t) = 600 ⋅ 10t , sendo t em décadas. a) Calcule a taxa de variação unitária para t = 2 décadas. b) Mostre que o aumento no valor de P entre os instantes t = 7 e t = 8 é igual a 9 vezes o valor da população para t = 7.
  • 44. Matemática – 3a série – Volume 2 43 Leitura e análise de texto Fenômenos naturais e crescimento exponencial – o nascimento do número ℮ (℮ ≅ 2,71828) Quando se estuda o crescimento de uma população, seja de seres humanos, seja de animais, consideram-se as taxas porcentuais de crescimento ou decrescimento. Quando se diz, por exemplo, que certa população N cresce a uma taxa de 20% ao ano, isso significa que, considerando N uma função do tempo t em anos, a taxa de variação unitária, ou seja, o aumento de N por unidade a mais de t é igual a 0,20N. Quer dizer, então, que o aumento de N por ano é diretamente proporcional ao valor de N; ou seja, N deve ser uma função exponencial do tempo t em anos. Para descobrir qual é a base dessa função exponencial, vamos examinar o significado do crescimento populacional em situações concretas. O que significaria, então, dizer que o valor de N aumenta 20% em um ano? Certamente não seria o caso de imaginar que a população ficaria constante ao longo do ano, aumentando em 20% tão logo se inicie o ano seguinte. Na verdade, uma pressuposição mais razoável, mais natural em todos os sentidos, é a de que o crescimento anunciado distribui-se uniformemente ao longo do ano. É justamente quando se tenta descrever matematicamente tal distribuição que surge o número ℮ de que falamos inicialmente. Vamos acompanhar o raciocínio a seguir para compreender como surge tal número na descrição de processos naturais de crescimento (ou decrescimento). Certa população N é uma função do tempo: N = f(t), t em anos. Os dados disponíveis informam que N cresce a uma taxa de 100% ao ano, ou seja, dobra a cada ano. Como podemos expressar o valor de N em função de t? Uma primeira hipótese, bem pouco natural (na verdade, absurda), é de que N ficaria constante ao longo de cada ano, dobrando de valor ao final, na passagem para o ano se- guinte. O gráfico de N em função de t seria o seguinte: 4No N 0 1 2 3 t 2No No Uma hipótese mais razoável seria a de que o crescimento de 100% ao ano distribui-se ao longo do ano. Vamos considerar, inicialmente, que tal distribuição ocorra do modo
  • 45. Matemática – 3a série – Volume 2 44 mais simples: 50% em cada semestre. Nesse caso, após o primeiro semestre, a população seria No + 50% de No , ou seja, a população inicial seria multiplicada pelo fator ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​, tornando-se No  ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​. Após o segundo semestre, novamente a população inicial seria multiplicada por ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​, tornando-se No  ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ 2 . No período seguinte, a população seria No  ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ 3 , e assim por diante. O gráfico da população N em função do tempo seria o representado a seguir: No ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ 5 N t 3210 No No ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ 4 No ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​3 No ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ 2 No ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ ​ 1 __  2  ​ ​ 3 __  2  ​ ​ 5 __  2  ​ Para se aproximar ainda mais de uma situação concreta envolvendo crescimento, seria ainda mais razoável supor que os 100% de crescimento se distribuam ao longo do ano, sendo 25% a cada trimestre. Nesse caso, ao final do primeiro trimestre, a população seria No + 25% de No , ou seja, No  ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​. Ao final do segundo trimestre, o valor inicial do trimestre terá sido multiplicado novamente por ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​, tornando-se No  ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 2 ; após o terceiro trimestre, a população seria No  ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 3 , e assim por diante. O gráfico da população N em função do tempo seria o representado a seguir:
  • 46. Matemática – 3a série – Volume 2 45 N No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 8 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 4 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 7 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 3 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 6 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 2 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 5 No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 1 2 3 0 No ​ 1 __  4  ​ ​ 5 __  4  ​ ​ 9 __  4  ​​ 2 __  4  ​ ​ 6 __  4  ​ ​ 10 __  4  ​​ 3 __  4  ​ ​ 7 __  4  ​ ​ 11 __  4  ​ Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído mês a mês, sendo o cresci- mento mensal igual a ​  1 ___  12  ​ de 100%, então teríamos o valor da população: • ao final do primeiro mês igual a No  ​ª 1 + ​  1 ___  12  ​ º​; • ao final do segundo mês igual a No  ​ª 1 + ​  1 ___  12  ​ º​ 2 ; • ao final do terceiro mês igual a No  ​ª 1 + ​  1 ___  12  ​ º​ 3 ; • e assim por diante, de modo que, ao final do primeiro ano, teríamos N = No ​ª 1 + ​  1 ___  12  ​ º​ 12 . Se o ano fosse dividido em 100 partes iguais, sendo o crescimento de 100% ao ano distribuído ao longo delas, sendo de 1% em cada uma, a população, ao final do ano, seria igual a: N = No ​ª 1 + ​  1 ____  100  ​ º​ 100 . Como se pode observar nos gráficos, se uma população cresce a uma taxa de 100% ao ano, o valor da população ao final do primeiro ano é igual a: t N
  • 47. Matemática – 3a série – Volume 2 46 • 2No , quando se considera que seu valor permaneceu constante ao longo do ano, dobrando ao final; • No ​ª 1 + ​ 1 __  2  ​ º​ 2 , ou seja, 2,25No , quando se considera o crescimento uniformemente distribuído, sendo 50% em cada semestre; • No ​ª 1 + ​ 1 __  4  ​ º​ 4 , ou seja, aproximadamente 2,44No , quando o crescimento é distribuí- do ao longo dos trimestres, sendo 25% ao trimestre; • No ​ª 1 + ​  1 ___  12  ​ º​ 12 , ou seja, aproximadamente 2,61No , quando ele é uniformemente distribuído mês a mês, e assim por diante. Se imaginarmos o crescimento de 100% ao ano distribuído uniformemente ao longo do ano, subdividido em n partes, o valor de N ao final do ano será N = No  ​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​ n . No cálculo anterior, chama a atenção o número  ​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​ n para valores grandes de n. Recorrendo a uma calculadora, podemos verificar que, quanto mais aumenta o valor de n, mais os valores da expressão ​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​ n se aproximam de um determinado número: • para n = 100, temos: ​ª 1 + ​  1 ____  100  ​ º​ 100 = 2,704813829... • para n = 365, temos: ​ª 1 + ​  1 ____  365  ​ º​ 365 = 2,714567485... • para n = 1 000, temos: ​ª 1 + ​  1 _____  1 000  ​ º​ 1 000 = 2,716923932... • para n = 10 000, temos: ​ª 1 + ​  1 ______  10 000  ​ º​ 10 000 = 2,718145927... • para n = 1 000 000, temos: ​ª 1 + ​  1 ________  1 000 000  ​ º​ 1 000 000 = 2,718280469... • para n = 100 000 000, temos: ​ª 1 + ​  1 __________  100 000 000  ​ º​ 100 000 000 = 2,718281815... Dizendo de outra maneira: quanto maior é o valor de n, mais o valor da expressão ​ª 1 + ​ 1 __ n ​ º​ n se aproxima do número 2,7182818... Esse número diferente é representado pela letra ℮ e escrevemos: ℮ ≅ 2,7182818. Assim, concluímos que, se uma população No cresce a uma taxa de 100% ao ano, distribuída uniformemente ao longo do ano, seu valor ao final do ano será igual a No ⋅ ℮, ou seja, aproximadamente, 2,718 ⋅ No .
  • 48. Matemática – 3a série – Volume 2 47 Seguindo esse raciocínio, podemos mostrar que, ao final de dois anos, o valor da po­- pulação será igual a No ⋅ ℮2 , ao final de três anos será No ⋅ ℮3 e, generalizando, ao final de t anos, teremos N = No ⋅ ℮t . Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠ 1, mas sim 20%, ou seja, k = 0,2, teremos, ao final de t anos: N = No ⋅ ℮0,2t . De modo geral, para uma taxa porcentual k qualquer (0 k 1) teremos, ao final de t anos, N = No ⋅ ℮kt . Em muitas outras situações práticas, em diferentes contextos, nos deparamos com o número ℮. Apesar de ser um número de aparência diferente, sua presença é muito fre- quente no estudo de fenômenos naturais que envolvem crescimento ou decrescimento exponencial, como desintegração radioativa e juros compostos. Tal como o número π, o número ℮ é irracional e transcendente. Isso significa que irra- cionais, como ​®  __  2 ​, não são razões entre inteiros, mas são raízes de equações algébricas com coeficientes inteiros (por exemplo, x2 – 2 = 0). Um irracional é transcendente quando não existe equação algébrica com coeficientes inteiros que o tenha como raiz, e esse é o caso de números como π e ℮. Tais fatos, no entanto, não nos interessarão no presente momento. Interessa-nos apenas conhecer uma função exponencial particular, que vai ampliar signifi- cativamente o repertório de recursos para o tratamento matemático de diversos fenômenos em diferentes contextos. Vejamos como o número ℮ pode ser aplicado ao cálculo de juros em uma situação similar à que foi descrita anteriormente. Quando um capital Co é aplicado a uma taxa de 100% ao ano, se os juros forem incorporados ao capital apenas no final do ano, o valor do capital, depois de um ano, será igual a 2Co ; depois de dois anos, será 4Co , e assim por diante. Entretanto, se os juros forem distribuídos uniformemente ao longo do ano, de modo que a cada período de ​ 1 __ n ​ do ano sejam incorporados os juros de ​ 100% ______  n  ​ , no final do ano o novo capital será igual a Co  ​ª 1 +  ​ 1 __ n ​ º​ n . Se os juros forem incorporados continuamente ao capital, o valor montante, ao final de um ano, será C = Co ⋅ ℮ e, ao final de t anos, será C = Co ⋅ ℮t . Se a taxa k não for 100%, isto é, k ≠ 1, mas sim 10%, ou seja, k = 0,1, teremos, ao final de t anos: C = Co ⋅ ℮0,1t . De modo geral, para uma taxa k (0 k 1), teremos, ao final de t anos, C = Co ⋅ ℮kt . Quando se estuda o fenômeno da propagação de doenças, também se considera o fato de que a rapidez com que o número de doentes aumenta é diretamente proporcional ao número de doentes em cada instante. Na descrição matemática do fenômeno, nos depara- mos novamente com o número ℮. Assim, reafirmamos: sempre que tentamos descrever matematicamente o modo como variam funções presentes em fenômenos naturais de diferentes tipos, mas que têm em co- mum o fato de que envolvem grandezas que crescem ou decrescem com uma rapidez que é
  • 49. Matemática – 3a série – Volume 2 48 diretamente proporcional ao valor da grandeza em cada instante, naturalmente encon- tramos o número ℮. Um valor aproximado de ℮ pode ser obtido a partir da expressão ​ª 1 +  ​ 1 __ n ​ º​ n : quanto maior o valor de n, mais próximos estaremos do número ℮. Para todos os fins práticos, ℮ ≅ 2,71828, ou, com uma aproximação melhor, ℮ ≅ 2,718281828459045. Em consequência, em situações concretas que descrevem fenômenos naturais que apresentem crescimento ou decrescimento exponencial, a função f(x) = ℮x , cujo gráfico apresentamos a seguir, tem uma presença marcante. 0 3 6 12 18 24 30 9 15 21 27 33 36 −1 2 3 4 5 x y f(x) = ℮x y = 3x y = 2x 1 Assim como o número ℮ serve de base para uma particular e importante função ex- ponencial, ele também serve para a correspondente função logarítmica: se y = ℮x , então x = loge   y. Em outras palavras, à função exponencial de base ℮ corresponde sua inversa, a função logarítmica de base ℮. A função g(x) = loge  x costuma ser representada por g(x) = ln x, uma abreviatura para “logaritmo natural de x”. Os gráficos de f(x) = ℮x e de sua inversa, g(x) = ln x, são repre- sentados a seguir. É interessante notar que, como funções inversas, a cada ponto (a; b) do gráfico de f(x) corresponde um ponto (b; a) do gráfico de g(x), ou seja, os gráficos são simétricos em relação à reta y = x. 2 6 10 4 8 12 14 −14 −12 −10 −8 −6 −4 0 2 106 14 204 12 188 16 22 x y −2 −2−8 −4−10 −6−12−16−18−20−22 −14 f(x) = ℮x y = x g(x) = ln x
  • 50. Matemática – 3a série – Volume 2 49 VOCÊ APRENDEU? 4. Um investidor aplica uma quantia de R$ 1 000,00 a uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule o valor do capital investido ao final do primeiro ano, supondo que: a) os juros sejam incorporados ao capital apenas no final de cada ano (juros simples); b) os juros sejam distribuídos uniformemente, sendo incorporados ao capital ao final de cada mês; c) os juros sejam incorporados continuamente ao capital (juros compostos) ao longo do ano. (Dado: ℮0,12 ≅ 1,1275.) 5. Um investidor aplica uma quantia Co a uma taxa de juros de 12% ao ano. Calcule depois de quanto tempo o capital investido dobrará de valor, supondo que: a) os juros sejam incorporados ao capital apenas ao final de cada ano;
  • 51. Matemática – 3a série – Volume 2 50 b) os juros sejam incorporados ao capital ao final de cada mês; c) os juros sejam incorporados continuamente ao capital (juros compostos). 6. Esboce o gráfico das funções: a) f(x) = ℮(x – 5) b) g(x) = ℮(–x) c) h(x) = 13 · ℮(x + 1) d) m(x) = – 7 · ℮(1 – x)
  • 52. Matemática – 3a série – Volume 2 51 LIÇÃO DE CASA 7. Quando uma substância radioativa se decompõe, a rapidez com que ela se transforma é dire- tamente proporcional à quantidade restante, em cada momento, ou seja, seu decrescimento é exponencial. Sabendo que a massa inicial mo de certa substância radioativa é 60 g e reduz-se à metade a cada 4 h, determine a expressão de sua massa m em função do tempo t em horas: a) supondo que m(t) = mo  ⋅ 2bt , determine o valor de b;
  • 53. Matemática – 3a série – Volume 2 52 b) supondo que m(t) = mo  ⋅ ℮at , determine o valor de a; c) mostre que as expressões obtidas nos itens a e b são equivalentes; d) calcule a massa restante após 8 horas; e) após quanto tempo a massa restante será igual a 12 g?
  • 54. Matemática – 3a série – Volume 2 53 PESQUISA INDIVIDUAL Construção de gráficos com o auxílio de um software Alguns softwares livres, como o Graphmatica, o Geogebra ou o Winplot, podem ser utilizados para construir gráficos de funções de vários tipos. Para o estudo dos gráficos das funções, procure “baixar” da internet um software para construção de gráficos ou, se possível, utilize a sala de informática de sua escola. Com o auxílio de um desses softwares, desenhe os gráficos indicados. 8. Faça os gráficos das quatro funções a seguir, em um mesmo sistema de eixos, e res­ ponda às perguntas. f(x) = ℮x g(x) = ℮–x h(x) = ln x (x 0) m(x) = ln (–x) (x 0) a) Qual das funções cresce a taxas crescentes? b) Qual das funções cresce a taxas decrescentes? c) Qual das funções decresce a taxas crescentes? d) Qual das funções decresce a taxas decrescentes? 9. O gráfico da função f(x) = ℮–x2 é chamado curva normal e representa a distribuição em torno do valor médio das frequências de ocorrência de um experimento aleatório em uma população. Muitas medidas de características físicas como altura, massa, dimensões dos pés, dos colarinhos, entre outras, ao serem representadas estatistica- mente, conduzem a uma curva normal. De forma geral, as diversas curvas do tipo normal (ou curva de Gauss) são do tipo f(x) = a ⋅ ℮–b ⋅ x2 , com diversos valores para os parâmetros a e b. Utilizando um programa para construção de gráficos, elabore algumas curvas de Gauss, variando os valores dos parâmetros a e b.
  • 55. Matemática – 3a série – Volume 2 54
  • 56. 55 Matemática – 3a série – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 A APRESENTAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS: GRÁFICOS E TABELAS ! ? Leitura e análise de texto Os dados de natureza qualitativa nos informam sobre as características dos objetos de estudo, como cor dos cabelos, time de futebol preferido, bairro de residência etc. Os dados quantitativos referem-se à possibilidade de se efetuarem medidas ou contagens acerca da manifestação dos fenômenos. São dados de natureza quantitativa, por exemplo, altura, salário mensal, número de irmãos etc. Nas pesquisas realizadas em Geografia, é comum trabalharmos com dados, qualitati- vos ou quantitativos, provenientes de fontes secundárias, isto é, das estatísticas e dos do- cumentos cartográficos. Depois de coletados, os dados são organizados em mapas, tabelas e/ou gráficos. Os mapas são objeto de estudo da Cartografia, já os gráficos, não. Estes estão mais ligados à Matemática e, em particular, à Estatística. Isso porque grande parte dos gráficos tem origem nas propostas de Nicole Oresme (1323-1382) e René Descartes (1596-1650) para a descrição da posição de pontos no plano, base da Geometria Analítica. A partir daí, foi possível a elaboração de gráficos de relações e de funções na Matemática, explorados depois, também na Estatística. Diante de um mapa ou de um gráfico, podemos nos interessar por um aspecto particular ou por um conhecimento global do assunto que está sendo representado. Assim, iniciamos a leitura identificando do que trata o mapa, a tabela ou o gráfico. Para isso, ficamos atentos ao título, que deve dizer “o quê”, “onde” e “quando” a respeito do tema, completando-se depois com outras informações que acompanham a tabela, o gráfico ou o mapa, principalmente a respectiva legenda que explica os significados das grandezas utilizadas. Em seguida, já sabendo do que se trata, analisamos a representação gráfica, que será mais eficaz quanto mais nos revelar o conteúdo da informação que ela encerra. Uma tabela, um gráfico ou um mapa, portanto, será eficaz quando possibilitar ao usuário uma resposta visual e rápida às questões por ele colocadas. Diante de gráficos, podemos pensar principalmente em dois tipos de questão: • sobre determinado detalhe (quanto choveu no mês de abril na cidade X?); • sobre o conjunto (qual é o regime anual das chuvas na cidade X?). Teremos essas questões em mente nas próximas atividades.
  • 57. 56 Matemática – 3a série – Volume 2 VOCÊ APRENDEU? O climograma ou gráfico termopluviométrico Muitas vezes, para uma análise comparativa de variáveis, combina-se, em um mesmo grá- fico, a frequência acumulada porcentual (gráfico de linhas) com a frequência relativa (gráfico de barras). Uma aplicação muito comum dessa combinação é o climograma ou gráfico termopluviomé- trico. A temperatura, por ser contínua, é representada por uma linha. Para a precipitação, como é acumulativa, utilizam-se as colunas. Um gráfico assim construído pode mostrar contrastes entre períodos secos e úmidos e, ainda, permitir a comparação entre vários regimes climáticos em vista de uma classificação estudada em Geografia. A tabela seguinte apresenta dados baseados nas características do clima da cidade de Catalão, em Goiás. Nessa tabela, temos o índice de chuvas, em milímetros, e a temperatura média mês a mês, em grau Celsius. Mês Índice de chuvas (mm) Temperatura média (°C) Janeiro 299 23 Fevereiro 259 23 Março 223 23 Abril 96 22,5 Maio 28 21 Junho 7 19,5 Julho 12 20 Agosto 7 21,5 Setembro 58 23 Outubro 155 23,5 Novembro 210 23 Dezembro 378 22,5
  • 58. 57 Matemática – 3a série – Volume 2 A observação dos dados dessa tabela permite tirar uma série de conclusões, principalmente aquelas que dizem respeito a uma análise detalhista, como, por exemplo, afirmar que a temperatura média de dezembro é 22,5 °C. No entanto, apesar de ser possível obter diversas conclusões com base nos dados registrados em tabelas, um gráfico, relacionando todas as informações, permite visualizar mais facilmente variações entre os elementos dos conjuntos. O gráfico seguinte, gerado a partir dos dados da tabela anterior, é o climograma da cidade pesquisada. 25 20 15 10 5 0 °C 299 J A J OF M A NM J Climograma de Catalão S D 259 223 96 28 7 índice de chuvas (mm) 12 58 155 210 378 7 400 350 300 200 250 100 150 50 0 23 23 23 2323 23,522,5 22,5 21,5 19,5 21 20 temperatura média (°C) (mm) 1. A respeito desse gráfico, responda: a) Como é possível relacionar as estações do ano ao índice de chuvas apresentado no gráfico? b) Quais foram as temperaturas média máxima e média mínima no ano? Em quais meses elas ocorreram? c) A amplitude de um conjunto de dados é definida como a diferença entre o maior e o menor valor do conjunto. Qual foi a amplitude do conjunto das temperaturas médias mensais da cidade de Catalão?
  • 59. 58 Matemática – 3a série – Volume 2 d) Qual foi a temperatura média anual da cidade de Catalão? e) Relacionando as duas variáveis apresentadas no gráfico, responda: é verdade que chove mais nos meses mais frios? Justifique. 2. Observe o climograma seguinte, construído com base em dados fictícios de outra cidade. Neste gráfico, como no anterior, o índice de chuvas é dado em milímetros e a temperatura, em grau Celsius. 117 119 114 117 139 12,5 14 20 24 27 20,5 28,5 22 17 28,5 13,5 147 122 89 96 122 106 180 100 140 60 160 80 120 40 20 0 J A J OF M A NM J S D 40 35 30 25 20 15 10 5 0 índice de chuvas (mm) temperatura média (°C) °C (mm) 167 26,5 A respeito dos dados representados nesse gráfico, responda:
  • 60. 59 Matemática – 3a série – Volume 2 a) A cidade em questão localiza-se no Hemisfério Norte ou no Hemisfério Sul? Por quê? b) Nos meses de inverno chove, em média, mais ou menos do que nos meses de verão? c) Qual foi a temperatura média anual dessa cidade? d) A amplitude da variação dos valores médios mensais dos índices pluviométricos (valor máximo – valor mínimo) foi maior para essa cidade ou para a cidade de Catalão? e) Como as características climáticas dessa cidade diferenciam-se das de Catalão? f) O clima de Catalão é classificado como tropical semiúmido, cujas principais características são: • temperaturas elevadas no verão e amenas no inverno (média de 20 °C); • existência de duas estações: a úmida e a menos úmida; • temperaturas médias mensais altas ao longo de todo o ano; • reduzida amplitude térmica anual.
  • 61. 60 Matemática – 3a série – Volume 2 Caracterize o clima da cidade representada no gráfico anterior, comentando sobre as mesmas variáveis que definiram o clima tropical semiúmido para Catalão. A distribuição da riqueza no Brasil 3. Observe o gráfico que representa a distribuição de renda em nosso país. Porcentual da população – crescimento da riqueza 46,9% 15,7% 7,3% 5,7% 4,5% 3,4%2,5% 10% 50%30% 70%20% 60%40% 80% 90% 1% 3% 10% Fonte: IBGE e Atlas da Exclusão Social. Pelo gráfico, podemos concluir que a distribuição da riqueza em nosso país mostra, por exem- plo, que os 10% mais pobres da população brasileira detêm apenas 1% da renda nacional, e que os 20% mais pobres ficam com 3,5% (1% + 2,5%). Já os 10% mais ricos (acima de 90%) detêm 46,9% da renda nacional. Supondo a população brasileira igual a 200 milhões de habi- tantes, e o Produto Interno Bruto (PIBa ) brasileiro igual a 2,4 trilhões de reais, responda, com base no gráfico: a O Produto Interno Bruto anual é a soma de todas as riquezas produzidas no país.
  • 62. 61 Matemática – 3a série – Volume 2 a) Qual é o porcentual da renda nacional destinado aos 40% mais pobres da população brasileira? b) Qual é o PIB per capita do Brasil, isto é, em média, quanto da riqueza produzida anual- mente cabe a cada brasileiro? c) Qual é, em reais, a parte da riqueza nacional destinada aos 20% mais pobres da população? d) Qual é, em reais, a parte da riqueza nacional destinada a cada um dos brasileiros situados entre os 20% mais pobres da população? e) Complete a tabela seguinte com o total da população brasileira por faixa de concentração de riqueza e com a renda per capita em cada faixa. Renda per capita por faixa de riqueza Porcentual mais pobre da população Porcentual da riqueza Valor absoluto da riqueza (R$) População Renda per capita (R$) Até 10% Maior que 10% até 20% Maior que 20% até 30% Maior que 30% até 40% Maior que 40% até 50% f) Calcule a renda per capita dos 10% mais ricos da população brasileira e responda: Quantas vezes a renda per capita dos 10% mais ricos é maior do que a renda per capita nacional?
  • 63. 62 Matemática – 3a série – Volume 2 g) Qual é a relação entre a renda per capita dos 10% mais ricos e a renda per capita dos 10% mais pobres? LIÇÃO DE CASA A temperatura interna da casa Uma das maneiras de avaliar o conforto e a viabilidade de um projeto de arquitetura residencial consiste em comparar a diferença entre a temperatura externa e a temperatura interna do imóvel. Adotando limites superior e inferior para as temperaturas, que correspondam, respectivamente, às condições de conforto máximo e mínimo, os arquitetos geram um gráfico em que registram as temperaturas de hora em hora, durante certo intervalo de tempo e, a partir dele e de outros fatores, julgam o nível de conforto do imóvel. Um desses gráficos, representado a seguir, foi construído com base em dois dias, sendo um deles um dia de inverno e o outro um dia de verão. horas do dia temperatura horas do dia temperatura interior temperatura interior temperatura exterior temperatura exterior mínimo conforto máximo conforto 4. Analisando os gráficos, responda: a) Qual dos dois gráficos, o da direita ou o da esquerda, corresponde ao período medido du- rante o verão? Por quê?
  • 64. 63 Matemática – 3a série – Volume 2 b) O projeto em questão é, com base no conforto interno, mais adequado para o período de verão ou para o período de inverno?
  • 65. 64 Matemática – 3a série – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 MÉDIA ARITMÉTICA E DISPERSÃO: QUAL É A RELAÇÃO? ! ? Atividade em grupo – Jogo do desvio médio Neste jogo, você sorteará amostras, utilizará seus conhecimentos de cálculo proporcional, cal- culará médias aritméticas e, por fim, aprenderá um importante conceito de Estatística: o conceito de dispersão. Leia as instruções a seguir e siga as orientações de seu professor. Como é o jogo? Cada grupo receberá um saquinho contendo determinado número de peças coloridas (esse nú- mero será comunicado ao grupo pelo professor). O trabalho do grupo será descobrir o número de peças de cada cor, sem contá-las uma a uma, apenas efetuando amostragens. Uma amostra é uma parte significativa da população. No caso do saquinho com as peças coloridas, uma amostra pode ser composta de certo número de peças, retiradas ao acaso. Cada grupo deverá: • sortear amostras várias vezes, registrando o número de peças de cada cor a cada retirada; • colocar de volta no saquinho as peças de uma amostra, misturando-as bem às demais, antes de realizar a próxima amostra; • organizar os resultados conforme forem sendo obtidos, registrando-os em uma tabela; • discutir e resolver como farão a previsão sobre o número total de peças de cada cor no saquinho; • desenhar um gráfico de barras para apresentar os resultados finais, isto é, a previsão sobre as quantidades de peças de cada cor no saquinho, semelhante, por exemplo, ao gráfico seguinte: Depois que todos os grupos desenharem os gráficos, deverão avaliar qual grupo conseguiu a melhor previsão, isto é, aquela que mais se aproximou dos valores reais das peças coloridas contidas no saquinho. Seu professor orientará os grupos sobre as próximas etapas.
  • 66. 65 Matemática – 3a série – Volume 2 VOCÊ APRENDEU? 1. Observe o alvo desenhado a seguir, sobre o qual duas pessoas, A e B, atiraram 20 dardos cada uma. Os resultados obtidos por esses atiradores foram registrados na tabela. 10 20 30 50 Atirador Resultados 50 30 20 10 0 A 4 6 5 4 1 B 6 3 5 3 3 a) Qual é a média de pontos por tiro de cada um dos atiradores?
  • 67. 66 Matemática – 3a série – Volume 2 b) Compare os desvios médios (DM) de cada uma das séries de tiros e decida qual é o atirador com o desempenho mais regular. 2. O gráfico a seguir foi construído pelo síndico de um condomínio para analisar o consumo de energia dos proprietários. Consumo por residência (kWh) 20 68 no de casas consumo (kWh) 80 60 40 20 70 200 400 600 800 1 000 1 200 1 400 1 600 1 800 50 30 10 0 31 17 12 9 3 2 a) Qual é o número total de residências pesquisadas? b) Quantas residências consomem 1 400 kWh ou menos?
  • 68. 67 Matemática – 3a série – Volume 2 c) Considere que, em cada faixa, o consumo de todas as residências seja igual ao ponto médio entre os extremos do intervalo. Assim, por exemplo, todas as 20 residências da primeira faixa consomem 300 kWh, que é o valor médio entre 200 e 400 kWh. Nessas condições, complete a tabela e, em seguida, determine, com base nos valores tabelados, o consumo médio e o desvio médio do consumo de eletricidade das famílias do condomínio. Faixa de consumo (kWh) [200, 400[ [400, 600[ [600, 800[ [800, 1 000[ [1 000, 1 200[ [1 200, 1 400[ [1 400, 1 600[ [1 600, 1 800[ Frequência (no de casas) Obs.: representação de intervalo real [a, b[. intervalo fechado à esquerda intervalo aberto à direita 3. Em duas empresas, A e B, a distribuição dos salários pagos aos funcionários é representada na tabela seguinte: Salários (R$) Número de funcionários Empresa A Empresa B 1 000,00 6 4 2 000,00 8 9 3 000,00 12 14 4 000,00 16 11 5 000,00 6 8 6 000,00 2 4 Total 50 50
  • 69. 68 Matemática – 3a série – Volume 2 Em qual das duas empresas é maior: a) o valor médio dos salários? Quanto a mais? b) o desvio médio dos salários pagos? Quantos por cento a mais?
  • 70. 69 Matemática – 3a série – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 A CURVA NORMAL E O DESVIO PADRÃO: PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA ! ? Leitura e análise de texto Introdução à leitura e interpretação da curva normal Considerando, ao acaso, 900 pessoas de uma cidade qualquer para, em seguida, medir a pressão arterial de cada uma delas e desenhar um gráfico com os resultados, obteria-se, sem dúvida, algo igual ou muito parecido com o seguinte gráfico. 50 130 0 80 40 120 20 100 60 140 160 Frequência 90 17070 150110 190 210 Pressão sistólica (em mmHg) A certeza que temos, nesse caso, deve-se ao fato de que a variável “pressão arterial” é, como tantas outras, uma variável normal1 . A pressão arterial de praticamente 100% das pessoas varia em uma faixa que vai de 50 a 210 milímetros de mercúrio (mmHg) ou, como é mais comum, de 5 a 21 cmHg. Mas, como ocorre com todas as variáveis normais, há poucas pessoas com pressão san- guínea próxima dos extremos e muitas com valores próximos do valor central, no caso, igual a 13 cmHg. Observe, por meio dos pontilhados assinalados no gráfico, que, entre as 900 pessoas, cerca de 80 têm pressão igual a 160 mmHg, enquanto 140 pessoas têm pressão igual a 130 mmHg. Com base nos dados representados nesse gráfico, faça o que se pede a seguir. 1 À ação de bombear sangue dá-se o nome de sístole. A cada batimento cardíaco, o sangue corre pelas artérias e arterío­ las à máxima pressão – pressão sistólica. Segue-se depois uma pausa muito breve, denominada diástole, que ocorre entre os batimentos cardíacos, quando a pressão é mínima. Esse período recebe o nome de pressão diastólica. Pressão arterial sistólica (PAS) é o maior valor verificado durante a aferição de pressão arterial. Exemplo: 120 x 80; em que 120 refere-se à pressão arterial sistólica e 80 refere-se à pressão arterial diastólica, ambas medidas em milímetros de mer- cúrio (mmHg). (Fonte: Disponível em: http://www.brasilescola.com/saude/pressao-arterial.htm. Acesso em: 3 jan. 2014.)
  • 71. 70 Matemática – 3a série – Volume 2 VOCÊ APRENDEU? 1. Complete a tabela com os valores aproximados do número de pessoas da população repre- sentada no gráfico com cada valor de pressão. Pressão (mmHg) Frequência (no de pessoas) Pressão (mmHg) Frequência (no de pessoas) 50 140 60 150 70 160 80 170 90 180 100 190 110 200 120 210 130 220 2. Com a ajuda de uma calculadora e com base nos dados apresentados na tabela da atividade anterior, determine, para a variável pressão sanguínea dessa população, o valor da: a) moda, isto é, o valor mais frequente da distribuição de dados; b) mediana, isto é, o valor central da distribuição ordenada dos dados;
  • 72. 71 Matemática – 3a série – Volume 2 c) média aritmética. 3. Localize, no gráfico apresentado anteriormente na seção Leitura e análise de texto, os valores obtidos para moda, mediana e média aritmética, e responda: Há muita ou pouca diferença entre esses valores? 4. Aproximadamente, qual porcentagem da população analisada tem pressão sanguínea maior ou igual à mediana de 130 mmHg? 5. Se uma pessoa dessa população for sorteada, qual é a probabilidade, de acordo com os da- dos da tabela apresentada na atividade 1, de ela possuir pressão sanguínea menor ou igual a 100 mmHg? Leitura e análise de texto Desvio padrão de uma distribuição de dados O desvio padrão (DP) é uma medida de dispersão de um conjunto de dados, ou seja, é um número que mostra, de acordo com determinado modo de interpretar, quanto os elementos do conjunto estão próximos ou afastados da média aritmética dos valores desse conjunto. O desvio padrão está relacionado a uma curva bastante importante na análise de dados estatísticos: a curva normal.
  • 73. 72 Matemática – 3a série – Volume 2 A curva normal, também conhecida por curva de Gauss, tem um formato que reflete, visualmente, a distribuição de uma variável analisada em uma população. A maior con- centração de valores da variável analisada próximos da média aritmética da população, e também a igualdade teórica entre média aritmética, mediana e moda são as responsáveis pela forma assumida pelo gráfico de frequências, quase igual a um sino, conforme pode- mos perceber na figura a seguir. Média aritmética, mediana e moda y x0 A concentração de valores em torno dos valores médios, no entanto, pode ser maior ou menor, como podemos observar nos gráficos seguintes, desenhados com a mesma escala. 1 2 3 A observação dessas curvas nos mostra que todas possuem valores médios iguais – média aritmética, moda e mediana –, mas possuem dispersões diferentes. A curva 1 é, entre essas, a que possui menor dispersão, enquanto a curva 3 é a que apresenta maior dispersão. Assim, é de se esperar que, se forem calculados os desvios padrão das distribuições que geraram essas curvas, o maior valor de desvio, entre todos, será o obtido para a curva 3, e o menor, para a curva 1. Mas qual é a relação entre o formato da curva normal e o desvio padrão? Para compreender um pouco essa relação, precisamos aprender a calcular o desvio padrão de um conjunto de dados. Consideremos, por exemplo, os seguintes valores de alguma variável que estejamos analisando, e vamos obter o desvio padrão desse conjunto de dados. {1, 4, 6, 7, 12} O primeiro passo no cálculo do desvio padrão é a obtenção da média aritmética do conjunto de valores.
  • 74. 73 Matemática – 3a série – Volume 2 Média aritmética = 1 + 4 + 6 + 7 + 12 5 = 30 5 = 6 Em seguida, calculamos a diferença entre cada valor do conjunto e a média obtida. VOCÊ APRENDEU? 6. Para os valores do conjunto seguinte, determine a média aritmética e o desvio padrão. {4, 5, 6, 7, 8} Diferenças: 1 – 6 = –5 4 – 6 = –2 6 – 6 = 0 7 – 6 = 1 12 – 6 = 6 Elevamos cada diferença ao quadrado, somamos todos os resultados e calculamos a média aritmética entre eles: Média da soma dos quadrados das diferenças (–5)2 + (–2)2 + 02 + 12 + 62 5 = 66 5 = 13,2 Por fim, extraímos a raiz quadrada do valor anteriormente obtido e determinamos o desvio padrão (DP) desse conjunto de valores. DP = ​®  ____  13,2 ​≅ 3,63 Podemos resumir os passos realizados na seguinte expressão, em que a média é iden- tificada por ​ _  x​e cada um dos n elementos do conjunto de valores por xi : O cálculo do desvio padrão de um conjunto de muitos valores é trabalhoso e exige a utilização de uma calculadora científica. A tecla usada para isso é, normalmente, apresen- tada com o símbolo σ (sigma). Dessa forma, não é com o cálculo do desvio padrão que devemos nos preocupar, mas, sim, com sua correta interpretação.
  • 75. 74 Matemática – 3a série – Volume 2 7. Comparando a média aritmética e o desvio padrão dos conjuntos {1, 4, 6, 7, 12}, analisado na seção Leitura e análise de texto, e {4, 5, 6, 7, 8}, da atividade anterior, discuta as diferenças e semelhanças entre esses resultados. 8. Considere duas amostras de 100 pessoas cada, em que todas responderam à pergunta: “Qual é seu número de horas diárias de sono?”. Os dados obtidos com as respostas foram organizados e, em seguida, calcularam-se a média e o desvio padrão de cada amostra. Amostra Média (horas) Desvio padrão (horas) A 6,5 1,2 B 6,9 0,8 Em qual das duas amostras, A ou B, os valores das horas diárias de sono das pessoas estão mais afastados da média? Por quê?
  • 76. 75 Matemática – 3a série – Volume 2 9. As massas dos alunos de uma escola de Ensino Médio distribuem-se normalmente, com mé- dia aritmética igual a 62,5 kg e desvio padrão igual a 1,2 kg. Se no intervalo entre 62,5 kg e 62,5 + 1,2 = 63,7 kg encontramos aproximadamente 34% dos alunos da escola, qual é a por- centagem de alunos que, provavelmente, encontram-se entre 62,5 kg e 62,5 – 1,2 = 61,3 kg? Por quê? 10. Observe a curva normal desenhada para a análise de determinada variável populacional. 3 1 2 0 2,5 0,5 60 10080 12070 11090 130 140 1,5 Vamos desenhar sob a curva um triângulo isósceles que tenha, aproximadamente, área de valor igual à da região compreendida entre a curva e o eixo horizontal. 3 1 2 0 2,5 0,5 60 10080 12070 11090 130 140 1,5 % %
  • 77. 76 Matemática – 3a série – Volume 2 Vamos desenhar também um trapézio que tenha altura igual ao valor estimado do desvio padrão dessa distribuição de valores. 3 1 2 0 2,5 0,5 60 10080 12070 11090 130 140 1,5 Determine, de acordo com os valores representados nos eixos horizontal e vertical: a) o valor aproximado do desvio padrão dessa distribuição; b) a medida da área do triângulo; c) a medida da área do trapézio. 11. Em relação aos valores das áreas do triângu- lo e do trapézio, determinados na atividade anterior, avalie se seriam iguais ou diferen- tes caso a distribuição, mantendo-se nor- mal, apresentasse um maior valor de desvio padrão, de maneira que o gráfico fosse mais “achatado”, semelhante ao da figura a seguir: % 3 1 2 0 2,5 0,5 60 10080 12070 11090 130 140 1,5 %
  • 78. 77 Matemática – 3a série – Volume 2 Atividade em grupo – Tratando dados e construindo o gráfico de frequências de uma variável normal Todas as alunas de uma escola de Ensino Médio tiveram sua altura medida pelo professor de Educação Física. Os resultados são apresentados na tabela seguinte. 1,46 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69 1,48 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69 1,48 1,57 1,60 1,63 1,66 1,70 1,50 1,58 1,60 1,63 1,66 1,70 1,50 1,58 1,61 1,63 1,66 1,70 1,51 1,58 1,61 1,63 1,66 1,70 1,51 1,58 1,61 1,64 1,66 1,70 1,51 1,58 1,61 1,64 1,66 1,70 1,51 1,58 1,61 1,64 1,66 1,70 1,52 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71 1,52 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71 1,52 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71 1,53 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71 1,53 1,58 1,61 1,64 1,66 1,71 1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,71 1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72 1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72 1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72 1,53 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72 1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72 1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,72 1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73 1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73 1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73 1,54 1,58 1,61 1,64 1,67 1,73 1,54 1,58 1,62 1,64 1,67 1,73 1,54 1,59 1,62 1,64 1,67 1,73 1,54 1,59 1,62 1,64 1,67 1,74 1,55 1,59 1,62 1,64 1,67 1,74 1,55 1,59 1,62 1,64 1,67 1,74 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,76 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,76 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,77 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,78 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,78 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,78 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,80 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,55 1,59 1,62 1,65 1,68 1,56 1,60 1,63 1,65 1,68 1,56 1,60 1,63 1,65 1,68 1,56 1,60 1,63 1,65 1,68 1,56 1,60 1,63 1,65 1,68 1,56 1,60 1,63 1,65 1,68 1,56 1,60 1,63 1,65 1,69 1,56 1,60 1,63 1,65 1,69 1,56 1,60 1,63 1,65 1,69 1,56 1,60 1,63 1,65 1,69 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69 1,57 1,60 1,63 1,66 1,69
  • 79. 78 Matemática – 3a série – Volume 2 Com base nos dados apresentados na tabela, faça o que se pede. I. Distribua os dados em intervalos de classes de 4 cm de amplitude cada um, isto é, o primeiro intervalo deve abranger alturas de 1,46 m a 1,49 m; o segundo intervalo pode abranger alturas de 1,50 m a 1,53 m; o terceiro intervalo, alturas de 1,54 m a 1,57 m, e assim por diante. II. Construa uma tabela organizada contendo as classes, as frequências, os porcentuais de frequência, a frequência acumulada e o porcentual de frequência acumulada. III. Construa um histograma e um gráfico de frequências acumuladas. IV. Calcule a média aritmética, a mediana e a moda. V. Calcule o desvio padrão. VI. Avalie a possibilidade de aproximar a distribuição dos dados da distribuição normal. Como fazer isso? Calculando o coeficiente de assimetria (C.A.) da curva, da seguinte maneira: C.A. = ​  3(​ _  x​– mediana)   _____________   desvio padrão  ​ Se o valor absoluto desse coeficiente for menor que 1, a assimetria é moderada, e, se for maior que 1, a assimetria é forte. VII. Elabore um pequeno relatório contendo resultados calculados, gráficos e comentários finais sobre a variável analisada. VOCÊ APRENDEU? Probabilidades e curva normal Para resolver as atividades 12 a 16, consulte a tabela presente no final desta Situação de Aprendizagem. 12. Amédiadasidadesdapopulaçãodacidade1éigualàmédiadasidadesdapopulaçãodacidade2. No entanto, o desvio padrão das idades da população da cidade 1 é o dobro do valor do desvio padrão das idades da população da cidade 2. a) Qual é a porcentagem de pessoas da cidade 1 que têm idades no intervalo compreendido entre a média e dois desvios padrão acima da média?
  • 80. 79 Matemática – 3a série – Volume 2 b) Qual é a porcentagem de pessoas da cidade 2 que têm idades no intervalo compreendido entre a média e dois desvios padrão abaixo da média? c) Supondo-se a média de 39 anos, em qual das duas cidades é mais provável sortear uma pes- soa com idade entre 39 e 42 anos? Justifique sua resposta. 13. A média da altura das pessoas de uma comunidade é 162,8 cm e o desvio padrão é 9 cm. Supondo uma distribuição normal, calcule a porcentagem de pessoas desse povoado com altura: a) entre 162,8 cm e 171,8 cm; b) menor que 162,8 cm; c) maior que 171,8 cm; d) entre 154 cm e 162,8 cm.
  • 81. 80 Matemática – 3a série – Volume 2 14. A altura média das pessoas que se candidataram à vaga de vigilante em uma empresa é igual a 1,71 m, com um desvio padrão de 16 cm. Se for estipulado um critério de que serão aceitos somente candidatos com altura superior a 1,65 m, qual será a porcentagem de candidatos não aceitos? 15. Uma equipe de biólogos pesquisou durante dois anos uma população de tartarugas mari- nhas. Entre outros dados, eles verificaram que a média da massa das fêmeas é de 4,5 kg, com desvio padrão de 0,5 kg, e que a média da massa dos machos é de 5,0 kg, com desvio padrão de 0,8 kg. Durante um mergulho de observação, um pesquisador deparou-se com uma tartaruga. Qual é a probabilidade de a tartaruga em questão ter massa entre 4,0 e 5,0 kg, supondo tratar-se de: a) uma fêmea; b) um macho. 16. O controle de qualidade de uma indústria de alimentos seleciona amostras da produção a fim de avaliar se os produtos estão com a massa esperada. Em uma dessas amostras, foi verificado que a média da massa do produto era igual a 998,8 g e o desvio padrão igual a 16 g. A massa oficial, registrada na embalagem do produto, é de 1 kg, e a legislação não permite que uma embalagem vá para o mercado com 3% a menos do que a massa oficial. Supondo que a amostra analisada seja representativa de toda a produção, qual é a chance de uma consumidora pegar uma unidade do tal produto em um supermercado com massa abaixo do limite legal?
  • 82. 81 Matemática – 3a série – Volume 2 0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,0 0,0000 0,0040 0,0080 0,0120 0,0160 0,0199 0,0239 0,0279 0,0319 0,0359 0,1 0,0398 0,0438 0,0478 0,0517 0,0557 0,0596 0,0636 0,0675 0,0714 0,0753 0,2 0,0793 0,0832 0,0871 0,0910 0,0948 0,0987 0,1026 0,1064 0,1103 0,1141 0,3 0,1179 0,1217 0,1255 0,1293 0,01331 0,1368 0,1406 0,1443 0,1480 0,1517 0,4 0,1554 0,1591 0,1628 0,1664 0,1700 0,1736 0,1772 0,1808 0,1844 0,1879 0,5 0,1915 0,1950 0,1985 0,2010 0,2054 0,2088 0,2123 0,2157 0,2190 0,2224 0,6 0,2257 0,2291 0,2324 0,2357 0,2389 0,2422 0,2454 0,2486 0,2517 0,2549 0,7 0,2580 0,2611 0,2642 0,2673 0,2704 0,2734 0,2764 0,2794 0,2823 0,2852 0,8 0,2881 0,2910 0,2939 0,2967 0,2995 0,3023 0,3051 0,3078 0,3106 0,3133 0,9 0,3159 0,3186 0,3212 0,3238 0,3264 0,3289 0,3315 0,3340 0,3365 0,3389 1,0 0,3413 0,3438 0,3461 0,3485 0,3508 0,3531 0,3554 0,3577 0,3599 0,3621 1,1 0,3643 0,3665 0,3686 0,3708 0,3729 0,3749 0,3770 0,3790 0,3810 0,3830 1,2 0,3849 0,3869 0,3888 0,3907 0,3925 0,3944 0,3962 0,3980 0,3997 0,4015 1,3 0,4032 0,4049 0,4066 0,4082 0,4099 0,4115 0,4131 0,4147 0,4162 0,4177 1,4 0,4192 0,4207 0,4222 0,4236 0,4251 0,4265 0,4279 0,4292 0,4306 0,4319 1,5 0,4332 0,4345 0,4357 0,4370 0,4382 0,4394 0,4406 0,4418 0,4429 0,4441 1,6 0,4452 0,4463 0,4474 0,4484 0,4495 0,4505 0,4515 0,4525 0,4535 0,4545 1,7 0,4554 0,4564 0,4573 0,4582 0,4591 0,4599 0,4608 0,4616 0,4625 0,4633 1,8 0,4641 0,4649 0,4656 0,4664 0,4671 0,4678 0,4686 0,4693 0,4699 0,4706 1,9 0,4713 0,4719 0,4726 0,4732 0,4738 0,4744 0,4750 0,4756 0,4761 0,4767 2,0 0,4772 0,4778 0,4783 0,4788 0,4793 0,4798 0,4803 0,4808 0,4812 0,4817 2,1 0,4821 0,4826 0,4830 0,4834 0,4838 0,4842 0,4846 0,4850 0,4854 0,4857 2,2 0,4861 0,4864 0,4868 0,4871 0,4875 0,4878 0,4881 0,4884 0,4887 0,4890 2,3 0,4893 0,4896 0,4898 0,4901 0,4904 0,4906 0,4909 0,4911 0,4913 0,4916 2,4 0,4918 0,4920 0,4922 0,4925 0,4927 0,4929 0,4931 0,4932 0,4934 0,4936 2,5 0,4938 0,4940 0,4941 0,4943 0,4945 0,4946 0,4948 0,4949 0,4951 0,4952 2,6 0,4953 0,4955 0,4956 0,4957 0,4959 0,4960 0,4961 0,4962 0,4963 0,4964 2,7 0,4965 0,4966 0,4967 0,4968 0,4969 0,4970 0,4971 0,4972 0,4973 0,4974 2,8 0,4974 0,4975 0,4976 0,4977 0,4977 0,4978 0,4979 0,4979 0,4980 0,4981 2,9 0,4981 0,4982 0,4982 0,4983 0,4984 0,4984 0,4985 0,4985 0,4986 0,4986 3,0 0,4987 0,4987 0,4987 0,4988 0,4988 0,4989 0,4989 0,4989 0,4990 0,4990
  • 84. 83 Matemática – 3a série – Volume 2 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 AMOSTRAS ESTATÍSTICAS: TIPOS, CONFIABILIDADE E MARGEM DE SEGURANÇA DOS RESULTADOS ! ? Leitura e análise de texto Tipos de amostra Para se obter um bom retrato das características de uma população, não precisamos estudar cada um de seus elementos. Selecionando uma amostra representativa da popu- lação, os resultados obtidos pela análise dos poucos elementos que compõem a amostra nos permitem especular, com boa margem de segurança, sobre as características de toda a população. Há mais de um tipo de método de amostragem, e a escolha por um ou outro é deter- minada pelo tipo e pela qualidade da variável que se pretende analisar. Se o desejado for, por exemplo, avaliar a aceitação do novo perfume de um tipo de deso- dorante, será importante perguntar sobre isso para quem já sentiu esse odor, isto é, perguntar a quem já usou o desodorante em questão; quem não o usou, evidentemente, não poderá opinar sobre isso. Por outro lado, em outro exemplo, a obtenção de dados socioeconômicos, como renda familiar, capacidade de consumo ou preferências partidárias, é realizada sobre amostras nas quais todos os cidadãos têm a mesma chance de participar. Há uma história bastante conhecida sobre um grave erro de escolha de amostragem de pesquisa, ocorrido na eleição americana de 1948. A eleição daquele ano foi disputda por dois candidatos: um deles republicano, Dewey, e o outro, democrata, Truman. A pesquisa de intenção de voto apontava vitória de Dewey sobre Truman por boa margem de votos, mas o que ocorreu foi exatamente o contrário: Truman venceu com consi- derável vantagem de votos. Qual foi o erro da amostragem? O erro grosseiro cometido pelo instituto de pesquisa na eleição americana de 1948 foi ter escolhido a amostra com base no catálogo de telefones da época. De acordo com o processo adotado, um número de telefone de uma residência era sorteado da lista, alguém ligava para a residência e perguntava: “em quem o(a) sr.(a) vai votar: Truman ou Dewey?”. As respostas obtidas e classificadas indicaram a vitória de Dewey, que, sem dúvida, seria o presidente americano caso comparecessem às urnas apenas as pessoas que tinham telefone em sua casa, em 1948. E quem não tinha telefone, que naquela época era privilégio de poucos? Esses pre- feriram Truman, que ganhou as eleições e governou os Estados Unidos por dois mandatos. Ao receber a notícia de sua vitória, Truman tomou em suas mãos o jornal preparado an- tecipadamente para ir às ruas no final da eleição e, sorrindo ironicamente, se deixou fotogra- far por toda a imprensa. Nesse jornal, era possível ler a manchete: “Dewey derrota Truman”.
  • 85. 84 Matemática – 3a série – Volume 2 Entre os principais processos de amostragem, destacam-se: amostragem casual simples, amostragem sistemática, amostragem acidental e amostragem estratificada. Nas atividades a seguir, você terá a oportunidade de refletir sobre cada uma delas. VOCÊ APRENDEU? 1. A propaganda de uma marca de veículos anunciou que 90% dos compradores de tal modelo estavam plenamente satisfeitos com a compra. Qual é o tipo de amostragem que, provavel- mente, foi realizado pela indústria fabricante do veículo para que fosse obtido o índice de satisfação que ela divulga? 2. Em um programa social da prefeitura de determinada cidade, um show foi promovido em um estádio. Ao entrar no estádio, cada pessoa doava 1 kg de alimento não perecível e recebia um tíquete numerado para concorrer ao sorteio de 5 motos no final do evento. Qual é o tipo de amostragem que está implícito nesse processo? 3. Uma indústria de café solúvel realiza um processo estatístico para o controle de qualidade da produção diária de latas. Se são produzidas 12 000 latas por hora, descreva como poderia ser realizada, para esse controle, uma amostragem do tipo: a) casual simples;
  • 86. 85 Matemática – 3a série – Volume 2 b) sistemática. 4. Observe a tabela com os porcentuais de pessoas que residem nos quatro distritos da cidade. Distritos A B C D Residentes (%) 25 35 10 30 Uma pesquisa será realizada para conhecer a opinião dos moradores da cidade a respeito das ações da prefeitura local. Pretende-se selecionar, em toda a cidade, 2 000 pessoas para serem en- trevistadas. Supondo uma amostra casual simples, quantas pessoas deverão ser escolhidas para responder à pesquisa em cada distrito? 5. Um pesquisador entrevistou 200 alunos “calouros” de uma universidade com o objetivo de saber em qual escola haviam concluído o Ensino Médio. Veja os resultados obtidos: Escola A B C Outras Número de estudantes que entraram na universidade 45 125 20 10 a) Qual é o porcentual de entrevistados que estudaram em cada uma das escolas representadas na tabela?
  • 87. 86 Matemática – 3a série – Volume 2 b) É correto afirmar que a escola B é, entre todas, a que tem o maior número de alunos calou- ros nessa universidade? Por quê? c) É correto afirmar que a escola B é, entre todas, a que tem o Ensino Médio mais eficiente no que se refere à aprovação no vestibular da tal universidade? Por quê? 6. Uma pesquisa será realizada com moradores de um bairro da zona sul da cidade de São Paulo para verificar a intenção de voto na próxima eleição para a prefeitura. Descreva, justificando, como poderá ser realizada essa pesquisa no caso de o método de amostragem adotado ser: a) casual simples; b) acidental; c) acidental e casual simples; d) estratificada; e) acidental e estratificada;
  • 88. 87 Matemática – 3a série – Volume 2 f) sistemática. Leitura e análise de texto Intervalos de confiança Na divulgação dos resultados de uma pesquisa de intenção de voto para deter­minada eleição, os institutos de estatística sempre acrescentam uma margem de segurança aos por- centuais que preveem. Assim, é comum ouvir, por exemplo, que determinado candidato tem “42,5% das intenções de voto, com 5% de margem de erro para mais ou para menos”. Isso quer dizer que, nesse caso, é esperado que o candidato em questão obtenha entre (42,5 – 5)% e (42,5 + 5)% dos votos, isto é, entre 37,5% e 47,5%. O estabelecimento dessa margem de erro de 5% está relacionado ao grau de certeza de- sejado pelo instituto. Pode ser que, em outros casos, essa margem seja reduzida para 2,5%, ou ampliada para 8%. Para a definição dessas margens, é preciso avaliar o intervalo de confiança do resultado. Embora os comunicados dos institutos não comentem, uma margem de erro de 2%, por exemplo, está associada a um intervalo de confiança de 95%, isto é, há 95% de certeza de que o resultado divulgado acerca das intenções de voto esteja dentro da margem de 2% para mais ou para menos. Como a certeza não é igual a 100%, e nunca será, sempre haverá uma possibilidade de a previsão não corresponder ao resultado da eleição. Isso já aconteceu algumas vezes. Como são definidos esses intervalos de confiança? Para responder, precisamos re- tomar a interpretação da curva normal, com a relação entre média aritmética e desvio padrão da amostra. A porcentagem esperada de elementos situados entre a média e um desvio padrão acima da média, em uma situação normal, é sempre igual a aproximadamente 34,13% da popula- ção amostrada. x x + σ aproximadamente 34% de toda a área compreendida entre a curva e o eixo horizontal
  • 89. 88 Matemática – 3a série – Volume 2 A simetria da curva normal, em torno da média, permite esperar que 34,13% da po- pulação situe-se também entre a média e um desvio padrão abaixo dela. Desse modo, entre um desvio padrão acima e um abaixo da média encontramos aproximadamente 68,26%. Outros porcentuais, correspondentes a faixas da população com limites diferentes de um desvio acima e outro abaixo da média, podem ser obtidos mediante consulta à tabela utilizada anteriormente (Situação de Aprendizagem 7). No caso, por exemplo, da faixa compreendida entre 1,45 desvio padrão acima e abaixo da média, encontraremos, de acordo com a tabela, 2 ⋅ 42,65% da população, ou seja, 85,3%. x – 1,45 σ x + 1,45 σ 85,3% x O fato de que 1,45 desvio padrão corresponde a 85,3% da população, de acordo com a tabela, permite-nos afirmar que temos 85,3% de certeza de sortear um elemento ao acaso da população e ele pertencer à faixa entre 1,45 desvio acima e 1,45 desvio abaixo da média. Dizemos também que 1,45 define um intervalo de confiança de 85,3%. Considere agora a faixa de área da curva normal compreendida entre 1,72 desvio pa- drão acima e abaixo da média. xx – 1,72 σ x + 1,72 σ A leitura da tabela (Situação de Aprendizagem 7) nos mostra que o fator 1,72 corres- ponde a 45,73%, o que nos permite afirmar que na faixa destacada da curva encontram-se 2 ⋅ 45,73% da população, isto é, 91,46%. Dizemos, nesse caso, que temos 91,46% de certeza de que um elemento sorteado da po- pulação esteja no intervalo que vai de 1,72 desvio abaixo até 1,72 desvio acima da média. Ou, de outra forma, dizemos que o intervalo de confiança de 91,46% é definido pelo fator 1,72.
  • 90. 89 Matemática – 3a série – Volume 2 VOCÊ APRENDEU? 7. Qual é o fator que define um intervalo de confiança de 98%? 8. Em uma população normal de focas em que a média de massa é de 102,5 kg e o desvio pa- drão é 4,6 kg, qual é o intervalo de valores em que encontramos 90% das focas? 9. Defina os limites do intervalo de confiança de 88% para a altura de uma população de me- ninos, normalmente distribuídos, em que a média é igual a 1,71 m e o desvio padrão é igual a 0,09 m.
  • 91. 90 Matemática – 3a série – Volume 2 10. Em uma amostra normal de pessoas em que a média das massas é igual a 68 kg e o desvio padrão é igual a 4 kg, qual é a faixa de valores de massas em que estão 80% das pessoas dessa amostra? 11. Qual é o fator que define 95% de segurança em uma distribuição normal? Leitura e análise de texto Pesquisa eleitoral: o tamanho da amostra Um fato que costuma intrigar alunos e professores diz respeito à quantidade de pesso- as entrevistadas pelos institutos para a realização de uma pesquisa de intenção de voto. É comum ouvirmos, por exemplo, que determinado instituto entrevistou duas mil e poucas pessoas em todo o Brasil durante determinado período de tempo e, com base nas respostas obtidas, vem a público divulgar que o candidato X terá tantos por cento dos votos, com uma margem de segurança de 2% para mais ou para menos. Como é que duas mil e poucas pessoas podem representar toda a população de eleitores do país? Como se definem esses 2% de margem de erro? Simplificadamente, podemos responder a essas dúvidas com base nos seguintes aspectos: • as pesquisas trabalham, normalmente, com margem de erro de 2%, em um inter- valo de confiança de 95%; • um intervalo de confiança de 95% é determinado pelo fator 1,96; • o cálculo da quantidade de elementos de uma amostra de pesquisa com margem de erro fixada em x% pode ser feito pela equação: x = ​ 1,96 _____  2​®  __  n ​  ​. para uma margem de segurança de 2% (ou seja, x = 0,02).
  • 92. 91 Matemática – 3a série – Volume 2 Resolvendo essa equação para x = 2, obtemos para n o valor 2 401, que corresponde, portanto, ao número de pessoas que o instituto deve entrevistar para ter, em um intervalo de confiança de 95%, 98% de certeza de que as previsões se confirmarão. Caso o intervalo de confiança da previsão seja alterado para, por exemplo, 90%, o valor de n para os mesmos 2% também se alterará, tornando-se 1 681. Dessa maneira, mantendo-se constante a margem de erro de 2%, a confiança na resposta determinará o número de elementos amostrados: quanto maior a confiança, maior também o número de elementos que deverão compor a amostra de pesquisa. Vale salientar, no entanto, que a precisão da pesquisa não está condicionada unica- mente ao número de pessoas entrevistadas, mas, também, ao tipo de amostra selecionada. Se as 2 401 entrevistas, ou outro número plausível, forem realizadas, por exemplo, na porta de saída do teatro em que se realizou a convenção do partido A, dificilmente os resultados apontarão vitória do candidato do partido B. Para que as pesquisas eleitorais possam, de fato, divulgar suas previsões dentro de uma margem de erro de 2%, os institutos conside- ram a composição da amostra de pesquisa com a maior variedade possível de indicadores, desde o Estado de origem dos pesquisados, passando pelo gênero, pela idade e, principal- mente, pelas condições socioeconômicas dos pesquisados. VOCÊ APRENDEU? 12. Para uma pesquisa em que se pretende uma margem de erro de 2% e intervalo de confiança de 94%, qual é o número aproximado de elementos pesquisados? 13. Complete a tabela com a quantidade aproximada de pessoas a ser entrevistadas em uma pesquisa eleitoral que pretende uma margem de erro de 2%, de acordo com o intervalo de confiança fixado. Intervalo de confiança 97% 96% 92% Número de entrevistados
  • 93. 92 Matemática – 3a série – Volume 2 PESQUISA INDIVIDUAL 14. Suponha que você seja a pessoa responsável pela elaboração de uma pesquisa eleitoral em que se deseja uma margem de erro de 2%. Como esse tipo de trabalho, de modo geral, é realizado por uma equipe, converse com seus colegas sobre o procedimento que julgar mais adequado para atingir a margem de erro desejada. Considere que a pesquisa tem por objetivo avaliar a intenção de voto dos eleitores para três candidatos à prefeitura de uma grande cidade brasi­leira. Para organizar a discussão, é recomendável buscar respostas para as seguintes questões: • A pesquisa será feita em qualquer ponto da cidade, indistintamente? • A cidade será ou não dividida em regiões? • O que será importante considerar no caso de a cidade ser dividida em regiões? Em todas elas, o número de pessoas pesquisadas será o mesmo? • Como será o tipo de amostragem? Quantas pessoas será necessário entrevistar? • Como será o formulário de pesquisa? Quais serão as perguntas? • De que maneira os resultados da pesquisa serão organizados para produzir um relatório final?