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FACULDADE SANTA FÉ 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS 
DISCIPLINA: LINGUISTICA APLICADA 
DIOENE MORENO 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) 
São Luis 
2014
FACULDADE SANTA FÉ 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS 
DISCIPLINA: LINGUISTICA APLICADA 
CARLOS OLIVEIRA 
DIOENE MORENO 
O trabalho apresentado é para 
obtenção da nota parcial da disciplina 
de linguistica aplicada. 
Professora. Elaine Raulino. 
São Luís 
2014
1. Linguagem 
Além de comunicar e compartilhar informações, a linguagem 
ainda possui vários usos tais como os sociais e culturais, também é uma 
expressão da identidade. Para estabelecermos atos de comunicação, podemos 
usar inúmeros tipos de linguagens tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e 
regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por 
exemplo), podendo ser classificada como qualquer sistema de sinais que se 
valem os indivíduos para comunicar-se. 
A linguagem pode ser: 
a) Linguagem Verbal 
O termo "verbal" tem origem no latim "verbale", proveniente de 
"verbu", que quer dizer palavra. Linguagem verbal é, portanto, aquela que 
utiliza palavras - o signo linguístico - na comunicação. A linguagem verbal tem 
duas modalidades: a língua escrita e a língua oral. Linguagem oral é a que se 
usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e justamente podemos 
falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o interlocutor está 
ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, mas não uma 
oposição rígida. Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. 
Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se 
trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, 
contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral 
usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita. 
Veja a frase "João comeu o bolo". Podemos dizê-la: 
1) Colocando ênfase na palavra João, em João comeu o bolo. Então, essa 
frase poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?". 
2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em João comeu o bolo. 
Nesse caso, poderíamos estar respondendo a algo como "Que fez João?".
3) Colocando o acento na expressão o bolo, em João comeu o bolo, o que 
poderia ser a resposta de "O que comeu João?". 
Recursos da escrita 
Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que 
queremos que o nosso interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir 
acompanhada de uma informação a respeito do ambiente onde se encontram 
João e o bolo (uma festa, o trabalho, a cozinha etc..), explicitação de quem 
participa do diálogo, introdução de um verbo dicendi (fulano/a falou, disse, 
perguntou, gritou, murmurou, cochichou, berrou, por exemplo), o sinal gráfico 
que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou aspas. 
Mas nem por isso a escrita é mais complexa e a fala mais 
simples. O grau de formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente 
em que se encontra o falante, do objetivo a atingir, de quem são os ouvintes. 
Há situações que exigem falas elaboradas, isto é, com 
vocabulário e organização mais próxima da escrita, mas na maior parte do 
tempo nós usamos a chamada linguagem coloquial, a linguagem do dia-a-dia. 
Por outro lado, há situações em que convém o uso de uma escrita mais 
pessoal, como no caso de um bilhete ou em uma lista, como há ocasiões, 
precisamos organizar um texto formal, de acordo com a norma culta da língua. 
A escrita alfabética 
Em linhas gerais, o alfabeto é um sistema de sinais, as letras, que 
representam os sons da fala. A palavra vem do latim alphabetum, formada por 
duas outras palavras alpha e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego. 
Sabe-se que o alfabeto grego veio de adaptação da escrita dos fenícios. Os 
estudos da escrita antiga são realizados geralmente a partir de inscrições de 
vasos e outros objetos, encontrados por arqueólogos. No caso da cultura 
grega, existem inscrições em cerâmicas no século 8 a.C. 
O uso da escrita marcou a civilização moderna, principalmente a partir da
invenção da imprensa, por volta de 1450, por Gutemberg, que pelo uso das 
letras móveis tornou possível a reprodução rápida de textos escritos, 
anteriormente copiados à mão. Como consequência, a civilização moderna 
pôde se organizar em torno da transmissão da informação pela escrita: jornais, 
revistas, livros. 
As linguagens não verbais 
Quando você vê um capítulo de novela na televisão, você ouve a 
fala das personagens e uma música de fundo. Simultaneamente vê um cenário 
e o vestuário das personagens. As cores do cenário, a iluminação do espaço, 
os gestos e as expressões dos atores contribuem para a construção do 
significado. Tudo isso também contribui para criar um clima, para reforçar uma 
ideia, para direcionar uma mensagem. Não levamos em conta cada um dos 
aspectos separadamente, mas todos juntos quando procuramos entender o 
que se passa na tela. 
Para expressar um mundo, onde as mudanças são aceleradas, as 
novas linguagens transmitem rapidamente um número cada vez maior de 
mensagens. A i lustração, o desenho, a figura, a fotografia, os sons, associados 
a textos verbais curtos e diretos buscam atingir o leitor com maior impacto. A 
valorização da imagem supõe um leitor que não tenha tempo para ler 
mensagens longas ou complicadas. 
Dado o intenso uso de linguagem não verbal nos dias atuais, 
pode-se dizer que entre uma e outra existe integração e influência recíproca, 
de forma que uma provoca alterações na outra. 
A comunicação eletrônica 
Nos dias atuais surgem novos gêneros textuais, como o e-mail, os 
chats (salas de bate-papo) e os fóruns on-line (espaços de opinião e debate), 
que apresentam linguagem escrita e linguagem oral. 
O "hipertexto", por exemplo, constitui-se em uma escrita não-sequencial 
e não linear, que permite ao internauta acessar outros textos, 
através de "links" que o fazem interagir com outras mensagens, num novo 
espaço - o ciberespaço. Outras linguagens ou outras formas de usar as 
linguagens que já existem caracterizam esse tempo como um tempo de
informação rápida, que abre uma enorme gama de possibilidades novos 
contatos e relacionamentos. 
Veja como exemplo o blog. É uma forma contraída de weblog, 
nome da versão eletrônica dos antigos diários pessoais. As famosas confissões 
de adolescente, anotadas em cadernos e guardadas a sete chaves, são agora 
escancaradas na internet. Com um detalhe: além de bisbilhotarem os 
desabafos alheios, os internautas ainda podem deixar lá seus comentários, 
fazer críticas e até dar conselhos. 
O sucesso dos blogs deve-se a dois fatores. São fáceis de fazer e 
permitem muita interatividade, juntando texto, fotos, desenhos, animações, 
vídeos e músicas. Para ter um blog não é necessário saber nada sobre criação 
de páginas na internet. Basta entrar em um dos sites que ensinam a produzir 
um diário virtual e seguir as indicações do assistente on-line. 
Ainda não superamos, porém, a linguagem verbal, que é a que, 
embora por meio eletrônico, torna possível a comunicação com você! 
Leia o trecho a seguir de um poema de Camões: 
"Amor é fogo que arde sem se ver, 
É ferida que dói e não se sente, 
É um contentamento desconte, 
É dor que desatina sem doer."

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Linguagens verbais e não verbais na comunicação

  • 1. FACULDADE SANTA FÉ COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS DISCIPLINA: LINGUISTICA APLICADA DIOENE MORENO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PNE) São Luis 2014
  • 2. FACULDADE SANTA FÉ COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS DISCIPLINA: LINGUISTICA APLICADA CARLOS OLIVEIRA DIOENE MORENO O trabalho apresentado é para obtenção da nota parcial da disciplina de linguistica aplicada. Professora. Elaine Raulino. São Luís 2014
  • 3. 1. Linguagem Além de comunicar e compartilhar informações, a linguagem ainda possui vários usos tais como os sociais e culturais, também é uma expressão da identidade. Para estabelecermos atos de comunicação, podemos usar inúmeros tipos de linguagens tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo), podendo ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se. A linguagem pode ser: a) Linguagem Verbal O termo "verbal" tem origem no latim "verbale", proveniente de "verbu", que quer dizer palavra. Linguagem verbal é, portanto, aquela que utiliza palavras - o signo linguístico - na comunicação. A linguagem verbal tem duas modalidades: a língua escrita e a língua oral. Linguagem oral é a que se usa quando o interlocutor está frente a frente conosco e justamente podemos falar com ele. Já a escrita, em tese, é usada quando o interlocutor está ausente. Entre a linguagem oral e a escrita há muitas diferenças, mas não uma oposição rígida. Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita. Veja a frase "João comeu o bolo". Podemos dizê-la: 1) Colocando ênfase na palavra João, em João comeu o bolo. Então, essa frase poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?". 2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em João comeu o bolo. Nesse caso, poderíamos estar respondendo a algo como "Que fez João?".
  • 4. 3) Colocando o acento na expressão o bolo, em João comeu o bolo, o que poderia ser a resposta de "O que comeu João?". Recursos da escrita Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma informação a respeito do ambiente onde se encontram João e o bolo (uma festa, o trabalho, a cozinha etc..), explicitação de quem participa do diálogo, introdução de um verbo dicendi (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou, murmurou, cochichou, berrou, por exemplo), o sinal gráfico que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou aspas. Mas nem por isso a escrita é mais complexa e a fala mais simples. O grau de formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente em que se encontra o falante, do objetivo a atingir, de quem são os ouvintes. Há situações que exigem falas elaboradas, isto é, com vocabulário e organização mais próxima da escrita, mas na maior parte do tempo nós usamos a chamada linguagem coloquial, a linguagem do dia-a-dia. Por outro lado, há situações em que convém o uso de uma escrita mais pessoal, como no caso de um bilhete ou em uma lista, como há ocasiões, precisamos organizar um texto formal, de acordo com a norma culta da língua. A escrita alfabética Em linhas gerais, o alfabeto é um sistema de sinais, as letras, que representam os sons da fala. A palavra vem do latim alphabetum, formada por duas outras palavras alpha e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego. Sabe-se que o alfabeto grego veio de adaptação da escrita dos fenícios. Os estudos da escrita antiga são realizados geralmente a partir de inscrições de vasos e outros objetos, encontrados por arqueólogos. No caso da cultura grega, existem inscrições em cerâmicas no século 8 a.C. O uso da escrita marcou a civilização moderna, principalmente a partir da
  • 5. invenção da imprensa, por volta de 1450, por Gutemberg, que pelo uso das letras móveis tornou possível a reprodução rápida de textos escritos, anteriormente copiados à mão. Como consequência, a civilização moderna pôde se organizar em torno da transmissão da informação pela escrita: jornais, revistas, livros. As linguagens não verbais Quando você vê um capítulo de novela na televisão, você ouve a fala das personagens e uma música de fundo. Simultaneamente vê um cenário e o vestuário das personagens. As cores do cenário, a iluminação do espaço, os gestos e as expressões dos atores contribuem para a construção do significado. Tudo isso também contribui para criar um clima, para reforçar uma ideia, para direcionar uma mensagem. Não levamos em conta cada um dos aspectos separadamente, mas todos juntos quando procuramos entender o que se passa na tela. Para expressar um mundo, onde as mudanças são aceleradas, as novas linguagens transmitem rapidamente um número cada vez maior de mensagens. A i lustração, o desenho, a figura, a fotografia, os sons, associados a textos verbais curtos e diretos buscam atingir o leitor com maior impacto. A valorização da imagem supõe um leitor que não tenha tempo para ler mensagens longas ou complicadas. Dado o intenso uso de linguagem não verbal nos dias atuais, pode-se dizer que entre uma e outra existe integração e influência recíproca, de forma que uma provoca alterações na outra. A comunicação eletrônica Nos dias atuais surgem novos gêneros textuais, como o e-mail, os chats (salas de bate-papo) e os fóruns on-line (espaços de opinião e debate), que apresentam linguagem escrita e linguagem oral. O "hipertexto", por exemplo, constitui-se em uma escrita não-sequencial e não linear, que permite ao internauta acessar outros textos, através de "links" que o fazem interagir com outras mensagens, num novo espaço - o ciberespaço. Outras linguagens ou outras formas de usar as linguagens que já existem caracterizam esse tempo como um tempo de
  • 6. informação rápida, que abre uma enorme gama de possibilidades novos contatos e relacionamentos. Veja como exemplo o blog. É uma forma contraída de weblog, nome da versão eletrônica dos antigos diários pessoais. As famosas confissões de adolescente, anotadas em cadernos e guardadas a sete chaves, são agora escancaradas na internet. Com um detalhe: além de bisbilhotarem os desabafos alheios, os internautas ainda podem deixar lá seus comentários, fazer críticas e até dar conselhos. O sucesso dos blogs deve-se a dois fatores. São fáceis de fazer e permitem muita interatividade, juntando texto, fotos, desenhos, animações, vídeos e músicas. Para ter um blog não é necessário saber nada sobre criação de páginas na internet. Basta entrar em um dos sites que ensinam a produzir um diário virtual e seguir as indicações do assistente on-line. Ainda não superamos, porém, a linguagem verbal, que é a que, embora por meio eletrônico, torna possível a comunicação com você! Leia o trecho a seguir de um poema de Camões: "Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente, É um contentamento desconte, É dor que desatina sem doer."