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Ministério da Educação
                    Universidade Federal de Santa Maria                            BIBLIOTECA CENTRAL
                    Biblioteca Central                                                           UFSM

Relatório de participação no VII Senabraille (de 26 a 30/11)

Antes de relatar as atividades, gostaria de dividir algumas frases que ouvi durante o evento:

        "A acessibilidade nos limita mais do que a deficiência". (Deise Fernandes - Aposentada da CPFL, Rec. Huma-
         nos - DV*)

        "Se eu não me reinventasse, se eu não estudasse, eu não teria me aposentado e não aconteceria porque eu sou
         cega, seria porque sou incompetente". (Deise)

        "Só tem tarefa grande, quem é grande". (Deise)

        "Quando melhorias são feitas nas universidades, não é nada além do cumprimento da lei". (Júlio Pires - Tecas-
         sistiva)

        "A estatística é uma ciência que tortura os números até que eles confessem" (Mário Henrique Simonsen, citado
         por Júlio Pires)

        "Projetos direcionados a máquinas que serão usadas por pessoas e não somente a máquinas que vão dar um tí-
         tulo de mestrado ou doutorado". (João Vilhete - Pesquisador da Unicamp - sobre o critério para escolha dos
         projetos de informática da instituição)

        "Só existem 2 tipos de música, a boa e a ruim. A boa é a que eu gosto e a ruim é a que eu não gosto". (Alexan-
         dre - músico e DV)

        "Cabe ao cidadão saber seus direitos e requerê-los". (Martinha Clarete, SECADI-MEC)

        "Se o mundo fosse como é aqui no Senabraille, certamente seria um mundo melhor". (Dra. em música Fabiana
         Bonilha - DV)

*DV: Deficiente visual.

Atividades
Minicursos:
        Audiodescrição com Bell Machado e Jean Braz:Há 2 tipos de audiodescrição, a audiodescrição simultânea
         (sem saber com antecedência do conteúdo) e a audiodescrição ao vivo (com roteiro preparado anteriormente).
         A audiodescrição pode ser realizada para diversos segmentos como vídeos, obras de arte (pinturas, esculturas
         etc.) e ambientes em geral. Além da descrição oral da obra, relato do que a imagem fornece, ainda podem ser
         acrescentadas as "notas do artista", ou seja, contextualização ou aquilo que o artista quer passar. Para aqueles
         que já possuem a TV Digital, é possível acessar alguns programas com audiodescrição. Um deles é "Porque
         Heloísa?" e também o "Chaves", do SBT. Para tanto, basta acessar a tecla SAP. Para uma boa edição de audio-
         descrição em filmes, recomenda-se o Adobe Premiere. Preparar o roteiro com base no tempo disponível entre
         as falas. Nunca a audiodescrição pode se sobrepor ao texto original. A audiodescrição funciona como um su-
         porte para entendimento do que não é dito. Por isso a preocupação de intervir o mínimo possível na obra origi-
         nal. A fala deve ser suave e rápida. As informações sintetizadas e a fala deve ser rigorosamente uma descrição
         do que se está vendo e não do que se imagina que é. A NBR que regulamenta a audiodescrição é a 15290. O
         Jean é jornalista e faz a revisão da audiodescrição, um novo mercado para cegos e DVs.

        DOSVOX e NVDA com Lucas Aribé: como era um curso prático, começamos abrindo o DOSVOX, com C-
         trl+Alt+D. O F1 nos abre as opções das tarefas. Os comandos são todos no teclado. A movimentação é feita
         por meio das setas. O Dosvox, além de leitor de tela, traz consigo diversos aplicativos como editor de texto (a-
         gora com possibilidade de formatação de tipo de fonte, alinhamento), correio eletrônico, internet, jogos, dis-
         posição das teclas, tudo de forma muito acolhedora, com voz clara e sempre interativa. Em 15 de dez. foi o
         lançamento da nova versão do Dosvox. O programa é gratuito, disponibilizado pela UFRJ. Nessa nova versão,
         as melhorias são: nova tela de entrada, inclusão de gravação de CD, com suporte para Linhas Braille. Coman-
dos básicos: Ctrl+Alt+D= ligar; Alt f= formatar texto; Alt g= gerar arquivo; Alt F4= fecha janela. Passos para
       enviar um e-mail: r, c, c, N= Nova Config., Escolher navegador, Nome, E-mail, Enviar carta, End. destinatário,
       Assunto, Nome do arquivo, Enter. Escrever, Esc, Sim, Enter, T, Enter, Senha, Esc.

      O NVDA, é o software livre que mais tem se expandido entre os cegos e dvs. Nele é possível instalar outras
       vozes, possibilita a leitura de tabelas e possui leitor OCR. Comandos básicos: Ctrl+Alt+n= ligar o NVDA; In-
       sert q= sair; Insert n= preferências; Insert= tecla NVDA; Alt+Tab= alternar telas. Guia NVDA



Evento
      A UNICAMP preocupou-se com os mínimos detalhes. Houve um momento de ambientação para que os cegos
       e dvs obtivessem orientações sobre os locais em que iriam ocorrer as palestras e apresentações, a fim de dar-
       lhes autonomia e mobilidade sem a necessidade de acompanhantes, embora estes estivessem à disposição em
       todos os ambientes e momentos.

      O evento iniciou com uma homenagem a Bibliotecária Deise Puppo, responsável e fundadora do Laboratório
       de Acessibilidade (LAB), o qual já galgou diversos prêmios nacionais.

Palestras
      Mesa 1: Políticas Públicas de Acessibilidade:

      Martinha Clarete, atual Diretora de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada,
       Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação – MEC/SECADI. Fez um histórico das ações
       da Secretaria em atendimento à legislação brasileira, sobre a criação dos CAPs e NAPPBs, anunciou que em
       2012 estará disponível aos cegos e dvs o Tablet Acessível, projeto desenvolvido pela UFSC. Evidenciou a im-
       portância do MECDaisy, que surgiu para que as editoras disponibilizem o conteúdo de suas obras em formato
       digital, sem perda econômica. Comentou sobre o Acervo Digital Acessível - ADA, q centraliza uploads dos li-
       vros acessíveis, evitando o retrabalho. Após, discorreu sobre a Desoneração e crédito com juros mínimos para
       Tecnologias Assistivas (TA), visto que são extremamente caras, sendo possível sua aquisição somente por ins-
       tituições e não por pessoas com deficiência. Essa é uma meta do governo atual. Finalmente, apresentou o Pro-
       jeto Incluir, que considera que as universidades devem tornar-se Centros Públicos de TA. Quando questionada
       sobre o uso de equipamentos nas escolas por professores e não por alunos, Martinha disse: "O MEC é o res-
       ponsável pelas diretrizes, políticas e não é órgão fiscalizador." Cabe a todos nós, caso verifiquemos alguma ir-
       regularidade, denunciar e exercermos a cidadania de zelar pelo bom uso do dinheiro público.

      Flávio Scavasin, atual Coordenador da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Foram
       apresentados os projetos de São Paulo para acessibilidade e inclusão e neste momento percebemos o que nos
       separa desta grande metrópole e quantos anos luz estão na nossa frente sobre o assunto. Tudo é pensado para
       todos. E os gestores trabalham neste sentido. Não são demandas que emanam da comunidade, são propostas
       para atender possíveis demandas, o que requer conhecimento do "mercado" e planejamento a médio e longo
       prazo. Entre os programas citados estão: Memorial da Inclusão, Áudioguia para celulares, Acessa São Paulo,
       Piso tátil em todos os grandes eventos de SP; Eliminação de obstáculos nas calçadas, maquetes táteis com áu-
       dio, Prêmio de Ações Inclusivas, Projeto Cão-Guia, Elaboração de projeto de lei que obriga a compra de livros
       digitais acessíveis. Apresentou dados estatísticos que salientam que a empregabilidade dos cegos é menor do
       que a dos deficientes intelectuais. Motivos: barreiras atitudinais, transporte, ausência de ajuda técnica.

      Mesa 2: Acessibilidade em Bibliotecas

      Juliana Lazarim, representante da Biblioteca Louis Braille, Biblioteca do Centro Cultural São Paulo. Discor-
       reu sobre as melhorias na biblioteca em relação as tecnologias assistivas, destacando o elevador com áudio e a
       integração e satisfação dos usuários com a biblioteca.

      Salete Cecília de Souza, representante do núcleo de acessibilidade da Universidade do Sul de Santa Catarina.
       Em sua apresentação, deu ênfase aos cuidados necessários para apresentação de trabalhos para DVs, por e-
       xemplo: escolher fundo preto com letras brancas em tamanho grande para os slides; falar inicialmente fora do
       microfone, para que o DV identifique o local de onde vem a voz do palestrante e não o som dos equipamentos
       de áudio, avisar na hora do hino onde está localizada a Bandeira Nacional. Foi a palestra que mais enfatizou o


                                                                                                                     2
trabalho do núcleo de acessibilidade. O qual encontra-se bem estruturado dentro da instituição, sendo a acessi-
    bilidade parte da missão da universidade. Vale a pena conferir os slides da Salete e verificar o comprometi-
    mento da instituição frente aos problemas de acessilidade. Para contato: salete6souza@unesul.br

   Mesa 3: Empregabilidade

   Deise Aparecida de Araújo Fernandes, aposentada do Setor de Recursos Humanos da CPFL de Campinas.
    Iniciou sua fala falando sobre a importância da nomenclatura "pessoa com deficiência", primeiro a pessoa, de-
    pois a deficiência. Sendo o tema empregabilidade, questionou como uma primeira opção: "Qual o meu talento,
    a minha competência?" "Dentre o que gosto de fazer, vem a segunda opção: o que eu posso fazer?" Na infân-
    cia, a família supervaloriza o fato de um deficiente visual conseguir fazer as coisas. É uma supervalorização ao
    contrário, sinal de que achavam que o DV não era capaz. Uma expressão recorrente usada para os DVs: "se eu
    fosse cega, não conseguiria fazer tal coisa". Isso dá uma valorização de qualquer coisa que fazem, mesmo que
    não sejam bem feitas. Vão crescendo achando que o que fazem é suficiente. Quando entram no mercado de
    trabalho, a avaliação se dá pela produção e descobrem que o que fazem não tem qualidade. Na 3ª vez que são
    chamados a atenção, são dispensados. Por caridade, alguns chefes os deixam permanecer e aceitam um traba-
    lho "café-com-leite", usando expressões: Ah! deixa! Foi fulana quem fez. Situação humilhante e cruel. Para
    conquistar espaço, precisam ter excelência no que fazem. Capacitar-se, então, é a terceira opção. Ser bom no
    que faz, independentemente de ser deficiente ou não. No caso do deficiente, o ser bom significa abrir portas
    para os outros deficientes, pois a empresa que tem bons empregados com deficiência, não terá problemas em
    contratar outros deficientes. Comentou que "as empresas estão preferindo pagar a multa do que contratar defi-
    cientes", pois não tiveram boas experiências. Assim, a responsabilidade do deficiente não é só individual, mas
    seu posicionamento como profissional digno, que investe na sua capacitação e aperfeiçoamento caracteriza-se
    numa responsabilidade coletiva, que implicará no futuro de todos os profissionais deficientes que virão depois.
    Nas estatísticas sobre empregabilidade, constata-se que dentre as pessoas com deficiência, os cegos são os que
    mais estudam (+ anos no ensino regular), são muito concentrados em suas tarefas, portanto, as desenvolvem
    muito bem, preferem as tarefas com início, meio e fim e são mais empreendedores do que os de baixa visão. E-
    mail:deiseaaf@uol.com.br

   Edson Luiz Defendi, coordenador de empregabilidade da Fundação Dorina Nowill. 2011 comemorou-se 20
    anos da Lei de Cotas. Informou que já há uma legislação (Conjur 44) para a questão da monocularidade, que é
    considerada deficiência tanto quanto a cegueira. Discorreu sobre a vida de Dorina Nowill, falecida em 2011,
    que abriu caminho para o trabalho dos cegos na indústria e deixou o legado de sua fundação, que presta servi-
    ços a todo país, inclusive para as bibliotecas da UFSM, cujo acervo em braille e em livros falados é quase que
    na sua totalidade proveniente da fundação de forma gratuita. Tive a oportunidade de visitar a Fundação em
    São Paulo em 2010 e agradecer-lhes pessoalmente todo o empenho na criação e distribuição deste tipo de ma-
    terial. Lá pude comprovar a valorização dos cegos e dvs, pois lá eles são as autoridades no assunto, fazem toda
    a revisão do braille e controle de qualidade dos livros falados. Um espetáculo! Edson apresentou outros dados
    estatísticos que podem ser visualizados nos slides.

   Elizabete Fedosse, representante da APAE de Campinas. Antigamente, as pessoas acreditavam que os defici-
    entes intelectuais seriam crianças para sempre. A deficiência não é definida mais por grau, mas pelo apoio que
    o deficiente recebe durante seu desenvolvimento. Aqueles que não tem assistência alguma, não progridem, ao
    passo que os que tiveram estímulos e acompanhamento desde cedo, progridem consideravelmente. Enfatizou
    que o Movimento Apaeano é o maior movimento associativo do mundo. Que sua missão é desenvolver compe-
    tências e habilidades: saber pensar, saber fazer e saber agir. E-mail: betafedosse@gmail.com



   Mesa 4: Inovações em Tecnologias Assistivas

   Acbal Rucas Andrade Axhy Sócio da NNSolutions, Tecnologias Assistivas. Apresentação do software para
    celular Linha -1, que significa que quanto mais aplicativos tiver o software, significa menos 1 equipamento di-
    ferente que o DV vai necessitar. Essa centralização de tarefas em um só equipamento, traz como benefícios a
    integração social, a autonomia, a portabilidade e o acesso ao conhecimento. Apresentou o Projeto SLEP - sca-
    ner no celular. E-mail: acbal@nnsolutions.srv.br

   João Vilhete Viegas D'Abreu Núcleo de Informática Aplicada e Educação, Unicamp. Trabalha com o desen-
    volvimento de dispositivos robóticos integrando estudos de cartografia tátil e geração de material didático para
    pessoas com deficiência. Também, desenvolve maquetes de resina para hall dos prédios da Unicamp. Faz parte


                                                                                                                  3
do projeto Rota Acessível, que primeiro apresenta uma maquete da rota para localização dos cegos e dvs e o
       desenvolvimento da rota propriamente dita, com toda a estrutura que proporcione autonomia para qualquer ci-
       dadão que queira utilizá-la.

      Paulo Victor de Oliveira Miguel Comunicação Homem-Máquina, CTC/Unicamp. Sua área é a neuroenge-
       nharia, mais diretamente com a materialização na mente de conceitos apenas tocando no objeto. Diz que: "es-
       tamos saindo do mundo material para o mundo da energia". Falou sobre o ECOLIG, protocolo semiótico que
       utiliza interfaces para que o cérebro interaja com o computador. Miniaturização x Acessibilidade com pensa-
       mento na sustentabilidade, que são considerados economicamente viáveis, socialmene corretos e ecologica-
       mente responsáveis. pvictor@dmcsi.fee.unicamp.br

      Júlio Pires, representante da Tecassistiva, tecnologia e a acessibilidade. Apresentou a música "Prá que" de Sa-
       ra Bentes, que vale a pena conhecer, é uma aula de boas maneiras. Conceito: um só "formato" do maior nível
       possível de conteúdos e assuntos, para atender ao maior número possível de pessoas, incluindo todos os tipos
       de deficiências. Formato ideal: texto original + audiodescrição de gráficos e tabelas + braille + tinta + áudio e
       vídeo + Libras. Trabalham com etiqueta de CD em braille, digitalizador e leitor autônomo Poet Copact 2+,
       ampliador eletrônico e paginadores (viram as páginas). E-mail: juliopires@tecassistiva.com.br.



      Mesa 5: Deficiência visual e Artes (todos os componentes da mesa são DVs)

      Alexandre Reis Músico e escritor. Falou sobre a mecânica do DV, que tem o olhar voltado para si, introspec-
       tivo. A tecnologia ajuda ao artista fabricar sua arte. Nenhuma tecnologia desenvolve aptidão, ela existe para
       expressar a arte do DV. "Não tem como falar em arte, sem falar em estética. Aquilo qué belo é aquilo que faz
       bem prá gente". É muito pessoal. Arte= É a linguagem que nossa alma fala e cada um tem uma forma de falar.
       Qualquer forma de expressão é importante para mudar paradigmas e outras mudanças. O talento é aquilo que a
       gente é, sem esforço nenhum.

      Fabiana Fator Gouvêa Bonilha Dra. em Música. "A segregação limita este ambiente tão propício a diversi-
       dade". Sobre o questionamento de não estarmos falando somente em Biblioteca Braille, já que o evento tem es-
       te título. Embora o evento tenha sido criado com este propósito, já ultrapassou a barreira da segregação e traba-
       lha com a acessibilidade para todos em bibliotecas.

      Lucas Aribé Alvas Jornalista e músico. Fez um relato de sua experiência pessoal. Desde cedo, a música foi
       presente e sempre teve necessidade de aperfeiçoar-se, dominando atualmente diversos instrumentos musicais.

      Paulo Fernando Dias de Toledo Pitombo Artista plástico, Me. em Artes Plásticas.

      Vilson Zatera Pós-doutorando em música. Também fez um relato de sua experiência acadêmica, desde Caxias
       do Sul e como foi fazer um doutorado em Violão Clássico no exterior. Embora tenha todo o mérito por sua tra-
       jetória, não deixou de lembrar a todos que lhe deram oportunidades e que facilitaram sua caminhada.

      Todos tocaram juntos no encerramento das palestras.

Trabalhos orais:
CESPE/UnB: Centro de Promoção e Seleção de Eventos (admissão dos alunos/aplicação de provas)
      Programa de Apoio aos Portadores de Necessidades Especiais (PPNE UnB). O aluno pode querer se cadastrar
       ou não no programa.

       Biblioteca Central. Treinamento dos usuários com deficiência visual; Libras para atendimento de usuários
       surdos.

      Biblioteca Digital Sonora: Laboratório de Apoio ao DV (LDV): digitalização do material didático. Após, vai
       para o acervo da biblioteca digital sonora. Prepara material de apoio. Material em braille, ampliação, gravação
       de áudio.

      Grupos de trabalho: PAS (programa seriado) 9 grupos de trabalho, entre eles o suporte acadêmico e tecnológi-
       co, acessibilidade-arquitetônico etc.

                                                                                                                      4
   Os tutores ganham 2 créditos.

      tania@bce.unb.br    bds.bce.unb.br    bce.unb.br

Universidade Federal de Goiânia
      O Núcleo foi criado em 2008.

      Estabelecer canais de comunicação entre a comunidade universitária e o HU.

      Em set. de 2010, ocorreu a articulação dos órgãos internos para reformulação dos sites, acessibilidade na web;
       obtenção organizada dos dados informacionais sobre pessoas com alguma deficiência na instituição; melhoria
       no processo seletivo; sensibilização na câmara de graduação, adequação da BC, divulgação de eventos e ações
       do Núcleo por meio da Assessoria de Comunicação, articulação com órgãos externos, assessoria aos concursos
       da Prefeitura, criação de condições de permanência (reunião do Núcleo com as famílias, apoio, suporte via
       monitoria, sensibilização na Semana Acadêmica e Centros Acadêmicos), Cursos de Verão (Acessibilidade e
       Inclusão), disciplinas ministradas por integrantes do Núcleo sobre acessibilidade e inclusão, Educação Infantil
       e diversidade (creche), orientação TCC com temática em acessibilidade. Site: www.acessibilidade.ufg.br. E-
       mail: acessibilidadeufg@gmail.com



Links interessantes:
www.cegueta.com
www.intervox.nec.ufrj.br/dosvox
http://www.mundocegal.com.br/radio


Um abraço.




                                                                                                                    5

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VII Senabraille - relato de participação

  • 1. Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria BIBLIOTECA CENTRAL Biblioteca Central UFSM Relatório de participação no VII Senabraille (de 26 a 30/11) Antes de relatar as atividades, gostaria de dividir algumas frases que ouvi durante o evento:  "A acessibilidade nos limita mais do que a deficiência". (Deise Fernandes - Aposentada da CPFL, Rec. Huma- nos - DV*)  "Se eu não me reinventasse, se eu não estudasse, eu não teria me aposentado e não aconteceria porque eu sou cega, seria porque sou incompetente". (Deise)  "Só tem tarefa grande, quem é grande". (Deise)  "Quando melhorias são feitas nas universidades, não é nada além do cumprimento da lei". (Júlio Pires - Tecas- sistiva)  "A estatística é uma ciência que tortura os números até que eles confessem" (Mário Henrique Simonsen, citado por Júlio Pires)  "Projetos direcionados a máquinas que serão usadas por pessoas e não somente a máquinas que vão dar um tí- tulo de mestrado ou doutorado". (João Vilhete - Pesquisador da Unicamp - sobre o critério para escolha dos projetos de informática da instituição)  "Só existem 2 tipos de música, a boa e a ruim. A boa é a que eu gosto e a ruim é a que eu não gosto". (Alexan- dre - músico e DV)  "Cabe ao cidadão saber seus direitos e requerê-los". (Martinha Clarete, SECADI-MEC)  "Se o mundo fosse como é aqui no Senabraille, certamente seria um mundo melhor". (Dra. em música Fabiana Bonilha - DV) *DV: Deficiente visual. Atividades Minicursos:  Audiodescrição com Bell Machado e Jean Braz:Há 2 tipos de audiodescrição, a audiodescrição simultânea (sem saber com antecedência do conteúdo) e a audiodescrição ao vivo (com roteiro preparado anteriormente). A audiodescrição pode ser realizada para diversos segmentos como vídeos, obras de arte (pinturas, esculturas etc.) e ambientes em geral. Além da descrição oral da obra, relato do que a imagem fornece, ainda podem ser acrescentadas as "notas do artista", ou seja, contextualização ou aquilo que o artista quer passar. Para aqueles que já possuem a TV Digital, é possível acessar alguns programas com audiodescrição. Um deles é "Porque Heloísa?" e também o "Chaves", do SBT. Para tanto, basta acessar a tecla SAP. Para uma boa edição de audio- descrição em filmes, recomenda-se o Adobe Premiere. Preparar o roteiro com base no tempo disponível entre as falas. Nunca a audiodescrição pode se sobrepor ao texto original. A audiodescrição funciona como um su- porte para entendimento do que não é dito. Por isso a preocupação de intervir o mínimo possível na obra origi- nal. A fala deve ser suave e rápida. As informações sintetizadas e a fala deve ser rigorosamente uma descrição do que se está vendo e não do que se imagina que é. A NBR que regulamenta a audiodescrição é a 15290. O Jean é jornalista e faz a revisão da audiodescrição, um novo mercado para cegos e DVs.  DOSVOX e NVDA com Lucas Aribé: como era um curso prático, começamos abrindo o DOSVOX, com C- trl+Alt+D. O F1 nos abre as opções das tarefas. Os comandos são todos no teclado. A movimentação é feita por meio das setas. O Dosvox, além de leitor de tela, traz consigo diversos aplicativos como editor de texto (a- gora com possibilidade de formatação de tipo de fonte, alinhamento), correio eletrônico, internet, jogos, dis- posição das teclas, tudo de forma muito acolhedora, com voz clara e sempre interativa. Em 15 de dez. foi o lançamento da nova versão do Dosvox. O programa é gratuito, disponibilizado pela UFRJ. Nessa nova versão, as melhorias são: nova tela de entrada, inclusão de gravação de CD, com suporte para Linhas Braille. Coman-
  • 2. dos básicos: Ctrl+Alt+D= ligar; Alt f= formatar texto; Alt g= gerar arquivo; Alt F4= fecha janela. Passos para enviar um e-mail: r, c, c, N= Nova Config., Escolher navegador, Nome, E-mail, Enviar carta, End. destinatário, Assunto, Nome do arquivo, Enter. Escrever, Esc, Sim, Enter, T, Enter, Senha, Esc.  O NVDA, é o software livre que mais tem se expandido entre os cegos e dvs. Nele é possível instalar outras vozes, possibilita a leitura de tabelas e possui leitor OCR. Comandos básicos: Ctrl+Alt+n= ligar o NVDA; In- sert q= sair; Insert n= preferências; Insert= tecla NVDA; Alt+Tab= alternar telas. Guia NVDA Evento  A UNICAMP preocupou-se com os mínimos detalhes. Houve um momento de ambientação para que os cegos e dvs obtivessem orientações sobre os locais em que iriam ocorrer as palestras e apresentações, a fim de dar- lhes autonomia e mobilidade sem a necessidade de acompanhantes, embora estes estivessem à disposição em todos os ambientes e momentos.  O evento iniciou com uma homenagem a Bibliotecária Deise Puppo, responsável e fundadora do Laboratório de Acessibilidade (LAB), o qual já galgou diversos prêmios nacionais. Palestras  Mesa 1: Políticas Públicas de Acessibilidade:  Martinha Clarete, atual Diretora de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação – MEC/SECADI. Fez um histórico das ações da Secretaria em atendimento à legislação brasileira, sobre a criação dos CAPs e NAPPBs, anunciou que em 2012 estará disponível aos cegos e dvs o Tablet Acessível, projeto desenvolvido pela UFSC. Evidenciou a im- portância do MECDaisy, que surgiu para que as editoras disponibilizem o conteúdo de suas obras em formato digital, sem perda econômica. Comentou sobre o Acervo Digital Acessível - ADA, q centraliza uploads dos li- vros acessíveis, evitando o retrabalho. Após, discorreu sobre a Desoneração e crédito com juros mínimos para Tecnologias Assistivas (TA), visto que são extremamente caras, sendo possível sua aquisição somente por ins- tituições e não por pessoas com deficiência. Essa é uma meta do governo atual. Finalmente, apresentou o Pro- jeto Incluir, que considera que as universidades devem tornar-se Centros Públicos de TA. Quando questionada sobre o uso de equipamentos nas escolas por professores e não por alunos, Martinha disse: "O MEC é o res- ponsável pelas diretrizes, políticas e não é órgão fiscalizador." Cabe a todos nós, caso verifiquemos alguma ir- regularidade, denunciar e exercermos a cidadania de zelar pelo bom uso do dinheiro público.  Flávio Scavasin, atual Coordenador da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Foram apresentados os projetos de São Paulo para acessibilidade e inclusão e neste momento percebemos o que nos separa desta grande metrópole e quantos anos luz estão na nossa frente sobre o assunto. Tudo é pensado para todos. E os gestores trabalham neste sentido. Não são demandas que emanam da comunidade, são propostas para atender possíveis demandas, o que requer conhecimento do "mercado" e planejamento a médio e longo prazo. Entre os programas citados estão: Memorial da Inclusão, Áudioguia para celulares, Acessa São Paulo, Piso tátil em todos os grandes eventos de SP; Eliminação de obstáculos nas calçadas, maquetes táteis com áu- dio, Prêmio de Ações Inclusivas, Projeto Cão-Guia, Elaboração de projeto de lei que obriga a compra de livros digitais acessíveis. Apresentou dados estatísticos que salientam que a empregabilidade dos cegos é menor do que a dos deficientes intelectuais. Motivos: barreiras atitudinais, transporte, ausência de ajuda técnica.  Mesa 2: Acessibilidade em Bibliotecas  Juliana Lazarim, representante da Biblioteca Louis Braille, Biblioteca do Centro Cultural São Paulo. Discor- reu sobre as melhorias na biblioteca em relação as tecnologias assistivas, destacando o elevador com áudio e a integração e satisfação dos usuários com a biblioteca.  Salete Cecília de Souza, representante do núcleo de acessibilidade da Universidade do Sul de Santa Catarina. Em sua apresentação, deu ênfase aos cuidados necessários para apresentação de trabalhos para DVs, por e- xemplo: escolher fundo preto com letras brancas em tamanho grande para os slides; falar inicialmente fora do microfone, para que o DV identifique o local de onde vem a voz do palestrante e não o som dos equipamentos de áudio, avisar na hora do hino onde está localizada a Bandeira Nacional. Foi a palestra que mais enfatizou o 2
  • 3. trabalho do núcleo de acessibilidade. O qual encontra-se bem estruturado dentro da instituição, sendo a acessi- bilidade parte da missão da universidade. Vale a pena conferir os slides da Salete e verificar o comprometi- mento da instituição frente aos problemas de acessilidade. Para contato: salete6souza@unesul.br  Mesa 3: Empregabilidade  Deise Aparecida de Araújo Fernandes, aposentada do Setor de Recursos Humanos da CPFL de Campinas. Iniciou sua fala falando sobre a importância da nomenclatura "pessoa com deficiência", primeiro a pessoa, de- pois a deficiência. Sendo o tema empregabilidade, questionou como uma primeira opção: "Qual o meu talento, a minha competência?" "Dentre o que gosto de fazer, vem a segunda opção: o que eu posso fazer?" Na infân- cia, a família supervaloriza o fato de um deficiente visual conseguir fazer as coisas. É uma supervalorização ao contrário, sinal de que achavam que o DV não era capaz. Uma expressão recorrente usada para os DVs: "se eu fosse cega, não conseguiria fazer tal coisa". Isso dá uma valorização de qualquer coisa que fazem, mesmo que não sejam bem feitas. Vão crescendo achando que o que fazem é suficiente. Quando entram no mercado de trabalho, a avaliação se dá pela produção e descobrem que o que fazem não tem qualidade. Na 3ª vez que são chamados a atenção, são dispensados. Por caridade, alguns chefes os deixam permanecer e aceitam um traba- lho "café-com-leite", usando expressões: Ah! deixa! Foi fulana quem fez. Situação humilhante e cruel. Para conquistar espaço, precisam ter excelência no que fazem. Capacitar-se, então, é a terceira opção. Ser bom no que faz, independentemente de ser deficiente ou não. No caso do deficiente, o ser bom significa abrir portas para os outros deficientes, pois a empresa que tem bons empregados com deficiência, não terá problemas em contratar outros deficientes. Comentou que "as empresas estão preferindo pagar a multa do que contratar defi- cientes", pois não tiveram boas experiências. Assim, a responsabilidade do deficiente não é só individual, mas seu posicionamento como profissional digno, que investe na sua capacitação e aperfeiçoamento caracteriza-se numa responsabilidade coletiva, que implicará no futuro de todos os profissionais deficientes que virão depois. Nas estatísticas sobre empregabilidade, constata-se que dentre as pessoas com deficiência, os cegos são os que mais estudam (+ anos no ensino regular), são muito concentrados em suas tarefas, portanto, as desenvolvem muito bem, preferem as tarefas com início, meio e fim e são mais empreendedores do que os de baixa visão. E- mail:deiseaaf@uol.com.br  Edson Luiz Defendi, coordenador de empregabilidade da Fundação Dorina Nowill. 2011 comemorou-se 20 anos da Lei de Cotas. Informou que já há uma legislação (Conjur 44) para a questão da monocularidade, que é considerada deficiência tanto quanto a cegueira. Discorreu sobre a vida de Dorina Nowill, falecida em 2011, que abriu caminho para o trabalho dos cegos na indústria e deixou o legado de sua fundação, que presta servi- ços a todo país, inclusive para as bibliotecas da UFSM, cujo acervo em braille e em livros falados é quase que na sua totalidade proveniente da fundação de forma gratuita. Tive a oportunidade de visitar a Fundação em São Paulo em 2010 e agradecer-lhes pessoalmente todo o empenho na criação e distribuição deste tipo de ma- terial. Lá pude comprovar a valorização dos cegos e dvs, pois lá eles são as autoridades no assunto, fazem toda a revisão do braille e controle de qualidade dos livros falados. Um espetáculo! Edson apresentou outros dados estatísticos que podem ser visualizados nos slides.  Elizabete Fedosse, representante da APAE de Campinas. Antigamente, as pessoas acreditavam que os defici- entes intelectuais seriam crianças para sempre. A deficiência não é definida mais por grau, mas pelo apoio que o deficiente recebe durante seu desenvolvimento. Aqueles que não tem assistência alguma, não progridem, ao passo que os que tiveram estímulos e acompanhamento desde cedo, progridem consideravelmente. Enfatizou que o Movimento Apaeano é o maior movimento associativo do mundo. Que sua missão é desenvolver compe- tências e habilidades: saber pensar, saber fazer e saber agir. E-mail: betafedosse@gmail.com  Mesa 4: Inovações em Tecnologias Assistivas  Acbal Rucas Andrade Axhy Sócio da NNSolutions, Tecnologias Assistivas. Apresentação do software para celular Linha -1, que significa que quanto mais aplicativos tiver o software, significa menos 1 equipamento di- ferente que o DV vai necessitar. Essa centralização de tarefas em um só equipamento, traz como benefícios a integração social, a autonomia, a portabilidade e o acesso ao conhecimento. Apresentou o Projeto SLEP - sca- ner no celular. E-mail: acbal@nnsolutions.srv.br  João Vilhete Viegas D'Abreu Núcleo de Informática Aplicada e Educação, Unicamp. Trabalha com o desen- volvimento de dispositivos robóticos integrando estudos de cartografia tátil e geração de material didático para pessoas com deficiência. Também, desenvolve maquetes de resina para hall dos prédios da Unicamp. Faz parte 3
  • 4. do projeto Rota Acessível, que primeiro apresenta uma maquete da rota para localização dos cegos e dvs e o desenvolvimento da rota propriamente dita, com toda a estrutura que proporcione autonomia para qualquer ci- dadão que queira utilizá-la.  Paulo Victor de Oliveira Miguel Comunicação Homem-Máquina, CTC/Unicamp. Sua área é a neuroenge- nharia, mais diretamente com a materialização na mente de conceitos apenas tocando no objeto. Diz que: "es- tamos saindo do mundo material para o mundo da energia". Falou sobre o ECOLIG, protocolo semiótico que utiliza interfaces para que o cérebro interaja com o computador. Miniaturização x Acessibilidade com pensa- mento na sustentabilidade, que são considerados economicamente viáveis, socialmene corretos e ecologica- mente responsáveis. pvictor@dmcsi.fee.unicamp.br  Júlio Pires, representante da Tecassistiva, tecnologia e a acessibilidade. Apresentou a música "Prá que" de Sa- ra Bentes, que vale a pena conhecer, é uma aula de boas maneiras. Conceito: um só "formato" do maior nível possível de conteúdos e assuntos, para atender ao maior número possível de pessoas, incluindo todos os tipos de deficiências. Formato ideal: texto original + audiodescrição de gráficos e tabelas + braille + tinta + áudio e vídeo + Libras. Trabalham com etiqueta de CD em braille, digitalizador e leitor autônomo Poet Copact 2+, ampliador eletrônico e paginadores (viram as páginas). E-mail: juliopires@tecassistiva.com.br.  Mesa 5: Deficiência visual e Artes (todos os componentes da mesa são DVs)  Alexandre Reis Músico e escritor. Falou sobre a mecânica do DV, que tem o olhar voltado para si, introspec- tivo. A tecnologia ajuda ao artista fabricar sua arte. Nenhuma tecnologia desenvolve aptidão, ela existe para expressar a arte do DV. "Não tem como falar em arte, sem falar em estética. Aquilo qué belo é aquilo que faz bem prá gente". É muito pessoal. Arte= É a linguagem que nossa alma fala e cada um tem uma forma de falar. Qualquer forma de expressão é importante para mudar paradigmas e outras mudanças. O talento é aquilo que a gente é, sem esforço nenhum.  Fabiana Fator Gouvêa Bonilha Dra. em Música. "A segregação limita este ambiente tão propício a diversi- dade". Sobre o questionamento de não estarmos falando somente em Biblioteca Braille, já que o evento tem es- te título. Embora o evento tenha sido criado com este propósito, já ultrapassou a barreira da segregação e traba- lha com a acessibilidade para todos em bibliotecas.  Lucas Aribé Alvas Jornalista e músico. Fez um relato de sua experiência pessoal. Desde cedo, a música foi presente e sempre teve necessidade de aperfeiçoar-se, dominando atualmente diversos instrumentos musicais.  Paulo Fernando Dias de Toledo Pitombo Artista plástico, Me. em Artes Plásticas.  Vilson Zatera Pós-doutorando em música. Também fez um relato de sua experiência acadêmica, desde Caxias do Sul e como foi fazer um doutorado em Violão Clássico no exterior. Embora tenha todo o mérito por sua tra- jetória, não deixou de lembrar a todos que lhe deram oportunidades e que facilitaram sua caminhada.  Todos tocaram juntos no encerramento das palestras. Trabalhos orais: CESPE/UnB: Centro de Promoção e Seleção de Eventos (admissão dos alunos/aplicação de provas)  Programa de Apoio aos Portadores de Necessidades Especiais (PPNE UnB). O aluno pode querer se cadastrar ou não no programa.  Biblioteca Central. Treinamento dos usuários com deficiência visual; Libras para atendimento de usuários surdos.  Biblioteca Digital Sonora: Laboratório de Apoio ao DV (LDV): digitalização do material didático. Após, vai para o acervo da biblioteca digital sonora. Prepara material de apoio. Material em braille, ampliação, gravação de áudio.  Grupos de trabalho: PAS (programa seriado) 9 grupos de trabalho, entre eles o suporte acadêmico e tecnológi- co, acessibilidade-arquitetônico etc. 4
  • 5. Os tutores ganham 2 créditos.  tania@bce.unb.br bds.bce.unb.br bce.unb.br Universidade Federal de Goiânia  O Núcleo foi criado em 2008.  Estabelecer canais de comunicação entre a comunidade universitária e o HU.  Em set. de 2010, ocorreu a articulação dos órgãos internos para reformulação dos sites, acessibilidade na web; obtenção organizada dos dados informacionais sobre pessoas com alguma deficiência na instituição; melhoria no processo seletivo; sensibilização na câmara de graduação, adequação da BC, divulgação de eventos e ações do Núcleo por meio da Assessoria de Comunicação, articulação com órgãos externos, assessoria aos concursos da Prefeitura, criação de condições de permanência (reunião do Núcleo com as famílias, apoio, suporte via monitoria, sensibilização na Semana Acadêmica e Centros Acadêmicos), Cursos de Verão (Acessibilidade e Inclusão), disciplinas ministradas por integrantes do Núcleo sobre acessibilidade e inclusão, Educação Infantil e diversidade (creche), orientação TCC com temática em acessibilidade. Site: www.acessibilidade.ufg.br. E- mail: acessibilidadeufg@gmail.com Links interessantes: www.cegueta.com www.intervox.nec.ufrj.br/dosvox http://www.mundocegal.com.br/radio Um abraço. 5