O documento discute o significado e objetivo da profecia no livro do Apocalipse. Em 3 frases:
1) A profecia revela tanto eventos futuros quanto a verdadeira essência do passado e presente, projetando a realidade de Deus e Sua obra de restauração ao longo da história.
2) A centralidade da cruz de Cristo é fundamental, pois nela convergem o passado, presente e futuro, e dela promana a redenção e restauração da humanidade.
3) A visão cristã da história no Apocalipse é
O significado básico da profecia e seu objetivo no apocalipse
1. O Significado Básico da Profecia e Seu Objetivo no Apocalipse
Por José Carlos Ramos (RA, jan. de 1990)
No livro do Apocalipse está contida uma revelação tanto subjetiva como objetiva de
Jesus Cristo. O último livro da Bíblia, em consonância com o restante do Novo
Testamento, indica que a pessoa de Jesus jamais pode ser desvinculada de Sua
mensagem e vice-versa. Há, na realidade, um perfeito sincronismo entre ambos. Ele
tanto profere a Palavra de Deus (1:2) como Se identifica com ela (19:13), e assim, ao
transmitir a mensagem que o Pai Lhe confere, Jesus faz uma revelação de Si mesmo.
NEle, profeta e profecia se consubstanciam formando uma unidade, uma única
realidade. A pessoa de Cristo, bem como Seus ensinos revelam a pessoa de Deus e Seu
propósito, enquanto dela promanam a revelação e o Revelador.1 "Cristo é tanto o
Mistério como o Revelador do Mistério. Ele vem para revelar-Se a Si mesmo, e em Si
mesmo revelar o Pai, de Quem é a imagem. Assim o livro, nas palavras de abertura,
nos leva para além dele mesmo."2 Assim, deter-nos-emos um pouco no significado,
natureza e objetivo da profecia, sua centralidade na cruz e o que isto representa para a
nossa experiência cristã.
A profecia não trata exclusivamente do futuro, mas igualmente revela a verdadeira
essência do passado e do presente.
Profecia e História
Somente quando se considera que o divino Revelador corporifica a revelação e Se
revela nela e por ela, poder-se-á atinar com o verdadeiro significado dos eventos
proféticos relacionados no Apocalipse. "Assim é visto que, embora os altos e baixos da
história da Terra estejam incluídos na revelação, ela é também a revelação de uma
pessoa real. Não se trata do fluxo progressivo de circunstâncias, sem significação e
sentimento, mas de vidas de homens e de nações observadas à luz dAquele que é a luz
de todo homem, e a vida de toda a História; e assim aprendemos que 'somente uma
Pessoa real pode ser o Alfa e o ômega, o ponto de partida da criação e seu repouso
final'. O testemunho de Jesus é o espírito desta profecia como de todas as outras."3
Com efeito, a mensagem profética exarada nas Escrituras é muito mais que uma
simples exposição de fatos que deverão ocorrer. Tampouco a profecia foi dada para
saciar a curiosidade humana quanto ao futuro. O mero conhecimento do futuro não
traz qualquer benefício para o homem. É verdade que a profecia envolve o futuro, mas
este virá um dia a ser parte da História que por sua vez é o palco da ação divina no
processo da restauração de todas as coisas. Antes de tudo, portanto, profecia tem a
ver com os atos de Deus. O plano da Redenção, formulado desde a eternidade, é
2. levado a efeito no transcurso do tempo e a profecia ressalta o fato de que os eventos
da História, desde o passado mais remoto até o fim, não se sucedem por mera obra do
acaso ou da providência humana, mas que Deus está no controle de cada coisa,
operando "silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade...
para o cumprimento de Seu propósito."4
Considerando que este propósito se concretiza na pessoa de Cristo e em Sua obra, é
perfeitamente lógico que o dom de profecia seja denominado "o testemunho de
Jesus" (19:10), e o conteúdo profético uma "revelação de Jesus". Para aquele que crê e
tem a mente aberta para a iluminação do Espírito Santo, Jesus não é somente o
Revelador de fatos a terem lugar na História, mas é também Aquele que é revelado no
cumprimento histórico da profecia. Como Ladd afirma: "A História não é narrada por
amor da própria História. Ela é narrada porque incorpora os atos de Deus."5 Assim,
interpretação profética é fundamentalmente uma interpretação da História, "uma
recitação confessional de eventos históricos na qualidade de atos de Deus."6 Ora, se o
Revelador é revelado no cumprimento histórico das profecias, por que não o seria no
enunciado do próprio conteúdo profético?
Projeção divina na História
Vista como interpretação da História, é natural concluir que a "profecia não trata
exclusivamente do futuro", mas igualmente "revela a verdadeira essência do passado e
do presente."7 Abarcando, em seu mais amplo aspecto, todo o trato de Deus com o
pecado, ela projeta, tanto em sua formulação como em seu cumprimento, o Ser de
Deus e Sua obra, através de Jesus Cristo, a "testemunha fiel e verdadeira" (1:5; 3:14), o
perfeito Revelador. A isto o Apocalipse alude já em seu primeiro capítulo. Deus o Pai é
exposto nos versos 4 e 8 e resplende-Se na pessoa de Deus Filho nos versos 5-7 e 17 e
18. Então no verso 19, a realidade divina, de início ligada ao Pai, em seguida revelada
no Filho, projeta-se na mensagem profética, e achega-se, por ela, ao nosso âmbito
circunscrito ao tempo e ao espaço.
O que é dito acerca de Deus não deve ser entendido como meras abstrações
teológicas, desvinculado de qual quer sentido de ação divina. E verdade que
expressões tais com o "Eu sou o Alfa e o Ômega" , "Eu sou o Deus todo poderoso", " Eu
sou Aquele que é, que era, e que virá", etc , indicam realidades intrínsecas de Deus e
denotam a Sua transcendência infinita. Mas o Deus transcendente, isto é, o Deus que
está infinitamente além e infinitamente acima da Criação, é também o Deus imanente,
o Deus que Se aproxima da Criação originando-a, preservando-a e redimindo-a. 8
Quando é dito que este Deus é "Aquele que é, que era, e que virá", está sendo
evocado o nome com o qual Deus Se identificou a Moisés na sarça ardente — " E usou
o que sou " (Êxodo 3:14) — dado imediatamente após a promessa de que Ele estaria
com o Seu servo na difícil tarefa de libertar Israel (verso 12). Com efeito, o inefável
nome YAHVEH (Jeová) aponta para o Deus que escolhe Israel para ser Seu povo, e
entra em concerto com ele para cumprimento das promessas feitas aos patriarcas. É o
Deus que liberta Israel, guia-o em segurança pelo deserto, coloca-o finalmente na
posse de Canaã, e garante-lhe todas as bênçãos necessárias.
3. No contexto infinitamente mais amplo da profecia apocalíptica, a expressão destaca a
eterna presença de Deus e Sua atividade restaurando a criação. Esta atividade iniciada
no exato momento da queda do homem e desdobrada na passagem dos séculos, será
concluída com o desaparecimento do último vestígio do pecado e a implantação da
Nova Terra. Daí as formas verbais É (a eterna presença salvífica), ERA (atuação salvífica
no início), e VIRA (atuação salvífica no futuro próximo erradicando o pecado). Deus é
Aquele que Se coloca junto à criação que se perdeu, para restaurá-la à sua condição
original. Como este é um processo que abarca o passado, o presente e o futuro, Ele Se
apresenta igualmente como sendo o Alfa e o Omega, primeira e última letras do
alfabeto grego, e o Deus todo-poderoso, ficando assim salientadas a Sua soberania e
supremacia. Ele tem o inteiro curso da História nas mãos9, e o conduz rumo ao clímax
final, quando Seu plano estará plenamente cumprido.
Esta obra divina de restauração é plenamente fundamentada nos eventos do Calvário
e da ressurreição. A encarnação é o clímax da imanência divina, e através dela Deus é
revelado. Daí observar-se, no quadro acima, uma adequada projeção da realidade do
Pai na pessoa do Filho. Isto porque a invisível atuação de Deus no curso da História,
cumprindo Seu propósito salvífico, se torna visível agora na manifestação do Filho. A
eterna presença de Deus (É) deve ser vista no fato de que Jesus "vive" e "nos ama"; a
atuação salvífica de Deus desde que o pecado penetrou neste mundo (ERA) deve ser
vista no fato de que Jesus morreu para, "pelo Seu sangue" nos libertar e restaurar; o
ato consumativo de Deus erradicando definitivamente o pecado e estabelecendo o Seu
reino (VIRÁ) deve ser visto no fato de que Jesus "vem com as nuvens", evidenciando
que está vivo "pelos séculos dos séculos" e que é o rei messiânico; e finalmente Deus
como capaz de cumprir o Seu propósito (O TODO PODEROSO), deve ser visto no fato
de que Jesus, em virtude do Seu triunfo, tem nas mãos "as chaves da morte e do
inferno."10
Desde que esta projeção da Pessoa e obra do Pai na pessoa e obra do Filho constitui o
conteúdo da revelação profética, João foi convidado a relatar "as coisas que viste, e as
que são, e as que hão de acontecer depois destas". Esta tríplice divisão do material
profético deve corresponder, em sua aplicação, à tríplice divisão do tempo durante o
qual o plano de Deus é cumprido: passado, presente e futuro, observando-se que aqui,
em consonância com a perspectiva do escritor, é estabelecida a ordem normal do fluxo
do tempo, enquanto que, no que respeita a Deus, Seu eterno presente ocupa posição
de prioridade."
Centralidade da cruz
Assim temos em Jesus, com particular aplicação à Sua morte, ressurreição e
glorificação, a evidência de que Deus, desde a entrada até a extirpação do pecado,
jamais cessa de atuar na salvação do homem. Tudo o que se relaciona com a obra do
Calvário é fundamental para o plano de Deus, e isto está claramente implícito na
mensagem do Apocalipse.
A figura de Jesus como Cordeiro é um dos temas mais predominantes do livro.
Adequada ênfase é dada ao fato de que Ele é o Cordeiro imolado para a redenção
humana. Em 5:5 e 9, é este fato que Lhe confere dignidade e poder para transmitir a
revelação. Isto significa que a revelação não somente é centralizada na cruz, mas é
4. dependente dela. Na verdade, o evento do Calvário abrange toda a História da
salvação.
Voltando ao capítulo 1, as palavras "estive morto" (verso 18) lembram que a cruz foi
levantada num determinado local geográfico e num ponto específico de tempo. Ela é
um fato histórico e consumado. Mas a virtude que promana da cruz transcende o
tempo e o espaço. Jesus é o "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo"
(13:8) tanto quanto o Cordeiro "como havendo sido morto" (5:6).12 Assim, na cruz o
passado e o futuro são envolvidos no intemporal presente salvífico de Deus. A ação
divina para salvar, posta, como já se viu, em operação em todas as épocas, converge-
se para a cruz como seu centro catalizador, e daí promana para o alcance de seus
efeitos.
A centralidade da cruz é sentida ainda quando é afirmado que fomos "pelo Seu
sangue" libertados "dos nossos pecados" e constituídos "reino, sacerdotes para o Seu
Deus e Pai" (1:5). Os dois verbos aqui empregados, libertar e constituir, visualizam o
efeito final do plano da redenção. O primeiro faz referência ao resgate, o preço pago
para libertar o homem do cativeiro do pecado.13 O segundo é usado largamente no
Novo Testamento com diferentes significados. Envolve especialmente a idéia de fazer
alguma coisa, criar, cumprir um desígnio ou propósito.14 Aponta aqui para a
restauração daquilo que se perdeu pelo pecado. Consumando-se a libertação do
pecado, o caminho se abre para que o homem se torne uma nova criatura e seja
recolocado em sua condição original.
O mais impressionante, todavia, é que este efeito final da redenção é visto como já
alcançado na cruz. Em realidade o homem estará para sempre liberto do pecado e
restaurado à perfeição edênica em sua plenitude somente na consumação
escatológica. Durante o milênio, por exemplo, os remidos "serão sacerdotes de Deus e
de Cristo, e reinarão com Ele" (20:6). Todavia, Ele já os constituiu reino e sacerdotes
agora. Estes privilégios futuros são vistos como realidades presentes, pois as formas
verbais libertou e constituiu apontam indubitavelmente para fatos devidamente
estabelecidos e consumados.15 Isto só é possível porque na transcendência da cruz
ocorre a concretização do plano da redenção.
Em razão deste fato, Jesus Cristo, que entrou na História quatro mil anos após a queda,
pôde afirmar ser "o primeiro e o último" (1:17), "o Alfa e o Ômega", "o princípio e o
fim" (22:13)16 Sem a cruz a História não teria sentido, ou então nem teria existido.
Mas em virtude dela o plano salvífico de Deus se torna exeqüível. No cumprimento
deste plano, Jesus Se posta em ambos os extremos da História "embraçando,
governando, controlando o seu todo."17 "Neste sentido, toda a História, e não apenas
a sua conclusão, é 'apocalipse', isto é, 'revelação de Jesus Cristo'."18
Conclusão
Temos observado como no Apocalipse Jesus faz uma revelação tanto de fatos como de
Si mesmo. Esta auto-revelação é projetada na História conforme o conteúdo profético
alcança cumprimento. A História nada mais é que o palco da ação de Deus em Cristo e
através dEle para o total cumprimento de Seu propósito de salvação. "A visão cristã da
5. História que nos vem de Patmos é, antes de tudo, uma visão de Cristo e de Sua
invisível, mas certa e irresistível ação na História."19
Jesus deve ser visto como o centro convergente de toda a História porque, antes disso,
Ele é o centro convergente de toda a profecia. E assim o é porque, antes de tudo, a
revelação de Deus e de Seu propósito, para cujo cumprimento se impõe a ação divina
na História, é feita em Jesus e por Jesus.20 A profecia, portanto, tem como objetivo
último destacar a realidade de Cristo e incrementar fé nEle. "Desde já vos digo, antes
que aconteça, para que quando acontecer, creais que Eu sou." (João 13:19.)
Profecia não deve ser estudada pelo simples prazer de se constatar o seu cumprimento
na História. Se tudo o que se obtém de um estudo profético é esta constatação, logra-
se muito pouco. Um seminário do Apocalipse, por exemplo, não se destina
simplesmente a mover o estudante à memorização de um certo número de datas, ou à
familiarização com alguns gráficos envolvendo períodos de tempo e cálculos
matemáticos, ou à convicção de que tais e tais eventos históricos cumpriram tais e tais
previsões proféticas. Coisas desta natureza têm inegavelmente o seu lugar de
importância. Mas se vier a faltar o essencial, aquilo que é indispensável e decisivo para
o desenvolvimento da experiência cristã e conseqüente triunfo sobre o pecado,
realmente pouco benefício, se algum, será auferido. Se através do estudo da profecia
não se obtém uma visão mais profunda do Filho de Deus e do que Ele, no
cumprimento do plano divino, significa para o pecador, visão esta que resulte num
aumento de fé, e num mais claro discernimento de Jesus e mais plena transformação à
Sua semelhança, tal estudo não tem razão de ser. "Fale Daniel, fale o Apocalipse, e
digam o que é verdade. Seja, porém, qual for o aspecto do tema apresentado, exaltai a
Cristo como centro de toda esperança, 'a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente
Estrela da Manhã'."21
Estudemos, pois, o Apocalipse, e comuniquemo-lo ao mundo. Mas façamo-lo de tal
forma que a experiência do vidente de Patmos seja igualmente a nossa.
Contemplemos "as coisas que em breve devem acontecer". Mas, acima de tudo,
contemplemos nelas e em seu cumprimento. Aquele que as revelou a ponto de
obtermos uma visão nova, mais profunda, autêntica e inspiradora "de Jesus Cristo",
visão que traga o tão necessário reavivamento seguido do tão desejado refrigério que
resultará na conclusão da tarefa e em nosso preparo para contemplarmos a Sua face
naquele dia.
Referências:
1. Compare "revelação... que Deus... deu" em Apoc. 1:1, com "Deus... deu o Seu Filho
unigénito" em João 3:16. Que tanto Jesus como o Seu ensino procedem de Deus é
claramente atestado no quarto evangelho.
2. A. Plummer, The Pulpit Commentary — Revelation (London and New York: Funk &
Wagnalls Company, 1913), pág. 1.
3. B. Carpenter, cit. em R. Tuck, The Preacher's Complete Homiletic Commentary
(London and New York: Funk & Wagnalls Company, s/d), vol. XXXI, pág. 411
4. E. G. White, Educação, págs. 173 e 178.
6. 5. G. E. Ladd, "The Knowledge of God: The Saving Acts of God, "Basic Christian
Doctrines, ed. Carl R. H. Henry (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company,
1974), pág. 9.
6. G. E. Wright, God Who Acts (Chicago: Henry Regnery Company, 1950), pág. 57.
7. R. C H. Lenski, The Interpretation of St. John's Revelation (Minneapolis: Augsburg
Publishing House, 1961), pág. 26.
8. Não há incompatibilidade entre a transcendência e a imanência divinas. Estas duas
realidades se fazem presentes em Deus simultaneamente, propiciando-Lhe criar,
preservar e redimir a Criação. Como os teólogos observam, a Criação jamais poderá
exaurir os recursos divinos porque o Deus imanente é ainda o Deus transcendente e
vice-versa.
9. "Alfa e Ômega equivalem-se às letras hebraicas Aleph e Tau, as quais eram
consideradas não simplesmente como a primeira e a última do alfabeto, mas como
incluindo todas as demais." R. H. Mounce, The Book of Revelation (Grand Rapids: Wm.
B. Eerdmans Publishing Company, 1977). pág. 72. A própria palavra alfabeto alude a
este fato.
10. Jesus tem as chaves da morte e do inferno porque ao ressuscitar comprovou o Seu
triunfo sobre a morte. A ressurreição Lhe confere o direito de Se declarar o Todo-
Poderoso: "É-me dado todo o poder no Céu e na Terra". (Mat. 28:18, Almeida Revista e
Corrigida).
11. Cf. 1:10: "o que vês, escreve em livro... " Neste texto todo o material profético, que
em 1:19 é dividido em três partes conforme a tríplice divisão do tempo, é conectado
apenas com o presente.
12. Ambas as citações bíblicas foram tiradas da Versão Almeida Revista e Corrigida.
13. No grego é o verbo lú o, cuja raiz é a mesma da palavra lútron, preço pago, resgate.
14. O verbo é poié o, fazer, construir, criar, estabelecer, cumprir, constituir, etc.
15. O tempo verbal grego de ambos os verbos é o aoristo, indicando um ato
completado.
16. Portanto, aquilo que é verdade quanto ao Cristo divino, já que em tudo Ele é igual
ao Pai, é também verdade quanto ao Cristo humano, em virtude de Seu sacrifício e
ressurreição. Isto é básico para a compreensão do emprego do termo primogênito (pr
ototokos) aplicado a Jesus no Novo Testamento, nas expressões "primogênito de toda
a criação", "primogênito de entre os mortos", e "primogênito entre muitos irmãos"
(Col. 1:15 e 18; Apoc. 1:5, Rom. 8:29, Cf. Heb. 1:6).
17. R. C. H. Lenski, Op. Cit., pág. 73.
18. E. Corsini, O Apocalipse de São João (São Paulo: Edições Paulinas, 1984), pág. 80.
19. H. M. Féret, Op. Cit., pág. 62.
7. 20. Para um estudo mais detalhado sobre a revelação de Deus em Jesus Cristo,
principalmente como exposta pelo escritor do Apocalipse, ver o artigo de nossa autoria
"A Revelação de Deus em Jesus Cristo no Quarto Evangelho", Revista Adventista, maio
e junho de 1989.
21. E. G. White, Evangelismo, pág. 195.