SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 11
Daniel 8 fala de Roma e NÃO de
Antíoco Epifânio




                          DANIEL 8:9-14

Nesses versos, no que diz respeito ao rei Antíoco Epifânio, irei
abordar alguns dos fatos: históricos e geográficos, políticos e
militares e religiosos, na respectiva ordem apresentada no verso
nove.

A Versão Almeida Revista e Atualiza (ARA) traduziu: “De um dos
chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o
sul, para o oriente e para a terra gloriosa”.

Nesse verso, é apresentada, por meio dos defensores de Antíoco (os
redatores da Versão ARA também defendem a mesma idéia), a
primeira falácia de um argumento na tradução: “chifres”. Não há
esta palavra no verso nove. A palavra chifres foi acrescentada ao
texto por inferência. “i. uma hipótese sem verificar com rigor as
premissas”. (Dicionário Houaiss).
No verso oito foi dito que o grande chifre foi quebrado, e que em seu
lugar surgiram quatro. Por isso, deduzem que a expressão: “de um
deles” é uma referência a um dos quatro chifres. Mas esquecem que
a última expressão do verso oito é: “os quatro ventos do céu”.

                    ARGUMENTO GRAMATICAL




No verso 8 temos: a palavra (qeren), "chifre", que é do gênero
feminino. A palavra (‟areba„), “quatro” é do gênero masculino; a
palavra (rûchot), "ventos", está no plural feminino; e yim), " m a
palavra (shdo céu" é masculina.

No verso 9 temos: (wû) uma conjunção, a expressão:
min−hā‟achat; (min) é uma preposição. O numeral (‟achat) é
feminino e vem substantivado com o artigo (hā). O pronome
(hem), é masculino, "eles". Além do mais, o pronome (hem) vem
seguido da preposição (min). Então, a expressão "de + eles"
corresponde à combinação: "deles".

O professor SCHOKEL, Luis Alonso (em seu Dicionário Bíblico
Hebraico-Português. Edição brasileira. São Paulo - SP, Editora Paulus,
1997. p. 39.), afirma o seguinte: "O Numeral cardinal. Um/a. ...
Seguido de 'min': um de".

Portanto, a expressão “de um deles”, sem dúvida é uma referência à
última expressão do verso oito: “quatro ventos do céu”.
                    ARGUMENTO HISTÓRICO


Admitindo que alguém ainda não aceite esse argumento gramatical.
Apresentarei outros. É inegável a existência histórica, política e
militar de Antíoco, um personagem que teve seu lugar geográfico
como rei da Síria. É evidente também pela própria História que ele
jamais foi rei do Egito, jamais o Egito ficou sendo um reino vassalo e
pagando impostos para Antíoco Epifânio. Quando ele tentou dominar
o Egito foi humilhado e expulso pelos romanos. A profecia do verso
nove, sobre a “ponta pequena”, declara:

“... e se tornou muito forte para o sul”.

Se esta expressão: “para o sul” for uma referência apenas ao Egito,
fica claro, em função do que foi dito acima, que ela não se cumpriu
com Antíoco Epifânio. E se for uma referência apenas geografia, aí
mesmo é que ela não se cumpre com ele. O Egito está ao sudoeste
da Síria (nesta época quem dominava política e militarmente a Ásia
Menor era o Império Romano). A Ásia Menor, a atual Turquia está
literalmente ao Norte do Egito. Por outro lado, é Israel que está
literalmente ao sul da Síria.

Portanto, como entender que Antíoco se tornou forte “para o sul” se
ele foi humilhado e expulso, pelos romanos, do Egito quando tentou
dominá-lo? Não tem como.

      ARGUMENTO GEOGRÁFICO (QUANTO A SEQÜENCIA)



A seqüência das conquistas e/ou fortalecimento da “ponta pequena”
é: “se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a
terra gloriosa”.

Antíoco primeiro tentou conquistar o reino do Sul (o Egito); mas foi
mal sucedido em seus planos por causa do Império Romano.
Portanto, não se tornou forte para o sul (conquistando o reino do
Sul).

Depois o verso diz que a “ponta pequena” iria se tornar forte “para
o oriente”. Quando Antíoco foi humilhado e expulso do Egito ele
revoltou-se contra Jerusalém e o Templo (saqueando-o, porque teria
que pagar impostos aos romanos por sua ousadia em querer dominar
o Egito).

Percebe-se mais uma vez que a profecia não se cumpre com Antíoco
Epifânio. Depois do sul a ponta pequena deveria fortalecer-se para o
oriente e não para Jerusalém. Portanto, é evidente que ocorre uma
inversão da seqüência geográfica (direção das conquistas de
Antíoco). Diante disso, analisando a direção apenas no sentido
geográfico, mais uma vez Antíoco não satisfaz os requisitos da
profecia.

Após fazer o que fez em Jerusalém e no Templo, Antíoco dirigiu-se
para o Oriente, e morreu por lá.

Por último o verso nove diz que a “ponta pequena” iria se fortalecer
para a “glória” ou “em direção a glória”. Todas as Versões ou quase
todas traduzem: “terra gloriosa” ou “terra formosa” ou “país do
Esplendor”.

                ARGUMENTO POLÍTICO E MILITAR
É evidente que Antíoco Epifânio não conquistou nada para o Sul
(exceto Israel, que teve que ficar pagando imposto por alguns anos),
no que diz respeito ao rei do Sul – Egito. Também não conquistou
nenhum reino no Oriente, nem mesmo ao oriente da Síria.

A breve conquista de Antíoco Epifânio sobre o Egito, o rei do sul, não
caracteriza o crescimento, pois, logo depois, Antíoco IV foi derrotado
pelos romanos. Relato do livro primeiro Macabeus:

"Entrou em combate com o rei do Egito, Ptolomeu, o qual recuou
diante dele e fugiu, muitos tombando feridos. As cidades fortificadas
do Egito foram tomadas e Antíoco apoderou-se dos despojos do país.
Tendo assim vencido o Egito no ano cento e quarenta e três e
empreendendo o caminho da volta, subiu contra Israel e
contra Jerusalém com um exército numeroso". (1Macabeus 118-
20 - BJ).

Percebam que é este o ano (cento e quarenta e três) em que, pela
primeira vez, o Santuário de Jerusalém foi profanado por Antíoco
Epifãnio.

Sobre a tentativa de Antíoco Epifânio conquistar o Egito, assim
relatou um escritor:

"Antíoco Epifânio, depois de um fugaz triunfo no 'sul' (Egito), foi
totalmente derrotado nesse país quando o embaixador
romano, C. Popílio Laenas, meramente lhe informou que o Senado
Romano queria que ele se retirasse. O inflexível romano traçou
com sua bengala um círculo em torno de Antíoco e exigiu
deste uma decisão antes que ele saísse de dentro do círculo".
(MAXWElL, C. Mervyn. Uma Nova Era Segundo as Profecias de
Daniel. Tatuí - SP, CPB, 1996. p. 159.).

Sobre os acontecimentos que envolveram o Senado Romano e
Antíoco IV, um outro escritor, diz o seguinte:

"Na Síria, o sucessor de Antíoco III, Antíoco IV, garantia que os
'decretos do Senado eram para ele como ordens dos deuses'".
(DIACOV, V. e COVALEV, S. HISTÓRIA DA ANTIGÜIDADE. Vol. 3.
São Paulo, Editora Fulgor Limitada, 1965. p. 719.).

Portanto, como o próprio relato bíblico, acima, deixou claro, Antíoco
Epifânio foi primeiro contra os egípcios, e depois contra Jerusalém.
Como já foi citado acima. Então, foi somente mais tarde que ele
se dirigiu para as regiões da Pérsia. Não para fazer uma
conquista, mas para cobrar os impostos das províncias do seu
reino. E um dos limites do seu reino chegava até à fronteira
com o Egito.
“Dois anos depois, o rei enviou para as cidades de Judá o Misarca,
que veio a Jerusalém com um grande exército. Dirigindo-se aos
habitantes com palavras enganosas de paz, ganhou-lhes a confiança
e, de repente, caiu sobre a cidade, golpeou-a duramente e chacinou a
muitos de Israel. Saqueada a cidade, entregou-a às chamas e
destruiu-lhe as casas e as muralhas”. (1Macabeus 1:29-31).

A expressão: “Dois anos depois”, é uma referência ao ano em que
Antíoco Epifânio profanou o Santuário, saqueando-o.

“Tendo assim vencido o Egito no ano cento e quarenta e três e
empreendendo o caminho de volta, subiu contra Israel e contra
Jerusalém com um exército numeroso. Entrando com arrogância
no Santuário, apoderou-se do altar de ouro, do candelabro com
todos os seus acessórios, da mesa da proposição, das vasilhas
para as libações, das taças, dos incensórios de ouro, do véu,
das coroas, da decoração de ouro sobre a fachada do Templo:
tudo ele despojou. Tomou, além disso, a prata, o ouro, os
utensílios preciosos e os tesouros secretos que conseguiu descobrir.
Carregando tudo isso, partiu para o seu país, depois de ter
derramado muito sangue e proferido palavras de extrema
arrogância”. (1Macabeus 1:20-24).

Se isso não foi uma profanação do Santuário, o que
poderemos chamar de profanação? Ou apenas quando o porco
foi sacrificado no Altar de Holocausto, é que deve ser
considerada a primeira profanação?

Por que Antíoco Epifânio entrou com arrogância no Santuário? Porque
ele sofrera uma humilhação no Egito.

“Antíocos IV, agressor do Egito, é intimado pelo Senado a
retirar-se; o círculo de Popílio; Antíocos cede; suas tropas
evacuam o Egito e Chipre.” - (Sumário do Livro: História - Livro
XXIX, 26-27.) - (POLÍBIOS, 200-120 a. C. – Editores: REINER,
Lúcio e RIGUEIRA, Wânia de Aragão Costa. HISTÓRIA. 1ª ed..
Brasília – DF, Editora Universidade de Brasília, 1985. p. 25.).
                      ARGUMENTO RELIGIOSO


Não se pode negar que Antíoco Epifânio também faça parte de uma
profecia em Daniel. No entanto, tal profecia não diz respeito a Dan.
8:9-14; e sim Dan. 9:25, quando o profeta diz: “e sessenta e duas
semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas
em tempos angustiosos”. (ARA).
Os defensores dos 1.150 dias ou 2.300 sacrifícios defendem a
literalidade do número de dias, mas isso não ocorre quando
analisamos os livros de 1º e 2º Macabeus. Só pra deixar claro outra
falácia dos defensores de tal idéia, é a inclusão da palavra
“sacrifício”, nas traduções de Dan. 8:11-12, e conseqüentemente no
verso 14.

       COMENTÁRIOS BASEADOS EM 1º E 2º MACABEUS


Agora, vamos fazer os cálculos, a partir da data que eles têm por
base, para chegarmos aonde eles afirmam que terminou a purificação
do Santuário.

Dizem que o início é “No décimo quinto dia do mês de Casleu do
ano cento e quarenta e cinco”, conforme 1Macabeus 1:54. E o
final é “No décimo terceiro dia do mês de Adar”, conforme
1Macabeus 7:43 e 49 – BJ. O qual corresponde ao ano cento e
cinqüenta e um. Portanto, nessa contagem, eles não levam em
conta a data da purificação, conforme foi declarada:

“No dia vinte e cinco do nono mês – chamado Casleu – do ano
cento e quarenta e oito, eles se levantaram de manhã cedo e
ofereceram um sacrifício, segundo as prescrições da Lei, sobre
o novo altar dos holocaustos que haviam construído.... E
Judas, com seus irmãos e toda a assembléia de Israel,
estabeleceu que os dias da dedicação do altar seriam
celebrados a seu tempo, cada ano, durante oito dias, a partir
do dia vinte e cinco do mês de Casleu, com júbilo e alegria”.
(1Macabeus 4:52-59 – BJ).

O mês de Adar corresponde aos nossos meses de fevereiro/março.
Porque abrange, o começo do nosso mês de fevereiro e o final
abrande o mês de março.

Do dia 15 do mês de Casleu do ano 145, até o dia 15 do mês de
Casleu do ano 151, temos 06 (seis) anos. O que corresponde a
2.160 (duas mil cento e sessenta) tardes e manhãs literais; ou 1.080
sacrifícios como eles defendem.

Depois do mês de Casleu (novembro/dezembro), temos o mês de
Tebete (dezembro/janeiro), o mês de Sebate (janeiro/fevereiro) e o
mês de Adar (fevereiro/março).

De 15 de Casleu, até 15 de Tebete, 30 dias.

De 15 de Tebete, até 15 de Sebate, 30 dias.
De 15 de Sebate, até 13 de Adar, 28 dias.

Se começarmos a contar, a partir do ano 143 e concluirmos no dia
25 de Casleu do ano 148, não chegaríamos ao total de 2.300 tardes
e manhãs; e se a contagem começar a partir do ano 143 e
concluirmos no dia 13 de Adar do ano 151, teríamos praticamente
(contando-se apenas um mês do ano cento e quarenta e três), no
mínimo mais 370 (trezentos e setenta) dias. Ultrapassando o
tempo especificado de 2.300 tardes e manhãs.

Do dia 15 do mês de Casleu do ano 151, até o dia 13 do mês
de Adar, temos quase 03 (três) meses. Na realidade, temos 88
(oitenta e oito) dias. O que nos dá um total de 2.160 dias + 88 dias
= 2.248 dias. Faltando 52 dias para as 2.300 tardes e manhãs.

Eles têm por base o décimo quinto dia do mês de Casleu do ano
cento e quarenta e cinco. Não o ano 143, quando foram roubados
todos os objetos do Santuário, que estão vinculados ao Tamîd.

Portanto, essa contagem não satisfaz a literalidade da
profecia, em função de dias literais.

Em Dan. 8:11, o Texto, literalmente, diz que depois de “ser
arrebatado (exaltado) o Tamid”, “foi derrubado o alicerce (a
base) do Seu Santuário”.

Isso, de forma alguma se aplica nem a Antíoco Epifãnio nem ao seu
tempo.

                  DAN. 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL


“... um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para
o oriente e para a terra gloriosa”.

Se você quiser interpretar esta seqüência de forma literal, no que diz
respeito aos aspectos, históricos, geográficos, políticos e religioso,
apenas o Império Romano cumpre perfeitamente tal profecia. Por
mais que alguns queiram colocar Roma Papal em Daniel 8:9, ela
também não se encaixa nessa profecia.

O Império Romano conseguiu fortalecer-se quando enfrentou e
venceu um poderoso rival: Cartago que literalmente ficava ao Sul de
Roma. Depois o Império Romano cresceu em direção ao reino do Sul
– Egito, depois cresceu em direção ao Oriente (Ásia Menor), inclusive
sobre a Síria que se tornou uma província romana. E finalmente, o
Império Romano cresceu (tornou-se forte) em direção a Jerusalém.
Onde parou em frente a mulher (Apoc. 12:3-4).

Para concluir, foi Tito com seu exército que destruiu o Santuário e
derrubou o seu alicerce após ser arrebatado (exaltado) o Tamid.

+++
“A teoria de Antíoco não teve origem cristã. Foi um pagão e inimigo do cristianismo
chamado Porfírio, conhecido pela alcunha de „Sofista‟ (que morreu no ano 304 d.C.) o
inventor da teoria. Ele a forjou com o intuito de desacreditar o livro de Daniel, e tentar
provar que aquele livro foi escrito depois de terem ocorrido os fatos apontados pela
profecia.” A.B. Christianini, Rev. Adventista 4/73, pág. 7.

O livro de Daniel, como é sabido, estava “selado” desde o sexto século a.C. (Daniel
12:9). E se está selado, está mesmo. Somente seria aberto no Tempo do Fim (Daniel 12:
4,9), e não pode haver dois tempos do fim, o dos selêucidas (Antíoco Epifânio) e o
nosso (século XX). Na época de Antíoco, o livro de Daniel estava no pergaminho, e
“selado”, pois que, nesta ocasião não lhe deram especial atenção nem a ciência havia
sido multiplicada, como são as características exigidas em Daniel 12: 4 e que
ocorreriam matematicamente no Tempo do Fim.

http://www.jesusvoltara.com.br/ados/pag42.htm

A Profecia de Daniel 8

O livro de Daniel é revelador e muito importante para o povo de Deus de todas as eras.
Como Adventistas do 7º Dia, nossa herança histórica está intimamente ligada ao
capítulo 8 de Daniel, especialmente a profecia do verso 14, que trata da purificação do
Santuário.
É necessário conhecermos melhor alguns detalhes da profecia, para não ficarmos em
dúvida quanto ao nosso legado histórico e teológico, e nos sentirmos seguros para
defender nossa identidade profética.


O CHIFRE PEQUENO


I. Quem é o chifre pequeno de Daniel 8?

“ O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-lhe o grande chifre, e
em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu. De um dos
chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para
a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das
estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército;
dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército
lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por
terra a verdade; e o que fez prosperou. Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro
santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da
transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de
serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário
será purificado .” – 8:8-14.


O bode de que trata a profecia é a Grécia (vv. 21-22). Os 4 chifres notáveis do império
grego foram os 4 generais que sucederam Alexandre, o Grande: Ptolomeu, Cassandro,
Lisímaco e Selêuco.

Na versão Almeida Revista e Atualizada (uma das mais utilizadas no Brasil), o v. 9
começa com a expressão: “de um dos chifres”. Porém, o original hebraico traz o
seguinte: “de um deles”. Esta tradução é confirmada pela respeitada King James
Version , em inglês.


É importante analisarmos o detalhe acima, porque o texto em português dá a entender
que o chifre pequeno surgiu “dos outros 4 chifres”, ou seja, ele seria proveniente do
império grego. Os que defendem esta teoria (os chamados preteristas ), como a maioria
dos evangélicos e católicos, dizem que este chifre pequeno é representado por
ANTÍOCO EFIFÂNIO. Eles apresentam os seguintes argumentos:


a) Antíoco foi um rei selêucida - Como membro desta dinastia de reis, ele surgiu de um
dos 4 chifres mencionados em Dn 8:8, pois esta foi a origem do chifre pequeno.

b) A sucessão de Antíoco foi irregular - Este argumento está baseado no v. 24 do cap. 8.

c) Antíoco perseguiu os judeus.

d) Ele contaminou o templo de Jerusalém e interrompeu seus serviços.


Porém, um estudo mais acurado da Bíblia e da história nos mostra que Antíoco não
satisfaz os requisitos para o poder representado pelo chifre pequeno de Daniel. A
natureza do chifre pequeno rejeita Antíoco como sua identidade:

a) Grandeza comparativa do chifre pequeno.

O verbo “engrandecer” (GADAL) aparece somente uma vez em relação com
à Pérsia e somente uma vez com relação à Grécia. Porém, aparece 3 vezes relacionando-
se ao chifre pequeno. Mostra-se que o chifre teria um poder progressivo e crescente, até
o tempo do fim (vv. 17, 19, 26).

b) Atividades do chifre pequeno: conquistas, atividades anti-templo.

c) Fatores de tempo para o chifre pequeno: origem, duração, fim.

Antíoco permaneceu no poder por pouco tempo (de 175 a.C. até 164/3 a.C.). Era o 8º de
uma dinastia de mais de 20 reis selêucidas.
d) Natureza do chifre pequeno – conforme a profecia, este chifre seria “quebrado sem
esforço de mãos humanas” (v. 25). Isto mostra a maneira singular com que o chifre seria
derrotado. Ou seja, o próprio Deus intervirá para colocar um fim à perseguição de Seu
povo, produzida por este poder blasfemo e arrogante. O que não ocorreu com Antíoco,
que morreu de causas naturais durante uma campanha pelo Oriente.

e) Origem do chifre pequeno.

Como mencionado acima, há um problema na tradução do início do verso 9, pois o
original hebraico afirma que o chifre pequeno sairia “de um deles”, fazendo referência
aos 4 ventos citados no final do verso 8.

A tradução correta do texto sugere que o chifre pequeno sairia de um dos 4 ventos, ou
seja, de um dos 4 pontos cardeais. Roma veio do lado Oeste, e cumpre todos os demais
requisitos para que o chifre pequeno seja identificado com sua fase papal,
principalmente.


II. Algumas Características Importantes (Dn 8:19-26)

1. Ele sobe no meio dos 10 chifres do animal, após derrubar 3 deles – o chifre surgiria
do império romano, e abateria 3 dos 10 reinos que formaram este império (foram 3
destes 4 reinos: Visigodos, Vândalos, Hérulos e Ostrogodos).

2. Ele possuía olhos, como os de homem, bem como uma boca “arrogante” e
“insolente” – o poder representado pelo chifre pequeno é um poder temporal, religioso e
com pensamentos arrogantes e orgulhosos relativos ao seu alcance de dominação
mundial.

3. O chifre pequeno parecia mais “robusto” do que os seus “companheiros” – ele
conseguiria em certo momento dominar até mesmo o poder temporal, bem como o
religioso.

4. Fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles – seria um perseguidor daqueles
que desejassem permanecer fiéis às leis de Deus, e rejeitarem a contrafação que o chifre
pequeno apresentaria ao mundo.

5. Proferiria palavras contra Deus – sua pretensão seria tal que até mesmo as
prerrogativas divinas este poder tomaria para si.

6. Magoaria os santos de Deus – a perseguição seria feroz e grande.

7. Mudaria os tempos e a lei – o sábado da lei de Deus seria alterado por um outro dia
de guarda, em obediência total ao poder do chifre pequeno.

8. Dominaria os santos por 3,5 tempos (1260 anos. Cf. Dn 4:16, 23, 25, 32; 7:25; 11:13;
12:7; Ap 11:2, 3; 12:6, 13; 13:5) - durante este período de tempo, os santos estariam
quase que totalmente à mercê das sangrentas perseguições do chifre pequeno (538 AD a
1798 AD).
9. Seria julgado pelo tribunal divino, e destruído – chegará o momento em que Deus
mesmo intervirá definitivamente, e o chifre pequeno com todos os seus seguidores serão
destruídos ante a autoridade do Deus Eterno.


Não há como fugir da realidade histórica de que apenas um pode encaixa-se nas
características reveladas em Daniel sobre a identidade do chifre pequeno: ROMA, EM
SUAS FAS ES PAGÃ E PAPAL: 1. Veio após o império grego; 2. Foi um poder forte e
dominador; 3. Conseguiu prevalecer sobre o reino temporal e religioso; 4. Dominou o
mundo por 1260 anos de perseguição religiosa; 5. Colocou um sistema de intercessão
para obscurecer o sistema do Santuário de Israel; 6. Proferiu blasfêmias e arrogâncias,
ostentando-se como possuidor das prerrogativas da Divindade; 7. Alterou a própria lei
de Deus, exatamente no elemento de tempo da lei – o sábado (Êxo. 20:8-11).


Mais uma vez, os Adventistas saem ganhando por utilizarem o mesmo método que
Jesus utilizava para interpretar as Escrituras, ou seja, O MÉTODO GRAMÁTICO-
HISTÓRICO, que permite que a própria Bíblia se revele no estudo da história das
nações.

Os preteristas, que colocam os cumprimentos de Daniel e de Apocalipse, quase que
totalmente no passado, não resistem a um estudo cuidadoso e profundo das profecias.

Vivemos no limiar dos últimos dias, quando aquela “pedra” de Daniel 2 será jogada dos
céus, e um reino eterno será instituído, cujo poder e autoridade permanecerão pelos
séculos dos séculos. Amém!

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
 CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASILlipe sousa
 
Panorama do NT - 2Tessalonicenses
Panorama do NT - 2TessalonicensesPanorama do NT - 2Tessalonicenses
Panorama do NT - 2TessalonicensesRespirando Deus
 
Panorama do NT - Efésios
Panorama do NT - EfésiosPanorama do NT - Efésios
Panorama do NT - EfésiosRespirando Deus
 
Panorama do NT - Colossenses
Panorama do NT - ColossensesPanorama do NT - Colossenses
Panorama do NT - ColossensesRespirando Deus
 
O EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdf
O EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdfO EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdf
O EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdfDel Souza
 
Paulo e a igreja em filipos lição 1
Paulo e a igreja em filipos   lição 1Paulo e a igreja em filipos   lição 1
Paulo e a igreja em filipos lição 1yosseph2013
 
2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf
2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf
2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdfWaldianaDeSouza
 
Panorama do NT - 2Timóteo
Panorama do NT - 2TimóteoPanorama do NT - 2Timóteo
Panorama do NT - 2TimóteoRespirando Deus
 
Introdução à Carta aos Hebreus
Introdução à Carta aos Hebreus Introdução à Carta aos Hebreus
Introdução à Carta aos Hebreus ipbmorrinhos
 
Estudo sobre o evangelho de Marcos
Estudo sobre o evangelho de MarcosEstudo sobre o evangelho de Marcos
Estudo sobre o evangelho de MarcosRODRIGO FERREIRA
 
Carta de Paulo aos Filipenses
Carta de Paulo aos FilipensesCarta de Paulo aos Filipenses
Carta de Paulo aos FilipensesUEPB
 
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTOAPOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTOEli Vieira
 
Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã
 Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã
Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé CristãÉder Tomé
 

Was ist angesagt? (20)

Seitas e heresias
Seitas e heresiasSeitas e heresias
Seitas e heresias
 
Panorama do NT - João
Panorama do NT - JoãoPanorama do NT - João
Panorama do NT - João
 
Panorama do NT - Tiago
Panorama do NT - TiagoPanorama do NT - Tiago
Panorama do NT - Tiago
 
CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
 CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
 
Panorama do NT - 2Tessalonicenses
Panorama do NT - 2TessalonicensesPanorama do NT - 2Tessalonicenses
Panorama do NT - 2Tessalonicenses
 
Panorama do NT - Efésios
Panorama do NT - EfésiosPanorama do NT - Efésios
Panorama do NT - Efésios
 
Panorama do NT - Colossenses
Panorama do NT - ColossensesPanorama do NT - Colossenses
Panorama do NT - Colossenses
 
O EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdf
O EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdfO EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdf
O EVANGELHO DE JOÃO VERSÍCULO POR VERSÍCULO.pdf
 
Introdução ao Novo testamento
Introdução ao Novo testamentoIntrodução ao Novo testamento
Introdução ao Novo testamento
 
Paulo e a igreja em filipos lição 1
Paulo e a igreja em filipos   lição 1Paulo e a igreja em filipos   lição 1
Paulo e a igreja em filipos lição 1
 
2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf
2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf
2 PEDRO E JUDAS Hernandes dias Lopes -.pdf
 
Panorama do NT - 2Timóteo
Panorama do NT - 2TimóteoPanorama do NT - 2Timóteo
Panorama do NT - 2Timóteo
 
Filemom
FilemomFilemom
Filemom
 
Panorama do NT - Mateus
Panorama do NT - MateusPanorama do NT - Mateus
Panorama do NT - Mateus
 
Introdução à Carta aos Hebreus
Introdução à Carta aos Hebreus Introdução à Carta aos Hebreus
Introdução à Carta aos Hebreus
 
Jesus criado ou gerado
Jesus criado ou geradoJesus criado ou gerado
Jesus criado ou gerado
 
Estudo sobre o evangelho de Marcos
Estudo sobre o evangelho de MarcosEstudo sobre o evangelho de Marcos
Estudo sobre o evangelho de Marcos
 
Carta de Paulo aos Filipenses
Carta de Paulo aos FilipensesCarta de Paulo aos Filipenses
Carta de Paulo aos Filipenses
 
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTOAPOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
 
Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã
 Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã
Lição 1 - Preparados para Responder sobre a Fé Cristã
 

Ähnlich wie Daniel 8 fala de Roma, não de Antíoco

LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO
LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTOLIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO
LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTOLourinaldo Serafim
 
A Questao Oriental
A Questao OrientalA Questao Oriental
A Questao Orientalguest6fd6c2
 
A Questao Oriental
A Questao OrientalA Questao Oriental
A Questao Orientalguest6fd6c2
 
A Questao Oriental
A Questao OrientalA Questao Oriental
A Questao Orientalguest2456fa6
 
A Questao Oriental
A  Questao  OrientalA  Questao  Oriental
A Questao Orientalguest2456fa6
 
A Questao Oriental
A  Questao  OrientalA  Questao  Oriental
A Questao Orientalguest2456fa6
 
As 2300 tardes e manhãs
As 2300 tardes e manhãsAs 2300 tardes e manhãs
As 2300 tardes e manhãsJosé Silva
 
Bíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdf
Bíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdfBíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdf
Bíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdfKalelHenrique1
 
COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)
COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)
COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)leniogravacoes
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Apocalipse versículo por versículo
Apocalipse versículo por versículoApocalipse versículo por versículo
Apocalipse versículo por versículoJane Cristina
 
25 o período intertestamentário
25    o período intertestamentário25    o período intertestamentário
25 o período intertestamentárioPIB Penha
 
A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI
 A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI  A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI
A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI Projeto Preparar um Povo
 

Ähnlich wie Daniel 8 fala de Roma, não de Antíoco (20)

Lição 9 - o prenúncio do tempo do fim
Lição 9 - o prenúncio do tempo do fimLição 9 - o prenúncio do tempo do fim
Lição 9 - o prenúncio do tempo do fim
 
LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO
LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTOLIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO
LIÇÃO 12 – UM TIPO DO FUTURO ANTICRISTO
 
A profecia de daniel 8
A profecia de daniel 8A profecia de daniel 8
A profecia de daniel 8
 
A Questao Oriental
A Questao OrientalA Questao Oriental
A Questao Oriental
 
A Questao Oriental
A Questao OrientalA Questao Oriental
A Questao Oriental
 
A Questao Oriental
A Questao OrientalA Questao Oriental
A Questao Oriental
 
A Questao Oriental
A  Questao  OrientalA  Questao  Oriental
A Questao Oriental
 
A Questao Oriental
A  Questao  OrientalA  Questao  Oriental
A Questao Oriental
 
As 2300 tardes e manhãs
As 2300 tardes e manhãsAs 2300 tardes e manhãs
As 2300 tardes e manhãs
 
Capítulo 8 de daniel
Capítulo 8 de danielCapítulo 8 de daniel
Capítulo 8 de daniel
 
Bíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdf
Bíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdfBíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdf
Bíblia - Contexto e Cronologia - 2.pdf
 
COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)
COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)
COMENTARIO BIBLICO-2 êxodo (moody)
 
PANORAMA_DO_AT_1.ppt
PANORAMA_DO_AT_1.pptPANORAMA_DO_AT_1.ppt
PANORAMA_DO_AT_1.ppt
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
26 187-1-pb
26 187-1-pb26 187-1-pb
26 187-1-pb
 
Apocalipse versículo por versículo
Apocalipse versículo por versículoApocalipse versículo por versículo
Apocalipse versículo por versículo
 
25 o período intertestamentário
25    o período intertestamentário25    o período intertestamentário
25 o período intertestamentário
 
Livro de daniel cap 11
Livro de daniel cap 11Livro de daniel cap 11
Livro de daniel cap 11
 
3 guerra
3 guerra3 guerra
3 guerra
 
A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI
 A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI  A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI
A QUESTÃO ORIENTAL - O SOAR DA SÉTIMA TROMBETA - O TERCEIRO AI
 

Mehr von Diego Fortunatto

Notificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizadaNotificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizadaDiego Fortunatto
 
13 a mulher e a besta cor de escarlata
13   a mulher e a besta cor de escarlata13   a mulher e a besta cor de escarlata
13 a mulher e a besta cor de escarlataDiego Fortunatto
 
11 as últimas mensagens de deus e a ceifa
11   as últimas mensagens de deus e a ceifa11   as últimas mensagens de deus e a ceifa
11 as últimas mensagens de deus e a ceifaDiego Fortunatto
 
05 os selos e a obra do selamento
05   os selos e a obra do selamento05   os selos e a obra do selamento
05 os selos e a obra do selamentoDiego Fortunatto
 
04 as cartas às sete igrejas
04   as cartas às sete igrejas04   as cartas às sete igrejas
04 as cartas às sete igrejasDiego Fortunatto
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristoDiego Fortunatto
 
15 as bodas do cordeiro e o conflito final
15   as bodas do cordeiro e o conflito final15   as bodas do cordeiro e o conflito final
15 as bodas do cordeiro e o conflito finalDiego Fortunatto
 
14 a queda da grande babilônia
14   a queda da grande babilônia14   a queda da grande babilônia
14 a queda da grande babilôniaDiego Fortunatto
 
12 as sete últimas pragas
12   as sete últimas pragas12   as sete últimas pragas
12 as sete últimas pragasDiego Fortunatto
 
10 o leopardo e a besta de dois chifres
10   o leopardo e a besta de dois chifres10   o leopardo e a besta de dois chifres
10 o leopardo e a besta de dois chifresDiego Fortunatto
 
08 o templo e as duas testemunhas
08   o templo e as duas testemunhas08   o templo e as duas testemunhas
08 o templo e as duas testemunhasDiego Fortunatto
 
07 o anjo com o livro aberto
07   o anjo com o livro aberto07   o anjo com o livro aberto
07 o anjo com o livro abertoDiego Fortunatto
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristoDiego Fortunatto
 
01 vista geral do livro do apocalipse
01   vista geral do livro do apocalipse01   vista geral do livro do apocalipse
01 vista geral do livro do apocalipseDiego Fortunatto
 

Mehr von Diego Fortunatto (20)

Notificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizadaNotificação escolas-atualizada
Notificação escolas-atualizada
 
23 combatendo o inimigo
23 combatendo o inimigo23 combatendo o inimigo
23 combatendo o inimigo
 
13 a mulher e a besta cor de escarlata
13   a mulher e a besta cor de escarlata13   a mulher e a besta cor de escarlata
13 a mulher e a besta cor de escarlata
 
11 as últimas mensagens de deus e a ceifa
11   as últimas mensagens de deus e a ceifa11   as últimas mensagens de deus e a ceifa
11 as últimas mensagens de deus e a ceifa
 
05 os selos e a obra do selamento
05   os selos e a obra do selamento05   os selos e a obra do selamento
05 os selos e a obra do selamento
 
04 as cartas às sete igrejas
04   as cartas às sete igrejas04   as cartas às sete igrejas
04 as cartas às sete igrejas
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristo
 
16 o milênio
16   o milênio16   o milênio
16 o milênio
 
15 as bodas do cordeiro e o conflito final
15   as bodas do cordeiro e o conflito final15   as bodas do cordeiro e o conflito final
15 as bodas do cordeiro e o conflito final
 
14 a queda da grande babilônia
14   a queda da grande babilônia14   a queda da grande babilônia
14 a queda da grande babilônia
 
12 as sete últimas pragas
12   as sete últimas pragas12   as sete últimas pragas
12 as sete últimas pragas
 
10 o leopardo e a besta de dois chifres
10   o leopardo e a besta de dois chifres10   o leopardo e a besta de dois chifres
10 o leopardo e a besta de dois chifres
 
09 a mulher e o dragão
09   a mulher e o dragão09   a mulher e o dragão
09 a mulher e o dragão
 
08 o templo e as duas testemunhas
08   o templo e as duas testemunhas08   o templo e as duas testemunhas
08 o templo e as duas testemunhas
 
07 o anjo com o livro aberto
07   o anjo com o livro aberto07   o anjo com o livro aberto
07 o anjo com o livro aberto
 
06 as sete trombetas
06   as sete trombetas06   as sete trombetas
06 as sete trombetas
 
03 a revelação de jesus cristo
03   a revelação de jesus cristo03   a revelação de jesus cristo
03 a revelação de jesus cristo
 
02 o estudo do apocalipse
02   o estudo do apocalipse02   o estudo do apocalipse
02 o estudo do apocalipse
 
01 vista geral do livro do apocalipse
01   vista geral do livro do apocalipse01   vista geral do livro do apocalipse
01 vista geral do livro do apocalipse
 
00 prefácio
00   prefácio00   prefácio
00 prefácio
 

Daniel 8 fala de Roma, não de Antíoco

  • 1. Daniel 8 fala de Roma e NÃO de Antíoco Epifânio DANIEL 8:9-14 Nesses versos, no que diz respeito ao rei Antíoco Epifânio, irei abordar alguns dos fatos: históricos e geográficos, políticos e militares e religiosos, na respectiva ordem apresentada no verso nove. A Versão Almeida Revista e Atualiza (ARA) traduziu: “De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa”. Nesse verso, é apresentada, por meio dos defensores de Antíoco (os redatores da Versão ARA também defendem a mesma idéia), a primeira falácia de um argumento na tradução: “chifres”. Não há esta palavra no verso nove. A palavra chifres foi acrescentada ao texto por inferência. “i. uma hipótese sem verificar com rigor as premissas”. (Dicionário Houaiss).
  • 2. No verso oito foi dito que o grande chifre foi quebrado, e que em seu lugar surgiram quatro. Por isso, deduzem que a expressão: “de um deles” é uma referência a um dos quatro chifres. Mas esquecem que a última expressão do verso oito é: “os quatro ventos do céu”. ARGUMENTO GRAMATICAL No verso 8 temos: a palavra (qeren), "chifre", que é do gênero feminino. A palavra (‟areba„), “quatro” é do gênero masculino; a palavra (rûchot), "ventos", está no plural feminino; e yim), " m a palavra (shdo céu" é masculina. No verso 9 temos: (wû) uma conjunção, a expressão: min−hā‟achat; (min) é uma preposição. O numeral (‟achat) é feminino e vem substantivado com o artigo (hā). O pronome (hem), é masculino, "eles". Além do mais, o pronome (hem) vem seguido da preposição (min). Então, a expressão "de + eles" corresponde à combinação: "deles". O professor SCHOKEL, Luis Alonso (em seu Dicionário Bíblico Hebraico-Português. Edição brasileira. São Paulo - SP, Editora Paulus, 1997. p. 39.), afirma o seguinte: "O Numeral cardinal. Um/a. ... Seguido de 'min': um de". Portanto, a expressão “de um deles”, sem dúvida é uma referência à última expressão do verso oito: “quatro ventos do céu”. ARGUMENTO HISTÓRICO Admitindo que alguém ainda não aceite esse argumento gramatical. Apresentarei outros. É inegável a existência histórica, política e militar de Antíoco, um personagem que teve seu lugar geográfico como rei da Síria. É evidente também pela própria História que ele jamais foi rei do Egito, jamais o Egito ficou sendo um reino vassalo e pagando impostos para Antíoco Epifânio. Quando ele tentou dominar o Egito foi humilhado e expulso pelos romanos. A profecia do verso nove, sobre a “ponta pequena”, declara: “... e se tornou muito forte para o sul”. Se esta expressão: “para o sul” for uma referência apenas ao Egito, fica claro, em função do que foi dito acima, que ela não se cumpriu com Antíoco Epifânio. E se for uma referência apenas geografia, aí
  • 3. mesmo é que ela não se cumpre com ele. O Egito está ao sudoeste da Síria (nesta época quem dominava política e militarmente a Ásia Menor era o Império Romano). A Ásia Menor, a atual Turquia está literalmente ao Norte do Egito. Por outro lado, é Israel que está literalmente ao sul da Síria. Portanto, como entender que Antíoco se tornou forte “para o sul” se ele foi humilhado e expulso, pelos romanos, do Egito quando tentou dominá-lo? Não tem como. ARGUMENTO GEOGRÁFICO (QUANTO A SEQÜENCIA) A seqüência das conquistas e/ou fortalecimento da “ponta pequena” é: “se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa”. Antíoco primeiro tentou conquistar o reino do Sul (o Egito); mas foi mal sucedido em seus planos por causa do Império Romano. Portanto, não se tornou forte para o sul (conquistando o reino do Sul). Depois o verso diz que a “ponta pequena” iria se tornar forte “para o oriente”. Quando Antíoco foi humilhado e expulso do Egito ele revoltou-se contra Jerusalém e o Templo (saqueando-o, porque teria que pagar impostos aos romanos por sua ousadia em querer dominar o Egito). Percebe-se mais uma vez que a profecia não se cumpre com Antíoco Epifânio. Depois do sul a ponta pequena deveria fortalecer-se para o oriente e não para Jerusalém. Portanto, é evidente que ocorre uma inversão da seqüência geográfica (direção das conquistas de Antíoco). Diante disso, analisando a direção apenas no sentido geográfico, mais uma vez Antíoco não satisfaz os requisitos da profecia. Após fazer o que fez em Jerusalém e no Templo, Antíoco dirigiu-se para o Oriente, e morreu por lá. Por último o verso nove diz que a “ponta pequena” iria se fortalecer para a “glória” ou “em direção a glória”. Todas as Versões ou quase todas traduzem: “terra gloriosa” ou “terra formosa” ou “país do Esplendor”. ARGUMENTO POLÍTICO E MILITAR
  • 4. É evidente que Antíoco Epifânio não conquistou nada para o Sul (exceto Israel, que teve que ficar pagando imposto por alguns anos), no que diz respeito ao rei do Sul – Egito. Também não conquistou nenhum reino no Oriente, nem mesmo ao oriente da Síria. A breve conquista de Antíoco Epifânio sobre o Egito, o rei do sul, não caracteriza o crescimento, pois, logo depois, Antíoco IV foi derrotado pelos romanos. Relato do livro primeiro Macabeus: "Entrou em combate com o rei do Egito, Ptolomeu, o qual recuou diante dele e fugiu, muitos tombando feridos. As cidades fortificadas do Egito foram tomadas e Antíoco apoderou-se dos despojos do país. Tendo assim vencido o Egito no ano cento e quarenta e três e empreendendo o caminho da volta, subiu contra Israel e contra Jerusalém com um exército numeroso". (1Macabeus 118- 20 - BJ). Percebam que é este o ano (cento e quarenta e três) em que, pela primeira vez, o Santuário de Jerusalém foi profanado por Antíoco Epifãnio. Sobre a tentativa de Antíoco Epifânio conquistar o Egito, assim relatou um escritor: "Antíoco Epifânio, depois de um fugaz triunfo no 'sul' (Egito), foi totalmente derrotado nesse país quando o embaixador romano, C. Popílio Laenas, meramente lhe informou que o Senado Romano queria que ele se retirasse. O inflexível romano traçou com sua bengala um círculo em torno de Antíoco e exigiu deste uma decisão antes que ele saísse de dentro do círculo". (MAXWElL, C. Mervyn. Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel. Tatuí - SP, CPB, 1996. p. 159.). Sobre os acontecimentos que envolveram o Senado Romano e Antíoco IV, um outro escritor, diz o seguinte: "Na Síria, o sucessor de Antíoco III, Antíoco IV, garantia que os 'decretos do Senado eram para ele como ordens dos deuses'". (DIACOV, V. e COVALEV, S. HISTÓRIA DA ANTIGÜIDADE. Vol. 3. São Paulo, Editora Fulgor Limitada, 1965. p. 719.). Portanto, como o próprio relato bíblico, acima, deixou claro, Antíoco Epifânio foi primeiro contra os egípcios, e depois contra Jerusalém. Como já foi citado acima. Então, foi somente mais tarde que ele se dirigiu para as regiões da Pérsia. Não para fazer uma conquista, mas para cobrar os impostos das províncias do seu reino. E um dos limites do seu reino chegava até à fronteira com o Egito.
  • 5. “Dois anos depois, o rei enviou para as cidades de Judá o Misarca, que veio a Jerusalém com um grande exército. Dirigindo-se aos habitantes com palavras enganosas de paz, ganhou-lhes a confiança e, de repente, caiu sobre a cidade, golpeou-a duramente e chacinou a muitos de Israel. Saqueada a cidade, entregou-a às chamas e destruiu-lhe as casas e as muralhas”. (1Macabeus 1:29-31). A expressão: “Dois anos depois”, é uma referência ao ano em que Antíoco Epifânio profanou o Santuário, saqueando-o. “Tendo assim vencido o Egito no ano cento e quarenta e três e empreendendo o caminho de volta, subiu contra Israel e contra Jerusalém com um exército numeroso. Entrando com arrogância no Santuário, apoderou-se do altar de ouro, do candelabro com todos os seus acessórios, da mesa da proposição, das vasilhas para as libações, das taças, dos incensórios de ouro, do véu, das coroas, da decoração de ouro sobre a fachada do Templo: tudo ele despojou. Tomou, além disso, a prata, o ouro, os utensílios preciosos e os tesouros secretos que conseguiu descobrir. Carregando tudo isso, partiu para o seu país, depois de ter derramado muito sangue e proferido palavras de extrema arrogância”. (1Macabeus 1:20-24). Se isso não foi uma profanação do Santuário, o que poderemos chamar de profanação? Ou apenas quando o porco foi sacrificado no Altar de Holocausto, é que deve ser considerada a primeira profanação? Por que Antíoco Epifânio entrou com arrogância no Santuário? Porque ele sofrera uma humilhação no Egito. “Antíocos IV, agressor do Egito, é intimado pelo Senado a retirar-se; o círculo de Popílio; Antíocos cede; suas tropas evacuam o Egito e Chipre.” - (Sumário do Livro: História - Livro XXIX, 26-27.) - (POLÍBIOS, 200-120 a. C. – Editores: REINER, Lúcio e RIGUEIRA, Wânia de Aragão Costa. HISTÓRIA. 1ª ed.. Brasília – DF, Editora Universidade de Brasília, 1985. p. 25.). ARGUMENTO RELIGIOSO Não se pode negar que Antíoco Epifânio também faça parte de uma profecia em Daniel. No entanto, tal profecia não diz respeito a Dan. 8:9-14; e sim Dan. 9:25, quando o profeta diz: “e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos”. (ARA).
  • 6. Os defensores dos 1.150 dias ou 2.300 sacrifícios defendem a literalidade do número de dias, mas isso não ocorre quando analisamos os livros de 1º e 2º Macabeus. Só pra deixar claro outra falácia dos defensores de tal idéia, é a inclusão da palavra “sacrifício”, nas traduções de Dan. 8:11-12, e conseqüentemente no verso 14. COMENTÁRIOS BASEADOS EM 1º E 2º MACABEUS Agora, vamos fazer os cálculos, a partir da data que eles têm por base, para chegarmos aonde eles afirmam que terminou a purificação do Santuário. Dizem que o início é “No décimo quinto dia do mês de Casleu do ano cento e quarenta e cinco”, conforme 1Macabeus 1:54. E o final é “No décimo terceiro dia do mês de Adar”, conforme 1Macabeus 7:43 e 49 – BJ. O qual corresponde ao ano cento e cinqüenta e um. Portanto, nessa contagem, eles não levam em conta a data da purificação, conforme foi declarada: “No dia vinte e cinco do nono mês – chamado Casleu – do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram de manhã cedo e ofereceram um sacrifício, segundo as prescrições da Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído.... E Judas, com seus irmãos e toda a assembléia de Israel, estabeleceu que os dias da dedicação do altar seriam celebrados a seu tempo, cada ano, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, com júbilo e alegria”. (1Macabeus 4:52-59 – BJ). O mês de Adar corresponde aos nossos meses de fevereiro/março. Porque abrange, o começo do nosso mês de fevereiro e o final abrande o mês de março. Do dia 15 do mês de Casleu do ano 145, até o dia 15 do mês de Casleu do ano 151, temos 06 (seis) anos. O que corresponde a 2.160 (duas mil cento e sessenta) tardes e manhãs literais; ou 1.080 sacrifícios como eles defendem. Depois do mês de Casleu (novembro/dezembro), temos o mês de Tebete (dezembro/janeiro), o mês de Sebate (janeiro/fevereiro) e o mês de Adar (fevereiro/março). De 15 de Casleu, até 15 de Tebete, 30 dias. De 15 de Tebete, até 15 de Sebate, 30 dias.
  • 7. De 15 de Sebate, até 13 de Adar, 28 dias. Se começarmos a contar, a partir do ano 143 e concluirmos no dia 25 de Casleu do ano 148, não chegaríamos ao total de 2.300 tardes e manhãs; e se a contagem começar a partir do ano 143 e concluirmos no dia 13 de Adar do ano 151, teríamos praticamente (contando-se apenas um mês do ano cento e quarenta e três), no mínimo mais 370 (trezentos e setenta) dias. Ultrapassando o tempo especificado de 2.300 tardes e manhãs. Do dia 15 do mês de Casleu do ano 151, até o dia 13 do mês de Adar, temos quase 03 (três) meses. Na realidade, temos 88 (oitenta e oito) dias. O que nos dá um total de 2.160 dias + 88 dias = 2.248 dias. Faltando 52 dias para as 2.300 tardes e manhãs. Eles têm por base o décimo quinto dia do mês de Casleu do ano cento e quarenta e cinco. Não o ano 143, quando foram roubados todos os objetos do Santuário, que estão vinculados ao Tamîd. Portanto, essa contagem não satisfaz a literalidade da profecia, em função de dias literais. Em Dan. 8:11, o Texto, literalmente, diz que depois de “ser arrebatado (exaltado) o Tamid”, “foi derrubado o alicerce (a base) do Seu Santuário”. Isso, de forma alguma se aplica nem a Antíoco Epifãnio nem ao seu tempo. DAN. 8:9 SEQÜÊNCIA LITERAL “... um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa”. Se você quiser interpretar esta seqüência de forma literal, no que diz respeito aos aspectos, históricos, geográficos, políticos e religioso, apenas o Império Romano cumpre perfeitamente tal profecia. Por mais que alguns queiram colocar Roma Papal em Daniel 8:9, ela também não se encaixa nessa profecia. O Império Romano conseguiu fortalecer-se quando enfrentou e venceu um poderoso rival: Cartago que literalmente ficava ao Sul de Roma. Depois o Império Romano cresceu em direção ao reino do Sul – Egito, depois cresceu em direção ao Oriente (Ásia Menor), inclusive sobre a Síria que se tornou uma província romana. E finalmente, o
  • 8. Império Romano cresceu (tornou-se forte) em direção a Jerusalém. Onde parou em frente a mulher (Apoc. 12:3-4). Para concluir, foi Tito com seu exército que destruiu o Santuário e derrubou o seu alicerce após ser arrebatado (exaltado) o Tamid. +++ “A teoria de Antíoco não teve origem cristã. Foi um pagão e inimigo do cristianismo chamado Porfírio, conhecido pela alcunha de „Sofista‟ (que morreu no ano 304 d.C.) o inventor da teoria. Ele a forjou com o intuito de desacreditar o livro de Daniel, e tentar provar que aquele livro foi escrito depois de terem ocorrido os fatos apontados pela profecia.” A.B. Christianini, Rev. Adventista 4/73, pág. 7. O livro de Daniel, como é sabido, estava “selado” desde o sexto século a.C. (Daniel 12:9). E se está selado, está mesmo. Somente seria aberto no Tempo do Fim (Daniel 12: 4,9), e não pode haver dois tempos do fim, o dos selêucidas (Antíoco Epifânio) e o nosso (século XX). Na época de Antíoco, o livro de Daniel estava no pergaminho, e “selado”, pois que, nesta ocasião não lhe deram especial atenção nem a ciência havia sido multiplicada, como são as características exigidas em Daniel 12: 4 e que ocorreriam matematicamente no Tempo do Fim. http://www.jesusvoltara.com.br/ados/pag42.htm A Profecia de Daniel 8 O livro de Daniel é revelador e muito importante para o povo de Deus de todas as eras. Como Adventistas do 7º Dia, nossa herança histórica está intimamente ligada ao capítulo 8 de Daniel, especialmente a profecia do verso 14, que trata da purificação do Santuário. É necessário conhecermos melhor alguns detalhes da profecia, para não ficarmos em dúvida quanto ao nosso legado histórico e teológico, e nos sentirmos seguros para defender nossa identidade profética. O CHIFRE PEQUENO I. Quem é o chifre pequeno de Daniel 8? “ O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu. De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou. Depois, ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de
  • 9. serem pisados? Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado .” – 8:8-14. O bode de que trata a profecia é a Grécia (vv. 21-22). Os 4 chifres notáveis do império grego foram os 4 generais que sucederam Alexandre, o Grande: Ptolomeu, Cassandro, Lisímaco e Selêuco. Na versão Almeida Revista e Atualizada (uma das mais utilizadas no Brasil), o v. 9 começa com a expressão: “de um dos chifres”. Porém, o original hebraico traz o seguinte: “de um deles”. Esta tradução é confirmada pela respeitada King James Version , em inglês. É importante analisarmos o detalhe acima, porque o texto em português dá a entender que o chifre pequeno surgiu “dos outros 4 chifres”, ou seja, ele seria proveniente do império grego. Os que defendem esta teoria (os chamados preteristas ), como a maioria dos evangélicos e católicos, dizem que este chifre pequeno é representado por ANTÍOCO EFIFÂNIO. Eles apresentam os seguintes argumentos: a) Antíoco foi um rei selêucida - Como membro desta dinastia de reis, ele surgiu de um dos 4 chifres mencionados em Dn 8:8, pois esta foi a origem do chifre pequeno. b) A sucessão de Antíoco foi irregular - Este argumento está baseado no v. 24 do cap. 8. c) Antíoco perseguiu os judeus. d) Ele contaminou o templo de Jerusalém e interrompeu seus serviços. Porém, um estudo mais acurado da Bíblia e da história nos mostra que Antíoco não satisfaz os requisitos para o poder representado pelo chifre pequeno de Daniel. A natureza do chifre pequeno rejeita Antíoco como sua identidade: a) Grandeza comparativa do chifre pequeno. O verbo “engrandecer” (GADAL) aparece somente uma vez em relação com à Pérsia e somente uma vez com relação à Grécia. Porém, aparece 3 vezes relacionando- se ao chifre pequeno. Mostra-se que o chifre teria um poder progressivo e crescente, até o tempo do fim (vv. 17, 19, 26). b) Atividades do chifre pequeno: conquistas, atividades anti-templo. c) Fatores de tempo para o chifre pequeno: origem, duração, fim. Antíoco permaneceu no poder por pouco tempo (de 175 a.C. até 164/3 a.C.). Era o 8º de uma dinastia de mais de 20 reis selêucidas.
  • 10. d) Natureza do chifre pequeno – conforme a profecia, este chifre seria “quebrado sem esforço de mãos humanas” (v. 25). Isto mostra a maneira singular com que o chifre seria derrotado. Ou seja, o próprio Deus intervirá para colocar um fim à perseguição de Seu povo, produzida por este poder blasfemo e arrogante. O que não ocorreu com Antíoco, que morreu de causas naturais durante uma campanha pelo Oriente. e) Origem do chifre pequeno. Como mencionado acima, há um problema na tradução do início do verso 9, pois o original hebraico afirma que o chifre pequeno sairia “de um deles”, fazendo referência aos 4 ventos citados no final do verso 8. A tradução correta do texto sugere que o chifre pequeno sairia de um dos 4 ventos, ou seja, de um dos 4 pontos cardeais. Roma veio do lado Oeste, e cumpre todos os demais requisitos para que o chifre pequeno seja identificado com sua fase papal, principalmente. II. Algumas Características Importantes (Dn 8:19-26) 1. Ele sobe no meio dos 10 chifres do animal, após derrubar 3 deles – o chifre surgiria do império romano, e abateria 3 dos 10 reinos que formaram este império (foram 3 destes 4 reinos: Visigodos, Vândalos, Hérulos e Ostrogodos). 2. Ele possuía olhos, como os de homem, bem como uma boca “arrogante” e “insolente” – o poder representado pelo chifre pequeno é um poder temporal, religioso e com pensamentos arrogantes e orgulhosos relativos ao seu alcance de dominação mundial. 3. O chifre pequeno parecia mais “robusto” do que os seus “companheiros” – ele conseguiria em certo momento dominar até mesmo o poder temporal, bem como o religioso. 4. Fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles – seria um perseguidor daqueles que desejassem permanecer fiéis às leis de Deus, e rejeitarem a contrafação que o chifre pequeno apresentaria ao mundo. 5. Proferiria palavras contra Deus – sua pretensão seria tal que até mesmo as prerrogativas divinas este poder tomaria para si. 6. Magoaria os santos de Deus – a perseguição seria feroz e grande. 7. Mudaria os tempos e a lei – o sábado da lei de Deus seria alterado por um outro dia de guarda, em obediência total ao poder do chifre pequeno. 8. Dominaria os santos por 3,5 tempos (1260 anos. Cf. Dn 4:16, 23, 25, 32; 7:25; 11:13; 12:7; Ap 11:2, 3; 12:6, 13; 13:5) - durante este período de tempo, os santos estariam quase que totalmente à mercê das sangrentas perseguições do chifre pequeno (538 AD a 1798 AD).
  • 11. 9. Seria julgado pelo tribunal divino, e destruído – chegará o momento em que Deus mesmo intervirá definitivamente, e o chifre pequeno com todos os seus seguidores serão destruídos ante a autoridade do Deus Eterno. Não há como fugir da realidade histórica de que apenas um pode encaixa-se nas características reveladas em Daniel sobre a identidade do chifre pequeno: ROMA, EM SUAS FAS ES PAGÃ E PAPAL: 1. Veio após o império grego; 2. Foi um poder forte e dominador; 3. Conseguiu prevalecer sobre o reino temporal e religioso; 4. Dominou o mundo por 1260 anos de perseguição religiosa; 5. Colocou um sistema de intercessão para obscurecer o sistema do Santuário de Israel; 6. Proferiu blasfêmias e arrogâncias, ostentando-se como possuidor das prerrogativas da Divindade; 7. Alterou a própria lei de Deus, exatamente no elemento de tempo da lei – o sábado (Êxo. 20:8-11). Mais uma vez, os Adventistas saem ganhando por utilizarem o mesmo método que Jesus utilizava para interpretar as Escrituras, ou seja, O MÉTODO GRAMÁTICO- HISTÓRICO, que permite que a própria Bíblia se revele no estudo da história das nações. Os preteristas, que colocam os cumprimentos de Daniel e de Apocalipse, quase que totalmente no passado, não resistem a um estudo cuidadoso e profundo das profecias. Vivemos no limiar dos últimos dias, quando aquela “pedra” de Daniel 2 será jogada dos céus, e um reino eterno será instituído, cujo poder e autoridade permanecerão pelos séculos dos séculos. Amém!