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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA
                                   ESTADO DO PARANÁ

                         SECRETARIA DE EDUCAÇÃO/DIRETORIA DE ENSINO
                           GERÊNCIA DE APOIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
                      ASSESSORIA DE ALFABETIZAÇÃO E LÍNGUA PORTUGUESA



                                            Produção textual
                                                                            Adaptação do texto de Sabrina Garcez
                                                                               Revista do Professor, março/2002.

          Atualmente, um grande número de obras aponta para novas práticas na área de Língua Portuguesa
nas séries iniciais. No entanto, o dia-a-dia das escolas ainda demonstra o uso constante de abordagens
conservadoras e tradicionais no ensino da língua materna, principalmente no que se refere à produção textual.
          Como diz Dalla Zen, ensinar a língua é promover situações que permitam a reflexão sobre a
linguagem nos seus diferentes contextos de uso. Nesta perspectiva, cremos que produzir textos artificiais,
somente para um professor corrigir, sem na verdade o ler, não contempla uma aprendizagem significativa,
nem forma um cidadão escritor. Por isso buscamos aqui mostrar algumas práticas diferenciadas – frutos de
nossas preocupações e anseios em fazer algo produtivo – que podem ser utilizadas como ponto de partida para
o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais.
          É importante destacar que compreendemos a produção textual (oral, escrita, individual e coletiva)
como principal conteúdo a ser desenvolvido em uma aula de Língua Portuguesa. Então, é preciso
proporcionar aos alunos situações nas quais elas possam desenvolver o gosto pelo falar e pelo escrever,
especialmente, o sentir prazer em escrever. Pensamos que oferecer essas oportunidades aos alunos deva ser
uma atitude permanente e diária em nossa prática como educadores.
          É preciso que nosso aluno descubra a escrita como uma das formas de comunicação, de expressão de
idéias: tanto faz ele escrever uma redação sobre um tema apresentado como escrever um bom bilhete para o
colega que lhe importuna, a questão central é fazê-lo realizar essa tarefa da forma mais apropriada possível. E
isso só se concretiza com o desafio diário de o professor apresentar sempre situações diversificadas e
significativas que quebrem sua resistência à escrita e contribuam para enriquecer suas produções. Assim
sendo, é preciso oferecer aos alunos algumas sugestões para que isso ocorra, razão pela qual foram
selecionadas, a seguir, algumas práticas que podem e devem ser (re)contextualizadas pelo professor.

               • História maluca 1
          Cria-se uma caixa com figuras (em torno de 50), todas contendo velcro em seu verso, sorteia-se um
aluno para dar início ao texto e este retira uma figura da caixa, aleatoriamente, mostrando-a aos colegas. A
partir da figura sorteada comerçar-se-á uma história, criando-se uma frase sobre o que ela apresenta. A figura
é fixada em um mural de feltro, exposto ao grupo. Em seguida, cada aluno vai retirando uma figura, fixando-a
no mural e contribuindo com sua frase. Constitui-se, assim, o texto. Se possível, a história construída deverá
ser registrada por um aluno (em classe já alfabetizada), senão o próprio professor fará o registro escrito. Ao
fim, todos copiarão o texto produzido.Este poderá ser utilizado para trabalhar a interpretação das idéias
centrais, a escrita correta e a construção gramatical das frases.

              • História maluca 2
          É uma variante da primeira sugestão, para ser utilizada com alunos que já sabem ler e escrever.
Organiza-se um saco, feito de TNT (é o chamado tecido não tecido, que tem sua superfície cheia de furinhos)
com palavras e nomes de personagens conhecidos da cultura local. Procede-se com a mesma sistemática de
sorteio e produção de frases da variante 1, utilizando-se também o mural de feltro.

              • Fichas para pensar
         Confeccionar diversas fichas com situações-problema para serem resolvidas. Em trios ou duplas,
promover a discussão em torno de uma das fichas. Os alunos anotam as soluções encontradas e julgam sua
viabilidade. No grupo, desenvolvem um texto coletivo com as opiniões discutidas pelos alunos, justificando as
escolhas que realizam.
• Jogos de imaginação
          Escrever propostas imaginadas e absurdas para os alunos sortearem e criarem, a partir delas,
narrativas com ajuda de roteiros previamente elaborados. O trabalho pode ser feito em pequenos grupos ou
individualmente. As propostas deverão conter o tema central, o cenário sugerido – ambiente onde se passa a
história - , os personagens envolvidos e questões para serem desenvolvidas.

              • Imagem falada
         Selecionar tiras de quadrinhos sem textos em gibis, revistas e jornais para montar uma banca de
imagens. Cada aluno poderá escolher a tira de sua preferência ou sorteá-la ao acaso. Após a leitura visual da
seqüência, pode se propor duas atividades: a escrita da fala dos personagens da tira, de acordo com a imagem
(balões) ou a descrição da imagem por meio de um texto escrito.

              • Ópera-texto
         Em pequenos grupos, propor a leitura de uma poesia com estrutura rítmica, para facilitar a atividade.
Pode-se solicitar que a leiam em voz alta ou que a cantem, se possível. Após, o grupo receberá uma folha,
onde as palavras do texto estejam desordenadas, escritas em pequenos retângulos. Os alunos deverão, então,
recortá-los e com estas palavras montar um outro texto, usando uma folha para colagem.

              • Jogo da reconstrução
          Nesse jogo, o professor escolhe um livro de literatura com cerca de 6 a 8 ilustrações e as reproduz em
xerox colorido, ou com o auxílio de um scanner; em número igual ao dos grupos de trabalho. As ilustrações
poderão ser plastificadas, assumindo a forma de fichas, o que permite melhor conservação durante seu
manuseio.
          Aos alunos, organizados em pequenos grupos, será apresentado, então, o conjunto de fichas que
ilustram o livro selecionado, sem ser apresentado o título do mesmo. Solicita-se, nesse momento, a
organização das figuras em uma seqüência lógica, segundo os critérios que o grupo definir.
          Pode-se arranjar essa seqüência em um varal.
          Após essa primeira etapa, cada grupo escreve a história que organizou, utilizando uma lâmina de
retroprojetor e caneta própria para tal, com a finalidade de demonstrar o relato que escreveu. Todos os grupos
apresentarão suas histórias, bem como a seqüência das ilustrações que as originou. Será muito divertido para
os alunos observarem as diferenças de interpretação que surgirão nos relatos orais.
          As Lâminas podem servir para outro momento das aulas, onde os textos serão retomados para
trabalhar ortografia, a gramática e a pontuação utilizada.
          Por fim o professor poderá promover a hora da leitura da obra escolhida para a confecção de fichas,
das ilustrações e cada grupo escreverá as diferenças e coincidências entre as histórias.

             • Formação e transformação de frases
         Divida a classe em grupos. Distribua cartelas de palavras para cada grupo. Os alunos organizam
frases com as palavras das cartelas e as copiam no caderno.
         Quando todos terminarem de escrever, um grupo faz ditado das frases para o outro, que vai agora,
copiá-las mudando a entonação (afirmação transforma-se em interrogação e vice-versa).

              • Pontuando histórias
         Solicite que os alunos tragam recortes de cenas de jornais e revistas. Coloque dentro de uma caixa.
         Divida a classe em grupos.
         Cada grupo escolhe e retira cenas e monta uma história, colocando-a em uma folha de papel. Os
grupos trocam as folhas e escrevem a história em outra folha, sem usar os sinais de pontuação. Devolvem
então, o texto escrito para o outro grupo, que deve pontuar a história com canetas coloridas.
         Quando todos terminarem, cada grupo lê a sua história. Depois, discute-se coletivamente a pontuação
adequada.




             •    O que você faria se...
Divida a classe em grupos de cinco alunos. Um aluno do grupo faz a pergunta “O que você faria
se...” criando uma situação como por exemplo, “derrubasse refrigerante na roupa?”
          Os outros respondem à pergunta em um papel. Os grupos trocam os papéis das respostas. A seguir, o
perguntador faz a mesma pergunta inicial e os colegas lêem em voz alta, a resposta que receberam do outro
grupo.

              • Eu penso que...
         Esta é uma proposta interessante para sensibilizar o adulto para a escrita. É uma proposta que exige
observação, identificação e leva ao riso, à interpretação e à opinião.
         Divida a classe em grupos pequenos e distribua para cada grupo um cartum/charge ou tira de humor
de jornais e revistas.
         Cada grupo observa atentamente o cartum e procura responder as seguintes questões mediante
conversa :
         Que personagem faz parte do desenho?
         Existe algo escrito acompanhando o desenho? Se houver, o quer está escrito e o que quer dizer?
         Que assunto pode estar tratando o cartum?
         Que significado tem para você o desenho que vê?
         Após esses questionamentos, propor, um inventário de palavras relacionadas ao cartum, propor a
construção de frases e , finalmente, a produção de texto que retrate a opinião sobre o assunto tratado no
cartum.
         O que é cartum?

          É uma narrativa humorística, expressa através da caricatura e normalmente destinada à publicação em
 jornais ou revistas. O cartum é uma anedota gráfica. Seu objetivo é provocar o riso do espectador; e sendo uma
 manifestação da caricatura, ele chega ao riso através da crítica mordaz, satírica, irônica e principalmente
 humorística do comportamento do ser humano, das suas fraquezas, dos seus hábitos e costumes. Muitas vezes, porém,
 o riso contido num cartum pode ser alcançado apenas com um jogo criativo de idéias, por um achado humorístico
 (que em francês se chama trouvaille) ou por uma forma inteligente de trocadilho visual.

          O cartunista pode recorrer às legendas ou dispensá-las. Os cartuns sem legendas ou sem textos foram
 chamados, durante muito tempo, pela imprensa brasileira, de "piada muda". O termo cartum origina-se do inglês
 cartoon - cartão, pequeno projeto em escala, desenhado em cartão para ser reproduzido depois em mural ou
 tapeçaria. A expressão, com o sentido que tem hoje, nasceu em 1841 nas páginas da revista inglesa Punch, a mais
 antiga revista de humor do mundo.




Exemplos:
•    Composição: produzir, inventar escrevendo, pintando, esculpindo, etc... (compor discursos
                  em situações significativas).
         Expor uma obra de arte para a turma ou distribuir uma reprodução para cada grupo áulico.
         Orientar a observação, para a percepção do seguinte:
             o Cores; formas; elementos da natureza; elementos humanos; movimentos; elementos que os
                  fazem se identificarem com a obra; tema percebido.
             o Palavras que estão relacionadas à obra (enumerar).
             o Composição de frases, obedecendo a seguinte estrutura:
             o Sujeito + verbo + complemento
             o Composição de texto
                  Relato (o que vê)
                  Narrativa
                  Comentário (opinião)
                  Relato de experiência de vida relacionada à obra
                  Releitura da obra através de trabalho orientado na disciplina de Arte.

             • Carta familiar
     Texto bastante significativo para os adultos, a carta pode ser apresentada a partir da sua silhueta e de
exemplo de escrita para que ao aluno identifique as suas partes e a função da carta no contexto comunicativo.
     Para auxiliar, o professor pode propor a exibição do filme Central do Brasil, trabalhar as atividades para
tal e complementar com a escrita de cartas.
     Propor aos alunos um dia do mês para a escritura de carta para um parente, amigo ou mesmo um colega
de classe que está faltando à aula.
     Nesse momento, as cartas devem ser enviadas de verdade, pelo correio ou por outros, para que se
perceba qual função real da escrita para os adultos.
     Caso haja alguém na turma que tenha recebido cartas de outros, dar oportunidade para que, nesse
momento, possa responder com o auxílio do professor.

             • Receita culinária
        Promover a merenda pedagógica em sala de aula, conforme planejamento.
        Aproveitar o momento para promover comentários sobre o alimento servido e qual é o processo de
elaboração do mesmo.
    Especificar ingredientes e modo de fazer.
        Pode se fazer o contrário, ou seja, junto com a turma, fazer um bolo, biscoito, pão, etc. , observar o
processo e posteriormente registrar, compondo a receita.



             •    Leitura e criação de poemas
Podemos encarar o trabalho com a poesia como uma aproximação ou sensibilização e não
    como aprendizagem, mesmo porque é um tipo de texto que a emoção poética, segundo alguns
    autores, não pode ser ensinada e sim sentida.
              No entanto é imprescindível, nas salas de adultos, a atividade pedagógica envolvendo a
    poesia, pois é nessa modalidade de ensino que a poesia repercute positivamente.
              Com os alunos maiores, é bem interessante a proposta de leitura criticada que consiste na
    escolha de um poema, no treino de interpretação, quando um aluno lê para o outro observar as falhas
    e acertos do colega, justificando seu comentário.
              Após isso, promover o jogral que nada mais é que a interpretação coletiva do poema,
    quando todos recitam em uníssono, ou subgrupos falam estrofes ou versos diferentes. Nesse caso, as
    vozes devem ser separadas por timbre: agudas, graves e intermediárias (as partes narrativas devem
    ser interpretadas pelas vozes intermediárias).
              Com o trabalho anterior, os alunos já terão condições de trabalharem com a recriação,
    proposta especialmente dirigida a alunos mais avançados no processo de leitura e escrita.
              Consiste em explorar a característica específica do poema (forma, disposição no papel,
    ritmo, rimas, sonoridade, vocabulário, sentido figurado...)
              Lido e sentido o poema, os alunos tentam compor eles próprios seus poemas, utilizando o
    recurso mais importante, ou o esquema da composição lida.
              Promover sarau ou varal de poemas da turma.

    Sugestão de poesia;

    Leveza

    Leve é o pássaro:
    E a sua sombra voante,
    Mais leve

    E a cascata aérea
    De sua garganta,
    Mais leve.

    E o que lembra, ouvindo-se
    Deslizar seu canto,
    Mais leve.

    E a fuga invisível
    Do amargo passante,
    Mais leve.
    (MEIRELES,Cecília. Antologia Poética, 2ª ed, Rio, Editora do Autor, 1963.)


***Critérios para a criação, registro e correção do texto:
Capacidade de pensar sobre o que vê e registrar com coerência; Grafar palavras de uso comum de forma
que o leitor compreenda o que está escrito.

Bibliografia:
CUNHA,Maria Antoniete Antunes. Poesia na Escola. São Paulo: Distribuidora Cultural Brasileira Ltda,
1976.
BOZZA,Sandra ; BATISTA,Ângela. Produção Textual: Aluno na sociedade. Cascavel: Assoeste, 2000.


                           Assessoria de Alfabetização e Língua Portuguesa
                          Olinda Rosa Ribas/Rosana Daliner Acosta Marchese


                                             Julho/2004

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Producao textual

  • 1. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO/DIRETORIA DE ENSINO GERÊNCIA DE APOIO TÉCNICO-PEDAGÓGICO ASSESSORIA DE ALFABETIZAÇÃO E LÍNGUA PORTUGUESA Produção textual Adaptação do texto de Sabrina Garcez Revista do Professor, março/2002. Atualmente, um grande número de obras aponta para novas práticas na área de Língua Portuguesa nas séries iniciais. No entanto, o dia-a-dia das escolas ainda demonstra o uso constante de abordagens conservadoras e tradicionais no ensino da língua materna, principalmente no que se refere à produção textual. Como diz Dalla Zen, ensinar a língua é promover situações que permitam a reflexão sobre a linguagem nos seus diferentes contextos de uso. Nesta perspectiva, cremos que produzir textos artificiais, somente para um professor corrigir, sem na verdade o ler, não contempla uma aprendizagem significativa, nem forma um cidadão escritor. Por isso buscamos aqui mostrar algumas práticas diferenciadas – frutos de nossas preocupações e anseios em fazer algo produtivo – que podem ser utilizadas como ponto de partida para o ensino da Língua Portuguesa nas séries iniciais. É importante destacar que compreendemos a produção textual (oral, escrita, individual e coletiva) como principal conteúdo a ser desenvolvido em uma aula de Língua Portuguesa. Então, é preciso proporcionar aos alunos situações nas quais elas possam desenvolver o gosto pelo falar e pelo escrever, especialmente, o sentir prazer em escrever. Pensamos que oferecer essas oportunidades aos alunos deva ser uma atitude permanente e diária em nossa prática como educadores. É preciso que nosso aluno descubra a escrita como uma das formas de comunicação, de expressão de idéias: tanto faz ele escrever uma redação sobre um tema apresentado como escrever um bom bilhete para o colega que lhe importuna, a questão central é fazê-lo realizar essa tarefa da forma mais apropriada possível. E isso só se concretiza com o desafio diário de o professor apresentar sempre situações diversificadas e significativas que quebrem sua resistência à escrita e contribuam para enriquecer suas produções. Assim sendo, é preciso oferecer aos alunos algumas sugestões para que isso ocorra, razão pela qual foram selecionadas, a seguir, algumas práticas que podem e devem ser (re)contextualizadas pelo professor. • História maluca 1 Cria-se uma caixa com figuras (em torno de 50), todas contendo velcro em seu verso, sorteia-se um aluno para dar início ao texto e este retira uma figura da caixa, aleatoriamente, mostrando-a aos colegas. A partir da figura sorteada comerçar-se-á uma história, criando-se uma frase sobre o que ela apresenta. A figura é fixada em um mural de feltro, exposto ao grupo. Em seguida, cada aluno vai retirando uma figura, fixando-a no mural e contribuindo com sua frase. Constitui-se, assim, o texto. Se possível, a história construída deverá ser registrada por um aluno (em classe já alfabetizada), senão o próprio professor fará o registro escrito. Ao fim, todos copiarão o texto produzido.Este poderá ser utilizado para trabalhar a interpretação das idéias centrais, a escrita correta e a construção gramatical das frases. • História maluca 2 É uma variante da primeira sugestão, para ser utilizada com alunos que já sabem ler e escrever. Organiza-se um saco, feito de TNT (é o chamado tecido não tecido, que tem sua superfície cheia de furinhos) com palavras e nomes de personagens conhecidos da cultura local. Procede-se com a mesma sistemática de sorteio e produção de frases da variante 1, utilizando-se também o mural de feltro. • Fichas para pensar Confeccionar diversas fichas com situações-problema para serem resolvidas. Em trios ou duplas, promover a discussão em torno de uma das fichas. Os alunos anotam as soluções encontradas e julgam sua viabilidade. No grupo, desenvolvem um texto coletivo com as opiniões discutidas pelos alunos, justificando as escolhas que realizam.
  • 2. • Jogos de imaginação Escrever propostas imaginadas e absurdas para os alunos sortearem e criarem, a partir delas, narrativas com ajuda de roteiros previamente elaborados. O trabalho pode ser feito em pequenos grupos ou individualmente. As propostas deverão conter o tema central, o cenário sugerido – ambiente onde se passa a história - , os personagens envolvidos e questões para serem desenvolvidas. • Imagem falada Selecionar tiras de quadrinhos sem textos em gibis, revistas e jornais para montar uma banca de imagens. Cada aluno poderá escolher a tira de sua preferência ou sorteá-la ao acaso. Após a leitura visual da seqüência, pode se propor duas atividades: a escrita da fala dos personagens da tira, de acordo com a imagem (balões) ou a descrição da imagem por meio de um texto escrito. • Ópera-texto Em pequenos grupos, propor a leitura de uma poesia com estrutura rítmica, para facilitar a atividade. Pode-se solicitar que a leiam em voz alta ou que a cantem, se possível. Após, o grupo receberá uma folha, onde as palavras do texto estejam desordenadas, escritas em pequenos retângulos. Os alunos deverão, então, recortá-los e com estas palavras montar um outro texto, usando uma folha para colagem. • Jogo da reconstrução Nesse jogo, o professor escolhe um livro de literatura com cerca de 6 a 8 ilustrações e as reproduz em xerox colorido, ou com o auxílio de um scanner; em número igual ao dos grupos de trabalho. As ilustrações poderão ser plastificadas, assumindo a forma de fichas, o que permite melhor conservação durante seu manuseio. Aos alunos, organizados em pequenos grupos, será apresentado, então, o conjunto de fichas que ilustram o livro selecionado, sem ser apresentado o título do mesmo. Solicita-se, nesse momento, a organização das figuras em uma seqüência lógica, segundo os critérios que o grupo definir. Pode-se arranjar essa seqüência em um varal. Após essa primeira etapa, cada grupo escreve a história que organizou, utilizando uma lâmina de retroprojetor e caneta própria para tal, com a finalidade de demonstrar o relato que escreveu. Todos os grupos apresentarão suas histórias, bem como a seqüência das ilustrações que as originou. Será muito divertido para os alunos observarem as diferenças de interpretação que surgirão nos relatos orais. As Lâminas podem servir para outro momento das aulas, onde os textos serão retomados para trabalhar ortografia, a gramática e a pontuação utilizada. Por fim o professor poderá promover a hora da leitura da obra escolhida para a confecção de fichas, das ilustrações e cada grupo escreverá as diferenças e coincidências entre as histórias. • Formação e transformação de frases Divida a classe em grupos. Distribua cartelas de palavras para cada grupo. Os alunos organizam frases com as palavras das cartelas e as copiam no caderno. Quando todos terminarem de escrever, um grupo faz ditado das frases para o outro, que vai agora, copiá-las mudando a entonação (afirmação transforma-se em interrogação e vice-versa). • Pontuando histórias Solicite que os alunos tragam recortes de cenas de jornais e revistas. Coloque dentro de uma caixa. Divida a classe em grupos. Cada grupo escolhe e retira cenas e monta uma história, colocando-a em uma folha de papel. Os grupos trocam as folhas e escrevem a história em outra folha, sem usar os sinais de pontuação. Devolvem então, o texto escrito para o outro grupo, que deve pontuar a história com canetas coloridas. Quando todos terminarem, cada grupo lê a sua história. Depois, discute-se coletivamente a pontuação adequada. • O que você faria se...
  • 3. Divida a classe em grupos de cinco alunos. Um aluno do grupo faz a pergunta “O que você faria se...” criando uma situação como por exemplo, “derrubasse refrigerante na roupa?” Os outros respondem à pergunta em um papel. Os grupos trocam os papéis das respostas. A seguir, o perguntador faz a mesma pergunta inicial e os colegas lêem em voz alta, a resposta que receberam do outro grupo. • Eu penso que... Esta é uma proposta interessante para sensibilizar o adulto para a escrita. É uma proposta que exige observação, identificação e leva ao riso, à interpretação e à opinião. Divida a classe em grupos pequenos e distribua para cada grupo um cartum/charge ou tira de humor de jornais e revistas. Cada grupo observa atentamente o cartum e procura responder as seguintes questões mediante conversa : Que personagem faz parte do desenho? Existe algo escrito acompanhando o desenho? Se houver, o quer está escrito e o que quer dizer? Que assunto pode estar tratando o cartum? Que significado tem para você o desenho que vê? Após esses questionamentos, propor, um inventário de palavras relacionadas ao cartum, propor a construção de frases e , finalmente, a produção de texto que retrate a opinião sobre o assunto tratado no cartum. O que é cartum? É uma narrativa humorística, expressa através da caricatura e normalmente destinada à publicação em jornais ou revistas. O cartum é uma anedota gráfica. Seu objetivo é provocar o riso do espectador; e sendo uma manifestação da caricatura, ele chega ao riso através da crítica mordaz, satírica, irônica e principalmente humorística do comportamento do ser humano, das suas fraquezas, dos seus hábitos e costumes. Muitas vezes, porém, o riso contido num cartum pode ser alcançado apenas com um jogo criativo de idéias, por um achado humorístico (que em francês se chama trouvaille) ou por uma forma inteligente de trocadilho visual. O cartunista pode recorrer às legendas ou dispensá-las. Os cartuns sem legendas ou sem textos foram chamados, durante muito tempo, pela imprensa brasileira, de "piada muda". O termo cartum origina-se do inglês cartoon - cartão, pequeno projeto em escala, desenhado em cartão para ser reproduzido depois em mural ou tapeçaria. A expressão, com o sentido que tem hoje, nasceu em 1841 nas páginas da revista inglesa Punch, a mais antiga revista de humor do mundo. Exemplos:
  • 4. Composição: produzir, inventar escrevendo, pintando, esculpindo, etc... (compor discursos em situações significativas). Expor uma obra de arte para a turma ou distribuir uma reprodução para cada grupo áulico. Orientar a observação, para a percepção do seguinte: o Cores; formas; elementos da natureza; elementos humanos; movimentos; elementos que os fazem se identificarem com a obra; tema percebido. o Palavras que estão relacionadas à obra (enumerar). o Composição de frases, obedecendo a seguinte estrutura: o Sujeito + verbo + complemento o Composição de texto Relato (o que vê) Narrativa Comentário (opinião) Relato de experiência de vida relacionada à obra Releitura da obra através de trabalho orientado na disciplina de Arte. • Carta familiar Texto bastante significativo para os adultos, a carta pode ser apresentada a partir da sua silhueta e de exemplo de escrita para que ao aluno identifique as suas partes e a função da carta no contexto comunicativo. Para auxiliar, o professor pode propor a exibição do filme Central do Brasil, trabalhar as atividades para tal e complementar com a escrita de cartas. Propor aos alunos um dia do mês para a escritura de carta para um parente, amigo ou mesmo um colega de classe que está faltando à aula. Nesse momento, as cartas devem ser enviadas de verdade, pelo correio ou por outros, para que se perceba qual função real da escrita para os adultos. Caso haja alguém na turma que tenha recebido cartas de outros, dar oportunidade para que, nesse momento, possa responder com o auxílio do professor. • Receita culinária Promover a merenda pedagógica em sala de aula, conforme planejamento. Aproveitar o momento para promover comentários sobre o alimento servido e qual é o processo de elaboração do mesmo. Especificar ingredientes e modo de fazer. Pode se fazer o contrário, ou seja, junto com a turma, fazer um bolo, biscoito, pão, etc. , observar o processo e posteriormente registrar, compondo a receita. • Leitura e criação de poemas
  • 5. Podemos encarar o trabalho com a poesia como uma aproximação ou sensibilização e não como aprendizagem, mesmo porque é um tipo de texto que a emoção poética, segundo alguns autores, não pode ser ensinada e sim sentida. No entanto é imprescindível, nas salas de adultos, a atividade pedagógica envolvendo a poesia, pois é nessa modalidade de ensino que a poesia repercute positivamente. Com os alunos maiores, é bem interessante a proposta de leitura criticada que consiste na escolha de um poema, no treino de interpretação, quando um aluno lê para o outro observar as falhas e acertos do colega, justificando seu comentário. Após isso, promover o jogral que nada mais é que a interpretação coletiva do poema, quando todos recitam em uníssono, ou subgrupos falam estrofes ou versos diferentes. Nesse caso, as vozes devem ser separadas por timbre: agudas, graves e intermediárias (as partes narrativas devem ser interpretadas pelas vozes intermediárias). Com o trabalho anterior, os alunos já terão condições de trabalharem com a recriação, proposta especialmente dirigida a alunos mais avançados no processo de leitura e escrita. Consiste em explorar a característica específica do poema (forma, disposição no papel, ritmo, rimas, sonoridade, vocabulário, sentido figurado...) Lido e sentido o poema, os alunos tentam compor eles próprios seus poemas, utilizando o recurso mais importante, ou o esquema da composição lida. Promover sarau ou varal de poemas da turma. Sugestão de poesia; Leveza Leve é o pássaro: E a sua sombra voante, Mais leve E a cascata aérea De sua garganta, Mais leve. E o que lembra, ouvindo-se Deslizar seu canto, Mais leve. E a fuga invisível Do amargo passante, Mais leve. (MEIRELES,Cecília. Antologia Poética, 2ª ed, Rio, Editora do Autor, 1963.) ***Critérios para a criação, registro e correção do texto: Capacidade de pensar sobre o que vê e registrar com coerência; Grafar palavras de uso comum de forma que o leitor compreenda o que está escrito. Bibliografia: CUNHA,Maria Antoniete Antunes. Poesia na Escola. São Paulo: Distribuidora Cultural Brasileira Ltda, 1976. BOZZA,Sandra ; BATISTA,Ângela. Produção Textual: Aluno na sociedade. Cascavel: Assoeste, 2000. Assessoria de Alfabetização e Língua Portuguesa Olinda Rosa Ribas/Rosana Daliner Acosta Marchese Julho/2004