1. Chico Mineiro
Fizemu a úrtima viagi Mataru u meu
Foi lá pru sertão de companheiru
Goiais Acabô-si u som da viola
Fui eu e o Chicu Mineru Acabô-si u Chico Mineru
Tamém foi u capatais Dispois daquela tragédia
Viagemu u dia interu Fiquei mais aburrecidu
Pra chegá im Oru Finu Num sabia da nossa
Aondi nóis passeamu a amizade
noiti Pois nóis dois éramu
Numa festa du Divinu unido
A festa tava tão boa Quando vi seus
Mais antis num tivesse documentu
idu Mi cortô meu coração
O Chico foi baliadu Vim sabê qui u Chico
Pr’um homi discunhicidu Mineru
Larguei di comprá Era meu legitimu irmão.
boiada
Atividades:
• Leia e cante com a turma a música caipira.
• Discuta com os alunos o enredo, sua semelhança
com histórias contadas pela família.
• Discuta a posição do narrador (1ª pessoa do plural e
1ª pessoa do singular), as marcas da oralidade
presentes no texto, as marcas de regionalismos e a
variedade lingüística.
• Enfatizar diferenças entre como se fala e como se
escreve.
• Leve textos de jornais ( notícias), que tratam de
crimes, para a sala, peça para que os alunos leiam e
ressaltem as características da notícia e sua
estrutura.
• Produção de texto: “Considere-se um repórter.
Construa um texto para o seu suposto jornal,
relatando a história contada na música, nos moldes
da Língua Culta.
Caçador de mim
Milton Nascimento
Por tanto amor, por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu caçador de mim.
1
2. Preso a canções
E entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu caçador de mim
Nada a temer se não o correr da luta
Nada a fazer se não esquecer o medo
Abrir o peito à força numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai sonhando demais, mas onde se chega
assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu caçador de mim.
Abrir o peito à força numa procura
Fugir às armadilhas da noite escura.
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu caçador de mim.
Atividades:
• Cantar, refletir sobre o significado da letra.
• Usar o dicionário para esclarecer significado das
palavras.
• Destacar os sinônimos e antônimos presentes no
texto e solicitar que os alunos sugiram e relacionem
outros antônimos.
• Promover comentários sobre o tema “identidade” e
o significado da expressão “eu caçador de mim”
-Como sou? Quem sou?
• Produzir texto que envolva argumentos e respostas
para estas perguntas.
• Gramática do texto: Identificar e relacionar os verbos
e seus respectivos tempos – Se passado/
presente/futuro. Responder qual o tempo
predominante no texto e qual a intenção do autor ao
ressaltá-lo no texto.
Corrente
Chico Buarque
Eu hoje fiz um samba bem pra frente
Dizendo realmente o que é que eu acho
Eu acho que o meu samba é uma corrente
E coerentemente assino embaixo
Hoje é preciso refletir um pouco
2
3. Pra ver que o samba tá tomando jeito
Pra ver que o samba tá tomando jeito
Hoje é preciso refletir um pouco
E coerentemente assino embaixo
Eu acho que o meu samba é uma corrente
Dizendo realmente o que é que eu acho
Eu hoje fiz uma samba bem pra frente
Atividades:
• Ler o texto na ordem direta e, depois, na ordem
inversa, isto é, debaixo para cima. Questionar por
que o autor deu o nome de corrente a esta música.
• Levar para sala de aula manchetes, notícias ou
reportagens de revistas a respeito de assuntos de
interesse e discutidos na comunidade. Lê-las com os
alunos e solicitar que emitam opinião a respeito.
• Solicitar que escrevam um texto, opinando sobre o
que foi discutido, começando com: “Eu acho que...”
O caderno
Toquinho e Murtinho
Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o bê-á-bá
Em todos os desenhos coloridos vou estar.
A casa a montanha, duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel.
Sou eu que vou ser seu colega,
Seus problemas ajudar a resolver,
Sofrer também nas provas bimestrais junto a você.
Serei sempre seu confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel.
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo se você quiser,
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher.
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.
O que está escrito em mim,
Comigo ficará guardado se lhe dá prazer.
A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer.
Só peço a você um favor, se puder,
Não me esqueça num canto qualquer.
Atividades:
• Ler e cantar com as crianças, refletindo sobre o
significado da letra e promovendo atividades orais de
interpretação.
3
4. • Fazer levantamento de rimas, grifar as palavras que
rimam e verificar outras possibilidades de
substituição ( outras palavras que rimam diferentes
das rimas do texto e que mudam o sentido das
frases).
• Ressaltar o foco narrativo ( o eu poético),
substituindo –o para a primeira pessoa do plural(nós)
e fazendo as devidas concordâncias.
• professor poderá estender as atividades para a
disciplina de Ciências, promovendo a pesquisa sobre
de onde vem o papel, do que se faz papel, quais
regiões produzem papel, o papel reciclado, técnicas
de reciclagem (vide receita de reciclagem do papel).
• Produzir textos narrativos, poesias...em livrinhos de
papel reciclado (trabalho em equipe) e expor na
escola.
• Trabalhar o tem transversal Ética, estabelecendo
relações entre o sentido do texto, sua mensagem,
com a postura disciplinar da criança diante do
material escolar( livros, cadernos, lápis, canetas e
outros) para que haja respeito, conservação ,
limpeza e capricho ao seu próprio material bem
como ao material alheio.
Asa Branca
Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira
Quando olhei a terra ardendo,
Qual fogueira de São João,
Eu perguntei a Deus do céu
Porque tamanha judiação.
Que braseiro, que fornalha,
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Até mesmo a Asa Branca
Bateu asas no serão
Então eu disse adeus, Rosinha,
Guarda contigo meu coração.
Hoje longe muitas léguas,
Numa triste solidão,
Espero a chuva cair de novo
Pra eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação,
Eu te asseguro não chore não, viu,
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5. Eu voltarei, meu coração.
Atividades:
• Leia e cante com a turma.
• Discuta a letra da música, esclarecendo o
vocabulário, caso haja dúvida.
• Discuta com os alunos sobre a vida difícil de muitos
brasileiros, especialmente os nordestinos vítimas da
seca.
• As causas da migração de muitos para as grandes
cidades.
• Escolha algumas palavras do texto que contenham
letras que são pronunciadas de uma forma e escrita
de outra(s,c).
• Escreva frases, deixando uma lacuna no lugar
destas palavras.
• Troque o caderno com um colega e peça para ele
completar as lacunas com palavras do texto.
• Depois, verifique se ele completou com as palavras
que você pensou no momento em que estava
escrevendo e fazer as devidas correções.
• Promover um trabalho de pesquisa sobre a vida e
obra do compositor e elaborar para elaboração de
entrevista. Simular entrevista com o compositor Luiz
Gonzaga para que os alunos conheçam um pouco
sobre esse brasileiro importante.
• Dividir a turma em equipes e solicitar que
transformem o texto num roteiro para ser
representado.
• Solicitar que os grupos dramatizem o texto, após um
período de ensaios.
Como uma onda
Lulu Santos
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará.
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito.
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo.
Não adianta fugir nem mentir
Pra si mesmo.
Agora, há tanta gente lá fora
(aqui dentro) sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
5
6. Como uma onda no mar
Atividade:
• Cantar com as crianças, refletindo sobre sua
mensagem. Se houver palavras estranhas ao
vocabulário das crianças, trabalhar sinônimos, por
meio de consultas ao dicionário e discussão do seu
significado no texto.
• Promover a elaboração de paródias a partir da
música e letra . O professor poderá implementar
apresentações para a escolas e concursos de
paródias.
O Elefantinho
Onde vais elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desolado
Andas perdido, bichinho
Elefante o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?
-Estou com um medo danado
-Encontrei um passarinho!
Atividades:
• Identificar e explicar a ironia presente no texto.
• Trabalhar flexão de grau dos substantivos –
diminutivo e aumentativo.
• Trabalhar o dígrafo nh.
• Trabalhar a pontuação – ponto de interrogação e
travessão.
A casa
Vinícius de Moraes
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão.
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque pinico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
6
7. Na rua dos bobos
Número zero
Atividades:
• Ler e cantar com as crianças, refletindo sobre a
mensagem da letra. Caso haja palavras
desconhecidas, pesquisar no dicionário.
• Imaginar a casa da música e desenhá-la , conforme
o que entendeu da música.
• Levar anúncios de jornais, classificados sobre
vendas e aluguel de casas, verificar a estrutura e
linguagem do texto desses anúncios.
• Transformar o texto acima em um anúncio
engraçado para o jornal, baseando-se na letra da
música.
O coelhinho
Eu sou o coelhinho bossa-nova
Vou contar para vocês
Pra cenoura eu não dou bola
Eu só tomo coca-cola
Coelhinho bossa-nova
É uma brasa-mora
Chorar por uma cenoura
Foi no tempo da vovó
Pra cenoura eu não dou bola
Eu só tomo coca-cola
Coelhinho bossa-nova
É uma brasa-mora
Coelhinho bossa-nova
É uma brasa-mora
Atividades:
• Cantar com as crianças.
• Fazer levantamento das gírias ( outra variedade
lingüística) presentes no texto.
• Discutir com as crianças o conceito de gíria ( o que é
e como aparecem).
• Discutir se estas que estão no texto são atuais ou
não e em que época essas gírias poderiam estar na
moda.
• Listar algumas gírias atuais e o que elas significam.
• Reescrever o texto substituindo as gírias por
palavras ou expressões da língua culta.
Dona baratinha
Era uma vez uma baratinha
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8. Que queria se casar
Saiu voando, procurando um barato
Mas um barato está difícil de achar.
Quem quer casar com a dona baratinha
Que é bonitinha e está doidinha pra casar.
Também tem dinheiro na caixinha
E gosta muito de dançar o xá,xá,xá.
Quem quer casar com a dona baratinha
Que é bonitinha e está doidinha pra casar
Também tem dinheiro na caixinha
E gosta muito de dançar o xá,xá,xá.
Atividades:
• Cantar com as crianças, intercalando com a história
da dona baratinha.
• Destacar as palavras no diminutivo presentes no
texto e inventariar outras palavras no diminutivo.
• Desenvolver atividades com o grau dos substantivos
( diminu
tivos/aumentativos).
• Baseando-se no texto, reescrever a história da dona
baratinha, dando-lhe um final infeliz.
Domingo no parque
Gilberto Gil
O rei da brincadeira – ê José
O rei da confusão – ê João
Um trabalhava na feira – ê José
Outro na construção – ê João
A semana passada no fim de semana
João resolveu não brigar
No Domingo de tarde saiu apressado
E não foi pra ribeira jogar
Capoeira
Não foi pra lá pra ribeira
Foi namorar
O José como sempre no fim de semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no Domingo um passeio no parque
Lá perto da boca do rio
Foi no parque que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
8
9. Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa – ê José
A rosa e o sorvete – ê José
Oi dançando no peito – ê José
Do José brincalhão – ê José
O sorvete e a rosa – ê José
A rosa e o sorvete – ê José
Oi girando na mente – ê José
Do José brincalhão – ê José
Juliana girando – oi girando
Oi na roda-gigante – oi girando
O amigo João – ê João
O sorvete é morango – ê vermelho
Oi girando e a rosa – ê vermelha
Oi girando, girando – olha a faca
Olha o sangue na mão – ê José
Juliana no chão – ê josé
Outro corpo caído – ê José
Seu amigo João – ê José
Amanhã não tem feira – ê José
Não tem mais construção – ê João
Não tem mais brincadeira – ê José
Não tem mais confusão – ê João
Atividades:
• Ouvir a música, cantá-la.
• Identificar personagens e enredo.
• Adaptar o texto para ser representado ensaiar,
caracterizar personagens por meio de figurinos,
montar cenários utilizando-se de jornais, desenhos
em papel pardo e dramatizá-lo para a turma.
• Montar júri simulado – compor o grupo em juízes,
testemunhas, advogados, promotores – redigir
veredicto para finalizar o júri.
• tema transversal Ética poderá ser discutido com as
crianças, a questão da violência , o comportamento
aceitável pela sociedade e outros.
Passaredo
Francis Hime/Chico Buarque
Ei, pintassilgo Oi, pintarroxo
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10. Melro, uirapuru O homem vem aí
Ai, chega-e-vira O homem vem aí
Engole vento Ei, quero-quero
Saíra, inhambu Oi, tico-tico
Foge, asa-branca Anum, pardal, chopim
Vai, patativa Xô, cotovia
Tordo, tuju, tuim Xô, ave-fria
Xô, tié-sangue Xô, pescador-martim
Xô , tié-fogo Some, rolinha
Xô, rouxinol sem fim Anda, andorinha
Some, coleiro Te esconde, bem-te-vi
Anda, trigueiro Voa, sanhaço
Te esconde, colibri Vai, juriti
Voa, macuco Bico calado
Voa, viúva Muito cuidado
Utiariti Que o homem vem aí
Bico calado O homem vem aí
Toma cuidado O homem vem aí
Que o homem vem aí
Atividades:
• Questionar: Quem está conversando com os
pássaros? Justifique. Onde a criança pensa que se
passa esse fato?
• Relacionar as palavras utilizadas para transmitir
mensagens aos pássaros.
• Observar as palavras do texto e separá-las em
grupos: Nomes de pássaros/ordens dadas aos
pássaros/ palavras que expressam emoção ( apelo,
chamamento, admiração, saudação).
• Pesquisar nas gramáticas ou livro didático e escrever
os nomes das classes de palavras a que pertencem
as palavras relacionadas dos três grupos.
• Reler as palavras do segundo grupo e identificar o
modo verbal a que pertencem.
• Na disciplina de ciências, pesquisar sobre os
pássaros referidos, em que regiões vivem, como
vivem, de que se alimentam...
• Criar uma história em que o personagem principal é
o seu pássaro preferido, não esquecendo que a
história deverá contemplar personagens, ambiente,
marcação de tempo(quando), narrador, conflito e
resolução desse conflito.
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11. Pombinha branca
Folclore
Pombinha branca que está fazendo
Lavando roupa pro casamento
Vou me lavar, vou me trocar
Vou na janela pra namorar.
Passou um homem de terno branco
Chapéu de lado, meu namorado
Mandei entrar, mandei sentar ( repetir
2ª estrofe)
Guspiu no chão
Limpa aí seu porcalhão.
Atividade:
• Cantar e dançar com as crianças.
• Solicitar que reescrevam a história com um final feliz
para a pombinha.
Morango do nordeste
Karametade
Estava tão distante quando ela apareceu
Os olhos que fascinam logo estremeceu (repete
3 vezes)
Meus amigos falam que eu sonho demais
É somente ela que me satisfaz.
Você colheu o que você plantou
Por isso é que eles falam que eu sou um sonhador
Se ela é o morango aqui no nordeste
Status não existe, sou cabra-da-peste
Apesar de colher batatas da terra
Com essa mulher eu vou até pra guerra
Ai, é amor, aí, aí, aí é amor.
Atividades:
• Cantar e discutir com as crianças se alguém
entendeu a letra da música e compreender que nem
tudo que cantamos e lemos faz sentido.
• Levar a criança a pensar que a letra não faz sentido
e que é preciso reformular o texto, tirando,
acrescentando, modificando e mudando de lugar
algumas palavras e expressões.
• Trabalhar coesão e coerência por meio da refacção
coletiva do texto.
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12. Aquarela
Toquinho
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e meu dou uma luva
E se faço chover com dois riscos faço um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai no pedacinho azul de
papel
Num instante imagino uma linda gaivota voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Indo um barco a vela navegando
É tanto céu e mar num beijo azul.
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião
Mas em grená
Tudo em volta colorindo com suas luzes a piscar
Basta imaginar que ele está partindo sereno indo
E se a gente quiser vai pousar.
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra eu consigo passar num
segundo
Giro o simples compasso e num círculo eu faço o
mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda a nossa vida
Depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela
Que um dia, enfim, descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o
mundo
Que descolorirá...
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13. * Análise lingüística: trabalhar a ocorrência de rimas; o
léxico por meio de consultas ao dicionário; relacionar
palavras que se referem a ações ; separar as ações que
estão no presente e ações que estão no passado;
sistematizar o conceito de verbos e o que pode ser
passado/presente/futuro; trabalhar dificuldades
ortográficas a partir de exemplos do texto (s com som
de z – quiser/pousar), grafia do j/g – viajando/beijo
( viajem-verbo e viagem-nome)
Atividades:
• Levar tintas para pintar tecidos de diversas cores,
lápis de cor, tecidos de sacos p/ pano de prato
cortados em retângulos de 6cm por 12cm , pincéis,
pedaços de cartolina americana...
• Cante e pense na letra da música com as crianças.
• Solicitar que as crianças imaginem os desenhos
descritos na música e façam um esboço no papel
rascunho.
• Após isso, solicitar que usem o esboço para pintar a
pequena tela no retângulo de pano, assinem e
esperem secar.
• Enquanto secam-se as telas, solicitar que escrevam
um texto narrativo, com seqüência lógica, usando
como ambiente o desenho da sua pintura.
• Usar as cartolinas para fazer as molduras da forma
desejada e expor os trabalhos( pinturas e textos)
para a escola.
• professor poderá se valer das aulas de educação
artística para as atividades de pintura.
Desenhos no jornal
Sá & Guarabyra
Eu vou te encontrar nos muros cobertos de folhas
Lugares adormecidos pelo tempo
Eu vou te encontrar em outras passagens desta vida
Quando tiver mais coisas pra dizer
Eu vou te encontrar nas torres de 130 andares
Por trás das malhas de vidro
Cair no esquecimento
Num futuro que eu não sei se haverá
Vou te escutar nas finas antenas de metal
Vou ver teus desenhos no jornal
Um rosto distante se apagando no meio da multidão
Vou te escutar nas finas antenas de metal
Um rosto distante se apagando no meio da multidão
No meio da multidão
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14. No meio da multidão
No meio da multidão
Atividades:
• Ler, cantar e interpretar oralmente com os alunos
como sensibilização para a atividades com o jornal.
• Trabalhar a linguagem figurada do texto,
ressaltando a presença da metáfora.
lugares adormecidos – lugares dormem?
( personificação)
torres de 130 andares – edifícios ( metáfora)
malhas de vidro – janelas ( metáfora)
finas antenas de metal – rádio/televisão –
(metáfora)
desenhos no jornal – fotografias – ( metáfora)
• Levar jornais, explorar as imagens, conforme
sugestão do caderno de atividades com o jornal.
• Quanto à gramática do texto, o professor poderá
explorar a palavra multidão para trabalhar coletivos.
Sobradinho
Sá & Guarabyra
O homem chega e já desfaz a natureza
Tira gente e põe represa
E diz que tudo vai mudar
O São Francisco, lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
De um beato que dizia que o sertão ia alagar.
O sertão vai virar mar, tá coração
O medo de algum dia o mar também vire sertão (2
vezes)
Adeus irmão casa nova, centro, Sé
Adeus que não há tempo vem o rio te engulir
Debaixo d’água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o gaiola vai subir
Vai Ter barragem no salto do sobradinho
O povo vai se embora com medo de se afogar
O sertão vai virar mar, tá no coração
O medo que algum dia o mar vire sertão (2
vezes)
Ah! Ah! Ah! Ah!
Eh! Eh! Eh! Eh!
Adeus, adeus, adeus, adeus...
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15. Atividades:
• Ler, cantar e dançar com os alunos.
• Destacar as rimas e introduzir o jogo das rimas
• Proporcionar momentos para reflexão e discussão
sobre o tema “construção de hidrelétricas”.
• Consultar mapas, localizar o Rio São Francisco e
Sobradinho na Bahia. Se possível localizar outras
grandes hidrelétricas no mapa como Itaipu.
• Desenvolver pesquisas sobre algumas delas ou
uma delas, contendo dados sobre : por que são
construídas em grandes saltos, qual sua função,
quais impactos sociais provocam.
• tema transversal presente é Meio Ambiente, o que
poderá ser trabalhado sob o enfoque as
hidrelétricas e as conseqüências no meio ambiente.
Cidade Maravilhosa
André Filho
Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil
Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade Maravilhosa, coração do meu Brasil.
Berço do samba e das lindas canções
Que viveu n’alma da gente
És o altar dos nossos corações Que cantam
alegremente.
Atividades:
• Cantar com as crianças.
• Pesquisar outras músicas representativas de outras
cidades e cantá-las.
• Discutir as origens das cidades e as diferenças
culturais de algumas cidades importantes do Brasil.
• Conhecer outros estados brasileiros, localizando
essas cidades nos mapas e em seus respectivos
estados.
Mulher rendeira
( motivo popular do Nordeste)
Olê! Mulher rendeira Tu me ensina a fazer
Olê! Mulher rendá renda
Que eu te ensino a
Tu me ensina a fazer namorar
renda
que eu te ensino a Olê! Mulher rendeira
namorar Olê! Mulher rendá
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16. As moças da vila Bela
Lampião desceu a serra Não têm mais ocupação
Deu Um baile em E só vivem na janela
cajazeira Namorando Lampião
Botou as moças
donzelas Olê! Mulher rendeira
Pra cantar mulher Olê! Mulher rendá
rendeira Tu me ensina a fazer
renda
Olê! Mulher rendeira Que eu te ensino a
Olê! Mulher rendá namorar
Atividades:
• Abrir debate em torno da existência da tradição
artesanal na sociedade brasileira.
• Procurar destacar o fato de o artesanato Ter sido
uma das fases da história da indústria.
• Destacar o Tema Transversal Pluralidade Cultural
por meio da identificação de outros tipos de
artesanato típicos de determinadas regiões.
Destacar o artesanato do Paraná.
Canção da América
Milton Nascimento
Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou no pensamento voou
com seu canto que o outro lembrou
E quem voou o pensamento ficou
com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa pra se guardar
no lado esquerdo do peito,
Mesmo que o tempo e a distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir a voz que vem do coração
Pois seja o que vier
Venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar
Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar.
Seja o que vier
Venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto e te encontrar
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17. Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar.
Atividades:
• Ler e cantar e interpretar a canção.
• Estimular os alunos a escreverem um texto sobre o
tema “O meu melhor amigo”.
• Trabalho com o tema transversal ética por meio de
discussões sobre a importância de fazermos amigo
na sala de aula e respeitá-los para que haja um
ambiente fraterno e tranqüilo na turma.
• Quanto à gramática do texto poderá, enfatizar o uso
dos pronomes pessoais oblíquos te/se e qual a sua
função no texto, partindo para o estudo dos outros
pronomes oblíquos.
Coração de estudante
Milton Nascimento
Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seus destinos
Sei sorriso de menino
Tantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora a cada dia
E há que se cuidar do broto, ô,ô,ô
Para que vida nos dê folha, flor e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhado no caminho
Verdes plantas, sentimentos,
Folhas, coração
Juventude e fé.
17
18. Atividade:
• Ler e cantar estimulando a reflexão d sobre o
significado da letra.
• Trabalhar a linguagem figurado do texto,
especialmente as metáforas.
• Proporcionar momentos de interpretação oral,
quando os alunos falarão o que entenderam da
música.
Parte 2
LETRAS DE MÚSICA
TATUAGEM
Chico Buarque de Holanda
Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem.
E também pra me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava.
Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina,
Salta e te ilumina
Quando a noite vem.
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta,
Morta de cansaço.
Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem.
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva,
Marcada a frio
A ferro e fogo
Em carne viva.
Corações de mãe, arpões,
Sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo mas não sentes.
Atividades:
• Ler e cantar a música, levar os alunos a pensarem
sobre o tema “tatuagem” e discutir o porquê das
18
19. pessoas se sentirem atraídas pela tatuagem , como
é feita e quais os desenhos preferidos da moçada.
• Destacar os verbos presentes no texto, listá-los e
identificar o tempo e modo.
• Flexioná-los em outro tempo e pessoa (Ex. 3ª
pessoa do pretérito perfeito).
• Produção de texto opinativo: Você acha bonito se
tatuar ou não? Por quê?
JURA SECRETA
Sueli Costa/ Simone
Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada que eu quero me suprime
De que por não saber inda não quis
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri.
Atividade:
Produção de texto: “O que gostaria de Ter feito e não
fiz.”
ESSE CARA
Caetano Veloso
Ah! Que esse cara tem
Me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
Ele está na minha vida
Porque quer
Eu estou pra o que der e vier
Ele chega ao anoitecer
Quando vem a madrugada ele some
Ele é quem quer
Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher.
Atividades:
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20. • Desenvolver as atividades de sintaxe, ressaltando os
verbos ser e estar como elementos que compõe o
predicado nominal.
• Destacar as orações e analisá-las, ressaltando o
sujeito, verbo e os elementos que caracterizam esse
sujeito.
COTIDIANO
Chico Buarque de Holanda
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café
Todo dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de esperar
Ele pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Todo dia ela faz sempre igual
Me sacode às seis da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
• Atividades:
• Ler e cantar a música, pensando no seu significado.
• Relacioná-la com o cotidiano das pessoas em geral
e ao cotidiano de cada um.
• Destacar os verbos de cada verso, identificar o
tempo e o modo.
• Discutir a importância no texto ( finalidade de
destacar as inúmeras atividades da pessoa no
decorrer de sua rotina) dos verbos destacados.
• Produção de texto: Cada alunos poderá descrever o
seu cotidiano, utilizando-se do mesmo tema.
DONA
Sá & Guarabyra
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21. Dona, desse traiçoeiros sonhos
Sempre verdadeiros
Dona desse animais
Dona dos teus ideais
Pelas ruas onde andas, onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros esperando a tua voz
Teus desejos uma ordem, nada é nunca, nunca é não
Porque tens essa certeza dentro do teu coração
Tan, tan, tan batem na porta, não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência do teu pulso de mulher.
Um olhar me atira à cama, um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo, porque sei que és minha
dona
Não há pedra no caminho, não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade que te impeçam de voar
Entre cobra e passarinho, entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho nos carregam pela mão
É a moça da cantiga, a mulher da criação
Umas vezes nossa amiga, outras nossa perdição
O poder que nos levanta, a força que nos faz cair
Qual de nós inda não sabe que isso tudo te faz dona.
**Há um sutil diferença entre o primeiro verso e o
terceiro (também poderia ser entre o primeiro e o
quarto): o uso da vírgula após a palavra dona . O que
significa dona no primeiro verso? E no terceiro?
**Destaque as antíteses( idéias ou palavras de sentidos
opostos) presentes no texto.
**Produção de texto: “a mulher da criação... nossa
perdição” você acha que a mulher da criação foi
realmente nossa perdição? Por quê?
CHEGA DE SAUDADE
Vinicius de Moraes
Vai, minha tristeza
E diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza
É só tristeza, e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim
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22. Não sai.
Mas se ela voltar
Se ela voltar, que coisa linda
Que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu te darei
Na sua boca...
Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços apertados
assim
Colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos
Sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De viver longe de mim.
Atividades:
• Ler e cantar a música.
• Destacar o poeta e solicitar que os alunos façam
uma pesquisa sobre vida e obra do autor.
• Destacar as rimas presentes no texto e solicitar que
os alunos procurem outras palavras que rime e
substituam no texto para atribuir novo sentido ao
mesmo.
• A partir daí peçam que elaborem novo poema, a
partir deste, fazendo o jogo de substituições de
palavras.
• Ler outros poemas de Vinícius de Moraes.
DEPENDE DE NÓS
Ivan Lins
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita e tem esperança
Que faz tudo p’ro mundo melhor!
Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam o orvalho
Que o sol descortine mais as manhãs.
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23. Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito (bis)
Se a vida sobreviverá!!
Depende de nós
** Para promover a sensibilização, levando os alunos e
refletirem sobre o tema e a letra da música, destacando
que , para as coisas acontecerem como sonhamos e
desejamos, depende do esforço de cada um de nós.
ÁGUIA PEQUENA
Pe. Zezinho
Tu me fizeste uma das criaturas
Com ânsia de amar
Águia pequena que nasceu para as alturas
Com ânsia de voar
E eu percebi que as minhas penas já cresceram
E que eu preciso abrir as asas e tentar
Se eu não tentar não saberei como se voa
Não foi à toa que eu nasci para voar
Pequenas águias correm risco quando voam
Mas devem arriscar
Só que é preciso olhar os pais como eles voam
E aperfeiçoar
Haja mau tempo, haja correntes traiçoeiras
Se já tem asas, seu destino é voar
Tem que sair e regressar ao mesmo ninho
E outro dia, outra vez recomeçar
Tu me fizeste amar o risco das alturas
Com ânsia de chegar
E embora eu seja como as outras criaturas
Não sei me rebaixar
Não vou brincar de não ter sonhos se eu os tenho
Sou da montanha e na montanha eu vou ficar
Igual meus pais vou construir também meu ninho
Mas não sou águia se lá em cima eu não morar
Tenho uma prece que eu repito suplicante
Por mim, por meu irmão,
Dá-me esta graça de viver a todo instante
A minha vocação
Eu quero amar um outro alguém do jeito certo
Não vou trair meus ideais para ser feliz
Não vou descer nem jogar fora meu projeto
Vou ser quem sou e sendo assim serei feliz.
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24. Atividades:
• Ler e cantar com os alunos.
• Desenvolver dinâmica de grupo que possa
sensibilizá-los para o Tema Transversal Ética.
• Produção de texto: “Meus sonhos” , baseando-se na
letra da música.
COPO VAZIO
Gilberto Gil/Chico Buarque de Holanda
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio está cheio de ar.
É sempre bom lembrar
Que o ar sombrio de um rosto
Está cheio de um ar vazio
Vazio daquilo que o ar do copo
Ocupa um lugar.
É sempre bom lembrar, guardar de cor
Que o ar vazio de um rosto sombrio
Está cheio de dor.
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio está cheio de ar.
Que o ar do copo ocupa o lugar do vinho
Que o vinho busca ocupar o lugar da dor
Que a dor ocupa metade da verdade
A verdadeira natureza interior
Uma metade cheia, uma metade vazia
Uma metade tristeza, uma metade alegria
A magia da verdade inteira,
Todo-poderoso Amor!
É sempre bom lembrar
Que um copo vazio está cheio de ar.
Atividades:
• Ler e cantar com a turma.
• Discutir com os alunos a ocorrência da palavra
sempre, sua classe gramatical, sua função no texto.
• Por ser um texto de linguagem figurada, solicitar que
cada aluno faça a sua interpretação.
• Destaque as metáforas e seus significados.
• Peça aos alunos que criem outras.
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25. Notícias do Brasil
Milton Nascimento/Fernando Brant
Uma notícia tá chegando lá no Maranhão,
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão,
Veio no vento que soprava lá no Litoral
De Fortaleza, de Recife e Natal.
A boa nova foi ouvida em Belém, Manaus,
João Pessoa, Teresina e Aracaju
E lá do norte foi descendo pro Brasil Central,
Chegou em Minas, já bateu bem lá no Sul.
Aqui vive um povo que merece mais respeito, sabe?
E belo é o povo como é belo todo amor.
Aqui vive um povo que é mar que é rio
E seu destino é um dia se juntar.
O canto mais belo será sempre mais sincero, sabe?
E tudo quanto é belo será sempre de espantar.
Aqui vive um povo que cultiva a qualidade
Ser mais sábio que quem o quer governar.
A novidade é que o Brasil não é só litoral,
É muito mais, é muito mais que qualquer zona sul.
Tem gente boa espalhada por esse Brasil,
Que vais fazer desse lugar um bom país.
Uma notícia, tá chegando lá do interior,
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão.
Ficar de frente para o mar, de costas pro Brasil
Não vai fazer desse lugar um bom país.
Atividades:
• Ler e cantar com a turma.
• Levar jornais do dia para a sala de aula e distribuir
aos alunos( em grupos ou não).
• Solicitar que identifiquem os estados e capitais
presentes no texto.
• Solicitar que pesquisem nos jornais notícias, notas,
cartas... referentes aos lugares citados na letra da
música.
• Discutir essas notícias.
• Levar o mapa do Brasil e incentivá-los a localizar
esses lugares no mapa.
• Destacar a expressão “de costas para o Brasil”,
esclarecê-la, visualizando no mapa o litoral e o
interior.
• professor também poderá utilizar os mapas contidos
no próprio jornal.
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26. • Produção de textos: Os alunos poderão resumir as
notícias lidas e simular um telejornal para apresentar
à turma.
• Destacar o Tema Transversal contido no texto,
Pluralidade Cultural, por meio de pesquisa sobre a
variedade cultural de cada região( musica,
linguagem, culinária... ) quando cada grupo poderá
se encarregar da pesquisa sobre um lugar e
posteriormente montar a feirinha dos estados , na
sala de aula.
Olinda Rosa Ribas
Assessoria de Língua Portuguesa
Maio/2000.
O cravo brigou com a Que não soube remar
rosa Tiriri pra lá
Embaixo de uma sacada Tiriri pra cá
O cravo saiu ferido A Maria é velha
E a rosa despedaçada. E não quer casar
O cravo ficou doente
A rosa foi visitar
O cravo deu um
desmaio
E a rosa pôs-se a O sapo não lava o pé
chorar. Não lava porque não
quer
ele mora lá na lagoa
não lava o pé
A canoa virou porque não quer
Vou deixar ela virar mas que chulé!
Foi por causa da Maria
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27. Troce, retorce Como pode o peixe vivo
Procuro mas não vejo Viver fora da água fria?
Não sei se era pulga Como pode um peixe
Ou se era o percevejo vivo
Fizeram uma Viver fora da água fria?
combinação Como poderei viver?
Fizeram serenata Como poderei viver?
Bem debaixo do meu Sem a tua , sem a tua,
colchão Sem a tua companhia.
A barata diz que tem
Sete saias de filó
É mentira da barata Samba lê lê
Ela tem é uma só Tá doente
Ah! há, há Tá com a cabeça
Ah! há, há quebrada
Ela tem é uma só Samba lê lê
Precisava
Meu limão, meu limoeiro É de umas boas
Meu pé de jacarandá palmadas
Um vez esquindô lê,lê Samba, samba, samba
Outra vez esquindô lá lá ô lê lê
Outra vez esquindô lá,lá Pisa na barra da saia ô lá lá
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