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PLANO DIRETOR
      DE




   Arborização
     Urbana
Departamento de Desenvolvimento Econômico
  Divisão de Agricultura e Meio Ambiente
               Março 2010
PREFEITURA MUNICIPAL DE AGUAÍ
      Gutemberg Adrian de Oliveira
               Prefeito


DIVISÃO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
      Wilson Francisco Braga Martucci
                 Gerente


DIVISÃO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE
         Alex Sandro Cunha Biazoto
                  Gerente




PLANO MUNICIPAL
      DE




    Arborização
      Urbana
      Urbana
Apresentação

    Todos os povos do planeta vivem hoje, em maior ou menor grau, o
inesgotável dilema relativo a duas preocupações vitais: a escassez de
energia e de recursos naturais.

    Com     o avanço do conhecimento científico acerca dos sistemas
naturais, o advento de movimentos sociais e da utilização de meios de
comunicação em massa voltados para uma conscientização geral, tem sido
gradativamente derrubado o “mito” de uma natureza infinita e da
moderna tecnologia como solução para todos os problemas, o que ao
longo do tempo fundamentou uma economia linear contrária à
complexidade dos ciclos naturais.

    Desse modo, a    sociedade humana encontra-se “encurralada” entre a
necessidade de avançar no progresso, e fazer com que os recursos do
planeta resistam e forneçam subsistência a esse progresso, tornando-se
ainda disponíveis às gerações futuras.

    Apesar   de verídica, essa realidade mostra-se ainda distante. Os
caminhos alternativos que permitem conjugar desenvolvimento
socioeconômico ambientalmente sustentável já são percebidos por
muitos, mas executados por poucos. E nesse contexto, a sociedade inicia
um processo de reflexão sobre as questões ambientais a partir de suas
percepções sobre as alterações no ambiente, e consequentemente em sua
qualidade de vida. Assim, os que habitam a cidade se conscientizam da
importância da gestão ambiental através da ocorrência de momentos
desagradáveis como a falta de água e de energia, o calor excessivo, e a
inexistência de espaços de lazer. A elevada concentração humana no
espaço urbano sugere particular atenção. Neste meio, onde
oportunidades econômicas e culturais se estabelecem constituído
basicamente por edificações residenciais e comerciais, e áreas destinadas a
circulação de pessoas, conduções e mercadorias, existe a necessidade de
reforçar a arborização urbana, afim de, amenizar os impactos causados
pela expansão urbana.

    Diante   disso, a Prefeitura de Aguaí através de suas secretarias
municipais, assume o papel de agente responsável pela implantação do
sistema municipal de gestão ambiental e vem por meio deste, apresentar
o “Plano Diretor de Arborização Urbana” do município.

     Com    esta publicação, espera-se contribuir para incentivar o debate
e uma ação mais harmônica dos vários agentes sociais, na busca de
melhor qualidade de vida na cidade, estimulando a melhoria da
arborização urbana, preservação de referenciais regionais, com a
valorização de espécies nativas.

     Identificam-se  como as principais causas de conflitos: o uso de
espécies inadequadas, o não-atendimento de alguns princípios técnicos
básicos, a inexistência de Planos Municipais de Arborização e,
principalmente, a falta de comunicação sistemática entre vários agentes
do meio urbano – as empresas, poderes públicos municipais e a
comunidade.

     Neste  contexto, o ambiente urbano e sua arborização destacam-se
como prioridade. A Prefeitura Municipal de Aguaí entende a arborização
como um patrimônio ambiental de todos é um fator de valorização e de
promoção da qualidade de vida.

     A   ênfase na vegetação nativa representa uma contribuição no
sentido da melhoria da biodiversidade e da valorização de referenciais
ecológicos e paisagísticos.

     A   Prefeitura Municipal de Aguaí espera, com esta publicação,
contribuir para difusão de conhecimentos e fortalecer a comunicação nos
poderes públicos e com a população e, assim incentivar a expansão
ordenada da arborização para a melhoria do meio ambiente, da estética,
da segurança e da qualidade de vida no meio urbano.
GLOSS
GLOSSÁRIO

Acúleo – Estrutura de origem epidérmica com aspecto de espinho, encontrada em caules,
como, por exemplo, na roseira, e nas folhas.


Adubação       Processo de adição ao solo de substâncias, produtos ou organismos, que
contenham elementos essenciais ao desenvolvimento de plantas que são cultivadas.


Adubação de Manutenção         Prática de adubação utilizada para atender às exigências
nutricionais da planta sem afetar o seu nível de produção.


Adubo Orgânico        Adubo constituído essencialmente por elementos naturais (matéria
orgânica decomposta, esterco, dentre outros), isto é, sem o acréscimo de produtos químicos.


Aeração Re oxigenação da água com a ajuda do ar. A taxa de oxigênio dissolvido, expressa
em porcentagem de saturação, é uma característica representativa de certa massa de água e
de seu grau de poluição.


Aeração do Solo Processo através do qual é efetuada a troca de gases entre o ar do solo e o
ar atmosférico. Solos bem arejados apresentam ar de composição semelhante ao da
atmosfera logo acima da superfície, sendo que solos com arejamento deficiente, geralmente
apresentam taxa muito elevada de CO2, e, em conseqüência, uma baixa percentagem de
oxigênio em relação à atmosfera. A velocidade de aeração depende em muito do volume e da
continuidade dos poros do solo.


Arbusto    Vegetal lenhoso possuidor de um pequeno tronco, com ramificações desde a base,
e apresentando altura compreendida entre 3 5m.


Árvore     Vegetal lenhoso, dotado de tronco robusto, via de regra com um sistema de ramos
divaricados de primeira ordem, a partir de certo nível, de onde se dispõem as ramificações
da copa.


Biodiversidade    Total de genes, espécies e ecossistemas de uma região. A biodiversidade
genética refere se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações
da mesma espécie ou a variação genética dentro de uma população. A diversidade de
ecossistemas refere se à variedade de ecossistemas de uma dada região. A diversidade
cultural humana também pode ser considerada parte da biodiversidade, pois alguns
atributos das culturas humanas representam soluções aos problemas de sobrevivência em
determinados ambientes. A diversidade cultural manifesta se pela diversidade de linguagem,
crenças religiosas, práticas de manejo da terra, arte, música, estrutura social e seleção de
cultivos agrícolas, dentre outros.


Caducidade       Processo de adaptação de um vegetal através do qual as folhas caem antes de
brotarem novas folhas, permitindo deste modo que seja conservada água durante a estação
desfavorável, seja a fria (hibernação) seja a seca (estivação).


Caducifólio Vegetal que perde as folhas durante o período climático desfavorável.


Capoeira Vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas primárias.


                Morfológicas
Características Morfológicas     são os aspectos que distinguem visualmente as espécies umas
das outras, tais como a forma, a cor, o tamanho de flores, folhas, frutos, etc.


Caule       Porção do vegetal que se apresenta ordinariamente aérea, podendo, contudo, ser
submersa ou subterrânea, sendo que neste caso existem três categorias: o rizoma, o
tubérculo e o bulbo.


Colar – Parte inferior da inserção de um galho, que também exerce função importante na
cicatrização da base do galho podado. Pode apresentar saliência, indicando preparo da
árvore para perda de galho.


Colo – Parte intermediária entre o tronco e as raízes da árvore, que fica em contato com a
superfície do solo.


Compostagem Método de tratamento dos resíduos sólidos (lixo) através da fermentação da
matéria orgânica contida nos mesmos, conseguindo se a sua estabilização, sob a forma de
um adubo denominado composto. Na compostagem sobram normalmente cerca de 50% de
resíduos.


Controle Biológico – controle pela presença e ação natural de outros seres vivos, não
fazendo uso de produtos químicos estranhos àquele ambiente.


Controle Mecânico – retirada da praga fazendo uso das mãos ou de ferramentas.
Coriácea – Folha cuja consistência lembra couro.


Coroamento       Processo que consiste na remoção das herbáceas ao redor da muda de
espécies arbóreas ou arbustivas plantadas em covas. Normalmente tal processo é efetuado
em um raio não superior a 50 cm em volta da muda.


Costão     Trecho da costa que penetra em direção ao oceano, terminando abruptamente em
forma de escarpa.


Crista – Parte superior da inserção de um galho no tronco, com importante papel na
cicatrização da base do galho podado.


Decídua     Qualidade apresentada por uma comunidade vegetal, em que 50% ou mais de
seus indivíduos perdem todas as suas folhas ou parte delas, por um determinado período de
tempo, em resposta a condições climáticas desfavoráveis.


Diâmetro da Copa – É o comprimento entre dois pontos extremos da copa de uma árvore.
Imagine uma linha reta que una esses dois pontos, passando pelo centro da copa. Os
comprimentos dessa linha é o diâmetro de copa.


Estuário    Corpo aquoso litorâneo que apresenta circulação mais ou menos restrita, porém
ainda mantendo se ligado ao oceano aberto. Muitos estuários correspondem a
desembocaduras fluviais afogadas, sendo que outros são apenas canais que drenam zonas
pantanosas costeiras. Com base no processo físico dominante pode ser de dois tipos
principais: estuários dominados por marés, onde se formam os depósitos estuarinos
propriamente ditos e onde a dinâmica da corrente fluvial predomina sobre a marinha e,
conseqüentemente, sobre os processos deposicionais associados.


Fenologia    Estudo das relações entre os processos biológicos e o clima, como o que ocorre
na brotação, frutificação e floração nas plantas.


Fiação aérea convencional ou cabo nu – fios da rede elétrica, telefônica e/ou TV a cabo,
sustentados por cabo.


Fiação aérea isolada/multiplexada e protegida/compacta – os fios de transmissão elétrica
podem ser isolados totalmente por cobertura emborrachada especial ou podem ser
compactos com distanciadores ocupando menos espaço aéreo e com maior proteção do que
a fiação convencional. Esse tipo de fiação não entra em curto circuito quando em contato
com galhos de árvores.


Fitossanitário – diz respeito às condições de saúde das plantas.


Floração Denominação aplicada ao desabrochamento dos botões florais.


Gema Apical – Protuberância no caule ou nos ramos de uma planta, que dá origem a folhas,
flores e a outros ramos. Pode ser lateral ou apical.


Manguezal     Ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos sujeitos à ação das marés
e localizados em áreas relativamente abrigadas, tais como baías, estuários e lagunas. São
normalmente constituídos de vasas lodosas recentes, às quais se associam uns tipos
particulares de flora e fauna.


Meio Ambiente         Conjunto dos agentes físicos, químicos, biológicos e dos fatores sociais
susceptíveis de exercerem um efeito direto ou mesmo indireto, imediato ou em longo prazo,
sobre todos os seres vivos, inclusive o homem.



Meristemas     sãos os tecidos das plantas que asseguram o seu crescimento.Os meristemas
consistem em células indiferenciadas com capacidade de divisão contínua.

Mesofauna – invertebrados habitantes do solo, de tamanho intermediário entre a
microfauna e a macrofauna. São responsáveis por fazer a decomposição inicial da matéria
orgânica (folhas, galhos, fezes de animais, etc) existentes no solo. Exemplos: minhocas,
pequenos besouros, formigas, vermes de vida livre, etc.


Mesófita Planta que vive em locais que apresentam luz difusa e umidade média.


Microorganismos – organismos microscópios como bactérias, fungos e protozoários que no
solo exercem a função de decomposição final da matéria orgânica, tornando disponível os
nutrientes químicos (nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, calcário, sódio, etc.) para as
raízes das plantas.


Perenifólia   Planta ou comunidade vegetal em que o processo de queda de folhas se dá de
forma paulatina, na mesma proporção do surgimento de folhas novas, nunca ficando
totalmente desprovida de folhagem.
Polinização    Transporte do pólen liberado pelas anteras para o estigma do gineceu da
mesma planta ou de outro indivíduo. Os tipos de polinização são: autopolinização e
polinização cruzada.


Recuo Frontal – distância entre a edificação e o limite do terreno com a calçada.


Restinga   Massa arenosa, disposta paralelamente à costa, e que permanece elevada acima
da maré mais alta (barreira).


Torrão – porção de terra que contém as raízes que são formadas no viveiro em uma lata ou
num saco plástico. No momento do plantio o que é enterrado é exatamente o torrão.


        Florestal
Viveiro Florestal   Denominação aplicada a uma determinada superfície do terreno que é
destinada a produzir plantas sadias e vigorosas, para posterior utilização nas plantações.
Pode ser provisório ou permanente.
SUMÁRIO

I.Informações Gerais
        I.1. Áreas Municipais
        I.2. Situação Geográfica
        I.3. Altitude e Localização
        I.4. Topografia
        I.5. Clima
        I.6. Precipitação
        I.7. Temperatura
        I.8. Evapotranspiração
        I.9. Ventos Predominantes
        I.10. Meio Biológico / Vegetação
II. INTRODUÇÃO
III. OBJETIVO
IV.JUSTIFICATIVA
V.O VALOR DE UMA ÁRVORE
VI.ANÁLISE DO LOCAL VERSUS CARACTERÍSTICAS DA PLANTA
VII.ESCOLHENDO O QUE PLANTAR
        VII.1. Porte Pequeno
        VII.2. Porte Médio
        VII.3. Porte Grande
VIII.AÇÕES DO PLANEJAMENTO DO PROJETO DE ARBORIZAÇÃO
IX. PLANTIO DE ÁRVORES
        IX.1. Abertura de Covas e Preparo do local
        IX.2. Plantio da muda no local definitivo
        IX.3. Protetores e Condutores das Mudas
        IX.4. Irrigação
        IX.5. Tratamento fitossanitário
        IX.6. Manutenção
        IX.7. Adubação Complementar
X.REPOSIÇÃO DE MUDAS E RENOVAÇÃO DE ÁRVORES
XI. FATORES ESTÉTICOS
XII. DISTÂNCIAS MÍNIMAS ENTRE ASÁRVORES E OS EQUIPAMENTOS
      URBANOS PRESENTES NAS CALÇADAS
XIII. PARÂMETROS PARA A ARBORIZAÇÃO DE ÁREAS LIVRES PÚBLICAS
XIV. MANEJO
                a) Poda de Formação
                b) Poda de Limpeza
                c) Poda de elevação da base da copa
                d) Poda de contenção
        XIV.1. Época de Poda
        XIV.2. Podas de árvores em logradouros públicos
        XIV.3. Poda de raiz
        XIV.4. Avifauna e poda
        XIV.5. Ferramentas adequadas para serviços de poda
        XIV.6. Extração de Árvores Urbanas
        XIV.7. Resíduos do Manejo da Arborização Urbana
XV.AUTORIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL
XV.1. Situações em que não é Necessária a Autorização do Poder Público
              Municipal
XVI. PROGRAMAS DO PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA
       XVI.1 Programa Adote uma Praça
XVII. AÇÕES DE PLANEJAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO
       URBANA
       XVII.1 Formação da equipe responsável pelo projeto
       XVII.2 Relações dos locais a ser plantados
       XVII.3. Cadastro de Arborização
       XVII.4. Divulgação para Arborização
       XVII.5. Parcerias em projetos e ações de arborização urbana
       XVII.6. Cronograma do Projeto de Arborização Urbana
XVIII. Considerações finais
XIX. Conclusão
XX. Referencia Bibliográficas
I. INFORMAÇÕES GERAIS

I.1. Áreas Municipais

      Área do Município 501 Km²
      Área Urbana = 743,20 ha
      Área Rural = 46.593,30 há

I.2. Situação Geográfica

      Situado na zona geográfica do Nordeste Paulista

I.3. Altitude e Localização

             Altitude Máxima: 820 m
             Altitude Mínima: 580 m
             Altitude Média 660 m
             Latitude Sul: 22º 04’
             Longitude Oeste: 46º 58’


I.4. Topografia

      Plana

I.5. Clima

Temperado.


      Segundo a classificação climática de Koppen, que está fundamentada nos
valores médios da temperatura do ar e precipitação pluviométrica, pertence ao
Grupo C (mesotérmico) que apresenta 4 subdivisões: Cwa, Cwb, Cfa e Cfb,
caracterizadas por pequenas variações pluviométricas e de temperatura. Dois tipos
estão presentes na área: Cwa e Cwb.

       O tipo Cwa – mesodérmico de inverno seco, com verões quentes e estação
chuvosa no verão, temperatura média do mês mais frio inferior a 18º C e do mês
mais quente superior a 23º C. O total das chuvas do mês mais seco é inferior a 30
mm. O índice pluviométrico varia entre 1.100 a 1.700 mm diminuído a precipitação
de leste para oeste. A estação seca ocorre entre os meses de abril e setembro,
sendo julho o mês que atinge a máxima intensidade. O mês mais chuvoso oscila
entre janeiro e fevereiro, enquanto que o mês mais quente apresenta temperatura
entre 22º C 24º C.

      Este clima é predominantemente e está presente na área de ocorrência da
Depressão Periférica, estendendo-se até a linha divisória dos estados de São Paulo
e Minas Gerais, na região de Aguaí.
O subtipo Cwa grada para Cwb, clima mesotérmico de inverno seco, com
verão, próximo aos limites dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Abrange parte
de São Paulo e toda região sul mineira. Neste Clima a temperatura do mês mais
quente não atinge 22º C, situando-se o índice pluviométrico entre 1.300 a 1.700 mm.
O período mais seco também é julho, mês que ocorrem normalmente as mais baixas
temperaturas médias (em torno de 16º C). A estação seca estende-se de maio a
setembro, atingindo a evaporação índices baixos devido ao abrandamento da
temperatura neste período. O mês mais chuvoso é, em geral janeiro, quando o total
das chuvas atinge mais de dez vezes as do mês de julho. É também denominado de
“clima tropical de altitude”, pois é característico de terras altas. Sua diferenciação do
tipo anterior (Cwa) é através da temperatura, que não ultrapassa os 22º C no mês
mais quente, ao contrário daquele em que se situa entre 22º C a 24º C.

      O mês mais seco é julho com totais pluviométricos acima de 30 mm. O mês
mais chuvoso é janeiro. O índice pluviométrico desse tipo climático varia entre 1100
e 1700 mm.


I.6. Precipitação

      Índice Pluviométrico Médio Anual (mm): 1.500 mm/ano

       No período de outubro a março, ocorrem 80% do total das chuvas anuais,
restando 20% para o semestre de abril e setembro. As máximas de chuva ocorrem
nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e as mínimas, nos meses de junho,
julho e agosto.


I.7. Temperatura

      Temperatura Máxima: 32ºC
      Temperatura Mínima: 14ºC
      Temperatura Média: 23ºC
      Temperatura Média/Mínima: 16ºC
      Temperatura Média/Máxima: 30ºC


I.8. Evapotranspiração

      A evapotranspiração foi calculada segundo Thorntwaite, sendo obtido para
esta bacia o volume de 980 mm / ano.


I.9. Ventos Predominantes

      Os ventos predominantes, são os alíseos que tem velocidade média de 5,4
Km/h, podendo atingir até 7 Km/h nos meses de máxima.
I.10. Meio Biológico / Vegetação

         A vegetação nativa predominante na região é Floresta Estacional
Semidecidual e algumas parcelas da Floresta Ombrófila Densa, onde existem
espécies como dos gêneros Hymenaea (Jatobá), Copaífera (Óleo de Copaíba),
Peltophorum (Canafístula), Tabebuia SP (Ipê), inga SP (Ingá), além de indivíduos
caducifólios como Cedrela, Cariniana e Parapiptadenia.
         A região da área urbana do município é uma área de tensão ecológica quanto
à distribuição regional da vegetação. Chama-se área de tensão ecológica o contato
entre regiões fitoecológicas diferentes, através da interpenetração de seus
ambientes, caracterizando uma mistura de espécies, formando agrupamentos
florísticos de difícil separação.

       Em nossa região ocorre a Formação Montana, que é a que apresenta maior
número de agrupamentos remanascentes na área abrangida pelos ambientes da
Floresta Estacional Semidecidual. Ela ocorre nas altitudes entre 500 a 1.500 m,
revestindo os diques de diabásio da Formação Serra Geral na Bacia do Paraná, e
sobre o relevo dissecado do embasamento de litologia variada.

       Nestas áreas as espécies mais freqüentes do estado dominante são peroba
(Aspidosperma sp), angico (Piptadenia sp), jequitibá (Cariniana sp), canelas (Ocotea
sp e Nectandra sp) e sapucaia (Lecythis sp). Estas áreas, apesar de já sofrerem
grande intervenção, ainda guardam as características naturais primitivas da outrora
exuberante floresta que cobriu extensas áreas, e que atualmente foi praticamente
substituída por pastagens e vegetação secundária sem palmeiras.

       As áreas que integram os ambientes de tensão ecológica entre as regiões da
savana e da floresta estacional semidecidual são aquelas que estão sob influência
do clima estacional. A savana está representada pela formação arbórea aberta,
caracterizada pela grande ocorrência de nanofanerófitas como a sucupira-branca
(Pterodon sp), angico-veremelho (Piptadenia sp), pau-terra (Qualea sp), pimenta-de-
macaco      (Xylopia   sp)   e    barbatimão    (Stryphnodendron     sp),   faveira
(Dimorphandramollis), murici (Byrsonima sp) e lixeira (Curatella americana). A
floresta estacional semi decidual está representada pela ocorrência das
macrofanerófitas como a peroba-rosa (Aspidosperma sp), jequitibá-rosa (Cariniana
sp), e cedro-rosa (Cedrela sp) e das mesofanerófitas óleo-de-copaíba (Copaifera sp)
e canelas (Ocotea sp e Nectandra sp).

      Atualmente, face à intensa ação antrópica nesses ambientes, a cobertura
II. INTRODUÇÃO

      Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pelo meio urbano.
As cidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e
desordenada, sem um planejamento adequado de ocupação, provocando vários
problemas que interferem na qualidade de vida do homem que vive na cidade.

       A arborização, como um todo, tem sido de grande importância na melhoria
das condições de vida nos centros urbanos. Dê modo geral observa-se que o
reflorestamento é de suma importância para a vida humana e do planeta.

      A diversidade florística da vegetação é um aspecto essencial quando se trata
de arborização, pois mantém as características da vegetação nativa, além de evitar
o ataque de pragas e doenças. Daí, a importância de se saber que árvore plantar, de
acordo com as espécies que ocorrem na região.

     As árvores plantadas no meio urbano proporcionam relevantes benefícios
ambientais às comunidades, tais como:

   Sombreamento;
   Melhoria do clima urbano, com redução da temperatura e liberação de
   umidade para o ar (frescor);
   Conforto Microclimático;
   Amenizam conseqüências indesejáveis da insolação direta;
   Maior equilíbrio ecológico, pois as árvores fornecem abrigo e alimentos para
   muitos seres vivos;
   Seqüestro de CO2 e produção de oxigênio, reduzindo a poluição do ar;
   Amenização da poluição sonora;
   Saneamento Ambiental;
   Melhoram o solo por meio de suas raízes e folhas;
  Diminuem a força da água da chuva que cai no solo;
  Regularização Hídrica e Controle de Poluição;
  Barreiras Vegetais;
  Controle de redução da biodiversidade;
  Controle de Vetores;
  Controle Ambiental nas Edificações;
  Controle da Poluição Visual;
  Ornamentação em formas e cores;
   Criam lugares agradáveis para encontros, descanso e brincadeira...

     O sucesso do projeto de arborização é diretamente proporcional ao
comprometimento e à participação da população local.
III. OBJETIVO


- Arborizar o município de Aguaí;
- Melhorar a qualidade de vida da população aguaiana.
- Planejar a arborização e as futuras intervenções urbanas no município;
- Incentivar a participação popular nas ações de arborização.


IV. JUSTIFICATIVA

       O município de Aguaí apresenta acelerado crescimento demográfico, que
conjugado a outras variáveis do espaço urbano, contribui de forma significativa nas
alterações dos elementos climáticos. De acordo com Furtado e Mello Filho (1999),
todos os elementos paisagísticos devem ser cuidadosamente tratados a fim de
trazer benefícios que interferirão no projeto integrado, visando a melhoria da
qualidade do ar, o sombreamento da edificação e adjacências, o controle da
ventilação e da umidade. A maior parte da carga térmica de uma edificação provém
da radiação solar e da temperatura do ar exterior, sendo necessário um rigoroso
controle dos elementos micro climáticos para eliminar um excesso de energia que
tornaria inóspito o ambiente construído.

      Outro fator importante que envolve a arborização urbana é o vinculo à saúde
das pessoas, contribuindo com bem estar de todas as comunidades e também com
todas outras espécies envolvidas.

      Através deste projeto pretende-se ordenar a arborização para evitar futuros
problemas de quebra de galhos, trinca em residências, danos no passeio público e
outros transtornos que motivam os moradores circunvizinhos a solicitar constantes
podas ou corte de árvores, ficando troncos secos no lugar da meia lua e diminuindo
cada vez mais a metragem quadrada de copa de árvore por habitante.
V. O VALOR DE UMA ÁRVORE

       Pode-se atribuir às árvores um valor sentimental, cultural ou histórico. Alguns
deles são valores subjetivos e, portanto difíceis de quantificar. A maioria das
pessoas considera o fator estético como sendo o principal na arborização urbana em
virtude da aparência das árvores serem diretamente perceptível, ao contrário dos
demais benefícios. As alterações que as árvores sofrem em função das estações do
ano fazem com que estas se apresentem ora com flores, ora sem folhas. Estas
modificações são importantes para a renovação da paisagem urbana. Elementos
como a textura, estrutura, forma e cor, inerentes às árvores, alteram o aspecto da
cidade, quebrando a monotonia e a frieza típica das construções.

       Outras qualidades que podem ser atribuídas às árvores urbanas é seu poder
de interferir em micro-climas e de reduzir a poluição, os ruídos e a temperatura. A
estes atributos, associam-se as contribuições sociais, que podem ser definidas como
saúde física e mental, as opções de recreação propiciadas pela arborização e o
aumento do valor das propriedades em função da existência de árvores ou áreas
verdes.

      Você sabia?

       Uma árvore isolada de grande porte se estiver em boas condições, pode
transpirar até 400 litros de água em um dia, enriquecendo a umidade do ar.

     Estima-se que um pequeno maciço de árvores e copas frondosas pode gerar
um ambiente sombreado com até 3ºC a menos de temperatura em relação ao
ambiente ao redor.

         A vegetação gera menos aquecimento do ar e de objetos próximos porque
reflete apenas 10 a 20% da radiação, enquanto que as superfícies artificiais podem
refletir até 50% da radiação interior.

      Maciços de árvores são até 40% mais eficientes do que campos gramados
para funcionar como zonas de amortecimento, ou seja, barreiras contra dispersão
de poluentes.

     Cientistas sociais e ecólogos comprovam que as famílias passam mais
tempo de folga juntas e têm mais relações sociais com seus vizinhos quando
moram próximas a áreas verdes.



       Como se pode observar são muitas as vantagens da arborização, porém
poucas cidades brasileiras possuem um planejamento nesse sentido, o que pode
ocasionar problemas como o plantio de espécies em locais inadequados, que podem
ao invés de trazer benefícios à população, gerar transtornos e desconfortos.
VI. ANÁLISE DO LOCAL VERSUS CARACTERÍSTICAS DA PLANTA

       A escolha das espécies se dá em função das características e peculiaridades
de cada local, com relação à ocorrência de fiação aérea, tubulação subterrânea e
índice de fertilidade e profundidade do solo. São utilizadas preferencialmente
espécies nativas da região de implantação, com características especiais para
Arborização Urbana.

       A partir da análise do local, serão escolhidas as espécies adequadas para o
plantio no logradouro público, bem como será definido o seu espaçamento.
Para efeito da aplicação destas normas, as espécies são caracterizadas como:

• nativas ou exóticas de pequeno porte (até 5,0m de altura) ou arbustivas
conduzidas;




• nativas ou exóticas de médio porte (5 a 10 m de altura);
• nativas ou exóticas de grande porte (> que 10 m de altura)




As espécies devem estar adaptadas ao clima, ter porte adequado ao espaço
disponível, ter forma e tamanho de copa compatíveis com o espaço disponível.

                    • certo                          • errado




      As espécies devem preferencialmente dar frutos pequenos, ter flores
pequenas e folhas coriáceas pouco suculentas, não apresentar princípios tóxicos
perigosos, apresentar rusticidade, ter sistema radicular que não prejudique o
calçamento e não ter espinhos. É aconselhável, evitar espécies que tornem
necessária a poda freqüente, tenham cerne frágil ou caule e ramos quebradiços,
sejam suscetíveis ao ataque de cupins, brocas ou agentes patogênicos.

      O uso de espécies de árvores frutíferas, com frutos comestíveis pelo homem,
deve ser objeto de projeto específico.

      A utilização de novas espécies, ou daquelas que se encontra em
experimentação, deve ser objeto também de projeto específico, devendo seu
desenvolvimento ser monitorado e adequado às características do local de plantio.

      As mudas a serem plantadas em vias públicas deverão obedecer às
seguintes características mínimas:

      • altura: 1,30m;
      • D.A.P. (diâmetro a altura do peito): 0,03 m;
      • altura da primeira bifurcação: 0,8 m;
      • ter boa formação;
      • ser isenta de pragas e doenças;
      • ter sistema radicular bem formado e consolidado nas embalagens;
      • ter copa formada por 3 (três) pernadas (ramos) alternadas;
      • o volume do torrão, na embalagem, deverá conter de 15 a 20 litros de
      substrato;
      •embalagem de plástico, tecido de aniagem ou jacá de fibra vegetal.
Tabela 1: Classificação de mudas conforme Portaria 02/DEPAVE/90

CLASSE       ALTURA (m)       DIÂMETRO DO          VOLUME DA
                               FUSTE (cm)         EMBALAGEM (l)
   A         0,20 a 0,70             *                  1
   B         0,70 a 1,50             *                2a5
   C         1,50 a 2,00     Maior ou igual a 1      5 a 12
   D         2,00 a 3,00     Maior ou igual a 2      12 a 20
   E        Acima de 3,00    Maior ou igual a 5       >20

      Para o plantio de árvores em vias públicas, os passeios deverão ter a largura
mínima de 2,40m em locais onde não é obrigatório o recuo das edificações em
relação ao alinhamento, e de 1,50m nos locais onde esse recuo for obrigatório.




Em passeios com largura inferior a 1,50m não é recomendável o plantio de árvores.
Em passeios com largura igual ou superior a 1,50 m e inferior a 2,00 m, recomenda-
se apenas o plantio de árvores de pequeno porte.
Em passeios com largura igual ou superior a 2,00 m e inferior a 2,40 m, poderão ser
plantadas árvores de pequeno e médio porte com altura até 8,00 m.




OBS: sob rede elétrica, recomenda-se apenas o plantio de árvores de pequeno
porte.




Em passeios com largura igual ou superior a 2,40 m e inferior a 3,00 m, poderão ser
plantadas árvores de pequeno, médio ou grande porte, com altura até 12,0 m.

OBS: Sob rede elétrica, recomenda-se apenas o plantio de árvores de pequeno
porte.

Em passeios com largura superior a 3,00 m, poderão ser plantadas árvores de
pequeno, médio ou grande porte com altura superior a 12,00 m.
OBS: Sob rede elétrica é possível o plantio de árvores de grande porte desde que a
muda não seja plantada no alinhamento da rede e que a copa das árvores seja
conduzida precocemente, através do trato cultural adequado, acima dessa rede.




       O posicionamento da árvore no passeio público com largura “P” superior a
1,80 m deverá admitir a distância “d”, do eixo da árvore até o meio fio, e “d” deverá
ser igual a uma vez e meia o raio “R” da circunferência circunscrita à base de seu
tronco, quando adulta, não devendo “d” ser inferior a trinta centímetros ( d= 1,5X R e
d maior ou igual a 30 cm ).
Na calçada onde existe rede elétrica, as árvores a serem plantadas devem
ser espécies de pequeno porte, obedecendo aos recuos necessários. Na calçada
onde não existe a rede elétrica, podem-se utilizar espécies de médio porte,
adequadas à paisagem local e ao espaço disponível.




          2,00 m ,6,00 m, 2,00 m     3,00 m,      6,00 m,   3,00 m




    2,00 m,       8,00 m,   2,00 m      3,00 m,        10,00 m,      3,00 m


   VII.     ESCOLHENDO O QUE PLANTAR

       É preciso escolher as espécies que serão plantadas em função do espaço
disponível e do resultado que se quer obter com a árvore adulta. Por exemplo, para
estacionamentos amplos, podemos optar por espécies de grande porte, de folhas
perenes que ofereçam sombra durante o ano todo e de frutos pequenos e leves que
não ofereçam riscos aos automóveis.
Para a escolha da espécie adequada, a árvore deve conter certas características,
como:
• Estar adaptada ao clima do local destinado;
• Ser espécie nativa da vegetação local (origem da espécie);
• Ter raízes profundas. Sistema radicular adequado;
• Possuir porte adequado ao espaço disponível;
• Apresentar tronco único e copa bem definida;
• Apresentar rusticidade;
• Dar frutos pequenos e silvestres, ou seja, frutos que não sejam comerciais;
• Dar flores pequenas, pouco suculentas e com cores vivas;
• Ter folhas preferencialmente pequenas e não coriáceas (duras);
• Ter desenvolvimento rápido;
• Não apresentar princípios tóxicos acentuados, ou seja, apresentar baixa
   toxicidade;
• Não apresentar princípios alérgicos;
• Não possuir espinhos.

       Deve-se evitar espécies que necessitem de poda freqüente, que tenham
tronco frágil, caule e ramos quebradiços, que sejam suscetíveis ao ataque de pragas
(brocas, cupins, cochonilhas etc.) e doenças.

      Para ajudar nessa escolha, foi construída uma lista de espécies indicadas
para a arborização urbana em Aguaí:

   •   Nome popular e científico;
   •   Porte da arvore;
   •   Tipo de copa;
   •   Indicações de onde plantar.

      Essa listagem, apresentada a seguir, foi construída com base em pesquisas e
na experiência de técnicos dedicados ao planejamento e manejo da arborização de
Aguaí. Não deve ser tomada como única fonte de pesquisa, pois há muitas outras
espécies que podem e devem ser utilizadas.
Plano diretor de arborização urbana do município de aguaí sp
VII.1. Porte Pequeno:

  São aquelas cuja altura na fase adulta atinge entre 4 e 5 metros e o raio de copa fica em torno de 2 a 3 metros. São espécies
apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m), com presença de fiação aérea e ausência de recuo predial. Temos como exemplos:

Nome          Nome                 Origem    Floração      Frutificação       Porte     Copa          Indicações         Observações
popular       científico
Aleluia,      Senna                mata      Dez-abr/      Mai-ago/ seco      pequeno   arredondada   calçadas           Crescimento
pau-fava      macranthera                    amarelo                                                                     rápido
Algodão –     Hysbiscus            mata      ago-jan/      Fev-abr / seco     pequeno   arredondada   Calçadas,
do - brejo    permambucensia                 amarelo                                                  praças, parques
Araçá         Psidium              mata      Jun-dez /     Set- mar /         pequeno   arredondada   Praças, parques
              cattleianum                    branca        carnoso
Astrapéia     Dombeya wallichii    exótica   Set-jan /     seco               pequeno   arredondada   Calçadas,          Crescimento
                                             branca                                                   praças, parques    rápido, rústica,
                                                                                                                         melífera
Calistemon    Callistemon          exótica   Jun-set /     Ano todo/seco      pequeno   pendente      Calçadas,          Rústica,
              viminalis                      vermelha                                                 praças, parques    ornamental
Calistemon    Callistemon          exótica   vermelha      seco               pequeno   pendente      Calçadas,
              “imperialis”                                                                            praças
Cambuci       campomanesia         mata      Ago-nov /     Jan- fev/          pequeno   arredondada   Calçadas,          Frutos comestíveis
                                             branca        carnoso                                    praças, parques
Cambuí        Myrciaria            mata      Nov-dez /     Jan-mar/           pequeno   arredondada   Calçadas,          Atrai aves
                                             branca        carnoso                                    praças, parques
Canudo –      Mabea fistulifrra    serrdão   Jan –abr /    Set – out / seco   pequeno   arredondada   Calçadas,          Crescimento lento,
de - pito                                    vermelha                                                 praças, parques    melífera
Capororoc     Rapanea              Mata,     Jun-jul       Out-dez            pequeno   arredondada   Calçadas,          Atrai aves
a – do -      guianensis           cerrado                                                            avenidas,
cerrado                                                                                               praças, parques,

Caputuna -    Metrodorea nigra     nativa    Set – Nov/    Mar – abr/ seco    pequeno   arredondada   Calçadas,          Atrai aves, prefere
preta                                        rosa escuro                                              avenidas,          sombra
                                                                                                      praças, parques,

Cerejeira –   Hexachalamysn        nativa    Ago-set /     Set-out / carnos   pequeno   arredondada   Praças, parques    Atrai aves
do – rio      edulis                         branco
grande
Fruto – de    Allophyllus edulis   mata      Set-nov /     Nov – dez /        pequeno   arredondada   Calçadas,          Atrai aves
– pombo,                                     creme         carnoso                                    praças
murta -
branca
Grevilea      Grevillea banksii    exótica   Ano todo/     seco               pequeno   arredondada   Calçadas,          Atrai beija-flor
anã                                          vermelho                                                 praças
Grumixam      Eugenia              nativas   Set-nov /     Nov-dez/           pequeno   arredondada   Calçadas,          Fruto comestível
a             brasiliensis                   branca        carnoso                                    avenidas,
praças, parques
Guaçatong     Casearia              mata      Jun-ago/        Set-nov/ seco      pequeno   arredondada   Calçadas,         Atrai Aves
a             sylvestris                      branca                                                     praças
Guaraiuva     Savia dictyocarpa     mata      Out-nov         Jan-fev / seco     pequeno   arredondada   Calçadas,
                                                                                                         praças
Ipê           Tabebuia              nativa    Ago-set /       Set- Nov / seco    pequeno   arredondada   Calçadas,
amarelo       chrysotricha                    amarelo                                                    avenidas,
                                                                                                         praças, parques
Ipê roxo      Tabebuia              nativa    Jun-ago/        Ago-nov/ seco      pequeno   arredondada   Calçadas,
anão          avellanedae var.                rosa escura                                                avenidas,
              paulensis                                                                                  praças, parques
Manacá -      Tibouchina            nativa    No-fev/ lilás   Fev-mar / seco     pequeno   arredondada   Calçadas,
da - serra    mutabilis                                                                                  avenidas,
                                                                                                         praças, parques
Pata – de -   Bauhinia forfficata   nativa    Mar – mai/      Jul – ago/seco     pequeno   arredondada   Calçadas,
vaca                                          branca                                                     avenidas,
                                                                                                         praças, parques
Pata – de –   Bauhinia              Exótica   Ou-dez/         seco               pequeno   arredondada   Calçadas
vaca rosa     monandra                        rosa claro
Pata – de –   Bauhinia purpurea     Exótica   Mar – ago /     seco               pequeno   arredondada   Calçadas
vaca roxa                                     roxo
Pau cigarra   Senna multijuga       nativa    Dez-abr /       Abr- jun / seco    pequeno   arredondada   Calçadas
Rabo - de -   Stifftia crysantha    nativa    Jul-set /       Set-nov / seco     pequeno   arredondada   Calçadas,         Crescimento lento
cutia                                         amarelo                                                    praças
Resedá        Lagerstroemia         exótica   Nov-fev /       Mar-jun / seco     pequeno   arredondada   Calçadas,         Muito ornamental
extremoso     indica                          branca, rosa                                               avenidas,
                                                                                                         praças
Suinã         Erythrina speciosa    nativa    Jun-set /       Out – Nov / seco   pequeno   arredondada   Praças, parques
                                              verm
Tarumã -      Vitex polygama        nativa    Out-nov /       Jan-abr /          pequeno   arredondada   Calçadas,         Atrai fauna
do -                                          branco          carnoso                                    avenidas,
cerrado                                                                                                  praças, parques
VII.2. Porte Médio:

São aquelas cuja altura na fase adulta atinge de 5 a 8 metros e o raio de copa varia em torno de 4 a 5 metros. São apropriadas
para calçadas largas (> 2,5m), com ausência de fiação aérea e presença de recuo predial. Podemos citar como exemplos:

Nome          Nome                  Origem     Floração      Frutificação        Porte   Copa          Indicações      Observaçõe
popular       científico                                                                                               s
Açoita -      Luehea divaricata     cerrado    Dez-fev /     Maio – ago / seco   Médio   arredondada   Praças,
cavalo                                         rosada                                                  parques
Aldrago       Pterocarpus           cerrado    Out-dez/      Maio-jul/seco       Médio   arredondada   Calçadas,
              violaceus                        creme                                                   avenidas,
                                                                                                       praças,
                                                                                                       parques
Alfeneiro –   Ligustrum             exótico    Out-fev /     carnoso             Médio   arredondada   Calçadas,       Resistente
do - japão    lucidum                          branco                                                  avenidas,
                                                                                                       praças
Amarelinh     Helietta apiculata    mata       Nov-dez /     Mar-maio/ seco      Médio   arredondada   Calçadas,
o                                              amarelo                                                 avenidas,
                                                                                                       praças,
                                                                                                       parques
Amoreira      Morus nigra           exótica    Jul-ago/      Vermelho a          Médio   pendente      Praças,         Atrai aves
                                               creme         preto/carnoso                             parques
Angelim -     Andira Fraxinifolia   mata       Nov – dez /   Fev-abr/seco        Médio   arredondada   Praças,
doce                                           rosa                                                    parques
Araçarana     Calyptranthes         Cerrado,   Mar-abr /     Jun-jul / carnoso   Médio   arredondada   Praças,         Muito bonita
              clusiifolia           mata       branca                                                  parques
Aroeira       Schinus molle         Mata       Ago-nov /     Fev – mar /seco     Médio   pendente      Calçadas,
salsa                                          creme                                                   praças,
                                                                                                       parques
Aroira -      Schinus               nativa     Set-jan /     Jan-jul / seco      Médio   arredondada   Calçadas,       Atrai aves, pode
pimenteira    terebinthifolius                 branca                                                  praças,         causar alergia
                                                                                                       parques
Bico - de -   Machaerium            nativa     Nov – fev /   Abr-jul / seco      Médio   arredondada   Calçadas,       Planta
pato          aculeatum                        roxa                                                    praças,         espinhenta
                                                                                                       parques
Calicarpa     Callicarpa            exótica    Fev-abr /     carnosa             Médio   arredondada   Calçadas,       Crescimento
              reevesii                         roxa                                                    praças,         rápido, rústica
                                                                                                       parques
Canela        Ocotea velutina       mata       Abr- mai /    Set-out / carnoso   Médio   arredondada   Praças,         Atrai aves
amarela                                        creme                                                   parques
Canela        Endlicheria           mata       Jan-mar       Mai-jul             médio   arredondada   Caçadas,aveni   Odor
cheirosa      paniculata                                     carnoso                                   das,praça       caracteristico
                                                                                                       parques
Capororoc     Rapanea               nativa     Mai-jun       Out-dez             médio   arredondada   Calçadas,       Atrai aves
a             ferruginea                       creme                                                   Avenidas
Praças
                                                                                                   parques

Caqui do     Matayba           mata         Set-nov     Dez-jan           médio   arredondada      Calçadas         Atrai aves
mato,        eleagnoids                     Creme       Creme                                      Avenidas
Olho-de                                     esverdead   esverdeada                                 Praças
boi                                                                                                parques
Cássia       Cássia            exótica      Set-dez     Out-jan           médio   pendente         Calçadas
imperial     fistula                        amarela     seco                                       Avenidas
                                                                                                   Praças
                                                                                                   parques
Catiguá      Trichilia hirta   mata         Out-nov     Mai-jun           médio   arredondada      Calçada          Ameaçada de
                                            creme       seco                                       Avenidas         Extinção
                                                                                                   Parques          Atrai aves
                                                                                                   praças
Catiguá      Trichilia         mata         Ago-out     Jan-març          médio   arredondada      Calçadas         Atrai aves
vermelho     claussenii                     creme       carnoso                                    Avenidas
                                                                                                   Parques
                                                                                                   praças
Folha de     Ouratea           Mata         Out-nov     Nov-jan           médio   arredondada      Calçadas         Atrai aves
castanha     castanaefolia     cerrado      amarela     carnoso                                    Avenidas         Crescimento
                                                                                                   Parques          rápido
                                                                                                   praças
Ingá do      Ingá              nativa       Ago-nov     Dez-fev           médio   arredondada      Praças e         Atrai aves
brejo        uruguensis                     branca      carnoso                                    parques
Ingá verde   Ingá              nativa       Ago-dez     Nov-fev           médio   arredondada      Avenidas         Fruto comestível
Ingá mirim   laurina                        branca      carnoso                                    Praças           Atrai aves
                                                                                                   parques
Ipe          Tabebuia          nativa       Ago-set     Set-out           médio   arredondada      Calçadas
amarelo      caraiba                        amarela     seco                                       Avenidas
                                                                                                   Praças
                                                                                                   parques
Ipe          Tabebuia          nativa       Ago-set     Out-nov           médio   arredondada      Calçadas,aveni
amarelo      umbellata                      amarela     seco                                       das
do brejo                                                                                           Parques



Ipe          Tabebuia          nativa       Ago-nov     Out-dez           médio   arredondada      Calçadas
amarelo      serratifolia                   amarela     seco                                       Avenidas
                                                                                                   Praças

Ipe          Tabebuia          nativa    Ago-out        A partir de out   médio        arredonda     Calçadas
amarelo      Róseo-alba                  branca         seco                           da            Avenidas
                                                                                                     Praças
                                                                                                     parques
Jambo        Syzzygium         exótica   Jul-nov        Dez-abr           médio        arredonda     Calçadas       Fruto
amarelo      jambos                      Branca         carnoso                        da            Praças         Comestível
                                         esverdead                                                   parques        aromático
Jambo          Syzzygium       exótica    Ago-fev       Jan-mai   médio   piramidal   Calçadas   Fruto
vermelho       malaccensis                Rosa          carnoso                       Avenidas   comestível
                                          púrpura                                     Praças
                                                                                      parques
Jatobá do      Hymenaea        cerrado    Dez-fev       Ago-set   médio   arredonda   Praças     Fruto
cerrado        stigonocarpa               creme         seco              da          parques    comestível
lofantera      Lophanthera     Floresta   Fev-mai       Set-out   médio   piramidal   Calçadas
               lactescens      amazoni    amarela       seco                          Avenidas
                               ca                                                     Praças
                                                                                      parques
magnólia       Magnólia        exótica    Jul-dez       Nov-jan   médio   arredonda   Avenidas   Flores
               grandiflora                branca        carnoso           da          Praças     perfumadas
                                                                                      parques
Magnólia       Michelia        exótica    Dez-fev       Fev-out   médio   piramidal   Calçadas   Atrai aves
amarela        champaca                   Amarelo       seco                          Avenidas   Flores
                                          alaranjada                                  Praças     perfumadas
                                                                                      parques
Maria          Guapira         nativa     Jul-out       Nov-fev   médio   arredonda   Calçadas   Atrai aves
mole           opposita                   verde         carnoso           da          Avenidas
                                                                                      Praças
                                                                                      parques
Marinheiro     Guarea          nativa     Dez-març      Nov-dez   médio   arredonda   Praças,    Atrai aves
,              guidonia                   branca        seco              da          parques    Prefere terrenos
camboatã                                                                                         Mal drenados

Mirindiba      Lafoensia       nativa     A partir de   Set-nov   médio   arredonda   Calçadas
               glyptocarpa                Jun-branca    seco              da          Avenidas
                                          vinho                                       Parques
                                                                                      praças
Mulungu        Erytrina        nativa     Jun-nov       Set-nov   médio   arredonda   Praças e   Beira rio
               falcata                    vermelha      seco              da          parques
Mulungu        Erytrina        nativa     Jul-set       Set-out   médio   arredonda   Avenidas   Muito
               mulungu                    alaranjada    seco              da          Praças     ornamental
                                                                                      parques    Atrai beija
                                                                                                 flor
Oiti             Licania       nativa     Jun-set       Jan-mar   médio   arredonda   Calçadas
                 tomentosa                branca        carnoso           da          Avenidas
                                                                                      Praças
                                                                                      parques
Pata de          Bauhinia      exótica    Out-jan       Jul-ago   médio   arredonda   calçadas
vaca             variegata                Branca rosa   seco              da
Pata de vaca     Bauhinia      exótica    Mai-jul                 médio   arredonda   Calçadas   Não
                 blakeana                 Vermelho                        da          Parques    frutifera
                                          arroxeado                                   praças
Pau-brasil       Caesalpinia   nativa     Set-out       Nov-jan   médio   arredonda   Calçadas   Desenvolve-se
                 echinata                 amarelo       seco              da          Praças     Melhor
                                                                                      parques    Na
                                                                                                 sombra
Pau           Vochysia        nativa    Nov-mar          Ago-set   médio   arredonda   Praças     Crescimento
De tucano     tucanorum                 amarela          seco              da          parques    lento


Pau-terra     Qualea          nativa    Nov-dez          Set-out   médio   arredonda   Calçadas
mirim         parviflora                lilás            seco              da          Avenidas
                                                                                       Praças
                                                                                       parques
Peito do      Tapiria         nativa    Ago-dez          Jan-mar   médio   arredonda   Praças     Atrai aves
pombo         guianensis                creme            carnoso           da          parques
Pitangueira   Eugenia         nativa    Ago-nov          Out-jan   médio   arredonda   Calçadas   Atrai fauna
              uniflora                  branca           carnoso           da          parques

Tamanqueiro   Aegiphila       nativa    Dez-jan/ creme   Fev-abr   médio   arredonda
              sellowiana
Quaresmeira   Tibouchina      nativa    Jun-ago          Jun-ago   médio   arredonda   Calçadas   Atria
              granulosa                 Dez-mar          Abr-mai           da          Avenidas   borboleta
                                        Rosa roxo        seco                          Parques
                                                                                       praça
Quereltéria   Koelreteria     exótica   Mar-mai          Mai-jun   médio   arredonda   Calçadas
              paniculata                salmão           seco              da          Avenidas
                                                                                       Praças
                                                                                       parques
Resedá de     Lagerstroemia   exótica   Out-dez          Mar-jun   médio   arredonda   Calçadas   Crescimento
Folha         speciosa                  rosa             seco              da          Avenidas   rápido
grauda                                                                                 praças
Sabão de      Sapindus        mata      Abr-jun          Set-out   médio   arredonda   Calçadas   Fruto
soldado       saponaria                 creme            seco              da          Avenidas   Urticante,
                                                                                       Parques    Crescimento
                                                                                       praças     moderado
Sapateiro     Pera            nativa    Jan-mar          Out-jan   médio   arredonda   Calçadas   Atria aves
tobocuva      glabrata                  amarelo          seco              da          Praças
                                                                                       parques
Uvaia         Eugenia         nativa    Ago-set          Set-jan   médio   arredonda   Praças     Atria fauna
              pyriformis                branca           carnoso           da          parques
VII.3. Grande Porte:

      São aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 8 metros de altura e o raio de copa é superior a 5 metros. Estas espécies
não são apropriadas para plantio em calçadas. Deverão ser utilizadas prioritariamente em praças, parques e quintais grandes.
Dentre elas, podemos citar:

Nome          Nome                Origem     Floração        Frutificação       Porte    Copa          Indicações        Observações
popular       científico
Alecrim –     Holocalyx           mata       Out-nov /       Dez-fev /          grande   arredondada   Calçadas,         Crescimento lento
de -          balansae                       branca          carnoso                                   avenidas,
campinas                                                                                               praças, parques
Almecega      Protium             mata       Ago - set       Nov-dez /          grande   arredondada   Praças, parques
              hetaphyllum                                    carnos
Amendoim      Platypodium         Mata,      Set – nov /     Set – out / seco   grande   arredondada   Praças, parques
– do -        elegans             cerradão   amarelo
campo
Cabreúva –    Myrocarpus          Mata       Set-out/        Nov-dez / seco     Grande   arredondada   Praças, parques   Flores melíferas
amarelo       frondosus                      verde-
                                             amarelo
Cabreúva -    Myroxylon           mata       Jul-set/        Out-nov / seco     grande   arredondada   Praças, parques
vermelho      peruiferum                     branca
Camboatá      Cupania vernalis    mata       Mar-mai/        Set-dez/           grande   arredondada   Praças, parques   Frutos
                                             creme           carnoso                                                     comestíveis, atrai
                                                                                                                         aves, melífera
Canela –      Poeccilanthe        mata       Fev-mai/        Jun-jul            grande   arredondada   Praças,
do brejo      parviflora benth               roxa                                                      avenidas,
                                                                                                       praças
Canela        Nectandra           mata       Jun-set /       Nov-ago            grande   arredondada   Praças, parques   Frutos atraem
ferrugem      megapotamica                   creme                                                                       aves

Canafístula   Peltophorum         mata       Dez-fev /       Mar – abr/ seco    grande   arredondada   Avenidas,         Muito ornamental
              dubium                         amarelo                                                   praças, parques
Canela        Ocotea odorífera    mata       Ago – set       Abr-jun / seco     grande   arredondada   Praças, parques   Odor
sassafrás                                    /creme                                                                      característico

Canjarana     Cabralea            mata       Set-out /       Ago – nov / seco   grande   arredondada   Praças, parques   Atrai aves
              canjerana                      branca
Cassia        Cassia javanica     exótica    Out-jan/ rosa   Nov-fev/ seco      grande   pendente      Avenidas,
javanesa,                                                                                              praças, parques
cássia
rosa
Cedro         Cedrella fissilis   mata       Ago-            Jun-ago/ seco      grande   arredondada   Praças, parques
                                             set/creme
Chichá        Sterculia chicha    mata       Nov-mar/        Mai-set / seco     grande   arredondada   Praças, parques   Atrai aves
                                             amarelo
Copaíba       Copaífera            cerradão    Nov-mar/       Jul-set/ seco    grande   arredondada   Avenidas,
              langsdorffii                     branca                                                 praças, parques
Coração-      Poecilanthe          mata        Out-nov /      Jun-jul / seco   grande   arredondada   Avenidas,
de-negro      parviflora                       branca                                                 praças, parques
Corticeira-   Cybistax             brasil      Dez-mar/       Mai-out          grande   arredondada   praças            Madeira fraca,
da-serra                                       verde                                                                    folhas caducas
Corrupita,    Corroupita           Região      Set-mar/       Dez-             grande   arredondada   Praças, parques   Muito ornamental
abricó-de-    guianensis           amazônica   vermelho       mar/carnoso                                               flor no caule,
macaco                                                                                                                  exala odor, fruto
                                                                                                                        muito grande
Dedaleiro     Lafoensia pacari     nativa      Out-dez/       Abr-jun/seco     grande   arredondada   Praças, parques
                                               branco
                                               amarelo
Embrira-      Lonchocarpus         nativa      Out-jan/       Jul/ ago         grande   arredondada   Praças, parques
de-sapo       muehlbergianus                   branca-lilás

Falso-        Lonchocarpus         mata        Dez-jan/       Jul-ago/seco     grande   arredondada   Avenidas,         Adaptado a
timbó,        guilleminianus                   creme                                                  praças, parques   terrenos pobres e
ingá-bravo                                                                                                              secos
Farinha       Albizia hassslerii   mata        Out-           Set-out / seco   grande   arredondada   Avenidas,         Crescimento
seca                                           jan/creme                                              praças, parques   rápido
Faveira,      Pterodon             cerrado     Set-nov/rosa   Jun-ago/ seco    grande   arredondada   Calçadas,         Crescimento lento
sucupira      emarginatus                                                                             avenidas,
lisa                                                                                                  praças, parques
Genipapo      Genipa americana     mata        Out-dez/       Nov-             grande   arredondada   Praças, parques   Fruto comestível
                                               branca         dez/carnoso
Guarantã      Esenbeckia           mata        Set-jan/       Jul-ago/ seco    grande   arredondada   Avenidas,         Suscetível à seca
              leiocarpa                        creme                                                  praças, parques
Guaritá       Astronium            nativa      Ago-nov /      Dez-fev/         Grande   arredondada   Praças, parques   Atrai aves
              graveolens                       branca         carnoso
Ipê           Tabebuia ochacea     nativa      Jul-ago/       Set-out/seco     grande   arredondada   Avenidas,
amarelo                                        amarelo                                                praças, parques
Ipê           Tabebuia vellossi    nativa      Jul-set/       Out-nov/ seco    grande   arredondada   Avenidas,         Flor símbolo do
amarelo do                                     amarelo                                                praças, parques   Brasil
brejo
Ipê rosa      Tabebuia             exótica     Ago-out/rosa   Set/seco         grande   arredondada   Calçadas,
              pentaphylla                      claro                                                  avenidas,
                                                                                                      praças, parques
Ipê roxo da   Tabebuia             mata        Jul-ago/roxo   Ago-nov/seco     grande   arredondada   Avenidas,
mata          avellanedae                                                                             praças, parques
Ipê roxo      Tabebuis             nativa      Maio-          Set-out/seco     grande   arredondada   Calçadas,
bolo          impertiginosa                    ago/rosa                                               avenidas,
                                                                                                      praças, parques
Ipê -roxo     Tabebuia             nativa      Mai-jul/rosa   Ago-set/seco     grande   arredondada   Avenidas,
              heptahylla                                                                              praças, parques
Jacarandá     Machaeruim           nativa      Out-dez/       Ago-set/seco     grande   arredondada   Avenidas,
              villosum                         creme                                                  praças, parques
Jatobá        Hymenaea             mata        Out-dez/       Jullo-ago/       grande   arredondada   Praças, parques   Fruto comestível
              courbaril                        branca         vagem
Jequitibá     Cariniana           nativa    Out-dez/         Ago-set/seco     grande   arredondada   Avenidas,         Frutos comestível
branco        estrellensis                  branco                                                   praças, parques
Jequitibá     Carinina legalis    nativa    Dez-             Ago-set/ seco    grande   arredondada   Praças, parques
rosa                                        fev/branca
Jerivá        Syagrus             nativa    Set-mar          Fev-ago/         grande   Caule único   Avenidas,         Atrai aves
              romanzoffiana                                  carnoso                                 praças, parques
Louro         Cordia trichotoma   nativa    Abr-jul/         Jul-set/seco     grande   arredondada   Avenidas,
pardo                                       branca                                                   praças, parques
Melaleuca     Melaleuca           exótico   Out-dez/         seco             grande   colunar       Praças, parques   Muito ornamental
              leucadendron                  branca
                                            amarelada
Monguba       Pachira aquático    nativa    Set-             Abr-jun/seco     grande   arredondada   Avenidas,
                                            nov/creme                                                praças, parques
Mulungu       Erythrina verna     nativa    Ago-set/         Out-nov          grande   arredondada   Avenidas,         Folhas atraem
                                            vermelho                                                 praças, parques   aves, crescimento
                                                                                                                       lento
Nó-de-        Physocalymma        nativa    Ago-set /        Set-out / seco   grande   piramidal     Avenidas,
porco,        scaberrimum                   lilás                                                    praças, parques
resedá
nacional
Olho – de -   Ormosia arborea     naticva   Out-nov/lilás    Set-out/seco     grande   arredondada   Avenidas,
cabra                                                                                                praças, parques
Paineira      CHorisia speciosa   nativa    Mar-mai/         Ago-set/seco     grande   arredondada   Praças, parques
                                            rosa
Pau d’alho    Gallesia            nativa    Fev-             Set-out/seco     grande   arredondada   Praças, parques
              integrifolia                  abr/branca
Pau mulato    Calycophyllum       nativa    Jun-             Out-nov/ seco    grande   colunar       Praças, parques   Tronco ornamental
              spruceanum                    jul/branca
              nativa
Pau - ferro   Caesalpinia         nativa    Out-fev/         Jul-out/ seco    grande   arredondada   Avenidas,         Tronco ornamental
              leiostachya                   amarelo                                                  praças, parques
Pau-           Balfourodendrom    nativa    Set-             Ago-set/seco     grande   arredondada   Praças, parques
marfim        riedelianum                   nov/creme
Pau -         Platycyamus         nativa    Fev-abr/ lilás   Ago-set/seco     grande   arredondada   Calçadas,         Bastante
pereira       regnellii                                                                              avenidas,         ornamental, rápido
                                                                                                     praças, parques   crescimento
Pau-rei       Pterigota           nativa    Jul-out/         Jun-ago/seco     grande   arredondada   Praças, parques
              brasiliensis                  marraom
                                            claro
Pau-ripa      Luetzelburgia       nativa    Dez-fev/         Mar-mai/seco     grande   arredondada   Praças, parques   Ameaçada de
              auriculata                    vermelho                                                                   extinção
Pau-terra,    Qualea parviflora   nativa    Out-jan/mai-     Ago-set/seco     grande   arredondada   Calçadas,
jundiaí                                     jun/branco                                               avenidas,
                                                                                                     praças, parques
Peroba        Aspidosperma        nativa    Set-nov          Ago-set/seco     grande   arredondada   Calçadas,
poca          polyneuron                                                                             avenidas,
                                                                                                     praças
Peroba        Aspidosperma        nativa    Out-             Ago-set/seco     grande   arredondada   Praças, parques   Ameaçada de
rosa          polyneuron                    nov/creme                                                                  extinção
Pinange      Koelreuteria        Formasa e   Dez-abr/         Maio-jun       grande   arredondada   Avenidas,         Raiz superficial,
             paniculata          ilhas       amarelo                                                praças, parques   ornamental
Pindaiva     Duguetia            nativa      Out-nov/         Mar-mai/       grande   arredondada   Calçadas,         Atria fauna,
             lancealata                      marrom           carnoso                               avenidas,         crescimento lento
                                                                                                    praças, parques
Pinha-do-    Talauma ovata       nativa      Out-dez/         Ago-set/seco   grande   arredondada   Praças, parques   Prefere terrenos
brejo                                        branca                                                                   mal drenados
Sapucaia     Lecythis pisonis    nativa      Set-out/ lilás   Ago-set/seco   grande   arredondada   Praças, parques   Frutos muito
                                                                                                                      grandes
Sibipiruna   Caesalpina          nativa      Jn-set/verm      Ou-nov/seco    grande   arredondada   Praças, parques   Atria beijar-flor
             peltophoroides
Sombreiro    Clitoria            nativa      Set-mar/lilás    Mai-jul/seco   grande   arredondada   Praças,
             fairchildiana                                                                          avenidas,
                                                                                                    parques
Oiti         Licania tomentosa   Pe,Pi até   Jun-set /        Jan - mar      grande   arredondada   Praças,           Crescimento lento
             (Benth.) Fristsch   Mg          branca                                                 avenidas,         a médio, atria
                                                                                                    parques           fauna em geral
VIII.     AÇÕES DO PLANEJAMENTO DO PROJETO DE ARBORIZAÇÃO

       Formação de uma equipe responsável pelo projeto de arborização urbana,
sendo composta por técnicos ou até mesmo por voluntários da comunidade em
geral, com responsabilidades, experiência e capacitação específica.


IX. PLANTIO DE ÁRVORES

IX.1. Abertura de Covas e Preparo do local;


      A cova deve ter dimensões mínimas de 0,60 x 0,60 x 0,60 m, devendo conter,
com folga, o torrão. Deve ser aberta de modo que a muda fique centralizada,
prevendo a manutenção da faixa de passagem de 1,20m. Caso o solo esteja muito
compactado ou com restos de entulho de construções, podem-se aumentar as
dimensões. As covas podem ser circulares, com diâmetro e profundidade de 0,60 m.

       Todo entulho decorrente da quebra de passeio para abertura de cova deve
ser recolhido, e o perímetro da cova deve receber acabamento após o término do
plantio.

       O solo de preenchimento da cova deve estar livre de entulho e lixo, sendo que
o solo inadequado – compactado, ou com excesso de entulho – deve ser substituído
por outro, com constituição, porosidade, estrutura e permeabilidade adequadas ao
bom desenvolvimento da muda plantada.

       O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a criar condições para
a captação de água, e sempre que as características do passeio público permitem,
deve ser mantida área não impermeabilizada em torno das árvores na forma de
canteiro, faixa ou soluções similares. Porém, em qualquer situação deve ser mantida
área permeável de, no mínimo, 0,60 m de diâmetro ao redor da muda.

       Normalmente, as vias públicas possuem solo de baixa fertilidade, devido à
compactação e restos de entulho acumulados, sendo impróprio para o plantio. Deve-
se retirar a terra do local e substituí-la por terra de boa qualidade, preparada com
esterco de curral ou composto orgânico, em partes iguais. Se possível, fazer uma
análise química do solo do local da cova para avaliar e indicar a adubação mais
adequada.


        Sugestão de adubação orgânica da cova:
        10 litros de esterco de curral curtido ou 5 litros de esterco de galinha ou 1 litro de torta de mamona
        para 1 m³ de terra, ou seja, de 100 % da terra retirada da cova, separa-se 2/3 e mistura com 1/3 de
        adubo orgânico.


        Sugestão de adubação inorgânico da cova:
        200 gramas de 4 - 14 – 8 (Nitrogênio: Fósforo: Potássio) ou 400 gramas de superfosfato simples, para
        40 Kg de terra.
IX.2. Plantio da muda no local definitivo

  As mudas devem ser sadias, selecionadas no viveiro e apresentar características
saudáveis, como:

   •   Vigor;
   •   Rusticidade;
   •   Resistência a intempéries, pragas e doenças;
   •   Caule único sem ramificações laterais;
   •   Altura mínima de 1,30m, livre de ramos;
   •   Embalagem adequada.

    O plantio das mudas em áreas públicas deve ser feito no período de chuvas, de
preferência pela manhã, ou, no final da tarde, e nunca em horário que o sol esteja muito
forte, dando-se preferência aos dias nublados.

   Em princípio, a embalagem da muda, se for biodegradável, não deve ser retirada.
Corta-se o fundo da embalagem, aparam-se as raízes com tesoura de poda, coloca-se a
muda com cuidado dentro da cova e acrescenta-se a terra aos poucos. Antes de colocar
a muda dentro da cova, a mesma deve ter sua quantidade de folhas reduzida à metade
de modo a evitar perda de água por transpiração, assim como estar bem centralizada
dentro da cova.

       Se necessário, deve-se amparar a muda com tutor. O colo deve ficar no mesmo
nível da superfície; dependendo das condições da muda, o enterramento pode causar
morte futura. Fixar o tutor com a muda utilizando sisal ou outro material similar, de forma
que fique um oito deitado.




      A muda deve ser assentada na cova, de maneira que não fiquem espaços vazios.
A cova já fechada deve, na superfície, ter as bordas elevadas; o solo, ao redor da muda,
deve ser preparado de forma a criar condições que possibilitem a permanência da água
da chuva. Este processo é denominado de embaciamento ou coroamento de contenção.
Após o plantio, a muda deve ser irrigada até sua completa consolidação.

       O canteiro ideal para um bom desenvolvimento de árvores situadas em vias
públicas deve ter uma superfície suficiente que permita a entrada da água da chuva,
aeração do solo e futuras adubações. Este espaço deve ter no mínimo 1m² de área
(essa dimensão será variável, conforme o sistema radicular da espécie, base do tronco),
e ser preferencialmente coberto por gramado, livre da presença de ervas daninhas.
Determina-se que a distância entre a muda e o meio fio deva ser de 50 cm.

      A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e apenas no momento
do plantio. O colo da muda deve ficar no nível da superfície do solo. A muda deve
ser amparada por tutor, quando necessário, fixando-se a ele por amarrio de sisal ou
similar, em forma de oito deitado, permitindo, porém, certa mobilidade.

       A muda deve ser irrigada até sua completa consolidação.




IX.3. Protetores e Condutores das Mudas

        Para evitar danos à muda plantada, utiliza-se alguns tipos de protetores para
ajudar no desenvolvimento da planta até que esta atinja sua fase jovem.

       Tutores: devem ser fincados no fundo da cova, ao lado do torrão, sem prejudicar
       o desenvolvimento das raízes. Os tutores servem para direcionar e sustentar a
       planta, fazendo com que a mesma não perca o seu prumo. Podem ser de
       madeira ou de bambu e ter as seguintes dimensões:

   • Altura maior que 2,30 m, ficando no mínimo 0,50 cm até 1,0 m enterrado;
   • Deve ter largura e espessura de 0,04 m x 0,04 m ± 0,01 m, podendo a secção
     ser retangular ou circular, com a extremidade inferior pontiaguda para melhor
     fixação ao solo;
   • Acima do nível do solo, a altura deve ultrapassar o topo da muda;
   • Diâmetro: maior ou igual a 0,40cm.
   • As palmeiras e mudas com altura superior a 4,00 m devem ser amparadas
     por 03 (três) tutores;
Mudas superiores a 4,00m devem ser amparadas por três tutores, que deverão
ser pontiagudos na sua extremidade inferior para serem fixados ao solo com mais
firmeza.




      Gradis ou Protetores: cuja utilização é preconizada em áreas urbanas para
      evitar danos mecânicos como a de animais, possíveis vandalismos e
      depredações - principalmente ao tronco das árvores até sua completa
      consolidação. Existem os mais diversos modelos, com seção quadrada,
      triangular e circular, podendo ser feitos de madeira ou bambu. Devem atender
      às seguintes especificações:

        a) Ter uma área aberta, de maneira a não abafar as mudas, possibilitando a
           livre penetração dos raios solares e o suficiente arejamento, garantindo seu
           adequado desenvolvimento
        b) Altura mínima, acima do nível do solo, de 1,60 m;
        c) A área interna deve permitir inscrever um círculo com diâmetro maior ou
           igual a 0,38 m;
        d) As laterais devem permitir os tratos culturais;
        e) Os protetores devem permanecer, no mínimo, por 02 (dois) anos, sendo
           conservados em perfeitas condições;
        f) Projetos de veiculação de propaganda nos protetores devem ser
           submetidos à apreciação dos órgãos competentes.




IX.4. Irrigação

       A vegetação deve ser irrigada abundantemente, sempre que necessário,
principalmente nos períodos de estiagem.
Sugestão para Irrigação:

           •   No verão, jogue água a cada dois dias, caso não esteja chovendo;
           •   Na estação seca, jogue água todos os dias
           •   Procure aguar pela manhã ou final da tarde;
           •   Evite o excesso de água, pois pode ser prejudicial.




IX.5. Tratamento fitossanitário

       O tratamento fitossanitário deverá ser efetuado sempre que necessário, de
acordo com diagnóstico técnico e orientado pela legislação vigente sobre o assunto.
Este avaliará as mudas e emitirá um diagnóstico técnico, indicando o produto adequado
para cada caso. Por exemplo: ataque de formigas, de cochonilhas, pulgões, lagartas,
erva de passarinho, entre outros. Quando houver ataque de brocas, deve-se analisar em
que partes do vegetal a broca atacou, pois é preciso retirar toda a parte atacada. Se a
árvore estiver totalmente atacada será preciso erradicá-la e substituí-la por outra.

IX.6. Manutenção

      Após o plantio, inicia-se a fase de manutenção e conservação. As mudas
plantadas devem ser regularmente observadas para que se possa avaliar o seu
desenvolvimento e tomar as medidas necessárias para a correção de distorções no
crescimento das mesmas.

       Assim, deve-se verificar se está ocorrendo ataque de pragas e doenças,
ramificações indesejáveis, observar as condições dos gradis, tutores e amarrios,
para que os mesmos sejam substituídos caso estejam danificados.

IX.7. Adubação Complementar

       Caso a muda esteja fraca, pode ser que esteja precisando de algum nutriente,
sendo necessário realizar uma adubação. Esse problema deve ser resolvido com
orientação de um técnico habilitado, que indicará o adubo correto a ser utilizado.

X.   REPOSIÇÃO DE MUDAS E RENOVAÇÃO DE ÁRVORES

       A reposição das mudas é essencial para manter e alcançar o efeito
paisagístico necessário. Recomenda-se que o replantio seja feito sempre que
houver perda de mudas, utilizando-se a mesma espécie que foi plantada
anteriormente ou outra espécie que seja adequada ao local e à região.

       As árvores antigas plantadas em vias públicas que estiverem apresentando
sinais de degeneração por senescência, características de risco de queda, danos ao
patrimônio público, deformidade ou enfraquecimento por doenças, ataque de pragas,
podas sucessivas ou acidentes devem ser removidas por transplante e substituídas
por outra espécie adaptada à região.

      Na renovação do plantio deve-se observar:
• O Plano Municipal de Arborização Urbana;
      • A solução dos problemas que possam ter ocorrido durante o plantio anterior;
      • As espécies nativas adequadas ao local.

XI.    FATORES ESTÉTICOS

      Não se recomenda, em nenhuma circunstância, a caiação ou pintura das
árvores, pois se trata de uma prática inadequada e que deve ser abolida.

        É proibida a fixação de publicidade em árvores, pois além de ser antiestética,
tal prática prejudica a vegetação, conforme define a legislação vigente, Artigo n.º 108
da Lei n.º 858 de 31 de Dezembro de 1975 que Institui o Código de Postura do
Município de Aguaí.

      No caso do uso de “Placas de Identificação” de mudas de árvores, essas
deverão ser amarradas com material extensível, em altura acessível à leitura,
devendo ser substituída conforme necessário.

       Não se recomenda, sob o ponto de vista fitossanitário, a utilização de enfeites
e iluminação, como por ocasião de festas natalinas.

       Recomendando-se, porém, enquanto não regulamentado, que quando dessa
prática, sejam tomados os devidos cuidados para evitar ferimentos à árvore, bem
como a imediata remoção desses enfeites ao término dos festejos.


XII. DISTÂNCIAS MÍNIMAS ENTRE AS ÁRVORES E OS EQUIPAMENTOS
     URBANOS PRESENTES NAS CALÇADAS

   Antes de verificar as distâncias mínimas é interessante atentar para as alturas de
serviços públicos.
                       Tabela 2: Alturas de Serviços Públicos
                        Serviços                    Altura
                        Poste                       9 a 12 m
                        Condutor de Baixa Tensão    7,30 m
                        Condutor de Alta Tensão     8,20 a 9,40 m
                        Fio de Telefone             5,40 m



      Como regra geral para o plantio de árvores em calçadas pode ser adotadas as
      seguintes dimensões mínimas.
Tabela 3: Distanciamento
                                          Características Máximas da Espécie
 Distância Mínima em Relação a:       Pequeno
                                                    Médio Porte     Grande Porte
                                       Porte
Esquina (referenciada ao ponto de
  encontro dos alinhamentos dos        5,00 m          5,00 m            5,00 m
 lotes da quadra em que se situa)
        Iluminação pública               (1)             (1)            (1) e (2)
              Postes                   3,00 m          4,00 m          5,00 m (2)
     Placas de identificação e
                                         (3)             (3)               (3)
           sinalizações
   Equipamentos de segurança
                                       1,00 m          2,00 m            3,00 m
            (hidrantes)
  Instalações subterrâneas (gás,
 água, energia, telecomunicações       1,00 m          1,00 m            1,00 m
        esgoto, drenagem)
 Ramais de ligações subterrâneas       1,00 m          3,00 m            3,00 m
    Mobiliário urbano (bancas,
                                       2,00 m          2,00 m            3,00 m
   cabines, guaritas, telefones)
             Galerias                  1,00 m          1,00 m            1,00 m
Caixas de inspeção (boca-de-lobo,
  boca-de-leão, poço-de-visita,        2,00 m          2,00 m            3,00 m
  bueiros, caixas de passagem)
     Fachadas de edificação            2,40 m          2,40 m            3,00 m
Guia rebaixada, gárgula, borda de
        faixa de pedestre              1,00 m          2,00 m          1,50R (5)

        Transformadores                5,00 m          8,00 m           12,00 m

        Espécies arbóreas              5,00 (4)        8,00 (4)         12,00 (4)



Notas:
(1) Evitar interferências com cone de iluminação.
(2) Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser
conduzida (precocemente), através do trato cultural adequado, acima das fiações
aéreas e da iluminação pública.
(3) A visão dos usuários não deverá ser obstruída.
(4) Caso as espécies arbóreas sejam diferentes, poderá ser adotada a média
aritmética.
(5) Uma vez e meia o raio da circunferência circunscrita à base do tronco da árvore,
quando adulta, medida em metros.
XIII.   PARÂMETROS         PARA      A   ARBORIZAÇÃO    DE   ÁREAS        LIVRES
           PÚBLICAS

       Para efeito de aplicação dessas normas, são caracterizadas como áreas
livres públicas praças, áreas remanescentes de desapropriação, parques e demais
áreas verdes destinadas à utilização pública.
A distância mínima em relação aos diversos elementos de referência existentes em
áreas livres públicas deverá obedecer a correspondência abaixo especificada.

Tabela 4: Distâncias de Serviços Públicos
                                 Distância Mínima (m) para Árvores de:
                         Pequeno Porte          Médio Porte     Grande Porte
  Instalações                 1,0                 1,0                1,0
 Subterrâneas
Mobiliário Urbano              2,0                2,0                  3,0
     Galerias                  1,0                1,0                  1,0
   Caixas de                   2,0                2,0                  3,0
    Inspeção
 Guia rebaixada,               1,0                2,0                  3,0
    faixas de
    travessia
Transformadores                5,0                8,0                 12,0
  Vias Públicas                  -                 -                   5,0



   Nos locais onde já exista arborização, o projeto luminotécnico deve respeitar as
árvores, adequando postes e luminárias às condições locais. Nos locais onde não
existe iluminação nem arborização, deverá ser elaborado, pelos órgãos envolvidos,
projeto integrado.
O posicionamento da árvore não deverá obstruir a visão dos usuários em relação a
placas de identificação e sinalizações pré-existentes para orientação ao trânsito.




   Tabela 5: Plantio de árvores em passeio público
Largura “P” Características Distância “d” do Eixo           Porte das
    dos          Máximas da        das Árvores ao meio     Árvores sob
Passeios (m) Espécie altura fio em relação ao raio           Fiação
                 máxima “h”       “R” da Circunferência
                      (m)          circunscrita na base
                                       da árvore (m)
   P<1,50               -                    -                  -
1,50≤P<1,80     Pequeno porte       d = (P – 1,20)/2 (1)   Pequeno porte
                    h = 5,00
1,80≤P<2,40     Pequeno porte             d≥0,30           Pequeno porte
                    h = 5,00
2,00≤P<2,40       Médio porte       d≥0,30 e d = 1,50R     Pequeno porte
                    h = 8,00
2,40≤P<3,00 Médio e Grande          d≥0,30 e d = 1,50R     Pequeno porte
                porte h = 12,00                                  (2)
   P≥3,00        Grande porte                                 (2) e (3)
                   h > 12,00

Notas:
(1) A cova deverá ter seção retangular de 2d x 0,60 m quando não houver
possibilidade de utilização de grelhas ou pisos drenantes.
(2) Evitar interferências com cone de iluminação.
(3) Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser
conduzida (precocemente), através do trato cultural adequado, acima das fiações
aéreas e da iluminação pública.

As árvores deverão ser plantadas de forma que suas copas não venham a interferir
no cone de luz projetado pelas luminárias públicas.
XIV.   MANEJO


       Após o plantio inicia-se o período de manutenção e conservação, quando
deverá se cuidar da irrigação, das adubações de restituição, das podas, da
manutenção da permeabilidade dos canteiros ou faixas, de tratamento fitossanitário
e, por fim, e se necessário, da renovação do plantio, seja em razão de acidentes ou
maus tratos.
       As podas de limpeza e formação nas mudas plantadas deverão ser realizadas
da seguinte forma:

       a- Poda de Formação: retirada dos ramos laterais ou “ladrões” da muda,
          para conferir à árvore uma forma adequada durante o seu
          desenvolvimento;

       b- Poda de Limpeza: remoção de galhos secos ou doentes. Nesta poda,
          procura-se serrar os galhos sempre rentes ao tronco ou rente aos galhos
          mais grossos de onde partem. A poda de limpeza é importante para
          reduzir a disponibilidade de alimento para cupins, diminuindo sua
          infestação na cidade;

       c- Poda de elevação da base da copa: tem a finalidade de remover galhos
          pendentes ou que interfiram com demais usos nos passeios e áreas
          públicas. Também deve ser feito com critério, sem causar o desequilíbrio
          da árvore;

       d- Poda de contenção: serve para conter a copa da árvore abaixo dos fios
          elétricos e telefônicos. Este tipo de poda não é recomendado para
          espécies de grande porte, podendo comprometer a saúde e longevidade
          da árvore. É importante saber que esse tipo de poda requer manutenção
          constante, tendo em vista que o crescimento da árvore mantém-se
          enquanto ela estiver viva.
Os ramos secos/senis, doentes, praguejados ou parasitados podem, em
algumas circunstâncias, ter dimensões acima de 5 cm. Para esses casos, a poda
deverá ser executada em 3 cortes.

       Através do posicionamento do primeiro e segundo corte e do auxílio de
cordas, é possível direcionar a queda do ramo, desviando de obstáculos como fios e
edificações.

      O terceiro corte deve preservar o colar e a crista da casca intactos.

       O corte de ramos de grandes dimensões sem a utilização dos três cortes
danifica o tronco, pois provoca o descascamento ou remoção de lascas do lenho
logo abaixo do ramo. Esses ferimentos são portas de entrada para patógenos.

       Quando não há necessidade de remoção total do galho, o corte pode ser
realizado logo acima de uma gema, ou no seu ponto de inserção sobre o ramo
principal, ou ainda na axila de uma de suas ramificações.




       É imprescindível admitir que a arquitetura de uma árvore plantada
isoladamente é diferente de quando o indivíduo arbóreo cresce em uma floresta.
Assim, é preciso conhecer previamente uma árvore saudável para definir com maior
precisão a necessidade e o momento da intervenção (poda) bem como as partes a
serem eliminadas. Desta forma pode-se prolongar o “Tempo de Residência” de
espécies arbóreas nos vários nichos urbanos onde estão inseridas, considerando-se
todos os fatores ambientais imediatos que regem o seu desenvolvimento (poluição,
ação predatória, choques mecânicos, aeração do solo etc.).

       O padrão de desenvolvimento de uma árvore é dado pela longevidade e
direção do meristema apical. Este meristema, tendo crescimento indefinido em
altura, origina tronco vertical reto (monopodial). Quando este meristema tem vida
limitada, desenvolvem-se meristemas laterais, originando troncos simpodiais. Por
outro lado, quando os meristemas crescem para cima, verticalmente, o crescimento
é dito ortotrópico. Em espécies cujos meristemas crescem horizontalmente, o
crescimento é chamado plagiotrópico.
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  • 1. PLANO DIRETOR DE Arborização Urbana Departamento de Desenvolvimento Econômico Divisão de Agricultura e Meio Ambiente Março 2010
  • 2. PREFEITURA MUNICIPAL DE AGUAÍ Gutemberg Adrian de Oliveira Prefeito DIVISÃO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE Wilson Francisco Braga Martucci Gerente DIVISÃO DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE Alex Sandro Cunha Biazoto Gerente PLANO MUNICIPAL DE Arborização Urbana Urbana
  • 3. Apresentação Todos os povos do planeta vivem hoje, em maior ou menor grau, o inesgotável dilema relativo a duas preocupações vitais: a escassez de energia e de recursos naturais. Com o avanço do conhecimento científico acerca dos sistemas naturais, o advento de movimentos sociais e da utilização de meios de comunicação em massa voltados para uma conscientização geral, tem sido gradativamente derrubado o “mito” de uma natureza infinita e da moderna tecnologia como solução para todos os problemas, o que ao longo do tempo fundamentou uma economia linear contrária à complexidade dos ciclos naturais. Desse modo, a sociedade humana encontra-se “encurralada” entre a necessidade de avançar no progresso, e fazer com que os recursos do planeta resistam e forneçam subsistência a esse progresso, tornando-se ainda disponíveis às gerações futuras. Apesar de verídica, essa realidade mostra-se ainda distante. Os caminhos alternativos que permitem conjugar desenvolvimento socioeconômico ambientalmente sustentável já são percebidos por muitos, mas executados por poucos. E nesse contexto, a sociedade inicia um processo de reflexão sobre as questões ambientais a partir de suas percepções sobre as alterações no ambiente, e consequentemente em sua qualidade de vida. Assim, os que habitam a cidade se conscientizam da importância da gestão ambiental através da ocorrência de momentos desagradáveis como a falta de água e de energia, o calor excessivo, e a inexistência de espaços de lazer. A elevada concentração humana no espaço urbano sugere particular atenção. Neste meio, onde oportunidades econômicas e culturais se estabelecem constituído basicamente por edificações residenciais e comerciais, e áreas destinadas a circulação de pessoas, conduções e mercadorias, existe a necessidade de reforçar a arborização urbana, afim de, amenizar os impactos causados pela expansão urbana. Diante disso, a Prefeitura de Aguaí através de suas secretarias municipais, assume o papel de agente responsável pela implantação do
  • 4. sistema municipal de gestão ambiental e vem por meio deste, apresentar o “Plano Diretor de Arborização Urbana” do município. Com esta publicação, espera-se contribuir para incentivar o debate e uma ação mais harmônica dos vários agentes sociais, na busca de melhor qualidade de vida na cidade, estimulando a melhoria da arborização urbana, preservação de referenciais regionais, com a valorização de espécies nativas. Identificam-se como as principais causas de conflitos: o uso de espécies inadequadas, o não-atendimento de alguns princípios técnicos básicos, a inexistência de Planos Municipais de Arborização e, principalmente, a falta de comunicação sistemática entre vários agentes do meio urbano – as empresas, poderes públicos municipais e a comunidade. Neste contexto, o ambiente urbano e sua arborização destacam-se como prioridade. A Prefeitura Municipal de Aguaí entende a arborização como um patrimônio ambiental de todos é um fator de valorização e de promoção da qualidade de vida. A ênfase na vegetação nativa representa uma contribuição no sentido da melhoria da biodiversidade e da valorização de referenciais ecológicos e paisagísticos. A Prefeitura Municipal de Aguaí espera, com esta publicação, contribuir para difusão de conhecimentos e fortalecer a comunicação nos poderes públicos e com a população e, assim incentivar a expansão ordenada da arborização para a melhoria do meio ambiente, da estética, da segurança e da qualidade de vida no meio urbano.
  • 5. GLOSS GLOSSÁRIO Acúleo – Estrutura de origem epidérmica com aspecto de espinho, encontrada em caules, como, por exemplo, na roseira, e nas folhas. Adubação Processo de adição ao solo de substâncias, produtos ou organismos, que contenham elementos essenciais ao desenvolvimento de plantas que são cultivadas. Adubação de Manutenção Prática de adubação utilizada para atender às exigências nutricionais da planta sem afetar o seu nível de produção. Adubo Orgânico Adubo constituído essencialmente por elementos naturais (matéria orgânica decomposta, esterco, dentre outros), isto é, sem o acréscimo de produtos químicos. Aeração Re oxigenação da água com a ajuda do ar. A taxa de oxigênio dissolvido, expressa em porcentagem de saturação, é uma característica representativa de certa massa de água e de seu grau de poluição. Aeração do Solo Processo através do qual é efetuada a troca de gases entre o ar do solo e o ar atmosférico. Solos bem arejados apresentam ar de composição semelhante ao da atmosfera logo acima da superfície, sendo que solos com arejamento deficiente, geralmente apresentam taxa muito elevada de CO2, e, em conseqüência, uma baixa percentagem de oxigênio em relação à atmosfera. A velocidade de aeração depende em muito do volume e da continuidade dos poros do solo. Arbusto Vegetal lenhoso possuidor de um pequeno tronco, com ramificações desde a base, e apresentando altura compreendida entre 3 5m. Árvore Vegetal lenhoso, dotado de tronco robusto, via de regra com um sistema de ramos divaricados de primeira ordem, a partir de certo nível, de onde se dispõem as ramificações da copa. Biodiversidade Total de genes, espécies e ecossistemas de uma região. A biodiversidade genética refere se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma espécie ou a variação genética dentro de uma população. A diversidade de ecossistemas refere se à variedade de ecossistemas de uma dada região. A diversidade
  • 6. cultural humana também pode ser considerada parte da biodiversidade, pois alguns atributos das culturas humanas representam soluções aos problemas de sobrevivência em determinados ambientes. A diversidade cultural manifesta se pela diversidade de linguagem, crenças religiosas, práticas de manejo da terra, arte, música, estrutura social e seleção de cultivos agrícolas, dentre outros. Caducidade Processo de adaptação de um vegetal através do qual as folhas caem antes de brotarem novas folhas, permitindo deste modo que seja conservada água durante a estação desfavorável, seja a fria (hibernação) seja a seca (estivação). Caducifólio Vegetal que perde as folhas durante o período climático desfavorável. Capoeira Vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas primárias. Morfológicas Características Morfológicas são os aspectos que distinguem visualmente as espécies umas das outras, tais como a forma, a cor, o tamanho de flores, folhas, frutos, etc. Caule Porção do vegetal que se apresenta ordinariamente aérea, podendo, contudo, ser submersa ou subterrânea, sendo que neste caso existem três categorias: o rizoma, o tubérculo e o bulbo. Colar – Parte inferior da inserção de um galho, que também exerce função importante na cicatrização da base do galho podado. Pode apresentar saliência, indicando preparo da árvore para perda de galho. Colo – Parte intermediária entre o tronco e as raízes da árvore, que fica em contato com a superfície do solo. Compostagem Método de tratamento dos resíduos sólidos (lixo) através da fermentação da matéria orgânica contida nos mesmos, conseguindo se a sua estabilização, sob a forma de um adubo denominado composto. Na compostagem sobram normalmente cerca de 50% de resíduos. Controle Biológico – controle pela presença e ação natural de outros seres vivos, não fazendo uso de produtos químicos estranhos àquele ambiente. Controle Mecânico – retirada da praga fazendo uso das mãos ou de ferramentas.
  • 7. Coriácea – Folha cuja consistência lembra couro. Coroamento Processo que consiste na remoção das herbáceas ao redor da muda de espécies arbóreas ou arbustivas plantadas em covas. Normalmente tal processo é efetuado em um raio não superior a 50 cm em volta da muda. Costão Trecho da costa que penetra em direção ao oceano, terminando abruptamente em forma de escarpa. Crista – Parte superior da inserção de um galho no tronco, com importante papel na cicatrização da base do galho podado. Decídua Qualidade apresentada por uma comunidade vegetal, em que 50% ou mais de seus indivíduos perdem todas as suas folhas ou parte delas, por um determinado período de tempo, em resposta a condições climáticas desfavoráveis. Diâmetro da Copa – É o comprimento entre dois pontos extremos da copa de uma árvore. Imagine uma linha reta que una esses dois pontos, passando pelo centro da copa. Os comprimentos dessa linha é o diâmetro de copa. Estuário Corpo aquoso litorâneo que apresenta circulação mais ou menos restrita, porém ainda mantendo se ligado ao oceano aberto. Muitos estuários correspondem a desembocaduras fluviais afogadas, sendo que outros são apenas canais que drenam zonas pantanosas costeiras. Com base no processo físico dominante pode ser de dois tipos principais: estuários dominados por marés, onde se formam os depósitos estuarinos propriamente ditos e onde a dinâmica da corrente fluvial predomina sobre a marinha e, conseqüentemente, sobre os processos deposicionais associados. Fenologia Estudo das relações entre os processos biológicos e o clima, como o que ocorre na brotação, frutificação e floração nas plantas. Fiação aérea convencional ou cabo nu – fios da rede elétrica, telefônica e/ou TV a cabo, sustentados por cabo. Fiação aérea isolada/multiplexada e protegida/compacta – os fios de transmissão elétrica podem ser isolados totalmente por cobertura emborrachada especial ou podem ser compactos com distanciadores ocupando menos espaço aéreo e com maior proteção do que
  • 8. a fiação convencional. Esse tipo de fiação não entra em curto circuito quando em contato com galhos de árvores. Fitossanitário – diz respeito às condições de saúde das plantas. Floração Denominação aplicada ao desabrochamento dos botões florais. Gema Apical – Protuberância no caule ou nos ramos de uma planta, que dá origem a folhas, flores e a outros ramos. Pode ser lateral ou apical. Manguezal Ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos sujeitos à ação das marés e localizados em áreas relativamente abrigadas, tais como baías, estuários e lagunas. São normalmente constituídos de vasas lodosas recentes, às quais se associam uns tipos particulares de flora e fauna. Meio Ambiente Conjunto dos agentes físicos, químicos, biológicos e dos fatores sociais susceptíveis de exercerem um efeito direto ou mesmo indireto, imediato ou em longo prazo, sobre todos os seres vivos, inclusive o homem. Meristemas sãos os tecidos das plantas que asseguram o seu crescimento.Os meristemas consistem em células indiferenciadas com capacidade de divisão contínua. Mesofauna – invertebrados habitantes do solo, de tamanho intermediário entre a microfauna e a macrofauna. São responsáveis por fazer a decomposição inicial da matéria orgânica (folhas, galhos, fezes de animais, etc) existentes no solo. Exemplos: minhocas, pequenos besouros, formigas, vermes de vida livre, etc. Mesófita Planta que vive em locais que apresentam luz difusa e umidade média. Microorganismos – organismos microscópios como bactérias, fungos e protozoários que no solo exercem a função de decomposição final da matéria orgânica, tornando disponível os nutrientes químicos (nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, calcário, sódio, etc.) para as raízes das plantas. Perenifólia Planta ou comunidade vegetal em que o processo de queda de folhas se dá de forma paulatina, na mesma proporção do surgimento de folhas novas, nunca ficando totalmente desprovida de folhagem.
  • 9. Polinização Transporte do pólen liberado pelas anteras para o estigma do gineceu da mesma planta ou de outro indivíduo. Os tipos de polinização são: autopolinização e polinização cruzada. Recuo Frontal – distância entre a edificação e o limite do terreno com a calçada. Restinga Massa arenosa, disposta paralelamente à costa, e que permanece elevada acima da maré mais alta (barreira). Torrão – porção de terra que contém as raízes que são formadas no viveiro em uma lata ou num saco plástico. No momento do plantio o que é enterrado é exatamente o torrão. Florestal Viveiro Florestal Denominação aplicada a uma determinada superfície do terreno que é destinada a produzir plantas sadias e vigorosas, para posterior utilização nas plantações. Pode ser provisório ou permanente.
  • 10. SUMÁRIO I.Informações Gerais I.1. Áreas Municipais I.2. Situação Geográfica I.3. Altitude e Localização I.4. Topografia I.5. Clima I.6. Precipitação I.7. Temperatura I.8. Evapotranspiração I.9. Ventos Predominantes I.10. Meio Biológico / Vegetação II. INTRODUÇÃO III. OBJETIVO IV.JUSTIFICATIVA V.O VALOR DE UMA ÁRVORE VI.ANÁLISE DO LOCAL VERSUS CARACTERÍSTICAS DA PLANTA VII.ESCOLHENDO O QUE PLANTAR VII.1. Porte Pequeno VII.2. Porte Médio VII.3. Porte Grande VIII.AÇÕES DO PLANEJAMENTO DO PROJETO DE ARBORIZAÇÃO IX. PLANTIO DE ÁRVORES IX.1. Abertura de Covas e Preparo do local IX.2. Plantio da muda no local definitivo IX.3. Protetores e Condutores das Mudas IX.4. Irrigação IX.5. Tratamento fitossanitário IX.6. Manutenção IX.7. Adubação Complementar X.REPOSIÇÃO DE MUDAS E RENOVAÇÃO DE ÁRVORES XI. FATORES ESTÉTICOS XII. DISTÂNCIAS MÍNIMAS ENTRE ASÁRVORES E OS EQUIPAMENTOS URBANOS PRESENTES NAS CALÇADAS XIII. PARÂMETROS PARA A ARBORIZAÇÃO DE ÁREAS LIVRES PÚBLICAS XIV. MANEJO a) Poda de Formação b) Poda de Limpeza c) Poda de elevação da base da copa d) Poda de contenção XIV.1. Época de Poda XIV.2. Podas de árvores em logradouros públicos XIV.3. Poda de raiz XIV.4. Avifauna e poda XIV.5. Ferramentas adequadas para serviços de poda XIV.6. Extração de Árvores Urbanas XIV.7. Resíduos do Manejo da Arborização Urbana XV.AUTORIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL
  • 11. XV.1. Situações em que não é Necessária a Autorização do Poder Público Municipal XVI. PROGRAMAS DO PLANO DE ARBORIZAÇÃO URBANA XVI.1 Programa Adote uma Praça XVII. AÇÕES DE PLANEJAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA XVII.1 Formação da equipe responsável pelo projeto XVII.2 Relações dos locais a ser plantados XVII.3. Cadastro de Arborização XVII.4. Divulgação para Arborização XVII.5. Parcerias em projetos e ações de arborização urbana XVII.6. Cronograma do Projeto de Arborização Urbana XVIII. Considerações finais XIX. Conclusão XX. Referencia Bibliográficas
  • 12. I. INFORMAÇÕES GERAIS I.1. Áreas Municipais Área do Município 501 Km² Área Urbana = 743,20 ha Área Rural = 46.593,30 há I.2. Situação Geográfica Situado na zona geográfica do Nordeste Paulista I.3. Altitude e Localização Altitude Máxima: 820 m Altitude Mínima: 580 m Altitude Média 660 m Latitude Sul: 22º 04’ Longitude Oeste: 46º 58’ I.4. Topografia Plana I.5. Clima Temperado. Segundo a classificação climática de Koppen, que está fundamentada nos valores médios da temperatura do ar e precipitação pluviométrica, pertence ao Grupo C (mesotérmico) que apresenta 4 subdivisões: Cwa, Cwb, Cfa e Cfb, caracterizadas por pequenas variações pluviométricas e de temperatura. Dois tipos estão presentes na área: Cwa e Cwb. O tipo Cwa – mesodérmico de inverno seco, com verões quentes e estação chuvosa no verão, temperatura média do mês mais frio inferior a 18º C e do mês mais quente superior a 23º C. O total das chuvas do mês mais seco é inferior a 30 mm. O índice pluviométrico varia entre 1.100 a 1.700 mm diminuído a precipitação de leste para oeste. A estação seca ocorre entre os meses de abril e setembro, sendo julho o mês que atinge a máxima intensidade. O mês mais chuvoso oscila entre janeiro e fevereiro, enquanto que o mês mais quente apresenta temperatura entre 22º C 24º C. Este clima é predominantemente e está presente na área de ocorrência da Depressão Periférica, estendendo-se até a linha divisória dos estados de São Paulo e Minas Gerais, na região de Aguaí.
  • 13. O subtipo Cwa grada para Cwb, clima mesotérmico de inverno seco, com verão, próximo aos limites dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Abrange parte de São Paulo e toda região sul mineira. Neste Clima a temperatura do mês mais quente não atinge 22º C, situando-se o índice pluviométrico entre 1.300 a 1.700 mm. O período mais seco também é julho, mês que ocorrem normalmente as mais baixas temperaturas médias (em torno de 16º C). A estação seca estende-se de maio a setembro, atingindo a evaporação índices baixos devido ao abrandamento da temperatura neste período. O mês mais chuvoso é, em geral janeiro, quando o total das chuvas atinge mais de dez vezes as do mês de julho. É também denominado de “clima tropical de altitude”, pois é característico de terras altas. Sua diferenciação do tipo anterior (Cwa) é através da temperatura, que não ultrapassa os 22º C no mês mais quente, ao contrário daquele em que se situa entre 22º C a 24º C. O mês mais seco é julho com totais pluviométricos acima de 30 mm. O mês mais chuvoso é janeiro. O índice pluviométrico desse tipo climático varia entre 1100 e 1700 mm. I.6. Precipitação Índice Pluviométrico Médio Anual (mm): 1.500 mm/ano No período de outubro a março, ocorrem 80% do total das chuvas anuais, restando 20% para o semestre de abril e setembro. As máximas de chuva ocorrem nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e as mínimas, nos meses de junho, julho e agosto. I.7. Temperatura Temperatura Máxima: 32ºC Temperatura Mínima: 14ºC Temperatura Média: 23ºC Temperatura Média/Mínima: 16ºC Temperatura Média/Máxima: 30ºC I.8. Evapotranspiração A evapotranspiração foi calculada segundo Thorntwaite, sendo obtido para esta bacia o volume de 980 mm / ano. I.9. Ventos Predominantes Os ventos predominantes, são os alíseos que tem velocidade média de 5,4 Km/h, podendo atingir até 7 Km/h nos meses de máxima.
  • 14. I.10. Meio Biológico / Vegetação A vegetação nativa predominante na região é Floresta Estacional Semidecidual e algumas parcelas da Floresta Ombrófila Densa, onde existem espécies como dos gêneros Hymenaea (Jatobá), Copaífera (Óleo de Copaíba), Peltophorum (Canafístula), Tabebuia SP (Ipê), inga SP (Ingá), além de indivíduos caducifólios como Cedrela, Cariniana e Parapiptadenia. A região da área urbana do município é uma área de tensão ecológica quanto à distribuição regional da vegetação. Chama-se área de tensão ecológica o contato entre regiões fitoecológicas diferentes, através da interpenetração de seus ambientes, caracterizando uma mistura de espécies, formando agrupamentos florísticos de difícil separação. Em nossa região ocorre a Formação Montana, que é a que apresenta maior número de agrupamentos remanascentes na área abrangida pelos ambientes da Floresta Estacional Semidecidual. Ela ocorre nas altitudes entre 500 a 1.500 m, revestindo os diques de diabásio da Formação Serra Geral na Bacia do Paraná, e sobre o relevo dissecado do embasamento de litologia variada. Nestas áreas as espécies mais freqüentes do estado dominante são peroba (Aspidosperma sp), angico (Piptadenia sp), jequitibá (Cariniana sp), canelas (Ocotea sp e Nectandra sp) e sapucaia (Lecythis sp). Estas áreas, apesar de já sofrerem grande intervenção, ainda guardam as características naturais primitivas da outrora exuberante floresta que cobriu extensas áreas, e que atualmente foi praticamente substituída por pastagens e vegetação secundária sem palmeiras. As áreas que integram os ambientes de tensão ecológica entre as regiões da savana e da floresta estacional semidecidual são aquelas que estão sob influência do clima estacional. A savana está representada pela formação arbórea aberta, caracterizada pela grande ocorrência de nanofanerófitas como a sucupira-branca (Pterodon sp), angico-veremelho (Piptadenia sp), pau-terra (Qualea sp), pimenta-de- macaco (Xylopia sp) e barbatimão (Stryphnodendron sp), faveira (Dimorphandramollis), murici (Byrsonima sp) e lixeira (Curatella americana). A floresta estacional semi decidual está representada pela ocorrência das macrofanerófitas como a peroba-rosa (Aspidosperma sp), jequitibá-rosa (Cariniana sp), e cedro-rosa (Cedrela sp) e das mesofanerófitas óleo-de-copaíba (Copaifera sp) e canelas (Ocotea sp e Nectandra sp). Atualmente, face à intensa ação antrópica nesses ambientes, a cobertura
  • 15. II. INTRODUÇÃO Desde muito tempo, o homem vem trocando o meio rural pelo meio urbano. As cidades foram crescendo, na maioria das vezes de forma muito rápida e desordenada, sem um planejamento adequado de ocupação, provocando vários problemas que interferem na qualidade de vida do homem que vive na cidade. A arborização, como um todo, tem sido de grande importância na melhoria das condições de vida nos centros urbanos. Dê modo geral observa-se que o reflorestamento é de suma importância para a vida humana e do planeta. A diversidade florística da vegetação é um aspecto essencial quando se trata de arborização, pois mantém as características da vegetação nativa, além de evitar o ataque de pragas e doenças. Daí, a importância de se saber que árvore plantar, de acordo com as espécies que ocorrem na região. As árvores plantadas no meio urbano proporcionam relevantes benefícios ambientais às comunidades, tais como: Sombreamento; Melhoria do clima urbano, com redução da temperatura e liberação de umidade para o ar (frescor); Conforto Microclimático; Amenizam conseqüências indesejáveis da insolação direta; Maior equilíbrio ecológico, pois as árvores fornecem abrigo e alimentos para muitos seres vivos; Seqüestro de CO2 e produção de oxigênio, reduzindo a poluição do ar; Amenização da poluição sonora; Saneamento Ambiental; Melhoram o solo por meio de suas raízes e folhas; Diminuem a força da água da chuva que cai no solo; Regularização Hídrica e Controle de Poluição; Barreiras Vegetais; Controle de redução da biodiversidade; Controle de Vetores; Controle Ambiental nas Edificações; Controle da Poluição Visual; Ornamentação em formas e cores; Criam lugares agradáveis para encontros, descanso e brincadeira... O sucesso do projeto de arborização é diretamente proporcional ao comprometimento e à participação da população local.
  • 16. III. OBJETIVO - Arborizar o município de Aguaí; - Melhorar a qualidade de vida da população aguaiana. - Planejar a arborização e as futuras intervenções urbanas no município; - Incentivar a participação popular nas ações de arborização. IV. JUSTIFICATIVA O município de Aguaí apresenta acelerado crescimento demográfico, que conjugado a outras variáveis do espaço urbano, contribui de forma significativa nas alterações dos elementos climáticos. De acordo com Furtado e Mello Filho (1999), todos os elementos paisagísticos devem ser cuidadosamente tratados a fim de trazer benefícios que interferirão no projeto integrado, visando a melhoria da qualidade do ar, o sombreamento da edificação e adjacências, o controle da ventilação e da umidade. A maior parte da carga térmica de uma edificação provém da radiação solar e da temperatura do ar exterior, sendo necessário um rigoroso controle dos elementos micro climáticos para eliminar um excesso de energia que tornaria inóspito o ambiente construído. Outro fator importante que envolve a arborização urbana é o vinculo à saúde das pessoas, contribuindo com bem estar de todas as comunidades e também com todas outras espécies envolvidas. Através deste projeto pretende-se ordenar a arborização para evitar futuros problemas de quebra de galhos, trinca em residências, danos no passeio público e outros transtornos que motivam os moradores circunvizinhos a solicitar constantes podas ou corte de árvores, ficando troncos secos no lugar da meia lua e diminuindo cada vez mais a metragem quadrada de copa de árvore por habitante.
  • 17. V. O VALOR DE UMA ÁRVORE Pode-se atribuir às árvores um valor sentimental, cultural ou histórico. Alguns deles são valores subjetivos e, portanto difíceis de quantificar. A maioria das pessoas considera o fator estético como sendo o principal na arborização urbana em virtude da aparência das árvores serem diretamente perceptível, ao contrário dos demais benefícios. As alterações que as árvores sofrem em função das estações do ano fazem com que estas se apresentem ora com flores, ora sem folhas. Estas modificações são importantes para a renovação da paisagem urbana. Elementos como a textura, estrutura, forma e cor, inerentes às árvores, alteram o aspecto da cidade, quebrando a monotonia e a frieza típica das construções. Outras qualidades que podem ser atribuídas às árvores urbanas é seu poder de interferir em micro-climas e de reduzir a poluição, os ruídos e a temperatura. A estes atributos, associam-se as contribuições sociais, que podem ser definidas como saúde física e mental, as opções de recreação propiciadas pela arborização e o aumento do valor das propriedades em função da existência de árvores ou áreas verdes. Você sabia? Uma árvore isolada de grande porte se estiver em boas condições, pode transpirar até 400 litros de água em um dia, enriquecendo a umidade do ar. Estima-se que um pequeno maciço de árvores e copas frondosas pode gerar um ambiente sombreado com até 3ºC a menos de temperatura em relação ao ambiente ao redor. A vegetação gera menos aquecimento do ar e de objetos próximos porque reflete apenas 10 a 20% da radiação, enquanto que as superfícies artificiais podem refletir até 50% da radiação interior. Maciços de árvores são até 40% mais eficientes do que campos gramados para funcionar como zonas de amortecimento, ou seja, barreiras contra dispersão de poluentes. Cientistas sociais e ecólogos comprovam que as famílias passam mais tempo de folga juntas e têm mais relações sociais com seus vizinhos quando moram próximas a áreas verdes. Como se pode observar são muitas as vantagens da arborização, porém poucas cidades brasileiras possuem um planejamento nesse sentido, o que pode ocasionar problemas como o plantio de espécies em locais inadequados, que podem ao invés de trazer benefícios à população, gerar transtornos e desconfortos.
  • 18. VI. ANÁLISE DO LOCAL VERSUS CARACTERÍSTICAS DA PLANTA A escolha das espécies se dá em função das características e peculiaridades de cada local, com relação à ocorrência de fiação aérea, tubulação subterrânea e índice de fertilidade e profundidade do solo. São utilizadas preferencialmente espécies nativas da região de implantação, com características especiais para Arborização Urbana. A partir da análise do local, serão escolhidas as espécies adequadas para o plantio no logradouro público, bem como será definido o seu espaçamento. Para efeito da aplicação destas normas, as espécies são caracterizadas como: • nativas ou exóticas de pequeno porte (até 5,0m de altura) ou arbustivas conduzidas; • nativas ou exóticas de médio porte (5 a 10 m de altura);
  • 19. • nativas ou exóticas de grande porte (> que 10 m de altura) As espécies devem estar adaptadas ao clima, ter porte adequado ao espaço disponível, ter forma e tamanho de copa compatíveis com o espaço disponível. • certo • errado As espécies devem preferencialmente dar frutos pequenos, ter flores pequenas e folhas coriáceas pouco suculentas, não apresentar princípios tóxicos perigosos, apresentar rusticidade, ter sistema radicular que não prejudique o calçamento e não ter espinhos. É aconselhável, evitar espécies que tornem
  • 20. necessária a poda freqüente, tenham cerne frágil ou caule e ramos quebradiços, sejam suscetíveis ao ataque de cupins, brocas ou agentes patogênicos. O uso de espécies de árvores frutíferas, com frutos comestíveis pelo homem, deve ser objeto de projeto específico. A utilização de novas espécies, ou daquelas que se encontra em experimentação, deve ser objeto também de projeto específico, devendo seu desenvolvimento ser monitorado e adequado às características do local de plantio. As mudas a serem plantadas em vias públicas deverão obedecer às seguintes características mínimas: • altura: 1,30m; • D.A.P. (diâmetro a altura do peito): 0,03 m; • altura da primeira bifurcação: 0,8 m; • ter boa formação; • ser isenta de pragas e doenças; • ter sistema radicular bem formado e consolidado nas embalagens; • ter copa formada por 3 (três) pernadas (ramos) alternadas; • o volume do torrão, na embalagem, deverá conter de 15 a 20 litros de substrato; •embalagem de plástico, tecido de aniagem ou jacá de fibra vegetal.
  • 21. Tabela 1: Classificação de mudas conforme Portaria 02/DEPAVE/90 CLASSE ALTURA (m) DIÂMETRO DO VOLUME DA FUSTE (cm) EMBALAGEM (l) A 0,20 a 0,70 * 1 B 0,70 a 1,50 * 2a5 C 1,50 a 2,00 Maior ou igual a 1 5 a 12 D 2,00 a 3,00 Maior ou igual a 2 12 a 20 E Acima de 3,00 Maior ou igual a 5 >20 Para o plantio de árvores em vias públicas, os passeios deverão ter a largura mínima de 2,40m em locais onde não é obrigatório o recuo das edificações em relação ao alinhamento, e de 1,50m nos locais onde esse recuo for obrigatório. Em passeios com largura inferior a 1,50m não é recomendável o plantio de árvores.
  • 22. Em passeios com largura igual ou superior a 1,50 m e inferior a 2,00 m, recomenda- se apenas o plantio de árvores de pequeno porte. Em passeios com largura igual ou superior a 2,00 m e inferior a 2,40 m, poderão ser plantadas árvores de pequeno e médio porte com altura até 8,00 m. OBS: sob rede elétrica, recomenda-se apenas o plantio de árvores de pequeno porte. Em passeios com largura igual ou superior a 2,40 m e inferior a 3,00 m, poderão ser plantadas árvores de pequeno, médio ou grande porte, com altura até 12,0 m. OBS: Sob rede elétrica, recomenda-se apenas o plantio de árvores de pequeno porte. Em passeios com largura superior a 3,00 m, poderão ser plantadas árvores de pequeno, médio ou grande porte com altura superior a 12,00 m.
  • 23. OBS: Sob rede elétrica é possível o plantio de árvores de grande porte desde que a muda não seja plantada no alinhamento da rede e que a copa das árvores seja conduzida precocemente, através do trato cultural adequado, acima dessa rede. O posicionamento da árvore no passeio público com largura “P” superior a 1,80 m deverá admitir a distância “d”, do eixo da árvore até o meio fio, e “d” deverá ser igual a uma vez e meia o raio “R” da circunferência circunscrita à base de seu tronco, quando adulta, não devendo “d” ser inferior a trinta centímetros ( d= 1,5X R e d maior ou igual a 30 cm ).
  • 24. Na calçada onde existe rede elétrica, as árvores a serem plantadas devem ser espécies de pequeno porte, obedecendo aos recuos necessários. Na calçada onde não existe a rede elétrica, podem-se utilizar espécies de médio porte, adequadas à paisagem local e ao espaço disponível. 2,00 m ,6,00 m, 2,00 m 3,00 m, 6,00 m, 3,00 m 2,00 m, 8,00 m, 2,00 m 3,00 m, 10,00 m, 3,00 m VII. ESCOLHENDO O QUE PLANTAR É preciso escolher as espécies que serão plantadas em função do espaço disponível e do resultado que se quer obter com a árvore adulta. Por exemplo, para estacionamentos amplos, podemos optar por espécies de grande porte, de folhas perenes que ofereçam sombra durante o ano todo e de frutos pequenos e leves que não ofereçam riscos aos automóveis.
  • 25. Para a escolha da espécie adequada, a árvore deve conter certas características, como: • Estar adaptada ao clima do local destinado; • Ser espécie nativa da vegetação local (origem da espécie); • Ter raízes profundas. Sistema radicular adequado; • Possuir porte adequado ao espaço disponível; • Apresentar tronco único e copa bem definida; • Apresentar rusticidade; • Dar frutos pequenos e silvestres, ou seja, frutos que não sejam comerciais; • Dar flores pequenas, pouco suculentas e com cores vivas; • Ter folhas preferencialmente pequenas e não coriáceas (duras); • Ter desenvolvimento rápido; • Não apresentar princípios tóxicos acentuados, ou seja, apresentar baixa toxicidade; • Não apresentar princípios alérgicos; • Não possuir espinhos. Deve-se evitar espécies que necessitem de poda freqüente, que tenham tronco frágil, caule e ramos quebradiços, que sejam suscetíveis ao ataque de pragas (brocas, cupins, cochonilhas etc.) e doenças. Para ajudar nessa escolha, foi construída uma lista de espécies indicadas para a arborização urbana em Aguaí: • Nome popular e científico; • Porte da arvore; • Tipo de copa; • Indicações de onde plantar. Essa listagem, apresentada a seguir, foi construída com base em pesquisas e na experiência de técnicos dedicados ao planejamento e manejo da arborização de Aguaí. Não deve ser tomada como única fonte de pesquisa, pois há muitas outras espécies que podem e devem ser utilizadas.
  • 27. VII.1. Porte Pequeno: São aquelas cuja altura na fase adulta atinge entre 4 e 5 metros e o raio de copa fica em torno de 2 a 3 metros. São espécies apropriadas para calçadas estreitas (< 2,5m), com presença de fiação aérea e ausência de recuo predial. Temos como exemplos: Nome Nome Origem Floração Frutificação Porte Copa Indicações Observações popular científico Aleluia, Senna mata Dez-abr/ Mai-ago/ seco pequeno arredondada calçadas Crescimento pau-fava macranthera amarelo rápido Algodão – Hysbiscus mata ago-jan/ Fev-abr / seco pequeno arredondada Calçadas, do - brejo permambucensia amarelo praças, parques Araçá Psidium mata Jun-dez / Set- mar / pequeno arredondada Praças, parques cattleianum branca carnoso Astrapéia Dombeya wallichii exótica Set-jan / seco pequeno arredondada Calçadas, Crescimento branca praças, parques rápido, rústica, melífera Calistemon Callistemon exótica Jun-set / Ano todo/seco pequeno pendente Calçadas, Rústica, viminalis vermelha praças, parques ornamental Calistemon Callistemon exótica vermelha seco pequeno pendente Calçadas, “imperialis” praças Cambuci campomanesia mata Ago-nov / Jan- fev/ pequeno arredondada Calçadas, Frutos comestíveis branca carnoso praças, parques Cambuí Myrciaria mata Nov-dez / Jan-mar/ pequeno arredondada Calçadas, Atrai aves branca carnoso praças, parques Canudo – Mabea fistulifrra serrdão Jan –abr / Set – out / seco pequeno arredondada Calçadas, Crescimento lento, de - pito vermelha praças, parques melífera Capororoc Rapanea Mata, Jun-jul Out-dez pequeno arredondada Calçadas, Atrai aves a – do - guianensis cerrado avenidas, cerrado praças, parques, Caputuna - Metrodorea nigra nativa Set – Nov/ Mar – abr/ seco pequeno arredondada Calçadas, Atrai aves, prefere preta rosa escuro avenidas, sombra praças, parques, Cerejeira – Hexachalamysn nativa Ago-set / Set-out / carnos pequeno arredondada Praças, parques Atrai aves do – rio edulis branco grande Fruto – de Allophyllus edulis mata Set-nov / Nov – dez / pequeno arredondada Calçadas, Atrai aves – pombo, creme carnoso praças murta - branca Grevilea Grevillea banksii exótica Ano todo/ seco pequeno arredondada Calçadas, Atrai beija-flor anã vermelho praças Grumixam Eugenia nativas Set-nov / Nov-dez/ pequeno arredondada Calçadas, Fruto comestível a brasiliensis branca carnoso avenidas,
  • 28. praças, parques Guaçatong Casearia mata Jun-ago/ Set-nov/ seco pequeno arredondada Calçadas, Atrai Aves a sylvestris branca praças Guaraiuva Savia dictyocarpa mata Out-nov Jan-fev / seco pequeno arredondada Calçadas, praças Ipê Tabebuia nativa Ago-set / Set- Nov / seco pequeno arredondada Calçadas, amarelo chrysotricha amarelo avenidas, praças, parques Ipê roxo Tabebuia nativa Jun-ago/ Ago-nov/ seco pequeno arredondada Calçadas, anão avellanedae var. rosa escura avenidas, paulensis praças, parques Manacá - Tibouchina nativa No-fev/ lilás Fev-mar / seco pequeno arredondada Calçadas, da - serra mutabilis avenidas, praças, parques Pata – de - Bauhinia forfficata nativa Mar – mai/ Jul – ago/seco pequeno arredondada Calçadas, vaca branca avenidas, praças, parques Pata – de – Bauhinia Exótica Ou-dez/ seco pequeno arredondada Calçadas vaca rosa monandra rosa claro Pata – de – Bauhinia purpurea Exótica Mar – ago / seco pequeno arredondada Calçadas vaca roxa roxo Pau cigarra Senna multijuga nativa Dez-abr / Abr- jun / seco pequeno arredondada Calçadas Rabo - de - Stifftia crysantha nativa Jul-set / Set-nov / seco pequeno arredondada Calçadas, Crescimento lento cutia amarelo praças Resedá Lagerstroemia exótica Nov-fev / Mar-jun / seco pequeno arredondada Calçadas, Muito ornamental extremoso indica branca, rosa avenidas, praças Suinã Erythrina speciosa nativa Jun-set / Out – Nov / seco pequeno arredondada Praças, parques verm Tarumã - Vitex polygama nativa Out-nov / Jan-abr / pequeno arredondada Calçadas, Atrai fauna do - branco carnoso avenidas, cerrado praças, parques
  • 29. VII.2. Porte Médio: São aquelas cuja altura na fase adulta atinge de 5 a 8 metros e o raio de copa varia em torno de 4 a 5 metros. São apropriadas para calçadas largas (> 2,5m), com ausência de fiação aérea e presença de recuo predial. Podemos citar como exemplos: Nome Nome Origem Floração Frutificação Porte Copa Indicações Observaçõe popular científico s Açoita - Luehea divaricata cerrado Dez-fev / Maio – ago / seco Médio arredondada Praças, cavalo rosada parques Aldrago Pterocarpus cerrado Out-dez/ Maio-jul/seco Médio arredondada Calçadas, violaceus creme avenidas, praças, parques Alfeneiro – Ligustrum exótico Out-fev / carnoso Médio arredondada Calçadas, Resistente do - japão lucidum branco avenidas, praças Amarelinh Helietta apiculata mata Nov-dez / Mar-maio/ seco Médio arredondada Calçadas, o amarelo avenidas, praças, parques Amoreira Morus nigra exótica Jul-ago/ Vermelho a Médio pendente Praças, Atrai aves creme preto/carnoso parques Angelim - Andira Fraxinifolia mata Nov – dez / Fev-abr/seco Médio arredondada Praças, doce rosa parques Araçarana Calyptranthes Cerrado, Mar-abr / Jun-jul / carnoso Médio arredondada Praças, Muito bonita clusiifolia mata branca parques Aroeira Schinus molle Mata Ago-nov / Fev – mar /seco Médio pendente Calçadas, salsa creme praças, parques Aroira - Schinus nativa Set-jan / Jan-jul / seco Médio arredondada Calçadas, Atrai aves, pode pimenteira terebinthifolius branca praças, causar alergia parques Bico - de - Machaerium nativa Nov – fev / Abr-jul / seco Médio arredondada Calçadas, Planta pato aculeatum roxa praças, espinhenta parques Calicarpa Callicarpa exótica Fev-abr / carnosa Médio arredondada Calçadas, Crescimento reevesii roxa praças, rápido, rústica parques Canela Ocotea velutina mata Abr- mai / Set-out / carnoso Médio arredondada Praças, Atrai aves amarela creme parques Canela Endlicheria mata Jan-mar Mai-jul médio arredondada Caçadas,aveni Odor cheirosa paniculata carnoso das,praça caracteristico parques Capororoc Rapanea nativa Mai-jun Out-dez médio arredondada Calçadas, Atrai aves a ferruginea creme Avenidas
  • 30. Praças parques Caqui do Matayba mata Set-nov Dez-jan médio arredondada Calçadas Atrai aves mato, eleagnoids Creme Creme Avenidas Olho-de esverdead esverdeada Praças boi parques Cássia Cássia exótica Set-dez Out-jan médio pendente Calçadas imperial fistula amarela seco Avenidas Praças parques Catiguá Trichilia hirta mata Out-nov Mai-jun médio arredondada Calçada Ameaçada de creme seco Avenidas Extinção Parques Atrai aves praças Catiguá Trichilia mata Ago-out Jan-març médio arredondada Calçadas Atrai aves vermelho claussenii creme carnoso Avenidas Parques praças Folha de Ouratea Mata Out-nov Nov-jan médio arredondada Calçadas Atrai aves castanha castanaefolia cerrado amarela carnoso Avenidas Crescimento Parques rápido praças Ingá do Ingá nativa Ago-nov Dez-fev médio arredondada Praças e Atrai aves brejo uruguensis branca carnoso parques Ingá verde Ingá nativa Ago-dez Nov-fev médio arredondada Avenidas Fruto comestível Ingá mirim laurina branca carnoso Praças Atrai aves parques Ipe Tabebuia nativa Ago-set Set-out médio arredondada Calçadas amarelo caraiba amarela seco Avenidas Praças parques Ipe Tabebuia nativa Ago-set Out-nov médio arredondada Calçadas,aveni amarelo umbellata amarela seco das do brejo Parques Ipe Tabebuia nativa Ago-nov Out-dez médio arredondada Calçadas amarelo serratifolia amarela seco Avenidas Praças Ipe Tabebuia nativa Ago-out A partir de out médio arredonda Calçadas amarelo Róseo-alba branca seco da Avenidas Praças parques Jambo Syzzygium exótica Jul-nov Dez-abr médio arredonda Calçadas Fruto amarelo jambos Branca carnoso da Praças Comestível esverdead parques aromático
  • 31. Jambo Syzzygium exótica Ago-fev Jan-mai médio piramidal Calçadas Fruto vermelho malaccensis Rosa carnoso Avenidas comestível púrpura Praças parques Jatobá do Hymenaea cerrado Dez-fev Ago-set médio arredonda Praças Fruto cerrado stigonocarpa creme seco da parques comestível lofantera Lophanthera Floresta Fev-mai Set-out médio piramidal Calçadas lactescens amazoni amarela seco Avenidas ca Praças parques magnólia Magnólia exótica Jul-dez Nov-jan médio arredonda Avenidas Flores grandiflora branca carnoso da Praças perfumadas parques Magnólia Michelia exótica Dez-fev Fev-out médio piramidal Calçadas Atrai aves amarela champaca Amarelo seco Avenidas Flores alaranjada Praças perfumadas parques Maria Guapira nativa Jul-out Nov-fev médio arredonda Calçadas Atrai aves mole opposita verde carnoso da Avenidas Praças parques Marinheiro Guarea nativa Dez-març Nov-dez médio arredonda Praças, Atrai aves , guidonia branca seco da parques Prefere terrenos camboatã Mal drenados Mirindiba Lafoensia nativa A partir de Set-nov médio arredonda Calçadas glyptocarpa Jun-branca seco da Avenidas vinho Parques praças Mulungu Erytrina nativa Jun-nov Set-nov médio arredonda Praças e Beira rio falcata vermelha seco da parques Mulungu Erytrina nativa Jul-set Set-out médio arredonda Avenidas Muito mulungu alaranjada seco da Praças ornamental parques Atrai beija flor Oiti Licania nativa Jun-set Jan-mar médio arredonda Calçadas tomentosa branca carnoso da Avenidas Praças parques Pata de Bauhinia exótica Out-jan Jul-ago médio arredonda calçadas vaca variegata Branca rosa seco da Pata de vaca Bauhinia exótica Mai-jul médio arredonda Calçadas Não blakeana Vermelho da Parques frutifera arroxeado praças Pau-brasil Caesalpinia nativa Set-out Nov-jan médio arredonda Calçadas Desenvolve-se echinata amarelo seco da Praças Melhor parques Na sombra
  • 32. Pau Vochysia nativa Nov-mar Ago-set médio arredonda Praças Crescimento De tucano tucanorum amarela seco da parques lento Pau-terra Qualea nativa Nov-dez Set-out médio arredonda Calçadas mirim parviflora lilás seco da Avenidas Praças parques Peito do Tapiria nativa Ago-dez Jan-mar médio arredonda Praças Atrai aves pombo guianensis creme carnoso da parques Pitangueira Eugenia nativa Ago-nov Out-jan médio arredonda Calçadas Atrai fauna uniflora branca carnoso da parques Tamanqueiro Aegiphila nativa Dez-jan/ creme Fev-abr médio arredonda sellowiana Quaresmeira Tibouchina nativa Jun-ago Jun-ago médio arredonda Calçadas Atria granulosa Dez-mar Abr-mai da Avenidas borboleta Rosa roxo seco Parques praça Quereltéria Koelreteria exótica Mar-mai Mai-jun médio arredonda Calçadas paniculata salmão seco da Avenidas Praças parques Resedá de Lagerstroemia exótica Out-dez Mar-jun médio arredonda Calçadas Crescimento Folha speciosa rosa seco da Avenidas rápido grauda praças Sabão de Sapindus mata Abr-jun Set-out médio arredonda Calçadas Fruto soldado saponaria creme seco da Avenidas Urticante, Parques Crescimento praças moderado Sapateiro Pera nativa Jan-mar Out-jan médio arredonda Calçadas Atria aves tobocuva glabrata amarelo seco da Praças parques Uvaia Eugenia nativa Ago-set Set-jan médio arredonda Praças Atria fauna pyriformis branca carnoso da parques
  • 33. VII.3. Grande Porte: São aquelas cuja altura na fase adulta ultrapassa 8 metros de altura e o raio de copa é superior a 5 metros. Estas espécies não são apropriadas para plantio em calçadas. Deverão ser utilizadas prioritariamente em praças, parques e quintais grandes. Dentre elas, podemos citar: Nome Nome Origem Floração Frutificação Porte Copa Indicações Observações popular científico Alecrim – Holocalyx mata Out-nov / Dez-fev / grande arredondada Calçadas, Crescimento lento de - balansae branca carnoso avenidas, campinas praças, parques Almecega Protium mata Ago - set Nov-dez / grande arredondada Praças, parques hetaphyllum carnos Amendoim Platypodium Mata, Set – nov / Set – out / seco grande arredondada Praças, parques – do - elegans cerradão amarelo campo Cabreúva – Myrocarpus Mata Set-out/ Nov-dez / seco Grande arredondada Praças, parques Flores melíferas amarelo frondosus verde- amarelo Cabreúva - Myroxylon mata Jul-set/ Out-nov / seco grande arredondada Praças, parques vermelho peruiferum branca Camboatá Cupania vernalis mata Mar-mai/ Set-dez/ grande arredondada Praças, parques Frutos creme carnoso comestíveis, atrai aves, melífera Canela – Poeccilanthe mata Fev-mai/ Jun-jul grande arredondada Praças, do brejo parviflora benth roxa avenidas, praças Canela Nectandra mata Jun-set / Nov-ago grande arredondada Praças, parques Frutos atraem ferrugem megapotamica creme aves Canafístula Peltophorum mata Dez-fev / Mar – abr/ seco grande arredondada Avenidas, Muito ornamental dubium amarelo praças, parques Canela Ocotea odorífera mata Ago – set Abr-jun / seco grande arredondada Praças, parques Odor sassafrás /creme característico Canjarana Cabralea mata Set-out / Ago – nov / seco grande arredondada Praças, parques Atrai aves canjerana branca Cassia Cassia javanica exótica Out-jan/ rosa Nov-fev/ seco grande pendente Avenidas, javanesa, praças, parques cássia rosa Cedro Cedrella fissilis mata Ago- Jun-ago/ seco grande arredondada Praças, parques set/creme Chichá Sterculia chicha mata Nov-mar/ Mai-set / seco grande arredondada Praças, parques Atrai aves amarelo
  • 34. Copaíba Copaífera cerradão Nov-mar/ Jul-set/ seco grande arredondada Avenidas, langsdorffii branca praças, parques Coração- Poecilanthe mata Out-nov / Jun-jul / seco grande arredondada Avenidas, de-negro parviflora branca praças, parques Corticeira- Cybistax brasil Dez-mar/ Mai-out grande arredondada praças Madeira fraca, da-serra verde folhas caducas Corrupita, Corroupita Região Set-mar/ Dez- grande arredondada Praças, parques Muito ornamental abricó-de- guianensis amazônica vermelho mar/carnoso flor no caule, macaco exala odor, fruto muito grande Dedaleiro Lafoensia pacari nativa Out-dez/ Abr-jun/seco grande arredondada Praças, parques branco amarelo Embrira- Lonchocarpus nativa Out-jan/ Jul/ ago grande arredondada Praças, parques de-sapo muehlbergianus branca-lilás Falso- Lonchocarpus mata Dez-jan/ Jul-ago/seco grande arredondada Avenidas, Adaptado a timbó, guilleminianus creme praças, parques terrenos pobres e ingá-bravo secos Farinha Albizia hassslerii mata Out- Set-out / seco grande arredondada Avenidas, Crescimento seca jan/creme praças, parques rápido Faveira, Pterodon cerrado Set-nov/rosa Jun-ago/ seco grande arredondada Calçadas, Crescimento lento sucupira emarginatus avenidas, lisa praças, parques Genipapo Genipa americana mata Out-dez/ Nov- grande arredondada Praças, parques Fruto comestível branca dez/carnoso Guarantã Esenbeckia mata Set-jan/ Jul-ago/ seco grande arredondada Avenidas, Suscetível à seca leiocarpa creme praças, parques Guaritá Astronium nativa Ago-nov / Dez-fev/ Grande arredondada Praças, parques Atrai aves graveolens branca carnoso Ipê Tabebuia ochacea nativa Jul-ago/ Set-out/seco grande arredondada Avenidas, amarelo amarelo praças, parques Ipê Tabebuia vellossi nativa Jul-set/ Out-nov/ seco grande arredondada Avenidas, Flor símbolo do amarelo do amarelo praças, parques Brasil brejo Ipê rosa Tabebuia exótica Ago-out/rosa Set/seco grande arredondada Calçadas, pentaphylla claro avenidas, praças, parques Ipê roxo da Tabebuia mata Jul-ago/roxo Ago-nov/seco grande arredondada Avenidas, mata avellanedae praças, parques Ipê roxo Tabebuis nativa Maio- Set-out/seco grande arredondada Calçadas, bolo impertiginosa ago/rosa avenidas, praças, parques Ipê -roxo Tabebuia nativa Mai-jul/rosa Ago-set/seco grande arredondada Avenidas, heptahylla praças, parques Jacarandá Machaeruim nativa Out-dez/ Ago-set/seco grande arredondada Avenidas, villosum creme praças, parques Jatobá Hymenaea mata Out-dez/ Jullo-ago/ grande arredondada Praças, parques Fruto comestível courbaril branca vagem
  • 35. Jequitibá Cariniana nativa Out-dez/ Ago-set/seco grande arredondada Avenidas, Frutos comestível branco estrellensis branco praças, parques Jequitibá Carinina legalis nativa Dez- Ago-set/ seco grande arredondada Praças, parques rosa fev/branca Jerivá Syagrus nativa Set-mar Fev-ago/ grande Caule único Avenidas, Atrai aves romanzoffiana carnoso praças, parques Louro Cordia trichotoma nativa Abr-jul/ Jul-set/seco grande arredondada Avenidas, pardo branca praças, parques Melaleuca Melaleuca exótico Out-dez/ seco grande colunar Praças, parques Muito ornamental leucadendron branca amarelada Monguba Pachira aquático nativa Set- Abr-jun/seco grande arredondada Avenidas, nov/creme praças, parques Mulungu Erythrina verna nativa Ago-set/ Out-nov grande arredondada Avenidas, Folhas atraem vermelho praças, parques aves, crescimento lento Nó-de- Physocalymma nativa Ago-set / Set-out / seco grande piramidal Avenidas, porco, scaberrimum lilás praças, parques resedá nacional Olho – de - Ormosia arborea naticva Out-nov/lilás Set-out/seco grande arredondada Avenidas, cabra praças, parques Paineira CHorisia speciosa nativa Mar-mai/ Ago-set/seco grande arredondada Praças, parques rosa Pau d’alho Gallesia nativa Fev- Set-out/seco grande arredondada Praças, parques integrifolia abr/branca Pau mulato Calycophyllum nativa Jun- Out-nov/ seco grande colunar Praças, parques Tronco ornamental spruceanum jul/branca nativa Pau - ferro Caesalpinia nativa Out-fev/ Jul-out/ seco grande arredondada Avenidas, Tronco ornamental leiostachya amarelo praças, parques Pau- Balfourodendrom nativa Set- Ago-set/seco grande arredondada Praças, parques marfim riedelianum nov/creme Pau - Platycyamus nativa Fev-abr/ lilás Ago-set/seco grande arredondada Calçadas, Bastante pereira regnellii avenidas, ornamental, rápido praças, parques crescimento Pau-rei Pterigota nativa Jul-out/ Jun-ago/seco grande arredondada Praças, parques brasiliensis marraom claro Pau-ripa Luetzelburgia nativa Dez-fev/ Mar-mai/seco grande arredondada Praças, parques Ameaçada de auriculata vermelho extinção Pau-terra, Qualea parviflora nativa Out-jan/mai- Ago-set/seco grande arredondada Calçadas, jundiaí jun/branco avenidas, praças, parques Peroba Aspidosperma nativa Set-nov Ago-set/seco grande arredondada Calçadas, poca polyneuron avenidas, praças Peroba Aspidosperma nativa Out- Ago-set/seco grande arredondada Praças, parques Ameaçada de rosa polyneuron nov/creme extinção
  • 36. Pinange Koelreuteria Formasa e Dez-abr/ Maio-jun grande arredondada Avenidas, Raiz superficial, paniculata ilhas amarelo praças, parques ornamental Pindaiva Duguetia nativa Out-nov/ Mar-mai/ grande arredondada Calçadas, Atria fauna, lancealata marrom carnoso avenidas, crescimento lento praças, parques Pinha-do- Talauma ovata nativa Out-dez/ Ago-set/seco grande arredondada Praças, parques Prefere terrenos brejo branca mal drenados Sapucaia Lecythis pisonis nativa Set-out/ lilás Ago-set/seco grande arredondada Praças, parques Frutos muito grandes Sibipiruna Caesalpina nativa Jn-set/verm Ou-nov/seco grande arredondada Praças, parques Atria beijar-flor peltophoroides Sombreiro Clitoria nativa Set-mar/lilás Mai-jul/seco grande arredondada Praças, fairchildiana avenidas, parques Oiti Licania tomentosa Pe,Pi até Jun-set / Jan - mar grande arredondada Praças, Crescimento lento (Benth.) Fristsch Mg branca avenidas, a médio, atria parques fauna em geral
  • 37. VIII. AÇÕES DO PLANEJAMENTO DO PROJETO DE ARBORIZAÇÃO Formação de uma equipe responsável pelo projeto de arborização urbana, sendo composta por técnicos ou até mesmo por voluntários da comunidade em geral, com responsabilidades, experiência e capacitação específica. IX. PLANTIO DE ÁRVORES IX.1. Abertura de Covas e Preparo do local; A cova deve ter dimensões mínimas de 0,60 x 0,60 x 0,60 m, devendo conter, com folga, o torrão. Deve ser aberta de modo que a muda fique centralizada, prevendo a manutenção da faixa de passagem de 1,20m. Caso o solo esteja muito compactado ou com restos de entulho de construções, podem-se aumentar as dimensões. As covas podem ser circulares, com diâmetro e profundidade de 0,60 m. Todo entulho decorrente da quebra de passeio para abertura de cova deve ser recolhido, e o perímetro da cova deve receber acabamento após o término do plantio. O solo de preenchimento da cova deve estar livre de entulho e lixo, sendo que o solo inadequado – compactado, ou com excesso de entulho – deve ser substituído por outro, com constituição, porosidade, estrutura e permeabilidade adequadas ao bom desenvolvimento da muda plantada. O solo ao redor da muda deve ser preparado de forma a criar condições para a captação de água, e sempre que as características do passeio público permitem, deve ser mantida área não impermeabilizada em torno das árvores na forma de canteiro, faixa ou soluções similares. Porém, em qualquer situação deve ser mantida área permeável de, no mínimo, 0,60 m de diâmetro ao redor da muda. Normalmente, as vias públicas possuem solo de baixa fertilidade, devido à compactação e restos de entulho acumulados, sendo impróprio para o plantio. Deve- se retirar a terra do local e substituí-la por terra de boa qualidade, preparada com esterco de curral ou composto orgânico, em partes iguais. Se possível, fazer uma análise química do solo do local da cova para avaliar e indicar a adubação mais adequada. Sugestão de adubação orgânica da cova: 10 litros de esterco de curral curtido ou 5 litros de esterco de galinha ou 1 litro de torta de mamona para 1 m³ de terra, ou seja, de 100 % da terra retirada da cova, separa-se 2/3 e mistura com 1/3 de adubo orgânico. Sugestão de adubação inorgânico da cova: 200 gramas de 4 - 14 – 8 (Nitrogênio: Fósforo: Potássio) ou 400 gramas de superfosfato simples, para 40 Kg de terra.
  • 38. IX.2. Plantio da muda no local definitivo As mudas devem ser sadias, selecionadas no viveiro e apresentar características saudáveis, como: • Vigor; • Rusticidade; • Resistência a intempéries, pragas e doenças; • Caule único sem ramificações laterais; • Altura mínima de 1,30m, livre de ramos; • Embalagem adequada. O plantio das mudas em áreas públicas deve ser feito no período de chuvas, de preferência pela manhã, ou, no final da tarde, e nunca em horário que o sol esteja muito forte, dando-se preferência aos dias nublados. Em princípio, a embalagem da muda, se for biodegradável, não deve ser retirada. Corta-se o fundo da embalagem, aparam-se as raízes com tesoura de poda, coloca-se a muda com cuidado dentro da cova e acrescenta-se a terra aos poucos. Antes de colocar a muda dentro da cova, a mesma deve ter sua quantidade de folhas reduzida à metade de modo a evitar perda de água por transpiração, assim como estar bem centralizada dentro da cova. Se necessário, deve-se amparar a muda com tutor. O colo deve ficar no mesmo nível da superfície; dependendo das condições da muda, o enterramento pode causar morte futura. Fixar o tutor com a muda utilizando sisal ou outro material similar, de forma que fique um oito deitado. A muda deve ser assentada na cova, de maneira que não fiquem espaços vazios. A cova já fechada deve, na superfície, ter as bordas elevadas; o solo, ao redor da muda, deve ser preparado de forma a criar condições que possibilitem a permanência da água da chuva. Este processo é denominado de embaciamento ou coroamento de contenção. Após o plantio, a muda deve ser irrigada até sua completa consolidação. O canteiro ideal para um bom desenvolvimento de árvores situadas em vias públicas deve ter uma superfície suficiente que permita a entrada da água da chuva, aeração do solo e futuras adubações. Este espaço deve ter no mínimo 1m² de área (essa dimensão será variável, conforme o sistema radicular da espécie, base do tronco), e ser preferencialmente coberto por gramado, livre da presença de ervas daninhas. Determina-se que a distância entre a muda e o meio fio deva ser de 50 cm. A muda deve ser retirada da embalagem com cuidado e apenas no momento do plantio. O colo da muda deve ficar no nível da superfície do solo. A muda deve
  • 39. ser amparada por tutor, quando necessário, fixando-se a ele por amarrio de sisal ou similar, em forma de oito deitado, permitindo, porém, certa mobilidade. A muda deve ser irrigada até sua completa consolidação. IX.3. Protetores e Condutores das Mudas Para evitar danos à muda plantada, utiliza-se alguns tipos de protetores para ajudar no desenvolvimento da planta até que esta atinja sua fase jovem. Tutores: devem ser fincados no fundo da cova, ao lado do torrão, sem prejudicar o desenvolvimento das raízes. Os tutores servem para direcionar e sustentar a planta, fazendo com que a mesma não perca o seu prumo. Podem ser de madeira ou de bambu e ter as seguintes dimensões: • Altura maior que 2,30 m, ficando no mínimo 0,50 cm até 1,0 m enterrado; • Deve ter largura e espessura de 0,04 m x 0,04 m ± 0,01 m, podendo a secção ser retangular ou circular, com a extremidade inferior pontiaguda para melhor fixação ao solo; • Acima do nível do solo, a altura deve ultrapassar o topo da muda; • Diâmetro: maior ou igual a 0,40cm. • As palmeiras e mudas com altura superior a 4,00 m devem ser amparadas por 03 (três) tutores;
  • 40. Mudas superiores a 4,00m devem ser amparadas por três tutores, que deverão ser pontiagudos na sua extremidade inferior para serem fixados ao solo com mais firmeza. Gradis ou Protetores: cuja utilização é preconizada em áreas urbanas para evitar danos mecânicos como a de animais, possíveis vandalismos e depredações - principalmente ao tronco das árvores até sua completa consolidação. Existem os mais diversos modelos, com seção quadrada, triangular e circular, podendo ser feitos de madeira ou bambu. Devem atender às seguintes especificações: a) Ter uma área aberta, de maneira a não abafar as mudas, possibilitando a livre penetração dos raios solares e o suficiente arejamento, garantindo seu adequado desenvolvimento b) Altura mínima, acima do nível do solo, de 1,60 m; c) A área interna deve permitir inscrever um círculo com diâmetro maior ou igual a 0,38 m; d) As laterais devem permitir os tratos culturais; e) Os protetores devem permanecer, no mínimo, por 02 (dois) anos, sendo conservados em perfeitas condições; f) Projetos de veiculação de propaganda nos protetores devem ser submetidos à apreciação dos órgãos competentes. IX.4. Irrigação A vegetação deve ser irrigada abundantemente, sempre que necessário, principalmente nos períodos de estiagem.
  • 41. Sugestão para Irrigação: • No verão, jogue água a cada dois dias, caso não esteja chovendo; • Na estação seca, jogue água todos os dias • Procure aguar pela manhã ou final da tarde; • Evite o excesso de água, pois pode ser prejudicial. IX.5. Tratamento fitossanitário O tratamento fitossanitário deverá ser efetuado sempre que necessário, de acordo com diagnóstico técnico e orientado pela legislação vigente sobre o assunto. Este avaliará as mudas e emitirá um diagnóstico técnico, indicando o produto adequado para cada caso. Por exemplo: ataque de formigas, de cochonilhas, pulgões, lagartas, erva de passarinho, entre outros. Quando houver ataque de brocas, deve-se analisar em que partes do vegetal a broca atacou, pois é preciso retirar toda a parte atacada. Se a árvore estiver totalmente atacada será preciso erradicá-la e substituí-la por outra. IX.6. Manutenção Após o plantio, inicia-se a fase de manutenção e conservação. As mudas plantadas devem ser regularmente observadas para que se possa avaliar o seu desenvolvimento e tomar as medidas necessárias para a correção de distorções no crescimento das mesmas. Assim, deve-se verificar se está ocorrendo ataque de pragas e doenças, ramificações indesejáveis, observar as condições dos gradis, tutores e amarrios, para que os mesmos sejam substituídos caso estejam danificados. IX.7. Adubação Complementar Caso a muda esteja fraca, pode ser que esteja precisando de algum nutriente, sendo necessário realizar uma adubação. Esse problema deve ser resolvido com orientação de um técnico habilitado, que indicará o adubo correto a ser utilizado. X. REPOSIÇÃO DE MUDAS E RENOVAÇÃO DE ÁRVORES A reposição das mudas é essencial para manter e alcançar o efeito paisagístico necessário. Recomenda-se que o replantio seja feito sempre que houver perda de mudas, utilizando-se a mesma espécie que foi plantada anteriormente ou outra espécie que seja adequada ao local e à região. As árvores antigas plantadas em vias públicas que estiverem apresentando sinais de degeneração por senescência, características de risco de queda, danos ao patrimônio público, deformidade ou enfraquecimento por doenças, ataque de pragas, podas sucessivas ou acidentes devem ser removidas por transplante e substituídas por outra espécie adaptada à região. Na renovação do plantio deve-se observar:
  • 42. • O Plano Municipal de Arborização Urbana; • A solução dos problemas que possam ter ocorrido durante o plantio anterior; • As espécies nativas adequadas ao local. XI. FATORES ESTÉTICOS Não se recomenda, em nenhuma circunstância, a caiação ou pintura das árvores, pois se trata de uma prática inadequada e que deve ser abolida. É proibida a fixação de publicidade em árvores, pois além de ser antiestética, tal prática prejudica a vegetação, conforme define a legislação vigente, Artigo n.º 108 da Lei n.º 858 de 31 de Dezembro de 1975 que Institui o Código de Postura do Município de Aguaí. No caso do uso de “Placas de Identificação” de mudas de árvores, essas deverão ser amarradas com material extensível, em altura acessível à leitura, devendo ser substituída conforme necessário. Não se recomenda, sob o ponto de vista fitossanitário, a utilização de enfeites e iluminação, como por ocasião de festas natalinas. Recomendando-se, porém, enquanto não regulamentado, que quando dessa prática, sejam tomados os devidos cuidados para evitar ferimentos à árvore, bem como a imediata remoção desses enfeites ao término dos festejos. XII. DISTÂNCIAS MÍNIMAS ENTRE AS ÁRVORES E OS EQUIPAMENTOS URBANOS PRESENTES NAS CALÇADAS Antes de verificar as distâncias mínimas é interessante atentar para as alturas de serviços públicos. Tabela 2: Alturas de Serviços Públicos Serviços Altura Poste 9 a 12 m Condutor de Baixa Tensão 7,30 m Condutor de Alta Tensão 8,20 a 9,40 m Fio de Telefone 5,40 m Como regra geral para o plantio de árvores em calçadas pode ser adotadas as seguintes dimensões mínimas.
  • 43. Tabela 3: Distanciamento Características Máximas da Espécie Distância Mínima em Relação a: Pequeno Médio Porte Grande Porte Porte Esquina (referenciada ao ponto de encontro dos alinhamentos dos 5,00 m 5,00 m 5,00 m lotes da quadra em que se situa) Iluminação pública (1) (1) (1) e (2) Postes 3,00 m 4,00 m 5,00 m (2) Placas de identificação e (3) (3) (3) sinalizações Equipamentos de segurança 1,00 m 2,00 m 3,00 m (hidrantes) Instalações subterrâneas (gás, água, energia, telecomunicações 1,00 m 1,00 m 1,00 m esgoto, drenagem) Ramais de ligações subterrâneas 1,00 m 3,00 m 3,00 m Mobiliário urbano (bancas, 2,00 m 2,00 m 3,00 m cabines, guaritas, telefones) Galerias 1,00 m 1,00 m 1,00 m Caixas de inspeção (boca-de-lobo, boca-de-leão, poço-de-visita, 2,00 m 2,00 m 3,00 m bueiros, caixas de passagem) Fachadas de edificação 2,40 m 2,40 m 3,00 m Guia rebaixada, gárgula, borda de faixa de pedestre 1,00 m 2,00 m 1,50R (5) Transformadores 5,00 m 8,00 m 12,00 m Espécies arbóreas 5,00 (4) 8,00 (4) 12,00 (4) Notas: (1) Evitar interferências com cone de iluminação. (2) Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser conduzida (precocemente), através do trato cultural adequado, acima das fiações aéreas e da iluminação pública. (3) A visão dos usuários não deverá ser obstruída. (4) Caso as espécies arbóreas sejam diferentes, poderá ser adotada a média aritmética. (5) Uma vez e meia o raio da circunferência circunscrita à base do tronco da árvore, quando adulta, medida em metros.
  • 44. XIII. PARÂMETROS PARA A ARBORIZAÇÃO DE ÁREAS LIVRES PÚBLICAS Para efeito de aplicação dessas normas, são caracterizadas como áreas livres públicas praças, áreas remanescentes de desapropriação, parques e demais áreas verdes destinadas à utilização pública. A distância mínima em relação aos diversos elementos de referência existentes em áreas livres públicas deverá obedecer a correspondência abaixo especificada. Tabela 4: Distâncias de Serviços Públicos Distância Mínima (m) para Árvores de: Pequeno Porte Médio Porte Grande Porte Instalações 1,0 1,0 1,0 Subterrâneas Mobiliário Urbano 2,0 2,0 3,0 Galerias 1,0 1,0 1,0 Caixas de 2,0 2,0 3,0 Inspeção Guia rebaixada, 1,0 2,0 3,0 faixas de travessia Transformadores 5,0 8,0 12,0 Vias Públicas - - 5,0 Nos locais onde já exista arborização, o projeto luminotécnico deve respeitar as árvores, adequando postes e luminárias às condições locais. Nos locais onde não existe iluminação nem arborização, deverá ser elaborado, pelos órgãos envolvidos, projeto integrado.
  • 45. O posicionamento da árvore não deverá obstruir a visão dos usuários em relação a placas de identificação e sinalizações pré-existentes para orientação ao trânsito. Tabela 5: Plantio de árvores em passeio público Largura “P” Características Distância “d” do Eixo Porte das dos Máximas da das Árvores ao meio Árvores sob Passeios (m) Espécie altura fio em relação ao raio Fiação máxima “h” “R” da Circunferência (m) circunscrita na base da árvore (m) P<1,50 - - - 1,50≤P<1,80 Pequeno porte d = (P – 1,20)/2 (1) Pequeno porte h = 5,00 1,80≤P<2,40 Pequeno porte d≥0,30 Pequeno porte h = 5,00 2,00≤P<2,40 Médio porte d≥0,30 e d = 1,50R Pequeno porte h = 8,00 2,40≤P<3,00 Médio e Grande d≥0,30 e d = 1,50R Pequeno porte porte h = 12,00 (2) P≥3,00 Grande porte (2) e (3) h > 12,00 Notas: (1) A cova deverá ter seção retangular de 2d x 0,60 m quando não houver possibilidade de utilização de grelhas ou pisos drenantes. (2) Evitar interferências com cone de iluminação. (3) Sempre que necessário, a copa de árvores de grande porte deverá ser conduzida (precocemente), através do trato cultural adequado, acima das fiações aéreas e da iluminação pública. As árvores deverão ser plantadas de forma que suas copas não venham a interferir no cone de luz projetado pelas luminárias públicas.
  • 46. XIV. MANEJO Após o plantio inicia-se o período de manutenção e conservação, quando deverá se cuidar da irrigação, das adubações de restituição, das podas, da manutenção da permeabilidade dos canteiros ou faixas, de tratamento fitossanitário e, por fim, e se necessário, da renovação do plantio, seja em razão de acidentes ou maus tratos. As podas de limpeza e formação nas mudas plantadas deverão ser realizadas da seguinte forma: a- Poda de Formação: retirada dos ramos laterais ou “ladrões” da muda, para conferir à árvore uma forma adequada durante o seu desenvolvimento; b- Poda de Limpeza: remoção de galhos secos ou doentes. Nesta poda, procura-se serrar os galhos sempre rentes ao tronco ou rente aos galhos mais grossos de onde partem. A poda de limpeza é importante para reduzir a disponibilidade de alimento para cupins, diminuindo sua infestação na cidade; c- Poda de elevação da base da copa: tem a finalidade de remover galhos pendentes ou que interfiram com demais usos nos passeios e áreas públicas. Também deve ser feito com critério, sem causar o desequilíbrio da árvore; d- Poda de contenção: serve para conter a copa da árvore abaixo dos fios elétricos e telefônicos. Este tipo de poda não é recomendado para espécies de grande porte, podendo comprometer a saúde e longevidade da árvore. É importante saber que esse tipo de poda requer manutenção constante, tendo em vista que o crescimento da árvore mantém-se enquanto ela estiver viva.
  • 47. Os ramos secos/senis, doentes, praguejados ou parasitados podem, em algumas circunstâncias, ter dimensões acima de 5 cm. Para esses casos, a poda deverá ser executada em 3 cortes. Através do posicionamento do primeiro e segundo corte e do auxílio de cordas, é possível direcionar a queda do ramo, desviando de obstáculos como fios e edificações. O terceiro corte deve preservar o colar e a crista da casca intactos. O corte de ramos de grandes dimensões sem a utilização dos três cortes danifica o tronco, pois provoca o descascamento ou remoção de lascas do lenho logo abaixo do ramo. Esses ferimentos são portas de entrada para patógenos. Quando não há necessidade de remoção total do galho, o corte pode ser realizado logo acima de uma gema, ou no seu ponto de inserção sobre o ramo principal, ou ainda na axila de uma de suas ramificações. É imprescindível admitir que a arquitetura de uma árvore plantada isoladamente é diferente de quando o indivíduo arbóreo cresce em uma floresta. Assim, é preciso conhecer previamente uma árvore saudável para definir com maior precisão a necessidade e o momento da intervenção (poda) bem como as partes a serem eliminadas. Desta forma pode-se prolongar o “Tempo de Residência” de espécies arbóreas nos vários nichos urbanos onde estão inseridas, considerando-se todos os fatores ambientais imediatos que regem o seu desenvolvimento (poluição, ação predatória, choques mecânicos, aeração do solo etc.). O padrão de desenvolvimento de uma árvore é dado pela longevidade e direção do meristema apical. Este meristema, tendo crescimento indefinido em altura, origina tronco vertical reto (monopodial). Quando este meristema tem vida limitada, desenvolvem-se meristemas laterais, originando troncos simpodiais. Por outro lado, quando os meristemas crescem para cima, verticalmente, o crescimento é dito ortotrópico. Em espécies cujos meristemas crescem horizontalmente, o crescimento é chamado plagiotrópico.