O pior acidente radiológico em área urbana da história ocorreu em Goiânia, Brasil em 1987 quando uma fonte de Césio-137 foi removida de um hospital e levada para uma casa, expondo centenas de pessoas à radiação e resultando em mortes. A contaminação se espalhou rapidamente através do contato entre as pessoas. Anos depois, os efeitos na saúde ainda são sentidos e o lixo tóxico permanece armazenado.
1. Acidente com o Césio-137
(Brasil ,1987)
Componentes:
Danshielly dos Santos
Denise dos Anjos
Leonardo Torres
2. • É considerado pior acidente radiológico em área urbana
da história;
• Ocorrido após um ano do acidente nuclear de Chernobyl
(Ucrânia);
• 4 mortos inicialmente;
• Cerca de 60 mortos posteriormente, entre eles
funcionários da Vigilância Sanitária de Goiânia e da
limpeza do local e vitimas altamente contaminadas;
• A Associação de Vitimas do Césio-137 estima que mais
de 6 mil pessoas foram atingidas pela radiação, entre
elas policiais militares, bombeiros, vizinhos e familiares;
3.
4. • 13.09.1987 – A fonte foi removida dos restos do Instituto
Goiano de Radioterapia (IGR) por dois rapazes que
estavam desempregados, de um aparelho que era usado
no tratamento de quimioterapia a base Césio-137.
• A estrutura de metal e chumbo chamou a atenção dos
dois, pois perceberam que poderiam retirar partes e
vender.
• O aparelho estava sem símbolos ou advertências que
pudessem identifica-lo como perigoso.
• Levaram a peça para a Rua 57 nº. 68 no Setor Central,
ali a mesma começou a ser desmontada e o lacre que
protegia a cápsula de cloreto de césio foi rompido,
dispersando os primeiros fragmentos de Césio-137 no
ambiente.
5. A.
Restos do IGR
B.
Rua 57 nº. 68 no Setor
Central
A - No período do acidente,
1987;
B – 20 anos depois do
acidente.
6. • 19.09.1987 - A peça é vendida para um ferro velho, onde
é desmontada e martelada;
• Não demorou muito para que o dono do ferro velho
descobrisse que a substância, em ambientes escuros,
emite uma luz azulada encantadora.
• Ele resolveu partilhar do encanto com todos aqueles que
mais amava.
• Sempre ao receber as visitas de parentes, vizinhos e
amigos lhes apresentava a descoberta, e a maioria
reagia interessada em conhecer a misteriosa luz azul.
7. Um dos catadores de
ferro-velho com os
sintomas
Devair Ferreira era o dono do
ferro velho que comprou a peça -
“Eu me apaixonei pelo brilho da
morte”.
8. • Cada organismo reagiu de uma forma e os sintomas
sentidos após o contato variaram, alguns já no primeiro
momento apresentaram febre alta, náuseas, vômitos,
diarreias, urticária, insônia, etc. Com o adoecimento das
pessoas a contaminação se alastrou.
• A busca por médicos, farmacêuticos, drogarias, assim
como as visitas de parentes e amigos, contribuiu para
um intenso contato físico e direto, aumentando assim o
número de pessoas e objetos contaminados, cada novo
contato passava ser uma fonte radioativa em potencial.
• São “detalhes” como estes que fazem do acidente com o
césio não ser somente o maior acidente radioativo
urbano do mundo, mas também o mais perverso.
9.
10. • 28.09.1987 – A esposa e dona do ferro velho juntamente
com um funcionário levam a fonte para a vigilância
sanitária de ônibus coletivo por 30 minutos.
• A fonte permaneceu durante dois dias abandonada sobre
uma cadeira.
• Maria Gabriela (esposa e dona do ferro velho) foi a
primeira vítima da contaminação, falecendo no dia 23 de
outubro de 1987 de complicações relativas à
contaminação com césio.
• Outra vítima, considerada o retrato da tragédia, Leide
das Neves Ferreira, ingeriu involuntariamente pequenas
quantidades de césio depois de brincar com o pó azul. A
menina de seis anos foi a vítima com a maior dose de
radiação do acidente. Não conseguiu sobreviver e
morreu duas horas depois da tia.
11.
12. • A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) mandou
examinar toda a população da região.
• Muitas casas foram esvaziadas, e limpadores a vácuo foram
usados para remover a poeira antes das superfícies serem
examinadas para detecção de radioatividade.
• Objetos como brinquedos, fotografias e utensílios domésticos
foram considerados material de rejeito.
• Até à atualidade, todos os contaminados ainda desenvolvem
enfermidades relativas à contaminação radioativa, fato este
muitas vezes não noticiado pela mídia brasileira.
• Após vinte e quatro anos do desastre radioativo, as várias
pessoas contaminadas pela radioatividade reclamam por não
estarem recebendo os medicamentos, que, segundo leis
instituídas, deveriam ser distribuídos pelo governo.
• E muitas pessoas contaminadas ainda vivem nas redondezas
da região do acidente, essas pessoas não oferecem mais
nenhum risco de contaminação à população.
13.
14. • A limpeza produziu 13.500 toneladas de lixo atômico,
que necessitou ser acondicionado em 14 contêineres
que foram totalmente lacrados.
• Dentro destes estão 1.200 caixas e 2.900 tambores, que
permanecerão perigosos para o meio ambiente por 180
anos.
• Para armazenar esse lixo atômico, o Parque Estadual
Telma Ortegal foi criado em Goiânia, hoje pertencente ao
município de Abadia de Goiás
• Encontra uma "montanha" artificial onde foram colocados
a nível do solo, revestida de uma parede de
aproximadamente 1 metro de espessura de concreto e
chumbo
15.
16. • Greenpeace Brasil –
http://www.greenpeace.org.br/nuclear/cesio/flash_cesio.h
tml
• Linha Direta Justiça Césio137 –
http://www.youtube.com/watch?v=6uXbd9A8qyM&featur
e=endscreen&NR=1
• Pra Não Dizer que Não Falei do Césio137 –
http://perigoconcreto.blogspot.com/