2.
Você acha que o que é imaginação não é
real? E você acha que o que é real não é
imaginação?
3.
Segundo Joseph Campbell, os mitos “transmitem
mais do que um mero conceito intelectual, pois, pelo
seu caráter interior, eles proporcionam um sentido
de participação real na percepção da
transcendência”.
MITO: UMA FORMA DE
CONHECIMENTO DA NOSSA
SUBJETIVIDADE
4.
Os filósofos se propuseram a dar outras formas de
respostas lógicas para fenômenos naturais por meio
da ciência
Filosofia: negação do mito
5.
O mito não foi eliminado, ele continua tendo função
nas nossas vidas.
O MITO VIVO: DEUS
6.
Revela a alma de um povo, como imaginavam a
estrutura fundamental da existência.
SACRALIDADE DO MITO
8.
Os ritos de passagem simbolizavam as fases da
natureza e os períodos de plantação e colheita. Para
tentar entender os rituais, em primeiro lugar, não
podemos deixar de lado o conceito de que as
celebrações são baseadas em rituais antigos, e que
tiveram origem em uma época em que a atividade
básica de subsistência era a agricultura.
CELEBRAÇÕES CELTAS: RITOS DE
PASSAGEM
9. "Esbat" são celebrações mensais dos ciclos lunares ou
ciclos da Deusa, no primeiro dia da Lua Cheia ou da Lua
Nova de cada mês. São épocas propícias para a meditação
e estudo
Sabbat" é a denominação de cada um dos oito grandes
festivais solares e que marcam a Roda do Ano Celta, que
respeitam e celebram os ciclos naturais. Os oito festivais
celtas revelam a história do Deus e da Deusa unidos, de
acordo com a estação, criando e sustentando a vida, e
trazendo as mudanças dos ciclos anuais, sintonizando e
harmonizando os próprios ciclos vitais com as energias
do Todo.
RITOS DE PASSAGEM
12.
Muitas vezes retratado como metade homem e
metade animal, sendo fortemente sexual, selvagem,
indomado e sábio. Considerado o Pai de Toda a
Vida, Pai Natureza, é o aspecto masculino de toda
natureza, é a força vital. Seus chifres e cauda
denotam sapiência natural e conhecimento instintivo
e animal.
DEUS CORNÍFERO
13.
Com a vinda do cristianismo, a imagem do deus de
forte sexualidade, chifres e cascos fendidos, foi
transformada em imagem do Principado das Trevas,
no Diabo, no princípio do mal.
...
15.
A “Grande-Mãe” ou “Senhora da Sabedoria” ou
“Deusa Lua”
Os seres pré-históricos adoravam tanto os deuses
quanto as deusas desde tempos imemoriais. Isto está
descrito nas mitologias mais antigas, e identificado
por inúmeras figuras e esculturas de deusas,
descobertas em sítios arqueológicos, no mundo
inteiro.
A DEUSA TRÍPLICE
16.
A feminilidade era considerada sacra; o parto, o ato
criativo original. A Deusa na tradição pagã é a
essência sentida no coração das coisas. Acima de
tudo, ela é o espírito dentro dessas coisas e a essência
da paz e inteireza dentro de cada ser.
A DEUSA TRÍPLICE
18.
A Deusa é também o processo da morte, que abre o
caminho para a vida nova, pois dentro dela estes
opostos se reconciliam como o Círculo do
Renascimento. Ela não é só a Lua nas três fases, mas
também a Mãe Terra e todas as expressões da Lua na
Terra, por causa da ligação com os ciclos femininos e
com os processos de concepção, geração e
nascimento; também, porque a Lua brilha para nós à
noite, tempo de mistério, poesia, encantamento e
sonhos, tempo de intuição, a sabedoria feminil, que
estão fortemente ligadas à representação da Deusa
20.
“O conceito da grande-mãe provém da História das Religiões e
abrange as mais variadas manifestações do tipo de uma Deusa-
Mãe. Algumas das formas mais características dessas imagens: A
mãe, avó, madrasta, a sogra, uma mulher qualquer com a qual nos
relacionamos, bem como a ama de leite, à deusa, especialmente a
mãe de deus, a Virgem(enquanto mãe rejuvenescida); a meta da
nostalgia da salvação (reino de deus, paraíso); a Igreja, a
Universalidade, o Céu, a Terra, a floresta, o mar, as águas quietas,
a Lua, o mundo subterrâneo.; o círculo mágico; o útero, o caldeirão.
A mágica autoridade do feminino; a sabedoria e a elevação
espiritual além da razão; o bondoso, que cuida e sustenta, que
nutre; o lugar da transformação mágica, do renascimento.”
“Todos estes símbolos podem ter sentido positivo ou negativo e
nefasto. Negativos: dragão, bruxa má, fantasma, canibal, túmulo,
sarcófago, a profundidade do oceano, a morte, o pesadelo e o
pavor infantil.”
Arquétipo materno para Jung
21.
A antiga religião reconhecia intensamente a bênção
do Sol, estava ligada à Lua e à Terra e a cada
vibração mágica de uma pedra ou flor, chama de
vela ou lago
TRADIÇÕES PAGÃS IMERSAS NO
CRISTIANISMO
22.
Saudavam o Sol recém-nascido, por exemplo, no
solstício de inverno — e com esse rito invocam a
frutificação e a paz em toda a Terra. Os povos celtas
comiam o Pão da Vida em Lughnasadh para o bem
de todos os seres e a harmonia da natureza. A História
Cristã da morte, ressurreição, e do pão que é o corpo,
é uma variação da história “primordial”.
Pão da vida
24.
A procura da harmonia com o fluxo natural da vida:
No passado alguns festivais eram celebrados com
amor sexual pelos pagãos. Assim a vida e a
criatividade eram asseguradas. O sexo como
principal símbolo recorrente na integração vital,
porque constitui o meio pelo qual entramos na vida.
O prazer sexual como verdadeira celebração da vida.
Alguns ritos eram realizados sem roupa, porque
acreditavam que a roupa atrapalharia no fluxo ativo
da energia
26.
FESTIVAL DE PASSAGEM DE ANO:
SAMHAIN
(31 de outubro ou 1º de novembro; 1º de
maio, no hemisfério sul)
27.
É o ano novo Celta, representa o fim e o começo do Ano.
É a “Noite Sagrada” que marca a proximidade do
inverno, simbolizando o fim da colheita. Esse ritual é
dedicado aos ancestrais. Samhain é mais difundido
atualmente como Halloween, Hallowmas, ou Dia de
Todos os Santos.
Para os celtas, o tempo não é linear, mas cíclico: todo fim
tido como recomeço. Praticavam rituais de purificação,
queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no
caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do
ano anterior. Este festival é sinônimo de quietude,
introspecção e renovação
28.
Um tema recorrente associado a Samhain é a maior
proximidade entre nossa realidade - este mundo - e
os domínios espirituais, morada dos deuses e de
nossos ancestrais - o Outro Mundo.Os celtas
acreditavam que no dia, os portões entre os mundos
se abrem e o véu que os oculta, se torna mais tênue.
Um dia ideal para terem acesso ao Outro Mundo.
29.
Para Jung, a “alma não termina onde termina um pressuposto fisiológico
ou de outra natureza”. Ele conceitua a ideia de reencarnação como
“Continuidade pessoal” e “renascimento em vários corpos”.
“O conceito de renascimento é multifacetado”. Trata-se da idéia de vida
que se estende no tempo, passando por sequências, podendo ser
essas sequências numa mesma vida, sendo as cerimônias o
indicativo de passagem, como também sequência marcada pela
morte.
As cerimônias podem simbolizar os renascimentos como uma idéia
de renovação sem a modificação do ser. Ele diz que o renascimento
“não é um processo observável: é realidade puramente psíquica”. “Trata-
se da participação em um rito de transformação, cerimônia, missa, ritual,
por exemplo, onde pela presença o indivíduo recebe a graça. Nos mistérios
pagãos também existem transformações em que o neófito recebe a graça”
Jung