SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
Nuno Miguel Matos Carvalho   5º E   nº 18
Índice

Morcegos .......................................................................................................................... 3

Alimentação dos Morcegos .............................................................................................. 4

Como vivem ..................................................................................................................... 5

Os ouvidos dos morcegos ................................................................................................. 6

Os Nariz dos Morcegos .................................................................................................... 7

Os olhos dos Morcegos .................................................................................................... 7

As mãos e asas dos Morcegos .......................................................................................... 8

MITOS e LENDAS .......................................................................................................... 9
Morcegos


Os morcegos são os únicos mamíferos que possuem voo activo. Estes
pertencem à ordem dos quirópteros, o que quer dizer: voam com as mãos.

Os morcegos são dos animais mais limpos que se conhecem e muito
resistentes a doenças.

Existem cerca de 1000 espécies de morcegos em todo mundo, mas apenas 24
em Portugal Continental e mais 2 espécies nos arquipélagos da Madeira e
Açores. As espécies de morcegos existentes em Portugal constituem cerca de
40% da fauna de mamíferos terrestres do país. Destas, 9 estão em perigo de
extinção.

São os únicos mamíferos que voam, e saem à procura de alimentos ao
entardecer e à noite.




A sua grande importância ecológica, revela-se na capacidade de cada animal
poder consumir numa noite mais de metade do seu peso (mais ou menos 20g
                         conforme a espécie).

                         Vivem em média 15 anos e, a partir de 2 anos, tem
                         início a vida reprodutiva, com um período de gestação
                         de 2 a 7 meses, de acordo com a espécie, gerando
                         normalmente um filhote ao ano.

                         Nas Grutas dos Olhos de Água do Alviela cria um dos
                         mais importantes abrigos de reprodução de morcegos
portugueses. Nesta gruta podemos encontrar 12 espécies de morcegos,
incluindo a maior de todas as espécies portuguesas, o morcego-rato-grande.

Na área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, pode-se encontrar
mais 6 espécies, incluindo o mais pequeno morcego da Europa, o morcego
anão. Tornando esta região portuguesa uma das mais ricas em morcegos.




                          Alimentação dos
                          Morcegos

Os    morcegos     realizam    importante papel na   natureza, podendo ser
responsáveis pelo espalhamento de sementes, polinização de flores e controle
da população de insectos. Existem somente três espécies que se alimentam
exclusivamente de sangue (hematófagas). Os morcegos mais comuns são os
que se alimentam de insectos (insectívoros) e os que se alimentam de frutos,
néctar, partes florais e folhas (fitófagos).

Cada morcego pode comer numa noite centenas de insectos, controlando
assim as pragas. A diminuição dos morcegos pode aumentar o uso dos
pesticidas e pôr em perigo os ecossistemas.

Os morcegos podem deslocar-se a mais de 30Km de distância dos seus
abrigos e a voar até 10 horas seguidas sempre a alimentar-se, como é o caso
do morcego rabudo.

O morcego de peluche pode atingir 70Km/h quando caça.

Morcegos pescadores usam suas garras para capturar e carregar o peixe que
irão comer.
Como vivem


Algumas espécies abrigam-se quase exclusivamente em grutas, minas e outros
subterrâneos. Outras preferem pequenas cavidades nos troncos das árvores,
como ninhos de pica-pau abandonados. Há também espécies que se abrigam
em casas e igrejas, em geral em salas pouco perturbadas.

Os morcegos procuram as grutas e outros locais escuros e húmidos como
antigas galerias de minas por dois motivos importantes: para hibernarem e para
se reproduzirem, ocupando igualmente estes locais nos dois períodos
intermédios. Os morcegos escolhem cavidades diferentes para os diferentes
fins, tendo em conta as condições de humidade e temperatura. Assim, os
morcegos escolhem as mais húmidas para a hibernação, pois perdem menos
água na respiração. Fora do período de hibernação, ocupam espaços
preferenciais onde dormem, saindo à noite para se alimentarem.

Quando os morcegos hibernam a seu ritmo e o consumo respiratório reduz-se
para 1% do que apresentam quando estão acordados. O ritmo cardíaco
também desce quase 40 vezes menos batendo o coração apenas 15 20 vezes
por minuto.

Com suas potentes garras, os morcegos podem se pendurar de cabeça para
baixo em seus abrigos
Os ouvidos dos
                       morcegos


As orelhas dos morcegos apresentam uma enorme variedade de formatos,
desde pequenos e arredondados como as do morcego-de-peluche ou
tiangulares como as dos morcegos-de-ferradora, elípticas e compridas como as
dos morcegos Myotis. Mas o campeão em termos de tamanho é o morcego-
orelhudo que proporcionalmente o tamanho do corpo possui as maiores
orelhas de todos os morcegos.

As orelhas variam em tamanho, formato e pormenores estruturais, como os
pregeamento interno ou a forma de trago, uma relevo frontal que se julga
auxiliar o animal a discriminar a direcção do eco no plano vertical.

Todas estas características da orelha são tão distintas que servem para
diferenciar as várias espécies entre si.




As orelhas dos morcegos funcionam como um sonar. Eles conseguem enviar
pulsos ultra-sônicos que ao se chocarem com algum objeto e voltam, fornecem
a estes mamíferos um eco que lhes permitem identificar distâncias, localização,
altitude, etc.

Os morcegos escutam maravilhosamente bem. Eles usam a audição para achar
comida e localizar seus filhotes. Aqueles que se alimentam de insectos e peixes, as
grandes orelhas os auxiliam na localização. Normalmente, os ecos são captados
pelas orelhas com formato de funil que se projectam para frente.




                         O Nariz dos Morcegos


O sentido do olfacto é muito desenvolvido nos morcegos. É utilizado para
identificar alguns alimentos, além de parceiros e suas crias. Morcegos
comedores de frutas podem achar seu alimento apenas pelo cheiro. Os
nectarívoros carregam pólen em seus longos focinhos, e ao irem de flor em flor
promovem uma magnífica polinização.




                    Os olhos dos Morcegos


Há duas subordens de morcegos: Megachiroptera, raposas-voadoras e os
Microchiroptera, verdadeiros morcegos.
Morcegos Não são cegos. As raposas voadoras por exemplo, têm óptima visão
e a utilizam junto com seu olfacto apurado para encontrar alimento no escuro.
A visão dos morcegos é adaptada para enxergar melhor na escuridão. A
maioria dela só enxerga em preto e branco, mas é sabido que alguns morcegos
comedores de frutas conseguem distinguir cores.

 .




                    As mãos e asas dos
                    Morcegos


Os morcegos voam utilizando suas mãos e suas asas. Enquanto as asas estão
batendo eles podem ir para baixo e para cima movendo a membrana que
existe entre seu corpo e o quinto dedo. Os morcegos voam em frente mudando
o formato da membrana entre o segundo e o quinto dedo.
MITOS e LENDAS

MAUS

A vida silenciosa, discreta e nocturna dos morcegos contribuiu para inúmeros
mitos e lendas. O facto de se abrigarem em grutas e locais escuros,
frequentemente   ligados   a   passagem   para   o   inferno,   associou-os   a
manifestações do diabo à superfície ou prenúncios de morte, doença ou azar.
BONS

Muitas culturas humanas consideram os morcegos símbolos de fortuna e sorte
como os Chineses, ou espíritos de vida e ressurreição como os antigos povos
Maias e Zapatecas. Também na Bósnia e Herzegovina a sua presença nas
casas é vista como um sinal de abundância e sorte para o seu proprietário.

Nas crenças ciganas o morcego foi criado por um beijo dado pelo diabo a uma
mulher adormecida.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Morcegos carolina jaime pedro5_e
Morcegos carolina jaime pedro5_eMorcegos carolina jaime pedro5_e
Morcegos carolina jaime pedro5_e
davidjpereira
 
Morcegos ana rita 5 f
Morcegos ana rita 5 fMorcegos ana rita 5 f
Morcegos ana rita 5 f
davidjpereira
 
Morcego final powerpoint
Morcego final powerpointMorcego final powerpoint
Morcego final powerpoint
Leonor Paiva
 
Filo artrópodes 06 aracnideos - escorpião
Filo artrópodes  06   aracnideos - escorpiãoFilo artrópodes  06   aracnideos - escorpião
Filo artrópodes 06 aracnideos - escorpião
prestao
 
Os repteis e os anfíbios
Os repteis e os anfíbiosOs repteis e os anfíbios
Os repteis e os anfíbios
Nuno Silva
 
RéPteis Slide
RéPteis SlideRéPteis Slide
RéPteis Slide
Daniela
 

Was ist angesagt? (20)

Morcegos carolina jaime pedro5_e
Morcegos carolina jaime pedro5_eMorcegos carolina jaime pedro5_e
Morcegos carolina jaime pedro5_e
 
O morcego
O morcego O morcego
O morcego
 
Especialidade de morcegos
Especialidade de morcegosEspecialidade de morcegos
Especialidade de morcegos
 
Morcegos
MorcegosMorcegos
Morcegos
 
Morcegos 2º D
Morcegos 2º DMorcegos 2º D
Morcegos 2º D
 
Morcegos ana rita 5 f
Morcegos ana rita 5 fMorcegos ana rita 5 f
Morcegos ana rita 5 f
 
Especialidade de anfíbios
Especialidade de anfíbiosEspecialidade de anfíbios
Especialidade de anfíbios
 
Especialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais NoturnosEspecialidade de Animais Noturnos
Especialidade de Animais Noturnos
 
Morcego final powerpoint
Morcego final powerpointMorcego final powerpoint
Morcego final powerpoint
 
Especialidade de tubarões
Especialidade de tubarõesEspecialidade de tubarões
Especialidade de tubarões
 
Habitos Animais
Habitos AnimaisHabitos Animais
Habitos Animais
 
Filo artrópodes 06 aracnideos - escorpião
Filo artrópodes  06   aracnideos - escorpiãoFilo artrópodes  06   aracnideos - escorpião
Filo artrópodes 06 aracnideos - escorpião
 
Morcegos rui6 e
Morcegos rui6 eMorcegos rui6 e
Morcegos rui6 e
 
Ap reptilia cobras e lagartos
Ap reptilia cobras e lagartosAp reptilia cobras e lagartos
Ap reptilia cobras e lagartos
 
Morcegos katia6 g
Morcegos katia6 gMorcegos katia6 g
Morcegos katia6 g
 
Os repteis e os anfíbios
Os repteis e os anfíbiosOs repteis e os anfíbios
Os repteis e os anfíbios
 
Répteis
 Répteis Répteis
Répteis
 
Anfíbios e répteis
Anfíbios e répteisAnfíbios e répteis
Anfíbios e répteis
 
Anfibios
AnfibiosAnfibios
Anfibios
 
RéPteis Slide
RéPteis SlideRéPteis Slide
RéPteis Slide
 

Ähnlich wie Morcegos nuno 5 e

Trabalho de biologia
Trabalho de biologiaTrabalho de biologia
Trabalho de biologia
Isa53
 
Animais 110913184501-phpapp02
Animais 110913184501-phpapp02Animais 110913184501-phpapp02
Animais 110913184501-phpapp02
Ferrari Ferrari
 

Ähnlich wie Morcegos nuno 5 e (20)

Especilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxEspecilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptx
 
Especialidade de Lazer com Pipas.ppt
Especialidade de Lazer com Pipas.pptEspecialidade de Lazer com Pipas.ppt
Especialidade de Lazer com Pipas.ppt
 
23cie
23cie23cie
23cie
 
Mamíferos e aves 1o b
Mamíferos e aves 1o bMamíferos e aves 1o b
Mamíferos e aves 1o b
 
Trabalho de biologia
Trabalho de biologiaTrabalho de biologia
Trabalho de biologia
 
Reino animalia
Reino animaliaReino animalia
Reino animalia
 
Répteis - Biologia
Répteis - Biologia Répteis - Biologia
Répteis - Biologia
 
Formigas @bio noturno 3 e
Formigas @bio noturno  3 eFormigas @bio noturno  3 e
Formigas @bio noturno 3 e
 
O Mundo dos Insectos
O Mundo dos InsectosO Mundo dos Insectos
O Mundo dos Insectos
 
Animais 110913184501-phpapp02
Animais 110913184501-phpapp02Animais 110913184501-phpapp02
Animais 110913184501-phpapp02
 
Joaninha
JoaninhaJoaninha
Joaninha
 
Zoologia dos invertebrados
Zoologia dos invertebradosZoologia dos invertebrados
Zoologia dos invertebrados
 
10 capitulo 07 chiroptera
10 capitulo 07   chiroptera10 capitulo 07   chiroptera
10 capitulo 07 chiroptera
 
Animais
AnimaisAnimais
Animais
 
2401 Insetos
2401 Insetos2401 Insetos
2401 Insetos
 
Polvo bio 3 D noturno
Polvo bio 3 D   noturnoPolvo bio 3 D   noturno
Polvo bio 3 D noturno
 
Reino Animalia
Reino Animalia Reino Animalia
Reino Animalia
 
Anfibius
AnfibiusAnfibius
Anfibius
 
Artropodes
ArtropodesArtropodes
Artropodes
 
Animais Em Vias De Extinção
Animais Em Vias De Extinção  Animais Em Vias De Extinção
Animais Em Vias De Extinção
 

Mehr von davidjpereira

Pmate 2013 inscrição de alunos
Pmate 2013   inscrição de alunosPmate 2013   inscrição de alunos
Pmate 2013 inscrição de alunos
davidjpereira
 
A história dos números primos
A história dos números primosA história dos números primos
A história dos números primos
davidjpereira
 
Francisco e gonçalo
Francisco e gonçaloFrancisco e gonçalo
Francisco e gonçalo
davidjpereira
 
Trabalho do bernardo e do mario 5º e
Trabalho do bernardo e do mario 5º eTrabalho do bernardo e do mario 5º e
Trabalho do bernardo e do mario 5º e
davidjpereira
 
As plantas carnívoras
As plantas carnívorasAs plantas carnívoras
As plantas carnívoras
davidjpereira
 
Micróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 eMicróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 e
davidjpereira
 
Trabalho final comunicação interpessoal
Trabalho final comunicação interpessoalTrabalho final comunicação interpessoal
Trabalho final comunicação interpessoal
davidjpereira
 
Micróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 eMicróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 e
davidjpereira
 
Experiência de plantas
Experiência de plantasExperiência de plantas
Experiência de plantas
davidjpereira
 

Mehr von davidjpereira (20)

Pmate 2013 inscrição de alunos
Pmate 2013   inscrição de alunosPmate 2013   inscrição de alunos
Pmate 2013 inscrição de alunos
 
A história dos números primos
A história dos números primosA história dos números primos
A história dos números primos
 
Cartoes magicos
Cartoes magicosCartoes magicos
Cartoes magicos
 
Isometrias
IsometriasIsometrias
Isometrias
 
Francisco e gonçalo
Francisco e gonçaloFrancisco e gonçalo
Francisco e gonçalo
 
Microscópio (2)
Microscópio (2)Microscópio (2)
Microscópio (2)
 
Plantas carnívoras
Plantas carnívorasPlantas carnívoras
Plantas carnívoras
 
Apresentação1 (2)
Apresentação1 (2)Apresentação1 (2)
Apresentação1 (2)
 
Plantas carnivoras
Plantas carnivorasPlantas carnivoras
Plantas carnivoras
 
Trabalho do bernardo e do mario 5º e
Trabalho do bernardo e do mario 5º eTrabalho do bernardo e do mario 5º e
Trabalho do bernardo e do mario 5º e
 
As plantas carnívoras
As plantas carnívorasAs plantas carnívoras
As plantas carnívoras
 
Diana doina 5 f
Diana doina 5 fDiana doina 5 f
Diana doina 5 f
 
Bichos da seda
Bichos da sedaBichos da seda
Bichos da seda
 
Micróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 eMicróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 e
 
Trabalho final comunicação interpessoal
Trabalho final comunicação interpessoalTrabalho final comunicação interpessoal
Trabalho final comunicação interpessoal
 
Micróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 eMicróbios beatriz 6 e
Micróbios beatriz 6 e
 
Experiência de plantas
Experiência de plantasExperiência de plantas
Experiência de plantas
 
Cnt
CntCnt
Cnt
 
Infusão
InfusãoInfusão
Infusão
 
Relatório da palha
Relatório da palhaRelatório da palha
Relatório da palha
 

Morcegos nuno 5 e

  • 1. Nuno Miguel Matos Carvalho 5º E nº 18
  • 2. Índice Morcegos .......................................................................................................................... 3 Alimentação dos Morcegos .............................................................................................. 4 Como vivem ..................................................................................................................... 5 Os ouvidos dos morcegos ................................................................................................. 6 Os Nariz dos Morcegos .................................................................................................... 7 Os olhos dos Morcegos .................................................................................................... 7 As mãos e asas dos Morcegos .......................................................................................... 8 MITOS e LENDAS .......................................................................................................... 9
  • 3. Morcegos Os morcegos são os únicos mamíferos que possuem voo activo. Estes pertencem à ordem dos quirópteros, o que quer dizer: voam com as mãos. Os morcegos são dos animais mais limpos que se conhecem e muito resistentes a doenças. Existem cerca de 1000 espécies de morcegos em todo mundo, mas apenas 24 em Portugal Continental e mais 2 espécies nos arquipélagos da Madeira e Açores. As espécies de morcegos existentes em Portugal constituem cerca de 40% da fauna de mamíferos terrestres do país. Destas, 9 estão em perigo de extinção. São os únicos mamíferos que voam, e saem à procura de alimentos ao entardecer e à noite. A sua grande importância ecológica, revela-se na capacidade de cada animal poder consumir numa noite mais de metade do seu peso (mais ou menos 20g conforme a espécie). Vivem em média 15 anos e, a partir de 2 anos, tem início a vida reprodutiva, com um período de gestação de 2 a 7 meses, de acordo com a espécie, gerando normalmente um filhote ao ano. Nas Grutas dos Olhos de Água do Alviela cria um dos mais importantes abrigos de reprodução de morcegos
  • 4. portugueses. Nesta gruta podemos encontrar 12 espécies de morcegos, incluindo a maior de todas as espécies portuguesas, o morcego-rato-grande. Na área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, pode-se encontrar mais 6 espécies, incluindo o mais pequeno morcego da Europa, o morcego anão. Tornando esta região portuguesa uma das mais ricas em morcegos. Alimentação dos Morcegos Os morcegos realizam importante papel na natureza, podendo ser responsáveis pelo espalhamento de sementes, polinização de flores e controle da população de insectos. Existem somente três espécies que se alimentam exclusivamente de sangue (hematófagas). Os morcegos mais comuns são os que se alimentam de insectos (insectívoros) e os que se alimentam de frutos, néctar, partes florais e folhas (fitófagos). Cada morcego pode comer numa noite centenas de insectos, controlando assim as pragas. A diminuição dos morcegos pode aumentar o uso dos pesticidas e pôr em perigo os ecossistemas. Os morcegos podem deslocar-se a mais de 30Km de distância dos seus abrigos e a voar até 10 horas seguidas sempre a alimentar-se, como é o caso do morcego rabudo. O morcego de peluche pode atingir 70Km/h quando caça. Morcegos pescadores usam suas garras para capturar e carregar o peixe que irão comer.
  • 5. Como vivem Algumas espécies abrigam-se quase exclusivamente em grutas, minas e outros subterrâneos. Outras preferem pequenas cavidades nos troncos das árvores, como ninhos de pica-pau abandonados. Há também espécies que se abrigam em casas e igrejas, em geral em salas pouco perturbadas. Os morcegos procuram as grutas e outros locais escuros e húmidos como antigas galerias de minas por dois motivos importantes: para hibernarem e para se reproduzirem, ocupando igualmente estes locais nos dois períodos intermédios. Os morcegos escolhem cavidades diferentes para os diferentes fins, tendo em conta as condições de humidade e temperatura. Assim, os morcegos escolhem as mais húmidas para a hibernação, pois perdem menos água na respiração. Fora do período de hibernação, ocupam espaços preferenciais onde dormem, saindo à noite para se alimentarem. Quando os morcegos hibernam a seu ritmo e o consumo respiratório reduz-se para 1% do que apresentam quando estão acordados. O ritmo cardíaco também desce quase 40 vezes menos batendo o coração apenas 15 20 vezes por minuto. Com suas potentes garras, os morcegos podem se pendurar de cabeça para baixo em seus abrigos
  • 6. Os ouvidos dos morcegos As orelhas dos morcegos apresentam uma enorme variedade de formatos, desde pequenos e arredondados como as do morcego-de-peluche ou tiangulares como as dos morcegos-de-ferradora, elípticas e compridas como as dos morcegos Myotis. Mas o campeão em termos de tamanho é o morcego- orelhudo que proporcionalmente o tamanho do corpo possui as maiores orelhas de todos os morcegos. As orelhas variam em tamanho, formato e pormenores estruturais, como os pregeamento interno ou a forma de trago, uma relevo frontal que se julga auxiliar o animal a discriminar a direcção do eco no plano vertical. Todas estas características da orelha são tão distintas que servem para diferenciar as várias espécies entre si. As orelhas dos morcegos funcionam como um sonar. Eles conseguem enviar pulsos ultra-sônicos que ao se chocarem com algum objeto e voltam, fornecem
  • 7. a estes mamíferos um eco que lhes permitem identificar distâncias, localização, altitude, etc. Os morcegos escutam maravilhosamente bem. Eles usam a audição para achar comida e localizar seus filhotes. Aqueles que se alimentam de insectos e peixes, as grandes orelhas os auxiliam na localização. Normalmente, os ecos são captados pelas orelhas com formato de funil que se projectam para frente. O Nariz dos Morcegos O sentido do olfacto é muito desenvolvido nos morcegos. É utilizado para identificar alguns alimentos, além de parceiros e suas crias. Morcegos comedores de frutas podem achar seu alimento apenas pelo cheiro. Os nectarívoros carregam pólen em seus longos focinhos, e ao irem de flor em flor promovem uma magnífica polinização. Os olhos dos Morcegos Há duas subordens de morcegos: Megachiroptera, raposas-voadoras e os Microchiroptera, verdadeiros morcegos.
  • 8. Morcegos Não são cegos. As raposas voadoras por exemplo, têm óptima visão e a utilizam junto com seu olfacto apurado para encontrar alimento no escuro. A visão dos morcegos é adaptada para enxergar melhor na escuridão. A maioria dela só enxerga em preto e branco, mas é sabido que alguns morcegos comedores de frutas conseguem distinguir cores. . As mãos e asas dos Morcegos Os morcegos voam utilizando suas mãos e suas asas. Enquanto as asas estão batendo eles podem ir para baixo e para cima movendo a membrana que existe entre seu corpo e o quinto dedo. Os morcegos voam em frente mudando o formato da membrana entre o segundo e o quinto dedo.
  • 9. MITOS e LENDAS MAUS A vida silenciosa, discreta e nocturna dos morcegos contribuiu para inúmeros mitos e lendas. O facto de se abrigarem em grutas e locais escuros, frequentemente ligados a passagem para o inferno, associou-os a manifestações do diabo à superfície ou prenúncios de morte, doença ou azar.
  • 10. BONS Muitas culturas humanas consideram os morcegos símbolos de fortuna e sorte como os Chineses, ou espíritos de vida e ressurreição como os antigos povos Maias e Zapatecas. Também na Bósnia e Herzegovina a sua presença nas casas é vista como um sinal de abundância e sorte para o seu proprietário. Nas crenças ciganas o morcego foi criado por um beijo dado pelo diabo a uma mulher adormecida.