Este documento descreve os principais aspectos da hidrografia terrestre, incluindo:
1) A distribuição e volume estimado de água na Terra, com a maior parte sendo oceânica.
2) O ciclo hidrológico e as diferentes formas como a água circula entre os oceanos, atmosfera e continentes.
3) A classificação das águas em potamografia e talassografia, e as características dos principais oceanos, mares, correntes e relevo submarino.
1. HIDROGRAFIA
• Esfera líquida do planeta Sólido (Geleiras)
Gasoso (Vapor d`água)
HIDRO GRAFIA Líquido Mares
ÁGUA DESENHO Oceanos
(Desenho da água sobre Rios
a superfície terrestre) 29%
Sólido Lagos
71%
Líquido Lençois Subterrâneos
11. Potamografia – estudo das águas “doces”
Rios Lagos Lençóis Subterrâneos
Talassografia – estudo das águas salgadas
(Oceanografia)
Imensas porções de águas salgadas
Oceanos {
que cercam os continentes.
Mares {Porções do oceano situadas junto
ou dentro dos continentes.
12. Características dos Oceanos
PACÍFICO
1. Localizado entre a porção ocidental da América e as porções orientais da
Ásia e Oceania
2. É o maior os oceanos, abrange uma área aproximada de 180 milhões km2
Área superior a todos os continentes somados
3. Nele encontramos um imenso número de ilhas e arquipélagos, com destaque:
Polinésia
Micronésia
Melanésia
4. Nele encontramos as maiores fossas do planeta
com destaque:
Marianas – 11.033m
Mindanao – 10.990m
13. Características dos Oceanos
ATLÂNTICO
1. Localizado entre a porção oriental da América e a porção ocidental
da Europa e África.
2. Segundo maior oceano do, com cerca de 87 milhões de Km 2.
3. Nele surge inúmeras ilhas: Açores, Ascensão,
Santa Helena,
Fernando de Noronha,
Madeira.
4. Nele também encontramos grandes fossas, como exemplo:
Milwaukee – 9460 m
Virgens - 8526m
Porto Rico – 8320m
14. Características dos Oceanos
5. Esse oceano é cortado pela DORSAL DO ATLÂNTICO
Imensa cordilheira submersa que se formou a partir do
derramamento magmático e movimento das placas
tectônicas oceânicas, a exemplo da sul-americana e da
africana.
6. Apresenta grande destaque econômico. Pois serve de elo
entre as maiores economias do mundo: América Anglo-
Saxônica e Europa Ocidental.
15. Características dos Oceanos
ÍNDICO
1. Localizado entre o sul da Ásia, leste da África e oeste da Oceania
2. É o mais tropical dos oceanos.
3. Terceiro maior oceano com cerca de 77 milhões de Km2.
4. Apresenta grande importância econômica em função do grande fluxo de
petroleiros oriundos do Oriente Médio.
5. Seu relevo é pouco acidentado e sua maior profundidade é a fossa de Java,
com 6650m.
6. Apresenta as maiores médias térmicas entre os oceanos:
Maior evaporação e por conseguinte maior salinidade.
OBS: O nome desse oceano é decorrente deste banhar todo o litoral indiano.
16. Características dos Oceanos
ÁRTICO
1. Localizado no extremo norte do planeta.
2. Banha o norte da América, da Europa e da Ásia
3. Apresenta cerca de 15 milhões de Km2
4. É o menor dos oceanos
5. A comunicação com o oceano Pacífico se faz através do Estreito de Bering
6. Durante quase todo o ano suas águas se apresentam congeladas,
formando:
BANQUISAS = Imensos blocos de água gelada que circula na porção
superficial das correntes marítimas.
ICEBERGS = Imensos blocos de gelo que se desprendem da calota polar
ártica, das altas latitudes das terras boreais e da Antártida e, circulam
pelos oceanos.
17. Tipos de mares
Abertos ou costeiros: São aqueles que se comunicam diretamente com os
costeiros
oceanos:
Mar das Antilhas Mar da China Mar do Norte
Mar da Arábia
Interiores ou Mediterrâneos: Localizam-se no interior do continente,
Mediterrâneos
mantendo contato com as águas oceânicas por meio de estreitos ou canais:
Mar Vermelho Mar Mediterrâneo Mar Negro
Mar Báltico
Fechados ou isolados: Localizam-se no interior do continente e não se
isolados
comunicam do outros mares ou oceanos:
Mar de Aral Mar Cáspio Mar Morto
38. Subdivisão dos mares
Golfo é um mar que adentra muito no
continente, com formato de grande
cavidade.
Baía é um pequeno Golfo
Enseada é uma pequena baía
39. Esquema da subdivisão dos mares
Reentrâncias:
Porção
continental
Mar
Golfo
Enseada Baía
40. Características das águas oceânicas
Salinidade – Maior ou menor quantidade de
sais nas águas do mar.
Estima-se que existe 35g de NaCl para cada 1000g da água.
Temperatura
A salinidade Taxa de evaporação
marinha, varia Precipitação
em função Região de Desembocadura
Presença de geleiras
41. Características das águas oceânicas
1. As águas oceânicas são diferentes das águas dos rios.
2. O mar se constitui de uma solução altamente complexa
de minerais, sais e matéria sólida em suspensão.
3. Dos minerais mais encontrados nas águas marinhas,
destaca-se o NaCl, porém, também estão presentes:
Cloreto de Magnésio
Sulfato de Magnésio
Sulfato de Cálcio
42. Características das águas oceânicas
MÉDIA DE MINERAIS DAS ÁGUAS
Tipo de Água Carbonatos Sulfatos Cloretos
Marinhas 0.2% 10% 8%
Fluviais 80% 13% 7%
Fonte: Lucci. Alian Alabi. Geografia: O homem no Espaço Global. Pg337
43. Características das águas oceânicas
Salinidade dos Mares
Mar Percentual de
Salinidade
Negro 1.5g/l
Báltico 2gl/l
Vermelho 4gl/l
Morto 40g/l
Fonte: Lucci, Elian Alabi. Geografia: O homem no Espaço Global.
MAR MORTO
46. Características das águas oceânicas
Densidade
1. A água do mar é mais densa que a dos rios
Consequência da maior concentração de sais minerais.
A densidade varia em função da salinidade e da profundidade.
Quanto maior a salinidade e a profundidade, maior a
densidade
47. Características das Águas
Oceânicas
Temperatura
Varia em função da taxa de radiação
Latitude
Fatores de variação da radiação
Profundidade
Latitude: Quanto mais próximo do Equador, maior a
radiação e maior a absorção de energia.
Profundidade: Quanto maior a profundidade, menor a
temperatura.
48. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DO MAR (ONDAS)
Ondas ou Vagas : São movimentos superficiais
produzidos pelos ventos ao tocar a superfície da água
produz ondulações que, segundo a intensidade do vento
podem converter-se em ondas.
Podemos classificar as ondas em:
Marulhos – Ondas lentas e Onduladas.
Vagalhões ou Vagas forçadas – Ondas violentas e
cavadas.
49. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DO MAR (ONDAS)
Partes de uma Onda:
Ventos Comprimento
Crista Crista
Altura
Cavado
Cavado
50. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DO MAR (ONDAS) - Tsunamis
Maremotos: Causados a partir do movimento das
placas tectônicas, no assoalho oceânico, ou pela
ocorrência de fenômenos atmosféricos de grande
intensidade (furacões/tufões).
Tsunamis: Gigantescas ondas formadas a partir de
atividades vulcano-tectônicas submarinas.
58. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS MARES (MARÉS)
Marés
São oscilações verticais periódicas que o nível das
águas marinhas apresentam.
São movimentos consequentes da atração
gravitacional exercida pela Lua e pelo Sol, em
relação à Terra.
59. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS MARES (MARÉS)
De Águas Vivas (Sizígia): grandes
{
amplitudes (Luas Nova/Cheia).
Tipos de Marés
De Águas Mortas (Quadratura):
pequenas amplitudes (Luas
Crescente/Minguante).
60. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS MARES (MARÉS)
Tipos de Marés:
1. SIZIGIA (“Águas Vivas”) = Ocorre nos períodos de Lua Nova e
Lua Cheia:
Lua Nova
Lua Cheia
SOL
61. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS MARE (MARÉS)
2. QUADRATURA (“Águas Mortas”) = Ocorre nos períodos de Lua
Quarto Crescente e Quarto Minguante
Lua ¼ Crescente
SOL
Lua ¼ Minguante
62. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS MARES (MARÉS)
Obs: A Lua influência muito mais as marés em
detrimento ao Sol, pois encontra-se muito mais
próxima da Terra.
A IMPORTÂNCIA DOS MOVIMENTOS DAS MARÉS:
1. Orientação para chegada e saída das embarcações nos
portos.
2. Fonte de renda para população litorânea, de baixo
poder aquisitivo, que vivem da coleta de moluscos e
caça de caranguejos e siris.
3. Produção de energia maremotriz.
63. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DO MAR (MARÉS)
Obs: Só é possível obter energia maremotriz em regiões
onde as variações das marés são superiores a 5m de altura.
É uma forma dispendiosa e pouco eficaz de produção de
energia.
A França é o único país da atualidade que faz uso
da energia maremotriz.
No Brasil só seria possível utilizar essa energia no
litoral maranhense, onde as marés sobem cerca de
7,8m.
64. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DO MAR (CORRENTES)
A existência das correntes marítimas está ligada ao
movimento de rotação.
Os ventos
Fatores que influenciam Temperaturas
a direção das correntes A Salinidade
Marítimas O Relevo
Submarino
65. Correntes Marítimas
No contexto da Geografia, as correntes marítimas são os
movimentos mais importantes que as águas oceânicas
apresentam.
Dá-se o nome de correntes marítimas aos
deslocamentos das águas oceânicas cuja velocidade seja
superior a doze milhas marítimas por dia. (Uma milha
marítima corresponde a 1.852m).
São considerados rios submarinos, pois seguem trajetos
bastante regulares e apresentam características físicas bem
definidas.
66. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS DOS MARES (CORRENTES)
Podem ser:
Quentes: Oriundas da zona equatorial.
Ex.: Guianas e Gulf Stream.
Frias: Oriundas das regiões polares.
Ex.: Labrador e Humboldt.
As correntes marítimas são fundamentais para o estudo do clima, pois
seus deslocamentos interferem na umidade, temperatura e chuvas.
Para alguns países essas correntes são fundamentais, como é o caso da
Noruega, Peru e Japão, fortes produtores de peixes. Além de amenizar
o clima de outros países do norte Europeu, a exemplo da Irlanda.
70. O Efeito Coriolis
Os ventos alísios deslocam-se, em geral, para o oeste,
em função do movimento de rotação da Terra, e, com
isso, deslocam as correntes marítimas do Hemisfério
Sul no sentido anti-horário e, as do Hemisfério Norte,
no sentido horário; porém, na verdade, os ventos não
se deslocam de forma curvada e, sim, retilínea.
73. RELEVO SUBMARINO – Margem Continental
Plataforma Continental
1. Profundidade entre 0 e 200m.
2. Corresponde ao prolongamento submerso dos
continentes.
3. Recebe sedimentos de origem continental,
transportado das terras emersas.
74. RELEVO SUBMARINO – Margem Continental
4. Local de concentração de cardumes.
5. Por ter pequena profundidade em média, a luz solar consegue
penetrar totalmente, favorecendo o processo de fotossíntese e a
formação de plâncton.
6. Importante área de lazer.
7. Região de exploração do petróleo e gás natural.
OBS: Em função da grande importância econômica, os países estendem
suas jurisdições territoriais até os limites da plataforma continental.
75. RELEVO SUBMARINO – Margem Continental
Talude Continental
1. Profundidade entre 200 e 2000m.
2. Região mais íngreme do relevo submarino.
3. Corresponde à zona batial ou hipoabissal dos
biogeógrafos.
76. RELEVO SUBMARINO – Assoalho Oceânico
Região Pelágica
1. Profundidade entre 2000 e 5000m.
2. Corresponde a cerca de 80% da área total dos oceanos
3. Considerada assoalho das bacias oceânicas
Nela encontramos as Dorsais
Cordilheiras que se formam a partir do derramamento magmático,
pois, nessa região ocorrem zonas divergentes e convergentes de
placas tectônicas, a exemplo dorsal Meso-Atlântica.
77. RELEVO SUBMARINO – Assoalho Oceânico
Zona Abissal ou abismal
1. Profundidades superiores a 5000m.
2. Considerada região abiótica.
3. Nela encontramos as fossas oceânicas, formadas pelos
deslizamento de uma placa tectônica sobre outra.
4. Os sedimentos encontrados nessa região são finíssimos,
correspondendo aos restos de esqueletos,
microorganismos e lama.
88. ESPAÇO AÉREO NACIONAL ESPAÇO AÉREO INTERNACIONAL
12 MN 12 MN
PRAIA ( ± 22 Km) ( ± 22 Km)
MAR ZONA
TERRITORIAL CONTÍGUA 188 MN
( ± 348 Km) ALTO-MAR
LINHA DE BASE
ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA
200 MN
( ± 370 Km)
ÁGUAS JURISDICIONAIS 150 MN
( ± 278 Km)
350 MN PC ESTENDIDA
( ± 648 Km)
LIMITE DE PLEITO DE EXTENSÃO DA PC
PLATAFORMA CONTINENTAL
95. Elementos de um Curso Fluvial
Nascente ou cabeceira – onde o rio nasce;
Foz ou desembocadura – onde o rio desemboca. Pode ser do
tipo delta, estuário e mista.
Confluência ou junção – local onde o rio se lança em outro.
Montante – é a parte do rio em direção à nascente a partir de
um determinado ponto.
Jusante – é a parte do rio em direção à foz a partir de um
determinado ponto.
Margem – é a faixa de terra marginal às águas do rio.
Leito – trecho recoberto pelas águas ao se escoarem.
Talvegue – é a parte mais profunda do leito fluvial.
96. Elementos de um Curso Fluvial
Curso – canal de escoamento que se estende desde a nascente
até a foz. É o caminho percorrido pelas águas.
Meandro – curva no traçado do rio.
Interflúvio ou divisor de água ou linha de crista – são as
partes mais elevadas do relevo, que separam duas vertentes,
drenando as águas para diferentes bacias.
Débito, descarga ou vazão – quantidade de água que um rio
escoa em um ponto qualquer de seu curso.
Vertentes – laterais dos vales fluviais.
Vale – parte que se estende de um interflúvio a outro.
97. Regime Fluvial
Resulta de uma série de fatores naturais, como o clima, a
vegetação, o tipo de solo, etc. Dentre todos, o clima é o
que exerce maior influência.
Por regime fluvial entende-se a variação sazonal ou
periódica do volume de água do rio.
Os regimes fluviais podem ser de dois tipos:
Perene: existe circulação de água no leito (vazão) o ano
todo.
Intermitente: quando o rio seca, durante um
determinado período do ano.
98. Tipos de Regimes Fluviais ( de acordo com a
origem das águas)
Periglacial – É o regime dos rios que devem sua
existência ao derretimento das neves das regiões
polares (altas latitudes), que ocorre no verão.
Nival ou Alpino – As cheias ocorrem na primavera
e são ocasionadas pelo derretimento da neve nas
altas montanhas (independentemente da latitude).
99. Tipos de Regimes Fluviais
Pluvial – Quando a variação do volume das águas está
sob a influência direta da quantidade do chuva que o rio
recebe. Entre os principais regimes pluviais podem se
destacar:
Equatorial – chuvas abundantes durante o ano todo,
apresentando uma curta estação seca.
Tropical – possuem variação acentuada em seu débito. As cheias
são no verão.
Subtropical – apresentam um débito mais constante durante o
ano, ocorrendo cheias em um curto período do verão.
Semi-árido – devido à inexistência de um período regular de
chuvas e à seca prolongada, a maioria dos rios de regime semi-
árido tem como característica a intermitência de seus cursos.
118. Tipos de Drenagens
Exorréica: quando as águas têm como destino o oceano.
Endorréica: os rios deságuam num lago ou mar interior.
Criptorréica: a drenagem é realizada subterraneamente,
total ou parcialmente.
Arréica: quando as linhas da drenagem de uma região
são temporárias (efêmeras), devido à rápida infiltração,
em terrenos de grande permeabilidade, ou por causa da
alta taxa de evaporação (desertos).
125. Caracterização das Bacias Hidrográficas:
Amazônica
É a maior bacia do mundo. Drena cerca de 6,5 milhões de km²,
dos quais 3,9 milhões situados no Brasil. Além do Brasil, banha:
Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia, Peru,
Equador e Bolívia.
Os formadores da Bacia Amazônica são: Cordilheira dos Andes
(oeste), Planalto das Guianas (norte) e Planalto Central (sul). É uma
bacia de planície e oferece 20.000 km de percurso navegável, apesar
da navegação ser pouco aproveitada. Mesmo sendo de planície, boa
parte dos afluentes do Amazonas apresenta trechos encachoeirados
nos planaltos, o que confere grande potencial hidráulico.
139. Caracterização das Bacias Hidrográficas:
Tocantins-Araguaia
É a maior bacia totalmente brasileira e a terceira em
potencial hidroelétrico, após a Amazônica e a do
Paraná. Possui a segunda maior usina totalmente
brasileira, Tucuruí, situada no curso inferior do rio
Tocantins (PA), que abastece com energia os
grandes projetos minerais da Amazônia (Carajás,
Albrás, etc.).
144. Caracterização das Bacias Hidrográficas: São
Francisco
Drena cerca de 645 mil km² e é a segunda maior bacia
totalmente brasileira. Além de apresentar grandes quedas-
d’água e bom aproveitamento hidrelétrico (Usinas de Três
Marias, Paulo Afonso, Sobradinho, de Xingó, etc.).
O Rio São Francisco possui um longo trecho navegável
(Pirapora/MG-Juazeiro/BA) e desempenha importante
papel regional no povoamento e na agropecuária realizados ao
longo de seu curso e proximidades. O rio São Francisco nasce
em Minas Gerais (Serra da Canastra) e deságua no Atlântico,
onde serve de divisa entre Alagoas e Sergipe.
No passado, desempenhou importante papel na expansão
da pecuária e na integração nacional (Sudeste-Nordeste).
146. Vista Parcial do Cânion do São Francisco - Sergipe
Foz do Rio do São Francisco – entre SE e AL
147. Caracterização das Bacias Hidrográficas: Platina
Drena cerca de 17% do território brasileiro e é formada pelas bacias
dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Banha terras do Brasil, Bolívia,
Paraguai, Argentina e Uruguai.
Bacia do Paraná – é uma bacia planáltica com grande potencial
hidrelétrico e a mais aproveitada no Brasil para a produção de
eletricidade. Nela está situada a maior usina hidrelétrica no
mundo, em operação (Itaipu), um consórcio binacional entre
Brasil e Paraguai. A maior parte da energia consumida nas regiões
Sudeste e Sul é oriunda da bacia do Paraná. Apesar de planáltico, o
rio Paraná apresenta um longo trecho navegável (Urubupungá-
Guaíra).
A bacia do Paraná se transformou, com a implantação da hidrovia
Tietê-Paraná, na espinha dorsal do Mercosul, isso só foi viabilizado
com a construção das eclusas de Três Irmãos e Jupiá, que integra
cinco estados brasileiros (PR, SP, MG, GO, MS) e os parceiros do
Mercosul.
151. Caracterização das Bacias Hidrográficas: Platina
Bacia do Paraguai – bacia de planície que banha a planície do
Pantanal; é utilizada principalmente pela navegação em território
brasileiro e paraguaio. O principal porto é o de Corumbá (MS). Pelo
rio Paraguai, o Brasil escoa principalmente minério de manganês e
produtos agropecuários.
Bacia do Uruguai – drena cerca de 3% do território brasileiro. O rio
Uruguai nasce pela fusão dos rios Canoas (SC) e Pelotas (RS), e
serve de divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e Argentina, Argentina e Uruguai. O curso superior
do rio Uruguai é de planalto com aproveitamento hidrelétrico, e o
curso inferior é de planície e navegável. O aproveitamento
econômico desta bacia é pouco expressivo.
164. LAGOS
Consistem em massas líquidas envolvidas por terras,
encontradas no interior dos continentes.
Lagos de águas doces: são os mais comuns. Geralmente
alimentado por rios perenes. Ex.: Tanganica (África).
Lagos de águas salgadas: constituem fundos de antigos mares.
Ex.: Aral (Usbequistão / Tadjiquistão).
Lagoas: são lagos costeiros formados a partida consolidação de
restingas e isolamentos de antigas enseadas e baías. Ex.: Lagoa
Rodrigo de Freitas (RJ).
Lagunas: são lagos costeiros onde ocorre o contato entre águas
doces (fluviais) e salgadas (do mar). Ex.: “Lagoa” dos Patos (RS).
171. GELEIRAS
Formam-se quando o frio intenso e prolongado
solidifica as águas nas altas latitudes e nas altas
montanhas.
Continentais (Inlandsis): se formam em áreas de altas latitudes,
independentemente do nível topográfico: Ex.: Groenlândia e
Antártida. Dão origem aos icebergs, nas faixas litorâneas.
De Montanha: a altitude é o fator determinante. Ex.: Andes,
Montanhas Rochosas, Alpes, Himalaia.
Oceânicas (banquisas): são temporárias, devido aos períodos de
aquecimento/resfriamento das águas oceânicas, nas altas latitudes,
ao longo do ano.
175. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
o Lençóis Freáticos: corresponde ao volume de águas que
infiltram no solo, se acumulando no subsolo, próximo à
superfície. Essas águas, bastante exploradas para o
consumo, podem conter toxinas oriundas das atividade
agrícolas e industriais, bem como contaminantes de
vazadouros do escoamento de dejetos e de fossas sépticas.
o Aquíferos: são reservatórios subterrâneos localizados a
centenas de metros de profundidade e que apresentam
enorme volume de água. A maioria ainda não está
contaminada.
180. Caracterização do Aquífero Guarani
O Aquífero Guarani é o maior manancial de água
doce subterrânea transfronteiriço do mundo. Está
localizado na região centro-leste da América do Sul,
entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de
longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de
Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000l Km²),
Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e
Argentina (255.000 Km²).
182. Caracterização do Aquífero Guarani
Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3
da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Esse reservatório de proporções gigantescas de água
subterrânea é formado por derrames de basalto
ocorridos nos Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo
Inferior (entre 200 e 132 milhões de anos). É constituído
pelos sedimentos arenosos da Formação Pirambóia na
Base (Formação Buena Vista na Argentina e Uruguai) e
arenitos Botucatu no topo (Missiones no Paraguai,
Tacuarembó no Uruguai e na Argentina).
184. Caracterização do Alter do Chão
O Aquífero Alter do Chão é o que apresenta o maior volume de
água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob
os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil
km³ de água doce, o que seria suficiente para abastecer a
população mundial em cerca de 100 vezes, ainda de acordo com a
pesquisa. Um novo levantamento, de campo, deve ser feito na
região para avaliar a possibilidade de o aquífero ser ainda maior
do que o calculado inicialmente pelos geólogos.
Em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o
dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani - com
45 mil km³ de volume -, até então considerado o maior do país e
que passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai.
187. Características dos “Litorais” Brasileiros -
Setentrional
Litoral Norte – é também chamado de Litoral Setentrional e se
estende da foz do rio Oiapoque, ou cabo Orange (PA), ao cabo de
São Roque (RN). Seu primeiro trecho estende-se da foz do
Oiapoque ao delta do rio Parnaíba. É um litoral de terras baixas e
sedimentares. No Amapá, o litoral é pantanoso e aparecem
inúmeras lagunas, em um terreno argiloso e com mangues. A foz do
rio Amazonas é importante acidente desse litoral, apresentando
inúmeras ilhas, destacando-se a de Marajó, com 47.964 km², a de
Caviana e de Mexiana. No litoral do Pará e Maranhão, a linha
costeira é mais recortada, aparecendo pequenas falésias. O destaque
desse trecho litorâneo é o Golfão Maranhense, com a ilha de São
Luís, cercada pelas baías de São Marcos e de São José. No segundo
trecho, do delta do rio Parnaíba ao cabo de São Roque, a costa semi-
árida está caracterizada por ser pouco recortada e pela presença de
uma faixa de dunas. O clima semi-árido propicia a instalação de um
grande número de salinas, as mais importantes do Brasil.
196. Características dos “Litorais” Brasileiros - Oriental
Litoral Leste – ou Litoral Oriental, vai do cabo de São Roque (RN) ao
cabo Frio (RJ). O trecho que se estende do cabo de São Roque à baía de
Todos os Santos apresenta “barreiras”, em trechos onde o planalto
interior chega diretamente junto ao mar, dando origem a costas altas
com falésias. À pequena distância da linha litorânea, o primeiro trecho
do Litoral Leste apresenta uma linha de recifes de arenito ou
coralinos, muito perigosos para a navegação, por se elevarem apenas
alguns centímetros acima da água. O nome da capital de Pernambuco,
Recife, tem origem na existência dessas formações em seu litoral. No
litoral sul baiano existem, mais afastados do continente, os recifes
coralinos dos Abrolhos. Da baía de Todos os Santos ao norte do litoral
do Espírito Santo, surgem trechos mais baixos, com lagunas separadas
do mar por restingas, com extensos manguezais. No último trecho
desse litoral, surge uma costa baixa e alagadiça, mas onde não faltam as
pontas graníticas que ladeiam a baía de Vitória. O cabo de São Tomé e a
baía de Vitória são os acidentes mais notáveis da área.
202. Características dos “Litorais” Brasileiros -
Meridional
Estende-se de Cabo Frio até a foz do arroio Chuí. O trecho desse
litoral, que vai de Cabo Frio ao cabo de Santa Maria, em Santa Catarina,
é caracterizado pela proximidade dos altos paredões que dão acesso
ao planalto cristalino, na Serra do Mar. Em certos trechos, a escarpa
se afasta para o interior, dando origem a extensas praias, restingas e
lagoas costeiras. A Baixada Fluminense abriga as lagoas Feia, de
Araruama, Saquarema e Marica, separadas ao mar por restingas. A baía
de Guanabara abre-se na Baixada Fluminense, com um perímetro de
130 km e uma área de 412 km². Mais para o Sul, acha-se a Baixada
Santista, de menor tamanho. O último trecho de nosso litoral se
estende do cabo de Santa Marta à desembocadura do arroio Chuí. É
uma costa baixa e arenosa, onde surge uma planície bastante larga,
que abriga inúmeras lagunas, separadas do mar por restingas. Algumas
lagunas se comunicam com o oceano através de um estreito canal,
como acontece com a maior de todas, a lagoa dos Patos, com 10.000 km²
de área. A lagoa Mirim está em contato com a lagoa dos Patos, através
do canal de São Gonçalo, tendo uma área de aproximadamente 4.000
km².
203. GEOMORFOLOGIA COSTEIRA DO BRASIL:
COSTA MERIDIONAL (COSTÕES E FALÉSIAS BASÁLTICAS )
FALÉSIAS
COSTÕES BASÁLTICAS
1- A Importância da Linha de Base. Soberania Insinuante; 2- Mar Territorial – Soberania Plena inclusive no Espaço Aéreo; 3- Zona Contígua – As Leis Nacionais permanecem em vigor; 4- ZEE – Liberdade de Navegação – Ressalva do Brasil sobre navios de guerra estrangeiros – Recursos vivos, solo e subsolo; 5- PC – Estudos para aprovação da ONU 6- A Área – Pertence a Humanidade - Controlada pela Autoridade - ONU