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ELETROCARDIOGRAFIA
BÁSICA
  Dr. André Silva Valentim
           2009
Ao Professor Marco Antônio
                Dias, que procurou através de suas

Agradecimento       cobranças ensinar não só a
                   interpretação de um método
                 diagnóstico complementar, mas
                 uma ferramenta eficaz na busca
                  incessante em proporcionar o
                 melhor diagnóstico e tratamento
                       aos nossos pacientes.
Introdução – Histórico
• 100 ANOS DE EXISTÊNCIA: primeiro exame de abordagem ao cardiopata:
         Simples;
         Barato;
         Não-invasivo;
         Fácil execução.


• ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos
  colocados na superfície corporal que são amplificadas, filtradas e registradas
  pelo eletrocardiógrafo


• Interpretação: considerar
  dados clínicos do paciente
Introdução – Histórico
• Augustus Waller (1887)
 ▫ Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais
• Willeim Einthoven (1903)
 ▫ Galvanômetro de corda (P Nobel Medicina e Fisiologia
                              .
   em 1924)
              Permitiu o emprego de eletrodos periféricos
 ▫ Derivações bipolares dos membros ( I, II ,III )
 ▫ Triângulo equilátero - centro elétrico do coração
 ▫ Nomenclatura das ondas P QRS, T
                              ,
Introdução – Histórico
• Wilson (1934)
  ▫ Central terminal de potencial zero
  ▫ Desenvolvimento das derivações “unipolares”- derivações V

• American Heart Association - Cardiac Society of Great Britain and
  Ireland 1938
   ▫ Padronização das derivações precordiais V1-6

• Kossan e Johnson 1935
  ▫ Derivações Vr, Vl ,Vr

• Golberger (1942)
  ▫ Derivações aVR, aVL, aVF
Introdução – Aplicações do ECG
 Isquemia miocárdica e infarto
 Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares
 Arritmias
 Efeito de medicamentos
          Ex.Digital

 Alterações eletrolíticas
          Ex. Potássio

 Funcionamento de
  marca-passos mecânicos
Introdução – Ondas do ECG
Músculo Cardíaco
                   O coração é formado por três
                   tipos principais de músculo
                   cardíaco:
                   • o músculo atrial
                   • o músculo ventricular
                   • especializadas fibras musculares
                   excitatórias e condutoras


                        ritmicidade e velocidade de
                   condução variáveis, formando um
                   sistema excitatório para o coração.
Anatomia   • Os átrios ficam separados dos
             ventrículos por tecido fibroso que
             circunda os orifícios valvulares
             entre eles.

           • Potenciais de ação só podem ser
             conduzidos, do sincício atrial para
             o sincício ventricular, por meio de
             um sistema especializado de
             condução, o feixe atrioventricular.

           • Essa divisão do coração em dois
             sincícios é importante porque
             permite que os átrios se
             contraiam pouco antes dos
             ventrículos, fundamental para a
             eficácia do bombeamento
             cardíaco.
Anatomia – Sistema de Condução
Canais Iônicos
                 • A distribuição de potássio nas duas faces
                   da membrana celular, mais concentrada
                   no lado citoplasmático (interno): cria-se
                   uma diferença de potencial entre os dois
                   compartimentos: intra e extracelular.

                 • Essa é de fato a situação predominante na
                   maioria das células em repouso: a
                   distribuição desigual dos mesmos através
                   da membrana gerando uma diferença de
                   potencial, conhecida como POTENCIAL
                   DE REPOUSO.

                 • - 90mV negativo no interior da
                   célula!!!
Potencial de Ação
•  Quando o tecido miocárdico é adequadamente estimulado, o potencial transmembrana
  sofre uma rápida alteração transitória chamada potencial de ação (PA).
• O PA em miocárdio foi registrado primeiramente por SILVIO WEIDMAN no início da
  década de 50.

•    Esse pesquisador
    denominou as várias fases
    do PA como
    fases 0, 1, 2 e 3
    e denominou o repouso
    como fase 4.
Potencial de Ação

        Diferença de potencial entre a parte interna e externa do miócito
(105mV) – potencial de repouso transmembrana (gradiente de K+)
                                         4 fases
    FASE 1: retorno inicial e rápido ao potencial intracelular de 0mV em virtude do
    fechamento dos canais de Na+;
    FASE 2: Platô decorrente da entrada lenta de Ca++ para o meio intracelular e da saída
    lenta de K+ para o meio extracelular;
    FASE 3: retorno do potencial intracelular ao valor de repouso (-90mV), decorrente da
    saída de K+ para o meio extracelular;
    FASE 4: fase de repouso ou diastólica, restabelecendo o perfil iônico pela saída de Na+
    e entrada de K+ pela bomba Na+/K+ com gasto energético e saída de Ca++
mV 40
                1                        PRR   PSN
   20                       2

    0
                          PRT
   -20              0     PRE

   -40
                                           3
                        REPOLARIZAÇÃO
   -60

   -80                                               limiar
                                               4
  -                             T
    P
  100                                          Na+
                                               ATP        K+
         K+         Ca++
                                               K+
              Na+                   K+
Dipolo Elétrico
            • Um sistema formado de duas cargas elétricas de
              valores absolutos iguais e de sinais opostos (+q e -
              q), separadas por uma distância d, geram um
              dipolo elétrico.

            • O dipolo pode ser representado por um vetor
              que apresenta uma grandeza infinitamente
              pequena, uma DIREÇÃO (linha que une os dois
              pólos), uma ORIGEM (corresponde ao ponto
              localizado a meia distância das duas cargas
              elétricas) e um SENTIDO (seta ou farpa), que é
              indicado a partir da origem em direção à carga
              positiva.
O Coração como um Dipolo Elétrico
• A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se
  negativa em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio.
• Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica (atrial ou
  ventricular):
   ▫ ocorrem trocas iônicas
   ▫ inverte-se a polaridade da célula
   ▫ originando na superfície da célula uma região despolarizada e outra ainda em
     repouso, gerando uma frente de onda de despolarização/repouso, resultando
     portanto em um dipolo equivalente.
Vetores e Projeção Vetorial
Visualização Vetor – Traçado ECG
Conceito da Ativação Vetorial - Einthoven
Triângulo de Einthoven
Derivações de Einthoven
Derivações Eletrocardiográficas
• O ECG standart é constituído por doze derivações divididas em dois
  grupos
      Seis derivações dos membros
      Seis derivações precordiais
• O conjunto das diversas derivações permite obter uma representação
  tri-dimensional da atividade elétrica cardíaca.
Derivações Eletrocardiográficas
DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL
Derivações dos Membros
  ▫ 3 derivações bipolares ou derivações de Einthoven
      D I (+ BE, - BD )
      D II (+ PE, - BD )
      D III (+ PE, - BE )

                                                    ▫ 3 derivações “unipolares”
                                                                 aVr ( braço direito )
                                                               aVl ( braço esquerdo )
                                                               aVf ( perna esquerda )

                                    ▫ O potencial elétrico registrado é o mesmo
                                  com o eletrodo em qualquer local do membro
                                                         Eletrodos na raiz do membro
                                                                     Pacientes engessados
                                                                   Pacientes com tremores
1942 – Goldberger – Derivações no PLANO FRONTAL
Eixo das Derivações no Plano Frontal
Derivações dos Membros
Derivações Aumentadas dos Membros
D1    aVF                                D1
                                                   aVF
                  avL    -
                         90º
           av                                 D1
                                                         aVF
           R                        D1
       180
       º av                          0
D1
            R
                                     º
                                              D1    aVF
                avL
     aVF              90aVF
                      º
                 D1



                              aVF
Derivações Eletrocardiográficas
   DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL

V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita
V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda
V3 - Entre V2 e V4
V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular
V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior
V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média
Derivações no PLANO HORIZONTAL
Derivações no PLANO HORIZONTAL
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
• CORAÇÃO: bomba que contrai ritmicamente para bombear sangue
  desoxigenado para os pulmões e oxigenado para a circulação
  sistêmica.

• NÓ SINUSAL: inicia o impulso cardíaco (situa-se no átrio direito –
  AD – próximo à desembocadura da veia cava superior)
      MARCA PASSO NORMAL DO CORAÇÃO!!!


• Estímulo Cardíaco

                                                                       Ramos Direito,
                  Átrio Direito   Átrio Esquerdo     NAV (junção
    Nó Sinusal                                                         Esquerdo (HIS)
                      (AD)             (AE)        atrioventricular)
                                                                          Purkinge
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Derivações Existentes
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Ântero-Septal
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Anterior
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Lateral Alta e Ântero Lateral
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
Parede Inferior
Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
CAUSAS DE BAIXA VOLTAGEM NO REGISTRO
         ELETROCARDIOGRÁFICO
 Enfisema
 Anasarca
 Pneumotórax           (QRS  5 mm nas derivações
                         periféricas ou  10 mm nas
 Derrame                        precordiais)
         Pleural
         Pericárdico
 Obesidade
 Hipotireoidismo
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO

           • Papel quadriculado
             ▫ velocidade de 2,5 cm/s.
           • Horizontal = tempo:
             ▫ cada milímetro no papel = 0,04 s.
             ▫ cada 0,5 cm no papel = 0,20 s.
           • Vertical = voltagem
             ▫ 1 cm = 1mV
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO




• Ondas características (P Q, R, S e T) as quais correspondem a
                          ,
  eventos elétricos da ativação do miocárdio.
• Onda P = despolarização atrial
• Complexo QRS = despolarização ventricular
• Onda T = repolarização dos ventrículos
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
          INTERPRETAÇÃO
1.   Calibração e características técnicas
2.   Frequência cardíaca
3.   Ritmo
4.   Onda P
5.   Intervalo PR
6.   Intervalo QRS
7.   Eixo elétrico médio do QRS
8.   Progressão da onda R nas Derivações Precordiais
     (não progressão: sinal indireto de isquemia)
9. Segmento ST
10. Onda T
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

           Freqüência cardíaca normal entre 60 e 100 bpm.

•   1 QUADRADO GRANDE, 300BPM
•   2 QUADRADOS GRANDES, 150BPM
•   3 QUADRADOS GRANDES, 100BPM                                 OU
•   4 QUADRADOS GRANDES, 75BPM
•   5 QUADRADOS GRANDES, 60BPM
•   6 QUADRADOS GRANDES, 50BPM.


           DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM)
      (Cada quadradinho dura 0,04s, o que dá em 1 minuto (60s) 1.500 quadradinhos)
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA
REGRA DOS 10 SEGUNDOS
 Quando o registro tem pelo menos 10 segundos por página, pode-se
contar o número de batimentos nesse tempo e multiplicar por 6 e assim
            se terá o número de batimentos por minuto.

               BOM PARA RITMOS IRREGULARES.




                                            33 x 6 = 198 bpm

                                       33 vezes
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
RITMO
• Ritmo Sinusal
  ▫ – onda P antes do complexo QRS
  ▫ – onda P com posição espacial normal (positiva em DI,
    DII e aVF)
• – Frequência adequada ao Nó sinusal
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
A ONDA “P”
• Despolarização dos átrios
• Tamanho Normal:
  ▫ altura 2,5mm
  ▫ Comprimento: 0,08 – 0,10s
• Eixo
  ▫ Entre +300 e + 700 ( média + 500 )
     Onda P sempre deve ser positiva em D I
• Hipertrofia atrial gera aumento da onda P
        Picale: Hipertrofia de AD
        Mitrale: Hipertrofia de AE
• Arritmia não sinusal = ausência da onda P
A ONDA “P”
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
 O INTERVALO “PR”
• Medir do início da onda P ao início do QRS
• Varia de acordo com a idade e a freqüência cardíaca
  ▫  0,12s (adultos)
     Síndrome de Wolff Parkinson White
     Estímulo não é sinusal
  ▫  0,20 Bloqueio A/V
     Bloqueio A/V de primeiro grau




                                      P-Ri
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O COMPLEXO “QRS”


• Morfologia variável
 ▫ A ativação ventricular é representada por 3 vetores
 ▫ O coração pode apresentar rotação sobre os seus eixos
• Amplitude variável
• Duração de até 0,11 s
 ▫  duração: bloqueio de ramo (E ou D)
VETORES DE DESPOLARIZAÇÃO
              VENTRICULAR
Construção dos Vetores Médios - QRS
     Varia entre -30 a 90
     Desvio para direita
       entre 90 e 180
        Desvio para
    esquerda entre -30 e -
              90
Construção dos Vetores Médios – QRS
DETERMINAÇÃO DO EIXO




Predominantemente   Predominantemente   Equifásica ou
     Positiva            Negativa            Iso
Construção dos Vetores Médios – QRS
DETERMINAÇÃO DO EIXO
1.   Verifique o complexo QRS nas derivações I e aVF para determinar
     se são predominantemente positivas ou negativas. A combinação
     colocará o eixo em um dos quadrantes abaixo.

2.   No caso de possível desvio para a direita, verifique agora DII para
     saber se o desvio é ou não patológico. Se o QRS em DII for
     predominantemente positivo, é desvio não patológico e o eixo
     ainda é normal. Caso seja predominantemente negativo, é
     patológico.

3.   Determinar qual a derivação na qual o QRS é mais isométrico ou
     equifásico. Caso a onda seja negativa e positiva, uma anula a
     outra. O eixo é usualmente perpendicular à derivação iso
Construção dos Vetores Médios – QRS
DETERMINAÇÃO DO EIXO
4.   Verifique a derivação na qual o QRS fica a 90° da derivação
     identificada no passo 1. Se essa derivação for positiva, o eixo
     estará aproximadamente nesta derivação. Caso seja
     predominantemente negativa, o eixo estará a 180° desta
     derivação.


5. Conclui-se a localização do eixo do QRS
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
O SEGMENTO “ST”
• Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T
• Deve estar no mesmo nível do PR
• Alterações do ST
  ▫ Supradesnivelamento
     Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)
     Pericardite aguda
  ▫ Infradesnivelamento
     Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)
     Ação digitálica                           Segmento ST
                                                  Normal
O SEGMENTO “ST”
    Infradesnivelament   Supradesnivelamen
          o de ST             to de ST
O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO
A ONDA “T”


• É uma onda única, assimétrica
  ▫ Ramo ascendente mais lento que o descendente
  ▫ Ápice arredondado
• A isquemia miocárdica modifica a onda T
  ▫ Onda T positiva apiculada: Isquemia sub-endocárdica
  ▫ Onda T negativa e apiculada: Isquemia sub-epicárdica
• A amplitude e a duração não são medidas
• Mede-se o QT
  ▫ Vai do início do QRS ao fim da onda T
      Pode estar alterado em distúrbios eletrolíticos e por medicamentos
A ONDA “T”
     ONDA “T” NORMAL                   ISQUEMIA SUB-
                                         EPICÁRDICA




                       ISQUEMIA SUB-
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Eletrocardiograma básico

  • 1. ELETROCARDIOGRAFIA BÁSICA Dr. André Silva Valentim 2009
  • 2. Ao Professor Marco Antônio Dias, que procurou através de suas Agradecimento cobranças ensinar não só a interpretação de um método diagnóstico complementar, mas uma ferramenta eficaz na busca incessante em proporcionar o melhor diagnóstico e tratamento aos nossos pacientes.
  • 3. Introdução – Histórico • 100 ANOS DE EXISTÊNCIA: primeiro exame de abordagem ao cardiopata:  Simples;  Barato;  Não-invasivo;  Fácil execução. • ECG: registra as diferenças dos potenciais elétricos entre eletrodos metálicos colocados na superfície corporal que são amplificadas, filtradas e registradas pelo eletrocardiógrafo • Interpretação: considerar dados clínicos do paciente
  • 4. Introdução – Histórico • Augustus Waller (1887) ▫ Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais • Willeim Einthoven (1903) ▫ Galvanômetro de corda (P Nobel Medicina e Fisiologia . em 1924)  Permitiu o emprego de eletrodos periféricos ▫ Derivações bipolares dos membros ( I, II ,III ) ▫ Triângulo equilátero - centro elétrico do coração ▫ Nomenclatura das ondas P QRS, T ,
  • 5. Introdução – Histórico • Wilson (1934) ▫ Central terminal de potencial zero ▫ Desenvolvimento das derivações “unipolares”- derivações V • American Heart Association - Cardiac Society of Great Britain and Ireland 1938 ▫ Padronização das derivações precordiais V1-6 • Kossan e Johnson 1935 ▫ Derivações Vr, Vl ,Vr • Golberger (1942) ▫ Derivações aVR, aVL, aVF
  • 6. Introdução – Aplicações do ECG  Isquemia miocárdica e infarto  Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares  Arritmias  Efeito de medicamentos  Ex.Digital  Alterações eletrolíticas  Ex. Potássio  Funcionamento de marca-passos mecânicos
  • 8. Músculo Cardíaco O coração é formado por três tipos principais de músculo cardíaco: • o músculo atrial • o músculo ventricular • especializadas fibras musculares excitatórias e condutoras ritmicidade e velocidade de condução variáveis, formando um sistema excitatório para o coração.
  • 9. Anatomia • Os átrios ficam separados dos ventrículos por tecido fibroso que circunda os orifícios valvulares entre eles. • Potenciais de ação só podem ser conduzidos, do sincício atrial para o sincício ventricular, por meio de um sistema especializado de condução, o feixe atrioventricular. • Essa divisão do coração em dois sincícios é importante porque permite que os átrios se contraiam pouco antes dos ventrículos, fundamental para a eficácia do bombeamento cardíaco.
  • 10.
  • 11. Anatomia – Sistema de Condução
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Canais Iônicos • A distribuição de potássio nas duas faces da membrana celular, mais concentrada no lado citoplasmático (interno): cria-se uma diferença de potencial entre os dois compartimentos: intra e extracelular. • Essa é de fato a situação predominante na maioria das células em repouso: a distribuição desigual dos mesmos através da membrana gerando uma diferença de potencial, conhecida como POTENCIAL DE REPOUSO. • - 90mV negativo no interior da célula!!!
  • 23. Potencial de Ação • Quando o tecido miocárdico é adequadamente estimulado, o potencial transmembrana sofre uma rápida alteração transitória chamada potencial de ação (PA). • O PA em miocárdio foi registrado primeiramente por SILVIO WEIDMAN no início da década de 50. • Esse pesquisador denominou as várias fases do PA como fases 0, 1, 2 e 3 e denominou o repouso como fase 4.
  • 24. Potencial de Ação Diferença de potencial entre a parte interna e externa do miócito (105mV) – potencial de repouso transmembrana (gradiente de K+) 4 fases FASE 1: retorno inicial e rápido ao potencial intracelular de 0mV em virtude do fechamento dos canais de Na+; FASE 2: Platô decorrente da entrada lenta de Ca++ para o meio intracelular e da saída lenta de K+ para o meio extracelular; FASE 3: retorno do potencial intracelular ao valor de repouso (-90mV), decorrente da saída de K+ para o meio extracelular; FASE 4: fase de repouso ou diastólica, restabelecendo o perfil iônico pela saída de Na+ e entrada de K+ pela bomba Na+/K+ com gasto energético e saída de Ca++
  • 25. mV 40 1 PRR PSN 20 2 0 PRT -20 0 PRE -40 3 REPOLARIZAÇÃO -60 -80 limiar 4 - T P 100 Na+ ATP K+ K+ Ca++ K+ Na+ K+
  • 26. Dipolo Elétrico • Um sistema formado de duas cargas elétricas de valores absolutos iguais e de sinais opostos (+q e - q), separadas por uma distância d, geram um dipolo elétrico. • O dipolo pode ser representado por um vetor que apresenta uma grandeza infinitamente pequena, uma DIREÇÃO (linha que une os dois pólos), uma ORIGEM (corresponde ao ponto localizado a meia distância das duas cargas elétricas) e um SENTIDO (seta ou farpa), que é indicado a partir da origem em direção à carga positiva.
  • 27. O Coração como um Dipolo Elétrico • A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio, e apresenta-se negativa em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio. • Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica (atrial ou ventricular): ▫ ocorrem trocas iônicas ▫ inverte-se a polaridade da célula ▫ originando na superfície da célula uma região despolarizada e outra ainda em repouso, gerando uma frente de onda de despolarização/repouso, resultando portanto em um dipolo equivalente.
  • 29. Visualização Vetor – Traçado ECG
  • 30. Conceito da Ativação Vetorial - Einthoven
  • 33. Derivações Eletrocardiográficas • O ECG standart é constituído por doze derivações divididas em dois grupos  Seis derivações dos membros  Seis derivações precordiais • O conjunto das diversas derivações permite obter uma representação tri-dimensional da atividade elétrica cardíaca.
  • 34. Derivações Eletrocardiográficas DERIVAÇÕES DO PLANO FRONTAL Derivações dos Membros ▫ 3 derivações bipolares ou derivações de Einthoven  D I (+ BE, - BD )  D II (+ PE, - BD )  D III (+ PE, - BE ) ▫ 3 derivações “unipolares”  aVr ( braço direito )  aVl ( braço esquerdo )  aVf ( perna esquerda ) ▫ O potencial elétrico registrado é o mesmo com o eletrodo em qualquer local do membro  Eletrodos na raiz do membro  Pacientes engessados  Pacientes com tremores
  • 35. 1942 – Goldberger – Derivações no PLANO FRONTAL
  • 36.
  • 37. Eixo das Derivações no Plano Frontal
  • 40.
  • 41. D1 aVF D1 aVF avL - 90º av D1 aVF R D1 180 º av 0 D1 R º D1 aVF avL aVF 90aVF º D1 aVF
  • 42.
  • 43. Derivações Eletrocardiográficas DERIVAÇÕES DO PLANO HORIZONTAL V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda V3 - Entre V2 e V4 V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média
  • 44. Derivações no PLANO HORIZONTAL
  • 45. Derivações no PLANO HORIZONTAL
  • 46.
  • 47. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • CORAÇÃO: bomba que contrai ritmicamente para bombear sangue desoxigenado para os pulmões e oxigenado para a circulação sistêmica. • NÓ SINUSAL: inicia o impulso cardíaco (situa-se no átrio direito – AD – próximo à desembocadura da veia cava superior)  MARCA PASSO NORMAL DO CORAÇÃO!!! • Estímulo Cardíaco Ramos Direito, Átrio Direito Átrio Esquerdo NAV (junção Nó Sinusal Esquerdo (HIS) (AD) (AE) atrioventricular) Purkinge
  • 48. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Derivações Existentes
  • 49. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Ântero-Septal
  • 50. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Anterior
  • 51. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Lateral Alta e Ântero Lateral
  • 52. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico Parede Inferior
  • 53. Arranjo do Traçado Eletrocardiográfico
  • 54. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO CAUSAS DE BAIXA VOLTAGEM NO REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO  Enfisema  Anasarca  Pneumotórax (QRS  5 mm nas derivações periféricas ou  10 mm nas  Derrame precordiais)  Pleural  Pericárdico  Obesidade  Hipotireoidismo
  • 55. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • Papel quadriculado ▫ velocidade de 2,5 cm/s. • Horizontal = tempo: ▫ cada milímetro no papel = 0,04 s. ▫ cada 0,5 cm no papel = 0,20 s. • Vertical = voltagem ▫ 1 cm = 1mV
  • 57. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO • Ondas características (P Q, R, S e T) as quais correspondem a , eventos elétricos da ativação do miocárdio. • Onda P = despolarização atrial • Complexo QRS = despolarização ventricular • Onda T = repolarização dos ventrículos
  • 59. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO INTERPRETAÇÃO 1. Calibração e características técnicas 2. Frequência cardíaca 3. Ritmo 4. Onda P 5. Intervalo PR 6. Intervalo QRS 7. Eixo elétrico médio do QRS 8. Progressão da onda R nas Derivações Precordiais (não progressão: sinal indireto de isquemia) 9. Segmento ST 10. Onda T
  • 60. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA Freqüência cardíaca normal entre 60 e 100 bpm. • 1 QUADRADO GRANDE, 300BPM • 2 QUADRADOS GRANDES, 150BPM • 3 QUADRADOS GRANDES, 100BPM OU • 4 QUADRADOS GRANDES, 75BPM • 5 QUADRADOS GRANDES, 60BPM • 6 QUADRADOS GRANDES, 50BPM. DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM) (Cada quadradinho dura 0,04s, o que dá em 1 minuto (60s) 1.500 quadradinhos)
  • 61. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA REGRA DOS 10 SEGUNDOS Quando o registro tem pelo menos 10 segundos por página, pode-se contar o número de batimentos nesse tempo e multiplicar por 6 e assim se terá o número de batimentos por minuto. BOM PARA RITMOS IRREGULARES. 33 x 6 = 198 bpm 33 vezes
  • 62. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO RITMO • Ritmo Sinusal ▫ – onda P antes do complexo QRS ▫ – onda P com posição espacial normal (positiva em DI, DII e aVF) • – Frequência adequada ao Nó sinusal
  • 63.
  • 64. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO A ONDA “P” • Despolarização dos átrios • Tamanho Normal: ▫ altura 2,5mm ▫ Comprimento: 0,08 – 0,10s • Eixo ▫ Entre +300 e + 700 ( média + 500 )  Onda P sempre deve ser positiva em D I • Hipertrofia atrial gera aumento da onda P  Picale: Hipertrofia de AD  Mitrale: Hipertrofia de AE • Arritmia não sinusal = ausência da onda P
  • 66. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO O INTERVALO “PR” • Medir do início da onda P ao início do QRS • Varia de acordo com a idade e a freqüência cardíaca ▫  0,12s (adultos)  Síndrome de Wolff Parkinson White  Estímulo não é sinusal ▫  0,20 Bloqueio A/V  Bloqueio A/V de primeiro grau P-Ri
  • 67. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO O COMPLEXO “QRS” • Morfologia variável ▫ A ativação ventricular é representada por 3 vetores ▫ O coração pode apresentar rotação sobre os seus eixos • Amplitude variável • Duração de até 0,11 s ▫  duração: bloqueio de ramo (E ou D)
  • 69. Construção dos Vetores Médios - QRS Varia entre -30 a 90 Desvio para direita entre 90 e 180 Desvio para esquerda entre -30 e - 90
  • 70. Construção dos Vetores Médios – QRS DETERMINAÇÃO DO EIXO Predominantemente Predominantemente Equifásica ou Positiva Negativa Iso
  • 71. Construção dos Vetores Médios – QRS DETERMINAÇÃO DO EIXO 1. Verifique o complexo QRS nas derivações I e aVF para determinar se são predominantemente positivas ou negativas. A combinação colocará o eixo em um dos quadrantes abaixo. 2. No caso de possível desvio para a direita, verifique agora DII para saber se o desvio é ou não patológico. Se o QRS em DII for predominantemente positivo, é desvio não patológico e o eixo ainda é normal. Caso seja predominantemente negativo, é patológico. 3. Determinar qual a derivação na qual o QRS é mais isométrico ou equifásico. Caso a onda seja negativa e positiva, uma anula a outra. O eixo é usualmente perpendicular à derivação iso
  • 72. Construção dos Vetores Médios – QRS DETERMINAÇÃO DO EIXO 4. Verifique a derivação na qual o QRS fica a 90° da derivação identificada no passo 1. Se essa derivação for positiva, o eixo estará aproximadamente nesta derivação. Caso seja predominantemente negativa, o eixo estará a 180° desta derivação. 5. Conclui-se a localização do eixo do QRS
  • 73. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO O SEGMENTO “ST” • Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T • Deve estar no mesmo nível do PR • Alterações do ST ▫ Supradesnivelamento  Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)  Pericardite aguda ▫ Infradesnivelamento  Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM)  Ação digitálica Segmento ST Normal
  • 74. O SEGMENTO “ST” Infradesnivelament Supradesnivelamen o de ST to de ST
  • 75. O REGISTRO ELETROCARDIOGRÁFICO A ONDA “T” • É uma onda única, assimétrica ▫ Ramo ascendente mais lento que o descendente ▫ Ápice arredondado • A isquemia miocárdica modifica a onda T ▫ Onda T positiva apiculada: Isquemia sub-endocárdica ▫ Onda T negativa e apiculada: Isquemia sub-epicárdica • A amplitude e a duração não são medidas • Mede-se o QT ▫ Vai do início do QRS ao fim da onda T  Pode estar alterado em distúrbios eletrolíticos e por medicamentos
  • 76. A ONDA “T” ONDA “T” NORMAL ISQUEMIA SUB- EPICÁRDICA ISQUEMIA SUB- ENDOCÁRDICA