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Técnico em Administração
Luciana Bazante
2013
Estoques
Presidenta da República
Dilma Vana Rousseff
Vice-presidente da República
Michel Temer
Ministro da Educação
Aloizio Mercadante Oliva
Secretário de Educação Profissional e
Tecnológica
Marco Antônio de Oliveira
Diretor de Integração das Redes
Marcelo Machado Feres
Coordenação Geral de Fortalecimento
Carlos Artur de Carvalho Arêas
Governador do Estado de Pernambuco
Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-governador do Estado de Pernambuco
João Soares Lyra Neto
Secretário de Educação
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretário Executivo de Educação Profissional
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educação Profissional
Luciane Alves Santos Pulça
Gestor de Educação a Distância
George Bento Catunda
Coordenação do Curso
Morgana Leão
Coordenação de Design Instrucional
Diogo Galvão
Revisão de Língua Portuguesa
Carlos Cunha
Diagramação
Cícera Zeferino dos Santos
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3
1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER O PROCESSO E VARIÁVEIS DA ARMAZENAGEM DE
MATERIAIS ...........................................................................................................................5
1.1. Conceitos Iniciais............................................................................................... 5
1.2. Atividades primárias da cadeia de suprimentos ................................................. 7
1.3 Atividades de suporte à cadeia de suprimentos.................................................. 9
2. COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER A CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES POR NÍVEIS DE
VALOR................................................................................................................................16
2.1. Classificação dos estoques............................................................................... 16
2.1.1 A Quanto ao tipo ........................................................................................... 16
2.1.2 Classificação quanto à importância ou valor (Método ABC) ........................... 21
2.2. PEPS e UEPS .................................................................................................... 22
2.2.1 PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) ou FIFO (First in – First Out) 23
2.2.2 UEPS (Último que entra, primeiro que sai) ou LIFO (Last in – First Out) ... 24
2.3 Custo Médio Ponderado................................................................................... 25
3. COMPETÊNCIA 03 | ENTENDER O DIMENSIONAMENTO E NÍVEIS DE ESTOQUES ............27
3.1 Dimensionamento de estoques ........................................................................ 27
3.2 Níveis de estoque............................................................................................. 29
3.3. Gráfico dente de serra..................................................................................... 33
3.4 Lote econômico de compras sem faltas (LEC)................................................... 34
3.5 Previsão e avaliação da demanda de estoques ................................................. 35
4. COMPETÊNCIA 04 | COMPREENDER OS PONTOS DE COMPRAS E REPOSIÇÃO DE
ESTOQUES..........................................................................................................................38
4.1 Sistemas de controle de estoques .................................................................... 38
4.1.A - Sistema min-máx......................................................................................... 38
4.1. B - Sistema de revisões periódicas ................................................................... 39
4.1. C - MRP ........................................................................................................... 39
4.2 Custos de Estocagem........................................................................................ 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
CURRICULUM DA PROFESSORA PESQUISADORA ................................................................47
Sumário
3
Estoques
INTRODUÇÃO
Para a administração, entender o papel estratégico do Planejamento dos
Estoques é um desafio extremamente importante, especialmente no contexto
de mercado competitivo em que nós vivemos.
O controle de estoques é muito importante para qualquer tipo de empresa,
pois através dele, controlam-se os desperdícios, desvios, minimizam-se os
custos, efetuam-se análises, bem como se mede o momento de fazer algum
investimento. Uma empresa precisa ter estoques para que possa estar pronta
a produzir sempre que houver uma demanda. No entanto, tais estoques
geram custos e não devem ser encontrados em quantidade que onere a
empresa.
Nessa Competência, você começará a jornada no entendimento dos estoques
e conhecerá conceitos básicos que lhe ajudarão na sua caminhada por toda
esta disciplina. Logística, estoques, paletes etc. Se você nunca escutou estas
palavras, passará a se familiarizar com elas e entender como são importantes
dentro de uma empresa.
Também conhecerá o conceito de cadeia de suprimentos e entenderá a
relação entre as atividades primárias e secundárias da cadeia de suprimentos,
Vamos começar a nossa jornada!
Seja bem vindo(a) à disciplina Estoques, do curso de Administração!
Entenderemos a importância dessa disciplina para o Administrador e,
também, abordaremos como os conhecimentos oferecidos nessa disciplina
virão a agregar valor para as suas atividades, em qualquer tipo de empresa.
Na primeira competência, você conhecerá conceitos importantes, que
fundamentarão toda a disciplina, como o que é logística; o que é estoque e
4
Técnico em Administração
quais são as atividades primárias e as atividades de apoio à cadeia de
suprimentos.
Na segunda competência, você compreenderá a classificação de estoques por
nível de valor, aprendendo que ABC não é usado apenas como uma alusão ao
nosso alfabeto. Em seguida, aprenderá sobre os métodos de avaliação e
movimentação de estoques: PEPS, UEPS e CMP.
Na terceira competência, você estudará sobre os níveis de estoques e no que
eles podem influenciar para a necessidade de reposição ou custos da
empresa, bem como ferramentas auxiliares para entendermos tais níveis e
mantermos os estoques em quantidade adequada. Também será abordado
nessa competência o método de previsão de demanda de estoques.
Na quarta e última disciplina, você conhecerá sobre os sistemas de controle
de estoques e os custos envolvidos na estocagem.
Ao longo da disciplina, serão esclarecidos vários temas, tais como: o que é a
cadeia de suprimentos, o que significa PEPS, classificação ABC, entre muitos
outros e, por fim, os parâmetros de controle mais importantes que devem ser
trabalhados diariamente em todas as empresas.
Ao fim da disciplina, você, prezado (a) aluno, obterá um novo conhecimento
teórico, entenderá como todos esses fatores o levarão a administrar
adequadamente os estoques e a importância que isso terá para a empresa
onde você trabalha ou trabalhará, bem como poderá aplicar alguns desses
conhecimentos em suas atividades.
Bons estudos!
5
Estoques
Competência 01
1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER O PROCESSO E VARIÁVEIS DA
ARMAZENAGEM DE MATERIAIS
1.1. Conceitos Iniciais
Caro (a) aluno (a), você sabe o que é logística? Pois bem, a Logística está
intimamente ligada às ciências humanas, tais como: a administração, a
economia, a contabilidade, a estatística e o marketing envolvendo diversos
recursos da engenharia, tecnologia, do transporte e dos recursos humanos.
A logística originou-se durante a Segunda Guerra Mundial , quando estava
relacionada à coordenação de armamentos, tropas e munições para os locais
necessários. Quando adotada para um conceito empresarial, refere-se à
movimentação e coordenação de produtos.
Outro conceito importante que você deve conhecer é o de suprimento, que
podemos chamar de um item administrado, movimentado, armazenado,
processado e transportado pela logística. O termo nasceu junto com a
logística, derivado da palavra cadeia de suprimentos, utilizado para definir
diversos materiais.
Já a cadeia de suprimentos é o conjunto de materiais necessários para o
funcionamento de uma empresa comercial ou fabricante. A cadeia de
suprimentos envolve todos os níveis de fornecimento do produto desde a
matéria-prima bruta até a entrega do produto no seu destino final, além do
fluxo reverso de materiais para reciclagem, descarte e devoluções. Envolve
todos os níveis de fornecimento do produto desde a matéria-prima bruta até
a entrega do produto no seu destino final, além do fluxo reverso de materiais
para reciclagem, descarte e devoluções.
Veja um rápido
vídeo sobre o
sistema de
Logística na
empresa Natura,
acessando o link a
seguir:
www.youtube.co
m/watch?v=2H9P
ML_HHHQ
É importante
nunca confundir
suprimentos com
matérias-primas,
pois as matérias-
primas são um
dos tipos
existentes de
suprimentos.
Matéria-prima é
um produto
natural ou
semimanufaturad
o que deve ser
submetido a um
processo
produtivo até
tornar-se um
produto acabado.
6
Técnico em Administração
Competência 01
Ainda, você deve conhecer o conceito de estoques, termo que dá o nome a
essa disciplina.
Os estoques podem ser considerados como acumulação de matérias-primas,
produtos em processo ou produtos acabados que aparecem em vários pontos
por todos os canais logísticos e de produção na empresa. Referem-se à
materiais, produtos ou outros elementos na posse de uma empresa. Caso
surja alguma diferença entre a demanda do cliente e o fornecimento dos
materiais, há o acúmulo dos estoques. Tal diferença ocorre por diversos
motivos, tais como: atrasos em entregas, escassez de matéria-prima, erros
administrativos.
Enquanto estocados, os materiais ficam fisicamente parados em algum lugar
da empresa. No entanto, a movimentação no estoque ocorre quando
acontece a movimentação de materiais (matérias-primas, produtos
inacabados ou acabados). Para que se mantenha um bom controle dos
estoques, todas as movimentações de materiais devem ser efetuadas por
meio das notas fiscais, quando se tratar de produtos acabados; ou
documentos internos, quando se tratar de transferência ou requisição de
matérias-primas.
Podemos encontrar três tipos de movimentações de materiais: entrada, saída
e transferência.
• Entrada: é a movimentação de materiais que entram no estoque da
empresa, como as compras.
• Saídas: é a retirada (comumente chamada de “baixa”) do estoque,
formalizada por meio da emissão de notas fiscais ou, quando ocorrerem
movimentações internas, por meio de requisições de materiais.
• Transferências: são movimentações de materiais efetuadas entre
almoxarifados ou filiais da mesma empresa. Esta operação gera débito e
7
Estoques
Competência 01
crédito entre as unidades da empresa, mas não afeta o resultado final do
saldo do estoque geral. O registro desta operação pode ser feito por meio de
emissão de notas fiscais de transferência ou por documento interno de
requisição de materiais.
Agora que você já conheceu alguns conceitos importantes para esta disciplina,
vamos mergulhar um pouco mais na primeira competência.
1.2. Atividades primárias da cadeia de suprimentos
Bom, você acabou de conhecer o conceito de cadeia de suprimentos, o que é
muito importante para conhecer alguns detalhes sobre ela. O primeiro desses
detalhes chama-se “atividades primárias da cadeia de suprimentos”, que são
aquelas de importância fundamental para a obtenção dos objetivos logísticos
de custo e nível de serviço que o mercado deseja. Essas atividades são
consideradas primárias porque contribuem com a maior parcela do custo total
da administração de materiais ou são essenciais para a coordenação e para o
cumprimento da tarefa logística. São as seguintes:
Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento. Vamos detalhar um
pouco mais:
Transporte
Você sabia que, ainda hoje, muitas empresas consideram que a área de
Logística se resume a esta atividade? Isso é um grande engano! No entanto,
realmente é uma das atividades logísticas mais importantes, simplesmente
porque nela está concentrada grande parte dos custos logísticos. É
imprescindível, porque nenhuma organização na atualidade pode funcionar
sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus
produtos acabados para serem levados, de alguma forma, até ao consumidor
final. Refere-se aos vários modelos disponíveis para se movimentar matéria-
prima, materiais, produtos e serviços, e alguns modais utilizados são:
8
Técnico em Administração
Competência 01
rodoviário, ferroviário, hidroviário, dutoviário e o aeroviário. Em termos
mundiais, observa-se uma tendência a multimodalidade, ou seja, a integração
dos diversos modais de transporte.
A atividade de transporte está relacionada aos diversos métodos de se
movimentar produtos e insumos e por isso é essencial ao processo logístico,
sendo ainda responsável por uma grande parte dos custos logísticos da
empresa. Veja, a seguir, um breve vídeo sobre os meios de transporte.
Manutenção de estoques
É a atividade para atingir um nível razoável de disponibilidade de produto em
face de sua demanda. A grande preocupação do administrador de estoques
envolve manter seus níveis os mais baixos possíveis, e ao mesmo tempo
prover a disponibilidade desejada pelos clientes.
A questão dos estoques merece grande atenção por parte dos profissionais de
logística e consequentemente do técnico em administração, exatamente
porque o grande desafio é ter o menor nível de estoque possível sem
prejudicar o nível de serviço ao cliente, ou seja, manter uma quantidade
necessária para atender ao cliente quando ele desejar. Não é um desafio
simples, no entanto, existem técnicas e sistemas de gestão que auxiliam para
o seu sucesso. Em relação ao custo logístico, esta atividade também
representa uma parcela considerável dos mesmos, sendo então necessária
atenção especial a este ponto.
Processamento de pedidos
É um fator crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços
aos clientes, em relação à adequada administração dos recursos logísticos
disponíveis. Esta atividade dá início ao processo de movimentação de
materiais e produtos bem como a entrega desses serviços.
Veja um rápido
vídeo sobre os
tipos de modais
de transporte,
acessando o link a
seguir:
www.youtube.co
m/watch?v=P6k9
y3CDIiI
9
Estoques
Competência 01
Mesmo não sendo uma atividade que representa um custo elevado como a
atividade de transporte, ela está relacionada ao nível de serviço ofertado aos
clientes, o que a torna muito importante para o processo logístico. O grande
desafio desta atividade consiste em reduzir o “ciclo do pedido”, que é o
tempo total entre o cliente realizar um pedido e o mesmo ser entregue.
Então, é importante contar com sistemas eficientes e eficazes de recebimento
de pedido, checagem de estoque, separação, expedição e entrega do produto.
1.3 Atividades de suporte à cadeia de suprimentos
Até aqui, você conheceu um pouco sobre as atividades primárias. Agora,
conhecerá sobre as atividades de suporte à cadeia de suprimentos e a relação
entre as duas categorias de atividades. As atividades de suporte são aquelas
adicionais, que dão suporte ao desempenho das atividades primárias, para
que seja possível ter clientes satisfeitos e a lucratividade da empresa. São as
seguintes: Armazenagem, Manuseio de Materiais, Embalagem de Proteção,
Obtenção, Programação de Produtos e Manutenção de Informação.
Armazenagem
É o processo que envolve a administração dos espaços necessários para
manter os materiais estocados. Essa ação envolve fatores como localização,
dimensionamento da área, arranjo físico (layout), equipamentos de
movimentação, recuperação do estoque, bem como necessidades de recursos
financeiros e humanos.
A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção,
descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas,
produtos acabados ou semiacabados. Uma vez que ela envolve mercadorias,
apenas é produzido resultado quando é realizada uma operação, com o
objetivo de acrescentar valor a estas mercadorias. Podemos dizer que o
objetivo geral da armazenagem é o compromisso entre os custos e a melhor
solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos
Os conceitos de
armazenagem e
estocagem são
diferentes, fique
atento:
A) Armazenagem:
é um subsistema
responsável pela
gestão física dos
estoques, que
inclui todas as
atividades
relacionadas à
guarda
temporária e a
distribuição de
materiais
(depósitos,
almoxarifados,
centro de
distribuição, etc.).
As operações de
armazenagem
consistem no
recebimento,
estocagem,
separação e
expedição de
materiais para
apoiar o fluxo de
materiais nos
sistemas de
manufatura e
distribuição.
(Continua)
10
Técnico em Administração
Competência 01
os fatores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a
importância relativa dos mesmos.
A.1 Custos da armazenagem
Os custos envolvidos na armazenagem são geralmente fixos e indiretos,
apresentando a dificuldade da minimização do impacto dos custos. Por
exemplo, independente de um armazém estar vazio ou cheio, os custos
continuarão os mesmos, uma vez que o espaço, os funcionários, os
equipamentos e outros investimentos continuam a existir.
A.2 Sistemas de armazenagem
São conjuntos de equipamentos que servem para arrumar adequadamente as
matérias-primas ou produtos acabados, quer manualmente, quer utilizando
equipamentos de movimentação de materiais como, por exemplo,
empilhadeiras e paleteiras. Existem vários tipos de sistemas de armazenagem,
utilizados de acordo com o tipo de produto a armazenar e área disponível,
entre outros parâmetros.
Para se determinar qual o melhor sistema de armazenagem, em primeiro
lugar devemos respeitar as características do produto, isto é, o seu peso,
dimensões e a possibilidade ou impossibilidade de junção em paletes.
Abaixo, vamos conhecer alguns elementos desse sistema:
Palete (ou estrado)
É possível dizer que é um recurso que tem como função a otimização do
transporte de cargas, que é conseguido através da empilhadeira e da
paleteira.
(Continuação)
B) Estocagem:
é uma das
atividades do
fluxo de materiais
no armazém, é o
ponto destinado a
locação estática
dos materiais, ou
seja, onde eles
fisicamente ficam.
11
Estoques
Competência 01
Figura 1 – Modelo de palete de madeira
Fonte: Wikipédia (2013)
Paleteira
É uma espécie de máquina, um tipo de empilhadeira manual, cuja principal
função é fazer o deslocamento de materiais em uma organização,
principalmente no estoque. Uma das vantagens da paleteira manual é sua
relação de custeio com a empilhadeira elétrica, porque, embora ambas sejam
úteis para o carregamento de material, a paleteira, além de mais fácil de
pegar seu manuseio, é capaz de transportar enormes quantidades de peso,
sem toda necessidade de tempo que se leva para aprender a monitorar uma
empilhadeira elétrica e ainda com um preço mais barato.
Figura 2 – Modelo de paleteira
Fonte: Wordpress (2013)
12
Técnico em Administração
Competência 01
Empilhadeira
Máquina usada principalmente para carregar e descarregar mercadorias em
paletes. Existem diversos tipos e modelos, tais como: elétricas, manuais,
combustão e portuárias. Você vai conhecer, na figura a seguir, o que é uma
empilhadeira e entender as diferenças físicas entre ela e uma paleteira.
Figura 3 – Modelo de empilhadeira
Fonte: Wikipédia (2013)
Porta paletes
Representa a melhor resposta para os armazéns, onde é necessário
armazenar produtos paletizados com uma grande variedade de referências. É
a solução mais simples e mais utilizada, sendo adaptável a qualquer tipo de
carga e volume.
Drive in
São estruturas para verticalizar cargas paletizadas, com movimentação
interna da empilhadeira, ideal para trabalhar com grandes quantidades de um
mesmo produto, com armazenagem em lote. É uma estrutura composta por
laterais com braços que sustentam as longarinas de Drive-in, formando blocos
verticais e horizontais, denominados ruas de armazenagem, as quais dão
acesso à empilhadeira que fará o carregamento dos paletes dentro da própria
estrutura, formando assim um bloco contínuo, sem corredores
intermediários, permitindo que a empilhadeira entre dentro da estrutura. As
13
Estoques
Competência 01
estruturas drive-in são operacionalizadas por uma única entrada. Tem como
vantagem a rentabilidade máxima do espaço disponível, eliminação dos
corredores entre as estantes, rigoroso controle de entradas e saídas e admite
tanto as referências como ruas de carga.
Figura 4 – Modelo de drive in
Fonte: Wordpress Adminlogistica (2013)
Drive through (ou drive-thru)
Também são estruturas para verticalizar cargas paletizadas, mas diferentes do
drive in, que a empilhadeira entra e sai pelo mesmo lado, no drive through a
empilhadeira tem acesso pelos dois lados, sendo dois corredores: um de
entrada e outro de saída. Sua estrutura conta com lastres com rodas para
fazer a movimentação do palete; essas rodas ajudam na movimentação dos
paletes, colocando o mesmo de um lado e sendo levado pela força da
gravidade para o outro lado. Você pode visualizar esta explicação na figura a
seguir.
14
Técnico em Administração
Competência 01
Figura 5 – Modelo de drive through
Fonte: Blog conhecimentos da armazenagem (2013)
Manuseio de materiais
Está associado com a armazenagem e também com a manutenção dos
estoques. Essa atividade envolve a movimentação de materiais no local de
estocagem, que pode ser tanto estoques de matéria-prima como de produtos
acabados. Pode ser a transferência de materiais do estoque para uso no
processo produtivo ou do processo produtivo para o estoque de produtos
acabados. Pode ser também a transferência de um depósito para outro.
Embalagem
Tem como objetivo proteger os produtos, para que seja possível movimentá-
los sem danificá-los. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a
garantia perfeita e econômica movimentação sem desperdícios. Além disso,
dimensões adequadas de empacotamento encorajam manuseio e
armazenagem eficientes.
Suprimentos
É a atividade que proporciona ao material ou produto ficar disponível, no
momento exato, para ser utilizado pelo sistema logístico. É o procedimento de
avaliação e da seleção das fontes de fornecimento, da definição das
15
Estoques
Competência 01
quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma
pela qual o produto é comprado.
Planejamento
Refere-se primariamente às quantidades agregadas que devem ser
produzidas, bem como quando, onde e por quem devem ser fabricadas. É a
base que servirá de informação à programação detalhada da produção dentro
da fábrica. É o evento que permitirá o cumprimento dos prazos exigidos pelo
mercado.
Sistema de informação
São as informações necessárias de custo, procedimentos e desempenho
essenciais para o correto planejamento e controle logístico. Pois bem, é muito
importante que a empresa tenha uma base de dados bem estruturada, com
informações significativas sobre os clientes, sobre os volumes de vendas,
sobre os padrões de entregas, sobre os níveis dos estoques e disponibilidades
físicas.
E então, o que você achou da primeira competência da disciplina Estoques?
Entenda-a bem, para que possa partir para a competência a seguir.
16
Técnico em Administração
Competência 02
2. COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER A CLASSIFICAÇÃO DE
ESTOQUES POR NÍVEIS DE VALOR
Na primeira competência você aprendeu sobre conceitos importantes para o
entendimento do processo de estoques, como cadeia de suprimentos,
movimentações de materiais, entre outros. Nesta competência você
começará conhecendo sobre a classificação dos estoques: quais são os seus
tipos e como classificá-los também quanto à sua relevância para a empresa.
Após saber como classificar os estoques, você estará apto(a) para conhecer
sobre os métodos de avaliação e movimentação dos estoques. Sendo assim,
você conhecerá três critérios comumente utilizados, como o PEPS – Primeiro
que Entra, primeiro que Sai; UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai e CMP
- Custo Médio Ponderado.
2.1. Classificação dos estoques
Podem ser encontradas várias classificações dos estoques. Podemos dizer
que, onde existe necessidade de materiais, irão existir estoques. Os estoques
recebem diferentes classificações de acordo com a natureza dos produtos, das
atividades da empresa, etc., e podem ser classificados conforme abaixo:
2.1.1 A Quanto ao tipo
 Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares
As matérias-primas são materiais básicos que são adquiridos para entrar no
processo produtivo da empresa, requerem processamento para serem
transformadas em produtos acabados. Elas ficam normalmente estocadas em
armazéns ou depósitos de matéria-prima, aguardando a requisição do setor
de produção para serem usadas e transformadas.
Sendo assim, devem ser mantidos estoques suficientes para atender à
demanda da produção que, por sua vez, segue a demanda dos clientes.
17
Estoques
Competência 02
Figura 6 – Modelo de armazenamento de matérias-primas
Fonte: Pratic Line (2013)
 Estoques de materiais em processamento e semiacabados
Os estoques de materiais em processamento são constituídos de materiais
que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o
processo produtivo da empresa. Envolve todos os materiais em que a
empresa já executou alguma espécie de processamento. Normalmente, ficam
em uma área específica ou no setor produtivo. Não são mantidos no
almoxarifado por não serem mais matérias-primas iniciais, nem tampouco no
depósito de produtos acabados, por ainda não serem estes produtos
acabados.
Já os semiacabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo
processamento está em algum estágio intermediário de acabamento. São
diferentes dos materiais em processamento por estarem em um estágio mais
avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas
etapas do processo produtivo para se transformarem definitivamente em
produtos acabados.
18
Técnico em Administração
Competência 02
Figura 7 – Modelo de estoques de materiais semiacabados
Fonte: Aplike on line (2013)
 Estoques de Componentes
Os estoques de componentes também são tipos de produtos acabados, mas
formados por peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para
serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas
que, quando juntas, constituirão o produto acabado.
Figura 8 – Modelo de estoque de componentes
Fonte: Orielec (2013)
 Estoque de produtos acabados:
É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação
terminado, ou seja, já pronto para venda e expedição.
19
Estoques
Competência 02
Servem para equilibrar diferenças entre as taxas de produção do processo
produtivo (suprimento) e de demanda de mercado. Essas diferenças podem
ocorrer por causa das incertezas do processo ou da demanda. Lembre-se que
é praticamente impossível prever se haverá flutuação de demanda. Em alguns
períodos, diante de alguns estudos, a empresa sabe que existe um maior ou
menor consumo de certo produto. No entanto, caso a demanda aumente
inesperadamente, a empresa deve estar pronta para entregar o produto ao
cliente, por isso é interessante manter níveis adequados de estoque de
produtos acabados.
Figura 9 – Modelo de estoque de produtos acabados
Fonte: Teclog Wordpress (2013)
Para todos estes tipos de estoque, é muito importante ter uma quantidade
adequada dentro da empresa, sendo assim, é de muita importância para a
administração manter um estoque de segurança:
 Estoque de segurança ou mínimo:
Se as empresas soubessem de todos os fatores que viriam a influenciar na
demanda, as previsões de demanda estariam sempre certas. Nesse caso,
deixariam de ser previsões para serem certezas, mas isso é impossível. Sendo
assim, é importante manter quantidades estocadas para garantir o
andamento das atividades caso ocorra aumento na demanda de algum item,
que pode ser matéria-prima, produto acabado etc.
20
Técnico em Administração
Competência 02
A existência de estoques de segurança em uma unidade fabril evita que o
processo produtivo pare; tanto em caso de uma demanda de produção maior
vinda do mercado, quanto em caso de um acidente de percurso, alimentando
as máquinas enquanto se resolve o problema. São ainda utilizados para
salvaguardar uma empresa de incertezas nas suas operações logísticas, como
atrasos de entregas.
O estoque de segurança é conhecido por meio do uso de uma fórmula:
ES = D(máx) – D(média)
Sendo:
D(máx) A demanda máxima que uma empresa pode atender.
D(média) A demanda média da empresa.
Figura 10 – Modelo de gráfico dente de serra para estoque de segurança
Fonte: Techoje (2013)
Sendo:
Ponto 1: Estoque máximo;
Ponto 2: Nível de ressuprimento, ou estoque médio;
Ponto 3: Estoque virtual. Considera-se o estoque real armazenado e as
encomendas;
Ponto 4: Estoque de segurança;
Ponto 5: Ponto de ruptura.
Fonte: Tec Hoje (2013)
21
Estoques
Competência 02
2.1.2 Classificação quanto à importância ou valor (Método ABC)
O método de classificação ABC nada mais é, do que uma ferramenta que
auxilia na gestão de estoques, proporcionando informações relevantes sobre
aqueles produtos que têm maior ou menor giro; relacionados com o custo de
aquisição. A curva ABC permite identificar quais itens necessitam de atenção e
tratamento adequados quanto à sua importância. Também pode ser utilizada
para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em
relação à lucratividade proporcionada.
Figura 11 – Exemplo de curva ABC
Fonte: Sobre Administração” (2013)
Obtém-se a curva ABC com a ordenação dos itens conforme a sua importância
relativa. Uma vez obtida a sequência dos itens e sua classificação ABC, passa a
ser conhecida a aplicação preferencial das técnicas de gestão, conforme a
importância dos itens. Após os itens terem sido ordenados pela importância
relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
 Classe A: grupo de itens mais importantes, que devem ser trabalhados
com grande atenção por parte da empresa, são aqueles itens que dão a
sustentação de vendas e normalmente correspondem a 20% do volume
total.
22
Técnico em Administração
Competência 02
 Classe B: é um grupo intermediário de itens, em relação à importância,
quantidade ou valor, podendo corresponder a 30% do total.
 Classe C: grupo de itens menos importantes em termos de
movimentação, valor ou quantidade. No entanto, também precisam de
atenção porque geram custo para manter estoque. Podem
corresponder a 50% do volume total.
A Curva ABC é conhecida também por seguir o princípio 80-20, pois é
baseada no teorema do economista italiano Vilfredo Pareto, que num estudo
sobre renda e riqueza do século XIX, percebeu que em uma pequena parcela
da população (20%) se concentrava a maior parte da riqueza, em detrimento
dos demais 80%. No caso de estoques, a importância dos materiais é
considerada em relação às quantidades utilizadas e o seu valor.
Figura 12 – Modelo de curva ABC
Fonte: Miscelânea Concursos (2013)
2.2. PEPS e UEPS
A partir de agora, você conhecerá um pouco sobre os métodos de avaliação
dos estoques. O maior objetivo do custeio do estoque é a determinação de
custos adequados às vendas, de forma que o lucro apropriado seja calculado.
23
Estoques
Competência 02
É muito importante prever o valor do estoque em intervalo de tempo
adequado e gerenciá-lo, comparando-o com o planejado, e tomar as devidas
ações quando houver algum desvio ou demanda inesperada. Alguns fatores
justificam a avaliação de estoque são:
a) assegurar que o dinheiro investido em estoques seja o mínimo
possível;
b) o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão;
c) evitar desperdícios como perda de validade, roubos, extravios
etc.
Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos
materiais entre duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, procura
de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de selecionar o
método que se deve adotar para avaliar os estoques. Os métodos mais
comuns são:
2.2.1 PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) ou FIFO (First in – First
Out)
À medida que ocorrem as vendas, ocorrem baixas no estoque a partir das
primeiras unidades compradas, o que equivaleria ao raciocínio de que
vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades
compradas/produzidas. Justificando: a primeira unidade a entrar no estoque é
a primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida.
Enumeram-se, algumas vantagens deste método:
 Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles
de maneira lógica e sistemática;
 O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas
saídas;
24
Técnico em Administração
Competência 02
 O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e
ordenada, representa uma condição necessária para o perfeito controle
dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos à
deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc.
Conheça um modelo de planilha usando o método PEPS na figura a seguir:
Figura 13 – Planilha PEPS
Fonte: Tutorial de Júlio Battisti
2.2.2 UEPS (Último que entra, primeiro que sai) ou LIFO (Last in – First Out)
O custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes
adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades
vendidas (saídas) ou (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que o estoque final
consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades.
De acordo com o método UEPS, o custo dos itens vendidos/saídos tende a
refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados ou
produzidos, e assim, os preços mais recentes).
Conheça um modelo de planilha usando o método UEPS na figura a seguir:
25
Estoques
Competência 02
Figura 14 – Planilha UEPS
Fonte: Tutorial de Júlio Battisti
Esse método não é muito usado nas empresas, pois dependendo do ramo de
atuação, a empresa pode chegar a ter prejuízos, como uma que vende
produtos perecíveis; caso a empresa venda os produtos que chegaram por
último, quando for vender aqueles que foram adquiridos primeiro,
provavelmente os mesmos já estarão vencidos.
2.3 Custo Médio Ponderado
Este método, também chamado de método da média ponderada ou média
móvel, baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos.
O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado
amplamente. Por esse critério, os estoques são avaliados pelo custo médio de
aquisição, apurado a cada entrada de mercadorias, ponderado pelas
quantidades adquiridas e pelas anteriormente existentes.
O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo
dos materiais, além do preço, todos os outros custos decorrentes da compra,
e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidas.
Conheça um modelo de planilha usando o método custo médio ponderado na
figura a seguir:
26
Técnico em Administração
Competência 02
Figura 15 – Planilha Custo Médio Ponderado
Fonte: Tutorial de Júlio Battisti
Então, caro(a) aluno(a), pronto(a) para a próxima Competência? Preparados
para compreender como se dimensionam os estoques, bem como
compreender o que significa nivelar um estoque? Vamos lá, então?
27
Estoques
Competência 03
3. COMPETÊNCIA 03 | ENTENDER O DIMENSIONAMENTO E NÍVEIS
DE ESTOQUES
Na competência anterior você aprendeu sobre classificação de estoques e
começou a entender como é importante mantê-los num nível adequado para
a empresa: nem tão baixo que não possa atender a demanda e nem tão alto
que venha a apresentar altos custos.
Sendo assim, nessa Competência você aprenderá sobre a importância do
dimensionamento de estoques e, ainda, aprenderá o conceito de nível de
estoques e algumas informações muito importantes relacionadas a ele, como
o nível de ressuprimento, por exemplo. Também conhecerá sobre o ( Lote
Econômico de Compras) LEC e a sua importância para a adequada
manutenção dos níveis de estoques, aprenderá o que é um gráfico dente de
serra e, por fim, mas não menos importante, conhecerá sobre previsão e
avaliação da demanda de estoques.
3.1 Dimensionamento de estoques
Todas as organizações devem implantar e manter políticas adequadas para
administrar o estoque. Isso garantirá o desempenho adequado dos diferentes
processos e funções empresariais, bem como minimizará os custos.
Para a definição de tais políticas, são levados em consideração vários
aspectos, dentre eles:
Meta estabelecida pela empresa quanto ao tempo gasto para atendimento
ao cliente;
Definição do giro dos estoques;
Definição do espaço a ser utilizado (central de distribuição, sites, depósitos,
armazéns, etc.) e a lista de materiais a serem estocados;
28
Técnico em Administração
Competência 03
A quantidade adequada para se manter em estoque que atenda a flutuação
na demanda;
Sendo assim, é importante dimensionar os estoques para garantir a
lucratividade da empresa, e isso significa estabelecer o nível adequado que
cada item deve ter em estoque.
Há basicamente duas técnicas para realizar o dimensionamento:
Pela prática:
- Sistema de duas gavetas ou estoque mínimo:
A quantidade de reposição (Q) é constante, enquanto o tempo (t) varia, pois é
o estoque mínimo (Em) que determina a emissão de novo pedido de Q
unidades.
Em = Er + dt
Sendo:
Em = estoque mínimo
Er = estoque de reserva
d = consumo médio
t = tempo médio de espera em dias entre pedido e recebimento
Em = Er + Q/2
Sendo:
Em = estoque médio
Q = quantidade do pedido de reposição
- Sistema de renovação periódica:
Período de tempo constante, enquanto a variável é a quantidade (Q).
Q = d + Er - Ee
29
Estoques
Competência 03
Sendo:
Q = quant. de estoque
Er = estoque de reserva
Ee = estoque disponível existente no dia do pedido
- Sistema de estoque para fim específico:
A época da aquisição e da quantidade do pedido depende do conhecimento
da demanda.
Pela matemática
É feito o cálculo do lote econômico, que visa reduzir o CP (custo de
preparação) e o CA (custo de armazenagem).
Detalhamento:
Custo de obtenção (CO) ou custo de preparação (CP) é o custo ligado ao
número de pedidos de reposição de estoque; quanto maior o número de
pedidos, maior o trabalho para a unidade de compras, transporte,
recebimento e inspeção, lançamentos contábeis, etc. Se os lotes de compra
forem maiores, menor será o custo de preparação.
Custo de armazenagem (CA) é o custo ligado diretamente à quantidade
estocada; quanto maiores os lotes de compra, maior o estoque médio,
maiores os juros sobre o capital investido em estoque, maior o aluguel do
espaço do almoxarifado, maior o custo de mão de obra, o custo de seguro
contra incêndio, etc.
3.2 Níveis de estoque
Bom, você acabou de ler que dimensionar estoques é estabelecer o nível
adequado que cada item deve ter e, agora, aprenderá o conceito de níveis de
30
Técnico em Administração
Competência 03
estoque. São aqueles que determinam as ações de reposição ou de cautelas a
serem tomadas quanto às quantidades armazenadas.
Normalmente, se apresentam através de gráficos, onde a abscissa (eixo x)
representa o tempo decorrido da demanda do estoque e o eixo das
ordenadas (eixo Y) representa as quantidades de unidades consumidas ou
adquiridas. Confira essa informação na figura a seguir.
Figura 16 – Exemplo de relação entre a quantidade estocada consumida e o tempo de consumo
Fonte: Colunista Ricardo Gallo (2013)
Para você entender e controlar os níveis de estoque é importante conhecer
alguns conceitos muito importantes, como os que vêm a seguir:
Tempo de reposição ou de ressuprimento (Tr)
Tem como objetivo minimizar os custos de manutenção de estoques, mas sem
correr o risco de não atender a demanda. A ideia é achar o nível adequado de
estoques para cada material ou produto. Para isso, é necessário que o
estoque seja controlado e que seja determinado o ponto de reposição.
O ponto de reposição tem como razão de existir iniciar o processo de
ressuprimento com segurança suficiente para que não falte material. O PR –
31
Estoques
Competência 03
Ponto de Reposição é calculado multiplicando a taxa de consumo pelo tempo
de ressuprimento.
Exemplo: O consumo previsto das geladeiras que estão no meu estoque, por
semana, é de 100 itens.
- O tempo de ressuprimento é de três semanas.
- Desse modo, o PR dos seus televisores é de 300 itens.
Ou seja, para que minha empresa não corra risco da sua demanda não ser
atendida; o estoque não pode ser menor do que 300 geladeiras. O PR é
definido quando o saldo de estoque estiver abaixo ou igual à determinada
quantidade chamada ponto de pedido. Você entendeu? Quando meu estoque
chegar em 300, é o ponto de fazer o pedido, é o PR.
Devido à impossibilidade de se conhecerem as demandas pelos produtos ou
seus tempos de ressuprimento no sistema logístico, bem como para garantir a
disponibilidade do produto, deve ser formado um estoque de segurança. A
seguir, você conhecerá algumas fórmulas para gerir os estoques
adequadamente:
Ponto de Pedido (PP) ou Reposição (PR) ou Encomenda (PE)
Será calculado com a fórmula:
PP = Em + (C x Tr)
Sendo: PP = Ponto de Pedido
Tr = Tempo de reposição
C = Consumo Médio Mensal
Em = Estoque mínimo
ES = Estoque de segurança
Podemos dizer
que o tempo de
ressuprimento é
aquele tempo que
se gasta desde o
momento que se
faz o pedido, até
a chegada do
material para
uma linha de
montagem, por
exemplo.
32
Técnico em Administração
Competência 03
Exemplo prático: uma peça é consumida a uma razão de 20 unidades por
mês, e seu tempo de reposição é de dois meses. Qual é o ponto de pedido,
uma vez que o estoque mínimo deve ser de um mês de consumo?
PP = Em + (C x Tr)
PP = (20 x 2) + 20
PP = 60 unidades
Estoque mínimo (Em)
Em = C x K
Sendo: C = consumo médio mensal
K = fator de segurança
O fator de segurança (K) é uma maneira de prevenir falhas nas entregas ou
em demandas não previstas, ou seja, aquelas demandas não esperadas. Os
valores adotados devem ser definidos pela alta direção, pois irão variar
conforme a criticidade e o valor de consumo obtido pelo método de
classificação ABC.
Por exemplo, no fator de segurança, caso queiramos ter uma falha de apenas
10 % em nossos estoques, será usado o número 0,90. Isso significa que a
empresa deseja uma garantia de que somente em 10% das vezes o estoque
desta peça esteja zero.
Significa que, quando o estoque atingir 60 unidades, a empresa deve gerar um
pedido de compra. Lembram o exemplo usado no item anterior?
Estoque Máximo
É o resultado da soma do Estoque de Segurança (ES) com a Quantidade
Pedida (PP).
Emáx = ES + Quantidade pedida
33
Estoques
Competência 03
3.3. Gráfico dente de serra
É uma ferramenta muito importante para uma adequada gestão de estoques,
pois permite que se estabeleçam relações matemáticas necessárias para
conhecer e controlar as atividades de reposição dos estoques.
Figura 17 – Modelo de gráfico dente de serra
Fonte: livro virtual sobre estoques – Google books (2013)
Em um gráfico dente de serra, é possível ter a noção de que um determinado
item foi consumido em quantidades iguais a cada mês uniformemente,
chegando à zero, por exemplo.
O gráfico dente de serra apresenta as seguintes características:
Não existem alterações de consumo durante o tempo T.
Não existirem falhas administrativas que provoquem um esquecimento ao
solicitar a compra.
O fornecedor da peça nunca atrasa sua entrega.
Nenhuma entrega do fornecedor foi rejeitada pelo controle de qualidade.
34
Técnico em Administração
Competência 03
Após projetar as quantidades de um item estocado nesse gráfico, e este
resultar na representação tipo dente de serra, podem ser adotados critérios
para planejamento de administração de estoque, como o Just in Time, sistema
este de planejamento que proporcionará a entrega em tempo e quantidades
sem variação dos pedidos emitidos, pois ficou definido pelo gráfico que o
fornecedor do item possui qualidades de atendimento em prazo e qualidade
dentro dos padrões de atendimento, o que elimina custos adicionais.
Porém nem todos os itens se enquadram com essa característica de curva
(dente de serra), então são necessárias fórmulas que mostrem valores
apropriados para a análise de um item.
3.4 Lote econômico de compras sem faltas (LEC)
É um método utilizado para determinar a quantidade de um lote que pode
oferecer o menor custo de pedido, bem como o menor custo de armazenar.
Simplificando, é a quantidade que iremos calcular e comprar para que
possamos gastar menos na aquisição e estocagem. Objetiva determinar a
quantidade a ser comprada, visando minimizar os custos que atingem os
estoques.
O lote econômico visa determinar o número ideal de pedidos a serem feitos e
a quantidade ideal de cada lote e você pode encontrar várias fórmulas para
calculá-lo, sendo uma delas a relação abaixo:
Figura18 – Fórmula modelo LEC
Fonte: Livro Administração de materiais, de Paulo Sérgio Gonçalves (2013)
35
Estoques
Exemplo: Uma empresa compra de uma fábrica garrafas plásticas por R$
25,00 a unidade. As estimativas de demanda de consumo dessas peças são de
2.000 unidades anuais. A empresa calcula o custo de R$ 5,00 para fazer um
pedido ao fornecedor e estima como custo de posse do estoque o valor de R$
2,00 por unidade/ano. Sendo assim, vamos determinar a quantidade
econômica que esta empresa deverá produzir:
QLEC= √2x2.000X5,00 = 100 peças
2,00
Ou seja, 100 peças é a quantidade adequada que a empresa deve pedir. Caso
se queira conhecer o número de pedidos, usa-se a relação entre demanda e o
lote econômico de compras.
Número de pedidos = Demanda Número de pedidos = 2.000 = 20 pedidos ao ano
QLEC 100
3.5 Previsão e avaliação da demanda de estoques
A demanda de um produto é o volume total que seria comprado por um
grupo definido de consumidores, em uma área geográfica definida, em um
período de tempo definido, em um mercado de trabalho definido e mediante
um programa definido de marketing.
Métodos de Previsão da Demanda
É necessário ratificar que, infelizmente, prever é um processo passível de
erros. Uma empresa que esperava vender um milhão de geladeiras pode
descobrir que a demanda real é diferente do que foi previsto. Se a demanda
exceder a previsão, a empresa tem de ter em mãos uma quantidade que
permita satisfazer a demanda maior. Se a demanda cair, poderá haver excesso
de material.
36
Técnico em Administração
Competência 03Competência 03
Figura 19 – Previsão de demanda de estoques
Fonte: Portal videoaula (2013)
Da mesma forma, o suprimento de materiais comprados está sujeito às
flutuações da demanda dos mesmos. No geral, o problema básico é a
velocidade com que os fornecedores possam responder às variações de
demanda. Todos os fornecedores gostariam de dobrar as vendas aos seus
clientes, porém dificilmente são capazes de dobrar sua produção sem que
ocorra aviso prévio.
A previsão da demanda pode ser feita através de várias técnicas, tais como:
• Projeção – São utilizados dados passados, admitindo-se que haverá
repetição dos dados no futuro ou as vendas irão evoluir em função do tempo.
É uma técnica feita com base em cálculos.
• Explicação – Utilizam-se leis de correlação e regressão, associando-se as
vendas passadas a outras variáveis de evolução conhecida ou previsível. É
uma técnica feita com base em cálculos.
• Predileção – Experiência de pessoas conhecedoras de vendas ou do
mercado, feita com base em informações de especialistas.
Você sabia que um fator diretamente relacionado à previsão de demanda é o
dimensionamento do estoque de segurança? Lembra esse conceito? Pois é, a
possibilidade de variação da demanda faz com que uma empresa tenha que
37
Estoques
Competência 03
manter estoques de segurança para evitar a falta de materiais ou produtos e,
consequentemente, evitar clientes insatisfeitos.
Ou seja, dessa forma você pode concluir que é impossível uma organização
prever tudo o que vai acontecer, mas ela deve ter noção do que está
acontecendo, para que possa determinar como pode ter lucro, ou seja,
precisa de uma visão estratégica de todo o complexo produtivo.
Em função de tudo o que você acabou de ler, é importante determinar a
quantidade ideal a se ter no estoque. Portanto, a quantidade ideal a
permanecer no estoque é o mínimo, mas esse mínimo deve ser necessário
para satisfazer a demanda.
38
Técnico em Administração
Competência 04
4. COMPETÊNCIA 04 | COMPREENDER OS PONTOS DE COMPRAS E
REPOSIÇÃO DE ESTOQUES
Você chegou à última competência! Aqui, você aprenderá o que são e quais
são os sistemas de controle de estoques e qual a sua importância para a
lucratividade da empresa.
Como estamos durante toda a disciplina falando sobre a lucratividade da
empresa e a satisfação do cliente, é muito importante falar sobre custos e,
nessa competência, você conhecerá os custos que estão envolvidos no
processo de estoques e porque é importante mantê-los a níveis aceitáveis.
4.1 Sistemas de controle de estoques
Como você viu na competência anterior, controlar estoques é muito
importante para qualquer empresa porque, apesar dos esforços em reduzir os
estoques, estes ainda são representativos nas empresas, havendo portanto
necessidade dos sistemas de controle. Formalmente, existem três sistemas
básicos para se determinar quando fazer o pedido:
 Sistema de ponto de pedido – usados para demanda independente;
 Sistema de revisão periódica – usados para demanda independente;
 MRP – usados para demanda dependente;
4.1.A - Sistema min-máx
É considerado por alguns como o mais comum de todos os sistemas de
controle de estoques. Refere-se a um sistema de reabastecimento no ponto
de pedido, sendo que “min” (mínimo) trata-se do ponto de pedido e “máx”
Demanda
independente: É
aquela que não
está relacionada à
demanda de
nenhum outro
produto ou
serviço, como os
itens acabados, o
produto final.
Exemplo: veículos
montados.
Demanda
dependente: Os
itens de
demanda depend
ente são aqueles
que estão ligados
aos planos de
produção ou a
outros itens,
estando dentro
de uma estrutura
de produto,
dependendo da
demanda deste
nível hierárquico
para serem
programados.
Exemplo:
Componentes dos
veículos
montados.
39
Estoques
Competência 04
(máximo) o nível máximo de estoque. É um procedimento de controle de
estoque, feito em cartões manuais ou por sistemas.
Neste sistema, as quantidades mínima, máxima e de reposição são
preestabelecidas e, através destas, é executado o controle. Para fazer usar
esse sistema, não são necessárias pessoas extremamente qualificadas e há a
possibilidade de automatização do processo de reposição.
Por outro lado, em face do automatismo da reposição, o sistema min-máx
pode causar elevação dos níveis de estoques na incidência de retração de
consumo, ou pode causar falta de material se ocorrer o inverso, ou seja,
aceleração de consumo, visto que o mínimo é estabelecido em função de
registros históricos deste.
A aplicação do método é bastante simples. Quando o nível de estoque, pela
ação do consumo, atinge o mínimo, é automaticamente solicitada uma
quantidade de reposição preestabelecida, potencialmente alcançando o nível
máximo.
4.1. B - Sistema de revisões periódicas
No sistema de revisões periódicas, ao invés de quantidades, determinam-se
períodos de tempo, pois ocorre a programação das datas em que será feita
revisão nos parâmetros de controle do item. Tais revisões são feitas em
intervalos previamente estabelecidos, caracterizando as revisões periódicas.
No momento da revisão, há a decisão se a empresa deve ou não solicitar a
reposição do item e verificar a adequação dos parâmetros preestabelecidos à
realidade praticada.
4.1. C - MRP
O sistema MRP ("Material Requirements Planning" - Planejamento das
Necessidades de Materiais) surgiu durante a década de 60, com o objetivo de
40
Técnico em Administração
Competência 04
executar computacionalmente a atividade de planejamento das necessidades
de materiais, permitindo assim determinar, precisa e rapidamente, as
prioridades das ordens de compra e fabricação.
É um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em
programação da necessidade de seus componentes. A partir do conhecimento
de todos os componentes de um determinado produto e os tempos de
obtenção de cada um deles, podemos, com base na visão de futuro das
necessidades, calcular o quanto e quando se deve obter de cada item, de
forma que não haja falta e nem sobra no suprimento das necessidades da
produção. Podemos dizer que é um sistema utilizado para se evitar as peças
ausentes.
A aplicação do MRP, voltada a itens de demanda dependente, consiste em
determinar quando e em que quantidade os itens serão necessários a partir
do plano de produção da organização.
4.2 Custos de Estocagem
Até aqui, você já aprendeu que os processos relativos à armazenagem,
precisam de controle, mas que eles também geram custos. Assim como
qualquer atividade de uma empresa, existem custos na estocagem, e estes
precisam de apuração e controle para que possam ser incorporados aos
preços dos produtos /serviços que são entregues aos clientes, mas que não
atinjam um nível alto que venham a encarecer estes produtos.
Figura 20 – Questões sobre os estoques
Fonte: Toda Letra, com adaptação do autor (2013)
Quanto pedir?
Quando pedir?
41
Estoques
Competência 04
São três os principais custos básicos ligados ao processo de estocagem, estes
classificados em função da natureza das atividades:
 Custos de Aquisição (custo de pedir): são os custos gerados no processo
de compra do material. Além do valor do material comprado, existem outros
custos envolvidos na aquisição do material, por exemplo: pagamento dos
salários, eletricidade, telefonia, viagens. São gastos que acontecem
independentemente de ser gerado um pedido de material, por isso são
considerados como custos fixos de aquisição. Outros custos acontecerão
somente quando forem gerados de pedidos de material, como: custos de
inspeção, fretes especiais de entrega. Por isso são considerados custos
variáveis do processo de aquisição.
 Custos de manter estoque: estão ligados a todos os custos necessários
para manter uma determinada quantidade de mercadorias por um período,
como custos de armazenagem, de seguro, deterioração, entre outros.
 Custo Total: multiplicando o custo unitário de pedido, ou seja, o custo de
um único pedido, pelo número de pedidos realizados em um período, em
geral 1 ano, encontra-se o custo total.
Figura 21 – Modelo do tratamento de custos de estocagem
Fonte: Robolog Logística (2013)
42
Técnico em Administração
Competência 04
No entanto, para entender um pouco mais o que compõe estes custos,
podemos detalhar os três tipos em alguns outros custos, conforme a seguir:
Custos de Manutenção ou de Armazenamento: São os custos relativos ao
processo de guarda do material e começam a ser apurados assim que os
materiais são recebidos no depósito. Também estão incluídos o investimento
no estoque, obtido através da avaliação do mesmo. Estes custos ainda
incluirão os investimentos em maquinário especializado, pessoal, aquisição e
implantação de softwares para registro de movimentações, seguros para os
riscos com o material (obsolescência, danos, furtos e deterioração), o próprio
metro quadrado do armazém, além dos investimentos em infraestrutura de
armazenagem.
Custos de Falta: São os custos decorrentes da escassez do material. Valores
que surgem em função de um pedido não atendido, atrasos na produção por
falta de matéria-prima, abalos à imagem da organização no mercado.
Incluirão levantamentos específicos de setores da produção para a sua
apuração, dificultando a determinação do valor exato. São ligados à
possibilidade de escassez do material, sendo, em função de trabalharmos para
que essa escassez não aconteça; de difícil apuração, pois inclui informações a
respeito do levantamento de valores de pedidos não aceitos, encomendas
não enviadas, mão-de-obra parada, reprogramação de máquinas da linha de
produção, lucros não realizados. Outro fator que dificulta a determinação do
custo de falta é a questão do prejuízo à imagem da organização no mercado
que, apesar de ter consequências de curto e médio prazo, também possui
consequências de longo prazo, tornando a apuração demorada.
Em geral a consequência imediata da escassez acaba no registro das compras
emergenciais que a organização faz para suprir e dar continuidade ao
processo principal. Tais compras, em geral, acabam trazendo prejuízos por
ocorrerem em época de dificuldades, além de serem realizadas com
condições desfavoráveis de preço.
43
Estoques
Competência 04
Bom, por aqui finalizamos a disciplina Estoques. Espero que você tenha
absorvido conhecimentos que transformará em ações práticas em sua vida
profissional. Agora, só depende de você!
44
Técnico em Administração
REFERÊNCIAS
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Palete. Acesso em Abr 2013.
WORDPRESS. Figura 2: modelo de paleteira. Disponível em:
http://paleteira09.wordpress.com/2012/04/17/quais-as-funcoes-que-uma-
paleteira-exerce-na-logistica-de-uma-empresa/. Acesso em Abr 2013.
____________. Figura 4: modelo de drive in. Disponível em:
http://adminlogistica.wordpress.com/conteudo/estrutura-porta-paletes/.
Acesso em Abr 2013.
47
Estoques
CURRICULUM DA PROFESSORA PESQUISADORA
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  • 2.
  • 3. Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antônio de Oliveira Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas Governador do Estado de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos Vice-governador do Estado de Pernambuco João Soares Lyra Neto Secretário de Educação José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira Secretário Executivo de Educação Profissional Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Gerente Geral de Educação Profissional Luciane Alves Santos Pulça Gestor de Educação a Distância George Bento Catunda Coordenação do Curso Morgana Leão Coordenação de Design Instrucional Diogo Galvão Revisão de Língua Portuguesa Carlos Cunha Diagramação Cícera Zeferino dos Santos
  • 4. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3 1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER O PROCESSO E VARIÁVEIS DA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS ...........................................................................................................................5 1.1. Conceitos Iniciais............................................................................................... 5 1.2. Atividades primárias da cadeia de suprimentos ................................................. 7 1.3 Atividades de suporte à cadeia de suprimentos.................................................. 9 2. COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER A CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES POR NÍVEIS DE VALOR................................................................................................................................16 2.1. Classificação dos estoques............................................................................... 16 2.1.1 A Quanto ao tipo ........................................................................................... 16 2.1.2 Classificação quanto à importância ou valor (Método ABC) ........................... 21 2.2. PEPS e UEPS .................................................................................................... 22 2.2.1 PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) ou FIFO (First in – First Out) 23 2.2.2 UEPS (Último que entra, primeiro que sai) ou LIFO (Last in – First Out) ... 24 2.3 Custo Médio Ponderado................................................................................... 25 3. COMPETÊNCIA 03 | ENTENDER O DIMENSIONAMENTO E NÍVEIS DE ESTOQUES ............27 3.1 Dimensionamento de estoques ........................................................................ 27 3.2 Níveis de estoque............................................................................................. 29 3.3. Gráfico dente de serra..................................................................................... 33 3.4 Lote econômico de compras sem faltas (LEC)................................................... 34 3.5 Previsão e avaliação da demanda de estoques ................................................. 35 4. COMPETÊNCIA 04 | COMPREENDER OS PONTOS DE COMPRAS E REPOSIÇÃO DE ESTOQUES..........................................................................................................................38 4.1 Sistemas de controle de estoques .................................................................... 38 4.1.A - Sistema min-máx......................................................................................... 38 4.1. B - Sistema de revisões periódicas ................................................................... 39 4.1. C - MRP ........................................................................................................... 39 4.2 Custos de Estocagem........................................................................................ 40 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44 CURRICULUM DA PROFESSORA PESQUISADORA ................................................................47 Sumário
  • 5. 3 Estoques INTRODUÇÃO Para a administração, entender o papel estratégico do Planejamento dos Estoques é um desafio extremamente importante, especialmente no contexto de mercado competitivo em que nós vivemos. O controle de estoques é muito importante para qualquer tipo de empresa, pois através dele, controlam-se os desperdícios, desvios, minimizam-se os custos, efetuam-se análises, bem como se mede o momento de fazer algum investimento. Uma empresa precisa ter estoques para que possa estar pronta a produzir sempre que houver uma demanda. No entanto, tais estoques geram custos e não devem ser encontrados em quantidade que onere a empresa. Nessa Competência, você começará a jornada no entendimento dos estoques e conhecerá conceitos básicos que lhe ajudarão na sua caminhada por toda esta disciplina. Logística, estoques, paletes etc. Se você nunca escutou estas palavras, passará a se familiarizar com elas e entender como são importantes dentro de uma empresa. Também conhecerá o conceito de cadeia de suprimentos e entenderá a relação entre as atividades primárias e secundárias da cadeia de suprimentos, Vamos começar a nossa jornada! Seja bem vindo(a) à disciplina Estoques, do curso de Administração! Entenderemos a importância dessa disciplina para o Administrador e, também, abordaremos como os conhecimentos oferecidos nessa disciplina virão a agregar valor para as suas atividades, em qualquer tipo de empresa. Na primeira competência, você conhecerá conceitos importantes, que fundamentarão toda a disciplina, como o que é logística; o que é estoque e
  • 6. 4 Técnico em Administração quais são as atividades primárias e as atividades de apoio à cadeia de suprimentos. Na segunda competência, você compreenderá a classificação de estoques por nível de valor, aprendendo que ABC não é usado apenas como uma alusão ao nosso alfabeto. Em seguida, aprenderá sobre os métodos de avaliação e movimentação de estoques: PEPS, UEPS e CMP. Na terceira competência, você estudará sobre os níveis de estoques e no que eles podem influenciar para a necessidade de reposição ou custos da empresa, bem como ferramentas auxiliares para entendermos tais níveis e mantermos os estoques em quantidade adequada. Também será abordado nessa competência o método de previsão de demanda de estoques. Na quarta e última disciplina, você conhecerá sobre os sistemas de controle de estoques e os custos envolvidos na estocagem. Ao longo da disciplina, serão esclarecidos vários temas, tais como: o que é a cadeia de suprimentos, o que significa PEPS, classificação ABC, entre muitos outros e, por fim, os parâmetros de controle mais importantes que devem ser trabalhados diariamente em todas as empresas. Ao fim da disciplina, você, prezado (a) aluno, obterá um novo conhecimento teórico, entenderá como todos esses fatores o levarão a administrar adequadamente os estoques e a importância que isso terá para a empresa onde você trabalha ou trabalhará, bem como poderá aplicar alguns desses conhecimentos em suas atividades. Bons estudos!
  • 7. 5 Estoques Competência 01 1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER O PROCESSO E VARIÁVEIS DA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS 1.1. Conceitos Iniciais Caro (a) aluno (a), você sabe o que é logística? Pois bem, a Logística está intimamente ligada às ciências humanas, tais como: a administração, a economia, a contabilidade, a estatística e o marketing envolvendo diversos recursos da engenharia, tecnologia, do transporte e dos recursos humanos. A logística originou-se durante a Segunda Guerra Mundial , quando estava relacionada à coordenação de armamentos, tropas e munições para os locais necessários. Quando adotada para um conceito empresarial, refere-se à movimentação e coordenação de produtos. Outro conceito importante que você deve conhecer é o de suprimento, que podemos chamar de um item administrado, movimentado, armazenado, processado e transportado pela logística. O termo nasceu junto com a logística, derivado da palavra cadeia de suprimentos, utilizado para definir diversos materiais. Já a cadeia de suprimentos é o conjunto de materiais necessários para o funcionamento de uma empresa comercial ou fabricante. A cadeia de suprimentos envolve todos os níveis de fornecimento do produto desde a matéria-prima bruta até a entrega do produto no seu destino final, além do fluxo reverso de materiais para reciclagem, descarte e devoluções. Envolve todos os níveis de fornecimento do produto desde a matéria-prima bruta até a entrega do produto no seu destino final, além do fluxo reverso de materiais para reciclagem, descarte e devoluções. Veja um rápido vídeo sobre o sistema de Logística na empresa Natura, acessando o link a seguir: www.youtube.co m/watch?v=2H9P ML_HHHQ É importante nunca confundir suprimentos com matérias-primas, pois as matérias- primas são um dos tipos existentes de suprimentos. Matéria-prima é um produto natural ou semimanufaturad o que deve ser submetido a um processo produtivo até tornar-se um produto acabado.
  • 8. 6 Técnico em Administração Competência 01 Ainda, você deve conhecer o conceito de estoques, termo que dá o nome a essa disciplina. Os estoques podem ser considerados como acumulação de matérias-primas, produtos em processo ou produtos acabados que aparecem em vários pontos por todos os canais logísticos e de produção na empresa. Referem-se à materiais, produtos ou outros elementos na posse de uma empresa. Caso surja alguma diferença entre a demanda do cliente e o fornecimento dos materiais, há o acúmulo dos estoques. Tal diferença ocorre por diversos motivos, tais como: atrasos em entregas, escassez de matéria-prima, erros administrativos. Enquanto estocados, os materiais ficam fisicamente parados em algum lugar da empresa. No entanto, a movimentação no estoque ocorre quando acontece a movimentação de materiais (matérias-primas, produtos inacabados ou acabados). Para que se mantenha um bom controle dos estoques, todas as movimentações de materiais devem ser efetuadas por meio das notas fiscais, quando se tratar de produtos acabados; ou documentos internos, quando se tratar de transferência ou requisição de matérias-primas. Podemos encontrar três tipos de movimentações de materiais: entrada, saída e transferência. • Entrada: é a movimentação de materiais que entram no estoque da empresa, como as compras. • Saídas: é a retirada (comumente chamada de “baixa”) do estoque, formalizada por meio da emissão de notas fiscais ou, quando ocorrerem movimentações internas, por meio de requisições de materiais. • Transferências: são movimentações de materiais efetuadas entre almoxarifados ou filiais da mesma empresa. Esta operação gera débito e
  • 9. 7 Estoques Competência 01 crédito entre as unidades da empresa, mas não afeta o resultado final do saldo do estoque geral. O registro desta operação pode ser feito por meio de emissão de notas fiscais de transferência ou por documento interno de requisição de materiais. Agora que você já conheceu alguns conceitos importantes para esta disciplina, vamos mergulhar um pouco mais na primeira competência. 1.2. Atividades primárias da cadeia de suprimentos Bom, você acabou de conhecer o conceito de cadeia de suprimentos, o que é muito importante para conhecer alguns detalhes sobre ela. O primeiro desses detalhes chama-se “atividades primárias da cadeia de suprimentos”, que são aquelas de importância fundamental para a obtenção dos objetivos logísticos de custo e nível de serviço que o mercado deseja. Essas atividades são consideradas primárias porque contribuem com a maior parcela do custo total da administração de materiais ou são essenciais para a coordenação e para o cumprimento da tarefa logística. São as seguintes: Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento. Vamos detalhar um pouco mais: Transporte Você sabia que, ainda hoje, muitas empresas consideram que a área de Logística se resume a esta atividade? Isso é um grande engano! No entanto, realmente é uma das atividades logísticas mais importantes, simplesmente porque nela está concentrada grande parte dos custos logísticos. É imprescindível, porque nenhuma organização na atualidade pode funcionar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados para serem levados, de alguma forma, até ao consumidor final. Refere-se aos vários modelos disponíveis para se movimentar matéria- prima, materiais, produtos e serviços, e alguns modais utilizados são:
  • 10. 8 Técnico em Administração Competência 01 rodoviário, ferroviário, hidroviário, dutoviário e o aeroviário. Em termos mundiais, observa-se uma tendência a multimodalidade, ou seja, a integração dos diversos modais de transporte. A atividade de transporte está relacionada aos diversos métodos de se movimentar produtos e insumos e por isso é essencial ao processo logístico, sendo ainda responsável por uma grande parte dos custos logísticos da empresa. Veja, a seguir, um breve vídeo sobre os meios de transporte. Manutenção de estoques É a atividade para atingir um nível razoável de disponibilidade de produto em face de sua demanda. A grande preocupação do administrador de estoques envolve manter seus níveis os mais baixos possíveis, e ao mesmo tempo prover a disponibilidade desejada pelos clientes. A questão dos estoques merece grande atenção por parte dos profissionais de logística e consequentemente do técnico em administração, exatamente porque o grande desafio é ter o menor nível de estoque possível sem prejudicar o nível de serviço ao cliente, ou seja, manter uma quantidade necessária para atender ao cliente quando ele desejar. Não é um desafio simples, no entanto, existem técnicas e sistemas de gestão que auxiliam para o seu sucesso. Em relação ao custo logístico, esta atividade também representa uma parcela considerável dos mesmos, sendo então necessária atenção especial a este ponto. Processamento de pedidos É um fator crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes, em relação à adequada administração dos recursos logísticos disponíveis. Esta atividade dá início ao processo de movimentação de materiais e produtos bem como a entrega desses serviços. Veja um rápido vídeo sobre os tipos de modais de transporte, acessando o link a seguir: www.youtube.co m/watch?v=P6k9 y3CDIiI
  • 11. 9 Estoques Competência 01 Mesmo não sendo uma atividade que representa um custo elevado como a atividade de transporte, ela está relacionada ao nível de serviço ofertado aos clientes, o que a torna muito importante para o processo logístico. O grande desafio desta atividade consiste em reduzir o “ciclo do pedido”, que é o tempo total entre o cliente realizar um pedido e o mesmo ser entregue. Então, é importante contar com sistemas eficientes e eficazes de recebimento de pedido, checagem de estoque, separação, expedição e entrega do produto. 1.3 Atividades de suporte à cadeia de suprimentos Até aqui, você conheceu um pouco sobre as atividades primárias. Agora, conhecerá sobre as atividades de suporte à cadeia de suprimentos e a relação entre as duas categorias de atividades. As atividades de suporte são aquelas adicionais, que dão suporte ao desempenho das atividades primárias, para que seja possível ter clientes satisfeitos e a lucratividade da empresa. São as seguintes: Armazenagem, Manuseio de Materiais, Embalagem de Proteção, Obtenção, Programação de Produtos e Manutenção de Informação. Armazenagem É o processo que envolve a administração dos espaços necessários para manter os materiais estocados. Essa ação envolve fatores como localização, dimensionamento da área, arranjo físico (layout), equipamentos de movimentação, recuperação do estoque, bem como necessidades de recursos financeiros e humanos. A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semiacabados. Uma vez que ela envolve mercadorias, apenas é produzido resultado quando é realizada uma operação, com o objetivo de acrescentar valor a estas mercadorias. Podemos dizer que o objetivo geral da armazenagem é o compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos Os conceitos de armazenagem e estocagem são diferentes, fique atento: A) Armazenagem: é um subsistema responsável pela gestão física dos estoques, que inclui todas as atividades relacionadas à guarda temporária e a distribuição de materiais (depósitos, almoxarifados, centro de distribuição, etc.). As operações de armazenagem consistem no recebimento, estocagem, separação e expedição de materiais para apoiar o fluxo de materiais nos sistemas de manufatura e distribuição. (Continua)
  • 12. 10 Técnico em Administração Competência 01 os fatores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos. A.1 Custos da armazenagem Os custos envolvidos na armazenagem são geralmente fixos e indiretos, apresentando a dificuldade da minimização do impacto dos custos. Por exemplo, independente de um armazém estar vazio ou cheio, os custos continuarão os mesmos, uma vez que o espaço, os funcionários, os equipamentos e outros investimentos continuam a existir. A.2 Sistemas de armazenagem São conjuntos de equipamentos que servem para arrumar adequadamente as matérias-primas ou produtos acabados, quer manualmente, quer utilizando equipamentos de movimentação de materiais como, por exemplo, empilhadeiras e paleteiras. Existem vários tipos de sistemas de armazenagem, utilizados de acordo com o tipo de produto a armazenar e área disponível, entre outros parâmetros. Para se determinar qual o melhor sistema de armazenagem, em primeiro lugar devemos respeitar as características do produto, isto é, o seu peso, dimensões e a possibilidade ou impossibilidade de junção em paletes. Abaixo, vamos conhecer alguns elementos desse sistema: Palete (ou estrado) É possível dizer que é um recurso que tem como função a otimização do transporte de cargas, que é conseguido através da empilhadeira e da paleteira. (Continuação) B) Estocagem: é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém, é o ponto destinado a locação estática dos materiais, ou seja, onde eles fisicamente ficam.
  • 13. 11 Estoques Competência 01 Figura 1 – Modelo de palete de madeira Fonte: Wikipédia (2013) Paleteira É uma espécie de máquina, um tipo de empilhadeira manual, cuja principal função é fazer o deslocamento de materiais em uma organização, principalmente no estoque. Uma das vantagens da paleteira manual é sua relação de custeio com a empilhadeira elétrica, porque, embora ambas sejam úteis para o carregamento de material, a paleteira, além de mais fácil de pegar seu manuseio, é capaz de transportar enormes quantidades de peso, sem toda necessidade de tempo que se leva para aprender a monitorar uma empilhadeira elétrica e ainda com um preço mais barato. Figura 2 – Modelo de paleteira Fonte: Wordpress (2013)
  • 14. 12 Técnico em Administração Competência 01 Empilhadeira Máquina usada principalmente para carregar e descarregar mercadorias em paletes. Existem diversos tipos e modelos, tais como: elétricas, manuais, combustão e portuárias. Você vai conhecer, na figura a seguir, o que é uma empilhadeira e entender as diferenças físicas entre ela e uma paleteira. Figura 3 – Modelo de empilhadeira Fonte: Wikipédia (2013) Porta paletes Representa a melhor resposta para os armazéns, onde é necessário armazenar produtos paletizados com uma grande variedade de referências. É a solução mais simples e mais utilizada, sendo adaptável a qualquer tipo de carga e volume. Drive in São estruturas para verticalizar cargas paletizadas, com movimentação interna da empilhadeira, ideal para trabalhar com grandes quantidades de um mesmo produto, com armazenagem em lote. É uma estrutura composta por laterais com braços que sustentam as longarinas de Drive-in, formando blocos verticais e horizontais, denominados ruas de armazenagem, as quais dão acesso à empilhadeira que fará o carregamento dos paletes dentro da própria estrutura, formando assim um bloco contínuo, sem corredores intermediários, permitindo que a empilhadeira entre dentro da estrutura. As
  • 15. 13 Estoques Competência 01 estruturas drive-in são operacionalizadas por uma única entrada. Tem como vantagem a rentabilidade máxima do espaço disponível, eliminação dos corredores entre as estantes, rigoroso controle de entradas e saídas e admite tanto as referências como ruas de carga. Figura 4 – Modelo de drive in Fonte: Wordpress Adminlogistica (2013) Drive through (ou drive-thru) Também são estruturas para verticalizar cargas paletizadas, mas diferentes do drive in, que a empilhadeira entra e sai pelo mesmo lado, no drive through a empilhadeira tem acesso pelos dois lados, sendo dois corredores: um de entrada e outro de saída. Sua estrutura conta com lastres com rodas para fazer a movimentação do palete; essas rodas ajudam na movimentação dos paletes, colocando o mesmo de um lado e sendo levado pela força da gravidade para o outro lado. Você pode visualizar esta explicação na figura a seguir.
  • 16. 14 Técnico em Administração Competência 01 Figura 5 – Modelo de drive through Fonte: Blog conhecimentos da armazenagem (2013) Manuseio de materiais Está associado com a armazenagem e também com a manutenção dos estoques. Essa atividade envolve a movimentação de materiais no local de estocagem, que pode ser tanto estoques de matéria-prima como de produtos acabados. Pode ser a transferência de materiais do estoque para uso no processo produtivo ou do processo produtivo para o estoque de produtos acabados. Pode ser também a transferência de um depósito para outro. Embalagem Tem como objetivo proteger os produtos, para que seja possível movimentá- los sem danificá-los. Um bom projeto de embalagem do produto auxilia a garantia perfeita e econômica movimentação sem desperdícios. Além disso, dimensões adequadas de empacotamento encorajam manuseio e armazenagem eficientes. Suprimentos É a atividade que proporciona ao material ou produto ficar disponível, no momento exato, para ser utilizado pelo sistema logístico. É o procedimento de avaliação e da seleção das fontes de fornecimento, da definição das
  • 17. 15 Estoques Competência 01 quantidades a serem adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o produto é comprado. Planejamento Refere-se primariamente às quantidades agregadas que devem ser produzidas, bem como quando, onde e por quem devem ser fabricadas. É a base que servirá de informação à programação detalhada da produção dentro da fábrica. É o evento que permitirá o cumprimento dos prazos exigidos pelo mercado. Sistema de informação São as informações necessárias de custo, procedimentos e desempenho essenciais para o correto planejamento e controle logístico. Pois bem, é muito importante que a empresa tenha uma base de dados bem estruturada, com informações significativas sobre os clientes, sobre os volumes de vendas, sobre os padrões de entregas, sobre os níveis dos estoques e disponibilidades físicas. E então, o que você achou da primeira competência da disciplina Estoques? Entenda-a bem, para que possa partir para a competência a seguir.
  • 18. 16 Técnico em Administração Competência 02 2. COMPETÊNCIA 02 | COMPREENDER A CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES POR NÍVEIS DE VALOR Na primeira competência você aprendeu sobre conceitos importantes para o entendimento do processo de estoques, como cadeia de suprimentos, movimentações de materiais, entre outros. Nesta competência você começará conhecendo sobre a classificação dos estoques: quais são os seus tipos e como classificá-los também quanto à sua relevância para a empresa. Após saber como classificar os estoques, você estará apto(a) para conhecer sobre os métodos de avaliação e movimentação dos estoques. Sendo assim, você conhecerá três critérios comumente utilizados, como o PEPS – Primeiro que Entra, primeiro que Sai; UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai e CMP - Custo Médio Ponderado. 2.1. Classificação dos estoques Podem ser encontradas várias classificações dos estoques. Podemos dizer que, onde existe necessidade de materiais, irão existir estoques. Os estoques recebem diferentes classificações de acordo com a natureza dos produtos, das atividades da empresa, etc., e podem ser classificados conforme abaixo: 2.1.1 A Quanto ao tipo  Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares As matérias-primas são materiais básicos que são adquiridos para entrar no processo produtivo da empresa, requerem processamento para serem transformadas em produtos acabados. Elas ficam normalmente estocadas em armazéns ou depósitos de matéria-prima, aguardando a requisição do setor de produção para serem usadas e transformadas. Sendo assim, devem ser mantidos estoques suficientes para atender à demanda da produção que, por sua vez, segue a demanda dos clientes.
  • 19. 17 Estoques Competência 02 Figura 6 – Modelo de armazenamento de matérias-primas Fonte: Pratic Line (2013)  Estoques de materiais em processamento e semiacabados Os estoques de materiais em processamento são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa. Envolve todos os materiais em que a empresa já executou alguma espécie de processamento. Normalmente, ficam em uma área específica ou no setor produtivo. Não são mantidos no almoxarifado por não serem mais matérias-primas iniciais, nem tampouco no depósito de produtos acabados, por ainda não serem estes produtos acabados. Já os semiacabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de acabamento. São diferentes dos materiais em processamento por estarem em um estágio mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem definitivamente em produtos acabados.
  • 20. 18 Técnico em Administração Competência 02 Figura 7 – Modelo de estoques de materiais semiacabados Fonte: Aplike on line (2013)  Estoques de Componentes Os estoques de componentes também são tipos de produtos acabados, mas formados por peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntas, constituirão o produto acabado. Figura 8 – Modelo de estoque de componentes Fonte: Orielec (2013)  Estoque de produtos acabados: É o estoque composto pelo produto que teve seu processo de fabricação terminado, ou seja, já pronto para venda e expedição.
  • 21. 19 Estoques Competência 02 Servem para equilibrar diferenças entre as taxas de produção do processo produtivo (suprimento) e de demanda de mercado. Essas diferenças podem ocorrer por causa das incertezas do processo ou da demanda. Lembre-se que é praticamente impossível prever se haverá flutuação de demanda. Em alguns períodos, diante de alguns estudos, a empresa sabe que existe um maior ou menor consumo de certo produto. No entanto, caso a demanda aumente inesperadamente, a empresa deve estar pronta para entregar o produto ao cliente, por isso é interessante manter níveis adequados de estoque de produtos acabados. Figura 9 – Modelo de estoque de produtos acabados Fonte: Teclog Wordpress (2013) Para todos estes tipos de estoque, é muito importante ter uma quantidade adequada dentro da empresa, sendo assim, é de muita importância para a administração manter um estoque de segurança:  Estoque de segurança ou mínimo: Se as empresas soubessem de todos os fatores que viriam a influenciar na demanda, as previsões de demanda estariam sempre certas. Nesse caso, deixariam de ser previsões para serem certezas, mas isso é impossível. Sendo assim, é importante manter quantidades estocadas para garantir o andamento das atividades caso ocorra aumento na demanda de algum item, que pode ser matéria-prima, produto acabado etc.
  • 22. 20 Técnico em Administração Competência 02 A existência de estoques de segurança em uma unidade fabril evita que o processo produtivo pare; tanto em caso de uma demanda de produção maior vinda do mercado, quanto em caso de um acidente de percurso, alimentando as máquinas enquanto se resolve o problema. São ainda utilizados para salvaguardar uma empresa de incertezas nas suas operações logísticas, como atrasos de entregas. O estoque de segurança é conhecido por meio do uso de uma fórmula: ES = D(máx) – D(média) Sendo: D(máx) A demanda máxima que uma empresa pode atender. D(média) A demanda média da empresa. Figura 10 – Modelo de gráfico dente de serra para estoque de segurança Fonte: Techoje (2013) Sendo: Ponto 1: Estoque máximo; Ponto 2: Nível de ressuprimento, ou estoque médio; Ponto 3: Estoque virtual. Considera-se o estoque real armazenado e as encomendas; Ponto 4: Estoque de segurança; Ponto 5: Ponto de ruptura. Fonte: Tec Hoje (2013)
  • 23. 21 Estoques Competência 02 2.1.2 Classificação quanto à importância ou valor (Método ABC) O método de classificação ABC nada mais é, do que uma ferramenta que auxilia na gestão de estoques, proporcionando informações relevantes sobre aqueles produtos que têm maior ou menor giro; relacionados com o custo de aquisição. A curva ABC permite identificar quais itens necessitam de atenção e tratamento adequados quanto à sua importância. Também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada. Figura 11 – Exemplo de curva ABC Fonte: Sobre Administração” (2013) Obtém-se a curva ABC com a ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. Uma vez obtida a sequência dos itens e sua classificação ABC, passa a ser conhecida a aplicação preferencial das técnicas de gestão, conforme a importância dos itens. Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:  Classe A: grupo de itens mais importantes, que devem ser trabalhados com grande atenção por parte da empresa, são aqueles itens que dão a sustentação de vendas e normalmente correspondem a 20% do volume total.
  • 24. 22 Técnico em Administração Competência 02  Classe B: é um grupo intermediário de itens, em relação à importância, quantidade ou valor, podendo corresponder a 30% do total.  Classe C: grupo de itens menos importantes em termos de movimentação, valor ou quantidade. No entanto, também precisam de atenção porque geram custo para manter estoque. Podem corresponder a 50% do volume total. A Curva ABC é conhecida também por seguir o princípio 80-20, pois é baseada no teorema do economista italiano Vilfredo Pareto, que num estudo sobre renda e riqueza do século XIX, percebeu que em uma pequena parcela da população (20%) se concentrava a maior parte da riqueza, em detrimento dos demais 80%. No caso de estoques, a importância dos materiais é considerada em relação às quantidades utilizadas e o seu valor. Figura 12 – Modelo de curva ABC Fonte: Miscelânea Concursos (2013) 2.2. PEPS e UEPS A partir de agora, você conhecerá um pouco sobre os métodos de avaliação dos estoques. O maior objetivo do custeio do estoque é a determinação de custos adequados às vendas, de forma que o lucro apropriado seja calculado.
  • 25. 23 Estoques Competência 02 É muito importante prever o valor do estoque em intervalo de tempo adequado e gerenciá-lo, comparando-o com o planejado, e tomar as devidas ações quando houver algum desvio ou demanda inesperada. Alguns fatores justificam a avaliação de estoque são: a) assegurar que o dinheiro investido em estoques seja o mínimo possível; b) o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão; c) evitar desperdícios como perda de validade, roubos, extravios etc. Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, procura de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques. Os métodos mais comuns são: 2.2.1 PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai) ou FIFO (First in – First Out) À medida que ocorrem as vendas, ocorrem baixas no estoque a partir das primeiras unidades compradas, o que equivaleria ao raciocínio de que vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades compradas/produzidas. Justificando: a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida. Enumeram-se, algumas vantagens deste método:  Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles de maneira lógica e sistemática;  O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas saídas;
  • 26. 24 Técnico em Administração Competência 02  O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e ordenada, representa uma condição necessária para o perfeito controle dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos à deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc. Conheça um modelo de planilha usando o método PEPS na figura a seguir: Figura 13 – Planilha PEPS Fonte: Tutorial de Júlio Battisti 2.2.2 UEPS (Último que entra, primeiro que sai) ou LIFO (Last in – First Out) O custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) ou (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades. De acordo com o método UEPS, o custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes). Conheça um modelo de planilha usando o método UEPS na figura a seguir:
  • 27. 25 Estoques Competência 02 Figura 14 – Planilha UEPS Fonte: Tutorial de Júlio Battisti Esse método não é muito usado nas empresas, pois dependendo do ramo de atuação, a empresa pode chegar a ter prejuízos, como uma que vende produtos perecíveis; caso a empresa venda os produtos que chegaram por último, quando for vender aqueles que foram adquiridos primeiro, provavelmente os mesmos já estarão vencidos. 2.3 Custo Médio Ponderado Este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente. Por esse critério, os estoques são avaliados pelo custo médio de aquisição, apurado a cada entrada de mercadorias, ponderado pelas quantidades adquiridas e pelas anteriormente existentes. O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, além do preço, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidas. Conheça um modelo de planilha usando o método custo médio ponderado na figura a seguir:
  • 28. 26 Técnico em Administração Competência 02 Figura 15 – Planilha Custo Médio Ponderado Fonte: Tutorial de Júlio Battisti Então, caro(a) aluno(a), pronto(a) para a próxima Competência? Preparados para compreender como se dimensionam os estoques, bem como compreender o que significa nivelar um estoque? Vamos lá, então?
  • 29. 27 Estoques Competência 03 3. COMPETÊNCIA 03 | ENTENDER O DIMENSIONAMENTO E NÍVEIS DE ESTOQUES Na competência anterior você aprendeu sobre classificação de estoques e começou a entender como é importante mantê-los num nível adequado para a empresa: nem tão baixo que não possa atender a demanda e nem tão alto que venha a apresentar altos custos. Sendo assim, nessa Competência você aprenderá sobre a importância do dimensionamento de estoques e, ainda, aprenderá o conceito de nível de estoques e algumas informações muito importantes relacionadas a ele, como o nível de ressuprimento, por exemplo. Também conhecerá sobre o ( Lote Econômico de Compras) LEC e a sua importância para a adequada manutenção dos níveis de estoques, aprenderá o que é um gráfico dente de serra e, por fim, mas não menos importante, conhecerá sobre previsão e avaliação da demanda de estoques. 3.1 Dimensionamento de estoques Todas as organizações devem implantar e manter políticas adequadas para administrar o estoque. Isso garantirá o desempenho adequado dos diferentes processos e funções empresariais, bem como minimizará os custos. Para a definição de tais políticas, são levados em consideração vários aspectos, dentre eles: Meta estabelecida pela empresa quanto ao tempo gasto para atendimento ao cliente; Definição do giro dos estoques; Definição do espaço a ser utilizado (central de distribuição, sites, depósitos, armazéns, etc.) e a lista de materiais a serem estocados;
  • 30. 28 Técnico em Administração Competência 03 A quantidade adequada para se manter em estoque que atenda a flutuação na demanda; Sendo assim, é importante dimensionar os estoques para garantir a lucratividade da empresa, e isso significa estabelecer o nível adequado que cada item deve ter em estoque. Há basicamente duas técnicas para realizar o dimensionamento: Pela prática: - Sistema de duas gavetas ou estoque mínimo: A quantidade de reposição (Q) é constante, enquanto o tempo (t) varia, pois é o estoque mínimo (Em) que determina a emissão de novo pedido de Q unidades. Em = Er + dt Sendo: Em = estoque mínimo Er = estoque de reserva d = consumo médio t = tempo médio de espera em dias entre pedido e recebimento Em = Er + Q/2 Sendo: Em = estoque médio Q = quantidade do pedido de reposição - Sistema de renovação periódica: Período de tempo constante, enquanto a variável é a quantidade (Q). Q = d + Er - Ee
  • 31. 29 Estoques Competência 03 Sendo: Q = quant. de estoque Er = estoque de reserva Ee = estoque disponível existente no dia do pedido - Sistema de estoque para fim específico: A época da aquisição e da quantidade do pedido depende do conhecimento da demanda. Pela matemática É feito o cálculo do lote econômico, que visa reduzir o CP (custo de preparação) e o CA (custo de armazenagem). Detalhamento: Custo de obtenção (CO) ou custo de preparação (CP) é o custo ligado ao número de pedidos de reposição de estoque; quanto maior o número de pedidos, maior o trabalho para a unidade de compras, transporte, recebimento e inspeção, lançamentos contábeis, etc. Se os lotes de compra forem maiores, menor será o custo de preparação. Custo de armazenagem (CA) é o custo ligado diretamente à quantidade estocada; quanto maiores os lotes de compra, maior o estoque médio, maiores os juros sobre o capital investido em estoque, maior o aluguel do espaço do almoxarifado, maior o custo de mão de obra, o custo de seguro contra incêndio, etc. 3.2 Níveis de estoque Bom, você acabou de ler que dimensionar estoques é estabelecer o nível adequado que cada item deve ter e, agora, aprenderá o conceito de níveis de
  • 32. 30 Técnico em Administração Competência 03 estoque. São aqueles que determinam as ações de reposição ou de cautelas a serem tomadas quanto às quantidades armazenadas. Normalmente, se apresentam através de gráficos, onde a abscissa (eixo x) representa o tempo decorrido da demanda do estoque e o eixo das ordenadas (eixo Y) representa as quantidades de unidades consumidas ou adquiridas. Confira essa informação na figura a seguir. Figura 16 – Exemplo de relação entre a quantidade estocada consumida e o tempo de consumo Fonte: Colunista Ricardo Gallo (2013) Para você entender e controlar os níveis de estoque é importante conhecer alguns conceitos muito importantes, como os que vêm a seguir: Tempo de reposição ou de ressuprimento (Tr) Tem como objetivo minimizar os custos de manutenção de estoques, mas sem correr o risco de não atender a demanda. A ideia é achar o nível adequado de estoques para cada material ou produto. Para isso, é necessário que o estoque seja controlado e que seja determinado o ponto de reposição. O ponto de reposição tem como razão de existir iniciar o processo de ressuprimento com segurança suficiente para que não falte material. O PR –
  • 33. 31 Estoques Competência 03 Ponto de Reposição é calculado multiplicando a taxa de consumo pelo tempo de ressuprimento. Exemplo: O consumo previsto das geladeiras que estão no meu estoque, por semana, é de 100 itens. - O tempo de ressuprimento é de três semanas. - Desse modo, o PR dos seus televisores é de 300 itens. Ou seja, para que minha empresa não corra risco da sua demanda não ser atendida; o estoque não pode ser menor do que 300 geladeiras. O PR é definido quando o saldo de estoque estiver abaixo ou igual à determinada quantidade chamada ponto de pedido. Você entendeu? Quando meu estoque chegar em 300, é o ponto de fazer o pedido, é o PR. Devido à impossibilidade de se conhecerem as demandas pelos produtos ou seus tempos de ressuprimento no sistema logístico, bem como para garantir a disponibilidade do produto, deve ser formado um estoque de segurança. A seguir, você conhecerá algumas fórmulas para gerir os estoques adequadamente: Ponto de Pedido (PP) ou Reposição (PR) ou Encomenda (PE) Será calculado com a fórmula: PP = Em + (C x Tr) Sendo: PP = Ponto de Pedido Tr = Tempo de reposição C = Consumo Médio Mensal Em = Estoque mínimo ES = Estoque de segurança Podemos dizer que o tempo de ressuprimento é aquele tempo que se gasta desde o momento que se faz o pedido, até a chegada do material para uma linha de montagem, por exemplo.
  • 34. 32 Técnico em Administração Competência 03 Exemplo prático: uma peça é consumida a uma razão de 20 unidades por mês, e seu tempo de reposição é de dois meses. Qual é o ponto de pedido, uma vez que o estoque mínimo deve ser de um mês de consumo? PP = Em + (C x Tr) PP = (20 x 2) + 20 PP = 60 unidades Estoque mínimo (Em) Em = C x K Sendo: C = consumo médio mensal K = fator de segurança O fator de segurança (K) é uma maneira de prevenir falhas nas entregas ou em demandas não previstas, ou seja, aquelas demandas não esperadas. Os valores adotados devem ser definidos pela alta direção, pois irão variar conforme a criticidade e o valor de consumo obtido pelo método de classificação ABC. Por exemplo, no fator de segurança, caso queiramos ter uma falha de apenas 10 % em nossos estoques, será usado o número 0,90. Isso significa que a empresa deseja uma garantia de que somente em 10% das vezes o estoque desta peça esteja zero. Significa que, quando o estoque atingir 60 unidades, a empresa deve gerar um pedido de compra. Lembram o exemplo usado no item anterior? Estoque Máximo É o resultado da soma do Estoque de Segurança (ES) com a Quantidade Pedida (PP). Emáx = ES + Quantidade pedida
  • 35. 33 Estoques Competência 03 3.3. Gráfico dente de serra É uma ferramenta muito importante para uma adequada gestão de estoques, pois permite que se estabeleçam relações matemáticas necessárias para conhecer e controlar as atividades de reposição dos estoques. Figura 17 – Modelo de gráfico dente de serra Fonte: livro virtual sobre estoques – Google books (2013) Em um gráfico dente de serra, é possível ter a noção de que um determinado item foi consumido em quantidades iguais a cada mês uniformemente, chegando à zero, por exemplo. O gráfico dente de serra apresenta as seguintes características: Não existem alterações de consumo durante o tempo T. Não existirem falhas administrativas que provoquem um esquecimento ao solicitar a compra. O fornecedor da peça nunca atrasa sua entrega. Nenhuma entrega do fornecedor foi rejeitada pelo controle de qualidade.
  • 36. 34 Técnico em Administração Competência 03 Após projetar as quantidades de um item estocado nesse gráfico, e este resultar na representação tipo dente de serra, podem ser adotados critérios para planejamento de administração de estoque, como o Just in Time, sistema este de planejamento que proporcionará a entrega em tempo e quantidades sem variação dos pedidos emitidos, pois ficou definido pelo gráfico que o fornecedor do item possui qualidades de atendimento em prazo e qualidade dentro dos padrões de atendimento, o que elimina custos adicionais. Porém nem todos os itens se enquadram com essa característica de curva (dente de serra), então são necessárias fórmulas que mostrem valores apropriados para a análise de um item. 3.4 Lote econômico de compras sem faltas (LEC) É um método utilizado para determinar a quantidade de um lote que pode oferecer o menor custo de pedido, bem como o menor custo de armazenar. Simplificando, é a quantidade que iremos calcular e comprar para que possamos gastar menos na aquisição e estocagem. Objetiva determinar a quantidade a ser comprada, visando minimizar os custos que atingem os estoques. O lote econômico visa determinar o número ideal de pedidos a serem feitos e a quantidade ideal de cada lote e você pode encontrar várias fórmulas para calculá-lo, sendo uma delas a relação abaixo: Figura18 – Fórmula modelo LEC Fonte: Livro Administração de materiais, de Paulo Sérgio Gonçalves (2013)
  • 37. 35 Estoques Exemplo: Uma empresa compra de uma fábrica garrafas plásticas por R$ 25,00 a unidade. As estimativas de demanda de consumo dessas peças são de 2.000 unidades anuais. A empresa calcula o custo de R$ 5,00 para fazer um pedido ao fornecedor e estima como custo de posse do estoque o valor de R$ 2,00 por unidade/ano. Sendo assim, vamos determinar a quantidade econômica que esta empresa deverá produzir: QLEC= √2x2.000X5,00 = 100 peças 2,00 Ou seja, 100 peças é a quantidade adequada que a empresa deve pedir. Caso se queira conhecer o número de pedidos, usa-se a relação entre demanda e o lote econômico de compras. Número de pedidos = Demanda Número de pedidos = 2.000 = 20 pedidos ao ano QLEC 100 3.5 Previsão e avaliação da demanda de estoques A demanda de um produto é o volume total que seria comprado por um grupo definido de consumidores, em uma área geográfica definida, em um período de tempo definido, em um mercado de trabalho definido e mediante um programa definido de marketing. Métodos de Previsão da Demanda É necessário ratificar que, infelizmente, prever é um processo passível de erros. Uma empresa que esperava vender um milhão de geladeiras pode descobrir que a demanda real é diferente do que foi previsto. Se a demanda exceder a previsão, a empresa tem de ter em mãos uma quantidade que permita satisfazer a demanda maior. Se a demanda cair, poderá haver excesso de material.
  • 38. 36 Técnico em Administração Competência 03Competência 03 Figura 19 – Previsão de demanda de estoques Fonte: Portal videoaula (2013) Da mesma forma, o suprimento de materiais comprados está sujeito às flutuações da demanda dos mesmos. No geral, o problema básico é a velocidade com que os fornecedores possam responder às variações de demanda. Todos os fornecedores gostariam de dobrar as vendas aos seus clientes, porém dificilmente são capazes de dobrar sua produção sem que ocorra aviso prévio. A previsão da demanda pode ser feita através de várias técnicas, tais como: • Projeção – São utilizados dados passados, admitindo-se que haverá repetição dos dados no futuro ou as vendas irão evoluir em função do tempo. É uma técnica feita com base em cálculos. • Explicação – Utilizam-se leis de correlação e regressão, associando-se as vendas passadas a outras variáveis de evolução conhecida ou previsível. É uma técnica feita com base em cálculos. • Predileção – Experiência de pessoas conhecedoras de vendas ou do mercado, feita com base em informações de especialistas. Você sabia que um fator diretamente relacionado à previsão de demanda é o dimensionamento do estoque de segurança? Lembra esse conceito? Pois é, a possibilidade de variação da demanda faz com que uma empresa tenha que
  • 39. 37 Estoques Competência 03 manter estoques de segurança para evitar a falta de materiais ou produtos e, consequentemente, evitar clientes insatisfeitos. Ou seja, dessa forma você pode concluir que é impossível uma organização prever tudo o que vai acontecer, mas ela deve ter noção do que está acontecendo, para que possa determinar como pode ter lucro, ou seja, precisa de uma visão estratégica de todo o complexo produtivo. Em função de tudo o que você acabou de ler, é importante determinar a quantidade ideal a se ter no estoque. Portanto, a quantidade ideal a permanecer no estoque é o mínimo, mas esse mínimo deve ser necessário para satisfazer a demanda.
  • 40. 38 Técnico em Administração Competência 04 4. COMPETÊNCIA 04 | COMPREENDER OS PONTOS DE COMPRAS E REPOSIÇÃO DE ESTOQUES Você chegou à última competência! Aqui, você aprenderá o que são e quais são os sistemas de controle de estoques e qual a sua importância para a lucratividade da empresa. Como estamos durante toda a disciplina falando sobre a lucratividade da empresa e a satisfação do cliente, é muito importante falar sobre custos e, nessa competência, você conhecerá os custos que estão envolvidos no processo de estoques e porque é importante mantê-los a níveis aceitáveis. 4.1 Sistemas de controle de estoques Como você viu na competência anterior, controlar estoques é muito importante para qualquer empresa porque, apesar dos esforços em reduzir os estoques, estes ainda são representativos nas empresas, havendo portanto necessidade dos sistemas de controle. Formalmente, existem três sistemas básicos para se determinar quando fazer o pedido:  Sistema de ponto de pedido – usados para demanda independente;  Sistema de revisão periódica – usados para demanda independente;  MRP – usados para demanda dependente; 4.1.A - Sistema min-máx É considerado por alguns como o mais comum de todos os sistemas de controle de estoques. Refere-se a um sistema de reabastecimento no ponto de pedido, sendo que “min” (mínimo) trata-se do ponto de pedido e “máx” Demanda independente: É aquela que não está relacionada à demanda de nenhum outro produto ou serviço, como os itens acabados, o produto final. Exemplo: veículos montados. Demanda dependente: Os itens de demanda depend ente são aqueles que estão ligados aos planos de produção ou a outros itens, estando dentro de uma estrutura de produto, dependendo da demanda deste nível hierárquico para serem programados. Exemplo: Componentes dos veículos montados.
  • 41. 39 Estoques Competência 04 (máximo) o nível máximo de estoque. É um procedimento de controle de estoque, feito em cartões manuais ou por sistemas. Neste sistema, as quantidades mínima, máxima e de reposição são preestabelecidas e, através destas, é executado o controle. Para fazer usar esse sistema, não são necessárias pessoas extremamente qualificadas e há a possibilidade de automatização do processo de reposição. Por outro lado, em face do automatismo da reposição, o sistema min-máx pode causar elevação dos níveis de estoques na incidência de retração de consumo, ou pode causar falta de material se ocorrer o inverso, ou seja, aceleração de consumo, visto que o mínimo é estabelecido em função de registros históricos deste. A aplicação do método é bastante simples. Quando o nível de estoque, pela ação do consumo, atinge o mínimo, é automaticamente solicitada uma quantidade de reposição preestabelecida, potencialmente alcançando o nível máximo. 4.1. B - Sistema de revisões periódicas No sistema de revisões periódicas, ao invés de quantidades, determinam-se períodos de tempo, pois ocorre a programação das datas em que será feita revisão nos parâmetros de controle do item. Tais revisões são feitas em intervalos previamente estabelecidos, caracterizando as revisões periódicas. No momento da revisão, há a decisão se a empresa deve ou não solicitar a reposição do item e verificar a adequação dos parâmetros preestabelecidos à realidade praticada. 4.1. C - MRP O sistema MRP ("Material Requirements Planning" - Planejamento das Necessidades de Materiais) surgiu durante a década de 60, com o objetivo de
  • 42. 40 Técnico em Administração Competência 04 executar computacionalmente a atividade de planejamento das necessidades de materiais, permitindo assim determinar, precisa e rapidamente, as prioridades das ordens de compra e fabricação. É um sistema lógico de cálculo que converte a previsão de demanda em programação da necessidade de seus componentes. A partir do conhecimento de todos os componentes de um determinado produto e os tempos de obtenção de cada um deles, podemos, com base na visão de futuro das necessidades, calcular o quanto e quando se deve obter de cada item, de forma que não haja falta e nem sobra no suprimento das necessidades da produção. Podemos dizer que é um sistema utilizado para se evitar as peças ausentes. A aplicação do MRP, voltada a itens de demanda dependente, consiste em determinar quando e em que quantidade os itens serão necessários a partir do plano de produção da organização. 4.2 Custos de Estocagem Até aqui, você já aprendeu que os processos relativos à armazenagem, precisam de controle, mas que eles também geram custos. Assim como qualquer atividade de uma empresa, existem custos na estocagem, e estes precisam de apuração e controle para que possam ser incorporados aos preços dos produtos /serviços que são entregues aos clientes, mas que não atinjam um nível alto que venham a encarecer estes produtos. Figura 20 – Questões sobre os estoques Fonte: Toda Letra, com adaptação do autor (2013) Quanto pedir? Quando pedir?
  • 43. 41 Estoques Competência 04 São três os principais custos básicos ligados ao processo de estocagem, estes classificados em função da natureza das atividades:  Custos de Aquisição (custo de pedir): são os custos gerados no processo de compra do material. Além do valor do material comprado, existem outros custos envolvidos na aquisição do material, por exemplo: pagamento dos salários, eletricidade, telefonia, viagens. São gastos que acontecem independentemente de ser gerado um pedido de material, por isso são considerados como custos fixos de aquisição. Outros custos acontecerão somente quando forem gerados de pedidos de material, como: custos de inspeção, fretes especiais de entrega. Por isso são considerados custos variáveis do processo de aquisição.  Custos de manter estoque: estão ligados a todos os custos necessários para manter uma determinada quantidade de mercadorias por um período, como custos de armazenagem, de seguro, deterioração, entre outros.  Custo Total: multiplicando o custo unitário de pedido, ou seja, o custo de um único pedido, pelo número de pedidos realizados em um período, em geral 1 ano, encontra-se o custo total. Figura 21 – Modelo do tratamento de custos de estocagem Fonte: Robolog Logística (2013)
  • 44. 42 Técnico em Administração Competência 04 No entanto, para entender um pouco mais o que compõe estes custos, podemos detalhar os três tipos em alguns outros custos, conforme a seguir: Custos de Manutenção ou de Armazenamento: São os custos relativos ao processo de guarda do material e começam a ser apurados assim que os materiais são recebidos no depósito. Também estão incluídos o investimento no estoque, obtido através da avaliação do mesmo. Estes custos ainda incluirão os investimentos em maquinário especializado, pessoal, aquisição e implantação de softwares para registro de movimentações, seguros para os riscos com o material (obsolescência, danos, furtos e deterioração), o próprio metro quadrado do armazém, além dos investimentos em infraestrutura de armazenagem. Custos de Falta: São os custos decorrentes da escassez do material. Valores que surgem em função de um pedido não atendido, atrasos na produção por falta de matéria-prima, abalos à imagem da organização no mercado. Incluirão levantamentos específicos de setores da produção para a sua apuração, dificultando a determinação do valor exato. São ligados à possibilidade de escassez do material, sendo, em função de trabalharmos para que essa escassez não aconteça; de difícil apuração, pois inclui informações a respeito do levantamento de valores de pedidos não aceitos, encomendas não enviadas, mão-de-obra parada, reprogramação de máquinas da linha de produção, lucros não realizados. Outro fator que dificulta a determinação do custo de falta é a questão do prejuízo à imagem da organização no mercado que, apesar de ter consequências de curto e médio prazo, também possui consequências de longo prazo, tornando a apuração demorada. Em geral a consequência imediata da escassez acaba no registro das compras emergenciais que a organização faz para suprir e dar continuidade ao processo principal. Tais compras, em geral, acabam trazendo prejuízos por ocorrerem em época de dificuldades, além de serem realizadas com condições desfavoráveis de preço.
  • 45. 43 Estoques Competência 04 Bom, por aqui finalizamos a disciplina Estoques. Espero que você tenha absorvido conhecimentos que transformará em ações práticas em sua vida profissional. Agora, só depende de você!
  • 46. 44 Técnico em Administração REFERÊNCIAS APLIKE online. Figura 7: modelo de estoques de materiais semiacabados. Disponível em: http://www.aplikeonline.com.br/04.asp. Acesso em Abr 2013. BATISTTI, Julio. Figura 13: Planilha PEPS. Disponível em: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabil idade038.asp. Acesso em Abr 2013. ______________. Figura 14: Planilha UEPS. Figura 14: Planilha UEPS. Disponível em: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabil idade038.asp. Acesso em Abr 2013. ______________. Figura 15: Planilha Custo Médio Ponderado. Disponível em: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabil idade038.asp. Acesso em Abr 2013. COLUNISTAS. Figura 16 Exemplo de relação entre a quantidade estocada consumida e o tempo de consumo. Disponível em: http://colunistas.ig.com.br/ricardogallo/2010/10/08/niveis-de-estoques-na- industrias-estao-elevados-segundo-pmi-no-brasil/. Acesso em Abr 2013. CONHECIMENTOS de armazenagem. Figura 5: modelo de drive through. Disponível em: http://conhecimentosdaarmazenagem.blogspot.com.br/p/estrutura-porta- palete.html. Acesso em Abr 2013. GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de materiais: obtendo vantagens competitivas / Paulo Sérgio Gonçalves. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 2 reimpressão. ______________. Figura18 : Fórmula modelo LEC. GOOGLE books. Figura 17 modelo gráfico dente de serra. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=O8hFhrJ67A0C&pg=PA149&lpg=PA149
  • 47. 45 Estoques &dq=gr%C3%A1fico+dente+de+serra+estoque&source=bl&ots=FHeUuxbJLr&s ig=zIV9K5vPv4FfY5a-pEKOd0CmRww&hl=pt-BR&sa=X&ei=Cz99UdjYOsjI0wHP- YHABg&ved=0CDkQ6AEwAQ#v=onepage&q=gr%C3%A1fico%20dente%20de% 20serra%20estoque&f=false. Acesso em Abr 2013. HONG YUH CHIG. Gestão de Estoques na cadeia de Logística Integrada - Supply chain. - 3.ed. - 2 reimpr. - São Paulo: Atlas, 2007. MISCELÂNEA concursos. Figura 12: Modelo de curva ABC. Disponível em: http://miscelaneaconcursos.blogspot.com.br/2012/09/curva-abc.html. Acesso em Abr 2013. ORIELEC. Figura 8: modelo de estoque de componentes. Disponível em: http://www.orielec.com.br/empresa.asp. Figura 8: modelo de estoque de componentes Acesso em Abr 2013. PORTAL videoaula. figura 19: previsão. Disponível em: http://portalvideoaula.com.br/cursos/logistica/gestao-estrategica-de- estoques-e-demanda/. Acesso em Abr. 2013. PRATIC line. Figura 6: modelo de armazenamento de matérias-primas. Disponível em: http://www.pratic.ind.br/empresa.htm. Acesso em Abr 2013. ROBOLOG. Figura 21: modelo do tratamento de custos de estocagem. Disponível em: http://www.robolog.com.br/armazenagem-e- distribuicao.html. Acesso em Abr 2013. SOBRE administração. Figura 11: exemplo de curva ABC. Disponível em: res://ieframe.dll/acr_error.htm#sobreadministracao.com,http://www.sobrea dministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-curva-abc-analise-de-pareto- regra-80-20/. Acesso em Abr 2013. TECHOJE. Figura 10: modelo de gráfico dente de serra para estoque de segurança. Disponível em:
  • 48. 46 Técnico em Administração http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/impressao_artigo/658. Acesso em Abr 2013. TECLOG Wordpress. Figura 9: modelo de estoque de produtos acabados. Disponível em: http://teclog2.wordpress.com/category/mov-e-armaz-de- materiais/page/2/. Acesso em Abr 2013. TODA letra. Figura 20: Questões sobre os estoques. Disponível em: http://www.todaletra.com.br/2012/10/sexta-sem-duvida-sem-sombra-de- duvidas-e-risco-de-morte/. Acesso em Abr 2013. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. 1 ed. - 11. reimpr. - São Paulo: Atlas, 2010. WIKIPEDIA. Figura 1: modelo de palete de madeira. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Palete. Acesso em Abr 2013. ___________. Figura 3: modelo de empilhadeira. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Palete. Acesso em Abr 2013. WORDPRESS. Figura 2: modelo de paleteira. Disponível em: http://paleteira09.wordpress.com/2012/04/17/quais-as-funcoes-que-uma- paleteira-exerce-na-logistica-de-uma-empresa/. Acesso em Abr 2013. ____________. Figura 4: modelo de drive in. Disponível em: http://adminlogistica.wordpress.com/conteudo/estrutura-porta-paletes/. Acesso em Abr 2013.
  • 49. 47 Estoques CURRICULUM DA PROFESSORA PESQUISADORA Endereço para acessar o CV: http://lattes.cnpq.br/7271290941628448