4. Por que Certificar?
A certificação serve para demonstrar que um produto foi
produzido sob determinada forma ou possui determinadas
características. A certificação permite diferenciar o
produto de outros produtos, o que poderá ser útil no
momento de promovê-lo em distintos mercados.
Assimetria informacional – desconfiança dos
consumidores
Vaca louca
Transgênicos
Desvantagem – aumento dos custos no processo
"A certificação é um serviço que tem por objetivo restaurar a
transparência de mercados em que a informação não é
compartilhada igualmente por vendedores e compradores
e que a verificação dos atributos relevantes é custosa"
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5. Informação assimétrica
Alguns com mais informações que outros (vendedor)
Consequências
Produtos qualidade distintas – mesmo preço
Predominância de qualidade inferior
Solução
Diferenciação
• Padronização;
• Rastreabilidade;
• Certificação;
• Certificados de garantia;
• Outros.
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6. Certificação e barreiras
Barreiras não tarifárias:
Restrições ambientais, sociais, sanitárias e padrões de
qualidade distintos;
Certificação pode ser vista sob dois enfoques:
Atendimento às exigências internacionais - barreira técnicas
Mercado interno - diferenciação e valorização
É um dos mecanismos de garantia de qualidade que
pode ser usado nos sistemas agroindustriais e;
É uma forma de transmitir informações sobre a
segurança do produto baseada em um documento ou
certificado formal.
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7. Certificação e Sustentabilidade
Complemento em direção a uma agricultura sustentável:
Introdução de inovações na agricultura intensiva, onde as
questões ambiental e a de saúde se somam à meta de
aumento de produção e produtividade;
Crescimento da agricultura orgânica e dos sistemas agro
ecológicos.
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8. Certificação
Certificação Voluntária - é aquela que não possui qualquer
regulamentação de órgão oficial, desta podemos destacar as
certificações de sistemas de gestão da qualidade (NBR
ISO 9000) e gestão ambiental (NBR ISO 14000);
Certificação Compulsória - é aquela regulamentada por lei ou
portaria de um órgão regulamentador, como por exemplo o
INMETRO. A compulsoriedade dá prioridade às questões de
segurança, saúde e meio ambiente, assim os produtos
listados nas regulamentações apenas podem ser
comercializados com a certificação.
Barras e Fios de Aço, Brinquedo – Segurança, Cabos e Cordões Flexíveis, Capacete de proteção para ocupantes de
Motocicletas e similares, Configuração de Motores – Emissão Veicular, Dispositivo de Fixação de Contêiner –
Fabricação, Eixo Veicular Auxiliar – Adaptação, Eixo Veicular Auxiliar – Fabricação, Embalagem Plástica para Álcool,
Equipamento Elétrico para Atmosfera Explosiva, Equipamentos Eletromédicos, Extintor de Incêndio – Fabricação,
Extintor de Incêndio – Inspeção, Manutenção e Recarga, Fios e Cabos Isolados até 750 V, Filtro Tipo Prensa para
Óleo Diesel, Fósforo, Fusível Tipo Rolha Cartucho, Mamadeira, Mangueira PVC para GLP, Pneus novos de
Automóveis, Caminhões e Ônibus, Pneus Novos de Motocicletas, Motoneta e Ciclomotor, Ônibus Urbano –
Carroçarias, Recipiente de Aço para GLP – (Botijão de gás), Regulador de Pressão para GLP, Requalificação de
Botijões de Gás (Distribuição de GLP), Preservativo Masculino, Vidros de Segurança dos Veículos, Veículo
(Rodoviário) Porta-Contêiner – Fabricação e Adaptação
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12. Sistema ISO
ISO 9001
Padronização de todos os processos-chave da organização, processos que afetam o
produto e consequentemente o cliente;
Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade
do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios;
Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a
rastreabilidade do processo;
Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário;
Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua
eficácia.
Procedimentos obrigatórios: Controle de documentos, controle de registros, ação
preventiva, ação corretiva, produtos não conforme e auditoria interna
ISO 14001
Estabelecer a criação, manutenção e melhoria do sistema de gestão ambiental e
das áreas envolvidas em seu entorno;
Verificar se a empresa está em conformidade (de acordo) com sua própria política
ambiental e outras determinações legais;
Permitir que a empresa demonstre isso para a sociedade;
Permitir que a empresa possa solicitar uma certificação/registro do sistema de
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gestão ambiental, por um organismo certificador (empresa que dá o certificado)
externo.
13. Rastreabilidade
EUROPA – Lei Geral dos Alimentos - 2002.
Normativa CEE178/2002, em vigor a partir de janeiro de 2005,
estabelece, entre outras coisas, que a rastreabilidade deve ser
assegurada em todas as fases da produção, transformação e
distribuição dos gêneros alimentícios.
USA – Lei do Bioterrorismo – 2002.
Estabelece que todas as exportações de produtos agroalimentares
para os Estados Unidos devem possuir um sistema de
rastreabilidade.
JAPÃO – Rastreabilidade – 2006.
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14. Rastreabilidade
A rastreabilidade permite verificar o histórico, a
utilização/localização de um produto utilizando-se os
registro realizados;
No que tange ao agronegócios, rastreabilidade é a ligação
entre todas as etapas da cadeia agro alimentar, desde o
agricultor/pecuarista até o consumidor final, desde a origem,
histórico e componentes do produto;
“Habilidade de rastrear um lote de um produto ou sua
história por toda cadeia agroindustrial ou por parte dela da
produção rural até os canais de distribuição”
A rastreabilidade é uma exigência para os frigoríficos que
exportam carne bovina.
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16. EUREPGAP
European Retailers Produce Working Group - Good
Agricultural Practices
É um esquema de referência de boas práticas agrícolas,
com participação voluntária, e que visa atender o
interesse do consumidor em termos de segurança
alimentar, bem-estar animal, proteção ambiental e
saúde, segurança e bem-estar do trabalhador;
Protocolo de boas práticas agrícolas, ou Good Agricultural
Practices – GAP, que devem ser seguidas pelos produtores
para a obtenção e manutenção da certificação. A
certificação pode ser requerida pelos produtores
individualmente ou em grupo;
A partir de 2007 - GlobalGap
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17. GlobalGap
Global Partnership for Good Agricultural Practice
O selo GLOBALGAP é uma marca comercial destinada ao
uso de empresa para empresa e, como tal, não é
diretamente visível para o consumidor final
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18. GlobalGap
Alguns números:
Pontos de Controle (234)
Bem estar
trabalhadores
1900ral
Rastreamento
1900ral
Seurança
alimentar
1900ral
Meio
ambiente
1900ral
1400 inspetores e auditores treinados
trabalhando para 142 certificadoras
acreditadas certificando 409 produtos
agrícolas em 112 países
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20. GlobalGap
Os Pontos de Controle e Critérios de Cumprimento (PCCC) para
caso do limão Taiti:
14 seções:
Lista as Obrigações maiores - 47 Pontos de Controle;
Obrigações menores - 98 Pontos de Controle;
Recomendações - 65 Pontos de Controle.
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21. APPCC (HACCP)
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
Indústria de Alimentos
Enfoque é descobrir em quais etapas do processo há
perigo de contaminação do produto para que assim
atue preventivamente de forma a eliminar o perigo;
Este programa visa garantir a produção de alimentos
seguros à saúde do consumidor;
O mesmo é acompanhado de dois pré-requisitos:
Boas Práticas de Fabricação (BPF);
Procedimentos Padrões de Higiene Operacional (PPHO)
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23. BPF
Boas Práticas de Fabricação
Medicamentos
Conjunto de procedimentos que determinam a
produção de produtos humanos e veterinários (que inclui
a indústria alimentícia);
Deste modo visa à produção de alimentos processados
inócuos e saudáveis, ou seja, é outra ferramenta utilizada
pelas empresas para garantir a segurança dos seus
produtos;
Elementos de um programa de BPF são: pessoal; edifício
e instalações; produção; equipamentos e utensílios;
limpeza e sanitização; codificação; armazenamento e 23
distribuição; e, controle de pragas.
24. PPHO
Procedimentos Padrões de Higiene Operacional
Asseguram a ausência de riscos de contaminação dos
produtos, e define ações corretivas, ferramenta essencial na
produção de produtos agro alimentares;
Este é o segundo pré-requisito que junto com a BPF, acompanha o
APPCC, pois este último é um programa para controle de processo e
não para o ambiente que ocorre o processo, sendo assim, há a
necessidade de se ter o BPF e o PPHO para completar esse sistema
que juntos visam à segurança e a qualidade do produto que chega
ao consumidor final;
Com base na Resolução DIPOA/DAS nº 10, de 22 de maio de 2003
(MAPA, 2003, p. 02), tem-se: “[...] são procedimentos
descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados [...]”;
Desta forma, o PPHO busca verificar a segurança do produto em
todas as etapas produtivas juntamente com o BPF, atuando no
ambiente de produção paralelamente ao APPCC que atua no
processo de produção.
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25. PIF
Produção Integrada de Frutas
É um sistema de produção baseado na
sustentabilidade, aplicação de recursos naturais e
regulação de mecanismos para a substituição de
insumos poluentes, utilizando instrumentos adequados
de monitoramento dos procedimentos e a rastreabilidade
de todo o processo, tornando-o economicamente
viável, ambientalmente correto e socialmente justo.
Maças - RS, Uva e manga no São Francisco, ....
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26. Orgânico
Garantir a origem (procedência) e qualidade
orgânica dos produtos obtidos
Mercado Interno
Mercado Comum Europeu
Mercado Norte Americano
Mercado do Canadá
INFOAM (Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica)
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28. Qualidade desde a origem
Programa exclusivo do Grupo Pão de Açúcar e foi
desenvolvido para garantir um alto padrão de qualidade
aos produtos que oferecemos aos nossos clientes, com
respeito às normas trabalhistas e implementação de boas
práticas agrícolas
A ANVISA reconhece o programa Qualidade Desde a
Origem como exemplo de Programa de Qualidade no
varejo brasileiro. Todas as informações ficam disponíveis
na internet e os clientes podem consultar a origem dos
alimentos que consomem que sempre que quiserem.
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29. Tesco
A TESCO NURTURE (antes conhecida como TESCO NATURE'S
CHOICE SCHEME) é um padrão que todos os produtores de
alimentos in natura ao redor do mundo têm que alcançar para
prover frutas e hortaliças in natura para a rede de supermercados
TESCO na Europa;
A TESCO NURTURE foi introduzida em 1991 para controlar o uso de
produtos químico e desenvolver padrões de produção
ambientalmente sustentáveis para produtores;
O padrão foi desenvolvido para assegurar que produtos in natura
tenham qualidade máxima e venha de produtores que utilizam as
Boas Práticas Agrícolas, que operem de um modo ambientalmente
responsável, considerando a saúde e responsabilidade social para
seus colaboradores.
Objetivo
Através da certificação TESCO, produtores asseguram que seus produtos são
produzidos com impacto ambiental mínimo, com um nível elevado de produto
de alta qualidade.
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30. FSC
Forest Stewardship Council
Benefícios:
Para os produtores florestais:
• Preços melhores;
• Aumento da produtividade;
• Melhoria de imagem;
Para os beneficiadores e revendedores:
• Garantia de origem;
• Reconhecimento do mercado;
• Responsabilidade social;
Para os consumidores:
• Garantia de origem;
• Contribuição para a causa.
Modalidades de certificação:
Manejo Florestal, Cadeia de Custódia, Madeira Controlada
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31. Café do Cerrado
“O que pretendemos agora é buscar, junto aos consumidores
e novos mercados, o reconhecimento da Região do Cerrado
Mineiro como origem produtora de cafés éticos, produzidos
em um terroir singular e garantidos por indicação geográfica”
“Uma Região de Atitude para o Novo Mundo do Café”. A
proposta é que o consumidor perceba que não está
adquirindo apenas um café, mas toda a experiência e a
história da região e de suas comunidades
Café de Atitude
Ético: cafés produzidos com práticas sustentáveis, que gerem
desenvolvimento, reconhecimento e valor compartilhado para os
produtores, para a Região do Cerrado Mineiro e para os parceiros
estratégicos.
Rastreável: cafés produzidos por um processo de produção
único, tendo como base os atributos singulares da indicação
geográfica protegida da Região do Cerrado Mineiro, comprovados e
garantidos pela certificação de origem, sustentabilidade e qualidade.
Alta qualidade: cafés diferenciados, produzidos com origem
preservada em um terroir singular que caracteriza a Região do
Cerrado Mineiro. 31
32. Histórico
1992, criado o Caccer – Conselho das Associações dos
Cafeicultores do Cerrado
1995 - demarcação das áreas produtoras de Minas Gerais:
Sul de Minas, Cerrados de Minas, Montanhas de Minas e
Jequitinhonha de Minas.
Cerrados de Minas = Cerrado Mineiro.
1999 - Fundaccer – Fundação de Desenvolvimento do Café
do Cerrado
2002 - Sistema de Certificação de Origem e Qualidade
2005 - Certificação de Propriedade
2007 – parceria com ABIC - Cafés Sustentáveis do Brasil
2008 – parceria com Rainforest Alliance
2009 – projeto de Denominação de Origem junto ao INPI
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34. Auditoria
Averiguações propostas pela gestão da qualidade para monitorar
os pontos fortes e fracos do processo de produção;
Para orientar os colaboradores e;
Para demonstrar o interesse contínuo da organização pela
qualidade;
Tipos:
Auditoria de sistema: verifica se a política da qualidade e o sistema estão
sendo conduzidos como rotina, no dia-a-dia, como previamente proposto;
• Externa: auditores externos ou consultores e podem ser para compradores, para
certificação ou para premiações;
• Interna: são preparadas pelo departamento de qualidade e podem ser aplicadas
pelo presidente, gerentes, colaboradores de qualidade, entre outros;
Auditoria de processo: avalia se todos os padrões estabelecidos estão sendo
cumpridos, se os colaboradores seguem os procedimentos, se estão sendo
devidamente educados e treinados e se os equipamentos passam por
manutenção;
Auditoria de produto: averigua se o produto está em conformidade e atende
às exigências da qualidade e do cliente;
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35. Auditor
“O auditor pode possuir uma pilha de fórmulas e check
lists, mas sem o conhecimento baseado em
experiência, ele não conduzirá bem a sua função...
Auditorias devem ser usadas para promover a
qualidade, não para inspecionar.”
Kaoru Ishikawa
Interno: auditorias internas como uma ferramenta de
medição dos processos da organização
e, consequentemente, de apoio à gestão empresarial.
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