Este documento discute as zonas costeiras, definindo-as como áreas de transição entre o continente e o mar. Descreve os tipos de zonas costeiras, incluindo costas altas rochosas e baixas arenosas. Também explica os processos naturais como erosão e deposição que afetam a zona costeira, bem como os riscos associados como deslizamentos de terra.
1. ZONA COSTEIRA Trabalho realizado por:
Ana Oliveira, nº4
Anaísa Silveira, nº7
Francisco Malheiro, nº9
Gonçalo Gomes, nº102 de Dezembro de 2014
2. • Este trabalho foi-nos proposto pela professora, e que nos desde logo
escolhemos as zonas costeiras para desenvolver no trabalho pois suscitou-
nos algum interesse, dado o facto de Portugal ter uma larga zona costeira.
• Durante o trabalho iremos falar das zonas costeiras.
• Algumas perguntas ás quais vamos responder no desenvolver do trabalho
são:
• O que é a zona costeira?
• Que tipos de zona costeira há?
• O que a pode afetar?
• Quais os riscos ?
• Alguns conceitos chave são : costa; água; erosão; arriba; perigo; abrasão;
etc.
Introdução
3. O que é a zona costeira
• A zona costeira ou faixa litorânea corresponde à
zona de transição entre o domínio continental e o
domínio marinho. É uma faixa complexa,
dinâmica, mutável e sujeita a vários processos
geológicos.
• A ação mecânica das ondas, das correntes e das
marés são importantes fatores modeladores das
zonas costeiras, cujos resultados são formas de
erosão ou formas de deposição.
4. • As formas de erosão resultam do desgaste provocado
pelo impacto do movimento das ondas sobre a costa -
abrasão marinha, sendo mais notória nas arribas.
• As formas de deposição são consequência da acumulação
dos materiais arrancados pelo mar ou transportados
pelos rios, quando as condições ambientais são propícias.
Resultam praias ou ilhas-barreiras.
• O dinamismo elevado característico das zonas costeiras
traduz-se numa constante evolução destas áreas. Algumas
formas modificam-se, mudam de posição, umas
desaparecem e outras aparecem.
5. • A zona costeira é um sistema que se encontra num equilíbrio dinâmico, que
resulta da interferência de inúmeros fatores, quer naturais quer antrópicos.
• Dos fenómenos naturais que interagem com a dinâmica das zonas costeiras
podem referir-se a alternância entre as regressões e transgressões marinhas, a
alternância entre períodos de glaciação e interglaciação e a deformação das
margens dos continentes.
6. Entre os fatores antrópicos que afetam a dinâmica das zonas costeiras,
destacam-se:
• o agravamento do efeito de estufa;
• a ocupação, muitas vezes excessiva, da faixa litoral;
• a diminuição de sedimentos que chegam ao litoral pela construção de
barragens nos grandes rios;
• desmatamento, a pesca predatória, e captura de caranguejos, expansão urbana
e especulação imobiliária;
• a destruição de defesas naturais, que resulta do pisoteio das dunas, da
construção desordenada, do arranque da cobertura vegetal e da extração de
inertes.
7. Entre os fatores naturais que afetam a dinâmica das zonas costeiras, destacam-
se:
• A erosão, o assoreamento, migração de dunas, mortandade de peixes por
"marés vermelhas".
• A ação dos fenómenos naturais e antrópicos sobre a zona costeira acelera o
processo de erosão dos litorais.
8. Tipos de zonas costeiras
A ação erosiva do mar depende da natureza das rochas e da configuração e
disposição do relevo costeiro, bem como das correntes marinhas.
A erosão marinha manifesta-se, geralmente, com grande intensidade no litoral,
onde predomina a costa alta, rochosa e escalpada (arribas).
Nas áreas do litoral de costa baixa, o trabalho erosivo do mar é menos intenso
e o material detrítico arredondado.
11. As arribas podem ser :
• Viva -ainda modelada pela agua do mar;
• Morta ou fóssil- o mar deixou de agir sobre ela. Arriba fóssil da Costa da
Caparica Boca do inferno
12. A linha de costa está em constante alteração, devido á ação continua de erosão,
provocada pelas ondas.
A ação mecânica das ondas, das correntes e das marés são importantes fatores
modeladores das zonas costeiras. Como resultado dessa ação originam-se:
• Formas de erosão
• Formas de deposição
Estes efeitos não se fazem sentir
de igual modo em toda a costa,
podem variar de vido ao tipo de
rocha, de costa, extensão da
mesma, etc.
Alterações nas zonas costeiras
13. A evolução do litoral (avanço do mar, e consequente recuo da linha de costa) tanto
pode ter causas naturais, como antrópicas, sendo estas últimas as mais
significativas.
• Naturais:
A alternância entre períodos de regressões e transgressões marinhas;
Existência de correntes marinhas litorais
A deformação das margens continentais provocada por movimentos tectónicos.
• Antrópicas:
Agravamento do efeito de estufa provocado pelo excesso de produção de CO2 e
consequente aumento do nível médio da água do mar;
Diminuição da quantidade de sedimentos devido à construção de barragens nos rios;
Destruição das defesas naturais;
Ocupação da faixa litoral.
Alterações nas zonas costeiras
14. A erosão provocada pela constante rebentação das ondas, carregadas de partículas,
contra as rochas funciona como verdadeiras lixas. Quantas mais vezes bater, mais
pequena a rocha fica, e acontece até se tornar em muitos grãos de areia.
São superfícies relativamente planas e
próximas do nível do mar onde se
encontram sedimentos de grandes
dimensões que resultam do
desmoronamento das arribas.
Abrasão marinha
Plataforma de abrasão
15. Ordenamento do território;
Construção de paredões, Dragagens, Enrocamentos, esporões
e quebra-mares;
Estabilização de arribas;
Alimentação artificial das praias com inertes;
Recuperação de dunas.
Medidas de atenuar estas alterações
16. • Chamamos de Arribas às vertentes que são
permanentemente ou periodicamente expostas
à ação do mar. A evolução natural (erosão) das
arribas processa-se numa sequência
intermitente e descontínua de derrocadas
instantâneas, dinâmica que constitui perigo
para os utilizadores das praias. Os
desmoronamentos são muito variáveis no
espaço e no tempo, dependendo de inúmeros
fatores, como a intensidade e frequência da
ação de agentes climáticos, a ocupação
humana, a presença de vegetação, a
vibração, a sismicidade, etc.
RISCOS E PERIGOS DA ZONA COSTEIRA
17. • Define-se Erosão Costeira como um conjunto de
processos complexos que têm lugar na orla costeira cuja
dinâmica envolve escalas temporais muito distintas entre
si, consistindo no avanço do mar sobre a terra.
• Atualmente, os fenómenos da erosão costeira afetam
profundamente a costa portuguesa. No entanto, o
sistema praia - oceano não se pode considerar em
situação de equilíbrio morfodinâmico porque as praias
não são sistemas fechados, já que os sedimentos são
constantemente transportados naquele sistema.
• Com efeito, existem perigos e riscos inerentes a quem
vive no litoral, como por exemplo o desmonte de arribas
pela ação das ondas que podem conduzir ao
desmoronamento parcial ou total de casas e edificados.
18. Algumas das ações que intervêm na erosão costeira são:
• Estruturas portuárias: como os quebra-mares e
os canais de navegação de acesso aos portos são
necessários ao respetivo funcionamento, mas
condicionam ou retiram areias do sistema costeiro.
• Obras de defesa costeira: são construídas com o
fim de proteger determinado local, condicionando
o transporte sedimentar ou o volume de areias
disponível, mas resultam em impactos nas zonas
vizinhas.
• Construção sobre as dunas: destroem uma defesa Natural
que representa um volume de areia disponível para a interação
dinâmica com o mar e expõem bens em zonas de risco.
19. As alterações climáticas influenciam a Erosão Costeira, pois:
• A subida do nível do mar: permite o avanço da linha
de costa, que se pode estimar de forma simplista
que por cada centímetro que o nível médio da
superfície do mar sobe, a linha de costa recua
cerca de um metro.
• As Tempestades: com a agitação registam-se
ondas mais altas e com rumos mais provenientes
de Norte, aumentando a capacidade de transporte
de sedimentos de Norte para Sul, que atualmente
se estima em 2 milhões de metros cúbicos por ano.
• Precipitação: períodos de seca alternados com períodos de grande
precipitação podem levar a menor transporte de sedimentos pelos rios durante
os períodos de estiagem.
20. Riscos Ambientais
• Os riscos ambientais na zona costeira estão ligados
principalmente a fatores geológicos, climáticos e à dinâmica costeira.