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DOENÇAS
OCUPACIONAIS




   Professor: Daniel Moura
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
              Relação com o Trabalho

      Os trabalhadores compartilham os perfis de
adoecimento e morte da população em geral, em função:
idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo
específico de risco.

        Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer
por:

• Por causas relacionadas ao trabalho;
• Como conseqüência da profissão que exercem ou exerceram;
• Pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi
realizado.
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
           Relação com o Trabalho
       Assim, o perfil de adoecimento e morte dos
trabalhadores resultará da separação desses fatores que
podem ser sintetizados em quatro grupos de causas:

3. Doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com
o trabalho;
4. Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas,
neoplásicas, traumáticas etc.) eventualmente modificada no
aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade
de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas
condições de trabalho. A hipertensão arterial em motoristas de
ônibus urbanos, nas grandes cidades exemplifica esta
possibilidade.
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
           Relação com o Trabalho

2. Doenças comuns que tem o espectro de sua etiologia
ampliado ou tomado mais complexo pelo trabalho. A asma
brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva
induzida pelo ruído (ocupacional), doenças músculo-
esquelético e alguns transtornos mentais exemplificam esta
possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho, somam-se
(efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinérgico) às condições
provocadoras       ou     desencadeadoras       destes     quadros
nosológicos.
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
           Relação com o Trabalho

2. Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do
trabalho e pelas doenças profissionais. A silicose e a
asbestose exemplificam este grupo de agravos específicos.




    Os grupos 2, 3 e 4, constituem a família das
     Doenças Relacionadas ao Trabalho (DRT)
O QUE É DOENÇA?
DOENÇA

“Condição física ou mental adversa, originária de e/ou
  piorada por uma atividade de trabalho e/ou situação
  relacionada ao trabalho.” 

                                    (OHSAS 18001:2007)
SAÚDE/DOENÇA

“As condições de saúde ou doença são as expressões
   dos sucessos ou falhas experimentadas pelo
   organismo nos seus esforços para responder
   adaptativamente aos desafios ambientais”.
                                           Dubos, 1965
O QUE A LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA DIZ A
RESPEITO?
LEGISLAÇÃO


Doença Ocupacional
        X
Doença Profissional
        X
Doença do Trabalho
LEGISLAÇÃO
Doença Ocupacional:

 Lei acidentária de1919 – “moléstia contraída
  exclusivamente pelo exercício do trabalho”.
 1967 – “doenças do trabalho”

 Lei 8231/91 >>
LEGISLAÇÃO
Lei 8231/91:

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos
   termos do artigo anterior, as seguintes entidades
   mórbidas:
        I - doença profissional (...);
       II - doença do trabalho (...).
LEGISLAÇÃO
I – Doença Profissional, assim entendida a
  produzida ou desencadeada pelo exercício do
  trabalho peculiar a determinada atividade e
  constante da respectiva relação elaborada pelo
  Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
Sinonímia: ergopatias, tecnopatias, doenças
  profissionais típicas.


          FATORES INERENTES À ATIVIDADE LABORAL
LEGISLAÇÃO
II - Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou
  desencadeada em função de condições especiais em que o
  trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
  constante da relação mencionada no inciso I.

Sinonímia: mesopatias, doenças profissionais atípicas.




         CAUSADAS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DO TRABALHO
LEGISLAÇÃO
ANEXO II - Agentes Patogênicos Causadores de
 Doenças Profissionais ou do Trabalho.
LISTA A - Agentes ou Fatores de Riscos de
 Natureza Ocupacional Relacionados com a
 Etiologia de Doenças profissionais e de outras
 Doenças Relacionadas com o Trabalho.
LISTA B - Doenças Relacionadas com o Trabalho.
LISTA C - Intervalos de CID-10 em que se
 reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma
 do § 3º do art. 337, entre a entidade mórbida e as
 classes de CNAE indicadas.
LEGISLAÇÃO
(ainda no Art. 20. da Lei 8231/91)
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
 a) a doença degenerativa;
 b) a inerente a grupo etário;
 c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica >>
LEGISLAÇÃO
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante
  de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação
  de que é resultante de exposição ou contato direto
  determinado pela natureza do trabalho.
RISCO DE FEBRE AMARELA
DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS
              COMUNS
   Doenças das vias aéreas:

    Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas
    pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose),
    além da asma ocupacional. Substâncias agressivas
    inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos
    pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no
    peito,       espirros           e        lacrimejamento.
Ex: sílica, asbesto, carvão mineral.
Conseqüências: silicose (quartzo),
asbestose (amianto), pneumoconiose
dos minérios de carvão (mineral).


  Depois de inaladas. as fibras de amianto
fixam-se profundamente nos pulmões,
causando cicatrizes. A inalação de amianto
pode também produzir o espessamento
dos dois folhetos da membrana que
reveste os pulmões (a pleura).
   Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR)
    Diminuição gradual da audição decorrente da exposição
    contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda
    auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a
    qualidade de vida do trabalhador.

   A perda auditiva típica observada com as pessoas que
    possuem uma longa história de exposição a ruído no
    trabalho é caracterizada por perda de audição na faixa
    entre 3000 e 6000 Hz . Na fase precoce à exposição uma
    perda de audição temporária é observada ao fim de um
    período de trabalho, mas desaparece após várias horas. A
    exposição contínua ao ruído resultará em perda auditiva
    permanente que será de natureza progressiva e se tornará
    notável subjetivamente ao trabalhador no decorrer do
    tempo.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
-   Agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam
    grandes danos à saúde e ao meio ambiente;
-   - Chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, presente
    em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de
    intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições
    do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores
    individuais (idade e condições físicas).
- Mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá
  por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da
  substância; ocorre com trabalhadores que lidam com
  extração    do   mineral     ou   fabricação    de   tintas
  - Solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e
  agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias
  de    petróleo    e    indústrias     de     transformação
LER E DORT
   Conjunto de doenças que atingem principalmente
    os músculos, tendões e nervos. O problema é
    decorrente do trabalho com movimentos
    repetitivos, esforço excessivo, má postura e
    estresse,             entre             outros.
DERMATOSES OCUPACIONAIS 
 São alterações da pele e das mucosas causadas,
  mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente,
  por determinadas atividades profissionais. São
  provocadas por agentes químicos e podem
  ocasionar irritação ou até mesmo alergia.
 Ex:   Indústria     de    corantes,  cimenteiras,
  indústrias que processam aços inoxidáveis e
  outras ligas metálicas.



                   Alergia provocada pelo uso de luvas de
                   látex
O QUE É RISCO?
RISCO

“Risco pode ser definido como a variação relativa dos
  resultados reais em relação aos resultados esperados.”
                         (Bernstein, 1996 e Philips, 1998)
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
   Físicos
    Ruído contínuo
    Ruído de impacto
    Calor
    Radiações Ionizantes
    Trabalho sob condições hiperbáricas
    Radiações não-ionizantes (microondas, laser e ultra
    violetas)
    Vibrações
    Frio
    Umidade
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
   Químicos

    Poeiras
    Neblinas (é a condensação que ocorre junto à superfície)
    Névoas (quando há a condensação de vapor d`água, porém
    em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes)
    Fumos metálicos
    Vapor
    Produtos químicos em geral
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
   Biológicos

    Vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao
    trabalho em hospitais, laboratórios e na agricultura e
    pecuária.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
   Ergonômicos e Psicossociais

    Decorrem da organização e gestão do trabalho, como,
    por exemplo: da utilização de equipamentos, maquinas
    e mobiliários inadequados, levando a posturas e
    posições incorretas; locais adaptados com más
    condições de iluminações, ventilação e de conforto para
    os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos;
    monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigências
    de produtividade, relações de trabalho autoritárias,
    falhas no treinamento e supervisão dos trabalhadores.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
   Mecânicos e de Acidentes

    Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico,
    ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização,
    rotulagem de produtos e outros que podem levar a
    acidente de trabalho
   Uma doença ocupacional normalmente é adquirida
    quando um trabalhador é exposto acima do limite de
    tolerância permitido por lei aos riscos ambientais  em
    proteção compatível com o agente envolvido. Essa
    proteção      pode     ser       na      forma      de 
    equipamento de proteção coletiva (EPC)              ou 
    equipamento de proteção individual (EPI).      Existem
    também medidas administrativas/organizacionais
    capazes de reduzir os riscos. As principais vias de
    absorção de agentes nocivos são a pele e os pulmões.
INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO                                        DAS        RELAÇÕES
   SAÚDE-TRABALHO-DOENÇA
   Natureza      Nível de Aplicação                 Abordagem / Instrumentos

                                                                 História clínica / Anamnese
                                      Clínica
                                                                 Ocupacional

                     Individual       Complementar:
                                       Laboratoriais             Exames laboratoriais, provas
                                       Toxicológicos             funcionais
Dano ou Doença                         provas funcionais
                                                                 •   Estudos     descritivos    de
                                                                 morbidade e mortalidade;
                      Coletivo        Estudos epidemiológicos    • Estudos analíticos, tipo caso-
                                                                 controle,      de        “coorte”
                                                                 prospectivos e retrospectivos
                                      •Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da
                                      análise ergonômica do atividade;
                     Individual
                                      • Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de
Fatores ou                            acordo com as ferramentas da Higiene do Trabalho
Condição de                           • Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da
Risco                                 análise ergonômica da atividade;
                      Coletivo        • Avaliação ambiental quantitativa e qualitativa;
                                      • Elaboração do mapa risco da atividade;
                                      • Inquéritos coletivos
CONTROLE DAS                          CONTROLE DOS
                                                                                           CONTROLE DE DANOS
       CAUSAS                                RISCOS

DETERMINANTES SOCIO-                                 Grupos de
                                                       Risco


                        NECESSIDADES
                                                                                                                             Cura
     AMBIENTAIS



                                                                   Indícios               Indícios
                                        Riscos         Exposição                                                 Casos        Seqüela
                                                                   Exposição              Danos
                                                                                                                             Obito


                                                     Pessoas
                                                     Expostas       Suspeitos              Assintomáticos


Intervenção Social
                                                                          Ações de Saúde Organizada
Organizada

PROMOÇÃO DE                             PROTEÇÃO DA                DIAGNÓSTICO E             LIMITAÇÃO DO             REABILITAÇÃO
SAÚDE                                   SAÚDE, "Screening"          TRATAMENTO                   DANO
                                        /Mapeamento de               PRECOCES
                                        Saúde
                                  PRE PATOGÊNESE                                FASE CLÍNICA
                                                                                                                         SEQÜELAS
         INESPECÍFICA                        ESPECÍFICA                PRECOCE                 AVANÇADA
Condições gerais do                     A presença de uma          Da situação anterior   A doença segue sua     As sequelas ou
indivíduo ou do                         constelação de fatores     resultou uma           evolução própria,      consequencias da doença
ambiente que                            causais num instante       doença cujos           terminando com a       podem ser reparadas, com
predispôe a uma ou                      dado, favorece o           primeiros sinais e     morte, com a cura      maior ou menor eficiência,
várias doenças.                         aparecimento de uma        sintomas se            completa ou deixando   permitindo a reabilitação
                                        dada doença.               tornaram aparentes.    sequelas.              do indivíduo.

                                                                                                                         PREVENÇÃO
                       PREVENÇÃO PRIMÁRIA                               PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
                                                                                                                         TERCIÁRIA

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Doenças Ocupacionais: Fatores de Risco e Principais Agravos

  • 1. DOENÇAS OCUPACIONAIS Professor: Daniel Moura
  • 2. O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relação com o Trabalho Os trabalhadores compartilham os perfis de adoecimento e morte da população em geral, em função: idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo específico de risco. Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer por: • Por causas relacionadas ao trabalho; • Como conseqüência da profissão que exercem ou exerceram; • Pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi realizado.
  • 3. O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relação com o Trabalho Assim, o perfil de adoecimento e morte dos trabalhadores resultará da separação desses fatores que podem ser sintetizados em quatro grupos de causas: 3. Doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com o trabalho; 4. Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas, neoplásicas, traumáticas etc.) eventualmente modificada no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas condições de trabalho. A hipertensão arterial em motoristas de ônibus urbanos, nas grandes cidades exemplifica esta possibilidade.
  • 4. O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relação com o Trabalho 2. Doenças comuns que tem o espectro de sua etiologia ampliado ou tomado mais complexo pelo trabalho. A asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva induzida pelo ruído (ocupacional), doenças músculo- esquelético e alguns transtornos mentais exemplificam esta possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho, somam-se (efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinérgico) às condições provocadoras ou desencadeadoras destes quadros nosológicos.
  • 5. O Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relação com o Trabalho 2. Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais. A silicose e a asbestose exemplificam este grupo de agravos específicos. Os grupos 2, 3 e 4, constituem a família das Doenças Relacionadas ao Trabalho (DRT)
  • 6. O QUE É DOENÇA?
  • 7. DOENÇA “Condição física ou mental adversa, originária de e/ou piorada por uma atividade de trabalho e/ou situação relacionada ao trabalho.”  (OHSAS 18001:2007)
  • 8. SAÚDE/DOENÇA “As condições de saúde ou doença são as expressões dos sucessos ou falhas experimentadas pelo organismo nos seus esforços para responder adaptativamente aos desafios ambientais”. Dubos, 1965
  • 9. O QUE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DIZ A RESPEITO?
  • 10. LEGISLAÇÃO Doença Ocupacional X Doença Profissional X Doença do Trabalho
  • 11. LEGISLAÇÃO Doença Ocupacional:  Lei acidentária de1919 – “moléstia contraída exclusivamente pelo exercício do trabalho”.  1967 – “doenças do trabalho”  Lei 8231/91 >>
  • 12. LEGISLAÇÃO Lei 8231/91: Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:         I - doença profissional (...); II - doença do trabalho (...).
  • 13. LEGISLAÇÃO I – Doença Profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; Sinonímia: ergopatias, tecnopatias, doenças profissionais típicas. FATORES INERENTES À ATIVIDADE LABORAL
  • 14. LEGISLAÇÃO II - Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Sinonímia: mesopatias, doenças profissionais atípicas. CAUSADAS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DO TRABALHO
  • 15. LEGISLAÇÃO ANEXO II - Agentes Patogênicos Causadores de Doenças Profissionais ou do Trabalho. LISTA A - Agentes ou Fatores de Riscos de Natureza Ocupacional Relacionados com a Etiologia de Doenças profissionais e de outras Doenças Relacionadas com o Trabalho. LISTA B - Doenças Relacionadas com o Trabalho. LISTA C - Intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 3º do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas.
  • 16. LEGISLAÇÃO (ainda no Art. 20. da Lei 8231/91) § 1º Não são consideradas como doença do trabalho:  a) a doença degenerativa;  b) a inerente a grupo etário;  c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica >>
  • 17. LEGISLAÇÃO d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
  • 18. RISCO DE FEBRE AMARELA
  • 19. DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS  Doenças das vias aéreas: Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento.
  • 20. Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão (mineral). Depois de inaladas. as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. A inalação de amianto pode também produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmões (a pleura).
  • 21. Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR) Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador.  A perda auditiva típica observada com as pessoas que possuem uma longa história de exposição a ruído no trabalho é caracterizada por perda de audição na faixa entre 3000 e 6000 Hz . Na fase precoce à exposição uma perda de audição temporária é observada ao fim de um período de trabalho, mas desaparece após várias horas. A exposição contínua ao ruído resultará em perda auditiva permanente que será de natureza progressiva e se tornará notável subjetivamente ao trabalhador no decorrer do tempo.
  • 22.
  • 23. INTOXICAÇÕES EXÓGENAS - Agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à saúde e ao meio ambiente; - - Chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas).
  • 24. - Mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas - Solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação
  • 25. LER E DORT  Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros.
  • 26. DERMATOSES OCUPACIONAIS   São alterações da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo alergia.  Ex: Indústria de corantes, cimenteiras, indústrias que processam aços inoxidáveis e outras ligas metálicas. Alergia provocada pelo uso de luvas de látex
  • 27.
  • 28. O QUE É RISCO?
  • 29. RISCO “Risco pode ser definido como a variação relativa dos resultados reais em relação aos resultados esperados.” (Bernstein, 1996 e Philips, 1998)
  • 30. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Físicos Ruído contínuo Ruído de impacto Calor Radiações Ionizantes Trabalho sob condições hiperbáricas Radiações não-ionizantes (microondas, laser e ultra violetas) Vibrações Frio Umidade
  • 31. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Químicos Poeiras Neblinas (é a condensação que ocorre junto à superfície) Névoas (quando há a condensação de vapor d`água, porém em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes) Fumos metálicos Vapor Produtos químicos em geral
  • 32. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Biológicos Vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais, laboratórios e na agricultura e pecuária.
  • 33. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Ergonômicos e Psicossociais Decorrem da organização e gestão do trabalho, como, por exemplo: da utilização de equipamentos, maquinas e mobiliários inadequados, levando a posturas e posições incorretas; locais adaptados com más condições de iluminações, ventilação e de conforto para os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos; monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigências de produtividade, relações de trabalho autoritárias, falhas no treinamento e supervisão dos trabalhadores.
  • 34. FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES  Mecânicos e de Acidentes Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros que podem levar a acidente de trabalho
  • 35. Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite de tolerância permitido por lei aos riscos ambientais  em proteção compatível com o agente envolvido. Essa proteção pode ser na forma de  equipamento de proteção coletiva (EPC) ou  equipamento de proteção individual (EPI). Existem também medidas administrativas/organizacionais capazes de reduzir os riscos. As principais vias de absorção de agentes nocivos são a pele e os pulmões.
  • 36. INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES SAÚDE-TRABALHO-DOENÇA Natureza Nível de Aplicação Abordagem / Instrumentos História clínica / Anamnese Clínica Ocupacional Individual Complementar: Laboratoriais Exames laboratoriais, provas Toxicológicos funcionais Dano ou Doença provas funcionais • Estudos descritivos de morbidade e mortalidade; Coletivo Estudos epidemiológicos • Estudos analíticos, tipo caso- controle, de “coorte” prospectivos e retrospectivos •Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da análise ergonômica do atividade; Individual • Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de Fatores ou acordo com as ferramentas da Higiene do Trabalho Condição de • Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da Risco análise ergonômica da atividade; Coletivo • Avaliação ambiental quantitativa e qualitativa; • Elaboração do mapa risco da atividade; • Inquéritos coletivos
  • 37. CONTROLE DAS CONTROLE DOS CONTROLE DE DANOS CAUSAS RISCOS DETERMINANTES SOCIO- Grupos de Risco NECESSIDADES Cura AMBIENTAIS Indícios Indícios Riscos Exposição Casos Seqüela Exposição Danos Obito Pessoas Expostas Suspeitos Assintomáticos Intervenção Social Ações de Saúde Organizada Organizada PROMOÇÃO DE PROTEÇÃO DA DIAGNÓSTICO E LIMITAÇÃO DO REABILITAÇÃO SAÚDE SAÚDE, "Screening" TRATAMENTO DANO /Mapeamento de PRECOCES Saúde PRE PATOGÊNESE FASE CLÍNICA SEQÜELAS INESPECÍFICA ESPECÍFICA PRECOCE AVANÇADA Condições gerais do A presença de uma Da situação anterior A doença segue sua As sequelas ou indivíduo ou do constelação de fatores resultou uma evolução própria, consequencias da doença ambiente que causais num instante doença cujos terminando com a podem ser reparadas, com predispôe a uma ou dado, favorece o primeiros sinais e morte, com a cura maior ou menor eficiência, várias doenças. aparecimento de uma sintomas se completa ou deixando permitindo a reabilitação dada doença. tornaram aparentes. sequelas. do indivíduo. PREVENÇÃO PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA TERCIÁRIA