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   É o fenómeno, que em Medicina, corresponde ao
    baixo nível de glicose no sangue.

   É definida pela tríade de Whiple:
    • glicemia (nível de glicose no sangue)<50mg/dl;
    • Sintomas     associados à diminuição da
      concentração sanguínea de glicose;
    • Reversão ou melhoria desses sintomas com a
      elevação da glicemia.
   A glicose é a principal fonte de energia
    do cérebro, sendo utilizada em grande
    parte pelas células sem intervenção da
    Insulina.


     A concentração desta no sangue é um dos
     factores    mais   importantes   para    a
     manutenção do metabolismo cerebral
     (dado que as reservas cerebrais de glicose
     e glicogénio se esgotam cerca de 2 minutos
     após a cessação do fornecimento de glicose
     ao cérebro).
   Os sinais e sintomas da Hipoglicemia,
    são os decorrentes de alterações no
    estado de consciência, e são de dois
    tipos:

     • Adrenérgicos:              taquicardia      e
       hipertensão, taquipneia, palidez e pele fria,
       sudorese, tremores e excitabilidade.

     • Neuroglicopénicos:                   letargia,
       discurso atrasado, comportamento bizarro,
       sendo por vezes agressivo e hostil, agitação,
       confusão, défices neurológicos, convulsões e
       coma.
 Foi avaliada pela 1ªvez em 1937.
 Em 1949, um estudo envolvendo 289
  recém-nascidos, permitiu definir a
  Hipoglicemia como:

    • Leve: 40 < níveis de glicemia > 50mg/dl
    • Moderada: 20 < níveis de glicemia > 40mg/dl
    • Grave: níveis de glicemia < 20mg/dl
   Os bebés prematuros não possuem
    muito     glicogénio      no coração,
    principalmente os que estão com
    dificuldades respiratórias.



    Vão necessitar de níveis sanguíneos elevados de
    glicose para compensar a falta de oxigénio,
    aumentando assim o consumo cardíaco .
   O coração é importante para a
    manutenção imediata da vida, mas o
    cérebro é o órgão mais importante em
    termos do futuro do bebé.

   Quanto mais baixos forem os níveis de
    glicose no cérebro, mais riscos o bebé
    corre, uma vez que este não armazena
    glicose, particularmente os recém-nascidos de
    baixo peso, pois possuem baixos substratos para
    manter a concentração de glicose.
   Os     recém-nascidos      com     baixas
    reservas     de    glicogénio,     podem
    apresentar hipoglicemia a qualquer
    momento durante os primeiros dias de
    vida, sobretudo quando as alimentações
    são muito espaçadas ou quando a
    ingestão de nutrientes é insuficiente.

   Nos recém-nascidos, outras causas
    comuns são a prematuridade, a pós-
    maturidade, e a função anormal da
    placenta durante a gestação.
   Estudos    realizados   em    modelos
    animais,       demonstram       danos
    neurológicos irreversíveis quando a
    hipoglicemia ocorre simultaneamente
    com outras doenças severas, tais como
    Isquémia Hipóxica, sepses e choque.
   Estudos evidenciaram que:
     • O numero de dias em Hipoglicemia moderada
       esteve     fortemente relacionado   com
       deficiências a nível do desenvolvimento
       mental e motor aos 18 meses de idade,
       mesmo após se ajustarem vários factores
       conhecidos       como    influentes   no
       desenvolvimento;

     • A duração da hipoglicemia é o factor mais
       importante relacionado com o prognóstico
       neurológico.
   Com a queda dos níveis de glicose, há um
    aumento de ácidos gordos e de radicais livres,
    com diminuição do substrato energético para
    o cérebro, e diminuição do AMPc.

   Mesmo na presença de baixos níveis de
    glicose   sanguínea,     os    recém-nascidos
    prematuros apresentam baixas concentrações
    de corpos cetónicos, o que significa que estes
    têm uma habilidade limitada para mobilizar
    fontes energéticas alternativas.
   Na hipoglicemia, o transporte de iões
    fica prejudicado e activa os mecanismos
    de perda de integridade da membrana
    celular, permitindo a entrada de Cálcio e
    Sódio na célula, levando a inchaço e
    morte neuronal.
   O melhor tratamento é a prevenção,
    através da identificação precoce dos
    recém-nascidos de risco (recém-nascidos
    macrossómicos, recém-nascidos cujas mães fizeram
    uso de β-simpaticomiméticos e hipoglicemiantes orais,
    recém-nascidos com restrição do crescimento intra-
    uterino, e prematuros);


   Bebés amamentados com leite materno
    têm menores níveis sanguíneos de glicose,
    no entanto, este tipo de nutrição é mais
    facilmente digerido, e oferece substratos
    alternativos.
   glicemia inferior a 40mg/dl:       administrar glicose
    endovenosa;


   Se a hipoglicemia persistir por um período
    de 24 a 36 horas: fazer uso de corticosteróides, o
    que leva à diminuição da utilização de glicose e
    aumenta a Gluconeogénese;


   Se a hipoglicemia persistir para além deste
    período: deve-se utilizar Diazóxido, que inibe o canal
    de Potássio, e inibe também a activação da secreção
    da insulina pelas células β-pancreáticas. Caso não
    se obtenha a resposta desejada,               deve-se
    agregar somestatina de acção prolongada.
   Em casos de hipoglicemia persistente,
    deve-se passar para a nutrição através
    da via parentérica.

   A utilização de Glucagon, apesar de
    estimular a Glicogenólise, não é
    recomendada, visto que os níveis de
    glicose aumentam rapidamente com o
    consequente aumento da produção de
    Insulina, o que não resolve o problema.
Hipoglicemias em recém nascidos

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Hipoglicemias em recém nascidos

  • 1.
  • 2. É o fenómeno, que em Medicina, corresponde ao baixo nível de glicose no sangue.  É definida pela tríade de Whiple: • glicemia (nível de glicose no sangue)<50mg/dl; • Sintomas associados à diminuição da concentração sanguínea de glicose; • Reversão ou melhoria desses sintomas com a elevação da glicemia.
  • 3. A glicose é a principal fonte de energia do cérebro, sendo utilizada em grande parte pelas células sem intervenção da Insulina. A concentração desta no sangue é um dos factores mais importantes para a manutenção do metabolismo cerebral (dado que as reservas cerebrais de glicose e glicogénio se esgotam cerca de 2 minutos após a cessação do fornecimento de glicose ao cérebro).
  • 4. Os sinais e sintomas da Hipoglicemia, são os decorrentes de alterações no estado de consciência, e são de dois tipos: • Adrenérgicos: taquicardia e hipertensão, taquipneia, palidez e pele fria, sudorese, tremores e excitabilidade. • Neuroglicopénicos: letargia, discurso atrasado, comportamento bizarro, sendo por vezes agressivo e hostil, agitação, confusão, défices neurológicos, convulsões e coma.
  • 5.  Foi avaliada pela 1ªvez em 1937.  Em 1949, um estudo envolvendo 289 recém-nascidos, permitiu definir a Hipoglicemia como: • Leve: 40 < níveis de glicemia > 50mg/dl • Moderada: 20 < níveis de glicemia > 40mg/dl • Grave: níveis de glicemia < 20mg/dl
  • 6. Os bebés prematuros não possuem muito glicogénio no coração, principalmente os que estão com dificuldades respiratórias. Vão necessitar de níveis sanguíneos elevados de glicose para compensar a falta de oxigénio, aumentando assim o consumo cardíaco .
  • 7. O coração é importante para a manutenção imediata da vida, mas o cérebro é o órgão mais importante em termos do futuro do bebé.  Quanto mais baixos forem os níveis de glicose no cérebro, mais riscos o bebé corre, uma vez que este não armazena glicose, particularmente os recém-nascidos de baixo peso, pois possuem baixos substratos para manter a concentração de glicose.
  • 8. Os recém-nascidos com baixas reservas de glicogénio, podem apresentar hipoglicemia a qualquer momento durante os primeiros dias de vida, sobretudo quando as alimentações são muito espaçadas ou quando a ingestão de nutrientes é insuficiente.  Nos recém-nascidos, outras causas comuns são a prematuridade, a pós- maturidade, e a função anormal da placenta durante a gestação.
  • 9. Estudos realizados em modelos animais, demonstram danos neurológicos irreversíveis quando a hipoglicemia ocorre simultaneamente com outras doenças severas, tais como Isquémia Hipóxica, sepses e choque.
  • 10. Estudos evidenciaram que: • O numero de dias em Hipoglicemia moderada esteve fortemente relacionado com deficiências a nível do desenvolvimento mental e motor aos 18 meses de idade, mesmo após se ajustarem vários factores conhecidos como influentes no desenvolvimento; • A duração da hipoglicemia é o factor mais importante relacionado com o prognóstico neurológico.
  • 11. Com a queda dos níveis de glicose, há um aumento de ácidos gordos e de radicais livres, com diminuição do substrato energético para o cérebro, e diminuição do AMPc.  Mesmo na presença de baixos níveis de glicose sanguínea, os recém-nascidos prematuros apresentam baixas concentrações de corpos cetónicos, o que significa que estes têm uma habilidade limitada para mobilizar fontes energéticas alternativas.
  • 12.
  • 13. Na hipoglicemia, o transporte de iões fica prejudicado e activa os mecanismos de perda de integridade da membrana celular, permitindo a entrada de Cálcio e Sódio na célula, levando a inchaço e morte neuronal.
  • 14.
  • 15. O melhor tratamento é a prevenção, através da identificação precoce dos recém-nascidos de risco (recém-nascidos macrossómicos, recém-nascidos cujas mães fizeram uso de β-simpaticomiméticos e hipoglicemiantes orais, recém-nascidos com restrição do crescimento intra- uterino, e prematuros);  Bebés amamentados com leite materno têm menores níveis sanguíneos de glicose, no entanto, este tipo de nutrição é mais facilmente digerido, e oferece substratos alternativos.
  • 16. glicemia inferior a 40mg/dl: administrar glicose endovenosa;  Se a hipoglicemia persistir por um período de 24 a 36 horas: fazer uso de corticosteróides, o que leva à diminuição da utilização de glicose e aumenta a Gluconeogénese;  Se a hipoglicemia persistir para além deste período: deve-se utilizar Diazóxido, que inibe o canal de Potássio, e inibe também a activação da secreção da insulina pelas células β-pancreáticas. Caso não se obtenha a resposta desejada, deve-se agregar somestatina de acção prolongada.
  • 17. Em casos de hipoglicemia persistente, deve-se passar para a nutrição através da via parentérica.  A utilização de Glucagon, apesar de estimular a Glicogenólise, não é recomendada, visto que os níveis de glicose aumentam rapidamente com o consequente aumento da produção de Insulina, o que não resolve o problema.