1) O documento discute os tipos de isquemia, suas causas e consequências. A isquemia ocorre quando há diminuição ou obstrução do fluxo sanguíneo para os tecidos, levando à hipóxia. Isso pode ser reversível ou irreversível, dependendo da duração.
2) As principais causas de isquemia são obstrução vascular, compressão, espasmo arterial e desproporção entre o leito arterial e a massa tecidual. Ischemias prolongadas podem levar à atrofia ou necrose tecidual.
1. Gilmara Nogueira dos Santos
Deivity Souza dos Santos
Antônia Cyntia F. M. Sussuarana
Jader Valentin
Jordan Valentin de Holanda
Gilberto Filho
Dheiny Muniz
2. • É a diminuição ou supressão do aporte sanguíneo – arterial – a uma parte do
organismo.
• A principal consequência da Isquemia para os tecidos atingidos é a hipóxia ou a
anóxia, ou seja, a deficiência parcial ou total de O₂ respectivamente.
REVERSÍVEL
• ↓ O₂ provoca alterações diretas nas mitocôndrias;
• ↓ da fosforilação oxidativa, consequentemente, dos
níveis de ATP;
• A ↓ dos níveis de ATP compromete totalmente o
sistema de produção protéica celular e a bomba de
sódio/potássio, aumentando os níveis de cálcio e
levando a tumefação celular;
IRREVERSÍVEL
• Persistência da isquemia;
• Vacuolização das
mitocôndrias, instaurando-se
eventos de lesão celular
irreversíveis;
3. 1) Obstrução da luz vascular: esta é a principal causa de
isquemia e, por isso, deve ser a primeira a ser lembrada.
Exemplo: aterosclerose, trombose, embolia, etc.
2) Compressão da luz vascular: a primeira coisa que se
deve pensar são tumores (tecidos que aumentam de volume
onde não havia espaço anteriormente). Exemplo: tumor e
edema.
3) Espasmo arterial: (Fenômeno ou Doença de Raynaud) é
caracterizado pela isquemia paroxística bilateral dos dedos
induzido pelo frio ou estímulo emocional, e aliviado pelo calor.
É devida a vaso constrição das artérias digitais e palmar ou
plantar;. Doença: promove dor e necrose.
4) Desproporção leito arterial/ massa tecidual:
Normalmente, existe uma proporcionalidade entre a massa
tecidula e o leito arterial associado, mas quando a oferta de
sangue está aquém do consumo, isto é, está insuficiente para
suprir determinado tecido, ocorre isquemia. Exemplo: IAM
4. A duração da isquemia corresponde ao tempo que o tecido pode
tolerá-la.
Pode haver isquemia em qualquer parte do organismo: isquemia miocárdica, isquemia
pulmonar, isquemia renal, isquemia hepática, isquemia muscular, etc.
Tipos de isquemia:
1. Relativa: quando ocorre diminuição do aporte sanguíneo;
2. Absoluta: quando ocorre supressão do aporte sanguíneo;
Segundo Guidugli-Neto (1997), nas isquemia relativas prolongadas, os órgão ficam com
volume menor (atrofia), e podem evoluir para a necrose. Já nas isquemias absolutas, a
necrose tecidual pode ser extensa, resultando em infarto. Casos, por exemplo, de
isquemia leve e gradual nas coronárias não necessariamente chegam a quadros de
infarto, devido ao desenvolvimento de uma circulação colateral intercoronária.
5. 1) Obstrução da luz vascular
Exemplo para Análise: Aterosclerose (Placas de Ateroma)
SINAIS & SINTOMAS
Dilatações de algumas áreas dos vasos sanguíneos (aneurismas);
Dor no peito tipo facada (angina ou infarto);
Dores fortes na cabeça (derrame cerebral);
Dores em braços e pernas (trombose)
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Medicamentos beta-bloqueadores;
Inibidores da Enzima conversora de angiotensina (ECA);
Bloqueadores dos canais de cálcio;
Diuréticos.
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8. 2) Compressão da luz vascular
Exemplo para análise: Edema Cerebral
SINAIS & SINTOMAS
hipertensão craniana: cefaleia (dor de cabeça) em todo o crânio, vómitos em jacto
devido a compressão no centro bulbar do vómito e edema da pupila provocada pelo
aumento da pressão à volta dos nervos ópticos diminuindo o retorno venoso.
confusão mental, coma, crises convulsivas e diminuição ou perda da força muscular
em um ou mais membros, conforme a área atingida.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
diuréticos para obrigar o organismo a eliminar líquidos em excesso e corticoides para
reduzir o edema (inchaço).
Se o edema for consequência de outra doença, esta deve ser tratada.
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10. 3) Espasmo arterial:
Exemplo para Análise: Doença de Reynaud
SINAIS & SINTOMAS
início gradual com crises apenas no inverno.
episódios podem ser raros ou ocorrer várias vezes ao dia;
podem durar alguns minutos nos casos moderados ou até duas horas ou mais nos
casos graves.
terminam espontaneamente ou podem ser encerrados pela imersão das mãos em
água quente.
O nariz, as bochechas, os ouvidos e o queixo são atingidos muito mais raramente.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
O tratamento pode ser apenas expectante nos casos leves, com proteção ao frio,
uso de vasodilatadores nos casos moderados e graves, até simpatectomia por
bloqueio ganglionar com lidocaina nos casos mais rebeldes.
11. Espasmo Arterial (Doença de Reynaud)
http://4.bp.blogspot.com/_YpglDLZkbqY/TTPFkHwEi0I/AAAAAAAAALM/kEK9rcvO660/s1600/Figura+11.+Fen%25C3%25B3meno+de+Raynaud.JPG
12. Morte por isquemia. É uma área localizada de necrose isquêmica resultante da
redução do suprimento sanguíneo (infarto – arterial), ou, ocasionalmente, pela
deficiente drenagem (infartamento – venoso).
Infartamento: morfologicamente e clinicamente é o mesmo que infarto, mas etiologicamente é diferente.
O problema está na circulação venosa, não na arterial.
Manifestações Gerais dos Infartos
Febre (baixa densidade);
Leucocitose;
Aumento das enzimas circulantes no sangue liberadas pelas células lesadas
(transaminases, fosfatases, desidrogenases);
Aumento da velocidade de hemossedimentação;
Aumento de bilirrubina indireta;
Icterícia (no infarto vermelho);
Dor (dependendo da extensão do infarto e do órgão afetado);
Disfunções variadas dependendo do órgão;
13. INFARTO BRANCO
Características Pode-se formar em qualquer órgão, porém é mais comum nos rins, baço,
Gerais coração e cérebro. (No tecido nervoso devido a sua riqueza em lipídios e
água, a zona de necrose amolece rapidamente, tonando-se semilíquida).
Causa Básica Oclusão de um ramo arterial em território desprovido de anastomoses
suficientes para manter em nível normal o suprimento sanguíneo.
Causas de oclusão arterial: trombose, êmbolos e compressões.
Hipóteses Causais Espasmo arterial (mecanismo neurogênico, reflexo ou substâncias
Acessórias com ação vasoconstritora) de duração suficiente para causar necrose.
Aumento súbito das exigências metabólicas das células dependentes
de um território vascular sem condições para adaptar-se a esse
aumento de exigências.
Incapacidade das células de captarem e utilizarem o oxigênio que
lhes é oferecido.
Sinais & Sintomas • Em minutos;
• Entre 6 e 10 horas;
• Após 24 horas;
• Em torno do 3º dia;
• Em torno do 5º dia;
14. INFARTO VERMELHO
Características Área de necrose por coagulação com hemorragia maciça da mesma.
Gerais Pulmões apresentam a sede da maioria desses infartos, seguida pelo
intestino, fígado, testículo, tumores pediculados.
É vermelho escuro ou azulado, duro e saliente na superfície.
Causa Básica Tanto oclusões arteriais como as venosas podem produzir infartos
vermelhos dependendo do padrão e do estado funcional da circulação.
• Causas de oclusão venosa: trombose
• Causas de oclusão arterial: tromboembólica, compressão
Hipóteses Causais Necrose isquêmica pequena: invasão pela hemorragia do halo
Acessórias periférico (baço, SNC);
Necrose isquêmica embólica: pode tornar-se hemorrágica pelo
deslocamento do êmbolo;
Oclusão da artéria mesentérica (com anastomoses artério-arteriais);
Pulmão (circulação dupla);
Fígado (circulação dupla);
Sinais & Sintomas Instalada a anóxia, surge a hemorragia, segue-se os aspectos de
necrose. Com a coagulação do sangue extravasado a região torna-se
mais consistente, seca e quebradiça.
Com as modificações do sangue extravasado torna-se castanha, até
formar cicatriz com pigmentação hemossideríndica. Menos frequente
sofre encistamento ou infecta-se (abscessos).
No pulmão é comum focos de broncopneumonia no infarto.
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17. 1) Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
SINAIS & SINTOMAS
Assintomático: minoria.
Sintomático: dor pré-cordial intensa, súbita e de descrição variável;
A dor pode ser do tipo irradiada para o pescoço, mandíbula, dorso, membro superior
esquerdo, região epigástica;
Náuseas, vômitos, dispnéia, taquicardia, palidez cutânea, secura na boca.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Tratamento clínico:
a) Nitratos.
b) Bloqueadores de canal de cálcio e os betabloqueadores.
Angioplastia:
Um cateter especial com um balãozinho na ponta é levado até o local do entupimento, na
artéria coronária. Neste local, ele é expandido esmagando a placa de ateroma contra a parede
da artéria, desentupindo-a.
Cirurgia de revascularização do miocárdio:
Uma veia retirada da perna é colocada sobre a artéria entupida, ultrapassando o local do
bloqueio. Se houver várias artérias entupidas, cada uma receberá uma ponte.